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A COERENTE PRÁXIS DA FÉ NO MUNDO ATUAL

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Academic year: 2023

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A prática coerente da fé no mundo atual: uma análise teológico-pastoral à luz da teologia política de Johann Baptist Metz/Fábio Eduardo de Lima Santos. O seu objetivo é identificar os elementos indispensáveis ​​para uma prática coerente da fé no mundo de hoje, com base na teologia política de Johann Baptist Metz.

Introdução

Breve panorama a partir do Concílio Vaticano II

É necessário compreender o Concílio Vaticano II como algo dinâmico que provoca na Igreja o desejo de mudança, de abertura e de encontro com a sua sociedade. Neste breve panorama, fica claro que o Concílio Vaticano II é indiscutivelmente um marco na história da Igreja, pois promove um salto teológico, espiritual e pastoral para a ação cristã, sugerindo que esta mesma Igreja é efetivamente a promotora que deve ser o Reino. anunciado por Jesus.

A Teologia de Johann Baptist Metz em sintonia com o Papa Francisco

Portanto, a sua Teologia Política é uma proposta de uma nova relação entre Igreja e sociedade, fé e prática social. Diante disso, é possível apontar elementos de fundamental importância para a discussão do tema da Teologia Política à luz do pensamento de Johann Baptist Metz.

Desafios sócio-políticos

Ética e política

Contudo, não se pode fazer uma análise ingénua deste fenómeno e acreditar que se trata simplesmente de uma crise ética ou política. O que se observa é que essa ruptura entre ética e política não só distorce a percepção de uma ética universal que privilegia as relações coletivas, comunitárias e fraternas, mas também afasta a ideia de política de finalidade pública.

O desafio da justiça

  • Justiça social
  • Desigualdade Social

Também é fundamental compreender que quando falamos de vida ameaçada, estamos falando da vida na sua totalidade. Se este último aspecto pode parecer muito trágico e não há consenso entre os investigadores das ciências sociais, humanas, económicas, etc., num aspecto deve ser aceite: há uma convergência de diferentes forças que afirmam e acreditam na impossibilidade de justiça acontecendo à escala global, justificando assim a sustentabilidade de uma sociedade desigual e excludente.

Fé e Vida

  • Esquecimento dos pobres
  • Teologias Fundamentalistas
  • O desafio do aburguesamento
    • A ideologia burguesa
    • O risco de uma religião burguesa
  • Começando o caminho

Mas o que está estruturado é um espaço fechado dentro de si mesmo, preso nas suas razões e sentimentos. De acordo com os desafios sociopolíticos e religiosos discutidos, será seguido o caminho da teologia política segundo Johann Baptist Metz.

Compreendendo a Nova Teologia Política

Teologia Política do Sujeito

Isto tem muito mais a ver com as formas de definhamento [..], as formas repressivas [..] daquele ser-sujeito diante de Deus, que uma teologia política reivindica e descreve como um sujeito solidário com todos, que só é possível quando a religião não o faz. trata-se, então, da construção social do sujeito. 12. Assim, a Teologia Política pretende ser indissociável: um discurso sobre Deus e ao mesmo tempo um diagnóstico do tempo de hoje. Assim, há necessidade de que a teologia fundamental se deixe desafiar pela prática e antes seja uma Teologia Política do Sujeito, uma vez que a Teologia Política não se abstrai da situação.

Primeiro, a teologia política apresenta-se agora como um corretivo crítico a uma certa tendência privatizante presente na teologia atual (em sua configuração transcendental, existencial e personalista).

A mística de uma Teologia Fundamental Prática

E isto acontece através de uma desconexão do império do sacerdócio no final da Idade Média, da progressiva autonomização das ciências e da racionalização da natureza. É a teologia política que Metz está disposto a propor, uma teologia política na qual ressoa o grito de guerra de um cristianismo que quer levar o mundo a sério [..].30. O caminho proposto por esta teologia política visa garantir a liberdade, o processo de libertação oferecido a toda a humanidade através das promessas bíblicas, e superá-lo.

A teologia política não é uma disciplina nova, nem envolve uma neopolitização da teologia, mas aspira a ser uma característica fundamental.

O primado da práxis adesão, seguimento e discipulado

Aqui a teologia política deve ser explicada e desenvolvida, em continuidade crítica estão os principais conceitos [...] desta teologia. Esta teologia prática fundamental deve ser exposta como uma teologia política do sujeito e testada, [...] diante das teologias imediatas do sujeito, diante da luta universal para que o poder seja sujeito de todos os homens. Junto a isso, a Teologia Política entende que tal experiência posterior leva ao surgimento de um novo sujeito da teologia que vai além da dimensão profissional.

Ao compreender a ideia de Deus como uma ideia prática, esta ideia constitui um sujeito, um indivíduo com identidade própria perante o seu Deus, o que, como mencionado anteriormente, dá origem a uma Teologia Política do Sujeito.42 .

Fé como Memória

  • A Igreja portadora da Memória do Cristo
  • A Memória de Jesus é Memória Perigosa
  • A Memória de Jesus Cristo é memória no presente que se abre ao futuro
  • A atualização da Memória na Teologia Sacramental
    • Batismo incorporados ao Cristo
    • Eucaristia Memorial da Morte e Ressurreição
  • Uma Memória que não pode ser perdida

E tudo isto sem a ajuda de uma prática dedicada à construção do Reino de Deus, que utilize um critério mais vivo e humano nesta busca da verdade. Ao contrário do que o Vaticano II exigiria no nosso tempo, o leigo perde o seu papel na criação de uma fé que seja competente. Metz aponta, portanto, a memória de Jesus Cristo como a memória do Reino para os marginalizados, afirmando:

A fé como memória responde à questão, constantemente discutida entre os teólogos, da mediação.

Narração

  • Identidade prático-narrativa do cristianismo
  • Narração e encontro
  • O vazio da narrativa é o vazio da fé libertadora
  • Elo entre história de sofrimento e história de salvação

Assim, esta experiência de encontro leva os cristãos à busca, à prontidão, ao compromisso, evitando que caiam no vazio da fé por falta de transmissão, como veremos a seguir. A análise feita é que a revelação e a revelação estão desligadas das realidades em que a Igreja entrou. Como permitir que os cristãos se reconectem com a majestade salvadora presente na memória e na confissão e, ao mesmo tempo, tenham uma prática semelhante à de Jesus Cristo.

Isto possibilita a compreensão da identidade prático-narrativa do cristianismo, que conduz os cristãos à experiência do encontro, evitando que caiam no vazio da fé pela possível ausência de narrativa.

Compaixão inspiração e motivação para a política da paz

Enraizados na Compaixão

Com base nesta concepção, Metz discute a importância de um discurso sobre Deus como um chamado à salvação dos outros. O discurso sobre Deus ou é um discurso sobre a visão e a promessa de uma grande justiça, que também tem consequências nestes sofrimentos passados, ou é um discurso vazio, sem promessas, mesmo para aqueles que sofrem no presente. Esta conversão é a forma mais exigente e radical de compreender a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, pois não é, como muitas vezes se imagina, uma mudança puramente interna.

El discurso sobre Dios es o un discurso sobre la visión y la promesa de una gran justicia, que también tiene un impacto en estos sufrimientos pasados, o es un discurso vacío y sin promesas, incluso para aquellos que sufren en el presente.

Violência lógica da dominação e do esquecimento

O que se torna cada vez mais evidente é que a experiência da compaixão não ocorre de forma desligada da realidade, porque o projeto de Deus, incluindo a construção da paz, não ocorre desligado da história humana. Diante disso, retomar ou enfatizar a prática da compaixão que alimenta a esperança, apoiada na Memória e na Narração, é uma alternativa forte e eficaz para superar esta estrutura de violência e construir a paz. Deve ser interpretado e aplicado na sua dimensão social, o que significa que, em qualquer caso, este amor deve ser entendido como um compromisso absoluto em favor da justiça, da liberdade e da paz para os outros. 23.

Desta forma, a compaixão constrói uma teologia política para superar a violência e construir a paz.

A Compaixão que gera a paz

E assim se transformam numa Igreja introvertida que não se envolve nos problemas da guerra e da paz. Porém, segundo os Evangelhos, a experiência que os discípulos viveram com Jesus é que a fé permite superar o medo. O que, na minha opinião, reflecte o espírito da nova teologia política da paz num mundo globalizado.

Descobrireis que o respeito pelos outros, a dignidade e o exercício da fraternidade são contribuições diretas para a existência da paz.

Compaixão nova política do reconhecimento e igualdade de todos os seres humanos

Deus optou pelos insignificantes

Em todo caso, o mandamento bíblico mais provocativo, o amor ao inimigo, insiste: até o inimigo tem um rosto, um nome. Através do batismo, Jesus expressa a sua condição fundamental de irmão dos pecadores e de todas as vítimas, os pobres (necessitados, despossuídos, excluídos, desvalorizados). Por isso, magoado pelo tratamento feio das vítimas e pela desumanidade das vítimas, pediu perdão, como qualquer irmão, na primeira pessoa do plural e com todas as dores deste mundo. 52.

Por eso, afligido por los malos tratos a las víctimas y la inhumanidad de las víctimas, pidió perdón, como Hermano de todo lo que era.

Igualdade de todos os seres humanos

É urgente uma política que aborde esta ruptura, pois caminhamos para uma catástrofe global57 que promove a desigualdade entre os seres humanos. A capacidade de compreender o sofrimento dos outros e de lutar pela dignidade é fruto de uma conversão do coração. A ressurreição dos mortos não fala apenas de uma abertura ao futuro e de um potencial para um futuro no passado.

Existe algum grito de uma pessoa que sofre que não seja direcionado a todos os ouvidos.

Compaixão contra a cegueira ao sofrimento

Mística de olhos abertos

Quando comparamos a autoridade de quem sofre com o reconhecimento inviolável da dignidade humana, percebemos que ambas as dimensões fazem parte do mesmo caminho, da mesma direção. É algo que transcende a história sociopolítica da humanidade.64 E a teologia cristã nos garante que, aos olhos de Deus, mantemos a dignidade dos filhos e, consequentemente, nos torna iguais, irmãos em Cristo. Na minha opinião, nos mundos religiosos, por um lado, devemos distinguir entre monoteístas, uma vez que a sua espiritualidade está expressamente preocupada com a experiência de uma proximidade especial com Deus.

E a resposta não pode ser outra senão: o olhar de Jesus dirige-se principalmente ao sofrimento dos outros.75.

A dor e a espera

Graças a esta experiência amorosa que Deus oferece gratuitamente, entende-se que a dor que nos segue também é sustentada pela espera. Para esclarecer melhor o que foi dito acima, significa compreender que quem segue a Cristo no espírito de compaixão sempre nos conduzirá à experiência da Sexta-Feira Santa. Se existe uma experiência de Sexta-Feira Santa, saibam também que não vivemos exclusivamente dela ou apenas do Domingo de Páscoa.

O horizonte mais próximo da Ressurreição é, portanto, a Sexta-Feira Santa como início da vida de Jesus, orientada para o Reino de Deus.

A alegria e a esperança

Esclarecida a unidade da Memória, da Confissão e da Solidariedade (compaixão), ainda são necessárias algumas questões finais: encantados por uma mística da compaixão, como a esperança se faz presente. Bebendo da mesma fonte, a Sagrada Escritura e as escolhas feitas no Concílio Vaticano II, Metz fala de uma Igreja de peregrinos. Por isso, dentro desta teologia, um lugar importante é ocupado pela Teologia Política do Sujeito, com o objetivo de superar a mentalidade privatista da religião burguesa, fortalecer a superação do individualismo e a construção de um ser solidário, o respeito pelo seguimento e discipulado. construindo a mística de uma Teologia prática fundamental.

A última parte desta dissertação, capítulo três, pode testar os efeitos da experiência da compaixão, de acordo com a memória e a narrativa, contra a prática coerente da fé hoje.

Referências

Documentos relacionados

Não obstante a pertinência inegável que ambas assumem, quer no âmbito da história económica, quer no da história política e social dos povos, a verdade é que o