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Data collection on bone density of mandibular alveolar bone on a Hounsfield scale of the dental apex of the cranial root of the first inferior molar in dogs using computed tomography at FMVZ-UNESP

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Academic year: 2017

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Levantamento de dados de densidade óssea de osso alveolar mandibular em escala

hounsfield de ápice de 1° molar inferior em cães através da tomografia

computadorizada na FMVZ-UNESP

(Data collection on bone density of mandibular alveolar bone on a Hounsfield scale of the dental apex of the cranial root of the first inferior molar in dogs using computed tomography at

FMVZ-UNESP)

Emanuelle Guidug Sabino l;Felipe Carvalho Evangelista 1;Lívia Pasini Souza 1*; Luis Carlos Vulcano 1 ¹Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia/UNESP – Campus de Botucatu. Botucatu, SP. Brasil.

Autor para correspondencia: e:mail: li.pasini.vet@gmail.com

Resumo

A cabeça é a região mais importante e especializada do corpo, porque contém um leque de órgãos especializados e, por ser uma região com interligações entre os órgãos especializados, há grande sobreposição de imagens. Com isso, a tomografia computadorizada (TC) auxilia no diagnóstico de afecções nessa região, como por exemplo as afecções orais, visto que promovem fatias ou cortes milimétricos e demonstra a relação das diversas estruturas anatômicas envolvidas, em volume e profundidade. Dentro da odontologia, a TC auxilia na identificação de processos patológicos como infecção, tumores, visualização de dentes inclusos e de leito ósseo. Esse estudo objetivou a avaliação da densidade do osso alveolar mandibular em um ponto determinado para posteriormente predizer o quanto a doença periodontal está envolvida na reabsorção óssea. Para isso, realizou-se um estudo cego retrospectivo (n=124) dos arquivos de exames tomográficos de crânio de cães da FMVZ-UNESP de maneira a determinar a densidade óssea de mandíbula na escala de Hounsfield, em região de ápice dentário da raiz cranial de primeiro molar inferior de cães. Os resultados obtidos foram avaliados por meio de médias e desvio padrão (27,28 ± 9,53 HU), de forma a predizer a densidade normal do osso alveolar mandibular da região estudada. Assim, esta análise de dados permite uma avaliação mais concisa da reabsorção óssea de osso alveolar mandibular e, com isso, proporciona um adequado planejamento cirúrgico em casos de osteossínteses dadas principalmente pela presença da doença periodontal instalada.

Palavras-Chave: Diagnóstico por imagem, tomografia computadorizada, cães, mandíbula, densidade óssea.

Abstract

The head is the most important and specialized region in the body because it contains a range of specialized organs and, because it has interconnections between specialized organs, there is a great overlap of images. Thus, computed tomography (CT) helps in diagnosing diseases in this region, such as oral conditions, as they provide millimetric slices or cuts and demonstrate the relationship between the various anatomical structures involved, in volume and depth. Within dentistry, CT helps in the identification of pathological processes such as infection, tumors, visualization of embedded teeth and bone bed. This study aimed to assess the density of the mandibular alveolar bone at a determined point to later predict how periodontal disease is involved in bone resorption. For this, we performed a blind retrospective study (n = 124) of the CT scan files of dog skulls at FMVZ-UNESP in order to determine the density of the jaw bone using a Hounsfield scale, in the region of the dental apex of the cranial root of the first molar tooth in dogs. The results obtained were evaluated using mean and standard deviation (27.28 ± 9.53 HU) in order to predict the normal density of the mandibular alveolar bone in the studied region. Thus, this data analysis allows a more concise evaluation of bone resorption of mandibular alveolar bone and, therefore, provides an adequate surgical planning in cases of osteosynthesis given mainly by the presence of installed periodontal disease.

Keywords: Diagnostic imaging, computed tomography, dogs, jaw, bone density.

Introdução

A cabeça é a região mais importante e especializada do corpo, porque contém um leque de órgãos especializados como o cérebro, órgãos relacionados à audição, visão, olfato e alimentação (GIOSO & CARVALHO, 2005). Já a cavidade oral compreende lábios, palato duro, processos alveolares superiores e inferiores, dois terços anteriores da língua, mucosa bucal, região do trígono retromolar e soalho da boca, incluindo o vestíbulo (espaço entre os lábios externamente e os dentes e gengivas internamente) (SOUZA et al., 2003), sendo essas estruturas sustentadas pelos ossos da face.

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osso alveolar do que as técnicas convencionais 2D, dessa maneira permite alta precisão e reprodutividade das medidas estáticas.

Essa ferramenta diagnóstica foi idealizada por Godfrey N. Hounsfield, sendo um método não invasivo, rápido e fidedigno. Trata-se do exame de escolha para avaliação de estruturas ósseas por meio da reprodução matemática e computadorizada de secções radiografadas do corpo (RODRIGUES & VITRAL, 2007). Essas fatias ou cortes são milimétricos em planos axial, sagital e coronal. O exame não projeta em um só plano todas as estruturas alcançadas pelos raios-X convencionais, mas demonstra a relação das diversas estruturas anatômicas envolvidas, em volume e profundidade (ROZA et al., 2009). Dessa maneira, esse exame possui algumas vantagens sobre a radiografia convencional, pois as informações tridimensionais são mantidas através de secções finas do alvo estudado sem que haja sobreposição de estruturas, além disso, possui alta sensibilidade em que pode detectar diferenças de densidade entre tecidos de 1% ou menos e proporciona fácil ajuste da imagem após realizada a varredura. A imagem de tomografia computadorizada não possui distorção, o que torna possível medir distâncias, deslocamentos e espessuras, mas uma considerável desvantagem é que os dentes apresentam maior densidade que a cortical óssea, além disso, restaurações dentárias apresentam ainda maior densidade e também podem ser estruturas metálicas levando à produção de artefato em região de cabeça e pescoço (RODRIGUES & VITRAL, 2007).

Dentro da odontologia, a TC auxilia na identificação de processos patológicos como infecção, tumores, visualização de dentes inclusos, avaliação de seios paranasais, trauma, articulação temporomandibular e de leito ósseo. Além disso, a TC pode identificar alterações com baixo contraste, sendo usada para distinguir tecidos moles e secreções líquidas nas sinusites (SUMIDA et al., 2002; RODRIGUES & VITRAL, 2007). Essas sinusites podem ocorrer devido ao fato das raízes dentárias de pré-molares superiores apresentarem-se muito próximas do seio maxilar, dessa maneira, uma infecção periapical ou periodontal nessas raízes pode se disseminar diretamente ou via vasos sanguíneos para a mucosa do seio (FRANCHE et al., 2006; RODRIGUES & VITRAL, 2007; SILVEIRA et al., 2008) ou então podem ocorrer devido à iatrogenia na extração dentária. Essa afecção inicialmente é tratada como rinosinusite, mas como sua causa não é tratada, a doença recidiva com freqüência, até que o diagnóstico correto seja obtido (FRANCHE et al., 2006).

A TC como exame isolado, apresenta algumas desvantagens como o elevado custo, altas doses de radiação, baixa disponibilidade dos equipamentos, formação de artefato na presença de material odontológico restaurador e endodôntico e necessidade de anestesia geral para imobilizar o paciente. Ela não substitui radiografias convencionais no diagnóstico odontológico inicial, mas tem importância ímpar para o diagnóstico de casos duvidosos (SUMIDA et al., 2002) e avaliação quantitativa de processos patológicos, como por exemplo reabsorção ósssea dada pela doença periodontal, uma vez que não permite sobreposição e distorção de imagem das estruturas.

Objetivou-se avaliar a densidade do osso alveolar mandibular em um ponto determinado para posteriormente predizer o quanto a doença periodontal está envolvida na reabsorção óssea e, por conseguinte, nas fraturas patológicas. Além disso, o conhecimento da densidade óssea permite ao médico veterinário cirurgião um melhor planejamento de osteossíntese em casos de fraturas.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo retrospectivo dos arquivos de exames tomográficos de crânio de cães do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade ―Júlio de Mesquita Filho‖ – UNESP – BOTUCATU de maneira a determinar a densidade óssea de mandíbula em região de ápice dentário da raiz cranial de primeiro molar inferior de cães com a cavidade oral aparentemente com pouca doença periodontal instalada.

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somada às lesões periodontais é conhecida como ponto mais comum de fratura patológica de mandíbula em cães domésticos de pequeno a médio porte.

As imagens foram obtidas através da tomografia computadorizada de crânio (Figura 1) de 124 cães de pequeno a médio porte (até 15 kg) e diferentes raças pelo tomógrafo Shimadzu, SCT-7800TC, helicoidal,120Kv, 140mA, espessura de corte e incremento de 1mm e tempo de rotação do tubo de RX de 1segundo. Todas as imagens foram analisadas por dois observadores (pós-graduandos do setor de diagnótico por imagem), fazendo um estudo cego em que, através do programa tomográfico E-film Workstation (Figura 2), foram obtidas as densidades ósseas na escala Hounsfield (HU). Os resultados obtidos foram avaliados por meio de médias e desvio padrão, de forma a predizer a densidade normal do osso alveolar mandibular da região estudada. Dessa maneira, um próximo passo será avaliar o quanto a doença periodontal interfere na densidade óssea do local em questão.

Figura 1:

Imagem tomográfica de crânio, eixo lateral. Observar

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Figura 2:

Imagem do programa (E-film Workstation) utilizado nas análises

tomográficas de crânio.

Resultados e Discussão

Diante as tomografias analisadas, a média de densidade óssea de osso alveolar mandibular em região de raiz cranial do 1° molar inferior foi de 27,28 ± 9,53 HU, sendo que animais muito jovens apresentaram menor densidade óssea. Em contrapartida, animais de meia idade e sem lesão periodontal apresentaram maiores valores em escala Hounsfield. A máxima densidade obtida foi de 62 HU, em um paciente de 4,5 anos e peso próximo de 15kg. Já o menor valor observado, 11 HU, correspondeu a um filhote de poodle que não apresentava sinais de doença periodontal instalada. A mediana desta análise correspondeu a 26 HU e o valor mais comumente observado, 23 HU.

De acordo com os resultados obtidos, conseguimos ilustrar uma série de variáveis a respeito da densidade do osso alveolar. Um primeiro fator, corresponde a sua porosidade e diferença de densidade no decorrer de sua extensão de periodonto. Além disso, o fato de ser um estudo retrospectivo, não permite a homogeneidade das variáveis, ou seja, raças diferentes, por mais que seja estipulado um intervalo de peso dos pacientes da amostra, apresentam densidades ósseas diferentes e, por fim, fatores como taxa hormonal e a própria contaminação oral pela doença periodontal, mesmo que ainda no início, podem permitir a reabsórção óssea, e, por conseguinte, a diminuição da densidade tomográfica do osso em questão. Sugere-se mais estudos, principalmente no que diz respeito à determinação da densidade óssea do osso alveolar mandibular em uma raça específica e também avaliar o quanto as taxas hormonais interferem nessa reabsorção, haja visto que mulheres, as quais não realizaram reposição hormonal após a menopausa, apresentam comumente a osteoporose.

Conclusão

Esta análise de dados permite uma avaliação mais concisa da reabsorção óssea de osso alveolar mandibular, atunado como ponto de partida para a avaliação da densidade óssea, e com isso, permite um adequado planejamento cirúrgico em casos de osteossiteses em fraturas por brigas, atropelamentos e até mesmo patológicas, dadas principalmente pela presença da doença periodontal instalada.

Referências

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