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Universidade do Vale do Itajaí - Univali

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Academic year: 2023

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Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade do Vale do Itajaí — Escola do Mar, Ciência e Tecnologia. 18 FIGURA 7:CERCA PLANTADA NA FRONTEIRA COM CAMBORIÚRIVER.PNMRAIMUNDO GONÇALEZ MALTA,BC–SC.FONTE:AUTOR. MUNICÍPIO DE CAMBORIÚ, NO MÊS DE AGOSTO/2019. OS RESÍDUOS FORAM ENVIADOS PARA USO NO PROJETO CONSCIÊNCIA NA PRAIA, DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ.PNMRAIMUNDO GONÇALEZ MALTASFONTE: SC-SC.

ESTRUTURAL. A SEQUÊNCIA ALFABÉTICA (A-I) REPRESENTA UMA SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA (ABRIL/2019 A DEZEMBRO/2019).PNMRAIMUNDO GONÇALEZ MALTA,BC-SC.FONTE:AUTOR.

INTRODUÇÃO

Comparativamente às técnicas tradicionais de Engenharia Civil e às intervenções com espécies herbáceas e lenhosas, habitualmente utilizadas na Recuperação de Áreas Degradadas, a EN apresenta maior eficiência ao longo do tempo, pois utiliza materiais disponíveis na área e os custos de manutenção e reparação são menores. , sendo a mão-de-obra o maior custo (Sousa 2015). O declive na área de estudo tem uma inclinação de 90º, o que exige uma intervenção mais complexa. Em diagnóstico anterior realizado pela Univali (2018) na área do Parque foram identificados 176 táxons da flora. algodoeiro) e Acrostichum aureum L. samambaia-do-mangue) ocorrem naturalmente na margem esquerda (a montante-jusante) do rio Camboriú, com certa dominância.

Além disso, foi observado transporte marítimo na área e as ondas resultantes carregam material para fora da encosta abaixo das estacas, aumentando a erosão.

OBJETIVOS

O BJETIVO G ERAL

O BJETIVOS E SPECÍFICOS

MATERIAIS E MÉTODOS

Á REA DE E STUDO

A região da planície costeira, onde está localizado o município de Balneário Camboriú, integra dois tipos de Sistemas Depositários, Praias/Praias Marítimas Dominadas por Ondas Costeiras e Leques/Encostas Aluviais Continentais (Univali, 2018). Na planície de inundação do Rio Camboriú, o sistema deposicional Leque/Encostada Continental Aluvial encontrado com maior expressão é a deposição da Planície Colúvio-Aluvial, que ocorre como pacotes sedimentares de areia, lama e cascalho de grande extensão e espessura, depositados em regiões baixas . encostas e ao longo de drenagens (Petermann, 2005). A fitofisiologia da área é de floresta pluvial aluvial densa, combinada com a Formação Pioneira de Influência Luvialo-Marinha (Mangue), caracterizada pela presença de vegetação ciliar ao longo do curso d'água e sofrendo os efeitos das cheias periódicas dos rios (Sperzel, 2016).

As técnicas foram aplicadas em um aterro fluvial com área aproximada de 25 m², que compreende parte da margem esquerda (de montante para jusante) do Rio Camboriú, adjacente à Trilha da Gamboa (Figura 2).

Figura 1: Limites do Parque Natural Municipal Raimundo Gonçalez Malta, Balneário Camboriú, Santa Catarina
Figura 1: Limites do Parque Natural Municipal Raimundo Gonçalez Malta, Balneário Camboriú, Santa Catarina

I MPLANTAÇÃO E M ANUTENÇÃO DO PRAD

PNM Raimundo Gonçalez Malta, BC – SC. . A idade dos hibiscos que forneceram o material vegetal não foi monitorada, mas optou-se por coletar apenas as partes semilenhosas. Espécimes de Acrostichum aureum (samambaia de mangue) foram plantados no sopé da encosta, formando uma barreira (Figura 3). Os indivíduos da espécie foram transplantados (transplante direto) da área de coleta para a área de plantio (Figura 4) e foi observada uma distância de 50 cm entre os indivíduos durante o plantio.

Para proteger o talude e a vegetação, optou-se por fazer uma barreira física permeável (cerca) na parte mais próxima da ribeira. Posteriormente, as hastes tinham aprox. 10 metros de comprimento empilhados e amarrados com arame galvanizado nº 18 (1,24 mm) para formar a barreira (Figura 7). Para a confecção da grade viva (Figura 9), os troncos de bambu foram primeiramente cortados em 20 seções de 2,5 m de comprimento e outras 36 de 2 m de comprimento.

Cerca de 50 cm de comprimento de fio galvanizado nº 18 (1,24 mm) foi usado para cada interseção para conectar as seções da grade. As estacas tinham aproximadamente 40 cm de comprimento (Durlo & Sutili, 2012) e foi observada uma distância de 50 cm entre as estacas individuais durante a colocação. No nível de teste, seis estacas enraizadas (previamente coletadas para enraizamento em casa de vegetação) e duas coletadas no momento do estabelecimento (não enraizadas) foram transplantadas para cada estágio de Viva.

O tempo estimado para implementação do PRAD foi de sete dias, oito horas por dia, com uma força de trabalho de seis pessoas. A maior parte dos materiais necessários foi doada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM) e pela Secretaria de Obras Públicas do Município de Balneário.

Figura 3: Esboço conceitual da implantação do PRAD. A) Acrostichum aureum. B) Estacas de Hibiscus tiliaceus
Figura 3: Esboço conceitual da implantação do PRAD. A) Acrostichum aureum. B) Estacas de Hibiscus tiliaceus

A VALIAÇÃO DO PRAD

  • A VALIAÇÃO DO PROCESSO EROSIVO E DURABILIDADE DA G RADE V IVA
  • A VALIAÇÃO DAS ESPÉCIES VEGETAIS INTRODUZIDAS E A REGENERAÇÃO NATURAL

A equipe de implantação contou com a presença do autor, também de voluntários do Laboratório de Conservação e Manejo Costeiro da Universidade do Vale do Itajaí, além de funcionários da SEMAM de Balneário Camboriú. Além da área de implantação do PRAD, foi selecionada uma Área de Controle (CA) adjacente com as mesmas características, onde não foi utilizada nenhuma técnica de EN. Antes da implantação do PRAD, duas varas de bambu foram enterradas nas margens do rio, uma na parte frontal da área de controle e outra em frente à área designada para o PRAD (AP) (Figura 13).

Devido à variação do nível do Rio Camboriú, por efeito das marés, não foi possível mensurar a quantidade de material erodido. A eficácia do material natural bambu como matéria-prima para técnicas de Engenharia Natural foi analisada quanto à durabilidade por meio de registros fotográficos da mesma área ao longo do tempo. Soma-se a isso a presença de fungos e organismos lenhosos (Janssen, 2000), bem como a eficácia na limitação da erosão, discutida anteriormente.

A avaliação das espécies vegetais importadas (hibisco e samambaia de mangue) foi realizada através do cálculo da taxa de sobrevivência (TS = Nf x 100/ Não; em que “Não” é o número inicial de estacas plantadas e “Nf” é o número final. Além do TS, foi calculada a Taxa de Enraizamento (TE = Nf x 100 / Não; onde “Não” é o número inicial de estacas e “Nf” o número de estacas que formaram raízes e/ou calos), mas apenas para indivíduos mantidos em casa de vegetação. Para facilitar a contagem, são subdivididos em 100 unidades de 0,01 m², ou seja, cada unidade corresponde a 1% da cobertura vegetal do terreno.

Foi registrada a porcentagem de cobertura vegetal do solo (Causton, 1988), bem como as espécies em regeneração. Os dados de cobertura vegetal do solo foram submetidos ao Teste t de Student (software Paleontological Statistics – PAST/ v. 3.25) para avaliar se existem diferenças significativas entre a metade superior (N=36) e a inferior (N=36) do Viva. Grade.

Figura  13:  Estacas  para  mensuração  de  processo  erosivo.  A)  Área  Controle.  B)  Área  do  PRAD,  anterior  a  implantação
Figura 13: Estacas para mensuração de processo erosivo. A) Área Controle. B) Área do PRAD, anterior a implantação

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A SPECTOS E STRUTURAIS DO P ROJETO DE R ECUPERAÇÃO

O material coletado foi encaminhado ao projeto Consciência na Praia, da Univali, para separação e utilização em campanhas de conscientização ambiental. Os resíduos foram encaminhados para utilização no projeto Consciência na Praia, da Universidade do Vale do Itajaí.

Figura  15:  Fotografias  da  Área  do  PRAD.  A  sequência  expressa  uma  ordem  cronológica  de  março/2019  a  dezembro/2019
Figura 15: Fotografias da Área do PRAD. A sequência expressa uma ordem cronológica de março/2019 a dezembro/2019

C ONTENÇÃO DO PROCESSO EROSIVO E DURABILIDADE DA G RADE V IVA

Por outro lado, o aumento da distância também pode ser explicado pelo efeito da erosão superficial do solo. Possivelmente a redução do processo erosivo no AP pode ser explicada pela presença de estruturas que atendem parte do objetivo de restauração, diferentemente do que ocorreu no AC. Os neossolos fluvianos são rudimentares e formados por sedimentos aluviais ou lacustres (Sartori et al., 2005), tornando-os ricos em matéria orgânica (Univali, 2018).

Solos com textura arenosa estão sujeitos à erosão, pois apresentam taxa de infiltração/escoamento superficial desfavorável (Oliveira et al., 2008). Por estarem próximas uma da outra, ambas as áreas, AC e AP, são afetadas pelas chuvas da mesma forma e a erosão observada em AC pode ter sido afetada pelas propriedades do solo além das chuvas. Segundo dados do Instituto Meteorológico Nacional, em 2018 observou-se que os períodos de maiores chuvas e secas corroboram as médias apresentadas em estudos anteriores, por outro lado, foram encontrados 121 mm acumulados para o mês de abril/2019 e 211 mm em maio/2019 (Figura 20) e percebe-se no AC que a erosão foi mais intensa nestes meses.

Já na AP, pode-se observar um acúmulo de material, possivelmente associado à presença das estruturas. Durante um evento meteorológico de maré na primeira semana de julho/2019 (Defesa Civil, 2019), observou-se que o nível do rio ultrapassava a altura da cerca, inundando a metade superior da rede viva (Figura 21) e, em alguns casos, pontos que cobrem parte dos caminhos adjacentes (Figura 22). Quanto à durabilidade das estruturas físicas, notou-se que não ocorreu nenhuma alteração estrutural na rede viva por decomposição entre abril/2019 e dezembro/2019.

Muitas espécies de bambu podem ser utilizadas na construção civil por apresentarem excelentes propriedades físico-mecânicas (Azzini et al., 1997; Janssen, 2000), semelhantes e até melhores que algumas madeiras nativas brasileiras, principalmente no que diz respeito à propriedade de rigidez (Colli) et. al., 2007). A leveza facilitou a construção e implantação das estruturas, enquanto a rigidez tornou o material mais resistente às intempéries, bem como ao ataque de fungos ou insetos no período monitorado (fevereiro/2019 a dezembro/2019).

Figura 19: Processo erosivo na Área do PRAD anteriormente (agosto/2018 a janeiro/2018) e após implantação  (março/2019 a dezembro/2019)
Figura 19: Processo erosivo na Área do PRAD anteriormente (agosto/2018 a janeiro/2018) e após implantação (março/2019 a dezembro/2019)

D ESENVOLVIMENTO DAS ESPÉCIES VEGETAIS INTRODUZIDAS E A REGENERAÇÃO NATURAL

A Figura 25 apresenta dados sobre o número de espécies e o número total de exemplares amostrados de março/2019 a dezembro/2019. Desde setembro de 2019, o número de exemplares aumentou significativamente, mas por outro lado, apenas quatro novas espécies foram identificadas, o que indica a possível dominância de algum táxon. De acordo com Laurence et al. 1998), pode haver densidades mais elevadas quando uma ou mais espécies são afetadas localmente por alguma perturbação. 2007) constatou em um fragmento de Mata Atlântica que apenas dez espécies foram responsáveis ​​por 50% do total de exemplares, sendo espécies anuais com hábitos arbóreos.

Em estudos com o mesmo gênero, Pizzato et al. 2011) obtiveram 70% de enraizamento com a espécie Hibiscus rosa-sinensis sem uso de hormônios e Viana et al. 2017) utilizando o hormônio AIB (ácido indol butírico) atingiu 92,5%. Para a espécie Hibiscus diversifolius Jacq., Souza et al. 2007) alcançou 100% de enraizamento em substrato de casca de arroz carbonizada sem uso de hormônios. A temperatura afeta as funções fisiológicas das plantas (Carvalho et al., 2009), e como o PRAD foi implementado no final do verão e início do outono, as baixas temperaturas podem ter causado a menor taxa de enraizamento dos hibiscos.

Apesar do baixo valor de sobrevivência observado no presente estudo para hibiscos, de acordo com a literatura, a espécie apresenta bons resultados de sobrevivência para indivíduos plantados (Liu et al., 2014), boa regeneração natural (Nafus et al., 2018) e ótima dominância. na regeneração em áreas degradadas (Prabakaran & Paramasivan, 2014), além disso, contribui para a melhoria da qualidade do solo (Liu et al., 2014). O autor associa o alto índice de mortalidade no campo aos períodos de estiagem e à baixa qualidade nutricional do solo. Embora a qualidade do solo importado não tenha sido monitorada, assim como as fases da lua no momento da coleta, isso pode ter influenciado o crescimento e o estabelecimento das espécies vegetais introduzidas (Fischer & Rombouts, 1986).

As interações bióticas são indicadores importantes de que a recuperação da área degradada e a resiliência do ecossistema estão ocorrendo (McDonald et al., 2016). Durante os meses de monitoramento foram observadas interações entre fauna e vegetação, como; herbívoro. lepidoptera) e xilofagia (cupins) (Figuras 26 e 27), e presença de carcinofauna (tocas de indivíduos de Uca sp.).

Figura 24: Porcentagem (%) média de cobertura vegetal do solo por mês entre a porção superior e inferior da AP
Figura 24: Porcentagem (%) média de cobertura vegetal do solo por mês entre a porção superior e inferior da AP

CONCLUSÕES

R ECOMENDAÇÕES ........................................................................... E RRO ! I NDICADOR NÃO DEFINIDO

Imagem

Figura 1: Limites do Parque Natural Municipal Raimundo Gonçalez Malta, Balneário Camboriú, Santa Catarina
Figura 2: Situação inicial do talude fluvial (área prevista para o PRAD). PNM Raimundo Gonçalez Malta, BC –  SC.
Figura 4: Transplante dos indivíduos da espécie A. aureum. PNM Raimundo Gonçalez Malta, BC – SC.
Figura 3: Esboço conceitual da implantação do PRAD. A) Acrostichum aureum. B) Estacas de Hibiscus tiliaceus
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Referências

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