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Contrastando marcas de oralidade em traducões de “alta literatura” e de “best-sellers”: Fantasma sai de cena, de Philip Roth, e O

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Academic year: 2023

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XXVII Congresso de Iniciação Científica

Contrastando marcas de oralidade em traducões de “alta literatura” e de “best-sellers”: Fantasma sai de cena, de Philip Roth, e O

manipulador, de John Grisham

Alexandre dos Reis Rybakov, Lauro Maia Amorim, São José do Rio Preto, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Bacharel em Letras com habilitação de Tradutor,

rybakovalexandre@gmail.com

Palavras Chave: alta-literatura, best-seller, marcas de oralidade

Introdução

Milton (2002)1 defende que, tradicionalmente, sempre houve resistência por parte do mercado editorial em representar, em uma tradução, o falar de uma personagem marcada por um dialeto específico ou baixa escolaridade. Entretanto a representação de marcas de oralidade tem encontrado mais receptividade por parte de editoras, nos últimos anos, na tradução de certas obras literárias marcadas por um inglês não-padrão.

Todavia, não há dados de pesquisa concretos que corroborem que essa seja uma tendência generalizada. Britto (2012)2 defende o uso de

“marcas de oralidade” nas traduções de diálogos literários, visando manter um efeito de verossimilhança nas traduções, sem se afastar demasiadamente das convenções da língua escrita.

Objetivos

O objetivo é analisar a frequência de marcas de oralidade em diálogos presentes em uma tradução de um best-seller e em uma tradução de obra associada à dita alta literatura, avaliar se há uma correlação entre as formas de literatura citadas e o emprego sistemático de marcas de oralidade. Caso haja, avaliar as razões pelas quais essa correlação se efetuaria.

Material e Métodos

A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira, diz respeito à discussão de aspectos teóricos concernentes à representação dialetal em textos literários em geral, à tradução dessas representações e ao que seria “alta-literatura” e best-sellers. A segunda, diz respeito à análise de diálogos de Fantasma sai de cena, de Philip Roth (2007)3, traduzido por Paulo Henriques Britto (2008)4, considerado alta-literatura, e O manipulador, de John Grisham (2013)5, traduzido por Maira Parula (2013)6, considerado best-seller.

Resultados e Discussão

Utilizando as marcas de oralidade propostas por Britto (2012), analisamos diálogos das duas obras.

Em geral, notamos que ambas utilizam marcas de oralidade, mas de modos diferentes. Trechos como

“Então pro senhor tanto faz quem ganhar” (“so you don’t care who wins.”) e “a Jamie é a maior” (“Jamie is the best”), em que figuram marcas fonéticas (pro) e artigo definido antes de nome próprio (“a Jamie”) são comuns na obra de Roth. Na de Grisham, por outro lado, ocorrem trechos como “Quinn esperou quase três anos para matar o juíz” (“Quinn waited almost three years to kill the judge”), em que as marcas de oralidade não se afastam tanto da norma padrão, ao utilizar para ao invés de pra, e não recorrem ao artigo definido antes do nome próprio Quinn.

Conclusões

Até o momento, concluímos que a linguagem utilizada na tradução de uma obra de alta-literatura seria mais ligada à linguagem e estilo do autor, enquanto uma obra considerada apenas best-seller estaria mais sujeita a leis do mercado editorial que se pautam sobre uma demanda do público-leitor desse tipo de obra que, supomos, é mais conservador com relação à linguagem utilizada em literatura. No entanto, a pesquisa ainda está em andamento, e é necessária a análise de outras obras literárias para averiguar como os diálogos literários são construídos na tradução para o português.

Agradecimentos

Agradeço a meu orientador Prof. Dr. Lauro Maia Amorim pelo apoio e paciência durante o trabalho.

____________________

1 MILTON, J. O Clube do Livro e a tradução. Bauru: Edusc, 2002.

2 BRITTO, P. H. A tradução literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

3 ROTH, P. Exit Ghost. Nova York: Vintage Books, 2007.

4 ROTH, P. Fantasma sai de cena. Tradução: Paulo Henriques Britto.

São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

5GRISHAM, J. The Racketeer. Nova York: Dell Publishing, 2013

6GRISHAM, J O manipulador. Tradução: Maira Parula. Rio de Janeiro:

Rocco, 2013.

Referências

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