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Efeito de cloreto de clorocolina e cloreto de mepiquat na cultura do algodão (Gossypium hirsutum L.).

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Academic year: 2017

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E F E I T O D E C L O R E T O D E C L O R O C O L I N A E C L O R E T O D E M E P I Q U A T N A C U L T U R A D O A L G O D Ã O

( G O S S Y P I U M H I R S U T U M L .)

1/ Seção de Algodão.

2/ Seçã o de Tecno lo gi a de Fibras 3 / E.E . de Votupo ra nga . 4/ E.E. de Mococa.

5/ Seção de

Fitopatologia. 6/ E.E. Tatuí.

7/ E.E. de Ribe irão Preto. 8/ Co op er at iv a de Im ig ra çã o e

Holambra.

9/ Com bolsa de suplementação de CNPq. 1 a 7/ Pe sq ui sa do re s c i e n t i f i c o s , I n s t i t u t o

Ag ro nô mi co , ca ix a Po st al 28 - 13 10 0 Ca mp in as , SP.

8 / Engenheiro Agrô no mo , Co op erativa d e I rr i ga ç ã o e C o l o ni z a ç ã o H o l a mb r a , C a i xa Po st al 382 - 1870 0 - Avaré, SP.

RESUMO

Foi realizado um estudo dos efeitos de cloreto de clorocol ina e de cloreto de mepiquat na cultura do algodão em 11 experim entos de campo conduzi dos em nove municípi os do Estado de São Paulo, nos anos agrícol as de 1980/81 e 1981/82. Para ambos os produtos foram estuda das as doses de 50g/ha, aplicad a de uma só vez aos 60-70 dias de idade das plantas ou, parcelad amente, 30g/ha nessa época e 20g/ha 15 dias

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e sem difer ir entre si, induziram aumentos de cerca de 10% na produção. Em média , a produ ção no "bai xeiro " das plant as (até 35cm de al tura) , foi, nas parcelas trata das, 16% maior do que na testemunha, signi ficando que, nesta , a produção total ficou mais depen dente do "pont eiro", porta nto, de trata mento s fitos sanitrios até o final do ciclo.

Os produ tos provo caram aumento no peso dos capulho s e das semente s e redução na porce ntagem de fibra . Aumen taram també m o compr imento da fibra . Os efeit os nas semen tes, na porcentagem de fibra e no compr iment o desta , foram mais pronu nciad os com o uso de cloret o de cloro colina.

PALAV RAS-CHAVE : algod ão, fitoregu lador , cloret o de cloro colina e cloreto de mepiq uat.

SUMMARY

EFFECT OF CHLOROCHOLINE CHLORIDE AND MEPIQUAT

CHLORIDE GROWTH REGULATORS ON COTTON

A compa rativ e study of the effec ts of chlro coline chloride and mepiq uat chlor ide growth regul ators , on cotto n (Goss ypium hirsutum L.) in regio ns of Sao Paulo State, du. ring 1980/ 81 and 1981/ 82 was carried out. The treat ments were: the basic of 50g/h a appli ed at 60-70 days after emergency; the same dose divid ed in 30g/h a at the same date

and 20g/h a at 15 days after, and parceled applic ation of 75g/h a, being 50g/h a at 60-70 days and 25g/h a at 75-80 days after emergence.

Tests were analyz ed in two group s, those with highe r plant heigh t and those , with small er plan ts. Yield , plant heigh t, techn ologyc al chara cters and yield distr ibuti on on the plant were evalu ated. The last chara cter consisting in the perce ntage of bolls set on the lower 35 cm plant heigh t.

The resul ts showe d a signi ficat ive effec t for yield in the case of the group of more devel oped plant s. In this group the 30 + 20g/h a parce led dose showe d the high est yield. For both group s the regul ator reduc ed significan tly the heigh t of the plants. They induced an incre ase in seed grade, boll weight, fiber lengt h and decre ase in perce ntage of fiber s. There was also a highe r concentrat ion of bolls on the lower 35 cm of the treat ed plots .

KEY WOR DS: cot ton , gro wth regul ato r, chl oro col ine chl ori de and mepiqu at chl ori de.

INTRODUÇÃO

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for realizada mecan icame nte. Por outro lado, quand o o algod ão fica exposto por muito tempo no campo , ocorr em perdas signi fican tes no peso e nas carac terís ticas tecno lógicas da fibra . Alem disso , em culturas com plant as muito desen volvidas, e freqü ente a podri dão das maçãs local izada s na parte mais baixa das plant as, princ ipalm ente quand o a abert ura dos capul hos se verifica em perío dos chuvo sos. O uso de fito regul adores na cultu ra algod oeira , com o objet ivo de dimin uir esses preju ízos, tem sido estud adas por vário s autores.

Em 1973/ 74, Laca Buen dia e Pena (15) inici aram um traba lho com aplic ação de clore to de cloro colina, empre gando doses variá veis de zero a 100g/ ha com aplic ação aos 25, 60 e 95 dias após a emergência. Conc luíram que houve aumen to de produção , ao redor de 20%, para a dose de 100g/ ha, aplic ada aos 25 dias e redução na altur a das plantas. Em outro traba lho, Laca Buend ia et al (14) mostr aram que não houve dife rença signi ficativa entre a produ ção dos trata mentos com o clore to de cloro colina e a testemunha, enquant o que houve redução na altura das plant as com o aumen to da dose do fi t or eg ul ad or . Po r ou tr o la do , em 19 76 /7 7 e 19 77 /7 8, La ca Bu en di a (1 2) em pr eg an do do se s ún ic a e pa rc el ad a de cl or et o de cl or oc ol in a nã o en co nt ro u di fe re nç as si gn if ic ati va s pa ra os di fe re nt es tr at am en to s es tu da do s e a te st em un ha , in cl ui nd o na av al ia çã o a al tu ra de pla nt as e a pr od uç ão de al go dã o.

Es-se mesmo aútor (10) estudou o clore to de cloro colin a a 50g/h a, com uma só aplicação e parce lada a 25 + 25g/h a, compa rando -o com clore to de mepiq uat, em dose única de 50, 75 e 100g/ ha ou parce lada a 25 + 25g/há 50 + 50g/h a. Os resul tados mostraram que todos os tratament os com fitoregul adores reduz iram signi ficativam ente a altur a das plant as. Não foram encon trada s difer enças significat ivas para altur a da inser ção do prime iro ramo produ tivo, númer o de ramos produtivos por plant a, número de capul ho por plant a, peso de capul hos, peso de 100 semen tes, pro dução de algodão e porce ntagem de fibra .

Yamao ka et al (22) estud ando densi dade de plantio, parce lamen to época da aplic ação de cloret o de mepiq uat (50g/ha) mostr aram que houve redução no porte das plant as para todas as época s. Houve aumen to de produ ção de algod ão para aplic ação aos 60 dias de idade em todas as densidades de plant io estud adas, quand o a altur a das plant as foi de aprox imada mente 130 cm. Onde a altu ra foi de aprox imada mente 100 cm o efeit o na produ ção foi relativamente menor , sendo preju dicia l para a densi dade de cinco plant as.

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al tu ra da s pl ant as fo i me no r.

Di ve rs os au tores, ale m do s cit a do s, es tuda ram o com po rt am en to do cl or et o de cl or oc olin a e do cl or et o de me pi qu at em al god oe ir o no Bra si l (1,2 ,3 ,4 ,5, 6, 7, 9,1 1, 13) e no ex te rio r (1 6, 18 ,1 9, 21) , to dos en co nt rand o redu ção na al tu ra da s pl ant as e di ferent es resu ltad os para os de mai s pa râme tr os es tu da dos .

O ob je ti vo de st e est ud o fo i co-nh ecer o efei to do s fi to regula do res cl or et o de cl or oc ol ina e cl or et o de me pi qú at ap licado s em um a do se ún i-ca oú pa rc el ad a, em al godo ei ro cu l-ti va do em dive rs as co nd iç õe s no Es ta do de Sã o Pa ulo.

MATERIAIS E MÉTODOS O estud o foi conduzido em solos onde norma lment e se verif icava grande desen volvi mento das plant as, nos munic ípios de Aguai , Riolândia e Cardo so e outro s com menor desen volvi mento delas, nos munic ípios de São João de Duas Ponte s, Campi nas, Sumaré, Paran apanema, Mococ a e Leme, duran te os anos agríc olas de 1980/ 81 e 1981/ 82.

Foram compa rados dois hormônios limit adores de desen volvi mento do algod oeiro , o clore to de cloro colin a (1) e o clore to de mepiq uat (2), utili zando -se as segui ntes doses e épocas de aplic ação:

Prod utos Dose s Épocas de Aplicação

Cl or et o de cl or oc olin a 50g/ha 60-70 dias após a emergência

Cl or et o de cl or oc ol in a 30 +2 0g /h a 30 g ao s 60 -70 di as e 20 g 15 di as ap ós Cl or et o de cl or oc ol in a 50 +2 5g /h a 50 g ao s 60 -70 di as e 25 g 15 di as ap ós Testemunha

Cl oreto de mepi quat 50g/ha 60-70 dias após a emergência

Cl oreto de mepi quat 30+20g/ha 30g aos 60-70 dias e 20g 15 dias após Cl oreto de mepi quat 50+25g/ha 50g aos 60-70 dias e 20g 15 dias após

(1 ) Usado na formu laçã o comercial de Cyco cel, com 10% de ingre dient e ati vo. (2 ) Usado na formu lação comercial de Pix, com 5% de ingre dient e ativo.

O del ine amento est atí sti co foi o de blo cos ao aca so, com sei s rep eti çõe s. Cad a par cel a era consti tuí da de qua tro lin has de cin co met ros de com pri men to, sen do con sid era das úte is as dua s centra is. O esp aça men to ent re lin has foi de um met ro,

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foi feita aplic ação de defen sivos até a abert ura de todas as maças formadas.

Além da produçã o, foram avali adas, em amost ras 20 capul hos, as carac terísticas agron ômicas e tecno lógicas da fibra . Para estim ativa da altura das plant as foram medid as todas as exist entes nas linhas úteis ou, em algun s casos , 10 plant as ao acaso.

Em cada experimen to foi feita analise estat ístic a para todas ascaracterís ticas estud adas. Posterio rment e, foram reali zadas análi ses conjuntas em dois experimentos, organ izado s segun do as alturas médias das plant as das parce las testemunha s, com relat ivame nte 130cm . Para a compa ração das médias foram utili zados ,conf orme o caso, o teste de Tukey ou o teste de Schef fé a 5%.

Por últim o foi feito uma estim a tiva de distr ibuiç ão da carga de al godo na plant a, realizando-se, para isso, uma conta gem, em 10 plantas ao acaso, do númer o de capul hos exist entes até 35cm de altur a, a parti r do colo da planta, e do total de capul hos produzidos pela plant a. A relaç ão entre as duas conta gens servi u para estim ar a porce ntage m de capul hos produ zidos no "baixeiro" das plant as. Para a análise estatístic a, esses dados foram trans formados em arco seno raiz quadr ada da porce ntage m.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

As me di as de pr od uç ão e da al tu ra de pl an ta s ob ti da s no s ex pe ri me n tos com menor desenvolvimento,

en-27

contr am-se nos quadr os 1 e 2. As obtid as nos exper iment o com maior desenvol -vimen to das plant as, no quadro 3.

Com respe ito à produ ção e consi deran do-se os experi mentos indiv i-dualment e, verif ica-se que não houve difer enças signi ficativas entre os trata mentos, com exceção do ensai o insta lado em Leme. Neste caso, em que as plant as não cresceram muito e em que houve aplic ação de defen sivos até o final do ciclo , os dados indic am que a reduç ão do cresciment o das plant as não apena s deixo u de benef iciar , mas até com-prome teu a produ ção. Como era esperado, em todas as anali ses indiv iduais verif icou-se efeit o signi ficat ivo, com redução da altura das plantas, pela aplicação de fitor egulador es. No quadr o 4, encon tram -se os resultado s das anali ses conju ntas efetu adas para os dois grupos de experiment os.

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red uzi da sig nif ica tivam ent e pel a apl ica ção de amb os os pro dut os, em con cor dân cia com a mai ori a dos tra-bal hos rea liz ado s tan to no Bra sil com o no ext eri or.

Com o se pod e ver ific ar, hou ve um com por tam ent o dif ere nte dos fit o-reg ula dor es, con for me a alt ura das pla nta s. Em sol os ond e o des env olv imen to das pla nta s foi men or, não oco rre u qualq uer aum ent o na pro dução de algod ão com a apl ica ção dos pro dut os. Pod e-se argum ent ar que nesse cas o, o esp aça men to ent re li nha s pod eri a ser red uzi do, com o que tal vez fos sem obt ida s mai ore s pro duç ões por áre a. Tod avi a, ess a e uma hip óte se a ser con fir mad a em tra bal hos que est ude m a ass oci açã o ent re apl ica çõe s do pro dut o e varia çõe s no esp aça men to ent re lin has de pla nti o. Com res pei to a dos e e épo ca de apl ica ção não for am obs ervad as em med ia, gra nde s dif ere nça s ent re os tra tam ent os. No cas o do gru po de exp e-rim ent os com gra nde des env olv ime nto das pla nta s, o tra tamen to par cel ado nã o dif eri u sig nif ica nte men te daq uel e com a mes ma dos e apl ica da de uma só vez . Ent ret ant o, par a os doi s pro dut os, a dos e úni ca de 50g/h a não dif eri u da tes tem unha , o ccn trári o do que oco rre u com a apl ica ção par cel ada , o que suger e que est e últim o mét odo sej a mai s efi cie nte .

Qua nto ao est udo das dem ais ca -rac ter íst ica s agr onô mic as e as pro-pri eda des tec nol ogi as da fib ra, no qua dro 5, são apr ese nta dos os dad os ref ere nte s à por cen tagem da fib ra, pes o de 100 sem ent es, pes o de um

capul ho e compriment o da fibra , Uni cas carac terísticas afetadas pelos produ tos. Em media , os resultados confi rmaram os obtid os em outro s traba lhos, tendo os fitoregul adores aumentado o peso dos capul hos e das semen tes, e dimin uído em razão deste ultim o fato, a porcentag em da fibra . Esses efeitos foram maior es com a aplicação de clore to de cloro colin a. 0 compri mento da fibra també m foi melho rado por ambos os produ tos, notad amente, no agrup a mento de experimentos com maior desen volvi mento das plant as e aqui também o efeit o foi mais notáv el para os trata mentos com clore tode cloro colin a.

As porce ntage ns dos capul hos localiz ados ate a altura de 35 cm da plant a, considerad os como repre sentando a carga no "baix eiro", foram obtid as em quatr o exper iment os, e encon tram-se no quadr o 6.

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Referências

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