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ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO AMBIENTE HOSPITALAR: uma revisão

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Academic year: 2023

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ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAIS PERFURANTES ENTRE ENFERMEIROS NO AMBIENTE HOSPITALAR: uma revisão. Acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes entre enfermeiros em ambiente hospitalar: uma revisão de literatura / Jennifer Ferreira Almeida. Este estudo tem como objetivo destacar, na literatura, as doenças ocupacionais que acometem os enfermeiros no ambiente hospitalar em decorrência de acidentes de trabalho com objetos perfurocortantes, e identificar os principais riscos ocupacionais.

INTRODUÇÃO

Portanto, justifica-se a realização de investigação de acidentes de trabalho com perfurocortantes entre a equipe assistencial em ambiente hospitalar. Quais doenças ocupacionais acometem os enfermeiros no ambiente hospitalar devido aos acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes? Para a construção da pesquisa foi realizado essencialmente um levantamento e leitura bibliográfica sobre acidentes de trabalho ocorridos na equipe de enfermagem no ambiente hospitalar.

REVISÃO DA LITERATURA

Papel da Enfermagem

As práticas de saúde mágico-sacerdotais abordavam a relação mística entre as práticas religiosas primitivas e as práticas de saúde desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Essas práticas permaneceram desenvolvidas durante muitos séculos nos templos, que inicialmente eram tanto santuários quanto escolas onde eram ensinados conceitos primitivos de saúde. Prática de saúde nos primórdios da ciência - relaciona o desenvolvimento da prática de saúde com a ascensão da filosofia e o progresso da ciência quando estes eram então baseados em relações de causa e efeito.

As práticas monásticas medievais de saúde centravam-se na influência dos factores socioeconómicos e políticos da sociedade medieval e feudal nas práticas de saúde e na sua relação com o cristianismo. Enquanto as “enfermeiras” realizavam trabalhos manuais na enfermagem moderna, as “enfermeiras” eram preparadas para ensinar e orientar a equipe, em nome de um conhecimento teórico mais profundo da profissão, desempenhavam as chamadas tarefas intelectuais. Após a guerra, Florence fundou uma escola de enfermagem no Hospital Saint Thomas, que se tornou modelo para outras escolas fundadas posteriormente.

É por influência da divisão do trabalho proposta por Florence Nightingale que a enfermagem surge como atividade praticada exclusivamente por: enfermeiras, técnicas de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Estes dados por si só demonstram que a qualidade da prática de enfermagem afeta diretamente a qualidade dos cuidados de saúde. Os auxiliares e técnicos de enfermagem, por prestarem cuidados diretos aos pacientes, manuseando objetos perfurocortantes durante a execução dos procedimentos de enfermagem, representam a categoria ocupacional que mais sofre lesões no local de trabalho.

Isso pode ser comprovado por estudo realizado por Barboza et al., sobre acidentes de trabalho com objetos perfurocortantes envolvendo a equipe de enfermagem de um hospital universitário, que observou que dos 272 acidentes notificados com objetos perfurocortantes, os auxiliares de enfermagem foram a categoria que mais sofreu acidentes teve que suportar (76,5%).

O Ambiente Hospitalar

Apesar de seus conhecimentos e práticas específicas, os diversos trabalhadores de saúde realizam seu trabalho dentro da instituição, em sua maior parte, como parte do trabalho coletivo. Este trabalho envolve basicamente uma avaliação de um indivíduo ou grupo, seguida de indicação e/ou implementação de uma abordagem terapêutica. O conceito de risco é bidimensional, pois representa a possibilidade de um efeito nocivo ou dano, a incerteza da ocorrência, a distribuição no tempo e a magnitude do resultado adverso.

Classicamente, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, os fatores de risco para a saúde e segurança dos trabalhadores presentes ou relacionados ao trabalho podem ser classificados em cinco grandes grupos: físicos; biológico; ergonômico e psicossocial; produtos químicos e acidentes. Os riscos químicos são aqueles que incluem todos os agentes químicos, ou seja, poeiras, névoas, gases, vapores e substâncias químicas presentes no processo de trabalho da enfermagem, como aqueles utilizados durante a desinfecção e esterilização de materiais e no tratamento medicamentoso . paciente. O levantamento frequente de cargas devido à movimentação e transporte de pacientes e equipamentos, postura inadequada e flexão da coluna nas atividades de organização e assistência podem causar problemas de saúde ao trabalhador, como fraturas, lombalgias e varizes.

Os riscos de acidentes são: disposição física inadequada, máquinas e equipamentos desprotegidos, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, armazenamento inadequado e outras situações perigosas que podem contribuir para acidentes. E por fim, os riscos biológicos representados pelos microrganismos patogênicos, como bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus. Estes podem causar danos à saúde dos trabalhadores, em decorrência do contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, parasitárias e da utilização de materiais contaminados.

Estes são responsáveis ​​pelo maior número de lesões aos profissionais de saúde, especialmente aos enfermeiros, devido à periculosidade das tarefas desempenhadas durante o atendimento ao paciente.

ACIDENTES DE TRABALHO

Breve Histórico da Saúde do Trabalhador

A situação só mudaria com intensos movimentos sociais que obrigassem políticos e legisladores a introduzir medidas legais para controlar as condições e ambientes de trabalho. A preocupação em prestar serviços médicos aos trabalhadores começa a se refletir no cenário internacional, inclusive na agenda da Organização Internacional do Trabalho (OIT), criada em 1919. É durante o ciclo do café que surge a divisão internacional do trabalho e a saúde pública. volta para combater epidemias, com destaque para o sanitarista Osvaldo Cruz.

Contudo, as intervenções de saúde pública nas fábricas foram insatisfatórias devido à falta de condições de trabalho na época. No Brasil, a enfermagem do trabalho, assim como outras profissões de segurança e medicina do trabalho, foram incluídas como parte obrigatória das empresas, porque o governo precisava urgentemente reduzir o elevado número de acidentes no início da década de 1970, quando o Brasil se tornou campeão mundial. acidente. O governo obrigou as empresas a contratar profissionais especializados, como médicos de empresa, enfermeiros de empresa, engenheiros de segurança do trabalho e técnicos de segurança do trabalho.

O primeiro documento legal a dar orientações gerais sobre acidentes de trabalho foi o Código Comercial Brasileiro de 1850. Em 1919, a Lei 3.724 tratou dos acidentes de trabalho e adotou a teoria do risco ocupacional ou a teoria da responsabilidade objetiva do empregador. Em 1934, a constituição federal previu seguridade social para acidentes de trabalho e, em 1937, a constituição criou o seguro contra acidentes.

O principal objetivo da constitucionalização da segurança do trabalho é evitar ou reduzir os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos, proporcionando-lhes melhores condições de trabalho por meio de normas, onde as empresas devem respeitar a saúde dos trabalhadores.

Os profissionais de enfermagem e o acidente de trabalho

Na Bahia, em 2000, analisando todos os benefícios concedidos pela previdência social por problemas de saúde, observou-se que 9,6% dos acidentes de trabalho causaram invalidez permanente total. Questões como acidentes de trabalho entre trabalhadores de determinadas categorias profissionais têm sido objeto dessas investigações. Estudos mostram que 1 em cada 270 profissionais de saúde está infectado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em acidentes de trabalho.

O interesse pela questão dos acidentes de trabalho e principalmente pelo acompanhamento dos trabalhadores após acidentes com objetos perfurocortantes potencialmente contaminados por material biológico aumentou no início da década de 1980, com o surgimento do HIV/AIDS. Neste cuidado ao paciente, os trabalhadores de enfermagem utilizam instrumentos de trabalho como: agulhas, lâminas de bisturi, tesouras, pinças, materiais de vidro e muitos outros instrumentos que são perfurantes e cortantes. Entre os profissionais da equipe de enfermagem, os auxiliares e técnicos estão mais expostos a esse tipo de acidente, pois realizam diversos procedimentos invasivos, com ferramentas perfurocortantes que são um dos principais instrumentos de trabalho na prática diária.

Os acidentes de trabalho em nosso país devem ser comunicados imediatamente após sua ocorrência por meio da emissão do Boletim de Acidente de Trabalho (CAT), que deve ser encaminhado à previdência social, ao acidentado, ao sindicato da categoria correspondente, ao hospital, ao Serviço Único Sistema Único de Saúde (SUS) e Ministério do Trabalho. A não notificação de acidentes de trabalho na equipe de enfermagem se deve ao fato de a maioria desses profissionais ser de nível médio e não ter consciência da importância da notificação via CAT. Embora a emissão da CAT seja legalmente exigida, na prática há subnotificação de acidentes industriais.

Devido à subnotificação, há poucos dados para criar indicadores das condições de trabalho e saúde dos profissionais.

Prevenção dos acidentes envolvendo a equipe de enfermagem

O fato da equipe de enfermagem ser composta em sua maioria por profissionais de nível médio pode ser um fator predisponente para acidentes, pois não têm conhecimento da real necessidade do uso de equipamentos de proteção individual. Esse fato pode ser demonstrado no estudo realizado por Brandi et al sobre a ocorrência de acidentes de trabalho causados ​​por objetos perfurocortantes entre cuidadores do Hospital Universitário de Campinas, São Paulo. Ao final desta pesquisa bibliográfica e com base na análise das produções científicas, faz-se necessário tecer algumas recomendações sobre esse tema no que diz respeito aos acidentes de trabalho causados ​​pela equipe de enfermagem no ambiente hospitalar.

Dentre os trabalhadores da saúde que estão constantemente expostos a riscos no trabalho, a equipe de enfermagem é a mais vulnerável devido ao manuseio de objetos contendo material biológico, como objetos perfurocortantes. Devido ao risco de contrair essas doenças, o acidente traz consequências psicossociais para a equipe de enfermagem, o que torna necessária a adoção de medidas preventivas contra acidentes de trabalho. Apesar da conscientização de alguns profissionais de enfermagem sobre a importância da utilização de medidas de segurança universais, como o uso de EPI (equipamentos de proteção individual), higienização das mãos, colocação de agulhas nos locais apropriados durante o atendimento ao paciente, a adoção desses cuidados não ocorre regularmente e consequentemente aumenta o número de acidentes de trabalho.

O estudo evidenciou que os auxiliares de enfermagem (profissionais de nível médio) não têm consciência da importância do uso dos equipamentos de proteção individual durante a assistência e notificação de acidentes por meio do CAT. O profissional de enfermagem que executa tarefas ou procedimentos que possam resultar em exposição a agentes infecciosos deve conhecer as medidas e princípios de controle de infecção, os riscos que surgem após um acidente de trabalho e os princípios de manejo após a exposição. Acidentes com objetos perfurocortantes envolvendo a equipe de enfermagem de um hospital universitário.

Acidentes de trabalho em hospital universitário: estudo de incidência e fatores de risco entre enfermeiros. Acidente de trabalho com material biológico entre trabalhadores da equipe assistencial do Centro de Pesquisas do Hospital Evandro Chagas. Risco de contaminação por acidentes ocupacionais com objetos perfurocortantes entre enfermeiros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Referências

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