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Susceptibilidade do Triatoma infestans a diferentes cepas de Trypanosoma cruzi isoladas de pacientes chagásicos do Triângulo Mineiro.

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Academic year: 2017

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R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i le i r a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 7 ( 4 ) : 2 3 5 - 2 3 9 , o u t- d e z , 1 9 9 4 .

SUSCEPTIBILIDADE DO

T R IA T O M A IN F E S T A N S

A

DIFERENTES CEPAS DE

T R Y P A N O S O M A C R U Z 1

ISOLADAS

D E PACIENTES CHAGÁSICOS DO TRIÂNGULO MINEIRO

R o b erta A parecida N irschl, José M aria Soares Jú n io r, E liane M aria P iran i, José U m berto Franciscon e Luis E d u ard o R am írez

N o p r e s e n t e tr a b a lh o a v a lio u -s e a s u s c e p tib ilid a d e d o Triatoma infestans a s e t e c e p a s d e Trypanosoma cruzi, is o la d a s e a d a p ta d a s em c a m u n d o n g o s , p r o v e n i e n te s d e p a c ie n t e s c h a g á s ic o s d o T riâ n g u lo M in e ir o . A lim e n to u -se u m to ta l d e 2 0 0 tr ia to m ín e o s s o b r e c a m u n d o n g o s in f e c ta d o s , n a f a s e a g u d a , c o m a s d if e r e n te s c e p a s e a c a d a 3 0 d ia s d u r a n te 5 m e s e s , r e a liz o u -s e a -s le itu r a -s p e l o -s m é to d o -s d a c o m p r e -s -s ã o e d e je ç ã o e -s p o n tâ n e a . A p o -s i t i v i d a d e d o T . infestans f r e n t e a s d if e r e n te s c e p a s f o i d e 6 2 ,0 8 % a c o m p a n h a d o d e u m a e le v a d a m o r ta lid a d e (6 0 % ). C o n c lu i-s e q u e o T. infestans é p o u c o s u s c e p tív e l a s c e p a s is o la d a s , f a t o q u e p o d e e x p lic a r a b a ix a p o s t i v i d a d e d o s x e n o d ia g n ó s tic o s r e a l iz a d o s e m p a c ie n t e s c h a g á s ic o s c r ô n i c o s d o T r iâ n g u lo M in e ir o .

P a l a v r a s - c h a v e s : S u s c e p t i b i l i d a d e d o X e n o d ia g n ó s tic o .

T r ia to m a in fe s ta n s é a espécie vetora domiciliada de maior distribuição geográfica da América do Sul, habitando uma ampla área, desde os áridos planaltos no Peru e planícies temperadas da Argentina até as zonas tropicais secas do nordeste brasileiro. Atualmente, limita-se a ocupar habitats humanos artificiais na maior parte da sua zona de distribuição. Oitenta e quatro a noventa e nove porcento da alimentação da espécie vem do sangue dos seres vivos existentes na zona de domiciliação, principalmente, homens, cães, gatos eroedores8. É considerada a principal espécie vetora nas regiões centro-oeste e sudeste do Brasil6 e segundo Camargo e Takeda5, tem sido a espécie preferida para a realização do x enodiagnótico devido a sua im portância epidem iológica, porém, tem sido questionado se as espécies vetoras locais das áreas endêmicas são mais facilmente infectadas com as cepas locais do parasita que as não naturais da região2 10.

Graus variáveis de susceptibilidade tem sido encontrados entre as diversas espécies de tritomíneos frente às diferentes cepas do T. c r u z i 7' 9. Essa susceptibilidade pode estar relacionada a fatores

Departamento de Ciências Biológicas, Disciplina de Parasitologia da Faculdade de M edicina do Triângulo Mineiro, Uberaba, M G.

E n d e r e ç o p a r a c o r r e s p o n d ê n c i a : Prof. Luis Eduardo Ramírez.

Pça. T hom az Ulhoa s/n, 38025-440, Uberaba, M G, Brasil. Recebido para publicação em 14/04/94.

Triatom a infestans. T rypanosom a cruzi.

nutricionais, estímulos fisiológicos apropriados ou à presença de substâncias inibitórias no trato intestinal do inseto que poderiam intervir no desenvolvimento do parasita15, ou poderiam estar sob controle genético7.

Este trabalho pretende avaliar a susceptibilidade do T r i a t o m a i n f e s t a n s a diferentes cepas de T r y p a n o s o m a c r u z i, isoladas de pacientes chagásicos do Triângulo Mineiro e inoculados em camundongos e em processo de adaptação a esse novo hospedeiro.

MATERIAL E MÉTODOS

Utilizaram-se sete cepas de T r y p a n o s o m a c r u z i provenientes de pacientes chagásicos crônicos do Triângulo M ineiro, denominadas: A, B, E, G, H, R e W. Essas cepas foram isoladas através do xenodiagnóstico e inoculadas em camundongos não isogênicos para estudos futuros.

Empregaram-se de 20 a 40 ninfas de terceiro estágio do T r ia to m a in f e s ta n s , por cepa, mantidas no insectário da Faculdade de Medicina do Triângulo M ineiro. As ninfas foram alim entadas sobre camundongos infectados com as diferentes cepas de T r y p a n o s o m a c r u z i no pico máximo de parasitemia. Após o repasto sangüíneo, observou-se os volumes abdominais de cada triatomíneo, sendo descartados aqueles que não tinham feito uma boa alimentação.

Aos 3 0 ,6 0 ,9 0 ,120e 150 dias, dois observadores examinaram as fezes de cada triatomíneo pelo

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N ir s c h l R A , S o a r e s J ú n io r J M , P ir a n i E M , F r a n c is c o n J U , R a m i r e z L E . S u s c e p t ib i li d a d e d o Triatom a infestans a d i f e r e n t e s c e p a s d e Trypanosom a cruzi i s o la d a s d e p a c i e n t e s c h a g á s i c o d o T r iâ n g u lo M in e ir o . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c in a T r o p ic a l 2 7 : 2 3 5 - 2 3 9 , o u t- d e z , 1 9 9 4 .

método da compressão abdominal e/ou dejeção espontânea e os barbeiros foram separados quanto ao resultado positivo ou negativo em recipientes d ev id am ente ro tu lad o s; logo p ro ced ia-se a realimentação em camundongos sádios. O anterior repetiu-se a cada leitura.

Para análise estatística, utilizou-se o teste de qui-quadrado (X^) e o nível de significância adotado foi da propabilidade ser menor ou igual a 0,05.

RESULTADOS

ATabela 1 m ostraapositividadedo T. in fe s ta n s às diferentes cepas de T r y p a n o s o m a c r u z i. Observa- se que a positividade na primeira leitura variou de 61,1% (cepa E) a 42,6% (cepa B). Na segunda leitura, as porcentagens de positividade diminuíram, com excecão da cepa H que teve sua postividade aumentada para58,3 %. Na quarta leitura, os valores porcentuais diminuíram com relação à leitura anterior e, por último, na quinta leitura, a cepa H voltou a aumentar sua positividade enquanto que com as outras cepas isso não aconteceu. Não houve diferença estatisticamente significante entre as cepas em quaisquer leituras.

D e um total de 182 triatom íneos vivos examinados após a primeira leitura, apenas 4 (2,2 %) se mantiveram positivos durante todas as leituras e 25 (1 3 ,7 % )permaneceramnegativos. Contudo 113 (62,08 %) triatomíneos tiveram leituras ora positivas, ora negativas no decorrer de todo o estudo (resultados não apresentados em tabelas).

A Tabela 2 apresenta o número e porcentagem de mortalidade de T. in f e s ta n s através das cinco leituras. Observou-se um comportamento irregular para todas as cepas, isto é, a mortalidade variou ora aumentando ora diminuindo. Deve-se salientar que a mortalidade foi elevada (60 %). As cepas A e R na segunda leitura e A e G na terceira leitura apresentaram maior mortalidade em relação às demais cepas, o qual foi confirmado estatisticamente. Nas outras leituras, não foi observada diferença estatística significante.

Na Tabela 3, encontram-se as porcentagens acumulativas das diferentes cepas através das cinco leituras realizadas. Observa-se, em relação as cepas A e G , que apenas um triatomíneo tom ou-se positivo após a I a leitura. Na cepa E, dois triatomíneos positivaram-se entre a segunda e terceira leitura. As cepas B, H, R e W apresentam também um aumento de positividade entre a prim eira e terceira leitura sendo de 7, 6, 3 e 3 respectivamente, apesar disso não houve diferença estatisticamente significante entre as leituras.

DISCUSSÃO

Perlowagora S zumlewicz e M üller11 observaram que, quando o triatomínio infectado era deixado sem alimento por longos períodos, ocorria uma diminuição da multiplicação do parasita dentro do intestino do vetor levando a uma negativação do mesmo. Tendo em conta esse achado, em nosso trabalho os insetos foram realimentados num período

T a b e la 1 - N ú m e r o e p o r c e n t a g e m d e p o s i ti v id a d e do Triatoma infestans à s d if e r e n te s c e p a s d e Trypanossoma cruzi a tr a v é s d a s c in c o le itu r a s .

Cepas

Leituras

I a 2 a 3 a 4 a 5 a

% % % % %

E 11/18 61,1 6/17 35,3 4/10 40,0 2/9 2 2 ,2 1/7 14,3

A 12/20 60,0 4/11 3 6 ,4 5/7 71,4 4/6 66,7 2/5 40,0

H 15/27 55,6 14/24 58,3 11/22 50,0 5/18 27,8 6/14 42,9

W 10/20 50,0 5/18 27,8 6/17 35,3 3/11 27,3 0/7

-R 16/36 44,4 6/26 23,1 9/25 36,0 7/22 31,8 5/20 25,0

G 10/23 43,5 7/19 36,8 4/11 36,4 2/6 33,3 1/5 20,0

B 16/38 42,6 11/32 34,4 10/27 37,0 7/25 . 28,0 5/22 22,7

X 2 p = 0 ,7 1 p = 0 ,2 6 p = 0 ,6 5 p = 0 ,6 5 p = 0 ,4 4

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N i r s c h l R A , S o a r e s J u n io r J M , P ir a n i E M , F r a n c is c o n J U , R a m ir e z L E . S u s c e p t ib i li d a d e d o Triatom a infestans a d i f e r e n t e s c e p a s d e Trypanosom a cruzi is o la d a s d e p a c i e n t e s c h a g á s i c o d o T r iâ n g u lo M in e ir o . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c in a T r o p ic a l 2 7 : 2 3 5 - 2 3 9 , o u t- d e z , 1 9 9 4 .

T a b e la 2 - N ú m e r o e p o r c e n t a g e m d e m o r ta lid a d e d o Triatoma infestans a tr a v é s d a s c in c o le itu r a s r e a liz a d a s .

Cepas

Leituras

I a 2 a 3 at 4 a 5 a

% % % % %

G 5/28 17,9 4/23 17,4 8/19 42,1 5/11 45,5 1/6 16,7

W 4/24 16,7 2/20 10,0 1/18 5 ,6 6/17 35,3 4/11 3 6 ,4

H 4/31 12,9 3/27 11,1 2/24 8,3 4/22 18,2 4/18 2 2 ,2

E 2/20 10,0 1/18 5 ,6 7/17 41,0 1/10 10,0 2/9 2 2 ,2

B 2/40 5 ,0 6/38 15,8 5/32 15,6 2/27 7 ,4 3/25 12,0

R 1/37 2,7 10/36 27,8 1/26 3,8 3/25 12,0 2 /2 2 9,8

A 0/20 0 ,0 9/20 4 5,0 4/11 36,4 111 14,3 1/6 16,7

X 2 *T3 II O 4^ p = 0 ,0 2 p = 0,001 p = 0 ,06 p = 0 ,5 7

T a b e la 3 - N ú m e r o e p o r c e n t a g e m a c u m u la tiv a d e p o s i ti v id a d e d a s d if e r e n te s c e p a s a tr a v é s d e 5 le itu r a s .

Leitu­ ras

Cepas

A G E B H R W

% % % % % % %

I a 12/20 60,0 10/28 3 5 ,7 11/20 55,0 16/40 40,0 15/31 48,4 16/37 4 3 ,2 10/24 41,7 2 a 13/20 6 5 ,0 11/28 39,3 11/20 55,0 20/40 50,0 20/31 64,5 17/37 45,9 12/24 5 0 ,0 3 a 13/20 6 5 ,0 11/28 39,3 13/20 65,0 23/40 57,5 21/31 67,7 19/37 51,3 13/24 54,2 4 a 13/20 6 5 ,0 11/28 39,3 13/20 65,0 23/40 57,5 21/31 67,7 19/37 51,3 13/24 54,2 5 a 13/20 6 5 ,0 11/28 39,3 13/20 65,0 23/40 57,5 21/31 67,7 19/37 51,3 13/24 5 4 ,2

X2 p = 0 ,9 9 p = 0 ,9 9 p = 0 ,9 1 p = 0 ,4 3 p = 0 ,4 4 p = 0,93 p = 0 ,8 9

de 20 a 30 dias após a alimentação anterior em camundongos sadios, evitando-se alimentar sobre animais diferentes com o fim de eliminar outros fatores que pudessem influenciar na susceptibilidade do vetor14.

Todos os triatomíneos, nesse trabalho, foram examinados a cada leitura pelos métodos da compressão abdominal e/ou dejeção espontânea. Segundo Bronfen e Alvarenga4, existem flutuações na positividade do T. in f e s t a n s, especialmente pelo método da compressão abdominal devido à baixa densidade de flagelados o que implica uma grande dificuldade de visualização do parasita, podendo levar a um resultado falso negativo. Na tentativa de corrigir esse erro, as fezes obtidas decada triatomíneo eram e x a m in a d a s m in u c io sa m e n te p o r 2

observadores.

Utilizamos, em nosso estudo, o T. in f e s ta n ts que é um vetor adaptado à região do Triângulo Mineiro e domiciliado, e cepas de T r y p a n o s o m a c r u z i isoladas da m esm a área. P erlow agora Szumlewicz e M üller10 observaram que a infecção de vetores domiciliados era moderada e passageira e, nos vetores silvestres, era maciça e persistente e concluíram que a domiciliação leva a uma mudança na interação vetor-parasita sem razão definida. Em outro estudo feito pelos m esm os au to res11, concluíram que isso poderia estar associado a uma mutação adaptativa do vetor local com o parasita do mesmo local.

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N ir s c h l R A , S o a r e s J ú n io r J M , P ir a n i E M , F r a n c is c o n J U , R a m ir e z L E . S u s c e p t ib i li d a d e d o Triatom a infestans a d i f e r e n t e s c e p a s d e Trypanosom a cruzi is o la d a s d e p a c i e n t e s c h a g á s i c o d o T r iâ n g u lo M in e ir o . R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c in a T r o p ic a l 2 7 : 2 3 5 - 2 3 9 , o u t- d e z , 1 9 9 4 .

por serem de baixa virulência e patogenicidade em camundongos, a exceção das cepas B e H que são de elevada virulência, baixa patogenicidade e tem predomínio de formas delgadas no início da infecção, porém imo se encaixando em os parâmetros propostos por Andrade1. Vários estudos3 12 têm demonstrado uma maior susceptividade do T. in f e s ta n s pelas cepas com predomínio de formas largas, entretanto, isso não foi observado nesse trabalho, já que todas as cepas ap resen taram um com portam ento semelhante no vetor.

N o sso s re s u lta d o s d e m o n stra ra m um a positividade de 62,08 % e uma mortalidade de 60 %, nodecorrerdos 150diasdaexperiência, observando- se que apenas 4 (2,2 %) triatomíneos permaneceram positivos e 25 (13,9% ) negativos , por todo o tempo.

Perlowagora e M üller10 alimentando T, in fe s ta n s em camundongos infectados com T. c r u z i , na fase aguda, obtiveram uma positividade de 51 %. Os mesmos autores11 encontraram uma positividade sem elhante (53,7% ) quando alim entaram T. in f e s ta n s sobre cobaias infectadas e realimentaram com sangue de galinha. Sherlock14, alimentando R . p r o l i x u s , que é um vetor altamente domiciliado na

Venezuela e Colombia®, obteve uma positividade de 6 7 % . S ch en o n e e c o ls 13 re a liz a ra m xenodiagnósticos com T. in f e s ta n s em uma paciente com doença de Chagas crônica e parasitemia persistente, observaram que só 40% dos triatomíneos empregados foram infectados.

T olezano e c o ls16 17 dem onstraram que tria to m ín e o s n ão m an ip u la d o s têm m aio r sobrevivência e capacidade de sugar que os manipulados. Nossos dados demonstram que se as mortes fossem causadas só pela manipulação, não teria ocorrido nenhuma mortalidade ou essa seria mínima no intervalo entre a alimentação inicial em camundongos contaminados e a primeira leitura; porém , Schenone e cols13 observaram que a m o rtalid ad e não estav a relacio n ad a com a positividade do triatomíneo devido ao fato que a mortalidade em seu trabalho foi maior para o grupo não infectado. Os mesmos autores demonstraram que a maioria dos insetos apresentavam leituras ora positivas, ora negativas, o qual também foi observado em nosso trabalho.

Emresumo, pode-se concluir que, para qualquer cepa de T. c r u z i da região do Triângulo Mineiro

empregada, a susceptibilidade do T r ia to m a in fe s ta n s foi baixa e que as mesmas conservaram suas características com respeito às observadas em outras regiões do país. Outro fato que colabora com os achados do nosso estudo são os obtidos de xenodiagnósticos realizados na Faculdade de Medicina do Triângulo M ineiro, onde num intervalo de 10 anos (1983-1993), utilizando-se esses triatomíneos, foram feitos 613 xenodiagnósticos em pacientes provenientes de diferentes regiões do Triângulo M ineiro, comprovadamente chagásicos pelos testes de im unofluorescência indireta, hemaglutinação indireta e fixação de complemento, encontrando-se uma positividade de 149 (24,3% ) não muito diferente da obtida em outros laboratórios com o mesmo triatomíneo.

SUMMARY

T h is d a ta e v a lu a te d th e s u s c e p tib ility o f T . infestans to s e v e n d iffe r e n t s tr a in s o f T . cruzi f r o m c h a g a s ic p a ti e n ts o f th e T riâ n g u lo M in e ir o , is o la t e d a n d a d a p te d in S w is s m ic e . A to t a l o f 2 0 0 b u g s w e r e f e d in m ic e in a c u te p h a s e in je c te d w ith th e d if fe r e n t s t r a in s o f T . cruzi a n d a t e a c h 3 0 d a y s , d u r in g 5 m o n th s , th e ir f e c e s w e r e o b ta in e d b y a b d o m in a l c o m p r e s s io n o r s p o n ta n e o u s d e je c tio n . T h e o v e r a l l p o s i ti v it y o f T . infestans in fe c tio n w ith th e s e d if fe r e n t s tr a in s o f T .cruzi w a s 6 2 .0 8 % . T h e re w a s a h ig h m o r ta lity r a t e ( 6 0 % ) d u r in g th e e x a m in a tio n p e r i o d . W e c o n c lu d e th a t T. infestans h a s a lo w s u s c e p tib ility to th e s e s tr a in s . T h is c o u ld e x p la in th e lo w r a te o f p o s i ti v it y in th e x e n o d ia g n o s is in c h a g a s ic c h r o n ic p a ti e n ts o f th e T r iâ n g u lo M in e ir o .

K e y - w o r d s : Triatom a in festan s’ s u s c e p t i b i l i t y . Trypanosoma cruzi. X e n o d ia g n o s is .

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à senhorita Aparecida Correa pela assistência técnica.

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N i r s c h l R A , S o a r e s J ú n io r J M , P ir a n i E M , F r a n c is c a n J U , R a m ir e z L E . S u s c e p t ib i li d a d e d o Triatom? infestans a d i f e r e n t e s c e p a s d e Trypanosom a cruzi is o la d a s d e p a c i e n t e s c h a g á s i c o d o T r iâ n g u lo M in e ir o . R e v i s t a d a S o c ie d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c in a T r o p ic a l 2 7 : 2 3 5 - 2 3 9 , o u t- d e z , 1 9 9 4 .

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Referências

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