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N!! 146 ... BMMMセM⦅N@
A CONTROVÉRSIA nonetarisセイa@ NO RErUSl!'ÉRIO t:O!.(TE
Fernando de hッQ。ョセ。@ Barbosa
1989
-.-A CONTROVÉRSIl\ MONET-.-ARISTl\. NO Hm.uSFÉRIO NORTE
Fernanuo de Holanda Barbosa*
1. Introdução
2. A cッョエイッカセイウゥ。@ sobre as Elasticidades das Curvas IS e LM
3. A Controvérsia sobre a Relação de Trocas entre Desemprego e Inflação no Longo Prazo: A Curva de Phillips.
4. A Controvérsia sobre os Mecanismos de Transmissão da Poli-tica Monetária
5. Dinâmica e Equilíbrio Macroeconômico com Expectativas Adap-tativas: O Modelo Keynesiano P6s-Friedman
6. A Restrição Orçamentária do Governo e a Dinâmica das Polí-ticas Monetária e Fiscal
7. Conclusão
*
Apêndice
Bibliografia
Notas de Rodapé
Professor da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas
..
A CONTROVÉRSIA HONETARISTA NO HEMISFÉRIO NORTE
FeJ1.I1ando de Holanda BMboMC.*
1. Introdução
A controvérsia monetarista no hemisfério norte se
de-senvolveu nas décadas dos 50 e dos 60, e no começo da década
dos 701 . Esta controvérsia tinha por trâs, como pano de fundo,
um grande conteúdo ideológico: o セ。ー・ャ@ do governo na política
de estabilização. A Revolução provocada pela Teoria Geral de
Keynes, possivelmente o livro de economia mais importante do
século XX, atribuiu ao セウエ。、ッ@ uma ゥューッイエセョ」ゥ。@ fundamental na
administração dos ciclos econômicos das economias capitalistas
modernas. Contra este papel se insurgiram os economistas
de-nominados de monetaristas, liderados por Milton Friedman.
Este trabalho não tem como objetivo examinar as
ques-t6es ideológicas envolvidas neste debate. Ele tem como escopo
descrever e analisar as questões técnicas da controvérsia,
pro-curando ressaltar o avanço cientifico que resultou do intenso
debate travado entre os monetaristas e os economistas
conside-rados keynesianos.
Este trabalho limita-se a tratar da controvérsia cara
uma economia fechada, que não transaciona com outros países, e
não analisa os desenvolvimentos que ocorreram com a introduç50
-*
Professor da EE'col;J de Pós-Graduação em Economia da Fuml:lção Getúlio V:11")',.-15e do Departamento de Engenharia de Produçâo O:l Universidade Federal
.2.
da hipótese de expectativas racionais na macroeconomia. Ele está
organizado do seguinte modo: a Seção 2 cuida da controvérsia
so-bre as elasticidades das curvas 1S e LM; a Seção 3 trata da
con-trovérsia sobre a relação de trocas entre desemprego G inflação no longo prazo; a seção 4 analisa a controvérsia sobre os
meca-nismos de transmissão da politica monetária; a Seção 5 apresenta
a dinâmica e o equilibrio macroeconômico com expectativas
adapta-tivas num modelo keynesiano pós-Friedman; a Seção 6 cuida da
res-trição orçamentária do governo e da dinâmica das politicas
mone-tária e fiscal num contexto em que esta restrição tem de ser
obrigatoriamente satisfeita; a Seção 7 apresenta urna breve
con-clusão.
No trabalho nao há preocupação de documentar a origem
de todas as idéias, e a bibliografia não inclui todas as obras
que seriam catalogadas como imprescindiveis num estudo histórico
da controvérsia. Devo mencionar, também, que usei em algumas
se-ções, trechos parciais de trabalhos que escrevi sobre assuntos
,
.3.
2. A cッョエイッカセイウゥ。@ Sobre as Elasticidades das Curvas IS e LM
A controvérsia entre monelaristas e fiscalistas no
he-セゥウヲ←イゥッ@ norte teve a sua primeira refrega na disputa quanto
aos valores das elasticidades das curvas IS e LM. Para que se
compreenda os pontos que estavam sendo discutidos 'comecemos
por uma breve recapitulação dos 'fundamentos destas duas 」オイカセN@
A curva IS representa as combinaç6es de taxa de juros
e nivel de renda que equilibra o mercado de bens e serviços.
Este equilibrio ocorre quando o produto é igual ao dispêndio
agregado (consumo + investimento + gastos do governo). Isto é:
No lado direito desta equação o consumo c depende da
renda disponivel, igual a renda セ@ deduzida do total de
impos-tos t; o investimento i e a taxa de juros
E
variam emsenti-dos contrários, de acordo com a função investimento i(r); e セ@
セ@ セ@ 2
e o nlvel de gastos do governo .
Na Figura I a curva IS mostra os valores de y e de r
que equilibram o mercado de bens e serviços. Quando a taxa de
juros diminui, o nivel de investimentos aumenta, e, 」ッョウ・アセ・ョM
temente o produto real da economia 」イ・ウ」・セ@ Dai a curva IS ser
negativamente inclinada.
A quantidade real demandada de moeda depende do nível
de renda real e da taxa de juros, que é o custo de
oportuniJa-de oportuniJa-de reter moeda ao inv6s oportuniJa-de outro ativo financeiro (ne::; t ('
modelo simplificado da economia representado por titulos). A
"
.4 .
r M
y Figura 1. As Curvas 18 e LM
nivel de renda real e em sentido 」ッョエイセイゥッ@ ã taxa de juros.
A quantidade nominal demandada de moeda é proporcional ao
vel de preços, pois, o que interessa ãqueles que ret6m moeda
e o poder de compra da mesma, em termos de bens e serviços, e
nao o valor nominal do estoque de moeda que possuem em seus
portfolios. Isto é:
L
y
> Ô L < Or
Admita-se que a quantidade nominal ofertada de moeda e
; .
fixada exogenamente pelas autoridades ュッョ・エセイゥ。ウL@ ou seja:
o
equilibrio no mercado ュッョ・エセイゥッ@ ocorre quando aI
.5 .
-Substituindo-se as equaçoes de demanda e de oferta
nes-ta condição de equilíbrio, obtém-se a equação da curva LM:
M :
p. L(y,r)A Figura 1 mostra a curva LM traçada para uma da.da
quantidade nominal セ・@ moeda (M) e para um dado nível de preços
(P). Quando a taxa de juros sobe, o nível de renda real que
equilibra o mercádo ュッョ・エ£セゥッ@ aumenta, pois a elevação da taxa
de juros diminui a quantidade real demandada de moeda e,
conse-qüentemente, um aumento de renda
é
necessário paraCOffi?enSares-ta queda na quantidade demandada. 」セ■L@ a curva LM ser
positi-vamente inclinada.
Agora vejamos a questão da controvérsia sobre as
.elas-ticidades das curvas IS e LM. Quando a quantidade demandada de
moeda independe da taxa de juros a curva LM
é
vertical. :-Jestecaso a política fiscal é incapaz de influenciar o nível de
ren-da.real, ・ョアオ。ョセッ@ a política monetária deslocando a curva LM e
ex-tremamente potente para afetar a renda real da economia.
r
r o
I r
Este
,
r o I---'I:.-_ _ _ _ _ -.l-_ _ _ _ ..-_ _ _ S
L o
S
a) Teoria 0uantitativa de Moeda
L o
L / . I'
b) O Modelo clássico
Figura 2. As Elasticidades dos Monetaristas
r
.6 .
mesmo fato ocorre quando a elasticidade do investimento com
re-lação
à
taxa de juros é infinita, e a curva IS é horizontal. Estas seriam as duas nossibilidades (reoresentadas na Figura 2)
que favoreceriam os monetaristas.
Quando a elasticidade da quantidade demandada de moeda
e infinita com relacão
à
taxa de juros, a curvaLHé
horizontal;quando. a taxa de juros nao e um 。イアオセ・ョエッ@ na função
investimen-to a curva IS
é
vertical. Neste dbis casos, 、セウ」イゥエッウ@ na Figura3, a Dolitica fiscal é bastante Doderosa nara afetar o nrodtito
real da economia enquanto a Dolítica monetária é incaDaz de
al-terar a renda real. Estas duas hipóteses, se correspondessem a
realidade, anoiariam a Dosicão dos fiscalistas em detrimento dos
!llonetaristas.
L o
Yo
a) Armadilha da Liquidez
IvI o
S
r
y
I
s
Yo
b) Cruz Keynesiana
Figura 3. As Elasticidades dos Fiscali,stas
M o
1
• 7 •
セ@ fácil perceber-se que a 」ッセエイッカ←イウゥ。@ entre as duas
correntes seria dirimida facilmente através de estudos
empíri-cos que estimassem as elasticidades relevantes das curvas 1S e
LM. A evidência empírica que acumulou-se durante as décadas
dos 50 e dos 60 mostrou que a curva LM era positivamente
clinada e que a curva 1S era negativamente inclinada.3 A
in-
con-」ャオウセッL@ portanto, era de que nenhum jオセ@ casos polares resistia
a evidência dos fatos. Os monetaristas não teriam nenhuma
ba-se empírica para continuarem a defender as suas hipóteba-ses. O
próprio Friedman que tinha encontrado urna elasticidade da taxa
de juros da moeda igual a zero num trabalho publicado em 1959,
mas que foi bastante criticado pela metodologia que ele usou,
abandonou esta ーosNゥᅦセo@ posteriormente e curvou-se diante dos
fatos: as elasticidaces relevantes hem eram iguais a zero nem
tampouco seriam infinitas. Segundo Friedman, as potências das
políticas monetária. e fiscal ョセッ@ poderiam ser analisadas
atra-ves dos valores das elasticidades, mas sim pelo exame dos
efei-tos ao longo do tempo dos dois tipos de políticas. A este
.8.
3. A Controvérsia Sobre a Relaçã_o de Trocas Entre Desemprego e
Inflação no Longo Prazo: A Curva de Phillips
Um dos trabalhos mais importantes publicado no
guerra, foi sem dfivida alguma, do economista neozelandªs A. W.
Phillips (1958), que originou a chamada Curva de Phillips.
Es-te autor encontrou, com dados que cobriam um período de quase
100 anos da economia inglesa, através de métodos estatísticos
pouco convencionais, オセ。@ relação bastante estável entre a taxa
de variação dos salários nominais e a taxa de desemprego u.
Es-tas duas taxas estavam relacionadas de acordo com a Curva de
Phillips da Figura 4. Para baixas taxas de desemprego os
sa-lários nominais tendiam a subir イ。ーゥ、。セ・ョエ・L@ enquanto para
ele-vadas taxas de desemprego eles decresceriam, mas a taxas
rela-tivamente pequenas. No ponto em que a curva CP corta o
horizontal os salários nominais seriam estáveis.
C
u
p
.9.
í
Esta regularidade estatistica passou a suscitar um bom
nGmero de estudos em busca de fundamentos teóricos que
justi-ficassem tal イ・ャセ ̄ッL@ pois, em seu artigo Phillips referia-se
de uma maneira vaga às forças da oferta e da procura do
merCà-do de mão-de-obra, sem, contumerCà-do, formalizar rigorosamente as
bases teóricas do seu modelo. Possivelmente, Lipsey(1960) foi
o primeiro economista a suqerir uma moldura teórica
cセイカ。@ de Phillips. Segundo ele, as variaç6es do salãrio
nomi-nal seriam função do excesso de demanda, medido em termos
re-lativos, no mercado de trabalho:
d s .
onde N e N representam, respectivamente, as quantidades
de-mandada e ofertaca de mão-de-obra.
A quantidade demandada de mão-de-obra e igual
ã
somado total de empregados N, mais o número de vagas V existentes:
Nd
=
N + V. Por outro lado, a quantidade ofertada dem50-de-obra NS e igual ao total de pessoas empregadas mais o numero
S
U de desempregados: N
=
N + U. O excesso de demanda de mao--de-obra e, portanto, igual à diferença entre os totais de
va-gas existentes e de desempregados. Em valores relativos, o
excesso de 、・ュ。セ、。@ de mão-de-obra se expressa Dor:
v - u
.10.
desemprego. Para uma dada taxa de vagas v, o excesso de demanda
de ュセッM、・Mッ「イ。@ ・ウエセ@ correlacionado negativamente com a taxa de
desemprego u. Assim, a 」ッュ「ゥョ。セッ@ das duas equações anteriores,
fornece a seguinte relação teórica Dara a curva de Phillips:
, g'< O
A Curva de Phillips costuma, エ。ュ「←セL@ ser apresentada
como uma relação entre a taxa de ゥョヲャ。セッ@ TI e a taxa de desem-prego u. A ウオ「ウエゥエオゥセッ@ da taxa de カ。イゥ。セッ@ do ウ。ャセイゥッ@ nominal
pela taxa de ゥョヲャ。セッL@ pode ser feita a partir de diferentes
en-foques. Um destes enfoques admite que em grande parte das
eco-nomias capitalistas modernas os mercados ウセッ@ do tiDO
01ig090-lista e a ヲッイュ。セッ@ dos preços se 、セ@ segundo uma regra de "rnark-up",
em que determinada margem
é
acrescentada ao custo unitário deprodução. Por simplicidade, suponha-se que o único insumo
uti-lizado no processo produtivo seja a ュセッM、・Mッ「イ。N@
o
custouni-エセイゥッ@ de ーイッ、オセッ@
é,
・ョエセッL@ igual ao total da folha de ウ。ャセイゥッセ@WN, dividido pelo volume de produção Q. Admitindo-se, ainda,que
a margem de lucro seja constante, o que significa dizer que a
、ゥウエイゥ「オゥセッ@ funcional da renda nesta economia hi90tética
6
cs-エセカ・ャL@ a taxa de inflação é igual a diferença entre a taxa de
crescimento dos ウ。ャセイゥッウ@ nominais e a taxa qt de crescimento clél
Drodutividade média de ュセッM、・Mッ「イ。Z@ TI=w-q. Segue-se, então, da
equação de w, que a Curva de Phillips em termos de taxa de
in-flação ウ・イセ@ dada por: TI
=
g(u ) - gA Figura 5 mostra a Curva de Phillips com a taxa de
TI
o
\
\
\
\
u o
c
\.c::::
P
.11.
セ@
lonqo nrazocurto nrazo
\
u
セMM⦅pッ@
Figura 5. Curva de Phillips: Inflação x D2semorego
mesma da Figura 4. A finica diferença entre as duas セ@ a
transla-セッ@ do eixo vertical, igual セ@ taxà de crescimento da
produtivi-dade de ュセッM、・Mッ「イ。N@ Note-se também que, para a taxa de
descm-prego u, a taxa de ゥョヲャ。セッ@
é
igual a zero e a taxa decresci-mento do salário nominal é igual セ@ taxa de crescimento da
produ-tividade de ュセッM、・Mッ「イ。N@
Logo em seguida セ@ Yオ「ャゥ」。セッ@ do artigo de Phillios em
1958, um bom nfimero de economistas passou a salientar o fato de
que a Curva de PhilliDs colocava, do Donto,de vista da oolíticu
econômica, Qm dilema entre inflação e desemryrego. Menores taxas
de ゥョヲャ。セッ@ só seriam obtidas ao custo de maiores taxas de
de-semprego, e vice-versa. Os formuladores da política econômica
teriam de 2soolher UTl1 '0.'):1"::0 da curva baseados em sua função de
uti-lidade, que traduziria as ーイ」ヲ・イセョ」ゥ。ウ@ destes em termos de
1
.12.
(1968) e Phelps (1967), independentemente, desferiram ataques
Com argumentos bastante potentes que acabaram por ferir
mortal-mente a 」ッョ」・ーセッ@ original do dilema da Curva de Phillips.
o
argumento de Friedman é bastante simples. Su;:x:mha-se,por exemplo, que os formuladores da política econômica
lham o ponto A, da Curva de Phillips C P da Figura 5, o o
esco-como
aquela combinação de ゥョヲャ。セッ@ e desemprego, que constituiria o
objetivo a ser atingido pelos instrumentos das políticas
mone-tária e fiscal. Urna vez atingido o ponto A, em que a taxa de
inflação
é
igual a 11 o a taxa de desemprego é uo ' ostrabalh3-dores verificariam que o salário real estava sendo corroído
pela inflação e que os atuais contratos de trabalho nao
esta-riam mais refletilldo as suas aspiraç5es, seja em termos de
re
-muneraçao ou de jornada de trabalho. Os trabalhadores,
atra-vés de negociaç5es coletivas ou individuais, procurariam,
en-tão, recompor os seus salários reais, incluindo um
reajusta.-mento para fazer face a ゥョヲャ。セッN@ Em um sentido mais amplo, a
Curva de Phillips, corno especificada por Phillips, está
incom-pleta e, portanto, é instável por não incoroorar um termo que
reflita a taxa esperada da ゥョヲャ。セッ@ embutida nos contratos de
trabalho. De acordo com Friedman, a Curva de Phillius seria
dada pela expressa0:
e
W
=
a TI + g(u)onde o coeficiente a seria igual â unidade. Na hip6tese de
que os trabalhadores sofram de ゥャオウセッ@ monetária, o coeficiente
com-.13.
pletat ex seria igual a zero.
A taxa de ゥョヲャ。セッ@ nesta nova ヲッイュオャ。セッ@ da Curva de
Phillins passaria, então, a ser dada por:
e
TI
=
ex TI + g(u) -qd・ヲゥョゥョ、ッMセ」@ a taxa u de tal modo que g(;) -q_ seja igual a
zero, expandindo-se g(u) em série de Taylor em torno do ponto
u =u e desprezando-se os エ・イセッウ@ de segunda ordem, a taxa de
inflação da ・アオ。セッ@ anterior transforma-se em:
TI
=
ex TIe - b(u -ü)
b > ONeste modelo, a taxa de ゥョヲャ。セッ@ no curto orazo
resul-ta de dois fatores: da resul-taxa de ゥョヲャ。セッ@ anteciuada TIe e
dosdes-vi os da taxa de desemprego em relação à taxa u que sera
deno-minada de taxa natural.
Para a 、・エ・イュゥョ。セッ@ da taxa de ゥョヲャ。セッ@ no longo Drazo,
quando a taxa de inflação efetiva é igual à taxa esperada, o
valor do coeficiente ex é crucial. Se o coeficiente ex for
in-ferior à unidade, a Curva de Phillips de longo prazo sera dada
por:
TI
=
- - - ( u b1 - ex u)
o
dilema entre ゥョヲャ。セッ@ e desemprego persiste no longoprazo. A イ・ャ。セV@ de trocas entre inflação e desemnrego,no
.14.
de trocas ?assa a ser expressa Dor b/(l-a}, valor este que e
superior a b, pois a<l.
unidade.
Na hipótese friedmaniana, o coeficiente a é igual a e
Neste caso, quando TI for igual a TI ou seja, os
agen-tes econôm1cos anteciparem perfeitamente a taxa de inflação, a
taxa de desemprego u será igual à taxa de desemprego ョ」エqセPQ@
ü.
Conseqüentemente, no longo prazo a política econômica . seria
incapaz de trocar desemprego por inflação, embora isto fosse
possível no curto prazo, período este em que trabalhadores
se-riam surpreendidos com a elevação da taxa de inflação. A taxa
de desemprego natural
ü
seria compatível com qualquer taxa deinflação, restando, portanto, aos formuladores da política
econômica escolher a taxa de inflação, mas não a taxa de
de-semprego.
A apresentação da Curva de Phillips até aqui
privile-giou o mercado de trabalho. Entretanto, é possível chegar-se
aos mesmos resultados através do exame do mercado de bens e
serviços finais. A chamada T.ei de Okun estabelece uma relação
entre a taxa de desemprego e o hiato do produto, que é
defini-do pela diferença entre o logaritmo defini-do produto efetivo
e o logaritmo do produto potencial Yt :
ht
=
v t - YtA Lei de Okun é então dada Dor:
u t -
ü
=
c h tEsta relação nos diz quanto de capacidade ociosa no
mercado de bens e serviços está associado à capacidade ociosa
do mercado de trabalho. Substituindo-se o valor de ut-u da C"
.15.
e
TI t
=
a TIt + f3 h tonde
B =
bc. A taxa de inflação é função da taxa antecipada dain-flação e do nlvel de caoacidade ociosa. O aumento da ca?acidade oci
osa contribui para o arrefecimento do processo inflacionário de
acordo com o coeficiente
B.
Caso este coeficiente seja bastantepe-qpeno, O combate
ã
inflação requer um 。」イセウ」ゥュッ@ substancial naca-pacidade ociosa da economia. Certamente, este tipo de efeito colate
ral não é visto com bons olhos pelos trabalhadores e empresários.
Dal a importância da reversão de expectativas no processo
inflacio-nário, pois mudanças na taxa esoerada de inflação afetam
substanci-.almente a taxa de inflação. sem afetar o nlvel de emprego. O
proble-ma crucial da reversão de expectativas é a inexistência de
instrn-mentos de polltica econômica que possam ser acionados para afetar
a taxa esperada de inflação. O governo pode usar o controle de
pre-ços por curto perlodo de tempo e um pouco de persuasão com esta
fi-nalidade, mas deve estar ciente de que a credibilidade de sua
polI-tica é de vital importância, pois, se as polípolI-ticas monetária e
fis-cal forem inconsistentes com a taxa de inflação programada, a taxa
esperada de inflação continuará seguindo seu próprio curso, alheia
aos apelos do governo para que o setor privado molde o seu
Cbmpor-tamento segundo regras que o próprio governo prefere ignorar4.
A controvérsia sobre a relação de trocas entre desemnre
go e inflação no longo prazo poderia, então, ser resolvida
cmpiri-camente através da estimação da curva de Phillips, testando-se a
hipótese nula de que o parâmetro a era igual a 1 ( H :a o
=
1), como.16.
o ー。イセュ・エイッ@ a era menor do que a unidade (Hl:a < 1), corno
afirma-vam os keynesianos.
A estimação da curva de Phillios na formulação de
Friedman não
é
um assunto tão trivial, pois a taxa de inflação esperada nao e urna variãvel observãvel. No final dos anos 60 e no
inicio da década dos 70 a ・カゥ、セョ」ゥ。@ empirica proveniente de um
bom nGmero de trabalhos, adotando as mais diversas hip6teses アオセセ@
to aos mecanismos de formação de expectativas, começou a mostrar
que Friedman estava correto na sua previsão: no longo セイ。コッ@
ine-S
xiste qualquer relação de trocas entre inflação e 、・ウ・ュセイ・ァッN@ A
hipótese de que a curva de Phillips e vertical no longo prazo aca
bou sendo aceita pelos keynesianos, e os livros textos de
macroe-conomia que surgiram na segunda metade da década dos 70 [veja por
exem?lo, Dornbusch e Fischer (1978), Gordon (1978)] incorooraram
este fato, pois não havia mais o que disputar: a controvérsia
50-bre as propriedades da curva de Phillips no longo nrazo tinha che
·17.
4. A Controvérsia Sobre os セャ・」。ョゥウュッウ@ de Trartsmissão da
Politi--ca Monetária
A teoria quantitativa da moeda na sua versão clássica,
toma como ponto de ?artida a identidade
M. V .- Dy Y
onde M e o estoque de moeda; V, a velocidade-renda da moeda,
6
o nGmero de vezes, Dor unidade de temoo, aue a moeda セ@ usada
nas transações com bens e serviços finais, ou equivalentemente,
com as transações envolvendo os serviços dos fatores de produção
capital, terra e trabalho; p e o indice de preços dos bens e
serviços finais; y セ@ o indice de renda real; e Y セ@ o índice de
renda nominal da economia.
Admi tindo-se CTUe a velocidade-renda da moeda sej a
cons-tante Hv]セI@ e que a economia 00era em pleno emprego Hケ]セI@
obtém-se da identidade anterior uma teoria oara o índice de orecos da
economia. Isto セZ@
p
=
Vv • !'1
onde o nível de nreços セ@ ッイッセッイ」ゥッョ。ャ@ ao estoaue de moeda. Esta
teoria nunca foi confirmada 0elos fatos, pois, a
velocidade-ren-da velocidade-ren-da moevelocidade-ren-da não costuma ser constante, nem tamoouco a economi3
está semore no nível de 91eno emnrego.
Todavia, monetaristas, como Friedman, oraaniz3v3m SU0S
.1 L
teoria quantitativa, num arcabouço te6rico em que a
velocidade-renda da moeda e o croduto real ao invés de constantes, são
va-riáveis end6qenas do modelo. Este tiDO de análise procura
de-terminar, em primeiro lugar, a renda nominal da economia como o
produto do estoque da moeda nela sua velocidade-renda:
y l'1. V
Tome-se, como exem?lo, o caso de uma colítica fiscal
que aumenta os gastos do governo. Na análise 1S-LH isto
cor-responde a um deslocamento da curva 1S cara cima e cara a
direi-ta, fazendo com que a taxa de juros aumente. Na análise cel.J.
teoria quantitativa, a velocidade-renda da moeda aumenta em
virtude da subida da taxa de juros, e, ?ortanto, cara um dado
estoque de moeda, a. renda nominal da economia cresce.
A reDartição da variação da renda nominal entre
varia-セ@
çoes de preços e de renda real,
l? Y ::: y
deDende das condições que ?revalecem nos mercados de bens e
serviços finais e nos mercados dos fatores de produção. Se
exis-tir caoacidade ociosa na economia, o 。オュ・ョセッ@ dos gastos do 90
-verno fará com que o nível de produção aumente. Por outro lado,
se a economia estiver em Dleno emnrego o efeito acabará por sc
fazer sentir integralmente sobre o nível de Dreços.
Até a publicação do trabalho A Theoreticill FrClTnC\·/ork
For Monetary Analvsis não estava claro nara a maioria dos
in-.19.
vestigação sobre as causas dos ciclos econômicos nos Estados
Uni-dos.
Uma questão fundamental a ser esclarecida era a
descri-ção dos mecanismos de transmissão da Dolítica monetária, isto é,
como a oolítica monetária afeta o セイッ、オエッ@ real da economia.Dois
tipos de mecanismos de transmissão são sugeridos na literatura:
i) o efeito substituição na comDosição dos portfólios através
da taxa de juros e ii) o efeito liauidez real HmOセI@ que atuaria
sobre_com?onentes do 、ゥウセ↑ョ、ゥッ@ agregado, como oor exem910, na
- 6
funçao consumo. De acordo com este segundo mecanismo, o
aumen-to da quantidade de moeda acarretaria crescimenaumen-to no nível de
liquidez real HmOセIL@ que ?or sua vez, afetaria o nível de
dis-Dêndio agregado. No modelo do tino IS-LM o mecanismo de
trans-missão se dá via taxa de juros." Uma exoansão monetária
acarre-ta um decréscimo na acarre-taxa de juros, e este decréscimo fará com
que haja um aumento dos comnonentes da demanda agregada que sao
sensIveis ãs カ。イゥ。セ・ウ@ da taxa de juros, como, ?or exemolo,
in-vestimento e consumo de bens duráveis. Que tiDO de mecanismo
de tt"ansmissão descreveria o funcionamento da engrenaq-em 0Ue liga
o setor financeiro ao setor orodutivo das economias
caoitalis-tas modernas, nos modelos monetariscaoitalis-tas, era uma pergunta que os
economistas não-monetaristas não saberiam responder. Esta
igno-rância devia-se ao fato de que os monetarist'as não haviam
for-malizado analiticamente um modelo que orecisasse os canais de
transmissão da oolítica monetária, como era o caso do modelo
keynesiano das curvas IS e lセQN@
Na eXDressão y]セNカN@ não é transoarente quais os
cami-nhos que lçvam o crescimento da quantidade de moeda a aumentar
mone-· 2r .
tarista
à
la Friedman, é necessário começar Dor uma distinçãoim-"
portante entre a quantidade nominal de moeda, que em nrincíoio é
controlada Delas 。オエッイゥ、セ、・ウ@ monetárias, e a quantidade real de
moeda que denende do 」ッセ_ッイエ。ュ・ョエッ@ dos agentes econômicos com
relação
à
decis6es de 」ッュョッウゥ」セッ@ ,-
de ativos nos seus Dortfolios.A teoria quantitativa da moeda na sua versão moderna,dp
acordo com Friedman, é urna teoria de demanda de moeda. A
quanti-dade real demandada de moeda, de uma maneira sim?lificada,
de-pende da riqueza (ou da renda nermanente que e uma medida do
es-toque de riqueza), da taxa de juros nominal que se deixa de
ga-nhar quando se anlica recursos em moeda ao invés de outros
ati-vos, e da taxa de inflação esnerada セオ・@ e o retorno que se uerde
quando se retém moêda ao invés de comnrar-se bens e
Anali ticamente, a quantidade real 'demandada de moeda
pode ser exuressa nela seguinte função:
serviços. d
m =H
Ip,
o
equilibrio no mercado ュッョ・エセイゥッ@ ocorre 0uando aquan-s セ@
tidade nominal ofertada Hセ@ =M) for igual a quantidade demandada.
Isto é:
M
=
m. PQuando as autoridades monetárias aumentam a セオ。ョエゥ、。、・@
nominal de moeda, há um deseauilÍbrio no mercado monetário,
oor-que a quantidade real de moeda aue o nGblico deseja reter e
me-nor do que a liauidez real total existente na economia. Cada
agente individualmente tenta se livrar do excesso de moeda
com-LlOVARGAS
fUNDAÇAO geZセセrャque@ sャmonセj@
.21.
prando outros ativos, セ。イ。@ イ・coセdッイ@ o seu nortfolio. Neste
Dro-cesso os preços dos ativos sobem, e as taxas de juros
correSDon-dentes baixam. Mas este processo de recom90sição de ?ortfolio
não se dá apenas atraves dos ativos financeiros, mas de
tàdoés-pectro de ativos reais, inclusive bens de consumo
duráveis,exis-tentes na economia. O aumento dos ?reços dos ativos que podenl
ser reproduzidos estLfiula a produção dos mesmos. Daí; o efeito
de substituição entre ativos na composição dos portfolios
termi-na por transbordar para a esfera da produção, acabando por
in-fluenciar o nível de renda real da economia.
Embora cada agente individualmente tente se livrar do
excesso de liquidez existente, a economia corno um todo não pode
fazê-lo. O equilíbrio do mercado monetário se restabelece
atra-vés de modificações dos preços e/ou da renda real, de sorte a
ajustar a quantidade real demandada de moeda àquela que existe
na economia.
A controvérsia sobre os mecanismos de transmissão da
l?olítica monetária deixou, portanto, simt?lesmente de existir,DOis
em substância à ?Osiçã.o ":\8netarista coincidia CO'Tl a dos keynesianos, em
virtude de ambos ?rivileqiarem o efeito substituição provocado
セッイ@ mudanças das taxas de juros na comoosição dos portfolios. no
modelo keynesiano do tipo IS.-LH, aparece aD.enas urna taxa de j
u
-ros, porque neste modelo todos os ativos, com exceçao da moeda,
estão agregados num único ativo chamado títulos. Na descriçJo
verbal dos monetaristas não está definido o nível de agreqaç"lO
dos ativos, havendo Dor conseqüência um grande número de taxas
de juros. Isto セL@ os monetaristas orocuravam diferenciar seu
.22.
muito mais rico e variado do aue aquele que era considerado
De-los kevnesianos, , tanto em formulacões teóricas como na orática セ@ ,
dos modelos econométricos Dor eles construidos. Esta questão
transformou-se, então, mais numa questão semântica, de
estraté-gia de pesquisa, ou de disDonibilidade de dados, do que numa
questão de conteúdo. Não havia razão, Dortanto, oara orolonsar
o debate.
---.23.
5. dゥョセュゥ」。@ e Equil{brio Macroecon6mico com Expectativas
Adaptativas: O Modelo Keynesiano Pós-Friedman
Admita-se que o modelo que descreve a economia seja
formado pelas três equações:
k + a(m-p) + B e f
y =- TI + Y
e
õ(y-y)
TI
=
TI +·e 8 e
TI = (TI-TI )
,
A primeira equaçao e a equaçao de demanda agregada:
o produto real (y) depende da liquidez real (m-p), da taxa de
inflação esperada (TI e ) e da politica fiscal, aqul
represen-7
tada pela letra f Os ー。イセュ・エイッウ@ a e B sao positivos. qオ。セ@
do f representar gastos do governo y sera positivo, e quando f representar impostos y sera , negatlvo. , 8
A segunda equação do modelo セ@ a curva de Phillips:a
taxa de inflação (lr) depende da taxa de inflação esperada (TIe)
e do hiato do produto (y-y) A letra
y
representa o produtopo-tencial da economia, e õ セ@ um ー。イセュ・エイッ@ positivo.
-
,A terceira equaçao e o mecanismo de expectativa
a-daptativa de formação de vrevisão, para v.ariáveis continuas ,
pois estamos supondo que todas as variáveis do modelo sao
, 9 - d
contlnuas. Esta expressa0 mostra que a prevlsao a ca'a momrn
to セ@ corrigida em função do erro (TI_n e ) cometido no passado.
A Solução Algébrica do Modelo
sc-.24.
gunda e a terceira equação, obtendo-se:
( 1 )
Derivando-se com relação ao tempo a segunda equaçao do
modelo (a Curva de Phillips) tem-se:
·e
TI
=
TI + oY
admitindo-se que o produto potencial da economia seja constante
(y
セッIN@ Segue-se, então, das duas últimas equações que:TI
=
8 o(y-y) + o Y ( 2 )Derivando-se com relação ao tempo a primeira equaçao do
modelo ( a equação de demanda agregada) resulta:
y = o: (j.l-TI) + 13 TI ·e
onde ).l
=
m,TI=
p, e supos-se que k A=
f=
o.
Levando-se emcon-ta a equaçao (1), esta expressa0 pode ser escrita como:
y
=
o: ().l-TI) + 886 (y-y) (3),
"-Substituindo-se (3) em (2), chega-se a seguinte equaçao
para a aceleração da inflação:
TI
=
o O:().l-TI) + eo (1+130) (y-y) ( <1 )Derivando-se com relação ao tempo a equaçao (3) ッ「エセュM
se:
y
= -
o: TI + 1380 ypc'-.29.
la equaçao (2) na expressa0 anterior chega-se a seguinte
equa-ção diferencial de segunda ordem para o produto real da
econo-mla:
y + VHセMbX@ ) Y + セXV@ Y
=
セXV@ YPara obter-se a equaçao correspondente da taxa de
-in-fIação TI , comecemos derivando com relação ao tempo, a equaçao
-(2). I-sto é:
TI
=
-86y + 6yQuando ウッュ。セウ・@ esta equaçao, com a equaçao (2) ュオャエゥーャセ@
cada por VHセMbXI@ e com a equação (3) multiplicada por 8ó,
ob-tém-se a seguinte equaçao diferencial de segunda ordem para TI :
TI + VHセMbXI@ TI + セX@ TI
=
セXVセ@A solução do modelo reduz-se,portanto, a duas equaçoes
diferenciais de segunda ordem nas variáveis y e TI:
y + VHセMbXI@
Y
KセXq@ Y=
セXVケ@n + HセMbXI@ TI + セXVti@
=
セXVセ@Em equilíbrio o produto real ウ・イセ@ igual ao produto
po-tencial, e a taxa de inflação igual
à
taxa de crescimento daquantidade de moeda:
y
=
y e TI = PA condição necessarla e suficiente para que o modelo
se-ja estável é de que os coef icientes de 'fi e de y sejam rmiu\O:ó.'O
Portanto, a estabilidade do modelo requer que a seguinte
.26.
a. > (3
e
Análise do Modelo no Plano セ@
o
mmdelo que estamos descrevendo nesta seçao pode seranalisado com auxílio de um diagrama de fases no plano TI- y.
Para esta finalidade utilizaremos as equaçoes (3) e (4),
re-petidas aqui por 」ッョカ・ョゥセョ」ゥ。Z@
(
.
-y
=
。NHセMョI@ +B
B 6 (y-y)TI = V。HセMGゥtI@ + e 6(1+B6)(y y)
Na Figura 6 , as combinações de TI e y para os quais
o produto real se mantém constante estão representadas pela
.
reta y=O. Nos pontos abaixo. desta reta o produto real
aumen-ta, e para os Dontos acima da reaumen-ta, o Droduto real
diminui,co-mo indicam as setas.
TI
.
y=o
11
-セGMM ----_.
_.-._---y y
.27.
A Figura 7 descreve a dinâmica da taxa de inflação. As
combinações do produto real e da taxa ·de inflação para os quais
a taxa de inflação セ@ constante estão representadas na reta
i=O.
Esta reta tem uma inclinação maior do que a reta
y=O.
Nos doセ@tos abaixo da reta
n=O,
a inflação aumentai nos pontos acimada reta a inflação diminui. As setas na Figura 7., indicam, em
ambos os casos, o que acontece com a taxa de inflação.
TI.
i
セ@
---y y
Figura 7. A Dinânlica da Taxa de Inflação
A figura 8 descreve a dinâmica do 1?roduto real e d<1
taxa de inflação quando a economia não está em equilíbrio de
longo セイ。コッN@ Esta figura セ@ o resultado da superposição das
P " l.guras 6 _ e 7 . As se·tas l."ndicam os movimentos Dossíveis rle
duas variáveis, TI e y, do modelo. Por exemolo, nos Dontos que
trajeté,.-.28.
'Jl
n=O
.
y=O
'"
\.l
'.
1
Ly y
Figura [3 ó A Dinâ'mica do Produto Real e da Taxa de Inflação
ria de TI e y se dará no sentido nordeste.
Quando o modelo for estável (a>B8), a economia
conver-ge para o ponto de equilIbrio E, onde TI=\.l e
y=y.
Admitire-mos nos dois exercícios que se seguem que o modelo e estável.
Mudança na Política Monetária
Imagine-se que até o perIodo t o a taxa de ・クセ。ョウ。ッ@
,-monetária era igual a セッN@ Neste momento o Banco Central mudaa polItica monetária, e passa a expandir os meios de
pagamen-tos a uma taxa igual a セャG@ como indicado na Figura 9
SUDO-nha-se ainda que inicialmente a economia encontrava-se em
equi-líbrio de longo prazo, com o produto igual ao produto
poten-cial, e a taxa de inflação igual à taxa de crescimento da
ofer-1
. "
m
t
o temoo
lJl
t1 o
.29.
a} Meios de Pagamentos b} Taxa de Crescirrento da Oferta ャ|QセGQ・エ£イゥ←ャ@
Figura 9 . Mudança na Política Honetária
ta monetária (rr=lJ
o ) , como no ponto Eo da Figura 10 .
Quando a ooJ.ítica monetária muda, as duas retas
;=0
ey=O
deslocam-se de suas posições iniciais (não desenhadas naFigura 10) para as posições em que elas passam pelo novo pontu
de equilíbrio de longo prazo (y=y e
o
pontocontra-se agora na região em que a trajetória da taxa
E o
en-de ゥョセ@
fIação e do セイッ、オエッ@ real se dará no sentido nordeste.
Tnicial-mente o oroduto real e a taxa de inflação' aumentarão.
Observe-se que a taxa de inflação começa a aumentar lentamente, depois
ultrapassa o seu valor de equilíbrio de longo prazo (fenômeno
conhecido na literatura em inglês pelo nome de overshooting) ,
continuando a aumentar, até que atinge seu máximo, para em
se-guida começar a diminuir, em direção ao seu equilíbrio de
TI
r
::{
I r
- --y
E ,
OI
1T=0
セG@
y Figura 10. Dinãmica do Ajustamento a Mudanças na política
Monetária
セ@ 30.
go prazo. A Figura 10 foi desenhada supondo-se que as ra!zes da
equação diferencial de segunda ordem ウセッ@ nGmeros comolexos
con-jugados, de sorte que a trajetória de ajustamento
é
cíclica.o
produto real da economia inicialmente, com o aumento do ritmo da expansão monetária, cresce. A partir de um certoponto ele começa a declinar, e a economia passa a o?erar
duran-te certo エ・ュセッ@ com capacidade ociosa. Eventualmente, através àe
.31.
A Figura 11 descreve as trajetórias de ajustamento da
taxa de inflação, do produto real e do nível de preços, e as
seguintes propriedades deste modelo devem ウセ@ salientadas:
a) Não se deve esperar uma correlação forte entre a taxa de
inflação e a taxa de expansão monetária no curto
pois para uma taxa de crescimento mais elevada da
prazo,
base
monetária, a taxa de inflação aoresenta várias fases: na
primeira ela está subindo, depois ela começa a diminuir,
para em seguida entrar num período em que ela segue um
padrão cíclico, até atingir o novo equilíbrio de longo
pra-zo.
b) O patamar da inflação, ou seja a taxa de inflação no longo
prazo, calculada por urna média de taxas que cobrem uma
fa-se cíclica da economia, é determinada pela taxa de
cresci-mento dos meios de pagacresci-mentos.
c) A conseqüência inicial de urna mudança na política
monetá-ria, através de urna elevação do rítmo de expansao da moeda,
é o aquecimento da economia. Todavia; em períodos
poste-riores esta mudança de política monetária irá acarretar
fa-ses de capacidade ociosa na economia. Portanto, não se
po-de afirmar com base na análise po-de fatos isolados, po-de
perio-doseTY! que a economia apresenta capacidade ociosa, que a
in-flação não
é
de demanda . . A dinâmica da economia podecon-fundir o observador menos sofisticado, que pretenda
enxer-gar através da fotografia tirada num dado instante, ao
in-vés de proceder uma análise cuidadosa do filme que
toda a história do processo inflacionário.
temDO
y
y
tempo
p
temoo
.33."
d) A mudança da política monetária fará com que a trajetória do
nível de preços mude ョセッ@ somente de ゥョ」ャゥョ。セッL@ como
aconte-ceria se no longo prazo a reta tracejada da Figura 11 fosse
o novo caminho do nível de preços, mas também de patamar.Com
efeito, se tal fato ョセッ@ acontecesse, a ljquidez real da
eco-nomia continuaria no mesmo nível da época que antecedeu a
mudança da política monetária. Como a uma taxa de expansão
monetária mais elevada, corresponde uma taxa de juros
nomi-nal maior, a liquidez real da economia deve diminuir depois
do período de ajustamento. Daí, a mudança no patamar do
nível de preços.
Mudança na política Fiscal
Admita-se que a partir do período to o nível de
gas-tos do governo, por unidade de tempo, 。オュセョエ。@ de fo para f"
.1.
como indicado na Figura 12. Este aumento dos gastos do governo
desloca a curva de demanda agregada, acarretando inicialmente
f
f
t o
Figura 12. Mudança na política Fiscal
.34.
um aumento no produto real e na taxa de inflação. Esta nova
posição de equilíbrio de curto prazo não corresponde a
umequi-líbrio de longo prazo, pois a taxa de inflação esperada nao
coincide com a taxa de inflação efetivamente observada. A
Fi-gura 13 descreve a dinâmica de ajustamento do modelo.
Admi-TI
L
y y
セ。@ 13 . Dinâmica d2 Ajustarrento a Mudanças na Política Fiscal
ta-se que inicialmente a economia encontrava-se no ponto E, de
equilíbrio de longo prazo. Como a taxa de expansão monetâria
nao se alterou, a economia acabará por voltar ao ponto E.
o
aumento dos gastos do governo no momento tocolo-cara a economia, neste instante, no ponto A, onde o nivel de
.35.
TI
y
y
p
-Figura 14 . As Trajet.érias de Ajustamento da Taxa de Inflação do Produto e do Nível de Preços: セオ、。ョ。ウ@ da política Fiscal
temoo
temoo
.36.
real continuará a crescer por algum tempo, e depois começará a
decrescer, e através de um processo cíclico irá terminar no
nível do produto potencial. A taxa de inflação, por sua vez,
aumentará até um certo momento, e então através de uma
traje-tória oscilatraje-tória terminará por alcançar a taxa de longo prazo,
igual
à
taxa de expansão monetária.Algumas propriedades importantes deste modelo qU':tnàu
ocorrem mudanças na política fiscal, devem ser
salientadas.En-tre elas cabe citar:
a) A mudança na política fiscal afeta, no curto prazo, a taxa
de inflação. No longo prazo, a taxa de inflação independe
da política fiscal.
b) O nível de preços depende da política fiscal. Com o
aumen-to dos gasaumen-tos do governo, a taxa de juros real da economia
aumentará e, conseqüêntemente, a taxa de juros セッュゥョ。ャN@ O
nível de liquidez real diminuirá, através da mudança do
pa-tamar da trajetória do nível de preços.
c) O multiplicador dos gastos do governo no longo prazo é iJUal a zero, havendo crowding-outcompleto. No curto prazo ele
é
positivo, pois quando o dispêndio do governo aumenta, arenda real cresce. Depois de algum エ・セーッ@ este aumento dos
gastos do governo provoca uma queda no produto real, e o
surgimento de capacidade ociosa na economia. Logo, para
alguns períodos, o multiplicador dos gastos do governo e ne-1 ne-1
.37 .
6. A Restrição Orçamentária do Governo e a Dinâmica das
Políti-cas Monetária e Fiscal
Na segunda seçao deste trabalho mencionamos a
-
proposi-çao friedmaniana segundo a qual as potências das políticas
mo-netária e fiscal não àependeriam única e exclusivamente dos
va-lores das elasticidades das curvas 15 e LM, mas sim dos efeitos
cumulativos, ao longo do tempo, dos dois tipos de políticas.
Estes efeitos cumulativos originam-se, basicamente, em duas
fontes: i) da restrição orçamentária do governo e ii) da
possí-vel existência de efeitos riqueza no dispêndio agregado e na
-equaçao de procura de moeda.
Comecemos pela primeira fonte. A restrição
orçamentá-ria do governo
é
na verdade uma equação que estabelece o fatoóbvio de que um déficit do governo tem de ser financiado ou por
emissão de moeda ou por aumentos da dívida pública . Isto
é:
.
G - T
+
B=
B + H.
r
onde G representa os gastos do governo, T a arrecadação
tribu-tária líquida de subsidios e transferências, B
é
o serviço dadívida pública do governo e r
é
a taxa de juros. Esta!T\osnclm:i-;
tindo, por simplicidade, que o título da dívida pública do
go-verno é do tipo perpetuidade que ?aga um coupon de 1 cruzado
por unidade de tempo, indefinidamente. Assim, B representa o
número de títulos em poder do público e ao mesmo tempo o total
de juros do serviço da dívida. Os símbolos BeM representam
os acréscimos, por unidade de temoo, dos estoques da dívida e
r
.38.
Imagine-se, agora, o seguinte experimento de política
fiscal: o governo aumenta o nível de gastos para um patamar
mais elevado, e mantém este novo patamar indefinidamente. Para
facilitar a argumentação suponha-se que o orçamento do governo
estava inicialmente em equilíbrio. O 。オセ・ョエッ@ dos gastos do
governo desloca a curva IS de IoSo para I1S l , corno desenhado na Figura 15. O impacto inicial de8ta política é fazer com
que o nível de renda real e a taxa de juros aumentem. Se o
dé-r
セMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMy@
a) Financiamento Por Títulos b). Financiamento Por セセ。@
Figura 15. Imuacto Inicial e Efeitos Cumulativos de política Fiscal
ficit for financiado por moeda, a curva LM desloca-se de L M o o
para Ll Ml . Mas o efeito desta política não cessa aí.
Enquan-to o déficit público persistir porque o aumenEnquan-to dos imposEnquan-tos,
devido ao crescimento da renda, não foi suficiente セ。イ。@
resta-belecer o equilíbrio no orçamento do governo, haverá
.39.
curva LM continuar& a deslocar-se, como indicado na Figura 15b,
até que o crescimento dos impostos seja suficiente para zerar
o déficit público.
Por outro lado, セ・@ acordo com Friedman, se o' déficit
for financiado através da colocação de titulos da divida セ@
pu-blica no mercado, a curva LM não se deslocaria, enquanto a
mu-dança da curva IS se faria por オセ。@ única vez. Neste caso, a
ーッエセョ」ゥ。@ da politica fiscal "pura" seria bem inferior àquela
que financia o déficit por moeda. Em outras palavras, a
poli-tica monet&ria é muito mais potente do que a polípoli-tica fiscal.
Todavia, Friedman esqueceu' no seu argumento de que o
aumen-to da divida gera o crescimenaumen-to do serviço da divida em
virtu-. 12
de de emissão de novos títulos (B>O) . Como os juros da dívida
pública fazem parte da renda disponível da sociedade, o 。オセ・ョM
to de títulos desloca a curva IS .de
li
SI para 1 2 S2' comoin-dicado na Figura 15a). Se o aumento da renda não for
sufi-ciente para aumentar a arrecadação tribut&ria de modo a fechar
o déficit, o governo continuará colocando titulos, e a curva
IS continuar& deslocando-se no sentido nordeste. A pergunta
que surge neste ponto é a seguinte: o modelo nestas
circunsbm-cias é estável? A resposta para esta pergunta é ambígua, pois
depende dos valores de alguns parâmetros, 」ッセッ@ passaremos a
demonstrar.
Considere o seguinte modelo de quatro equaçoes:
d i(r)
y
=
c(y ) + + gd Y + b t(y + b)
Y
=
-セ@
=
L(y, r).
.4 O.
A primeira equaçao
é
a curva IS, que nos diz que noequilíbrio do mercado de bens e serviços finais o produto
real
é
igual ao dispêndio; a segunda equaçãoé
a definição derenda disponível, igual à soma da renda com os juros recebidos
do serviço da dívida pública,subtraída dos im?ostos pagos,que
é
função do total dos rendimentos recebidos (y+b); a terceiraequação
é
a curva LM, que representa o equilíbrio no mercadomonetário; e a última equação é a restrição orçamentária do
governo. Para simplificar a álgebra e não ter que introduzir
uma equação de oferta agregada admitiremos que o nível de pre-,
ços e constante. Por comodidade escolhemos as unidades de tal
sorte que fixamos P=l. Esta hipótese não altera as conclusões
qualitativas que se obteria caso se considerasse uma equaçao
-de oferta agregada no mo-delo. As três primeiras equações do
modelo podem ser resolvidas para y e para r, obtendo-se as
funções:
y
=
y(b, g, m)r
=
r(b, g, m)com as seguintes propriedades:
セ^@
ab
Oセ@
ag
> Oセ^@
am
Oar
ab
>o.
ar
-ag
> Oar
aIil
< O.41.
os titulos estão positivamente correlacionados com a renda e a
taxa de juros; os gastos do governo estão correlacionados
po-sitivamente com a renda e com a taxa de juros; a quantidade de
moeda está correlacionada positivamente com a renda e
negati-vamente com a taxa de juros.
Considere agora o caso da politica fiscal que é
finan-ciada por emissão de moeda. A restrição orçamentária
é,
então,dada por:
m
=
g+ b- t(y(b, g, m) + b)Esta
é
uma equação diferencial de ?rimeira ordem, epara examinar-se sua estabilidade basta calcular o sinal da
seguinte derivada parcial:
.
am
at
am= -
ay
セ\@
am
Opois ambas derivadas parciais que aparecem depois do sinal
me-nos são positivas. A Figura 16 mostra o diagrama de fases do
セ@ ________________________ MNセ@ _____________ m
Figura 16. セッャゥエゥ」。@ セゥウ」。ャZ@ fゥョ。ョ」ゥ。セ・ョエッ@ do Governo Através
.
b
.42 .
mercado, com m
.
no eixo vertical e m no eixo horizontal. Éヲセ」ゥャ@ verificar-se que a ーッャゥエゥ」。セ@ ・ウエセカ・ャ@ pois qualquer que
seja o ponto inicial, o sistema converge para o ponto A.
Considere agora o caso em que o aumento dos gastos do
governo セ@ financiado por titulos da divida pública. A
equa-ção da restriequa-ção ッイ。ュ・ョエセイゥ。@ do governo transforma-se em:
b = r(b, g, m)[g
+
b - t(y(b,g,m) + b)]Na posição de equilíbrio ッイ。ュ・ョエセイゥッ@ a derivada
par-cial de b em relação a b セ@ dada por:
ab
ab
=
r [1 -ay
at
HセK@
ab 1)]Conclui-se, portanto, que:
.
ab
--ai) セ@ O
ay
at
Hセ@ ab+
1) セ@セ@ 1b
セMMMMMMMMMMMMMMMMセMMMMMMMM b ᄋMMMMMMMMMMMMMMMMセセMMMMMMMM「@
a) polItica eウエセカ・ャ@ b) Políti
.43.
Na Figura l7a) mostra-se o caso em que a política de
financiar o governo através da colocação de títulos
públi-cos é estável. Na Figura l7b) mostra-se duas possibilidades em
que este tipo de política fiscal gera instabilidade na
econo-mia.
Considere-se, agora, a existência do efeito riqueza na
.
função consume e na equação de procura de moeda. O modelo
an-terior passa a ser escrito da seguinte forma:
d .
Y
=
c(y , a) + i(r) + gd
Y
=
Y + b -t(y + b)m
=
L(y, r, a).
b t(y b) b +
g +
-
+=
r mm + b + k
a
=
rA riqueza a é um argumento na função consumo e na
equação de procura de moeda. Acrescentou-se, também,UIua
equa
-çao que define o estoque de riqueza como sendo igual a soma
dos estoques de moeda, de títulos da divida pública e de
capi-tal fixo.
Analisemos, então, com este novo modelo o mesmo
exoe-rimento de política fiscal descrito antes: o governo. aumenta
o nível de gastos para um patamar mais elevado, e mantém este
novo patamar indefinidamente.
Quando o governo financia o aumento de qastos por
emis-sao de m·oeda a curva LM desloca-se de Lo Mo pra Ll
r
.44.
11 51· O aumento da quantidade de moeda eleva a riqueza da
so-cieda"de, e a curva 15, em conseqüência, desloca-se novamente de
11 51 para 1 2 ,5 2 , como indicado na Figura 18a). Enquanto o
dé-ficit'público persistir, a curva LM continua movendo-se para
baixOi este aumento de moeda provoca mudanças para cima na
cur-va 15 pelo efeito riqueza. Eventualmente o orçamento do
go-vernb será equilibrado pelo aumento dos impostos, e este
equi-líbrio será estável.
r
セMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMカ@
a) Financiarrento do l)§ficit dッイセ「・、。@ b) Financiamento do l)§ficit 'X>r Títulos
Figura 18. Política PiscaI, Efeito セゥアオ・コ。@ e セ・ウエイゥ」 ̄ッ@ Orcamentária. do Governo
Quando o governo financia o aumento dos gastos através
da emissão de títulos da dívida pública, a curva 15 desloca-se
inicialmente de lo 50 para 11 51. O aumento da riqueza
pro-vocado pelo crescimento da dívida pública faz com que a curva
i
1
•
1
j
2
v
.45.
LM desloque-se no sentido noroeste. Este mesmo incremento da
riqueza aumenta o consumo agregado, e a curva 18 continua
mo-vendo-se no sentido nordeste, de 11 8 1 para 1 2 8 2 , na Figura 18b). Na dinâmica deste tipo de política pode acontecer o
mes-mo fato já mencionado anteriormente: a política fiscal ser
ins-tável, pois, a economia não necessariamente caminha no sentido
13
de uma posiçao de equilíbrio do orçamento do governo
A conclusão deste debate 'sobre os efeitos inediatos e
cumulativos das políticas fiscal e monetária é de que a
polí-tica fiscal não acompanhada pela polípolí-tica !nonetária pode levar
a economia a uma situação instável. Esta conclusão poderia セイ@
entendida como uma recomendação para utilizar-se a emissão de
moeda como instrumento primordial no financiamento do déficit
público. Todavia, 'pode-se 、・ュッョウセイ。イ@ que uma economia com UQ
déficit público permanente, financiado por moeda, pode
tornar-se instável, no tornar-sentido de que a taxa de inflação cresce sem
14
parar, seguindo uma trajetória de hiperinflação .
Os monetaristas ao cha!narem atenção sobre os efeitos
de longo prazo das ーッャイエゥ」。セ@ fiscal e monetária, tiveram o
mé-rito de fomentarem a investigação científica sobre as
conse-アセ↑ョ」ゥ。ウ@ de se manter a economia com um déficit público
eleva-do por períoeleva-dos prolongaeleva-dos de tempo, seja ele financiaeleva-do por
títulos ou por moeda. Isto nao significa dizer que não se
de-va utilizar, no curto prazo, as políticas fiscal e monetária
corno ferramentas na política de estabilização, com o objetivo
de procurar manter a economia operando a níveis próximos do
.46.
7. Conclusão
A controvérsia monetarista no hemisfério norte, não fez
com que os economistas keynesianos e monetaristas mudassem as
suas posições quanto ao papel da intervenção do estado através
de politicas de estabilização. Os keynesianos continuam
defen-dendo politicas discricionãrias, enquanto os monetaristas
prefe-rem regras de politica econômica, que independam das condições
ciclicas da economia. Todavia, a controvérsia contribuiu para
que se conhecesse melhor o funcionamento e os efeitos das
.47 .
apセndice@
o
mecanismo de expectativa adaptativa, supoe que aーイ・カゥウセッ@ de uma カ。イゥセカ・ゥL@ por exemplo a taxa de ゥョヲャ。セッャ@ e
igual
ã
ーイ・カゥウセッNヲ・ゥエ。@ no período anterior corrigida por umaヲイ。セッ@ do erro cometido nessa ーイ・カゥウセッN@ Quando as variáveis
são do tipo discretas, o mecanismo de expectativas adaptativas
é
dado pela seguinte expressão:onde À
é
um parâmetro compreendido entre zero e um.Por simples ュ。ョゥーオャ。セッ@ algébrica este mecanismo pode
ser escrito como:
onde, de acordo com esta interpretação, a previsão para o
pro-ximo perlodo
é
igualà
média ponderada da previsão do períodoantetior e do valor efetivamente observado da variável no
Gl-timo período.
Usando-se o operador de defasagem L(L Zt
=
Zt-l) omecanismo também pode ser escrito como:
l-À
1 -ÀL
Levando-se em conta a propriedade da soma dos termos