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Tese Gustavo dos Santos Souza

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Academic year: 2023

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Mortalidade por câncer de pulmão e poluição do ar nas regiões metropolitanas do Brasil / Gustavo dos Santos Souza. A segunda é avaliar os efeitos dos indicadores de poluição do ar na mortalidade por câncer de pulmão nas RMs mais populosas do Brasil. A maioria das mortes por poluição atmosférica em 2012 estavam ligadas a doenças cardiovasculares, mas 6% de todas as mortes, ou 227.000 mortes em todo o mundo nesse ano, foram causadas por cancro do pulmão.

Estudos realizados em todo o mundo nos últimos trinta anos concentraram-se na investigação da relação entre a exposição à poluição atmosférica e o cancro do pulmão.

Tabela 1 -  Estudos  de  tendência  da  mortalidade  por  câncer  de  pulmão  no  Brasil................................................................................................
Tabela 1 - Estudos de tendência da mortalidade por câncer de pulmão no Brasil................................................................................................

Epidemiologia do câncer de pulmão

Estima-se que uma morte por câncer de pulmão seja responsável por cada cinco mortes por câncer em outros lugares (FERLAY et al., 2014). Abaixo segue a Tabela 1 com os principais resultados e características dos estudos de tendências das taxas de mortalidade por câncer de pulmão no Brasil. Seu principal objetivo é verificar o desempenho do método de rastreamento populacional do câncer de pulmão por TCBD no Brasil.

A melhoria da qualidade do ar contribuirá certamente para o controlo do cancro do pulmão na população (ISLAMI, TORRE, JEMAL, 2015; OMS, 2005).

Considerações preliminares e fatos históricos relacionados à

O terceiro e mais dramático caso ocorreu em 1952, em Londres, historicamente considerado o maior episódio de poluição atmosférica em termos de impacto na saúde, causado pela queima indiscriminada de combustíveis fósseis para satisfazer as exigências da indústria e dos transportes londrinos. Segundo os autores que conduziram o estudo retrospectivo e chegaram a esses valores, as taxas de mortalidade permaneceram elevadas após alguns meses, com um excesso estimado de 13.500 mortes entre dezembro de 1952 e março de 1953.

Poluição do ar

Seguindo as determinações legais, a EPA diferencia os padrões de qualidade do ar em: (i) padrões primários, que visam proteger a saúde humana, incluindo os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias; e (ii) padrões secundários, focados na proteção do meio ambiente e do bem-estar público contra possíveis efeitos negativos relacionados à poluição atmosférica (AGÊNCIA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, 2014). Padrões primários de qualidade do ar: são as concentrações de poluentes que, se ultrapassadas, podem causar danos à saúde da população. Resolução CONAMA nº. A Lei nº 18, de 6 de maio de 1986, que criou o Programa de Controle da Poluição Atmosférica por Veículos Automotores (PROCONVE), antes mesmo do PRONAR, visa reduzir os níveis de emissões de poluentes provenientes de veículos automotores; promoção do desenvolvimento tecnológico nacional; criação de programas de inspeção e manutenção de veículos automotores em circulação; promover a sensibilização do público para a questão da poluição atmosférica provocada pelos veículos; criação de condições de avaliação dos resultados alcançados; promover a melhoria das características técnicas dos combustíveis líquidos disponibilizados à frota nacional (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, 1986).

Outros programas e regulamentações que tratam da poluição ambiental fornecem estruturas normativas para incentivar o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas para controlar a poluição do ar no Brasil (BRASIL, 1997; PEREIRA, 2007).

Efeitos da poluição do ar na saúde humana e os impactos na Saúde

A diferença individual entre os níveis de exposição à poluição atmosférica produz um efeito menor, em termos de risco para a saúde, em comparação com o tabagismo. Portanto, a relevância e os efeitos do impacto global da poluição atmosférica na saúde pública não devem ser considerados apenas com base nos pequenos RR encontrados em estudos epidemiológicos sobre a poluição atmosférica. Esta noção de fração atribuível aplicada a questões de saúde e poluição do ar foi mencionada por Künsli et al.

As estimativas da OMS para a UE em 2012 mostraram que a fracção atribuível de mortes por cancro do pulmão relacionadas com a poluição atmosférica na população foi de 7,27%.

Rede de monitoramento da qualidade do ar no Brasil

Diante do exposto, constata-se que o Brasil não dispõe da rede nacional de monitoramento da qualidade do ar originalmente prevista no dispositivo normativo. Além disso, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro representam juntos cerca de 65% de todas as estações de monitoramento do país, ou seja, 166 estações. Em relação aos poluentes padrão, notou-se que não houve padronização quanto ao seu monitoramento nas estações de monitoramento brasileiras, de modo que o PM é monitorado em 82%, o O3 em 46% e o SO2 em 45% delas (VORMITTAG et al., 2014).

Em comparação, a Rede de Monitorização da Qualidade do Ar dos EUA, iniciada em 1980 sob a responsabilidade da EPA, disponibiliza publicamente dados de 10.000 estações de monitorização da qualidade do ar, garantindo a transparência das informações.

Tabela 2 - Padrões de referência da qualidade do ar
Tabela 2 - Padrões de referência da qualidade do ar

Saúde ambiental: Vigilância de Populações Expostas à Poluição do

De forma mais pragmática, Barcellos e Quiterio (2006) apontaram à época a imprecisão do objeto de atuação e a reestruturação de suas ações como desafios para a vigilância em saúde ambiental. Além disso, especularam sobre as dificuldades de implementação da vigilância em saúde ambiental no SUS - considerada uma área nova na época - indicando que a multidisciplinaridade, a intersetorialidade e a estruturação de sistemas de informação na área seriam essenciais nesse processo (BARCELLOS; QUITÉRIO, 2006) . . Por ser um dispositivo legal, a vigilância em saúde no Brasil configura-se nos moldes de um sistema maior composto por subsistemas integrados e articulados.

Conforme afirmado por Rohlfs et al. 2011), a VSA, por meio da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM), atua em parceria com a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) na definição de uma rede de referência em Saúde Ambiental e Saúde Pública. Trabalhador, com perspectiva de apoiar as necessidades dos estados e municípios.

As regiões metropolitanas no Brasil

Os estudos I e II descritos na seção 4 - MATERIAIS E MÉTODOS - serão, portanto, realizados nas 19 RMs brasileiras com mais de 1,5 milhão de habitantes (Tabela 5), ​​segundo estimativas do IBGE para o ano de 2015. Tabela 4 - População das regiões metropolitanas , Regiões de desenvolvimento integrado e áreas urbanas com mais de um milhão e meio de habitantes.

Poluição do ar e câncer depulmão

Este último foi consistente com o aumento do risco de câncer de pulmão observado em diversas partes do mundo (LOOMIS et al., 2013). Especificamente para a poluição atmosférica, dada uma concentração média anual de PM10 de 39 µg/m3 (prevalência), este mesmo estudo estimou que 5,08% das mortes por cancro do pulmão nesse ano poderiam ser atribuídas à poluição atmosférica (AZEVEDO e SILVA et al., 2016). . Além disso, foram identificados três estudos no Brasil que investigaram a influência da poluição do ar no câncer de pulmão.

Além disso, foi confirmado o aumento do risco de desenvolvimento de câncer de bexiga associado à poluição do ar ambiente (INTERNATIONAL AGENCY FOR CANCER RESEARCH, 2013; RAASCHOU-NIELSEN et al., 2013).

Figura 1 - Modelo teórico-conceitual da relação entre o câncer de pulmão e os principais fatores de risco
Figura 1 - Modelo teórico-conceitual da relação entre o câncer de pulmão e os principais fatores de risco

Objetivo geral

Objetivos específicos

Estudo 1

  • Desenho de estudo
  • População de estudo
  • Fonte de dados e definição de variáveis
  • Análise estatística
    • Correção das informações sobre óbitos por câncer de pulmão
    • Cálculo das taxas de mortalidade e análise de tendência

Os dados de óbitos por câncer de pulmão em pessoas acima de 30 anos foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) para (i) cada RM selecionada com base em critérios demográficos; (ii) ao estado correspondente a essa RM, sem considerá-lo; no período de 2000 a 2015. A variável desfecho consiste, portanto, na taxa de mortalidade por câncer de pulmão, padronizada para a população brasileira de 2010, expressa como o número de óbitos entre indivíduos de 30 anos ou mais por cem mil habitantes, ocorridos entre 2000 e 2015.2015, nas regiões estudadas. A fase de redistribuição e reclassificação dos óbitos mal definidos e inespecíficos por câncer de pulmão foi realizada conforme estratégia proposta por Azevedo Silva et al., (2016), que considerou aspectos da neoplasia maligna, relacionados à histologia e clínica história da doença.

A partir da correção do óbito por câncer de pulmão na base de dados do SIM, foram calculadas as taxas de mortalidade levando em consideração os códigos da CID-10 para câncer de pulmão: códigos C33 e C34 no período considerado.

Estudo 2

Desenho do estudo

Fonte de dados

Número total de óbitos por câncer de pulmão entre pessoas com 30 anos ou mais, ocorridos anualmente nas regiões metropolitanas de interesse, dividido pela população residente no local e período do óbito, por cem mil. Taxa de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em pessoas com 40 anos ou mais, por sexo. Leva em consideração o número específico de mortes por DPOC que ocorrem anualmente em pessoas com 40 anos ou mais, dividido pela população total com 40 anos ou mais, por cem mil habitantes.

Índice de envelhecimento: número de pessoas com 65 anos ou mais por cada 100 pessoas com menos de 15 anos. Valores elevados deste índice indicam que a transição demográfica está numa fase avançada. Denotado pelo número total de veículos considerados no final de cada ano, dividido pelo número total de habitantes, multiplicado por cem. Caracterizado pela potência total alocada das usinas termelétricas em operação dividida pela população total.

Número total de unidades industriais locais por grupo de mil habitantes da RM e respectivo ano.

Tabela 1735; 2006 a 2015: Tabela 1685).
Tabela 1735; 2006 a 2015: Tabela 1685).

Características do estudo

Neste estudo, os dados são estruturados de forma que as observações medidas ao longo do tempo sejam incorporadas em unidades estatísticas, o que configura uma hierarquia de dados, também chamada de multinível (RAUDENBUSH, 2002; . GOLDSTEIN, 1993). Ressalta-se que não houve incompletude nos dados e as observações foram feitas regularmente em relação ao tempo (ano a ano).

Figura 2 - Estrutura do estudo com relação às unidades de análise e o tempo
Figura 2 - Estrutura do estudo com relação às unidades de análise e o tempo

Desfecho

Modelos condicionais (completos) foram construídos para estimar o efeito das covariáveis ​​na mortalidade por câncer de pulmão. No entanto, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão foi a segunda maior entre as neoplasias malignas em homens. As ações para reduzir a mortalidade por câncer de pulmão no país continuam focadas na prevenção do tabagismo.

ANEXO B – Evolução temporal da relação entre as taxas de mortalidade por câncer de pulmão em homens, RM no interior da UF, 2000-2015. ANEXO C - Evolução temporal da relação entre as taxas de mortalidade por câncer de pulmão em mulheres, RM no interior da UF, 2000-2015. Figura – Tendência linear da mortalidade padronizada por câncer de pulmão por unidades geográficas* e sexo, 2000-2015.

Figura - Tendência linear nas taxas padronizadas de mortalidade por câncer de pulmão nas regiões metropolitanas por sexo, 2000–2015. Desde então, o número de estudos que investigam a relação entre a poluição do ar e a mortalidade por cancro do pulmão aumentou. A variável resposta corresponde à taxa de mortalidade por câncer de pulmão desagregada por sexo, ano e ressonância magnética.

A RM de Natal também registrou a menor taxa de mortalidade por câncer de pulmão em mulheres no ano. O índice de envelhecimento foi o único indicador diretamente correlacionado com o aumento da mortalidade por câncer de pulmão em mulheres (Tabela 3). Em particular, a taxa de motorização foi associada à mortalidade por cancro do pulmão em homens e mulheres na maioria das RM avaliadas.

Especula-se um efeito sinérgico entre o tabagismo e a poluição do ar na mortalidade por câncer de pulmão (TURNER et al., 2014). Diferenças de gênero nas tendências de mortalidade por câncer de pulmão nas macrorregiões brasileiras Rev Bras Epidemiol, v. Diferenças de gênero nas tendências de mortalidade por câncer de pulmão nas macrorregiões brasileiras Gênero.

Tabela 1 - Taxas padronizadas de mortalidade por câncer de pulmão após correção  dos óbitos em homens segundo unidade de análise, 2000-2015
Tabela 1 - Taxas padronizadas de mortalidade por câncer de pulmão após correção dos óbitos em homens segundo unidade de análise, 2000-2015

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Tabela 1 -  Estudos  de  tendência  da  mortalidade  por  câncer  de  pulmão  no  Brasil................................................................................................
Tabela 1 - Estudos de tendência da mortalidade por câncer de pulmão no Brasil
Tabela 2 - Padrões de referência da qualidade do ar
Figura 1 - Modelo teórico-conceitual da relação entre o câncer de pulmão e os principais fatores de risco
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Referências

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