XXXI Congresso de Iniciação Científica
UI/UX NO DESENVOLVIMENTO DE INTERFACES PARA PESSOAS CEGAS
Autor: Rodrigo Constante Capitelli (rodrigo_capitelli@hotmail.com), Bolsa PIBIC - CNPq.
Orientadora: Profa. Dra. Vânia Valente (vania.valente@unesp.br). Bauru, FAAC, Curso de Design.
Palavras Chave: Experiência do Usuário, Acessibilidade – cegueira, Interface digital
Introdução
Apesar de não serem completamente privados do mundo digital, os deficientes visuais encontram interfaces com acessibilidade reduzida as quais oferecem apenas opções básicas que não permitem um aproveitamento total.
Esta pesquisa relacionou técnicas de Experiência do Usuário (UX) ao desenvolvimento de interfaces interativas para cegos e está em consonância com um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organização das Nações Unidas (ONU) no que se refere à inclusão social da pessoa com deficiência e da acessibilidade.
Objetivo
Elaborar diretrizes de usabilidade para desenvolvedores de interface digitais aplicar ou adaptar para a inclusão de pessoas cegas.
Material e Métodos
Seguindo as diretrizes de acessibilidade do documento WCAG1 e da pesquisa "Guidelines for Accessible and Usable Web Sites: Observing Users Who Work With Screen Readers"2, foram avaliados os sites: Mercado Livre, Wikipedia, Globo e Live.com. Os testes de usabilidade foram realizados para a deficiência cegueira (simulada - Screening Technique) realizando tarefas básicas em cada um.
Tabela 1. Tarefas a serem realizadas em cada site.
Mercado Livre
Wikipédia Globo Live.com Tarefas Realizar
uma compra e postar um anúncio
Pesquisa, leitura de artigo e exploração do site
Leitura de 3 notícias e
exploração do site
Leitura / envio de e-mail e gerenciamento de pastas
Resultados e Discussão
A navegação de pessoas cegas é realizada pelo teclado ou por softwares assistentes de voz (como Siri ou Cortana). Com o teclado, o usuário percorre os itens sequencialmente escutando a descrição de cada um, no entanto, para que isso aconteça, o código por trás da interface deve estar claro e objetivo.
Todos os sites avaliados possibilitaram o acesso às suas páginas exclusivamente pelo teclado, essa era uma condição primária para que os testes
1 Web Content Accessibility Guidelines - https://www.w3.org
2 Theofanos and Redish. Interactions. 2003, 38-51.
pudessem acontecer. Todos os sites também ofereceram descrições nos campos de preenchimento, como caixas de pesquisa, preenchimento de formulários, e similares.
Em nenhum dos sites as imagens possuíam texto alternativo, ou seja, em nenhum site se podia entender as imagens que estavam presentes.
Outros parâmetros foram avaliados como a repetição de informações, descrições superficiais, mesma descrição para itens diferentes, descrição numérica incorreta, etc.
Figura 1. Quantidade de exigências de acessibilidade não atendidas pelos sites avaliados.
Conclusões
Foram elaboradas 29 diretrizes, todas elas explicadas detalhadamente no relatório final desta
pesquisa e
resumidas no infográfico ao lado.
Por fim, deixa-se um documento que possa vir a ajudar desenvolvedores, designers,
entusiastas e pesquisadores futuros. Para que novos sites consigam ter uma melhor
acessibilidade e para que a internet se torne um local para todos.
Figura 2. Infográfico diretrizes
Agradecimentos
PIBIC - CNPq