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a conciliação nos juizados especiais cíveis estaduais - Univali

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Academic year: 2023

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O Judiciário é a consagração do Estado de Direito e os tribunais especiais cíveis são a administração efetiva da justiça. O trabalho terminará com uma abordagem aos objectivos da criação de tribunais especiais cíveis, à prática processual dos seus procedimentos e à sua real eficácia na concretização do acesso à protecção jurídica.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Acesso à justiça: juizados especiais cíveis e ação civil pública: uma nova sistematização da teoria geral do processo. As divergências, resolvidas com a promulgação da Lei 9.099/95, que instituiu juizados especiais cíveis e criminais, foram anuladas pela aplicação do art. 97, Lei 7.244/84, que tratava dos juizados de pequenas causas, conforme apontado por Alvim79. 7º da Lei 9.099/95 estabelece obstáculo ao comparecimento do juiz leigo aos juizados especiais cíveis no exercício de suas funções.

Juiz leigo dos Juizados Especiais, desde que não o exerça, “durante o exercício de suas funções”, nos mesmos Juizados Especiais. Essa Lei acabou sendo revogada pela Lei nº. 9.099/95, que atualmente regulamenta os Juizados Especiais Cíveis e Criminais. Atualmente, a legislação apenas permite que a Conciliação seja objeto de ações da competência dos Juizados Especiais Cíveis, previstos na Lei 9.099/95 e expressos em seu artigo.

O segundo capítulo tratou da origem dos Juizados Especiais e forneceu um breve contexto histórico da evolução da Lei 9.099/95, bem como das inovações trazidas pela introdução da lei.

A JUSTIÇA

A DEFINIÇÃO DO DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA

O desconhecimento do Direito

Normalmente, a aplicação da lei é tarefa de especialistas (advogados) através do poder judiciário, e o conhecimento técnico sobre a aplicação da lei não está disponível aos cidadãos. O primeiro compromisso de um juiz que defende a ampliação do acesso à proteção jurídica será, portanto, difundir o conhecimento sobre a lei.

A pobreza

Mazzilli34 reconhece o acesso à justiça como um dos valores fundamentais da própria democracia e observa que a possibilidade de acesso à justiça não é, na verdade, a mesma para todos: as desigualdades económicas, sociais, culturais, regionais, etárias e mentais são evidentes. Nalini36 explica que a necessidade de um advogado fica mais cara para o cliente quando ele precisa recorrer à Justiça.

A lentidão processual

Os tribunais especiais cíveis têm competência para julgar e conduzir casos cíveis menos complexos, utilizando princípios e procedimentos mais simples e específicos. Foi finalmente revogada pela Lei nº. 9.099, de 26 de setembro de 1995, e entrou em vigor em 27 de novembro do mesmo ano, como Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. Pode-se dizer que a mudança mais importante que a nova Lei dos Juizados Especiais trouxe para o mundo jurídico foi a ampliação de sua jurisdição.

E os Juizados Especiais Cíveis, através de seus critérios e princípios, implícitos ou explícitos, vêm tornar realidade esse sonho de justiça. O prazo de conciliação é um dos poucos casos de registro, por escrito, de ato processual nos Juizados Especiais. Isso significa que os Juizados Especiais Cíveis, por meio de procedimentos simplificados, como a Conciliação, têm conseguido restaurar a imagem do Poder Judiciário.

Teoria e Prática dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais e Federais (Lei na parte geral e na parte cível, comentada artigo a artigo em relação à Lei dos Juizados Especiais Federais, Lei.

A EFETIVIDADE PROCESSUAL

A Efetividade do Acesso à Justiça no Juizado Espcial

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Muito mais do que o sistema jurídico que contém instrumentos formais para que o indivíduo acione o poder jurisdicional do Estado, o que de fato garantirá o Acesso à Justiça, é como essencialmente esse sistema é instrumentalizado para tornar formalmente eficaz o Direito que o sistema prevê57. Houve então a necessidade de o Estado criar uma alternativa que agilizasse os trâmites inerentes ao processo judicial clássico. A grande tarefa dos reformadores do Acesso à Justiça é, portanto, preservar os tribunais e, ao mesmo tempo, criar uma área especial do sistema jurídico que deve chegar a esses indivíduos, atrair as suas demandas e permitir-lhes usufruir dos benefícios que a recente legislação substantiva tentou. para controlá-los58.

ORIGEM

Como o Brasil pertence a uma “família jurídica” híbrida, seu formalismo tem acarretado problemas na regulamentação de novas leis à mentalidade jurídica e na implementação de soluções do tipo “Juizados Especiais Cíveis”. Os estudos realizados ao redor do mundo em busca de resultados que resolvessem os conflitos das classes menos favorecidas, que se sentiam impedidas de chegar ao Judiciário, principalmente pela lentidão do sistema jurídico e pelo alto custo das demandas, levaram a o aumento. dos Juizados de Pequenas Causas de Nova York, Estados Unidos, em 1934. Colaciona Carneiro65 também contém o Tribunal de Pequenas Causas de Nova York: sendo uma subdivisão do Tribunal Cível, com jurisdição determinada pelo valor da causa; São competentes para comparecer em tribunal as pessoas singulares, maiores de idade (18 anos); os valores acessíveis para representar a ação; Audiência de Cessão e Julgamento na mesma lei; as partes podem comparecer sem a presença de advogados e existe a possibilidade de Conciliação no início do Julgamento.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DOS JUIZADOS NO BRASIL

Esse dispositivo constitucional traz uma série de avanços em relação aos Juizados Especiais para Pequenas Causas, criados pela Lei nº. 7.244/84, descrita anteriormente. A criação do Código de Defesa do Consumidor e dos Juizados Especiais Cíveis foram os principais pilares para a criação dos Juizados Especiais Cíveis, pois sua função é reduzir pequenos conflitos jurídicos através do Poder Judiciário. A nova Lei dos Juizados Especiais deu especial importância ao fato de que a Conciliação das partes - sobre a qual a antiga Lei dos Juizados Especiais era omissa - criou a figura do Conciliador como auxiliar da Justiça, contribuindo assim para maior celeridade. na resolução. de polêmicas.

Rocha105, em seu livro intitulado “Juizados Especiais Cíveis – Aspectos Polêmicos da Lei 9.099, explica que o legislador perdeu uma excelente oportunidade de identificar o que chamou de critérios como Princípios. A oralidade, a simplicidade, a informalidade, a economia processual e a celeridade são princípios fundamentais do sistema de tribunais especiais e devem ser tratados como tal para que possam cumprir adequadamente o seu papel na orientação exegética. O principal escopo do sistema de Juizados Especiais é a tentativa de reconciliação entre os litigantes, na qual se busca não apenas a resolução do conflito aparente, mas também o aspecto subjetivo do litígio é resolvido por meio de concessões mútuas.

Levando em consideração as necessidades da sociedade na busca de uma solução e o surgimento de um novo sistema, o objetivo deste trabalho foi examinar a conciliação como forma de racionalizar o acesso à justiça nos juizados especiais cíveis.

OS JUIZADOS ESPECIAIS

CRITÉRIOS E PRINCÍPIOS QUE ORIENTAM O PROCESSO NO JUIZADO

  • Oralidade
  • Simplicidade
  • Informalidade
  • Economia processual
  • Celeridade

No sistema dos Juizados Especiais, apenas os atos essenciais devem ser registrados por escrito, os demais devem ser registrados em fita magnética (ou em sistema audiovisual), que será reaproveitada após o trânsito em julgado da decisão (artigo 44 da referida lei). ). Independentemente da forma adotada, os atos processuais são, portanto, considerados válidos quando atingem o seu objeto (artigo 13.º da Lei Especial). Havendo pedido reconvencional, a contestação formal poderá ser dispensada, utilizando como resposta os argumentos do pedido original (artigo 17, parágrafo único, da Lei 9.099).

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A autocomposição assume uma dimensão processual quando o resultado da conciliação realizada em juízo ou quando as partes autoidentificadas fora do Julgamento decidem trazer o “acordo” para o Julgamento, para efeito de homologação judicial. A autocomposição judicial é a composição negociada do litígio, pois as partes optam por evitar o ato judicial de conhecimento e decisão e fornecem elas mesmas a solução da controvérsia. A mediação reafirma o compromisso do Juizado Especial Cível em buscar uma forma alternativa de resolução do litígio, além da decisão judicial.

CONCEITO

A mediação é considerada uma forma alternativa de resolução de conflitos jurídicos, sem a necessidade da intervenção do poder judiciário para se pronunciar sobre a pretensão apresentada por intermédio do juiz. A arbitragem é a fórmula na qual o terceiro, o árbitro, com base no consenso das partes conflitantes, estabelece uma forma de resolver o conflito de forma amigável e pacificar o conflito143. Para Calmon144, “A conciliação é, portanto, um mecanismo para alcançar a autocomposição que geralmente é desenvolvido pelo próprio juiz ou por alguém que faz parte ou é supervisionado ou dirigido pela estrutura jurídica; e que tem como método a participação mais eficaz desta terceiro na solução proposta, na medida em que só dispõe da solução do conflito que lhe é concretamente apresentada nas petições das partes”.

AS CAUSAS SUJEITAS À CONCILIAÇÃO

A conciliação pode então ser concluída como a intervenção do juiz ou conciliador, sem apreciação do mérito, para buscar o acordo entre as partes, a resolução do litígio por meio de sentença afirmativa, baseada no encerramento do processo com a avaliação do mérito, à luz da transação pactuada durante o Processo, com base no art. As ações mais comuns que podem ser ajuizadas no Juizado Especial Cível são: danos causados ​​em acidentes de trânsito, cobrança de cheques sem fundos ou outros instrumentos de crédito, cobrança de taxas condominiais, cobrança de honorários de profissionais autônomos (advogados, engenheiros, contadores, etc. . ), aquelas relativas ao direito do consumidor, litígios entre vizinhos, ações de posse de imóveis de baixo valor, entre outras, excluindo-se as ações relativas ao direito de família, falências, tributos, de interesse do Ministério Público, acidentes de trabalho e do Estado e qualidade das pessoas (§2º do art. 3º da Lei 9.099/95). E também quaisquer outros conflitos que permitam a composição entre as partes, tanto judiciais como extrajudiciais, ou seja, outras reclamações que permitam o acordo entre as partes, tanto no decurso do processo (judicial) como antes do seu início (extrajudicial).

A AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.60

Formas de Atendimento

Neste momento, existem vários projectos neste país para difundir a cultura da reconciliação, que podem ajudar a pacificar os conflitos sociais, como o “Movimento pelo Projecto da Reconciliação”, o “Projecto Justiça Civil” e a “Semana da Reconciliação”. Só no estado de Santa Catarina, conforme publicado em matéria no “Jornal O Judiciário161”, o projeto “Semana da Conciliação” envolveu 60 juízes, 50 procuradores, 150 funcionários do poder judiciário, 31 comarcas, 7 mil audiências e 11 mil partes . O idealizador da “Semana da Conciliação”, o juiz catarinense Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, garante em entrevista ao Jornal162 citada acima que “O Movimento Nacional pela Conciliação é algo irreversível e será um empreendimento constante, sempre presente”.

AS VANTAGENS DA CONCILIAÇÃO E OS RISCOS DO LITÍGIO ERRO! INDICADOR NÃO

O Juiz Togado................................................. Erro! Indicador não definido.72

É censurada a participação direta do juiz na condução da mediação em que pronunciará a sentença. Não há críticas à conduta do juiz que, no cumprimento do mandato legal para chegar à conciliação, simplesmente pergunta às partes se “há acordo” e se há acordo. Da mesma forma, o exercício da advocacia por juízes leigos em tribunais especiais é considerado viável e legítimo quando esta atividade é exercida em comarca diferente daquela em que exercem a função de juiz leigo.

O Conciliador .................................................. Erro! Indicador não definido.74

Com procedimentos baseados na oralidade e informais na prática dos atos processuais, com a participação de juízes leigos e mediadores, auxiliados por juízes de direito, com possibilidade de obtenção de conciliação, que uma vez aprovada tem força de título extrajudicial e pode ser realizada os Tribunais Cíveis Especiais vieram para agilizar o processo, permitindo uma resposta rápida do Estado às pequenas causas, sem o estigma de uma ‘batalha processual’, à semelhança do que aconteceu com a legislação de outros países, como por exemplo nos Estados Unidos , com o sistema de . Para resolver o problema do acesso à justiça e agilizar o processo no Juizado Especial, é necessário recorrer diretamente à Justiça. Pesquisa recente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) sobre a imagem do Poder Judiciário mostra que 45% dos entrevistados confiam nos juízes, enquanto 71,8% confiam nos Juizados Especiais.

Referências

Documentos relacionados

Introdução Tendo em vista que a resposta hemodinâmica no exercício pode fornecer informações que não são detectadas na condição em repouso PEÇANHA et al, 2014, entende-se a relevância