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Sistema de classificação de pacientes: proposta de complementação do instrumento de Fugulin et al..

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Academic year: 2017

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1 Enferm eira da Unidade de Terapia I nt ensiva, do I nst it uo do Coração, da Faculdade de Medicina; 2 Enferm eira estom aterapeuta, Mestre em enferm agem ,

Diret ora da Divisão de Enferm agem Cirúrgica do Hospital Universit ário; 3 Enferm eira estom aterapeuta, Mestre em Enferm agem , Chefe da Unidade de Clínica

Cirúrgica do Hospit al Universitário; 4 Enferm eira; Professor Dout or da Escola de Enferm agem , e- m ail: ffugulim @usp.br. Universidade de São Paulo, Brasil

SI STEMA DE CLASSI FI CAÇÃO DE PACI ENTES: PROPOSTA DE COMPLEMENTAÇÃO DO

I NSTRUMENTO DE FUGULI N ET AL.

Fer nanda dos Sant os1

Noem i Mar isa Br unet Rogensk i2

Cleide Mar ia Caet ano Bapt ist a3

Fer nanda Mar ia Togeir o Fugulin4

A análise dos instrum entos de classificação de pacientes, disponíveis na literatura, dem onstra que aspectos relevantes da assistência a pacientes portadores de feridas deixam de ser abordados, ficando evidente a im portância da elaboração de crit érios que possibilit em avaliar esses pacient es. Est e est udo propõe a elaboração de áreas de cuidados de form a que com plem ente o instrum ento de Fugulin et al., referendado pelo Conselho Federal de Enferm agem ( COFEN) do Brasil, que não contem pla esse aspecto. A construção das áreas de cuidados para avaliação de feridas fundam ent ou- se em busca bibliográfica acerca de m odelos operacionais de Sist em a de Classificação de Pacient es ( SCP) , bem com o sobre os diversos instrum entos de classificação de feridas. Configuraram - se com o novas áreas de cuidado: o com prom et im ent o t ecidual, o núm ero de t rocas do curat ivo e o t em po ut ilizado para a sua realização. Foram redefinidos, ainda, os valores que indicam a categoria assistencial do paciente. A com plem entação do instrum ento de Fugulin et al., propost a nest e est udo, favorece a aplicação do inst rum ent o a um grupo m ais diversificado de pacient es por acrescer aspect o relevant e da assist ência, com o a quest ão dos curat ivos.

DESCRI TORES: adm inist r ação de r ecur sos hum anos em hospit ais; equipe de enfer m agem ; ger enciam ent o do t em po; cicat r ização de fer idas

PATI ENT CLASSI FI CATI ON SYSTEM: A PROPOSAL TO COMPLEMENT THE I NSTRUMENT BY

FUGULI N ET AL.

Analysis of pat ient classificat ion inst rum ent s available in t he lit erat ure shows t hat m any significant aspect s related to the assistance to patients with wounds are not approached, evidencing the im portance to elaborate criteria to assess these patients. This study proposes the developm ent of new of areas of care to com plem ent the Fugulin et al. instrum ent, validated by the Federal Nursing Council (COFEN). The construction of new areas to evaluate wounds was based on a bibliographic search on the operational m odels of the Patient Classification System (PCS), as well as on several inst rum ent s of wound classificat ion. New areas of care were est ablished, as follows: t issue im pairm ent , num ber of dressing changes and tim e taken to their preparation. Values were also redefined indicating the patient’s assistance category. The com plem entation of the Fugulin et al. instrum ent, proposed here, favors the application of this instrum ent in a m ore diversified group of patients since it adds a relevant assistance aspect, as the dressing issue.

DESCRI PTORS: per sonnel adm inist r at ion; hospit al; nur sing; t eam ; t im e m anagem ent ; w ound healing

SI STEMA DE CLASI FI CACI ÓN DE PACI ENTES: PROPUESTA DE COMPLEMENTACI ÓN DEL

I NSTRUMENTO FUGULI N ET AL.

El análisis de los inst rum ent os de clasificación de pacient es, disponibles en la lit erat ura, dem uest ra que aspect os relevant es de la at ención a pacient es port adores de herida dej an de ser discut idos, dej ando evident e la im port ancia de elaborar crit erios que posibilit en evaluar est os pacient es. Est e est udio propone la elaboración de cr it er ios que posibilit en ev aluar est os pacient es, y t am bién la elabor ación de ár eas de cuidados de m aner a a com plem ent ar el inst rum ent o de Fugulin et al., validado por el Consej o Federal de Enferm ería ( COFEN) , que no cont em pla est e aspect o. La const rucción de las áreas de cuidados para evaluación de heridas se fundam ent ó en un levant am ient o bibliográfico sobre los m odelos operacionales del Sist em a de Clasificación de Pacient es ( SCP) , bien com o sobre los dist int os inst rum ent os de clasificación de heridas. Fueron configuradas com o nuevas áreas de cuidado: el com pr om et im ient o del t ej ido, el núm er o de cam bios del cur at iv o y el t iem po ut ilizado par a su realización. Aún fueron redefinidos los valores que indican la cat egoría asist encial del pacient e. La com plem ent ación del inst rum ent o Fugulin et al., propuest a en est e est udio, favorece la aplicación del inst rum ent o a un grupo m ás diversificado, por agregar un aspect o relevant e de at ención que es la cuest ión de los curat ivos.

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I NTRODUÇÃO

A

classificação de pacientes, de acordo com o gr au de dependência da equipe de enfer m agem , co n st i t u i u m a d a s e t a p a s d o s m é t o d o s d e d i m e n si o n a m e n t o d e p e sso a l q u e , p o r su a s im p licações, t em se t or n ad o ob j et o d e con st an t e p r eo cu p a çã o , d i scu ssã o e i n v est i g a çã o en t r e a s enfer m eir as, int er essadas em pr oduzir ser v iços de qualidade, visando o at endim ent o das necessidades da client ela.

O m ét odo de dim ensionam ent o de pessoal d e en f er m ag em d e Gaid zin sk i( 1 ) in d ica, p ar a su a aplicação, a iden t ificação das segu in t es v ar iáv eis: car ga de t r abalho da unidade; índice de segur ança t écn ica e t em p o ef et iv o d e t r ab alh o. A car g a d e t rabalho da unidade de assist ência de enferm agem é o pr odut o da quant idade m édia diár ia de pacient es assistidos, segundo o grau de dependência da equipe de enferm agem , pelo t em po m édio de assist ência de enferm agem ut ilizada, por pacient e, de acordo com o grau de dependência apresent ado( 2).

Pa r a i d e n t i f i ca r a q u a n t i d a d e m é d i a d e pacient es assist idos, segundo o grau de dependência da equipe de enfer m agem , é necessár io classificar os pacientes quanto à sua dependência em relação a essa eq u ip e, u t ilizan d o, p ar a a r ealização d essa at ividade, um Sist em a de Classificação de Pacient es ( SCP) , dentre os disponíveis na literatura, que m elhor at enda as caract eríst icas da client ela.

O SCP pode ser ent endido com o for m a de det er m inar o gr au de dependência de um pacient e em r elação à equ ipe de en fer m agem , obj et iv an do est abelecer o t em po despendido no cuidado diret o e indir et o, bem com o o qualit at iv o de pessoal, par a at ender às necessidades biopsicossociais e espirit uais do pacient e( 3).

Considerado com o inst rum ent o essencial na prát ica gerencial de enferm agem , o SCP proporciona, ainda, infor m ações par a o pr ocesso de t om ada de decisão quant o à alocação de r ecur sos hum anos, à m o n i t o r i zação d a p r o d u t i v i d ad e e ao s cu st o s d a assist ên cia d e en f er m ag em( 4 ), b em com o p ar a a

o r g a n i za çã o d o s se r v i ço s e p l a n e j a m e n t o d a assistência de enferm agem . O conhecim ento do perfil assist en cial dos pacien t es é ou t r o f at or qu e pode su b sid iar o p lan ej am en t o e a im p lem en t ação d e p r og r am as assist en ciais q u e m el h or at en d am às n e ce ssi d a d e s d e ssa cl i e n t e l a , a u x i l i a n d o n a

d ist r ib u ição d iár ia e n a cap acit ação d os r ecu r sos hum anos de enferm agem para o atendim ento de cada grupo de pacient es( 5).

Ap e sa r d o n ú m e r o d e i n st r u m e n t o s d e classificação de pacient es disponív eis na lit er at ur a brasileira, observa- se, na prática, que as enferm eiras est ão m ais preocupadas com a elaboração de novos inst r um ent os do que com a aplicabilidade daqueles j á exist ent es.

Os pr incipais m ot iv os apont ados par a esse f a t o r e si d e m n a a l e g a çã o q u e o s si st e m a s d e cl assi f i cação d e p aci en t es são i n f l u en ci ad o s p o r aspect os oper acionais, pr át icas m édicas e padr ões assist enciais próprios de cada inst it uição.

O Conselho Federal de Enferm agem ( COFEN) , por m eio da Resolução no 293/ 04( 6), que est abelece

p a r â m et r o s o f i ci a i s p a r a o d i m en si o n a m en t o d e pessoal de enferm agem , referendou o SCP de Fugulin et al.( 7). A partir dessa classificação, o COFEN indicou

a s h o r a s m ín i m a s d e a ssi st ê n ci a e , t a m b é m , a d i st r i b u i çã o p e r ce n t u a l d o s p r o f i ssi o n a i s d e enferm agem para cada t ipo de cuidado.

Esse SCP( 7), desenv olv ido e im plant ado na

Unidade de Clínica Médica do Hospit al Univer sit ár io d a Un i v er si d a d e d e Sã o Pa u l o , f o i a p l i ca d o n a s dem ais u n idades de in t er n ação dessa I n st it u ição, ob ser v an d o- se q u e n ão at en d e in t eg r alm en t e às caract eríst icas do pacient e pediát rico e não se aplica aos r ecém - n ascid os. Nas u n id ad es cir ú r g icas, d e acor do com a au t or a do est u do( 8 ), as en fer m eir as

r e f e r i a m s e n t i r f a l t a d e p a r â m e t r o s q u e possibilit assem av aliar os div er sos t ipos de lesões ap r esen t ad as p el o s p aci en t es, q u e i n t er f er em e det erm inam , no cot idiano da assist ência, diferent es n ív eis de at en ção, n o m om en t o da r ealização dos cu r at iv os.

O cuidado com feridas sem pre foi problem a m uito discutido entre os enferm eiros e a preocupação desses profissionais com o cuidado a ser m inist rado a esses pacientes vem de longa data. Os enferm eiros são, d en t r e os m em b r os d a eq u ip e d e saú d e, os profissionais m ais intim am ente envolvidos em prestar assi st ên ci a a p aci en t es p or t ad or es d e f er i d as, e t am bém t êm efet iv am ent e dir igido e im plem ent ado esse cuidado( 9).

(3)

n or m ais do cor po, qu e lev a ao com pr om et im en t o da função fisiológica t issular, r esult ando em per da da sua int egr idade.

A classificação das feridas auxilia o regist ro sist em át ico de suas caract eríst icas, perm it e planej ar a s e st r a t é g i a s d e t r a t a m e n t o , a co m p a n h a r su a e f e t i v i d a d e , p r e d i ze r r e su l t a d o s e f a ci l i t a r a com u n icação en t r e os p r of ission ais en v olv id os n o cuidado( 9).

Analisando os inst rum ent os de classificação de pacient es disponív eis na lit er at ur a, no ent ant o, verifica- se que aspect os relevant es da assist ência a p a ci e n t e s p o r t a d o r e s d e f e r i d a s d e i x a m d e se r abor dados, o que t or na ev ident e a im por t ância da elaboração de crit érios que possibilit em avaliar essas peculiar idades.

A n ecessid ad e d e r ealização d e ex t en sos curativos pode dem andar tem po de assistência direta n ã o co m p a t ív e l co m o t e m p o e st i m a d o p a r a a categoria de cuidado com o paciente, obtida por m eio da aplicação dos inst r um ent os de classificação que não cont em plam a r ealização desse pr ocedim ent o, i n t er f er i n d o n o p l an ej am en t o d o q u an t i t at i v o d e p r o f i ssi o n a i s n e ce ssá r i o s p a r a a t e n d e r a s necessidades dos pacient es e, conseqüent em ent e, na qualidade da assist ência prest ada.

Dian t e dessa pr oblem át ica e con sider an do que o inst r um ent o( 7), r efer endado pelo COFEN, não

responde, integralm ente, às necessidades do paciente cir ú r g ico e/ ou p or t ad or d e f er id as, op t ou - se p or realizar est e est udo, com os obj et ivos discrim inados a seguir.

OBJETI VOS

Obj et iv o ger al

- Com plem ent ar o inst r um ent o de classificação de pacient es de Fugulin et al.( 7), indicando parâm et ros par a a classif icação dos div er sos t ipos de f er idas apr esent adas pelos pacient es.

Obj et iv os específicos

- Const ruir áreas de cuidado que possibilit em avaliar d i f e r e n t e s t i p o s d e f e r i d a s a p r e se n t a d o s p e l o s pacient es, de acordo com o nível de dependência da equipe de enfer m agem

- At r ib u ir p esos a cad a n ív el d e d ep en d ên cia d e e n f e r m a g e m , r e l a ci o n a d o s à s n o v a s á r e a s d e cuidados pr opost as

- Redefinir a som at ór ia dos v alor es que indicam a cat egoria assist encial dos pacient es

MÉTODO

A co n st r u çã o d e á r e a s d e cu i d a d o p a r a av aliação d e f er id as f u n d am en t ou - se em r ev isão bibliogr áfica, r ealizada em banco e base de dados in d ex ad os ( Ded alu s e Med lin e, r esp ect iv am en t e) , referente aos últim os 10 anos, utilizando- se os term os si st e m a d e c l a s s i f i c a ç ã o d e p a c i e n t e s a n d

en f er m ag em , p at ien t an d classif icat ion an d sy st em

and nur sing, fer idas e w ound.

O banco de dados Dedalus, disponibilizado pelo Sist em a de Bibliot ecas da Universidade de São Pau lo ( USP) , per m it iu o acesso a 1 3 8 r ef er ên cias b i b l i o g r áf i cas co m o t er m o f e r i d a s e 2 2 co m as palav r as sist em a d e classif icação d e p acien t es an d

e n f e r m a g e m. O in st r u m en t o d isp on ib ilizad o p ela

Bi b l i o t eca Vi r t u al em Saú d e ( BVS) , d en o m i n ad o BI REME, possibilitou a busca na base de dados Medline e a ident ificação de 245 referências com o uso das palav r as p at ien t an d classif icat ion an d sy st em an d

n u r si n g e 2 8 9 9 2 com o t er m o w o u n d . Dian t e d o

n ú m er o d e r ef er ên cias en con t r ad as com o t er m o

w ou n d, a pesqu isa f oi r ef in ada n a base de dados

Me d l i n e , u t i l i za n d o - se a s p a l a v r a s w o u n d a n d

classificat ion, cuj a busca result ou na ident ificação de

363 r efer ências.

As r ef er ên cias b ib liog r áf icas en con t r ad as f o r a m se l e ci o n a d a s p e l o t ít u l o . D a s r e f e r ê n ci a s e n co n t r a d a s n o D e d a l u s, f o r a m a n a l i sa d a s 1 3 , relacionadas ao t erm o fer idas, e seis, referent es às

palav r as sist em a d e classif icação d e p acien t es an d

e n f e r m a g e m. Na Me d l i n e , f o r a m a n a l i sa d a s 2 1

daquelas obt idas com o em pr ego do t er m o w ou n d

and classificat ion e 23 das identificadas com a utilização

das palav r as p at ien t an d classif icat ion an d sy st em and nur sing.

As r e f e r ê n ci a s b i b l i o g r á f i ca s a n a l i sa d a s perm itiram identificar, selecionar e avaliar os m odelos operacionais de SCP( 5,7,10), bem com o os instrum entos

de avaliação e classificação de feridas( 11- 15) ut ilizados,

(4)

d e cu id ad o, a d escr ição d os d if er en t es n ív eis d e d e p e n d ê n ci a d a e q u i p e d e e n f e r m a g e m q u e o s pacien t es poder iam apr esen t ar em cada ár ea e a r ed ef i n i ção d os v al or es q u e i n d i cam a cat eg or i a assistencial do paciente no instrum ento de Fugulin et al.( 7).

Pa r a a p r o p o si çã o d a s n o v a s á r e a s d e cu i d a d o , e l e g e u - se o s p r i n ci p a i s a sp e ct o s considerados na assist ência aos pacient es port adores d e f e r i d a s, a t r i b u i n d o - se , a ca d a á r e a , q u a t r o si t u a çõ e s d e d e p e n d ê n ci a o u co m p l e x i d a d e assist encial, que for am gr aduadas de um a quat r o pont os, de m odo a r et rat ar, de for m a cr escent e, a com plexidade dos cuidados e o t em po de assist ência de enfer m agem r equer ido.

RESULTADOS

En t r e o s a s p e c t o s c o n s i d e r a d o s n a assist ência aos pacient es port adores de feridas, que podem int er fer ir na com plex idade do cuidado e no p l a n e j a m e n t o d o t e m p o d e a s s i s t ê n c i a d e e n f e r m a g e m o p t o u - s e p o r e l e g e r : o com pr om et im ent o t ecidual, a fr eqüência e o t em po dem andado para a realização do curat ivo no período de 24 horas.

Com pr om et im ent o t ecidual

O est ad i am en t o d as f er i d as, b asead o n o co m p r o m et i m en t o t eci d u a l , p er m i t e a d escr i çã o anatôm ica das cam adas tissulares envolvidas e m aior obj et ividade e uniform idade nas inform ações obt idas na sua avaliação.

D e m a n ei r a si m i l a r a o s d em a i s t i p o s d e feridas, as úlceras por pressão podem ser classificadas e avaliadas de difer ent es m aneir as. Ent r et ant o, em 1 9 8 9 , a Na t i o n a l Pr essu r e Ul cer Ad v i so r y Pa n el ( NPUAP) e st a b e l e ce u e st a d i a m e n t o b a se a d o n o com prom et im ent o t ecidual, recom endado, em 1992, p ela Ag en cy f or Healt h Car e Policy an d Resear ch ( AHCPR) par a iden t if icação e classif icação dessas lesões, o que perm it iu uniform idade das inform ações para uso universal( 16).

Em bora voltado para as úlceras por pressão, essa classificação, apresentada pela NPUAP( 11- 12), pode

ser aplicada a out ros t ipos de feridas. Assim sendo, nesse est udo, opt ou- se por ut ilizar essa classificação

p a r a a co n st r u çã o d o i n d i ca d o r, a cr e sci d o d e ca r a ct e r íst i ca s n ã o a b o r d a d a s n a cl a ssi f i ca çã o pr opost a pelo NPUAP com o, por exem plo, pr esença de drenos ou est om ias.

A ár ea de cu idado f icou def in ida com o se segu e.

- I n t eg r id ad e cu t ân eo- m u cosa/ com p r om et im en t o t ecidual

1. Pele ínt egra.

2. Presença de alt eração da cor da pele ( hiperem ia, e q u i m o s e s ) e / o u p r e s e n ç a d e s o l u ç ã o d e cont inuidade da pele envolvendo a epiderm e, derm e ou am bas.

3 . Pr esen ça d e sol u ção d e con t i n u i d ad e d a p el e en v olv en do t ecido su bcu t ân eo e m ú scu lo. I n cisão cir úr gica. Ost om ias. Dr enos.

4. Presença de solução de continuidade da pele, com d e st r u i çã o d a d e r m e , e p i d e r m e , m ú scu l o s e com prom et im ent o das dem ais est rut uras de suport e, com o t endões e cápsulas. Eviscerações.

Freqüência de t rocas dos curat ivos

O obj et iv o pr in cipal de u m a cober t u r a ou cu r at iv o é f av or ecer o pr ocesso cicat r icial. Dessa form a, a escolha da terapia tópica, para o tratam ento da f er ida, dev e est ar baseada n as car act er íst icas clínicas da ferida e na fase de cicat rização em que a m esm a se encont ra( 17).

Da m esm a form a, a periodicidade de t rocas da cober t ur a, ou cur at ivo, deve fundam ent ar - se na quant idade e car act er íst icas do ex sudat o pr esent es no leito da ferida e no tipo de cobertura utilizada para o seu t rat am ent o.

Algum as cober t ur as podem ser t r ocadas a cada t r ês ou cinco dias. Out r as podem per m anecer p o r a t é set e d i a s n o l ei t o d a f er i d a . Po r ém , o s curativos sim ples, que predom inam na grande m aioria das inst it uições hospit alares, necessit am ser t rocados no m ínim o um a vez ao dia, pela própria característica do m at erial ut ilizado.

(5)

ir r it ação e m acer ação da pele per ifer ida. Por t ant o, c o n s i d e r a n d o o s a s p e c t o s a c i m a d e s c r i t o s , associou - se o n ú m er o t r ocas do cu r at iv o à m aior depen dên cia do pacien t e em r elação à equ ipe de e n f e r m a g e m , p r o p o n d o - se a á r e a d e cu i d a d o a segu ir.

- Cur at iv os

1. Sem curativo ou lim peza da ferida/ incisão cirúrgica, realizada pelo pacient e, durant e o banho.

2. Curativo realizado um a vez ao dia, pela equipe de en f er m agem .

3. Curat ivo realizado duas vezes ao dia, pela equipe de enfer m agem .

4. Curativo realizado três vezes ao dia, ou m ais, pela equipe de enfer m agem .

Tem po ut ilizado nos curat ivos

O t em po ut ilizado par a a r ealização de um cu r at iv o est á in t im am en t e r elacion ado ao gr au de

co m p r o m e t i m e n t o d a f e r i d a , à h a b i l i d a d e d o profissional para a realização da t écnica e à reação o u co l a b o r a çã o d o p a ci e n t e su b m e t i d o a o procedim ent o( 18).

Os int ervalos de t em po est abelecidos nessa á r e a d e cu i d a d o f o r a m d e t e r m i n a d o s d e f o r m a em pírica, com base na vivência e na observação do t em po despendido para a realização de curat ivos.

Tem po m édio ut ilizado na realização de curat ivos

1. Sem curat ivo. 2. Entre 5 e 15 m inutos. 3. Entre 15 e 30 m inutos. 4. Superior a 30 m inut os.

A p r o p o st a f i n a l d e co m p l e m e n t a çã o d o in st r u m en t o d e classif icação d e p acien t es( 7 ) est á

r ep r esen t ad a n a Tab ela 1 . Cab e r essalt ar q u e as á r e a s d e cu i d a d o i n t e g r i d a d e cu r â n e o - m u co sa / com prom etim ento tecidual, curativo e tem po utilizado p a r a a r ea l i za çã o d e cu r a t i v o s sã o a q u el a s q u e com plem ent am o inst rum ent o inicial.

Tabela 1- I nst rum ent o de classificação de pacient es de Fugulin et al.( 7), com plem ent ado com áreas de cuidado

para avaliação de pacient es port adores de feridas. São Paulo, SP, 2006

o d a d i u c e d a e r

Á Graduaçãodacomplexidadeassistencial

4 3 2 1

l a t n e m o d a t s

E Inconsciente. Peírodosdeinconsciência. Peírodosdedesoirentaçãono . o ç a p s e o n e o p m e t o n e o p m e t o n o ã ç a t n e ir O . o ç a p s e o ã ç a n e g i x

O Ventliaçãomecânica(usode .) e m u l o v a u o o ã s s e r p a r o d a li t n e

v Ucastoetecornditenuooxigdêenmioáscaraou Ucastoetienrtedremotiexnigteêndioemáscaraou Nãodependedeoxigênio. s i a ti v s i a n i

S Conrtoleemintervalosmenores . s a r o h 2 a s i a u g i u

o Conrtoleemintervalosde4horas Conrtoleemintervalosde6horas.Conrtolederoitna(8horas.) e d a d ili t o

M Incapazdemovimentarqualquer .l a r o p r o c o t n e m g e

s Dseigifcmuledantdoespcaorrapomraoisv.imentar Limtiaçãodemovimentos. Mcoorvpiomraeinst.atodosossegmentos e o ti b ú c e d e d a ç n a d u M a v i s s a p o ã ç a t n e m i v o m a l e p a d a z il a e r e a d a m a r g o r p . m e g a m r e f n e e o ti b ú c e d e d a ç n a d u M a d a ili x u a a v i s s a p o ã ç a t n e m i v o m m e g a m r e f n e o ã ç a l u b m a e

D Resrttioaoletio. Locomoçãoartavésdecaderia . s a d o r e d a r a p o ilí x u a e d a ti s s e c e N .r a l u b m a e d . e t n a l u b m A o ã ç a t n e m il

A Artavésdecatetercenrta.l Artavésdesondanasogástirca. Porboca,comauxilío. Autosuifciente. l a r o p r o c o d a d i u

C Banhonoletio,higieneoral . m e g a m r e f n e a l e p a d a z il a e r l a r o e n e i g i h , o ri e v u h c e d o h n a B . m e g a m r e f n e a l e p a d a z il a e r u o / e o ri e v u h c e d o h n a b o n o ilí x u A .l a r o e n e i g i h u o . e t n e i c if u s o t u A o ã ç a n i m il

E Evacuaçãonoletioeusode a d e l o rt n o c a r a p l a c i s e v a d n o s . e s e r u i d s e õ ç a n i m il e u o e r d a m o c e d o s U . o ti e l o n . o ili x u a m o c o ir á ti n a s o s a v e d o s

U Autosuifciente.

a c it u ê p a r e

T Usodedrogasvasoaitvaspara . A P e d o ã ç n e t u n a

m nEa.Vsocgoánsíttnuircoa.ouartavésdesonda E.Vintermtiente. .IM.ouV.O. -o e n â t u c e d a d ir g e t n I o t n e m it e m o r p m o c / a s o c u m *l a u d i c e t e d o ã ç u l o s e d a ç n e s e r P m o c e l e p a d e d a d i u n it n o c , e m r e d i p e , e m r e d a d o ã ç i u rt s e d s a d o t n e m it e m o r p m o c e s o l u c s ú m , e tr o p u s e d s a r u t u rt s e s i a m e d . s a l u s p á c e s e õ d n e t o m o c . s e õ ç a r e c s i v E e d o ã ç u l o s e d a ç n e s e r P o d n e v l o v n e , e l e p a d e d a d i u n it n o c . o l u c s ú m e o e n â t u c b u s o d i c e t . s a i m o t s O . a c i g r ú ri c o ã s i c n I . s o n e r D a d r o c a d o ã ç a r e tl a e d a ç n e s e r P u o / e ) a i m e r e p i h , e s o m i u q e ( e l e p e d o ã ç u l o s e d a ç n e s e r p a o d n e v l o v n e e l e p a d e d a d i u n it n o c . s a b m a u o e m r e d , e m r e d i p e . a r g e t n í e l e P * o v it a r u

C Curaitvoreailzado3vezesaodia e d e p i u q e a l e p , s i a m u o . m e g a m r e f n e , a i d o a s e z e v 2 o d a z il a e r o v it a r u C . m e g a m r e f n e e d e p i u q e a l e p a i d o a z e v 1 o d a z il a e r o v it a r u C . m e g a m r e f n e e d e p i u q e a l e p a d a z e p m il u o o v it a r u c m e S a d a z il a e r , a c i g r ú ri c o ã s i c n i/ a d ir e f . o h n a b o e t n a r u d , e t n e i c a p o l e p a n o d a z ili t u o p m e T * s o v it a r u c e d o ã ç a z il a e r . s o t u n i m 0 3 a r o ir e p u

(6)

A redefinição da som at ória dos valores que i n d i ca m a ca t e g o r i a a ssi st e n ci a l d o s p a ci e n t e s, assum iu a conform ação m ost rada abaixo

Tabela 2 - Pont uação cor r espondent e às cat egor ias de cuidado definidas por Fugulin et al.( 7), obt idas por

m eio da aplicação do inst r um ent o com plem ent ado com ár eas de cuidado par a av aliação de pacient es port adores de feridas. São Paulo, SP, 2006

CONCLUSÃO

A r e a l i z a ç ã o d o e s t u d o p o s s i b i l i t o u a i d en t i f i ca çã o e a p r o p o si çã o d e n o v a s á r ea s d e

c u i d a d o , q u e r e f l e t e m a s c a r a c t e r ís t i c a s d o s pacient es port adores de feridas, com plem ent ando o inst rum ent o de classificação de pacient es de Fugulin et al.( 7).

Essa p r o p o st a p o ssi b i l i t a a a p l i ca çã o d o i n st r u m e n t o a u m g r u p o m a i s d i v e r si f i ca d o d e p aci en t es, p or acr escen t ar asp ect o r el ev an t e d a assist ência, com o a quest ão dos curat ivos.

O f o co n ã o é t e st a r o u m o n i t o r a r a confiabilidade ou validade do instrum ento( 7), m as sim

com plem ent á- lo e cont ribuir de algum a form a para a r e v e r sã o d o ce n á r i o a t u a l , p r i n ci p a l m e n t e d a s unidades cirúrgicas, no que se refere à disponibilidade de inst r um ent os de classificação de pacient es que co n t em p l em a s ca r a ct er íst i ca s d e su a cl i en t el a . Pr et en d e- se, em i n v est i g açõ es f u t u r as, t est ar o instrum ento e aplicá- lo enquanto ferram enta gerencial capaz de subsidiar o dim ensionam ent o e a alocação de recursos hum anos nessas unidades.

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Recebido em : 2.8.2006 Aprovado em : 9.4.2007

o d a d i u c e d a i r o g e t a

C Pontuação

o v i s n e t n i o d a d i u

C Acimade34 o

v i s n e t n i-i m e s o d a d i u

C 29-34

a i c n ê d n e p e d a tl a o d a d i u

C 23-28

o ir á i d e m r e t n i o d a d i u

C 18-22

o m i n í m o d a d i u

Referências

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