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ANÁLISE DE INDICADORES DE BIODIVERSIDADE NA AVALIAÇÃO DE IMPACTO DO CICLO DE VIDA

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Academic year: 2023

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Análise de indicators de biodiversity na valencia de impacto do ciclo de vida / Rita de Cássia Silva Braga e Braga. In the second round, experts' opinions were converged to prioritize models with the following indicators: (i) structural complexity of ecosystems, (ii) functional diversity and (iii) combination of qualitative and quantitative parameters, while some of the models proposed tend to capture different elements of biodiversity, pointing to vascular plant species richness as the best indicator, especially considering the availability of data on a global scale.

INTRODUÇÃO

Considerando, por um lado, a importância do tema na direção do desenvolvimento tecnológico e das políticas públicas na área de biocombustíveis e, por outro, a falta de indicadores adequados para avaliar a perda de biodiversidade, no âmbito da ACV , esta pesquisa tem como objetivo estudar os indicadores de impacto ambiental da biodiversidade relacionados à categoria de impacto do uso da terra para aplicação na avaliação do ciclo de vida de biocombustíveis. Para tal, foram previstos os seguintes objetivos específicos: i) Identificação dos principais indicadores utilizados na avaliação da categoria ambiental de uso do solo; ii) selecionar os principais indicadores para avaliar a perda de biodiversidade; iii) selecionar o(s) indicador(es) mais adequado(s) para aplicação em estudos de ACV de biocombustíveis, como o biodiesel produzido a partir de óleo de palma (Elaeis guineensis).

REVISÃO DE LITERATURA

Biodiversidade e Conservação

A hipótese da redundância propõe que algumas espécies têm a capacidade de expandir seus nichos no ecossistema, compensando assim a extinção de espécies vizinhas. A hipótese de Rivett baseia-se na ideia de que algumas espécies podem ser extintas sem causar perturbações óbvias, sugerindo a existência de espécies redundantes.

Avaliação do Ciclo de Vida (ACV)

Recentemente, tem crescido o uso desta ferramenta na avaliação ambiental de produtos de origem agrícola, por ser uma metodologia que permite avaliar os impactos nos diferentes compartimentos ambientais e etapas do processo de produção e uso de biocombustíveis, inclusive desde a fase de produção agrícola da matéria-prima, como cultivo de oleaginosas, extração de óleo vegetal, produção de biodiesel, até o uso final como combustível (ciclo de vida). Outra característica da ACV é a avaliação dos impactos sob uma perspectiva sistêmica, que pode incluir os impactos gerados nas cadeias produtivas a montante e a jusante dos processos produtivos diretamente relacionados à cadeia produtiva do biodiesel, por isso denominada avaliação “berço”. para o túmulo” (ISO, o LCA é uma ferramenta para avaliar os impactos ambientais de um produto ou processo ao longo de seu ciclo de vida, desde as colheitas, passando pelo processamento de alimentos, uso e gerenciamento de resíduos relacionados ao uso final.

Categorias de Impacto em ACV

Avaliação da acumulação sistemática de sal em determinadas áreas devido à gestão e ocupação insustentável do solo. Quantificar a perda de biodiversidade em áreas cultivadas pelo uso e ocupação da terra.

Categoria ambiental uso da terra

Uso da terra por um processo de transformação, ΔQ representa a mudança inicial na qualidade da terra e a área sombreada representa o efeito da transformação (MILÀ I CANALS, 2007). Uso do solo por processo de ocupação, sem alteração na qualidade do solo durante o processo de ocupação (ΔQ = 0, área sombreada representa o efeito da ocupação).

Figura 1. Uso da terra por um processo de transformação, ΔQ representa a mudança inicial na  qualidade  da  terra,  e  a  área  sombreada  representa  o  impacto  da  transformação  (MIL À   I  CANALS, 2007)
Figura 1. Uso da terra por um processo de transformação, ΔQ representa a mudança inicial na qualidade da terra, e a área sombreada representa o impacto da transformação (MIL À I CANALS, 2007)

Indicadores Ambientais

  • Indicadores de biodiversidade e modelos propostos para uso da terra em AICV

Com base em Souza (2010), Köllner (2003) sugere a modelagem dos impactos do uso da terra na diversidade de espécies. 7], "b" é o fator de acumulação de espécies para a área relativa de baixa intensidade de uso da terra (IL).

Figura 3. Modelo de pressão – estado – resposta, adaptado de (OECD, 2003).
Figura 3. Modelo de pressão – estado – resposta, adaptado de (OECD, 2003).

Biocombustíveis

Nessa perspectiva, Dutra e Almeida Neto (2003) destacam que a fase mais crítica da cadeia produtiva do biodiesel é a produção da matéria-prima, que se concentra na fase agrícola de produção de óleo vegetal. Para Fernandes (2009), o ciclo de vida dos combustíveis, derivados fósseis ou biomassa pode ser considerado como um sistema energético, com atividades de extração, processamento, distribuição e uso final do combustível/energia e, por vezes, responsável por impactos ambientais significativos na vida moderna. sociedade. Com isso, os efeitos adversos podem não apenas se limitar ao nível local onde são realizadas as atividades de produção ou consumo de energia, com impactos diretos na qualidade do solo e na biodiversidade, mas se estender ao nível regional ou global, se levarmos em consideração categorias de impactos conta como, por exemplo, . aquecimento global, toxicidade humana, entre outros.

Uma abordagem mais detalhada permite observar que impactos ambientais significativos podem ocorrer tanto na transformação quanto na ocupação de áreas para produção de matérias-primas utilizadas na produção de biocombustíveis, como alteração da cobertura vegetal existente e intervenção nos estoques de carbono no solo e na biomassa superficial no caso da conversão e geração de emissões poluentes associadas aos processos produtivos durante a fase de ocupação.

MATERIAL E MÉTODOS

Delimitação, caracterização e etapas da pesquisa

Levantamento, pré-seleção e avaliação dos indicadores

O Delphi

  • Escolha dos especialistas
  • Elaboração do questionário
  • Envio do questionário
  • Tratamento estatístico

A seleção dos especialistas para a consulta Delphi foi realizada a partir da identificação das áreas de conhecimento pertinentes ao problema científico do estudo. A orientação para a seleção dos especialistas baseou-se inicialmente no currículo Lattes do profissional e no currículo acadêmico nº. Para selecionar os especialistas do ECOBIO, foram consultadas instituições atuantes na área de ensino, pesquisa e extensão, com foco no Bioma Mata Atlântica, com destaque para: a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). ) .

Com vistas à inclusão de quatro novos indicadores na 2ª rodada, com base na avaliação dos resultados da 1ª rodada Delphi, foi aplicado o teste do sinal, com o objetivo de fazer comparações entre as duas rodadas, convergências e divergências nas opinião de especialistas entre essas duas fases da pesquisa.

Figura 5. Fluxograma simplificado das etapas de aplicação da consulta Delphi
Figura 5. Fluxograma simplificado das etapas de aplicação da consulta Delphi

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Levantamento e pré-seleção dos modelos

Observa-se pela Figura 6 que o IAN calculado para a média dos especialistas do ACIVID foi ligeiramente superior à média de todos os especialistas para todos os cinco indicadores, sem diferenciar nenhum indicador em particular, por um IAN. Para os especialistas do ECOBIO, o IAN proposto foi ligeiramente superior à média dos quatro especialistas para I1 e inferior para os demais indicadores, nomeadamente I5, que. Para os especialistas da BIOCOM, o IAN foi ligeiramente superior à média de todas as áreas em termos de representatividade, mensurabilidade, aplicabilidade e dependência local, variando de 70 a 90% e menor no ponto de dependência local (~90%), atingindo o valor mais alto para IAN.

Um dos especialistas em LCA (ACIVID) destacou a limitação de escolher um único modelo para avaliar a perda de biodiversidade.

Figura 6. Comparação da aplicabilidade média (Índice de Aplicabilidade – IA N ) para os cinco  indicadores de biodiversidade da 1ª rodada do Delphi, com base nos valores médios por área  de conhecimento
Figura 6. Comparação da aplicabilidade média (Índice de Aplicabilidade – IA N ) para os cinco indicadores de biodiversidade da 1ª rodada do Delphi, com base nos valores médios por área de conhecimento

Avaliação preliminar dos indicadores ambientais na 1ª rodada

Observou-se que houve mudança nas respostas, enquanto na 1ª rodada o I5 foi o indicador preferido, na 2ª rodada os especialistas optaram pelo I4, com IAN acima de 80%. Tanto na 1ª quanto na 2ª rodadas, não foi constatada preferência por um determinado indicador entre os especialistas do BIOCOM. Dentre todas as áreas avaliadas, a dos especialistas do ECOBIO foi a que mais mudou sua pontuação na 2ª rodada (Figura 12).

Enquanto na primeira rodada o I1 foi o indicador favorecido, com IAN acima de 70%, na segunda rodada, os especialistas do ACIVID destacaram o I7, como o indicador mais favorável, com IAN acima de 70% (Figura 13).

Figura 8. Comparação do IA N  entre a 1ª (A) e a 2ª rodada (B) o – para os indicadores de  biodiversidade por área de conhecimento
Figura 8. Comparação do IA N entre a 1ª (A) e a 2ª rodada (B) o – para os indicadores de biodiversidade por área de conhecimento

Discussão dos resultados do Delphi

Souza (2010) aponta que os modelos de avaliação de impacto do uso do solo tendem a utilizar as mesmas espécies para representar toda a biodiversidade de uma determinada área: espécies de plantas vasculares. O autor afirma ainda que é necessária a inserção de outros grupos taxonômicos, como forma de diminuir as incertezas dos modelos na representação da biodiversidade como um todo. Argumenta ainda que a utilização de plantas vasculares como único parâmetro na avaliação da diversidade, conforme previsto em I1, I5 e I6, é inadequada, pois esses grupos taxonômicos, em geral, representam uma pequena fração da biodiversidade de um determinado área.

Com relação aos impactos físicos do uso da terra, um indicador de biodiversidade ideal deveria considerar o grau de endemismo das espécies, e não o número total de espécies.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entre os fatores que determinam essa limitação, destacam-se a diversidade de habitats, os diferentes modos e intensidades de uso agrícola e manejo relacionado ao uso da terra. Ressalte-se que, embora os resultados não mostrem convergência de opinião entre os especialistas em favor de um determinado indicador, especialistas das áreas de ACIVID e ECOBIO enfatizaram a necessidade de vincular parâmetros qualitativos e quantitativos com os modelos existentes de avaliação da categoria de impacto de uso da terra, para que possam representar melhor a realidade de cada ecorregião. A aplicação da técnica Delphi, neste estudo, possibilitou a socialização do conhecimento sobre a categoria de impacto do uso do solo na ACV, além de um melhor entendimento da cronologia dos modelos de avaliação de impacto do ciclo de vida; ofereceu uma análise sistemática de suas potencialidades e limitações, por meio da interação entre as opiniões das principais áreas do conhecimento relacionadas ao tema, contribuindo para a inclusão dessa categoria de impacto na ACV de produtos e processos relacionados à sustentabilidade ambiental.

De todas as categorias de impacto estudadas na LCA, a categoria de uso do solo, com enfoque na componente de biodiversidade, é uma das menos desenvolvidas, tendo em conta em particular o desenho dos modelos de LCIA, uma vez que as suas características de dependência local não permitem extrapolação direta para as escalas global, regional e local, levando a diferentes opiniões sobre qual modelo permite uma melhor avaliação, para retratar a realidade em cada ecorregião.

PERSPECTIVAS

I1 Indicador Diversidade de espécies de plantas vasculares: proposto por Lindeijer, (2000) propõe que a biodiversidade de uma determinada área seja medida a partir da diversidade (número de espécies ou riqueza) de plantas vasculares. A vulnerabilidade do ecossistema deve indicar o número relativo de espécies afetadas por uma mudança na área do ecossistema. I1 - Indicador de riqueza de espécies de plantas vasculares: proposto por Lindeijer (2000), o autor propõe que a biodiversidade de uma determinada área seja medida usando (número de espécies ou riqueza) de plantas vasculares.

I2 - Weidema e Lindeijer (2001) propõem avaliar a perda de biodiversidade por três fatores: dois deles se referem às características do ecossistema (vulnerabilidade e escassez) o terceiro se refere à riqueza de espécies. Köllner (2003) citado por Souza (2010) sugere que o impacto do uso da terra é modelado de acordo com a diversidade de espécies. O indicador para determinar a perda de diversidade será riqueza de espécies x escassez do ecossistema x vulnerabilidade do ecossistema.

Figura 1: Comparação entre a avaliação da aplicabilidade (Índice de Aplicabilidade - IA) dos  indicadores de biodiversidade do especialista 16 com a média do grupo e de todas as áreas por  indicador (variando de 0 (não aplicável) até 1 (aplicável))
Figura 1: Comparação entre a avaliação da aplicabilidade (Índice de Aplicabilidade - IA) dos indicadores de biodiversidade do especialista 16 com a média do grupo e de todas as áreas por indicador (variando de 0 (não aplicável) até 1 (aplicável))

Imagem

Figura 1. Uso da terra por um processo de transformação, ΔQ representa a mudança inicial na  qualidade  da  terra,  e  a  área  sombreada  representa  o  impacto  da  transformação  (MIL À   I  CANALS, 2007)
Figura  2.  Uso  da  terra  por  um  processo  de  ocupação,  sem  alteração  na  qualidade  da  terra  durante  o  processo  de  ocupação  (ΔQ  =  0,  a  área  sombreada  representa  o  impacto  de  ocupação)
Figura 3. Modelo de pressão – estado – resposta, adaptado de (OECD, 2003).
Figura 4 representa um resumo esquemático do modelo de Köllner (2003)
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Referências

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