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Auto-organização e formação de padrão em sistemas físicos e biológicos.

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Academic year: 2017

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DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2015-0022 Licenc¸a Creative Commons

Auto-organiza¸

ao e forma¸

ao de padr˜

ao em sistemas f´ısicos

e biol´

ogicos

Self-organization and pattern formation in physical and biological systems

Jefferson A.R. da Cunha∗1, Ladir Cˆandido1, Andr´e L.A. Penna2,3, Fernando A. Oliveira3

1

Instituto de F´ısica, Universidade Federal de Goi´as, Goiˆania, GO, Brasil 2

Universidade de Bras´ılia, Bras´ılia, DF, Brasil 3

International Center for Condensed Matter Physics, Bras´ılia, DF, Brasil

Recebido em 15 de dezembro de 2015. Revisado em 11 de janeiro de 2016. Aceito em 17 de janeiro de 2016

Neste trabalho apresentamos uma breve discuss˜ao sobre a descri¸c˜ao matem´atica do fenˆomeno forma¸c˜ao de padr˜ao em sistemas biol´ogicos, observando os modelos matem´aticos de dinˆamica de popula¸c˜oes. Listamos v´arios exemplos de sistemas f´ısicos, qu´ımicos e biol´ogicos que exibem este fenˆomeno enfatizando, em cada um, os parˆametros principais envolvidos em seu entendimento. Mostramos que, no caso das popula¸c˜oes, o fenˆomeno padr˜ao pode ser modelado ao modificarmos a equa¸c˜ao de Fisher-Kolmogorov, considerando uma intera¸c˜ao n˜ao-local para o termo de competi¸c˜ao. Apresentamos um estudo anal´ıtico e num´erico da equa¸c˜ao de Fisher-Kolmogorov com difus˜ao e analisamos o papel dos termos de crescimento, difus˜ao e competi¸c˜ao na forma¸c˜ao dos padr˜oes.

Palavras-chave:Dinˆamica de popula¸c˜oes, Forma¸c˜ao de padr˜ao, Fisher-Kolmogorov, Intera¸c˜oes n˜ao locais.

In this work we present a brief discussion of the mathematical description of pattern formation phenomena in biological systems through the mathematical models of population dynamics. We present some examples of physical, chemical and biological systems which exhibit this phenomena. For each system we show the main parameters that describe the patterns. We show that in the case of population, patterns can be described when we modify the Fisher-Kolmogorov equation, considering a non-local interaction for the competition term. We present an analytical and numerical study of the Fisher-Kolmogorov equation with diffusion and we analyze the role of growth, diffusion and competition term in the pattern formation. Keywords:Population dynamics, Pattern formation, Fisher-Kolmogorov, nonlocal interactions.

1. Introdu¸c˜ao

O desenvolvimento cient´ıfico e tecnol´ogico vivido pela sociedade, em certos momentos, se deu por meio da tentativa de desvendar determinados mecanismos respons´aveis por fenˆomenos encontrados na natu-reza. Um desses fenˆomenos que sempre atraiu grande aten¸c˜ao da comunidade cient´ıfica, ´e o fenˆomeno de forma¸c˜ao de padr˜ao. Este fenˆomeno se caracte-riza pelo processo no qual um estado espacial de um determinado sistema, inicialmente homogˆeneo e est´avel, evolui para um novo regime, agora sem esta homogeneidade espacial. Neste novo regime o

Endere¸co de correspondˆencia: jeffadriany@gmail.com.

sistema esbo¸ca um tipo de estrutura espacial que chamamos de padr˜ao [1].

Consideremos um sistema termodinˆamico onde n˜ao existam trocas de mat´eria ou energia. Nes-tas condi¸c˜oes este sistema pode obedecer as leis b´asicas da termodinˆamica de equil´ıbrio, onde suas vari´aveis macrosc´opicas s˜ao invariantes no tempo e homogˆeneas no espa¸co. Neste sistema em equil´ıbrio, se houver troca de energia ou mat´eria com o meio, o sistema pode se organizar em estruturas com dinˆamicas pr´oprias que caracterizam o fenˆomeno de “forma¸c˜ao de padr˜ao”, caso em que as vari´aveis

(2)

Neste texto analisamos alguns sistemas f´ısicos, qu´ımicos e biol´ogicos que apresentam os fenˆomenos de auto-organiza¸c˜ao e forma¸c˜ao de padr˜ao. Des-crevemos como alguns sistemas se auto-organizam formando padr˜oes, e, para cada sistema, quais os parˆametros envolvidos neste processo. Uma vez compreendido e listado alguns exemplos de auto-organiza¸c˜ao e forma¸c˜ao de padr˜ao, mostramos como este fenˆomeno pode ser modelado matematicamente em um sistema biol´ogico constitu´ıdo de um coletivo qualquer de indiv´ıduos de uma popula¸c˜ao descritos pela equa¸c˜ao de Fisher-Komogorov.

2. Auto-organiza¸c˜ao e forma¸c˜ao de padr˜ao

Na literatura cient´ıfica, encontramos in´umeros traba-lhos te´oricos e experimentais sobre auto-organiza¸c˜ao e forma¸c˜ao de padr˜ao em sistemas f´ısicos, qu´ımicos e biol´ogicos [1–13]. ´E interessante observar a riqueza de sistemas encontrados na natureza, que exibem for-mas diferentes do mesmo fenˆomeno. Abaixo, apresen-tamos uma breve descri¸c˜ao de alguns destes sistemas j´a bem estabelecidos e estudados pela comunidade cient´ıfica.

2.1. Cristalizac¸˜ao de Wigner

Existem v´arios sistemas f´ısicos que se organizam apresentando uma ordem espacial, ou seja, formando um padr˜ao. A cristaliza¸c˜ao de Wigner ´e um dos exemplos mais simples que exibem este fenˆomeno. Como ilustrado na Fig. 1, no cristal de Wigner el´etrons s˜ao depositados sobre uma fina camada de H´elio que por sua vez ´e colocada sobre um substrato. Estes el´etrons est˜ao presos na superf´ıcie do H´elio na dire¸c˜ao vertical devido a intera¸c˜ao destes com o substrato. Na horizontal os el´etrons interagem entre si via um potencial coulombiano.

No estudo deste sistema definimos o parˆametro Γ =hUi/hKi, sendohUi a m´edia da energia

poten-Figura 1: Rede triangular peri´odica de el´etrons formando um cristal de Wigner bidimensional.

cial de intera¸c˜ao entre el´etrons e hKi a m´edia da energia cin´etica [14, 15]. Segundo o crit´erio de Lind-mann [14, 15], para Γ1 os el´etrons encontram-se em um regime totalmente desordenado vagando em uma dinˆamica randˆomica pela superf´ıcie do H´elio. J´a para Γ1 os el´etrons se auto-organizam em um regime cristalino, distribu´ıdos em uma rede trian-gular peri´odica, como apresentado na Fig. 1. Agora para Γ 1 temos uma situa¸c˜ao em que os dois regimes coexistem. ´E interessante observar que Γ ´e o parˆametro de ordem que determina o surgimento da estrutura de padr˜ao neste sistema.

2.2. Convecc¸˜ao de Rayleigh-B´enard

Na convec¸c˜ao de Rayleigh-B´enard temos uma fina camada de ´oleo que ´e aquecida lentamente a partir de sua superf´ıcie inferior. Se a diferen¸ca de tempera-tura ∆T =TiTs, da parte inferior e superior da

lˆamina de ´oleo, for menor que um certo valor cr´ıtico

Tc, ent˜ao temos um fluxo de calor homogˆeneo da

parte de baixo do ´oleo para sua superf´ıcie em um processo convectivo normal.

Como ilustrado na Fig. 2, se a diferen¸ca de tempe-ratura ∆T exceder o valor cr´ıtico Tc, agora teremos

uma convec¸c˜ao no ´oleo, que em algumas regi˜oes ocorre da parte inferior do l´ıquido para a superf´ıcie, e em outras regi˜oes da parte superior da lˆamina para baixo. Na superf´ıcie da lˆamina, veremos a forma¸c˜ao de “telhas” em formato hexagonal por onde circula o ´oleo. Nestas “telhas” hexagonais, teremos o seguinte comportamento para o fluxo de ´oleo: no centro do hex´agono temos um fluxo que sobe, e nas laterais um fluxo em sentido contr´ario, que sai da superf´ıcie

Figura 2:Convecc¸˜ao de Rayleigh-B´enard em ´oleo com

(3)

e vai para a regi˜ao inferior da lˆamina. Esta nova dinˆamica convectiva caracteriza o surgimento do que conhecemos como forma¸c˜ao de padr˜ao [1, 2]. Para este sistema ´e importante observar a existˆencia de um estado inicial est´avel no qual, alterando um de-terminado parˆametro, que no caso da convec¸c˜ao de Rayleigh-B´enard ´e o valor de ∆T, teremos a perda desta estabilidade espacial favorecendo o surgimento da forma¸c˜ao de padr˜ao.

2.3. Instabilidade do impressor

Este fenˆomeno ´e uma instabilidade morfol´ogica de origem hidrodinˆamica conhecida como Instabilidade do Impressor [16, 17]. Neste sistema, consideramos um rolo molhado por um l´ıquido que gira com certa velocidade angular ω. Na interface da camada de l´ıquido com o ar do ambiente, forma-se uma regi˜ao cuja morfologia apresenta forma¸c˜ao de padr˜ao es-pontˆanea, como observado na Fig. 3, quando a velo-cidade angular do cilindro possui determinado valor cr´ıticoωc, ou um valor acima deste.

2.4. O modelo de Turing

Em 1952, Alan Turing prop˜oe um mecanismo que representa uma grande contribui¸c˜ao para os

estu-Figura 3: Franjas de formac¸˜ao de padr˜ao no experimento da instabilidade do impressor [16]. Painel A, foto das franjas de padr˜ao e painel B aparato experimental utilizado.

dos sobre a morphogeneses [7, 10], o processo no qual um zigoto adquire forma e se torna um em-bri˜ao. Turing sugere um modelo de rea¸c˜ao-difus˜ao, onde sob certas condi¸c˜oes, popula¸c˜oes podem inte-ragir e se difundir de alguma maneira produzindo padr˜oes heterogˆeneos est´aveis. No modelo de Tu-ring, os padr˜oes s˜ao resultados das taxas de rea¸c˜ao e difus˜ao das substˆancias qu´ımicas que est˜ao envol-vidas no processo, n˜ao levando em conta nenhum outro mecanismo externo. As equa¸c˜oes do modelo de Turing, s˜ao usualmente escritas como

∂U(~r, t)

∂t = DU

2U(~r, t) +f(U, V)

∂V(~r, t)

∂t = DV

2V(~r, t) +g(U, V). (1)

Neste conjunto de equa¸c˜oes, U e V representam substˆancias qu´ımicas que podem se difundir e reagir. As fun¸c˜oes f e g s˜ao os termos de rea¸c˜ao, n˜ao-lineares, que s˜ao escolhidos de acordo com o sistema.

2.5. Reac¸˜oes de Belouzov-Zhabotinsky

Outro sistema qu´ımico muito famoso ´e a rea¸c˜ao de Belousov-Zhabotinsky. Neste caso padr˜oes espaciais e temporais surgem de rea¸c˜oes oscilantes onde a concentra¸c˜ao dos reagentes envolvidos oscilam no tempo gerando padr˜oes. Assim como no modelo de Turin este sistema pode ser modelado por um conjunto de equa¸c˜oes de rea¸c˜ao-difus˜ao semelhantes as equa¸c˜oes de dinˆamica de popula¸c˜oes de Lotka-Volterra [1].

2.6. Padr˜oes em populac¸˜oes

As popula¸c˜oes tamb´em se organizam formando padr˜oes. Um conjunto de bact´erias, p´assaros, ro-edores, peixes e outros animais, em determinadas condi¸c˜oes tamb´em podem exibir padr˜oes espaciais ou temporais [18].

Como bem conhecido na literatura, a sincro-niza¸c˜ao do piscar de vaga-lumes apresenta um padr˜ao temporal, onde estes insetos piscam de forma s´ıncrona para atrair a fˆemea da esp´ecie. O fenˆomeno de sincroniza¸c˜ao tamb´em pode ser observado em diapas˜oes ou pˆendulos e ´e bem descrito pelo modelo de fases de Kuramoto.

(4)

Figura 4: Figura de padr˜ao em uma colˆonia de p´assaros disputando espac¸o para construir seus ninhos. Adaptado de: http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA.

a chance de preda¸c˜ao por outros animais. Caso o terreno para seus ninhos fosse infinito, ou mesmo se n˜ao existisse intera¸c˜ao entre estes p´assaros, n˜ao ter´ıamos esta figura de padr˜ao.

Outro exemplo, visualizado na Fig. 5, apresenta os ninhos das Til´apias encontrados no fundo do rio. Elas se agrupam em uma colˆonia e como cada uma tenta defender seu espa¸co, seus ninhos ficam equidistantes em rela¸c˜ao `as vizinhas. Nesta disputa por espa¸co as bordas dos ninhos exibem formatos hexagonais, pentagonais ou quadrados. Observando de longe a colˆonia de Til´apias exibe uma figura t´ıpica de padr˜ao.

3. Equa¸c˜ao de Fisher-Kolmogorov

Como discutido anteriormente as popula¸c˜oes tamb´em se organizam formando padr˜oes espaciais.

Figura 5: Padr˜ao observado em uma colˆonia de Til´apias. Adaptado de:http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA.

Um aspecto importante na dinˆamica de popula¸c˜oes para a forma¸c˜ao de padr˜ao ´e a intera¸c˜ao entre os constituintes deste sistema. Como nos exemplos ci-tados as colˆonias de popula¸c˜oes em uma competi¸c˜ao por espa¸co e suprimentos podem se organizar exi-bindo estruturas espaciais.

Do ponto de vista da predi¸c˜ao do n´umero ou den-sidade de indiv´ıduos de uma popula¸c˜ao ao longo do tempo e espa¸co, temos v´arios modelos matem´aticos muito bem estabelecidos na literatura. Estes mode-los descrevem muito bem como ´e o crescimento, com-peti¸c˜ao, difus˜ao, migra¸c˜ao e intera¸c˜ao entre esp´ecies. Diante deste cen´ario podemos nos questionar: ser´a que podemos modelar a forma¸c˜ao de padr˜ao de uma colˆonia via uma equa¸c˜ao de dinˆamica de popula¸c˜oes? A resposta ´e sim e nas pr´oximas se¸c˜oes mostraremos que este fenˆomeno pode ser modelado modificando a forma como ocorre a competi¸c˜ao entre seus cons-tituintes.

3.1. Equac¸˜ao de Fisher-Kolmogorov com interac¸˜ao local

Uma forma geral de descrever a taxa de varia¸c˜ao de uma densidade populacional u(x, t), que pode migrar de uma regi˜ao para outra, se difundir em um meio, crescer e competir por espa¸co ou recursos ´e atrav´es da equa¸c˜ao de Fisher-Kolmogorov com termo convectivo [21, 22]

∂u(x, t)

∂t = −v

∂u(x, t)

∂x +D

2u(x, t)

∂x2

+ au(x, t)bu2(x, t). (2)

Nesta equa¸c˜ao a densidade populacional u(x, t) muda no tempo obedecendo os seguintes proces-sos:

i)A popula¸c˜ao pode evoluir em um fluxo migrat´orio com velocidadev dado pelo termo

v∂u(x, t)

∂x (3)

ii)A medida` que uma popula¸c˜ao cresce a densidade

u(x, t) se difunde no espa¸co com uma taxa D. Este comportamento dos indiv´ıduos de uma colˆonia ´e dado pelo termo

D∂

2u(x, t)

(5)

iii) O processo de crescimento em um contexto malthusiano ocorrem com uma taxa a e s˜ao des-critos pelo termo

au(x, t) (5)

iv) A competi¸c˜ao dos constituintes de um determi-nada popula¸c˜ao, que ocorrem com uma frequˆencia

b, ´e dado pelo termo de Verhust

bu(x, t)·u(x, t) (6)

As competi¸c˜oes entre os constituintes de uma po-pula¸c˜ao, no modelo de Fisher-Kolmogorov, Eq. (6), s˜ao do tipo local no sentido em que os indiv´ıduos interagem com seus vizinhos apenas quando est˜ao no mesmo ponto, n˜ao sendo assim intera¸c˜oes de m´edio ou longo alcance. Isso se assemelha a uma intera¸c˜ao de caro¸co duro, em que uma part´ıcula apenas percebe a outra quando est˜ao no mesmo ponto do espa¸co. Como neste tipo de intera¸c˜ao os indiv´ıduos n˜ao percebem seus vizinhos a uma de-terminada distˆancia esta equa¸c˜ao de dinˆamica de popula¸c˜oes n˜ao ´e capaz de descrever a forma¸c˜ao de padr˜ao em uma colˆonia [23–26].

3.2. Equac¸˜ao de Fisher-Kolmogorov com interac¸˜ao n˜ao-local

De acordo com a se¸c˜ao anterior a forma usual da equa¸c˜ao de Fisher-Kolmogorov, Eq. (2), n˜ao ´e ca-paz de descrever a forma¸c˜ao de padr˜ao em sistemas biol´ogicos. Para que isso aconte¸ca, devemos rees-crever o termo de competi¸c˜ao, introduzindo uma n˜ao-localidade na intera¸c˜ao entre indiv´ıduos.

Como discutido por v´arios autores [21, 22, 24–28], uma intera¸c˜ao n˜ao-local no termo de competi¸c˜ao

bu(x, t)·u(x, t) pode ser escrita considerando a densidadeu(x, t) na posi¸c˜aox e somando o produto desta com as demais densidades que est˜ao a uma distˆancia β. Isso equivale a dizer que cada indiv´ıduo da colˆonia vai interagir com todos os vizinhos que se encontram a uma determinada distˆancia β. Para um sistema de tamanho L, devemos substituir a intera¸c˜ao local pela n˜ao-local como:

bu(x, t)·u(x, t)−→ −bu(x, t)·

Z

L

(xx′)u(x, t)dx′ (7)

Considerando apenas o termo difusivo, a nova equa¸c˜ao com n˜ao-localidade ´e escrita como

∂u(x, t)

∂t = D

2u(x, t)

∂x2 +au(x, t) +

bu(x, t)

Z

L

(xx′)u(x, t)dx.(8)

Esta equa¸c˜ao ´e conhecida como Equa¸c˜ao de Fisher-Kolmgorov Generalizada (EFKG). Neste formato, os constituintes de uma determinada colˆonia tˆem suas intera¸c˜oes pesadas pela fun¸c˜ao (xx′) que

´e uma distribui¸c˜ao chamada “fun¸c˜ao influˆencia”, ca-racterizada pelo alcance β normalizada no dom´ınio

L

Z

L

(x)dx= 1. (9)

Neste modelo cada indiv´ıduo interage com todos seus vizinhos que est˜ao dentro de um determinado raio β e esta intera¸c˜ao ´e pesada pela fun¸c˜ao in-fluˆencia (xx′), diferentemente da antiga

for-mula¸c˜ao local em que as competi¸c˜oes se davam em um mesmo pontox. A fun¸c˜ao influˆencia de intera¸c˜ao, pode assumir diversas formas. Podemos utilizar dis-tribui¸c˜oes gaussianas, delta de Dirac, fun¸c˜oes de Heaviside ou mesmo uma distribui¸c˜ao de Laplace. Esta escolha depende do tipo de intera¸c˜ao a ser modelado.

3.3. Limites da func¸˜ao influˆencia

´

E relatado em alguns trabalhos [4, 23–25] e ser´a analisado nesta se¸c˜ao, que a forma¸c˜ao de padr˜ao observada em uma densidade populacional esta-cion´ariau(x), para uma dada fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao

(xx′), tem os seguintes comportamentos: i) Se o alcance da intera¸c˜ao competitiva entre os indiv´ıduos for muito curtoβ 0, isso corresponde a uma fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao bem localizada, do tipo delta

(xx′) =δ(xx′). (10)

Para esse caso o termo de competi¸c˜ao pode ser escrito como

bu(x, t)

Z

L

δ(xx)u(x, t)dx=bu2(x, t). (11)

(6)

ii) A n˜ao-localidade deixar´a de existir para o li-mite oposto, se o alcance da intera¸c˜ao competitiva for grande, β L/2. Para este valor de β, ob-servando as condi¸c˜oes de contorno, as intera¸c˜oes s˜ao pesadas e contadas entre L/2 at´eL/2 igual-mente para todos os pontos. Neste caso a fun¸c˜ao influˆencia ´e constante e pode ser retirada para fora da integral e o que resta do termo de intera¸c˜ao ´e apenas o produto de u(x, t) com uma constante. Com isso a competi¸c˜ao entre termos deixa de exis-tir e novamente n˜ao teremos forma¸c˜ao de padr˜ao. Este comportamento pode ser melhor compreendido resolvendo a EFKG numericamente.

iii) Os processos difusivos tamb´em tˆem um pa-pel muito importante na forma¸c˜ao de padr˜ao nos sistemas biol´ogicos, por exemplo em uma colˆonia de bact´erias. Se tivermos uma constante de difus˜ao muito grande, essa dinˆamica dominar´a a competi¸c˜ao entre os indiv´ıduos do sistema, fazendo com que a distribui¸c˜ao inicial de bact´erias u(x) se torne rapi-damente homogˆenea ao longo do espa¸co, n˜ao dando tempo para que o sistema se organize em uma es-trutura, n˜ao formando assim uma figura de padr˜ao. Como observado nos itens anteriores, a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao (xx′) deve ter um alcance β

n˜ao muito pequeno nem muito grande, para que possamos ter forma¸c˜ao de padr˜ao. Desta forma, fun¸c˜oes adequadas com as caracter´ısticas desejadas, ser˜ao, distribui¸c˜oes do tipo gaussianas, Heaviside ou mesmo Laplacianas, desde que obede¸cam os requisi-tos anteriores.

4. An´alise perturbativa na EFKG

Podemos fazer um estudo anal´ıtico na EFKG in-troduzindo uma pequena perturba¸c˜ao na solu¸c˜ao de u(x, t) que n˜ao exibe padr˜ao. As solu¸c˜oes que n˜ao exibem padr˜oes s˜ao homogˆeneas no espa¸co e constantes, u(x, t) = u0. As solu¸c˜oes que exibem padr˜oes s˜ao caracterizado pelo surgimento de on-das com comprimento e frequˆencia bem definidos na solu¸c˜ao de u(x, t). Impondo que u(x, t) = u0 na EFKG teremos u0 = a/b, sendo a a constante de crescimento e b o termo de competi¸c˜ao. Nesta an´alise perturbativa, devemos imaginar que o es-tado estacion´ario homogˆeneo ter´a uma pequena flu-tua¸c˜ao temporal. Se esta flutua¸c˜ao for amplificada no tempo, a solu¸c˜ao final estacion´aria ser´a deslocada da solu¸c˜ao homogˆeneau0 dando origem `a forma¸c˜ao de padr˜ao no sistema [4, 25]. Matematicamente este

comportamento pode ser dado por

u(x, t) =u0+εeikxeϕ(k)t. (12)

Nesta equa¸c˜ao,ε´e a amplitude da perturba¸c˜ao os-cilante considerada muito pequena, i´e a unidade imagin´aria (i2 = 1), k ´e o n´umero de onda no espa¸co de Fourier e ϕ(k) ´e a quantidade de maior interesse nesta an´alise, conhecida como taxa de cres-cimento da forma¸c˜ao de padr˜ao, que pode depender do n´umero de onda k. Notamos que se a taxa de crescimento da forma¸c˜ao de padr˜aoϕ(k) for menor que zero, esta perturba¸c˜ao se extinguir´a no tempo, n˜ao deslocando a solu¸c˜ao homogˆenea para um estado de forma¸c˜ao de padr˜ao. Mas se ϕ(k) for maior que zero, alguns modos perturbativos s˜ao amplificados, propiciando assim, o surgimento deste fenˆomeno. Desta forma, nossa an´alise perturbativa se dar´a no sentido de verificar em quais condi¸c˜oes os modos de perturba¸c˜ao ser˜ao ou n˜ao amplificados gerando forma¸c˜ao de padr˜ao, ou seja, estaremos interessados em verificar para quais condi¸c˜oes dos parˆametros da EFKG a taxa ϕ(k) ´e positiva ou negativa.

Substituindo a Eq. (12) na Eq. (8), desprezando termos de segunda ordem na amplitude deε, intro-duzindo a transforma¸c˜ao de vari´aveis z = xx

e considerando que a fun¸c˜ao influˆencia obedece as seguintes propriedades

(xx′) =(x′−x) (13)

e Z

L

(x′)dx′ = 1 (14)

encontramos a seguinte rela¸c˜ao de dispers˜ao

ϕ(k) =Dk2aFc{(z)} −iaFs{(z)}. (15)

Nesta equa¸c˜aoFc{(z)}e Fs{(z)}s˜ao as

tran-formadas de Fourier cosseno e seno da fun¸c˜ao in-fluˆencia(z),

Fc{(z)} = Z

L

(z) cos(kz)dz

Fs{(z)} = Z

L

(z) sin(kz)dz. (16)

Observamos que a Eq. (15) ´e composta por uma parte real e uma parte imagin´aria

γ(k) =Re{ϕ(k)}=Dk2aFc{(z)} (17)

e

(7)

A evolu¸c˜ao temporal da densidade populacional

u(x, t) ´e observada no espa¸co real. Podemos verificar como esta evolu¸c˜ao temporal ocorre pela Eq. (12), tomando apenas sua parte real

u(x, t) = a

b +εcos(kx)e

γt. (19)

Com isso devemos impor que nossa taxa de forma¸c˜ao de padr˜ao seja real. Observado esse detalhe, sempre restringiremos nossa an´alise `a parte real da fun¸c˜ao

ϕ(k) que denotamos por γ(k),

γ(k) =Dk2a Z

L

(z) cos(kz)dz. (20)

Como estamos interessados em verificar em que con-junto de valores dos parˆametros da Eq. (8) a taxa de forma¸c˜ao de padr˜ao ´e positiva, devemos escolher uma fun¸c˜ao influˆencia para realizar a transformada de Fourier e encontrarγ(k). Podemos come¸car nosso estudo anal´ıtico escolhendo a distribui¸c˜ao mais sim-ples, que ´e uma distribui¸c˜ao de Heaviside,

(z) =

1

2β[Θ (βz) Θ (β+z)]. (21)

Nesta equa¸c˜ao, β ´e o alcance da fun¸c˜ao influˆencia, que ´e normalizada no dom´ınioLdo sistema (0< β < L). Resolvendo a integral da Eq. (20), para a fun¸c˜ao influˆencia de Heaviside, Eq. (21), encontramos a seguinte express˜ao para a taxa real γ(k)

γ(k) =Dk2asin()

. (22)

Na Fig. 6 mostramos como ´e o comportamento da taxa de crescimento da forma¸c˜ao de padr˜aoγ(k) para alguns valores da constante de difus˜aoD. Nota-mos que para valores pequenos da difu˜ao,D= 0.001,

γ(k) apresenta regi˜oes positivas, mas para valores maiores, D = 1.0, este comportamento deixa de existir. Isso ´e fisicamente aceit´avel uma vez que os processos difusivos tendem a levar um determinado sistema a um regime espacialmente homogˆeneo e isotr´opico, ou seja, impossibilitando que determi-nadas regi˜oes sejam privilegiadas, o que poderia caracterizar o fenˆomeno forma¸c˜ao de padr˜ao.

5. Solu¸c˜ao num´erica da EFKG

Considere a EFKG com difus˜ao em uma dimens˜ao

∂u(x, t)

∂t = D

2u(x, t)

∂x2 +au(x, t) +

bu(x, t)

Z

L

(xx′)u(x, t)dx′(23).

Figura 6: Taxa de crescimento da formac¸˜ao de padr˜ao

γ(k), para uma func¸˜ao influˆecia Heaviside. A constante de crescimento vale a = 3.0 e o comprimento de interac¸˜ao

β= 4.0. Neste gr´afico a medida que a constante de difus˜ao aumenta, a taxaγ(k)deixa de ter valores positivos. Esta equa¸c˜ao pode ser resolvida utilizando um m´etodo num´erico apropriado, para uma determi-nada fun¸c˜ao influˆencia(xx′), uma distribui¸c˜ao

inicial u(x, t= 0) e condi¸c˜oes de contorno definidas. Para um sistema de tamanho L, podemos ter di-versos tipos de distribui¸c˜oes iniciaisu(x) para nossa popula¸c˜ao. Podemos considerar uma distribui¸c˜ao constante em todos os pontos,u(x) =cte, ou mesmo um ´unico ponto da distribui¸c˜ao diferente de zero,

u(xx0) = δ(xx0). Considerando uma distri-bui¸c˜ao de indiv´ıduos tipo gaussiana, teremos

u(x) = Γ exp

"

−(xx0)

2

2σ2

#

. (24)

Nesta equa¸c˜ao Γ ´e um fator de normaliza¸c˜ao, x0 ´e o ponto onde a distribui¸c˜ao est´a centrada e σ ´e a dispers˜ao da distribui¸c˜ao. Impondo que u(x) seja normalizada no intervalo [0, L], o fator de norma-liza¸c˜ao Γ ser´a dado por

1 Γ =

q π/2σ

erf

x

0

2σ

−erf

x

0−L

2σ

. (25)

A fun¸c˜ao influˆencia escolhida ´e uma distribui¸c˜ao, tamb´em gaussiana, dada por

(xx′) = Λ exp "

−(xx

)2

2β2

#

. (26)

Considerando condi¸c˜oes de contorno peri´odicas

u(0, t) = u(L, t), a normaliza¸c˜ao de (xx′) ´e

constante e ´e dada por

1 Λ =

q

π/2β erf √L

2β !

(8)

Para resolver a EFKG numericamente, conside-ramos um sistema de tamanho L = 1.0 e aplica-mos condi¸c˜oes de contorno peri´odicasu(x= 0, t) =

u(x = L, t). Em cada evolu¸c˜ao temporal usamos uma distribui¸c˜ao gaussiana de part´ıculas, Eq. (24), centrada em x0 = 0.5, com dispers˜ao σ = 0.04. Em todos os c´alculos usamos os incrementos espa-ciais e temporais ∆x e ∆t iguais a ∆x= 3×10−3 e ∆t = 1×10−3. A evolu¸c˜ao temporal de u(x, t)

´e feita at´e t = 180 e os estados estacion´arios s˜ao encontrados utilizando a condi¸c˜ao:

|u(x, t+ ∆t)u(x, t)|< δ, (28)

com δ= 1×10−12.

Na Fig. 7, apresentamos a solu¸c˜aou(x, t) com as intera¸c˜oes pesadas por uma fun¸c˜ao gaussiana, com

β = 0.01 (A), β = 0.15 (B) e uma taxa de difus˜ao

D = 1×10−4, em unidades arbitr´arias. Nesta fi-gura podemos observar como ocorre a forma¸c˜ao de padr˜ao de uma distribui¸c˜ao gaussiana de part´ıculas.

Figura 7: Soluc¸˜ao num´erica da EFKG para uma func¸˜ao in-fluˆencia gaussiana. No painel A o comprimento de interac¸˜ao valeβ = 0.01 e no painel B,β = 0.15. O coeficiente de difus˜ao em ambos os casos valeD= 1×10−4.

No primeiro gr´afico (A) as intera¸c˜oes s˜ao pesadas igualmente e o efeito n˜ao-local n˜ao se manifesta. Quandoβ = 0.15 os efeitos n˜ao-locais se fazem pre-sentes na dinˆamica do sistema, que se organiza em estruturas peri´odicas bem definidas. Na Fig 7 (B), para t = 0 as part´ıculas est˜ao mais concentradas no centro do sistema, mas para tempos maiores,

t= 180, o sistema apresenta uma distribui¸c˜ao osci-lante no espa¸co, caracterizando uma estrutura de forma¸c˜ao de padr˜ao.

Os estados estacion´arios u(x) s˜ao mostrados na Fig. 8, para β= 0.15 eβ = 0.25 e v´arios valores do coeficiente de difus˜aoD. Nestes gr´aficos, podemos verificar a influˆencia da difus˜ao nas estruturas de forma¸c˜ao de padr˜ao. Fixando β = 0.15, para va-lores pequenos da difus˜ao os estados estacion´arios apresentam padr˜ao. Mas quando elevamos o coefici-ente de difus˜ao, notamos que para D= 2.5×10−4

os picos de padr˜ao j´a se tornam negligenci´aveis. O mesmo comportamento ocorre para β = 0.25, onde notamos que as estruturas bem definidas de forma¸c˜ao de padr˜ao s˜ao completamente amortecidas paraD= 5.9×10−4. Este comportamento ilustra bem a relevˆancia dos processos difusivos em sistemas

(9)

biol´ogicos, que vem sendo intensamente estudados nos ´ultimos anos por v´arios autores.

6. Conclus˜ao

No presente texto realizamos uma revis˜ao dos aspec-tos principais envolvidos no surgimento do fenˆomeno forma¸c˜ao de padr˜ao, do ponto de vista da dinˆamica de popula¸c˜oes. Apresentamos v´arios exemplos de sistemas f´ısicos, qu´ımicos e biol´ogicos que apresen-tam auto-organiza¸c˜ao seguindo dos padr˜oes, ou mesmo sistemas que exibem padr˜oes sem auto-organiza¸c˜ao. Verificamos que para cada sistema exis-tem parˆametros espec´ıficos que governam o surgi-mento dos padr˜oes. Para uma popula¸c˜ao o aspecto central na forma¸c˜ao dos padr˜oes s˜ao o espa¸co onde est´a confinado a popula¸c˜ao e principalmente as in-tera¸c˜oes. Mostramos que para modelar matemati-camente este fenˆomeno, ´e necess´ario modificar a equa¸c˜ao de Fisher-Kolmogorov, que ´e um modelo dinˆamico geral, e introduzir um termo n˜ao-local nas intera¸c˜oes. Apresentamos um estudo anal´ıtico perturbativo e tamb´em solucionamos a EFKG nume-ricamente e mostramos como os processos difusivos influenciam a forma¸c˜ao de padr˜oes e a importˆancia da n˜ao-localidade nas intera¸c˜oes na descri¸c˜ao deste fenˆomeno.

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Imagem

Figura 2: Convecc¸˜ao de Rayleigh-B´enard em ´oleo com p´o de alum´ınio suspenso no l´ıquido
Figura 3: Franjas de formac¸˜ao de padr˜ao no experimento da instabilidade do impressor [16]
Figura 4: Figura de padr˜ao em uma colˆonia de p´assaros disputando espac¸o para construir seus ninhos
Figura 6: Taxa de crescimento da formac¸˜ao de padr˜ao γ(k), para uma func¸˜ao influˆecia Heaviside
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