XXVIII Congresso de Iniciação Científica
MINHA ILHA SELVAGEM: O CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE LOCAL COMO AUXILIAR NO ENSINO DE CIÊNCIAS EM ILHA SOLTEIRA/SP
Marcos Vinicius Queiroz, Lucíola Santos Lannes, Danilo Silva Teixeira, Juan Vitor Ruiz, UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas, marcosv_queiroz@hotmail.com. Bolsista Núcleo de Ensino Prograd
Palavras Chave: fauna, educação ambiental, mídias audiovisuais.
Introdução
A educação ambiental é uma ferramenta fundamental no ensino, visto que esta permite ao aluno perceber-se parte do ambiente e possibilita o desenvolvimento de uma educação voltada para a cidadania. Nas escolas, há uma necessidade na
“investigação da diversidade dos seres vivos compreendendo cadeias alimentares e características adaptativas dos seres vivos, valorizando-os e respeitando-os”1. Uma alternativa no método de aprendizagem é a utilização de filmes como recurso didático-pedagógico, pois podem trabalhar emoções, valores e experiências através de distintas linguagens: visual, oral, musical e escrita, entre outras2. O município de Ilha Solteira está localizado numa área de ecótono Mata Atlântica-Cerrado, sendo parte de uma paisagem com habitats diversos, rica em biodiversidade, porém afetado pela pecuária e agricultura.
Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo analisar a percepção dos alunos de uma escola pública em relação à fauna do município de Ilha Solteira.
Material e Métodos
Para as análises prévias e posteriores às aulas realizou-se a aplicação de dois questionários formado por perguntas abertas e fechadas em 6 turmas do 7º ano da Escola Estadual Prof.ª Lea Silva Moraes. As aulas foram divididas em 9 módulos compreendendo assuntos como biodiversidade, conservação, e observação prática.
Para o desenvolvimento destas foram utilizados recursos midiáticos como slides e vídeos, além de uma aula prática no Centro de Conservação da Fauna Silvestre de Ilha Solteira.
Resultados e Discussão
A análise do questionário inicial e questionário final revelam que alunos têm ciência da existência da fauna típica de Ilha Solteira. Porém notaram-se respostas equivocadas sobre a composição fauna típica de Ilha Solteira (Figura 1). Muitos alunos responderam que no entorno da cidade podem ser
encontrados animais exóticos. Estas respostas equivocadas e distorcidas resultam da maior divulgação sobre animais exóticos nos meios de comunicação, como desenhos e documentários sobre a África, propagandas de alimentos domésticos, criando assim uma preferência por animais domésticos e exóticos3.
Figura 1. Respostas à questão ‘‘O que você espera encontrar (animais, plantas) fora da área urbana de Ilha Solteira?”
Conclusões
O vínculo afetivo com o ambiente é o primeiro passo para o sucesso de qualquer projeto de educação ambiental. O projeto Minha Ilha Selvagem está realizando de maneira satisfatória a função de levar até as crianças o que é estudado no meio acadêmico, mostrando aos alunos a importância de se praticar ações sustentáveis, enfatizando a conservação da natureza e de sua biodiversidade.
Percebe-se que os estudantes passam a valorizar a fauna nativa do município de Ilha Solteira à medida que são apresentados a eles durantes as aulas ministradas no âmbito deste projeto.
Agradecimentos
Centro de Conservação da Fauna Silvestre de Ilha Solteira (“Zoológico de Ilha Solteira”).
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1 BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais.
Brasília: MEC, Secretaria do Ensino Médio, 1998.
2 SANTOS, J. N. O ensino-aprendizagem de ciências naturais na educação básica: O filme como recurso didático nas aulas de Ecologia.
2013. Dissertação (Mestrado). Universidade Tecnológica do Paraná, Curitiba, PR.
3 BIZERRIL, Marcelo XA. Children's perceptions of Brazilian Cerrado landscapes and biodiversity. the Journal of environmental education, v.
35, n. 4, p. 47-58, 2004.BRASIL.