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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

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Academic year: 2023

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Visa também estabelecer os elementos que caracterizam e configuram a obrigação indenizatória decorrente de dano moral nas relações de trabalho. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 trouxe uma revolução satisfatória no que diz respeito aos danos morais.

  • PRECEDENTES HISTÓRICOS
  • DANO MORAL E O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
  • DANO MORAL E A CONSTITUIÇÃO DA REPÍBLICA FEDERATIVA DO
  • O DANO E A MORAL
  • DEFINIÇÃO DE DANO MORAL
  • DIFERENÇAS ENTRE DANO MORAL E DANO MATERIAL

5., CRFB/88, trata o dano moral como um direito constitucional que protege os bens intangíveis da pessoa física. Assim, uma vez flexibilizada a concessão de danos imateriais na CRFB/88, sua aplicabilidade a qualquer lesão culposa é evidente.

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO PARA JULGAR O DANO

Há alguns anos a competência da Justiça do Trabalho era muito discutida em relação ao julgamento de ações envolvendo danos morais ou não. Durante muito tempo, alguns estudiosos acreditaram que a Justiça do Trabalho era incompetente para julgar a indenização por danos morais, argumentando que o dano moral e a responsabilidade civil são matéria de Direito Civil88. Contudo, apesar da doutrina citada acima negar a competência da Justiça do Trabalho, esta não é a atual corrente majoritária em matéria de competência.

Basta ler o artigo 114 VI da CRFB/88, para constatar que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar conflitos entre empregado e empregador, inclusive danos morais. Aprovação da Emenda Constitucional nº. 45, publicada com efeito imediato, provocou diversas mudanças no poder judiciário, especialmente em relação à competência da Justiça do Trabalho, que foi significativamente ampliada, atendendo assim às justas reivindicações da comunidade jurídica nacional. Parece-nos que, já, a competência foi determinada em favor da Justiça do Trabalho, em razão da redação do inciso VI, do artigo.

Somos, portanto, de opinião que a partir da EC 45/2004 cabe à Justiça do Trabalho decidir sobre os casos que envolvam pedido de indenização por danos morais (ou materiais) em decorrência de acidente industrial.

DA CARACTERIZAÇÃO DO DANO MORAL E SUA PROVA

  • CONCEITO DA PROVA
  • PROVA DO DANO MORAL TRABALHISTA

A rigor, o Título VI em análise não distingue entre dano moral (ou patrimonial) resultante de acidente de trabalho ou não. A comprovação da existência do dano imaterial é de responsabilidade de quem alega a ocorrência do dano imaterial, conforme condições do artigo 818 da CLT, geralmente o empregado. Melo109 defende a tese de que basta comprovar o ato ilícito para que ocorra o dano moral: “No caso do dano moral em geral, o que o trabalhador tem que provar é a ocorrência do ato ilícito.

Portanto, não há necessidade de comprovação da dor, pois o dano moral está diretamente relacionado ao ser mais profundo de cada pessoa, dificultando sua mensuração111. Contudo, há entendimentos jurisprudenciais de que o dano moral deve ser comprovado de forma robusta, incluindo o sofrimento do lesado. O juiz pode, portanto, presumir a dor moral, enquanto nos demais casos a presunção de dano moral não pode ser aplicada ao empregado.

Portanto, fica evidente que ainda existem divergências doutrinárias quanto à comprovação do dano moral no trabalho, uma vez que a moralidade está ligada ao mais íntimo de cada ser humano, dificultando ao juiz a decisão sobre qual posição tomar em cada caso específico.

QUANTUM INDENIZATÓRIO

  • CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO DO QUANTUM INTENIZATÓRIO

No sistema aberto, cabe ao juiz determinar o quantum que subjetivamente corresponde à satisfação do dano. A arbitragem para avaliar o dano moral em termos monetários deve ancorar a razoabilidade, levando em consideração outros fatores como as consequências psicológicas impostas à vítima, bem como a posse material do agressor. Portanto, no sistema tarifário o valor da indenização já está determinado e cabe ao juiz apenas sua aplicação no caso concreto, enquanto no sistema aberto, adotado pelo Brasil, cabe ao juiz determinar o valor. , devendo orientar sua decisão com base em critérios que levem em conta os aspectos que compõem a situação controversa.

No sistema aberto, cabe, portanto, ao juiz determinar o valor, devendo ele basear sua decisão em critérios que levem em conta aspectos que levem em conta o caso concreto. Fica então claro que o juiz deve estar atento a estes requisitos para poder avaliar cada caso específico de forma prudente e moderada122. Para a determinação do quantum, utiliza-se o princípio da razoabilidade e com finalidade compensatória para a vítima (natureza satisfatória) e finalidade punitiva para o infrator (natureza sancionatória), onde o juiz deve levar em conta os requisitos acima mencionados, a fim de prudente e razoável127.

A indenização por dano moral deve ser entendida como uma forma de indenização à vítima por transtornos passados, neste caso, a dor seria compensada com pagamento em dinheiro128.

PRESCRIÇÃO

Como já ressaltamos, entendemos que a indenização por dano moral, ainda que decorrente do vínculo empregatício, não poderia ser enquadrada como “crédito de trabalho”, por isso defendemos a aplicação da prescrição prevista no Código Civil que regulamenta os pedidos de indemnização civil (artigo 206.º 3° V). Atualmente, diante da entrada em vigor da Emenda 45, fomos obrigados a rever esta posição, tendo em vista que, caso a postulação de indenização por dano moral seja feita perante a Justiça do Trabalho e com base em que a lesão decorreu do vínculo empregatício, não se pretende aplicar a prescrição prevista na legislação civil, principalmente porque o ordenamento jurídico trabalhista possui prescrição específica, regulamentada na Constituição Federal e na Legislação Trabalhista Consolidada. De acordo com o referido parecer, este tema suscita muita discussão, por se tratar de tema polêmico, uma vez que as ações de danos morais decorrentes do vínculo empregatício, antes da emenda constitucional nº. 45, não poderiam ser classificados como “empréstimos para trabalho”. portanto, defendeu-se a tese da prescrição regulamentada pelo Código Civil, mas após a referida alteração houve necessidade de revisão desta teoria, pelo fato de que se a Justiça do Trabalho tiver que julgar as relações trabalhistas que exigem Para a indenização por danos morais, o prazo prescricional atualmente aprovado deverá ser o definido na CRFB/88136.

XXIX - ação relativa a créditos decorrentes de vínculo empregatício, com prescrição de cinco anos para trabalhadores urbanos e rurais, até no máximo dois anos após o término do contrato de trabalho. Em caso de dano moral decorrente do vínculo empregatício, a Justiça do Trabalho é competente para apreciar o pedido de indenização. 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal, prescrição única para todos os títulos decorrentes do vínculo empregatício, inclusive indenização por danos morais, ainda que seu pedido seja fundado na legislação civil.

Como se pode observar, a maioria dos autuados entende que, quando se trata de prescrição na esfera trabalhista visando indenização por danos morais, deve ser estipulado o prazo previsto na CRFB/88, ou seja, dois anos após o término do contrato. contrato de emprego. .

FASES E SITUAÇÕES RELEVANTES QUE CARACTERIZAM O DANO

Isto significa que isto acontecerá na fase pré-contratual, durante o contrato ou após a fase contratual. O dano moral relacionado ao contrato de trabalho também pode ocorrer se este ainda não tiver sido rescindido ou quando já tiver terminado, pode interferir no direito social ao trabalho e afetar a dignidade do trabalhador151. Portanto, são diversas as situações que podem surgir em todas as etapas do contrato e causar danos morais, as mais importantes serão analisadas a seguir.

FASE PRÉ-CONTRATUAL

  • LISTA NEGRA

Portanto, o empregador que revela, dentro ou fora da empresa, que um trabalhador não foi contratado por ser homossexual ou cleptomaníaco causa dano moral. Como exemplo da possibilidade de dano moral advindo na fase pré-contratual, podemos exemplificar o fato lesivo que pode representar a revelação do futuro empregador de que a contratação não ocorreu porque o candidato é homossexual, prostituto, tem AIDS, etc. Nessa fase, então, existem situações que expõem o empregado a práticas abusivas em processos seletivos de emprego, práticas humilhantes, violações de dignidade que caracterizam autêntico dano moral.

ATO DISCRIMINATÓRIO - DANO MORAL - Consta dos autos que o réu mantinha uma lista na qual constavam não apenas os nomes dos trabalhadores que apresentaram reclamação trabalhista, mas também daqueles que, com base em critérios subjetivos (como ato de pura desobediência), tiveram quaisquer dados 'negativos'. Muitas vezes acontece que o trabalhador não é aceito porque entrou com uma ação na Justiça do Trabalho. As listas negras são formadas entre empregadores que não contratam trabalhadores que entraram com ação na Justiça do Trabalho.

Portanto, danos morais podem ocorrer com a conhecida “lista negra” antes da celebração do contrato de trabalho, em meio ao processo seletivo.

FASE CONTRATUAL

  • ASSÉDIO MORAL
  • ASSÉDIO SEXUAL
  • CONTROLES AUDITIVOS E VISUAIS
  • TRABALHADOR SOROPOSITIVO (HIV)
  • RACISMO
  • ACIDENTE DE TRABALHO

Portanto, quem tem poder dentro de uma empresa, ou seja, o empregador que expõe reiteradamente seus empregados, por motivos diversos, a situações humilhantes durante o período de trabalho, comete assédio moral. Assédio moral - Caracterização - O assédio moral, também denominado terror psicológico ou 'mobbing', consiste na exposição sistemática e frequente dos trabalhadores a situações degradantes, humilhantes ou qualquer outra forma que provoque violência psicológica, levando à marginalização do trabalho do trabalhador na sua ambiente e pôr em perigo a sua estabilidade emocional. Marie-france hirigoyen define psicoterror como “todo e qualquer comportamento ofensivo, especialmente manifestado por comportamentos, palavras, ações, gestos, escritos, que possam causar danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psicológica de uma pessoa. pôr em perigo o seu trabalho ou degradar o ambiente de trabalho» (em «Assédio moral e violência quotidiana perversa»).

Se o autor do abuso for um empregador ou alguém superior na hierarquia, o trabalhador pode solicitar a rescisão indireta do contrato de trabalho. Portanto, o assédio sexual será caracterizado quando o ambiente de trabalho se torna desagradável, agride sobretudo a dignidade e a integridade de uma pessoa, independente de quem ela seja, sendo, portanto, motivo de indenização por danos morais. Acidente de trabalho é um evento aleatório que prejudica a capacidade de trabalho e está relacionado ao desempenho de serviços subordinados.

RECURSO ORDINÁRIO – ACIDENTE DE TRABALHO – DANO MORAL – FALTA DE PROVA DA CULPA DA VÍTIMA – ADEQUADA INDENIZAÇÃO – Em caso de dano moral, devemos levar em consideração a proteção da dignidade da pessoa humana prevista na Constituição de 1988, art.

FASE PÓS CONTRATUAL

  • ACUSAÇÃO FALSA DE COMETIMENTO DE JUSTA CAUSA

DIREITO DE HONRA - VIOLAÇÃO - DANOS MORAIS - A concessão de danos morais está prevista quando ficar comprovado que o réu, sem qualquer comprovação concreta de suas pretensões, acusou a autora de furtar cheques em seu consultório médico, levando-a a declarar autoridade polícia e sobretudo o seu despedimento por motivos justos e justificados. Portanto, o dano moral do trabalho pode ocorrer em qualquer etapa das etapas acima elencadas, cabendo ao legislador utilizar o critério da razoabilidade para decidir de forma justa para ambas as partes. Com a elaboração deste trabalho, algumas considerações podem ser feitas sobre o dano moral decorrente do vínculo empregatício.

Ficou claro através desta pesquisa que Dano Moral é o que atinge o interior das pessoas, prejudica sua paz interior e, portanto, atinge bens intangíveis, ou seja, bens que não podem ser vistos ou tocados, apenas sentidos. Quanto à primeira hipótese da revolução satisfatória do dano moral com a CRFB/88, esta permaneceu confirmada como doutrinária e jurisprudencial, apesar de se ter uma noção do que é o dano moral antes da entrada em vigor da Carta Magna. No que diz respeito à segunda hipótese sobre a competência da Justiça do Trabalho a ser analisada de acordo com o desenvolvimento da legislação e da jurisprudência, esta foi confirmada, pois com a Emenda Constitucional nº 45 em seu artigo 114, VI, não há mais dúvidas quanto a quem é competente para avaliar o dano moral decorrente do vínculo empregatício.

Não podemos esquecer que antes desta alteração havia correntes na defesa de que o dano imaterial deveria ser julgado em tribunal comum, porque o dano imaterial é matéria de direito civil, mas com o desenvolvimento da legislação entendeu-se que Depende de a Justiça do Trabalho julgar as ações, que incluem danos materiais decorrentes do contrato de trabalho.

Referências

Documentos relacionados

Conclui-se, que o dano moral coletivo trabalhista existe em decorrência da sociedade de risco e que atinge em especial o meio ambiente do trabalho e por conseguinte a saúde do