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Comportamento de ajuda entre os "bóias-frias": um estudo exploratório

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Academic year: 2017

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(1)

FUNDAÇÃO .GETOLIO

vARGAs

セ@

.

. INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUpaS E PESQ.uISJ?S PSICOSSQctAIS

'CENTRO DE posセ ZNgrapuaᅦᅢo@ EM PSICOLOGIA

COMPORTAMENTO "DE AJUDA ENTRE OS ttBÓIF-.s-FRIJS": UM

ESTUDO· eZxploratorセo@

VESNA lLANA HAMBURGER

'FGV/ISOP

IOPGP

(2)

I

FUNDAÇÃO GETOLLO .VARGAS

INSTITUTO supセrior@ DE ESTUDOS E PESQUISAS PSICOSSOCIAIS

. \,.

CENTRO DE pOS- GRADUAÇÃO EM PS ICOLOGIA __

COMPORTAMENTO DE AJUDA ENTRE OS "BOlAS-FRIAS": UM . ESTUDO EXPLORAroRIO

por

. Vesna Tlana Hamburger

Dissertação submetida como requisito parcial para

obtenção do gr.au de

MESTRE EM PSICOLOGIA

(3)

A meus pais , que me possibilitaram

(4)

"O homem disse que tinha de ir embora - antes queria me ensinar uma coisa muito importante:

Você quer conhecer o segredo de ser um menlno feliz ーセ@

ra o resto da sua vida? - Quero - respondi .

O segredo se resumia em três palavras, que ele pronun-ciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus o lhos:

- Pense nos outros.

Na hora achei esse segredo melO sem ァイ。￧。セ@ Só bem malS tarde vim a entender o conselho que tantas vezes na vida deixei de cumprir . Mas que sempre deu certo quando me lembrei de seguí- lo, fazendo-me feliz como um menino" .

(5)
(6)
(7)
(8)
(9)

íNDICE DE FIGURAS

J;igura :página

1

-

gセ£ヲゥ」ッ@ Comparativo das Situações de Ajuda Relata

-das nas Tabelas 9, 12, 15 e 18

. .

.

.

.

. .

.

.

.

.

.

.

.

. . .

.

84 '

2

-

Gráfico Comparativo das Situações c.e Ajuda Relata

-das nas Tabelas 21 e 25

.'

...

96

(10)
(11)
(12)

RE SUMO

Esta pes<;Iuisa visou levantar as manifestações do compor-tamento de ajuda entre "bói as- fri as " através de seu próprio re a to , com o objetivo de analisar as implicações deste comportamen t o para sua organização social enquanto um grupo específico .

Foram entrevistados 47 sujei tos, de ambos os sexos, no seu local de trabalho .

O instrumento utilizado foi uma entrevista estruturada construída pela autora desta pesquisa , composta de 26 questões.Es tas questões buscaram levantar frequência, razões e situaçoes de ajudai solicitada ou espontânea, do entrevistado em relação aos colegas e de seus colegas em relação a e le mesmo, no trabalho e fora dele .

Observou-se que quando perguntados se prestam e recebem ajuda, houve um grande índice de respostas afirmativas e quando soli ci tados a relatar as si tuações ocor:ddas ,0 índi ce de respos-tas diminuiu consideravelmente . Foram discutidas as possíveis ra-zõe s para a ocorrência de tal fat o.

A análise das situações de ajuda narradas serviu para a compreensão de como a estrutura do trabalho volante determina as formas que assumem as relações de ajuda entre os "bóias-frias" e o quanto estas relações I por sua vez, influenci am a estruturação

(13)

SUMl'1.ARY

The obje.ctive of this research wa s to collect manifes-tations of heIping behavior among "bóias -f rias " by mean s of エセ・ゥイ@

own report, wi th the objecti ve of analysing the impIications of such behavior on their social organization whiIe a specific group .

Fourty-seven subjects of both sexes were interviewed in their work pIace .

The ins trurnent used was a s truct ured inte rview deve -Iopped by this study researcher, consisting of 26 ques-tions . The purpose of these quesques-tions was to obtain frequenci e s, reasons and helping situations, begged or spontaneous , reported by the interviewer in reIation to his mates and vice-versa , both inside and outside their work pIace .

It was observed that when inquired wether they give or re cei ve any he Ip, . there was a hi gh index of affi rmati ve responses and when they were invited to report them , the index of such res ponse s suffered a remarkabIe decrease o It was discussed the ーッウウセ@

bIe reasons for the occurrence of such an event o

The analysis of the heIping situ ations reported served to a better understanding about how the free -I ance job structure determines the configurations of heIping reIations amon g "bói as -frias" and how much these rela cions, in turn, infIuence the so-ci aI reIations of these ""?-orkers o.

(14)

cNセ■ tulo@ I - O PROBLEMA

1 . Introdução

Há séculos , filósofos, educadores, etc., vem discutindo

e propondo seus pontos de vista em relação à natureza humana nos

aspectos que se referem ao homem ser basicamente egoísta ou não .

A vida em grupo sempre foi a modalidade que caracterizou

as etapas do desenvolvimento dos homens , desde a pré-história,

a-té a sociedade na qual atualmente vivemos no mundo ocidental . E a

pergunta que sempre orientou estudiosos foi : será que o homem

co-opera, ajuda seu semelhante com o fim de, em última análise,

aju-dar-se a si mesmo, garantir sua própria sobrevi vência?

Para Schopenhauer por exemplo

"O

nosso primeiro · p ensame nto

é

sempre saber se tal

ho-mem nos pode ser útil para alguma coisa . Se nos não pode servir, não tem já valor algum .. . O egoísmo, por nature-za não tem limites: o homem só tem um desejo absoluto conservar a existência, eximir-se a qualqueT dor, a qual

quer priv.ação ... Desejaria tanto quanto possível gozar

tudo, possuir tudo; não o podendo, quereria pelo menos dominar tudo: 'Tudo para mim , nada paTa os outTOS' e a sua divisa" (SchopenhaueT p .1 50 - l5l) .

A partir de observações , questionamentos e dúvidas acer

-ca das relações humanas na nossa sociedade; surgiu urna indagação:

-nao seria o homem mais completo e feliz se, nos seus relacionamen

tos interpessoais se colocasse um pouco rrais em disponibilidade

para com os outros, numa atitude de maior preocupação com o

bem-estar dos que com ele convivem?

(15)

2 . tanto altamente competitiva, onàe são valorizados padrões de 」セュ ᆳ

portamento que tragam aos ウセェ・ゥエッウ@ o reconhecimento, pela socieda

de, de suas capacidades intelectuais e financeiras , e o

de um .G :ta:tlL6 social cada vez lEais invej ável .

alcance

Ora, e também notório que em sociedade existem os sub

-grupos dos quais o ィッセ・ュ@ comum faz parte no seu dia-a-dia : o

gru-po de trabalho, o familiar, o recreativo, o religioso, etc.

Então, sendo o homem um ser que necessariamenLe semore

está, de uma forma ou de outra, vinculado a um 9rupo, depara-se

com uma profunda dicotomia: de um lado, a valorização da indivi

dualidade no sistema em que vive; do outro lado, a tendência emi

-nentemente socializadora dos indivíduos, que caracteriza este ュ・ セ@

mo sistema. Essa dicotomia leva então a uma outra questão, tal vez

ainda mais importante : ente mundo "socializado" é so mente fruto

da necessidade egoísta que um ser humano tem do outro para

sobre-viver? Quando as pessoas se ajudam , estarão elas frequentemente

sendo egoisticamente motivadas? E a questão se finaliza com a

se-guinte indagação: pOde-se incluir também na natureza humana incli

nações de legítima preocupação para com o bem-estar do outro, sem

preocupação com o própri o bem-estar?

Acreditando pessoalmente na possibilidade de uma respos

-ta afirmativa à esta última questão , e que procurou-se

encontrarna literatura psicológica a19UID esclarecimento, e este foi encon

-trado no estudo ào comportamento altruísta . O altruísmo

revelou-se um campo de estudo não explorado por psicólo90S brasileiros,um

pouco mais pelos norte-americanos, certame nte refletindo a ideolo

(16)

3.

"Embora as normas セlェ@ ca s de nossas religiões Tadic iü -nais Tes_altem a im-por-â,'1cia do altTuÍsmo e ela

ウゥ、・t。￧セッN@ o forte ゥセ。ゥカゥ、オ。 ャェウュッ@ de nossa cu} ura de a mãnifestação desse compor amento" (HofÍlnan, p.105).

con-

impc-19 i8.

Alguns aúto re s, tais corno """enn a (1980) e Be rkOitli tz (1970) ,

denominam esta cl asse de CD. ッイセ」ュ・ョ エッ@ como altruísmo ou comporta

mento de ajuda , indiscri rninadamerH:e. Ele está inserido no

univer-so de cqmport amentos apontados pela literatura corno ーイ￳Mウッセゥ。ゥウN@

o

term o pró-social, de acordo com Branco e Mettel (198 4), desig:-,a

atos e atitudes cuj a s consequências, a nível social, apresentam セ@

ma conotação positiva, de aproximação e colaboração entre os indi

víduos , de auxílio e solidariedade .

Para caracterizar Qm comportamento corno altruísta, assim

corno qualquer outro comportament o pró-social, é preciso que ele

seja voluntário, empreendido sem a expectativa de recompensas

ex-ternas e tenha corno principal objetivo promover o berrt-estar de

outra pessoa . Todas as pesquisas que se encontrou sobre o assunto

são do tipo e'>-''Perimental, onde o controle de variáveis e da

pro-pria situação permite, em parte , a garantia da existência das con

diçõe s citadas acima. Ainda assim, contudo, podem permanecer as

di ficuldades de natureza metodológica que este comportamento

im-plica , devido a inacessibilidade e mpírica inerente ao caráter sub

jetivo de construt os corno vontade pessoal, expectativa e in ten

-ção . セ@ preciso le mb rar que em situações não experimentais, no

am-biente natural, as pes soas para ajudar ーイ・」ゥウイオセ@ perceber que c ou

tro necessita de ajudai portanto, elas podem ser solicitadas a

a-judar , e pessoalmente, acredita-se que este fato não invalida a

(17)

-a pesso-a n-ao tenh-a sido co-a-a' d.-a -a -ajud-ar 01l tenha pedido

alo'.1:--garantia de gratificação. Fera disso, o aspecto intencional e in

dubitavelmente inacessível ao 」ッョエイッャ・ セ@

Escolheq-se para sujeitos desta pesquisa de 」。セーッ@ a pOFu

lação "bóia-fria", e optou-se por eS"-udar as rela;ões de aju':a ・セ@

tre eles a partir de seu próprio relato . Por não se ter

encontra-do nenhuma pesquisa de campo sobre o assunto na população alvo ou

em qualque r outra, considerou-se este um estudo exploratório.

o

interesse em es tudar "bói as - frias " surgi u da vi vência ,

pelo períOdo de dois anos, em ャャゥセ。@ regiao caracterizada pelas ゥュ・セ@

sas e bonit as plantações de café , e do contraste verificado entre

a riqueza dos plantadores de café (os fazendeiros) e a pobreza dos

colhedores de café (os "bóias-frias").

Na revisao de li teratura a respei to de "bóias - frias" en

controu-se alguns indícios esclarecedores deste contraste

verifi-cado . são trahalhadores que a partir das mudanças introduzidas no

campo nas três últi mas décadas, mudaram sua condição anterior de

donos de sua ーイッ、セ￧ ̄ッ@ para assalariados temporários , enfrentando

com is to p rob lemas de toda ordem . A par des tas mudanças, existe

urna outra de c rucial importância : a construção de urna identidade

socia 1 enquant o "bóias-frias".

Sendo assim, objetivou-s e a realização deste estudo na

tentativa de esclarecer como o comportamento de ajuda está contri

buindo para as interações sociais deste grupo no caminho da

(18)

- - - -- - - -- - - ---

-2 . Formul ação do P rob ::'er;,a

Pensando-se na relação que pode existir entre as forrnu2a ções teóricas a respeito de um 。ウウオセエッ@ e a forma que elas assumem em um segDento ・ウセ・Mゥヲゥ」ッ@ da ーッーオ⦅。￧セッL@ no c a so o

de ajuda ou altruís mo e urr grupo de trabalt adores vClla:1te s na ;:.-griculturar perguntou-se quais seriam as fOr1::a5 específicas qL2

tal comportamento ass uTTle nes te grupo .

3 . Importância e Objetivo do Estudo

A dominação da acumulação capitalista no campo sobre as populações rurais desprivilegiadas gerour entre outros

subprodu-tos r O trabalho do "bóia-fria" I que tem como característica

prin-cipal ser mão-de-obra assalariadar temporáriô. e geralmente

priva-da dos direitos estabelecidos pela legislação trabalhista:.

As caracterís ticas sociológica s dessa classe trabalhado-r a fotrabalhado-ram ptrabalhado-rofun damen te analisados na tese de doutotrabalhado-ramento em S0-ciologia de Maria Conceição D'Incaor "O "bóia-fria": acumulação E

mis ériall (1983) . E a descrição desse trabalhador e suas 」ッョ、ゥ￧PGセs@

de trabalho estão assim resumidas :

"A designação "bóia-fria", dada ao volante, decorre das condi ç6es mais frequentes em que se realiza o seu traba-lho . Contratado para desempenha r tarefas em pequenos in-tervalos de tempo, o volante não pode se fixar no local onde trabalha . Via de regra, viaja diariamente pé-l.Ta aque le loca 1, le Tan do uma pequen a maTmi t a ou ca 1 de irão, com o alimento que lhe servirá de almoço. À faJta de instala ç6es para o seu devido 。アオ・」ゥュ・ョエッセ@ a comicia ' € ingeri da

fria ... Mas a principal característica desta categoria

de trabalhador não

é,

oDviamente, a refeição ingerlaa

fria, e sim a fOTlDa pela qual se realiza a sua contrata-ç ão . O "bói a - fri a"

é

contratado na ra de s emrenh a r dete rmi nada tarefa, num curto espaço de' tempo ' e sem qualqll\?r ョセ@

(19)

1 98 3 , p . 109 - 110) .

No Mu n icípio de Al;enas , cidade do su l de Mina s Ger2.is, o nde se de u a co leta de dados do presente t ra::,c h o, os JT!cses de

,

mai o a ou tub ro , mai s ou menos, se 」。イ。」エ・イセセ。ュ@ __セ。@ co:heita

cc

」。 ヲ セL@ um do s ー⦅ッセオエッウ@ mais exoloLados ス・セ。@ agricu セセイ。@ セ。@ イ・セゥ。PN@

É então, nes t a epoca d e colhei ta, que ocor re u inc!êT ié r;to no c:..r: tigente . de " bói as - fri a s " , devido a enorme deTIland3 de forca ÕE

balho , e u m co nsequente aUIllénto do preço pelo seu trabê.:!.hc . セ@ !J:,r t anto a o po r t unidade q ue eles têm de ganhar "um dinheiro a mais", inc lus ive para garantir a sobrevivência na eventu a l ヲ。ャセR@ de

trê.-ba lho d u r ant e a ent ressafra .

A fo r ma de pagamen o e feita pela produção indi vi dual: durante a jornada de trabalho eles colhem o cafê e o colocam セイ@ sacos de estopa, e n o fina l do dia o f i s ca l coloca o prod ut o ne " balaio" ou " latão" e entrega ao traba l hador um vale c om a アオ。ョエセ@

dade de lit r os e o p r eço c orresponde n t e , que é rece b i do n o final da sema n a .

Há n a cid a de de Alfenas um Sindi cat o dos Trabalhadores Rur a i s, q u e ê fil ia do ã FETAEM G (Federação d o s Trabal.adore s na

Agricultura de Minas Gerais) , e seus encarregado s têm se empenha -do na divul gaçã o -dos d i reito s l e gai s -do tr ab alha-do r volante entre seus ass ociado s . O Si n dic a to p r omo e reun ioe s com o objetivo ce divulgar a s e xplorações mai s c omuns a que estão sujoei tos os "bó ias- frias " , por parte c.o empregador : o prec;o pa<]o por li tro êe

c afê; uso d o b a l ai o ao inv ês do l a tão (o balai o estica com o peso do produ t o) i o tr ab alho n ã o registrado em carteira; o meio de

(20)

7.

Possui também um advoga do par a defencer causas エイ。「。ャィゥセ@

tas , e o Jnesmo declarou que apes ar de estar aumentando o U:"'JE:ro

de trabalhadores que procuraw resolver questões desta ョ。エオイ・セ。ャョ。@

maioria das vezes não consegue levar as ações empreendidas até o

seu devido termo devico ao fato dos "bóias-frias" acabarem or

fazer "acordos" com os respecti.vos empregadores . Pressionados e

-la falta de dinheiro, pe-la lentidão com que caminha o processo no

judiciário, incompatível com as necessidades mais pre mente s do

trabalhador , os "bóias-frias " terminam por fazer esses "acordo s",

mesmo tendo consciência de que. es tão sen do les ados nos seus direi

tos .

Enfim, o Sindicato tem tentado disseminar uma maior cons

cientização dos direitos dos traba lhadores, bem como a uniao da

classe para que possam resolver seus problemas .

Agora, vejamos alguns fatores que dificultam, na prát.:h.

ca , a união dos "bóias- frias", segundo D' Incao :

"No caso específico do "bóia - fria", a concentração dos trabalhadores

é

bastante dificultada peJa própria natlre za intermit ente do seu trabalho . Eles só 'se concentrai nos períodos de colheita ... se dispersam para trabalhar "aqui e ali", nos demais períodos do ano . Este fato apa -rece também ao nível do seu discurso . Eles se definem co mo grupo referindo-se

à

sua expectativa de melhores

con-、ゥ￧セ・ウ@ de vida, mas não a condicionam ョオョg。ᄋセ@ sua

pro-pria ação: "A ウゥエオ。￧ ̄ッ ⦅ ュ・Qィセイ。カ。@ se o ァッカ・セョッ@ desse um pedaço de terra para nos. Nos melhoramos so se o gOl"erno ajudar. Mas o governo não quer aj udar . nセッ@ 、セ@ terra nem emprego para nós .. . Sozinhos não se pode fazer nada" .Não há dúvida que lhes falta a consciência da própria força"

(D'Incao, 1983, p . 138).

ÃO- analisar certos movimentos dos "bóias-frias" em luta

(21)

イMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM MMMMMMセMMM MMMM

..

8 .

variáve l determinante no de ser.cadeamento do conflito ・ューイ・ァ。、ッM・セ@

pregador a concentração do s エ イR 「。セセ。、ッイ・ウ@ e a consciência de que,

unidos , エ・イ ゥ イオセ@ a força para lutar .

" Isto mostra que a sujeição dos "bóias-frias", ao traba-lh o destituído dos direitos leaais,

é

devida princiual -mente

ã

dispersão

i

que se

yセ・セ@

condenados. pela

ーイセー

イ ゥ。@

na t u r e z a do seu t ra b a Ih o " ( D I I n c a o, 1 98 3, p . 14 3) .

Um outro obstáculo à uniao dos "bóias - frias" é a c o nco

-r ên ci a pelo t-rabalho. A esse -respeito , de aco-rco com D'Incao os

trab alhadore s

" preoc upado s com a garantla de trabalh o, no s períodos em que não há colheita, assumem os valore s do empregado r e compet e m c om o s próprio s companhei ros . Isto se revel a , c on t udo, apenas no discurs o daqueles que possuem melho -r es condições pa-ra enf-renta-r a 」ッョ」ッイイセョ」ゥ。@ com os dema is: os demais moços e de melhor saúde . Valorizam a figu -ra do " fiscal" em detrimento da do s companheiros e se promo ve m como bons trabalhadores , razão pela qua l não

lhes fal ta trabalho" (D 1 Inca o, 198 3 , p . 14 3) .

No enta n t o , segungo a autor a, es s a concorrência desapare

ce nos casos em q ue a uniao dos trabalhadore s é necessária ao

su-c e sso dos mov i mentos empreendidos su-contra seus empregadores .

Dentro da perspectiva soci ológ i ca enfo c ada por D'Incao ,

as possibilida de s de muàança de s ta si tuação c.os "bóias - frias ", re

sumidamente aqui exposta , é as s i m an alis a da :

" Não obstante toda s esta s dif i c u ldades ou obstáculos _ a um nível mais elevado de consciência da plLa.XÁ.-!l ou a UJl1a p rá ti c a mais operante p or parte do "bóia - fria" no senti do da mudança d o .óta.tu.15 qu.o, esse trabalhador aparece s empre c omo um elemento suscet í ve l de influªncias, que ーッセ@ saro t r adu z i r -se na c onquis ta de uma situaçao de vidamais estáve l. A precarjedade crescente de suas condições de

vida, conscientizada na permanente insatisfação com a

(22)

-9.

ficado, da impossibilidade de real ização de SlJa perspec-tiva de futuro, constjtuem o ponto crucial cana: de mobi lizar a sua 。￧セッ N@ Constituem DOltanto, o limiie ossí eI da consciência do grupo . .. A セッ「ゥ ャゥ コ。￧ ̄ ッ@ de sua ação de -pende, por tant o, mai s diretamente da 。￧セッ@ organizada de

grupos exterio re s a eles - um sindicato ou um partido po lí tic o - que possam manipular a sua permanente busca de uma vida' melhor, 。エy。カセウ@ da apresentação de valores cue possam vir ao encontro dela ... Condenado a vivenciar o mais ín fimo nadrão de vida, ele vê o seu trahalho como u ma solução p;'ovisória, como uma tentativa ele ir s obrevi=-vendo, enquanto não lhe セ@ dada a oportunidade de um tra

-bal ho fixo na cidade ou um pedaço de terra para culti v a r" (D' I n c ao, 198 3, p. 14 3, 144 e 146) .

Foi pensando na existência de uma perspecti va psicológi -ca que pudesse fornecer subsíõios para uma TIlaior compreensao dos fatore s que possibilitari am a uni ao entre o s "bóias - fria s" para as desejadas mudanças explicitada s pela análise sociológic a, e que objetivou- se a realização deste trabalho . Assim e que se pensou que a existência de tendências altruístas entre este s traba -lhadore s seri.a um dos fatore s que possibili tariam a emergência de uma atitude mais global de efetivação dessas mudanças.

4. Definição de Te rmos

- Altruísmo ou Comportamento de Ajud a

Se r á entendido aqui como sendo um tipo de comportamento que denota consi deração pelos de.mai s, preocupação pelo bem-es ta r dos outros, aj uda espontânea para d ificuld ades alheias, busca de compatibilização entre os próprios interesses e os dos outros .

- Egoísmo

(23)

10.

exces si vo ao bem próprio, sem consideração aos interesses

a-lheios ; amor exclusivo e excessi o de si iITpli ande na ウセ「ッイ、ゥョ。M

-çao do interesse de outrem ao seu próprio" .

- "Bóia- Fria"

Termo popular usado pC.ra designar a não-de-ob r a vol a:-: :'e

na agric u l t u r a .

5. Limitação do Estudo

No presente estudo, levou-se em conta apenas se os ウオェ・セ@

tos apresenta m o comportamento de ajuda entre si , e quai s sao e

-les, não t e ndo s i do estudadas as variávei s individuai s e situacio

(24)

CAPITULO 11 - A cィfセセセer@ ZAÇÃO DE UM UNIVERSO :

"OS BOlAS-FRIAS"

1 . Corno Surgiu o "f,ója-Fria"

Quais seriam os fatores causais que historicamente ae-,

terminaram o surgimento da cçtegoria do trabalhador "bóia-:: ria " ou

volan te, n a nossa agricultura? Para melhor compreensão deste 」。セM

ti gente de t r a balhadores, faz-se necessária urna análise das condi

ç õe s e str ut urals que tornaram possível sua existência sob a forma

de assalariad o s temporários .

Para Gonzales e Bastos (1982)., o fenômeno do trabalho vo

l an te no Br as i l pod e ser explicado , principalmente , em função do

processo de c a p i t a l ização da agricultura . A expansão do capital à

agropecuária b ra sil eir a a partir da década de 6 0 (o c rédito rural,

os incentivos fi s c ai s), forneceu novas condiçõe s materiais de ーイセ@

dução e se con sti t u iu COY.IO base para uma produção em es c ala

social onde o cap i ta l perdeu todos os v í n c ulos com a produção indi

-vid ual ou famil i ar. Com est e proces so, a produção mercantil

sim-pIes foi substi t uíd a pel a produção merca n t il capitali s ta regida

pe l a lei do lu cr o.

" Este processo de capitalização da agricultura implica . por um lado, no aumento d o volume do capi tal nas } .. ãos dos empresirios agrfcolas e , por outro lado, leva ã substi-t uiç ã o de ansubsti-tigas relações de substi-trabalho (parceria, coJon! to, p equen os proprietirio s semiassalariados) , o que a -carr e ta em consequência, uma liberação de mã o - de - obrades po j ada dos セ・ゥッウ@ de ーイッ、オ￧セッ@ ... O trabalho カッャ。ョエ・L」ッュセ@

(25)

2.

que permite aos e mpJeSarlOs agrícolas yalori=arem seu

capital mais efica:mente, nas condições dadas áO p r oces-so 、セ@ produção agrJcola do País. A parceria, o colonato e ate mesmo o tra a ho assalariado peTJT:anente tornam-se formas antieconômicas d- ante das no'\'as condi cões mate-riais, institucionais e legais da produção. fiaí a エ・ョ、セセ@

cia a se}'em subs+itu:Ídas pelas relações de trabalho voli=u-:. te " (Gol1-zales e BasTos _ 1982, p _ 48 e 49).

Esta e , em linhas gerais, tam..1::>ém a explicação Íornecica Po r D' incao ( 1984), que credita ao desenvolvi'mento da agrjcu tura

capitalísta a produção e a reprodução desses trabalhadores.

"1:

fato sabido que o desenvolvimento do modo de. produção c apitalista em qualquer sociedade se faz acompanhado de acentuado movimento migrat6rio do campo para a cidade.Es se processo, conhecido como êxodo rural , resulta do ーイ￳セ@ prio desenvolvimento da agricultura capitalista . A ョ・」・セ@ sidade da utilização da terra para a produç,ão de ュ・イ」。、セ@

ri as , produtos agrl colas comercializáveis, decorrentes dos processos 、セ@ industTiali2ação e オイ「イュゥコ。セ ̄ッ@ e da coセ@ sequente ele"\'acao da demanda de produtos aOTlcolas, leIa

os proprietárlos da terra a substituirem as antigas

forma s de pequena produção pela produção comercial. 'es sas circuns!âncias, a população camponesa, pequenos ーイセ@

du t ore s agrlcolas, tende a ser e:x.--propriada da terra em q ue trabalha .

São p equenos proprietários, colono s , parceiros,rendeiro s e posseiTos, que se vêem dolorosamente sub s tituídos pelo t ra t o r, pela semeadeira ou pe la colhedeira , associados ao traba l hador assalariado, mais econômic o e vantajoso para os interesses das novas forma s de e:x.--ploração da terra . Imensos c'ontigentes de populaçã o deslocando - se do campo p ara a cidade, destituídos de qualquer meio de produção e r eduzido s

à

condicão de ofert an tes de força de traba -lho para os ウ・エッイ・ウセオイ「。ョッMゥョ 、 オ ウ エイゥ。ゥウセ@ que "se desenvo l-vem simultaneamente com a ag ricul tura . O conhecido pro -cesso de eÀ--propriação do home m do campo que acompanha s empre o desenvolviment o do mo do de produção capitalis -ta" (D ' Incao, 1984, P . 15 -16) .

(26)

1 :

_-' o

esta autora, estrutu::-a as condiç-õe s de surgimento do "bóia-fria".

Que também, como Gonzales e Bastos, acredita que

"o caráter ·empc.rário do trabalho r.a agriculTura t nde não s6 a persiSTir, como a se acentua r, uma vez que cs própri05 empresários ru ais, em seus cálculos oporacio -nais, percebem que

mais vantajoso utili3ar o bóia-fria do que a máquLJa . Mais \antajo50 exatamenTe DOTque esse trabalhador, pela posição que ocupa no mercad6 de tTaba -lho, dispõe de baixa capacidade de barganha na -enda de sua força de trabalho e, via de regra, aceita trabalhar por qualquer preço e em quaisquer condições" (D'Incao 1984, p.21) .

Para Silva (1982), o volante é o produto do processo de

separação do trabalhador rural dos seus meios de produção, ・ウー・」セ@

almente d a terra . E a separação do produtor direto da terra

obri-ga- o a vender - a ún ica mercadoria de que continua proprietár io

a sua força de trabalho - pa=-a continuar vivo . Dessa forma, tor

na se um assalari ado . E esse processo, segundo o autor, e coinci

-dindo com o argumento dos Qutore s Ja vistos, deve-se ao

desenvol-vimento capitalista na agricultura .

2 . A Natureza do Trabalho do "Bóia -Fria "

Dadas as condições estruturai s que condicionam a existén

cia de mai s de 3 milhões de "bóias frias" em todo o país, segue

-se um quadro , retratado por GonzQles e Bastos (1982), da s condi

ções que continu am reforçando a perpetuqção desta categoria .

o

regime àe trabQlho volante, dada a forma de pagamento

da força de trabalho (por tarefa, e nao por tempo de trabalho), e

os vínculo s de in stabilidade que o acompanham,oferece aos ・ュー]M・ウセ@

(27)

,

,

_-o

tagens diferenc iais sobre as demais イョッ、。ャャ、。セ・ウ@ de reIa:5es de

tr abalho , sej am assaI ari asas ou sem:' -3 ssa lê;r iae as. .l,.l g'.lmas ←ゥ・ョエセM・@

as principais カ。セエセァ・ョウ@ advindas do uSJ,pelos empresãrios

agrico-las capitalistas, do sistem3 ¢ N セ@ trabalho volante, são as secr'.l2.r..

-tes :

a) A fiscaliz ação o trabalho no イ・アゥセ・@ de tarefa por ・セーイ・ゥセ。↑。@

torna-se bastante reduzjda e, consequentemente, os 」オウセッウ@ da

produção diminuem. A 2TIip.:-esa fiscaliza, dire"Camente, a アオ。ャゥ」セ@

de do trabalho que deve 。ャ」。ョ￧セイ@ um grau rnêdio para que se o

pague . A qualidade e intensidade dotrabalho são controlados ーセ@

la pr6pria forma de salário . Deste modo, o sistema de trabalho

por tarefa se converte numa fonte riquíssima de deduções de sa

lário e fraude de toda espécie .

b) Este sis tema implica, também, na inte!Jsi:::icação do tra.balflO. O

trabalhador tem o máximo interesse pessoal em executar as エ。イセ@

fas o mais rápido possível para receber o valor corresponden

-te . Isto permi-te ao empres ário elevar o grau normal de in-tensi

dade do trabalho. Além do m'ais , é conveniente e necessãrio,

para o tparabalhador, prolongar a jornada de tparabalho a :::im de au

-mentar o salário, mesmo que para isto multiplique,quando possi

vel , seus próprios braços com os da mulher e filhos menores.Is

t o ocorre com muita frequência já que, ao medir-lhe a tarefa ,

toma-se em conta uma ィセ「ゥャゥ、。、・@ acima da média.

c) O Estatuto do Trabalhador Rural Jl20 considera o trabalho volan

te em regime de tarefas por empreitada como uma forD2 de ・ューZZZMセ@

go assalariado. Conforme a Lei, a relação de ・セーイ・ァッ@ rural

(28)

15.

e p ermanência (ETR I 6?). CC:i;-'O o trabalho dos voléL-::es e 0-'3.

go por tarefa, eles sao, - ?'Jr isso, form- イョ・セエセ@ 」ッョセゥV・イ。、」ウ@ co

mo emprei teiros c::;u tê::-omos . Deixõ-se a2 」ojNウセ@ d Erar q--12 a :=-orm2.

de remuneraçao do trabalho 。ウウセセ。イセM、ッ@ ( ar tempo ou Dor orodu

to) nâo altera a セ。エオイ・コ。@ do trabalho 。ウウFャ。セセセU」⦅@ eUセ・@

imp l ica , .para uma grande parcela CGS エイ。セ。Zセ。。セ]・ウ@ rurS_E ao

País, a ausência de direi tos uni versalmente rE:'coLJeciãos t CO;ÍlO

s e j a..'fl : s alário mínimo , fér i as E:' cescanso serr,anal rc:luner ado. G

o s e mpresários ficam liberados dos ・ョ」。イPセウ@ セイ。セセセゥウ@

tas, o que lhe s faculta , consequentemente, maiores rendas .

d) A não r e si dência dos trabalhadores volantes nas fQzendas , além

de descartar algumas teias legais que poderiam envolver encar

-gos t rabalhistas, ー・イュゥセ・@ セッウ@ eillpresários ・」ッョッセゥコ。イ@ area, le

-n h a, águ a, frutas, etc . , que represe-ntam despesas.

Este sistema d e trabalho , além do mais, propicia a interposi

çâo d e intermedi á rio s, geralmente chamados de "gato" ou " tur

-meiro " , entre o empresário capita l ista e os trabalhadore s. O ganho dos ゥ ョエ・イュ・、ゥセイゥッ ウ@ provem dos pr6prios salários dos tra

balh adores, isto é, decorre da diferença entre o preço pago pe

-lo empresár i o à força de trabalho materializadana tarefa e a

セ ー。イエ・@ dess e mesmo preço recebida pelo -trabalhador .

O quadro acima , traçado por Gonzales e Bastos (1982, p .

41 e 42 ) , demonstra de forma inequívoca porque, da 6tica do ・ューイセ@

sári o, est a categoria de trabalhador foi facilmente incorpcrada e

(29)

'';: _ v •

3 . A Orqanização dos "Bói2..:;-?rias 11

Um Breve Bis-tórico

Os Sindicatos cos T r2.b3 ]J-;a dores RG..:-ais são yilJculaüc.:; 2.S

Feôerações Estaduais dos T:r-abalhaC::o'2s La Ag2.:"icültu:::-a, G"Ue Dor sua vez s a o filiados à CONTA':; Con:ede:ração Naciúnal dos Trãoa -l.1-)adores na Agricultura - c'..lja cri cçao data de 1963.

A estrutura sindical, de acordo com D'Incao (1984), ten-d e a homogenei zar as di fe rentes ::ormas de re _ações sociais de ーイセ@

d uç ão e xi s tentes no meio rural , isto é , das diferen-tes categorias de trabalha d o re s rurais . O indicador mais significativo dessa エ・セ@

dênc ia homogeneizadora da estruLura sindical está na for ,a pe_a qua l e f eito o enquadramento dos trabalhadores rurais nos sincica tos . Di f erente do que ocorre no sindicalismo urbano , esse enqua -dr ame n to não s e faz por categoria de trabalhadores, Iras agrega num me smo sindic ato, desde pequenos proprietários até trabalhado-r es assalatrabalhado-ri ados tempotrabalhado-rátrabalhado-rios, passando pelas difetrabalhado-rente s categorias d e p equen o s produtore s sem terra e de assalariados permanen -t e s o

(30)

-dicam formas específicas de atuaça o para as diferentes cate;orias

de セイ。「。ャィ。、ッイ・ウ@ ru=ais. セ・@ acordo com essas 、ゥイ・」イゥコセウL@ pe:a pr!

meira vez diri gem-s e es" ecificaITiente aos trabalhadores 。ウウ。セRイゥ。 M

o s temporários através da lroposta do "di.ssídio coletivo" :

H que o セセッ|MゥtゥjeMBZM⦅QNNP@ S:indical de tyS「。ャスQZセZZotMGs@ ZrNセセセHスゥU@ :'n

t e n s i f j que a 5 u a a t.l1 a ç

ã

o, .!H C TIl o \' é D li o aITl p J :l.;] ・Lセ@ t e Hセゥ@ 5 5 í :i i

os

coletivos que 」ッョゥ・ョセ。ュ@ c1 5usulas qu e reprp_en:em, al€rn de melhorias salariais, outro s beneficio s セ。セ。@ os traba -l hadores Turais 。セウ。ャ。jNMゥZ、ッU@ tem orários" rp.l:O) .

A p r opos ta·do dis sídio coletivo traduz-se, na ーイ。エャc。Op セ@

la "contratação coletiva" que se faz anualmente entre o Sindicato

Patronal e o Si ndicato dos Trabalhadore s. ESses contrato s colet

i-vos tratam em SUas cláusul as do controle de produção , tabela de

preços do trabalho a ser produzido, transporte , registro em car

-teira de traba lho, jornada regular , descanso remunerado, etc ., o

que denota a total falta de garantias legais a que vem sendo

sub-metida essa população .

o

cumprimento dessa s c láusulas deve ser "fiscalizado"por

um delegado si ndi cal. Para tal, em cada propriedade rural, um dos

trabalhadores deve ser o elo de ligação entre osindicato e os em

-pregados para que seja observado se está havendo o 」オ ュセイゥュ・ョエ ッ@ o u

não das cláusulas celebradas no contrato coletivo.

Mas, na realidade, 。ャセュ@ de serem poucos os trabalhadores

sindizaliz ados, o que na prátic a dificulta a di-rul<;ação das base s

da contratação coletiva, são também poucos os trabalhadores sindi

calizados que se propoem ウ・イセャ@ delegado s, devido às constantes ー・セ@

seguiç6es de que são vítimas por ー。イセ・@ dos patr6es. セ@ verdade que

(31)

1 S.

contratos coletivos, :ííl=:S es-:'a e demais 」ャセオウオャ。ウ@ sao raramenL= C'cr,

pridas pelos patr5es .

Portanto, セエセ@ o ョッセ」セエッ L@ o s sゥョXゥセ。エgウ@ estãn ccntin:amen

-L e c

que se tem notado i.OS úl tinos セid|G@ iment ')s s...:evi st2 s :1Ja se i::: ades ce

Uberaba (MG) e rェ「・セイ¬」@ pイ・セッ@ (SP) ,por Rク・セーャッL@ em 1984, oセセs@ ss sindicato s tive ram um papel deci si vo na def lôsr ação e enC'2...1:r:ha _ ment o do movimento dos "bóias-frias" d a cana de açúcar .

Em aャヲ・セ。ウ@ HセNェgI@ ocorreu unta para] isação d o s "bóias - rri2s" do café, também em 1984 , conduzida sob a liderança dos Sin dicatos de Alfenas e Campos Gerais e pela FETAEJl1G, que realizaram rel: -ni6es com esses エイ。セ。ャィ￴、ッイ・ウ@ analisando suas reivind"caç6es e a melhor conduta a ser adotada . A paralisação por dois dias de 1 . 200 trabalhadores garantiu o atendimento dessas reivindicaçõe s .

Além dos S indicato s, uma outra entidade se preocupa com o destino dos "bóias -fr ias ": a Comissão Pastoral da Terra , orgao da Igreja . A atuação da C . P.T. hoje se dá pela organizaçao de grupos de estudos, com a utilização de recursos audiovisuai s, de modo a ajudar na formação de u ma consciência de que os trabalhad o re s devem se organizar e pression ar os Sindicatos para que ex re s sem seus interesses .

De acordo com Sgrecia (1985), assessor da C . F.T .

liA partir de a "aliaçõe s de minha s expe riéncias anterio -res ェオョセッ@ セ@ f・、・イ。￧セッL@ a gent e optou porformas de_luta que facilitassem o encaminhamento das reinvidi-açoes セッウ@

(32)

ャセN@

Passo5 . J-02- en:ao elshcyadoUTi. n.é-::(Ida

ce

ᄋt。「。セスェq@ [me 1::r.i surtido eie.i-co5 」MSエセUGヲSエᅮtQPsL@ Pcn:d "l(IS qce io セ@ アャh⦅Gセᆳ

tão gi:-a-,,'a é'J. Torno gLセ@ セRRM←j@ Cf' M]M_Qゥ」Z[}Zャセ￧UZZMウ@ e 、セ@ f'to ic

as foymas

ce

lUT.a :-erem colocadas de C1::""la paTa bai 'O,5liil

a p a r -: i c j C éi C 8" o d o セ⦅ZN@ ::. b::; 111 -;)Y n e s s e p r : c. e .5 5 o e TI a e 1 ;'! b o l' :::

-ção de p::.-ê.põstas . .Para Tílinin.i::.aT :ais efeitos, o méto}o ccnsiste e8 ol-gani:aT os tr<..baH.adorcsill gcupos de ・ウセZNNZ ᆳ do , ー。iセゥ ョ、ッ@ セ・@ qLe::ões concretas e locais . セエイセカセウ@ de um tr:::.bal ho ヲoセiZMセZM£Zヲゥ」cG ⦅@ NイセcHィZZNGZGBGtAH[s@ um jョ。 セ・ケゥセMャ@ C:'le ':15

.,. - ., .- 1 \. 1"1 .... -1 va comI セQG。イ@ 2.S cunOlço::s ae ... J.GB aos エtSゥI←ッNjiZSQLZッセᄋ・S@ e ャZセM L@

b ur g u c 51 a _ () c. a 1. _!.. 1 1-é; \ e s C a

r: i

s ;: u50 : ã o de.:-5 t' :n;. -::. e:' ié :, : s

t y a b a 1 h a d o T e s ;: as:; a r セ@.. in a d i s c cl t i r T:l a i s c 1 é. T Z ]'12 n t e a , c

-cessidade de encarninlJéJinent.o das Telvindica:ões que {as-sam alterar esse quadro , A CFI produziu セュ。@ 」。tZゥャセ。@ so-b r e a h i 5 t

ó

r i a d o TIl o Y ir. e Yl t o 3 in': i c a 1, ti. TI t o L C B::.:c. ::; i 1 c o

mo na EUTOra, e ・セU・@ rra-::Eyial エ。ョ「セューSウUPオ@ a ser ッ「セ@ LC

de ¢ゥウ」オセウ ̄ッB@ Hsセイ・」ゥ。L@ 1985, p.27) .

Ha s, na realidade, de acordo com AbraIílova..< (1979), os assalariados volante s, na sua maioria, ・ウセ ̄ッ@ fora dos sindicatos

,

.

e distantes - das comunidades de base da Igreja , não apresentando r

aparentemente, nenhuma forma de ッイウ。ョゥコ。￧セッ@ estâvel ou perrnanen -t e .

A Busca d e urna Identidade

P ar a h.brarnovay (1979) I a IT,iséria absoluta err que vive o

"bóia-fria" não se explica pelo fato de ele ser um trõ.balhac.or as solariadq , nem tampouco pela natureza volante de seu trabalilo, mas sim pela sua quase completa desorganização no plano da luta rei -vindicatór i a, Ma s isto também não quer dizer que eles não tenham condiçõe s d e se organizar e reagir diante do atual estado em que vivem . A questão da união e orcani zacão dos "bó:; as-fria::: 11 ta.l:'': ém

J >

é d esta c ada por DI Incao (1983) coセャo@ fator determinênte para a

me-lhoria de s ua condiç;o de vida .

(33)

:'0 ..

de que é a pró?ria ッイァ。dセコ ̄￧ ̄ッ@ 、・セエ。@ C ... ãsse de 1:.': a !:·a - .., セイャᅰ@ - セッセ@

-

c-S , e

a s desej ada s mu" anças . Ou sej a, o ".rc:,l.:::.r; i:. e õe:i..x3.r de ser um 。セ@ s↑ZNセ。@

riado e se transÍormar ::lum equenc 」RNtQ_oョセU@ Jlão "03 o esse::"1c":"al 1':0

セッュ・ョエッ@ ma s sl'm - luLa セッイ@ セッャ@ セイイM」@ MセイセGセ」 MMセ@ c'p |ᄋ⦅ᄋ」セ」NMN@ p cセeZ@ エセセセR@

li ' , . Cl L 1:-' ". __ ... jセ@ セMG@ ,-",_·.1_ ... ·= ,\o.;:' - セ@ - •

riado . Todas as grandes mudanças cesejaàas pe os カPZイャセセ・sL@ 」ッセッ@ ê:.

イ・ヲッイュセ@ agrâr ia por exemplo , ウ￳Nカゥイセッ@ depois di5s2 .

:t; uma questão , portanto , de adquirir uma "i óent .

a

::tCE: so -cial" enquanto trabaU:aàore.s volantes assalariados. r; interessan te o depoimento de hセャゥッ@ I eves , dirigente sindical em são Paulo :

"Um outro ponto que goslaria de .salientaT diz respeito セウ@ dificuldad es qllE os sindica·o: セ・@ セ ̄ッ@ Paulo enfren -tam para ampliar a consciência do trabalhadoT rural, do chamado b6ia-íTia . Esse tipo d エイ。「。ャィセ、ッイN@ do qual eu sou um deles, imaginou sempTe a melhoria da s condiç5es de vida pela mudança de profissão . A gente .sempre consi derava que iria trabalhar uma ou duas safras até obter um emprego numa ュ・エ。ャセイァゥ」。Lョオュ。@ indGstria, no coméTcio na ci dade . Essa visão do trabalhador dificultava muit o que ele se assumisse como peTtencendo a urna classe. Con tudo, os trabalhadoTes começaram a peTceber que as opor tunidades de trabalho na cidade nã o mais existem : que as condiç5 es de vida na cidade não são melhores do que aquelas que eles enfrentam na ir ea rural . O fato de um t rabalhador iT para a cidade mas 56 encontrar seTviço na foça ajudou muito a ele perceber essa ilusão,que a força da propaganda contribuiu para fOTmar, no momento em que os usineiros expulsaram os tT abalhadore s das proprl edades e plantavam c ana por toda paTte . Considero então i mportante ressaltar que essa mobili:.açao dos Traball1a -dOTes revelou esse fato novo : a consciêncja de que ele pert ence a uma classe, ue não tem como sair dessa situ ação e que, portanto, de 'e lutaT para me.lhorá -Ia" (apud AbTamol"aye. Pacheco . 1985, "0 . 4).

E ainda, no dizer de um trabalhador presente a uma reu -nião de canavi eiros na região de rゥ「・ゥセ ̄ッ@ Preto :

" a nossa luta

é

essa mesma , para melhora r salário, para

(34)

melhorar as COJlúlç:c,es de TWlsporte , o cam:'r:hão, :p2Ta ;::2

lhorar isso ou aquilo _ "\:as a grande luta

é

póra

qlJ8uY;:-tudo isso que ・ウエセ@ ai e fa2er com que n6s sejaoJs cs nos

50S pr6prios 。エイセ・ウ ⦅@ aァッセ。 N@

nós

ョセッ@ temes uLid3de no

no"so TIleio para fa:.er com c:.'P isso ocorra _ \'ós

;Jre':lS3.-mos b Tigar por 15'SO, Da medid3 em que rigaIDos ")O!" ZイNッセウッ@

ウ。ャ£イ セッ L@ poroue é a jOnTe geradora e nossa orga;1l:açao .

Hoie ::rlÓS. estcJllos acui TJ"L:JllQ.·1. ... po àe 300 trabal12so .. 'es e

estamos

、・」ゥセセZl」Qッ@

q,-e a

úniCél

sfJJàa parâ n:s

é

a

ᄋ⦅・セセ。@

Quando a ge. セャ・@ ti,,-::. r SOQ, 7CO e Rセウゥjョ@ s'J.::e:s:' - GZBセt@ .. te

ou ando t C1Jc'-':O]-"r." J '-sI.- セオセMNNNZ@ u ., イイャセャBBBイセー」@ _ .. NエHNNNLBLセ ⦅ L@ 0':.0 ,-. セャB@ J o l .. ィ。ャヲNG。イZ」セッBウ@ .. J J _ ' - _ v ...1.=. .. _ -Jo o

Brasil, então Y"1J'JOS enfr711:ar uma luta paTa アu」セAjセSイ@ l:2Ga

essa estrutuTa . ]'"ÓS t8JTlOS que continuar ャQjZN。aャャセッ@ }-e12s

coisas i mediata s, mas não peTde r de vis+a que q J?JtOO ti

-o veTmos todo:: reunidos, temn5 que lutar p;:;Ta ro-;,'.:.r CDm

tudo isso" (Apud l\.braboyay e Faclleco. 1985, 1' . .1'1 ,

Portanto, a organizaçao dos "bóias-fri a s" enquant o urna classe social com características específica s e com rei vindi ca-ções também especí fi cas, passa necessariamen te pela aquisiçao

ce

uma iden ti dade s o :::ial an-tes de qU2.1q ue r outra cois a, e a sua org5 nizaçao por sua ve z e qUE vai possibilitar a e s ta classe a

(35)

CJ..P 1TLli,O 111 - RE\'ISÃO DE LITER;'TUHA

1. A d・ヲゥョゥ￧セッN、・ N aャセイセゥウュッ@

Segundo セ Z。」。オャ。ケ@ e Berko'",i::z (l9"70) e;.-:i2te.r.

c:=" \

oõ:..:""sos pro

blemas de 、・ヲゥョゥ￧セッ@ solre altruist.o qUE ainda ・sエセイ@ por ser re solvidos .

"Para DarJey e Latané a questão realmente pe5.fluisâ'\el

é

"o que determina,em urna ceTta situação, que a pe_soa ajude ou não a lm.a outra elP aflição"?" Por implicação es ta definição: qualquer comportamento que beneficie al= gugm necessitado, a despeito dos motivos daquele que aju da, é altruístico" (:'lacaulay-e Berkowitz, 1970, p.2).

De acordo com aイoセᅪャ・・、@

"O alTruísmo é um componente disposicional (nao uma for-ma específica) do comportamento, que

é

controlado pela antecipação de suas 」ッョウ・アオセョ」ゥ。ウ@ para um outro indiví -duo ... a empatia é essencial para o altruísmo . A menos que o agente reaj a empati camente as dei xas sociais . que comunicam a ・クー・イゥセョ」ゥ。@ de um outro (ou セ@ representação cognit iva da experiência de outrem), o comporTamento não poderi ·ser chamado de altruístico . .. O agente deve expe-renciar prazer ・ュー ̄セゥ」ッ@ ou vicãrio, ou um alivio de ten

-são, como resultado de proceder de tal maneira que tem consequências para outrem " (apud セ。」。オャ。ケ@ e Berkowitz, 1970, p.2) .

Para Macaulay e Eerkowitz , Aronfreed faz uma valiosa 」ッセ@

tribuição ao questionar o -·mprego demasiadamente amplo da. palavra altruisrno, pois muitos ュッエゥカセウ@ diferentes ;:Joõem imnelir -

.

UITI

.

indiví

duo n beneficiar oU"t.ro, C0ill por e:>.emplo ; o comportamento de

(36)

NMM MMMMMMMMMセセMMセMMMMMMMM⦅ N ⦅MMMMMMM M

-llianeira ou de ᄋッセセイ。N@

Laton é é 、・ュ。ウゥRNc[↑ZNェ[ウ⦅Nセ・@ :1'='1. aI 1 S:,0uan_o (:1.18 2. .::_ ;:'.rünfreed e

mui-pe l a ・クー・ イ ゥ・ョ」ゥ。￧セq@ e:-:1pa-:lca

-

..

dÇl _.l_;.+ __

-Sd '-_::>_ ::.çao ou neces.3ic.a:Je ce O"C.

-trem.

"Preferimos definir o altruísmo de maneira mais geTal , como sendo um comportament o levado a cabo para benefi -ciar outros, sem a antecipação de recompensa s vinda s de fontes exte na:::" uᄋャ。M」。オセ。ケ@ e Berkoi.\ritz, 1970 , p . 3) .

De q ualquer maneira, pode-se observar qu e n a definiç ão d a d a ac i ma, fica difícil assegurar, em qualquer estudo, que um de t ermi nado a 'co se '-::DG:aixa Desta definição de aI tl:"uísmo (a nao ser q u e se dimi nua a possibilidade de que os sujeitos estejam preven -do recompens a s atravé s de vários controles experimentais)

Pode - se então concluir que , se a definição de altruísmo for muito amp la, como querem Darley e Latané ,corre - se o r:'sco de a maioria d o s autores provavelmente não concordarem que sejam re -almente "altruístas" determinaã.os cOJ7lportamentos . No entanto , em u ma de f inição que limite ffiais a abrangênci a d o エセイュッ L@ encontra- se enormes difi culdades em apontar o comportamento que seja puramen

-.. a ltr u ís ta . Porém, parece que a tendência mais aceita entre os autore s que estudalll·a auestão é a de julgar. con o aI tr'..l2:stas os

a

(37)

]セ N@

Kurt :"e'din ::C5) I

-OL= __ 0 23 セZ」セウセセ@ セセセセS@

o r fatores sociais. fセセ。@ ele, ァイセセ、・@ _セZセ・@ 62 ョウセZセウ@ セウ」・Rウセェ。M

de s s a o influenciadas, como イ・ウオャセ。、ッ@ de se ー・イセ・セ」・イ@ a v3rios

pequeno s e ァイ。セ、ウウ@ アイオYセウ@ sociais . セウ@ ョ・」・ウウゥセセセ・ウ@

tada s tambêm pela ideologia e ccnduta daqueles gru?rs 20S qUáis

go starí amo s ou não de pertencer . Um dos casos em que as nece2sida

d es se referem a relações sociais

é

çuando a ação de um ゥョ、セカ■、uo@

pode ser r ealizada para o benefício de alguém, como um ato altru

-... ,

ls"Ca .

Para Lewin

" a e_colha al truísta ou a q,oísta podem ser consid r adas como o resultado d2 intensidade relativa das for -. ça s que atuam nas diferentes regiões do espaço de vida e

da potência das várIas situações" (Le",'in, 1965, p.327) .

Em dado セッュ・ョエッL@ 、オセウ@ pessoas podem estar en ・ョィ。セ。ウ@ em

alc a nçar um mesmo objetivo relativo às suas necessidades, e a si

tuação permite que somente uma pessoa o obtenha . Neste caso , de

. r.::or do com Lewin

" a e:coJna altruísta ou egoísta depende da ゥョエ・ョウゥ、セ@

d e r e] a t i v a c1 e セ@ s a s d U 2 S f o T ç as" C L E:

,,'i

n, l 9 6 5.

r.:-::

7) .

Essas duas Iorças sao, イ・ウー・」セセカ。ュ・ョエ・L@ a necessidade e

o empenh o das duas pessoas em alcançar o objetivo .

(38)

sâo induzidas ... Ile}n '- セセLョM':J- -1:{ '-" C"' -_ ... c

e que vao determinar o 」Zュ_ッイエ。イセセセッ@ 。セエイlイRエ。@ ou ・。Pセsセセ@ do セオ M jeito .

"Pod emo s 。ヲェャュセZゥt@ de ; odo ュ。セ ウ@ geral que a cu:;':ura 1":.<.1 qua l

uma criança cr esce Hfeta dイ。エゥ」セセ・イエ・@ 」セ、。@ セ・セセZセᄋ」ゥ。、」@ F todo se ' - U (\.,...f";":) .... A;'., ... - ... "' .... T"" ... r , _ - ... - "";-"r· ::

」イtjQー⦅BlM。ᅪャ|NNイNセッ@ セ@ Li",e o fJ.Ol-<-,."" da .:"'., __ t.._c. .. 。セ@ l:

um dos 'r'ais ゥョイーッイセ。ャャZG・ウ@ na pSIcologia co. ctZセZZQセ¬LᄋイM c,-'lJ. .

19 6-, ー ⦅ セIRZ[I ⦅@

o

ponto de :;t?bb a respejto está

assim colocado:

"Exis te UT1'a tTadi·;ao ce se int-::Jypreta r toda motin'l.ção do homem corno egoista , e de ョセ」@ se consid rar a ァ・ョ・イッセゥ、RM

de como narre da naturc:a do ィ」セ・ュN@ セ。ウ@ sim como algo im posto ーッセ@ meio de イ・」ッュー・セウ。ウ@ e fオョゥ￧セ・ Z@ e rran tido セ。@ イョセ@ turidade por pressã o social . Supõe - se que o adulto

&

ge -neroso - quando

&

seneroso - somente devIdo ao ィセ「ゥエッ@ ou para ser r9comrensado pela aprovação social e evitar pu -nição em fo rma de reprovação por seu egofsmo .

E

dificil rebater diret ame nte essa proposição, em virtude da 。ーイ・セ@

diz agem variada da criança na sociedade . Mas existem ーイセ@

vas em co·ntr áTio no comportamento do animal" (apud !lenna, 1980, p . 173 - 174) .

Pode-se no ta r que e.sses dois autores colocar:. o .3 ?cto

das inÍluenci as sociais de uma maneira um pouco diferente, lOI S

enquant6 Lewin fala que a socied ade induz grande parte de nossas

necessidades, Hebb enfatiza a セョ。 ウ@ o papel restr itivo das rela

-ções sociais quanto ao altTuismo .

Dando continuidade a アオ・ウエセッ@ d o comportamento social hu

-mano ser basiamente egoísta ou não , encontrou-se subsídios par a

(39)

, , 11 5 ;:; セ@ i 1-j _ é. 6:-.s Cu Io paTa ,i1r s::é.

e m s e 1; 5 -;J ( S t :15' •

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agi r e m U !"l S pe los o J-t. __ 15 ?

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-egolS1:a, e ... tᄋセ@ - : セMGN]Z@ S dO o e

-goísmo, e q e e o セ@-。セ」セ@ セR@- es

homens ao círcul o õe ati,-iê.aCe イN]NNLZL セ MZZZイッ」。 N@ 1'a C c.da um sセ@

t.orna de p endente do outro: en: セGIZ@ :?c."::-2 s::,t:s'::aZe.r SDê'.5 ーイ」IヲjセGZ@

-

. éS

necessidades, c ad a um se enLo_t.-.;: l'a Jecessidade de t.rabalhar セj。 M

ra o u tros . E mai s ainda : é c é セNM :orne q;Je estabe'E:ce 2

d a lei, o respei"Co dos CO:1 t r aI:. CJ2 " r

o::.

MMセ@ õu ,co •

セ@ I c

gofsmo , que se protege セ 。@ autodest.ruição .

T ambém.;: este respei i-C f tO screveu Schopenhauer

" O Er+",.u'o . ::- L n ・ᄋZM」Nセ@ :- セ@ oG|NLセ。GMャB⦅MャᄋtBGャZZャ@ :. - " •• d',O E' ::-0_ セ@ :; -'j o セ@.... -" n L e 1 セ@ en .... L. e e Ta

-」ゥッ」ゥセS、セN@ esse :c:21 jセ@ t-dos 0S セァョ セ Z[tios@ ゥョ、セカセ、セ。ゥUN@

c ol ocou C5 」Nセ_B・ゥM」ウ@ CE' 0'1(2 1L11 Tié..:S mã"s Ge um "'[I(,Jer inll

n i t a'nente sャ[GAIョZAGセッZイ@ ac !:.lcJéT do ind..i..yJJuo . e Clie o ObTic:-ã

a Tespeit8Y és 、ゥス・ェエッ セGZ@ dos 01]tY05 .

f

cssiJ. cQZセ@ são ャ。ョセ ça 3 0s- n a SO:11bra o egoísmo de s medi.do de Hャャj[sセ@ todo s . a mald ade de muitos _ a fe'oci ade de セᄋ、N￧BョZMZ@ é. su;eic30 TI (.n

tem-n os 。」ッイt・ョエ。セ」 セ N@ Hセ。Zイ@ 1'(".5u=:,,,, U:í.é セ[@ aTênCl2. e." ァHェョNF←ゥNセ@

(40)

-.. S o::CéS QCJ s€:r GZMNエQQセ。イ」@ seS----:;IT

é só isso ? pイッカ。カ・ Zョ・セ@

:2

a êa soc: eoa

te pessimista .

E a argmrentaça':> OLJe J..sch fornece contra a tese eg':Jcen

-tri sta, possibilita U'Ti3 ::raior c'::)er::ura para se CeS'3i,VO_Ver uma

tentati v a de demonstrar ser o altruísmo um 」」GイイLセッョ・ZZスエ・@ ;Jcssível e l egí ti mo de ser express o nas atitude s humanas .

"Uma sociedade const)'ulda a partir do cõmputo da vanta -ge m pessoal estaria em constante perigo de colapso, a c a da tensão ou crise, qUâl1do seus átomos individuai s se di spersassem a fim de procurar sua própria segurança .

:t

difícil saher como seria イャ・ セウ■|G・ャ@ uma cond'cão de equilí b r io social. se a orien::ac8o de cada um f055e cal' tão pouco qU2nt.o p055ível. e セクZZM。ゥイ@ c máximo po_sível. A q uestão decisivá numa sociedade (ou 5eus s11bgrupos) e . o

g rau de crescimenTo de inteTes:-e autêrl1:ico e preocupação pelos outres, que sua organização pe."TI'ite, e o grau em que coloca seus J"embroc. numa relação de hostilidade . f ・セ@ te aspecto que falta セ@ tese egocentrista . quando descre -ve o equi l íbrio obtido peja sociedade como uma limi taç"Po mútu a, difícil e 。ョエ。_￴ョゥ」。 セ@ de cada um por todos:qu and o r e duz ao padrão de relações no mercado de neg6cios todo s i n a 1 de sol 1. d a r i e d a de " (.l\ s ch : 19 72, p . 2 7 O) .

-Para este autor , as teorias Íreudiana, do instinto e comportamentista , ao tentarem explicar o interesse social , chegam a resultados que são essencialmente semelhantes .

"T odos os pontos de vista concordam quanto

à

base egocên tri ca das relacõ s sociais .. . Há.nessas teoTia s , uma

ne-=-gação da ー」セウゥVゥ⦅ゥ、。、・@ rsico16gica de 。ヲ・ゥ￧セッ@ peJos ou-t ros, que não seja afeição por nós ュ・ウセッウZ@ negação de セセ@ t eresse pelo grupo qJe não esconda um interesse por nos me smos" (Asch, 1972. p . 285) .

(41)

t ral i zados no ッオセイッ@ e セイッR・ウウ。、」ウ@ S8ffi qualquer ァ。M。ョセャ。@ 6e ァイ。セセ M

f i c a ç ã o ex tel-na, e ゥZューッイセ。ャャエB・@ a perspectiva

tivações sociai s. Para ele, as ュッエゥカ。￧セ・ウ@ sociais セ。ッ@

-

sao sec'Jndá

r ias , e a f i rma oue o conceit o de nec'=!s::-id.=..ses ce::-i'.'é.:as é l::lade -quado pois novas e :'mportantes necessi dac.1es pe>dem surgir, sem es -tar a serviço de interesses e necessidades anteriores .

" atribuir sempre os no\'os desénvol"imentos a condi -çõ e s anteriores,

é

obscurece r o que

é

mais significativo no pr oces s o hi_t6rico . Iss o condu z a uma p s icolog ia de digres s io, c u j a sabedori a con s i ste e m a f i rma r que uma coisa não

é

o que

é;

que o inte r ess e cien tí f i co

é

apenas uma s ublimação de impuls os primitivos, o patriotismo a -pen a s um res í duo de fixaçõe s infanti s, o i n teresse so -cial apenas uma e:>--pressão de egocentrismo. Po r mai s im -por tante que seja o pas ado , nio podemo s esquecer que,ao

lid a r com o ambiente, surgem novas atiyidades que cri am no v os interesses e intuiçoes " (Asch, 1972 . p . 294-295)

Assim sen do , par a Asch , a s motivações sociais rião s a o mo

-tivações secundár i as , mas s i m prim á rias, originais e autônomas .

3 . A Relação en tre Altruí smo e In t e r nal ização de Normas Sociai s

Alguns au tore s rela ci onam o aparecimento do comportarnen-to altruísta c omo re sultado da i n t ern a l i zação de normas sociai s .

Schwar:tz (1970), oferece uma análise dos fatore s que , ィ セ@

(42)

ra outro s .

o

outro f ato r essencial no altruísmo , e a atr ibuição

outro . As normas entra.m neste mod'310 teó:::- ico , logo a ssim q u e O

a-gente s e torna consci ent e de q u e seu compor tamento tem c on s e q u

§n-cias para outros; norma s altru í sticas S&O a s regra s socia.i s c,e

e spe c i ficam qu ando a pessoa se deve atribui r responsabil idade pE::

-lo que acontece com um outro . Nisto エ。ュセ ←ュ@ en t ram f2 t ores situa

-cionais -e de personalidau e = c on sciên c ia das consequ ênci a s , atri

buição da responsabilidade e interv eniência de no r mas int e rnaliza

d a s, são mais características de a l guma s pessoas ao que de outras,

Hoff ma n HQセWXI@ sugere que o altru í smo é um do s produto s .

finais do "desenvolvimento moral ", Um dos modo s d.e explicar · a

consciênc ia ュセイ。ャL@ segundo Baldwin (1980) , é de que ela é o re

-sultado da identificação , e inclu i a aquisição do s padrõe s morai s

da cultura , a resistê nci a a tentação para sua transgressa o , a ー・ セ@

turbação emoc ional e o sentimento de culpa quando d.a prática de

transgressões e a condena ção de pessoas que desobedecem tai s pa

-drões . As sim s endo , é qu e para Hoffman , sendo o altru í smo um c

om-portamento es pontâneo e motivado internamente , s ó pode aparecer

depois de i nteriorizado s os pàdrõe s nlorais Q.o grupo a que um ind

i-víduo pertence .

4. Uma Teoria sobre o Desenvolvimento da Motlvação Altru í sta

Hoffman (1975) elaborou uma teoria demonstrando como os

s ere s human os podem ter urna predisposição de se ・ウエイオエオイ。イ・ュ L」イ ・ セ@

cerem e ·se for marem para um comportamento tipicame nte altruísta ,

Imagem

GRÁFICO  COI&#34;1PARATIVC  セ}l@

Referências

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