XXXI Congresso de Iniciação Científica
Climatologia e análise de tendência de eventos de precipitação intensa no estado de São Paulo
Gabriela Mathizen de Campos Silva, Profa. Dra. Priscilla Teles de Oliveira. Campus de Bauru Faculdade de Ciências, bacharelado em meteorologia, mathizengabriela@gmail.com.
Palavras Chave: Climatologia, mudanças climáticas, EPI.
Introdução
De acordo com pesquisas científicas dos últimos 30 anos a ocorrência de mudanças no clima vêm acontecendo. Uma das resultantes desta mudança é a frequência dos eventos de precipitação intensa (EPI) que causam grande impacto negativo na sociedade. Portanto faz-se necessário o estudo da análise de tendência para estes eventos afim de verificar se há uma tendência de aumento ou diminuição e a intensidade com que eles ocorrem.
Essas informações são importantes para o planejamento socioeconômico e no que diz respeito a ações preventivas e mitigadoras por exemplo.
Objetivo
Determinar a climatologia e a tendência dos eventos extremos de precipitação sobre o estado de São Paulo.
Material e Métodos
Foram utilizados dados diários de precipitação da rede hidrometeorológica gerenciada pela Agência Nacional de Águas (ANA). O EPI foi definido pela técnica dos quantis, como aquele que apresentou precipitação acima do percentil 95º em cada estação meteorológica. Já o teste de Mann-Kendall será aplicado para analisar a tendência de variação na quantidade de eventos e na intensidade da precipitação.
Resultados e Discussão
Os resultados obtidos foram com base nos dados de 343 estações meteorológicas distribuídas no estado de São Paulo durante o período de 1951 a 2016.
Dentre estas 343 estações, foi realizada uma verificação em relação a quantidade de falhas, sendo excluídas as estações que apresentaram mais de 30% de falhas, resultando em 62 estações.
Foi escolhido este período por ser o que estava disponível no banco de dados.
A figura 1 corresponde a quantidade dos EPI acima do percentil de 95, por estação meteorológica, como estas estações estão localizadas em diferentes regiões do estado de São Paulo é possível observar a grande variabilidade dos EPI, isto acontece por conta das diferentes características climáticas de cada região de São Paulo (Rolim et al., 2007). Neste
estudo também foi feito a média de chuvas dos EPI acima do percentil de 95 (figura 2), o maior valor médio encontrado foi de 65,5 mm e o menor foi de 32 mm.
Figura 1. Quantidade dos EPI (1951-2016)
Figura 2. Média de chuva dos EPI (1951-2016)
Conclusões
Foi possível filtrar as estações meteorológicas com a melhor qualidade dos dados, classificar e analisar a variabilidade dos EPI de acordo com as diferentes localizações das estações.
A análise da tendência e intensidade com que os EPI ocorrem será feita posteriormente, assim como a distribuição espacial das estações para observação da abrangência das estações no estado de São Paulo.
Agradecimentos
Agradecimentos à UNESP, à Faculdade de Ciências do Campus de Bauru e ao IPMet.
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1 de Souza Rolim, Glauco, et al. "Classificação climática de Köppen e de Thornthwaite e sua aplicabilidade na determinação de zonas agroclimáticas para o estado de São Paulo." Bragantia 66.4 (2007).
2 Marengo, J. A.; Jones, R.; Alves, L. M.; Valcerde, M. C. Future change of temperature and precipitation extremes in South America as derived from the PRECIS regional climate modeling system.
International Journal of Climatology, v. 29, p. 2241-2255, 2009.
