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Memórias de pessoas com nanismo na educação física escolar

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Academic year: 2023

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Assim, o objetivo principal foi pensar como ocorre a educação física nas escolas brasileiras, a partir das experiências de pessoas com nanismo. No entanto, embora se note que mais atenção tem sido dada à educação inclusiva, na tentativa de entender quais estratégias têm sido propostas para promover a educação inclusiva para pessoas com nanismo, constata-se que há poucas pesquisas voltadas especificamente para esse tema. Assim, esta pesquisa busca fazer uma pequena apreensão da realidade para responder à pergunta: qual é a realidade da escola de educação física brasileira no que diz respeito às práticas inclusivas voltadas para pessoas com nanismo?

Foi determinado como objetivo principal que este trabalho, a partir das vivências de pessoas com nanismo, reflita como se dá a educação física nas escolas. Os objetivos específicos definidos foram: apresentar os aspectos físicos e etiológicos associados ao nanismo; descrever os diferentes aspectos que as pessoas com nanismo vivenciam durante as aulas de educação física na escola. Diante disso, tais pesquisas são essenciais, pois a baixa produtividade acadêmica nessa área leva ao desconhecimento e gera dúvidas e incertezas sobre como lidar com pessoas com nanismo.

Ventura, Rodrigues e Oliveira (2013) já haviam mostrado que as pessoas com nanismo são estigmatizadas pela sociedade, pois não possuem padrões corporais convencionais. A esse respeito, Silva, Arruda e Oliveira (2014) apontaram que a melhor solução para esse problema é a inclusão para possibilitar a autonomia das pessoas com nanismo. Além disso, existem trabalhos que já apresentam adaptações visando facilitar a mobilidade de pessoas com nanismo, a atividade física regular inclui uma forma de inclusão social dessa população.

Nessa perspectiva, é importante ressaltar que as pessoas com nanismo vivem em um mundo não adaptado à sua realidade física e isso pode reduzir sua qualidade de vida, e a prática de atividade física é uma forma de reverter esse processo. ); WAGNER, 2018).

Educação Inclusiva

Assim, constata-se que a educação no Brasil é um direito de todos, garantido pela constituição, mas constata-se que na prática ela não acontece como estipulado no papel, principalmente quando envolve diversas minorias marginalizadas. Sabemos que não é fácil para as pessoas com deficiência se adaptarem a um ambiente que muitas vezes não está preparado para elas. Cada deficiência requer uma adaptação diferente, tanto estrutural como pedagógica.

No caso do nanismo, as adaptações devem ocorrer no ambiente para atender todas as suas necessidades, não se pode enfatizar que indivíduos com tal deficiência não tenham nenhum tipo de dificuldade de aprendizagem associada a tal condição. Dessa forma, antes de abordar a educação integral com foco no nanismo, serão apresentadas algumas características dessa deficiência.

Nanismo: nanismo hipofisário a acondroplasia

Estigmatização das pessoas com nanismo e a importância da inclusão social

Isso fica claro a partir do momento em que, por exemplo, segundo Paiva (2019), embora existam estimativas, não é exato o número de pessoas com essa condição no país, assim como as demais deficiências. Ainda segundo o autor, pessoas com nanismo são encontradas em diversos âmbitos da sociedade, como médicos, empresários, banqueiros, educadores, e por isso é fundamental que essa população tenha visibilidade, inclusão e direitos legais garantidos. Conforme apresentam Rocha e Wagner (2018), a baixa estatura apresentada por pessoas com nanismo dificulta a realização de tarefas cotidianas para elas.

Para aumentar o sentimento de impotência, existem preconceitos por parte da maioria das pessoas que veem as pessoas com essa deficiência como vulneráveis ​​ou incapazes de realizar atividades ditas normais. O preconceito4 e a estigmatização5 de pessoas com nanismo não são novos ou limitados ao Brasil (FARIA; MARIANI; LIMA, 2020). A falta de conhecimento sobre esta condição levou por muito tempo as pessoas que a possuem serem rotuladas como aberrações ou mesmo seres extraordinários.

Com isso, tornaram-se elementos de entretenimento e diversão, expostos na maioria das vezes de forma incômoda e ofensiva, contribuindo assim para o aumento e perpetuação do preconceito (FARIA, 2020). Embora esse tipo de situação não aconteça mais hoje, as pessoas com nanismo, erroneamente chamadas de anões, são constantemente rotuladas ao entrarem em diferentes espaços sociais e voltam a ser o centro das atenções. Com isso, passando por esse tipo de situação, é comum que os indivíduos com nanismo acabem ficando apáticos, bloqueando qualquer tipo de sentimento que venha do meio externo (LIMA, 2019).

Portanto, a inclusão das pessoas com nanismo em diferentes contextos sociais é fundamental, e para que isso aconteça é fundamental que haja mudanças na forma como são vistos e tratados. Ventura, Rodrigues e Oliveira (2013) enfatizaram em suas pesquisas que as pessoas com nanismo são tratadas de forma diferenciada, pois ainda são crianças, principalmente nas escolas. 4 Preconceito: ato de prejulgar uma situação ou uma pessoa, manifestado em uma atitude discriminatória.

5 Estigma: rotular, estereotipar e excluir pessoas com base em suas características físicas, culturais, mentais ou religiosas. Porém, embora os princípios de inclusão estejam sendo implementados, ainda são poucos os materiais didáticos que trazem métodos didáticos que abranjam todos os alunos, inclusive os com nanismo. Dentro da educação física escolar é fundamental que esse princípio seja respeitado, pois os alunos com nanismo devem ter aumentado sua autoestima e autoconfiança através das práticas realizadas, bem como promover seu desenvolvimento motor, social e afetivo (CARVALHO, 2011).

Educação Física Escolar voltada para a inclusão de alunos com deficiência

Foi incluída no currículo de formação de profissionais de educação física em 1987. A formação em educação física adaptada nos cursos de formação problematizou inicialmente a inclusão de pessoas com deficiência no ensino numa perspectiva integradora, ou seja, com atividades adaptadas e por vezes realizadas separadamente dos alunos sem deficiências. A educação física escolar engloba inúmeros conteúdos que visam promover o desenvolvimento motor, social e psicomotor dos alunos, e a educação física adaptada surge como um meio para que essa habilidade seja desenvolvida e aprimorada por pessoas com limitações físicas.

No entanto, para que a inclusão ocorra nas aulas de educação física na escola, é fundamental compreender o papel dos professores nesse processo. Portanto, é fundamental que os professores, principalmente os que atuam na educação física escolar, busquem sempre o aperfeiçoamento. O processo de inclusão de alunos com deficiência física, cognitiva e sensorial na Educação Física escolar deve ser um processo natural, em que a interação entre os alunos ocorra de forma equilibrada.

Também é importante que as aulas de Educação Física sejam planejadas e estruturadas de forma que sejam quebradas as barreiras que impedem a participação ativa dos alunos com nanismo. Alves e Fiorini (2018, p.4) mostram que a inclusão escolar na perspectiva da Educação Física está relacionada ao “desenvolvimento do sentimento de pertencimento, valor e importância no grupo”. E1 “A educação física, pra mim, nunca foi um ponto interessante pra mim, porque eu acho que na educação física eu me via ainda mais diferente, sabe.

Além disso, o distanciamento de E1 das aulas de Educação Física também pode incluir certo distanciamento social criado considerando que, devido a sua condição, ele não seria aceito socialmente pelos outros (VENTURA; RODRIGUES; OLIVEIRA, 2013). Analisando essa situação, pode-se supor que se houvesse um maior incentivo à prática de atividades físicas, dentro e fora da escola desde a infância, é provável que a opinião de E1 em relação às aulas de Educação Física fosse outra, claro, se considerarmos que suas experiências foram positivas. No quadro 7, há falas indicando que se pretende adaptar as aulas de Educação Física para E1.

No caso das aulas de educação física, foi possível esclarecer o porquê das opiniões dos sujeitos sobre as aulas de educação física, analisando as respostas dos entrevistados e com base em outros autores. A partir daí, esclarecendo dúvidas e traçando uma meta para que os professores de educação física possam trabalhar melhor com alunos com determinado tipo de deficiência. O objetivo principal desta pesquisa foi refletir sobre as experiências de pessoas com nanismo, como a educação física escolar aparece nas escolas brasileiras, a fim de responder à questão de qual é a realidade da educação física escolar brasileira em termos de práticas inclusivas. destinado a pessoas com nanismo.

Infelizmente, devido à baixa participação dos participantes, não é possível mensurar o esporte brasileiro como um todo. Educação física escolar e inclusão: um estudo de caso no Brasil sob a ótica do modelo bioecológico. Meu nome é Lucas Antonio Pellenz Sanches, sou o pesquisador responsável e aluno do curso de Educação Física da Universidade Federal de Goiás.

Eu, (preencha seu nome completo), RG: (preencha seu RG), concordo em participar do estudo intitulado "Lembranças de pessoas com nanismo no esporte escolar".

Imagem

Figura 1.Nanismo
Tabela 1. Tipos de nanismo
Figura 2. Mutação autossômica dominante

Referências

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