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competência crítica em informação para crianças

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Academic year: 2023

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Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Rio de Janeiro, 2021. NIC.br – Núcleo de Informação e Coordenação de Ponto BR PPGCI - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro.

NATIVOS DIGITAIS, METÁFORA A SER DESNATURALIZADA

Em trecho, o assessor acredita que o melhor termo para os jovens da época era 'nativos digitais', por causa de sua familiaridade com a linguagem digital. Primeiro, quer pressioná-los a rejeitar e desnaturalizar o discurso de que as crianças do século 21 têm habilidades especiais porque são nativos digitais.

COINFO E CCI

Ao longo dos anos, o termo tem sido traduzido de diferentes formas na literatura brasileira: literacia informacional (ou information literacia), literacia informacional, literacia informacional (comumente encontrada em Portugal), literacia informacional e literacia informacional (mais frequente em países de língua espanhola ). Ao optar pela competência crítica em informação, entendemos que esta pode se tornar um caminho profícuo para a prática emancipatória dos indivíduos.

JUSTIFICATIVA

É assim que a perspectiva de uma competência crítica em informação pode promover a reflexão teórica e a prática emancipatória que lhe dê sentido (BEZERRA, BELONI, 2019, p.223). Dessa forma, considera-se que o tema é relevante para a CI contemporânea, especialmente por ser introduzido no contexto de uma de suas subáreas, as Competências Críticas da Informação (CCI).

OBJETIVOS

Além da discussão sobre se é trabalho gratuito do usuário ou não21, o fato é que a produção de milhares de dados (produzidos por técnicas de persuasão que mantêm o usuário interessado, conectado e interagindo) gera valor ou é insumo para a geração em . Tem coisas que ela ainda não tem maturidade para entender, como achar fofo fazer certas danças, revelar um corpo que não está pronto.

AUTONOMIA E ÉTICA

Apesar de o "dever" estar em pauta em seu tratado, o homem não age eticamente por obrigação. Literacia informacional crítica, literacia mediática, multiliteracias, literacia mediática ou literacia mediática são conceitos com determinadas características, mas que convergem na compreensão e construção de competências que facilitam o exercício do pensamento crítico sobre o consumo e a produção de conteúdos através de dispositivos tecnológicos.

RISCOS DO AMBIENTE DIGITAL

Só descobri pela história que era deste lado, mas não descobri exatamente o que ele viu. Até hoje não sei o que ele viu, se foi algo muito violento, ou há quanto tempo ele estava visitando desde então.

OPORTUNIDADES DE PARTICIPAÇÃO ATIVA

Ela olhou para mim e disse séria: 'Mãe, você não vai colocar isso no meu celular, vai?' de uso. O TikTok, a segunda rede social mais utilizada pelas crianças no universo do nosso questionário, também oferece a possibilidade dos pais gerirem a função de pesquisa e até limitarem as mensagens que enviam ou recebem: “Permito a partilha de vídeos no TikTok apenas dentro de um grupo de certo. e permito contato apenas por WhatsApp com parentes e colegas", escreve uma responsável no questionário. Assuntos cotidianos e também polêmicos, como o caso de Mariana Ferrer 54. Ela veio me perguntar se eu a conhecia , se ela soubesse quem era.

Ele até disse outro dia: "Você acha que eu sou viciado?" E eu respondi: Não, porque não vou deixar (risos). É muito problemático (...) eu converso com ela sobre essas coisas, mas ela não fica muito convencida (risos). O que me preocupa é que acho que ele carece de outras experiências ricas fora da internet.

Aí você pode me perguntar: 'ah, você que é mãe, não gosta, por que não espera?' Eu cortei. É o que nos conta P.G., uma das mães entrevistadas, ao explicar por que não se preocupa tanto em controlar o uso do celular da filha: "Ela tem referências importantes na vida e acho que em algum momento ela pega essas referências na uso de celular também." Depois trocamos de telefone, pegamos um celular antigo que tínhamos e demos para duas crianças dividirem (além de I., ela tem outro filho de 13 anos).

Figura 9 – Mudanças no tipo de uso do celular durante a pandemia
Figura 9 – Mudanças no tipo de uso do celular durante a pandemia

POLÍTICAS PÚBLICAS

ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS

Celular próprio

Quando questionados sobre o motivo da criança ter adquirido o aparelho, as respostas são mais semelhantes no grupo de pais de crianças que adquiriram o aparelho após a pandemia: entretenimento (jogos, vídeos, músicas), comunicação (entre pares e com familiares) e educação (acompanhar aulas, fazer pesquisas) são ocorrências frequentes. Para interagir mais com seus amigos, para facilitar sua autonomia com as demandas do ensino a distância e porque sabíamos que seria um presente que ele gostaria de receber. Entre os filhos que recebiam telefone antes da pandemia (filhos e filhas de 67 dos entrevistados), os motivos variam muito mais.

A comunicação com os pais e/ou amigos foi mencionada por 24 pais e mães, sendo esta a resposta mais repetida. Entre as crianças que não possuem celular próprio, há grandes diferenças na idade em que pais e mães pretendem dar o aparelho de presente (Figura 8).

Tipos de uso

Durante a pandemia, registou-se uma alteração no tipo de utilização do telemóvel pelas crianças, apontaram os inquiridos, sendo o mais importante o uso mais frequente para se ligar a amigos e familiares (73%) e para aceder à plataforma escolar (67,4%), como vemos na Figura 9. Na outra categoria, apareceram apenas duas respostas diferentes: "Comecei a usar para aprender a tocar um instrumento" e "Comecei a usar para aprender a desenhar". Não é de estranhar que as crianças utilizem cada vez mais os telemóveis para comunicação, num período de isolamento social.

84 Apesar de a faixa etária-alvo da pesquisa ser crianças abaixo da idade recomendada pelas próprias plataformas para participar das redes sociais – 13 anos –, boa parte está nelas. A percepção de que eles gostariam de passar menos tempo online foi alta, conforme demonstrado a seguir (Figura 11).

ENTREVISTAS INDIVIDUAIS

Meu primeiro celular

No próximo capítulo, detalharemos os tipos de uso e as formas de mediação parental relatadas pelos cuidadores. Com base na nossa pesquisa exploratória e no aprofundamento da literatura específica sobre o tema da utilização do telemóvel por crianças, predefinimos duas macrocategorias para orientar a elaboração do questionário online e também as questões que orientariam as conversas individuais: tipo de utilização , para entender o que a criança faz com o aparelho e por quanto tempo ele é usado. Assim, as três atitudes relevantes para a criança no uso do celular e que culminam na atitude crítica são: uso seguro, uso ético e uso saudável.

No capítulo anterior demonstrámos os principais tipos de utilização que as crianças fazem dos telemóveis. Trataremos agora de como os responsáveis ​​observam as possibilidades e os perigos do uso do celular por seus filhos.

OPORTUNIDADES

Uma vez que o objetivo deste trabalho é coletar e analisar as estratégias de formação de CCI de crianças ao usar o dispositivo, outra categoria tornou-se essencial: estratégias de mediação parental. Neste local, apresentaremos relatos obtidos a partir de respostas abertas a questionários, bem como narrativas mais aprofundadas que relatamos em entrevistas individuais. Para esses pais, o uso do dispositivo pode criar habilidades que ajudarão a criança a entender as oportunidades, levando-a à autonomia no uso dos recursos fornecidos pelo dispositivo em seu próprio benefício, conforme algumas respostas abertas do questionário digital destacam abaixo.

Fico feliz que cada vez mais pessoas estejam aprendendo a usar o próprio aparelho e que a tecnologia não as assuste. Por fim, também encontramos nos relatos depoimentos de pais que atribuem o uso do celular a algo em benefício próprio (do adulto), colocando o "entretenimento para a criança em programas para adultos" como oportunidades maiores do que se vê em restaurantes e bares. .bares da cidade, além de tempo suficiente para os afazeres domésticos: "deixa a mãe fazer o jantar conversando com os amigos e avós", "deixa a mãe estudar", "deixa a mãe cuidar do bebê".

RISCOS

92 O acesso a conteúdos impróprios para a idade das crianças, bem como a conteúdos que, não sendo impróprios, sejam considerados impróprios porque promovem o consumismo e a meritocracia ou incentivam comportamentos que não se coadunam com os valores daquela família também faz parte a preocupação. pais. Acho que não tem nada a ver com a idade dela, mas não tem muito o que filtrar, né? A lista de riscos citados por mães e pais também inclui o perigo para a segurança das crianças.

Quando perguntados se seus filhos estão dispostos a lidar com os riscos do uso do dispositivo, apenas uma minoria (17 em 154) respondeu que sim. Porém, a maioria disse achar que a criança não está preparada para lidar com os perigos das redes que o celular pode acessar, como podemos ver a seguir.

ESTRATÉGIAS DE MEDIAÇÃO PARENTAL

Sei que há outras coisas que posso fazer, que é criar esses filtros, escolher coisas que ela não pode acessar, mas não faço nada disso. De vez em quando, entro na sala a cada x minutos para ver o que ela vê. É uma estratégia que acho que funciona, mas, por outro lado, não impede que ela acesse algum conteúdo inapropriado em outro momento.

Procuro dar a ela um olhar mais crítico sobre determinados assuntos, que ela acaba acessando pelo celular. Estou completamente convencido de que não tenho controle sobre o que ela vê, com o que ela interage e sobre as informações.

Figura 13 – Pais orientam os filhos no uso da internet
Figura 13 – Pais orientam os filhos no uso da internet

ATITUDE CRÍTICA

Uso seguro

Nesse sentido, é importante que as crianças saibam que podem ser responsabilizadas por seu comportamento online, incluindo racismo, cyberbullying, compartilhamento de imagens íntimas. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online, crianças e adolescentes de 9 a 17 anos já viram alguém ser discriminado online e 7% deles já se sentiram discriminados online. Dentre elas, destacamos a série de cartilhas Internet Segura cocriadas pelo Nic.br e CGI.br.

Uso ético

Há coisas que ela não tem idade para entender, coisas que estão além de sua idade. Sei que existem ferramentas que poderia usar, mas não me interesso por tecnologia, acho chato, sou preguiçoso. E eu respondi: Não, porque eu não vou deixar você ir (risos), por isso estou preocupada.

Estou totalmente convencido de que não tenho controle sobre o que ela vê, com o que ela interage. Ela tem a capacidade de ver, por exemplo, no Minecraft, jogos de pixel, coisas que eu não consigo.

Figura 18 – Cartilha ensina sobre nudes
Figura 18 – Cartilha ensina sobre nudes

Uso saudável

ESTE CELULAR ESTÁ FORA DA ÁREA DE COBERTURA

Por que não posso parar no semáforo e olhar para o lado, andar de metrô e olhar para as pessoas. Portanto, quanto mais longo, mais tempo fica vulnerável ao conteúdo, que não tenho certeza do que é. Tem uma coisa que tento falar com ela sobre a opinião dela sobre o que é mostrado nos vídeos do TikTok.

Imagem

Figura 9 – Mudanças no tipo de uso do celular durante a pandemia
Figura 10 – Redes sociais nas quais a criança está inscrita
Figura 13 – Pais orientam os filhos no uso da internet
Figura 18 – Cartilha ensina sobre nudes
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Referências

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Mas todo mundo achava que ela era uma patroa muito boa porque a imprensa dizia “olha, mas a gente liga para lá e não tem problema, a gente vai lá fazer entrevista com a Nair e