XXXI Congresso de Iniciação Científica
Análise da Resistência à Corrosão de uma liga Al-Mg-Ni em meio ambiente salino
Milena Poletto Araújo Oliveira, Rafael Rodrigues Megiolaro, Crystopher Cardoso de Brito, São João da Boa Vista, Câmpus Experimental de São João da Boa Vista, curso de Engenharia Aeronáutica, milena.poletto.aero@hotmail.com, CNPq Reitoria.
Palavras Chave: ambiente salino, corrosão, microestrutura.
Introdução
Dentro do setor aeronáutico, nota-se a necessidade do estudo das características mecânicas e químicas que a microestrutura de uma liga metálica apresenta.
Desse modo, ao analisar um processo de fabricação, a microestrutura final depende fundamentalmente dos parâmetros utilizados.
Ademais, correlacionar critérios microestruturais aos seus comportamentos à corrosão é imprescindível para a análise prévia das propriedades de um metal.
Isso se justifica porque, em cada processo, há uma exposição nociva oriunda ao ambiente em que o metal foi inserido.
Por fim, devido ao avanço do estudo neste setor, destaca-se a importância do aumento da substituição de aços por ligas de alumínio, principalmente, por apresentar resultados como redução de peso e maior resistência à corrosão. As ligas leves à base de Al proporcionam melhorias em diversas áreas uma vez que as suas características intrínsecas conferem, em geral, melhor desempenho em economia de consumo de combustíveis e maiores resistência à corrosão.
Objetivo
O projeto tem por objetivo realizar uma análise experimental a respeito da influência dos parâmetros microestruturais sobre a resistência à corrosão de uma liga Al-Mg-Ni exposta a condições de corrosão em ambientes salinos.
Material e Métodos
No presente projeto de Iniciação Científica, será estudada uma liga Al-Si-Mg obtida por solidificação direcional a fim de se obter um amplo intervalo de taxa de resfriamento, com vistas a proporcionar um amplo espectro de morfologia microestrutural. A análise conterá caracterização da microestrutura através de microscopia ótica e eletrônica e análise de imagem através do software Imaje-J. Para quantificar os valores dos espaçamentos primários, será utilizado o método do triângulo.
Os ensaios de corrosão serão realizados com o auxilio de um potenciostato da AUTOLAB (modelo PGSTAT 128N), por meio de ensaios de polarização,
desprendimento de hidrogênio e perda de massa. As amostras serão lixadas seguidas de limpeza em água destilada e de secagem ao ar. O eletrólito será uma solução 0,06M de cloreto de sódio (NaCl) e os ensaios, conduzidos em triplicata.
Resultados e Discussão
O principal resultado desejado ao realizar este projeto será correlacionar os parâmetros microestruturais à resistência à corrosão.
6 8 10 12 14 16 18 20 22
50 60 70 80 90 100 110
120 Limite de Resistência à Tração (U)
[Goulart et al., 2010B]
Al-0,5% Fe Al-1,5% Fe
LTR, U (MPa)
C (m)
0 1 2 3 4 5 6 7 8
CR (cm2/A) Resistência à Corrosão (CR) [Osório et al., 2010A]
Al-0,5% Fe Al-1,5% Fe
Figura 1. Resistência à Corrosão (CR) e Limite de Resistência à Tração (σU) em função do espaçamento celular (λC) para ligas Al-Fe [4].
Conclusões
Desse modo, conclui-se que tal análise permitirá desenvolver benefícios tecnológicos importantes para os diversos setores que utilizam ligas de alumínio.
Agradecimentos
O bolsista agradece a CNPq pelo incentivo à pesquisa.
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1 Garcia, A. Solidificação – Fundamentos e Aplicações, Editora da Unicamp, 2ª. Ed, 2007.
2 Padilha, AF. "Materiais de Engenharia: Microestruturas e Materiais."
Hemus (1997).
3 Gentil, Vicente. "Corrosão. 6∘ ed." Rio de janeiro: Editora LTC (2011).
4 Vargel, C. Corrosion of Aluminium. Elsevier, p.63. 2004.