GEOLOGIA PRE-CAIIBRIANA
DA DEDALUS-Acervo-tGCI iltilt iltil ililt iltil ilil ilil ilil ilil iltil iltil ililt ilil ilil
REGIÃO
AMAZONICA
30900004471
-t
. c \;r'
:."://
Tese apresentadt aoConq¡rso de
Livre
Docênciano Departanpnto de
Paleontologia
e Estratigrafia
do
Institr¡to
de Geociências da Universidade de São Paulo, parao
conjunto dedisciplÍnas
de Geologia do
Brasil.
¿
1Å L'e)capiiu.o
I
{
?ô4.caNrEû?0
Copitutu
11N{ET000L0G1.A
...
A-
Geocnonolngia . . .....
B-
Se¡u o tt"cametto
RanoîøCapi,tuho LrL
TERMINOLOGTA
...
A- fee¡õnica
.,...
B-
EatnaùLgtøÇ*aC- Geognnd.ía
.
...
eapitu(.0
rv
GE(0L}GIA OA
"P(2VíNCLA ilMZalJlCA oRlElfrÁr
A-
Gue¡a,LLdades ...
B-
Patú.e Notute da Pr@vine,ia .1 1
2 3 6
.aaaaa
1-
tuf.naLLgnadia .aaaaaaaaaaata.a
a aa a a a a a aa a aa. a a a a a a a
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aaaaalaaaa a.aaaa
2-
GeouonoLogía3-
EstlutftJJla .4-
Reeuluoa |,L'cnuwílPante SaL da ?ttovínoLa
l-
ErttubLgttadía2-
Geoe¡onologia..
....
3-
EtþutfuncL ...
4-
R eu¡u o¿ lrtrcne¡.a,í,sI
I
l0
c-l6
16
l8
'te
aaaaaaaa.
20 20 20 20
26 30 31 32 32
42
48
Capituto
vGEOL}GLA vvL^ 0A vd PR}VîNCr{, I Ñvv lllw¡¡ /'ULZ1^/ICA CEÑTRAI
...
l¡-Gene¡a,Lidadu
...
B-
Pattte Nonfe da Pnovina,ca .1-
EtttubLgnaÇ*a
...
2-
Geouconologia
....
o3-
E¿tnútna
...
4-
Reeu,sot WnetaisC- Pattte Sut d0" Pn-ovinc,La
1-
Etttø,txgnafta2-
GeocnonoLogia3-
E¿tltufuna" ...
4-
Reatruot l.knønai¿0c1^ oA ?R}vîNcr/. At,lLTlvrcl. )crDE^IrAL
A-
Genuta,LLda.de'sB-
Palú.¿ Nonte da P¡tovíneia .1-
úfnabLgnadía2-
Gøoc¡¡noLogí0,3-
E^ûLu,tuLa.
...
4-
Reeuluo^ [l*ne¡ní'sC- Panfø Su,t- d0. ?rcvíneia
1-
E¿tna.tígnadía2-
GeocnnnoLogía3-
E¿Lrtu.tuJla.
....
..
..
4-
Reeun's o,s l,l*nenaLtII
,ARAçÃO GEOLOGTCA ENTRE
A
AI,IAZI.NTA ERASILEÍRA)Å1-SES vLZlNH0S
capílu,Lo
vIGEOLOGIA OA ?ROVîNCIA AI,IATONTCA OCTDENTAT
A-
Genuta,LLda.de's8-
Palú.¿ Nottte da P¡tovíneia .54 54 54 54 75 83 84 86 86 97 103 104
1-
úfnaLLgnadía2-
Gøoc¡¡noLogí0,C- Panfø Su,t- d0. ?rcvíneia
4-
Reeuluoâ M*ne¡nis1-
E¿tna.tígnadíacapí.tuLo
vII
c1t',tP/iRAÇÃ} GE|L1GTCA ENTRE A
^MAZ1NTA
ERASILEÍRA
2-
GeocnnnoLogía3-
E¿Lrtu.tuJla.
....
..
4-
Reeun'sot lhnenaLtOS PAISES VTZINHOS
A-
Intuodução ,Íi-
GwLona Ftuncela('.- SunLnon
0-
Gw¡anaE-
VønezuøLa .F-
CoLõmbia..
G- ßolí.vio,
...
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Capí¡uLo
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ESB0ç0 ÐA EV}LUçÃ1 rECr.NrCA OA /.¡/.AZaNTA N0
'?.E-CAi,fBR1Añ0
E COATSI'ERAçOES SOBRE S{.IAS REIAÇdES COM
A
MF.TALr,GÊA'ESE EEV}LUçÃ? eeoúerct, Âr0
FANER0ZÕTCO
....
144A-
Iyúnctdução.
...
144ß-
Oívi¿ão EtLtaLígni"þLea do pnd.-Canbníano dafunazõwLa
145C- Coneei,tuação ^e CanaeføtuLzaçãn da PLaÍadotua
I'nazôwLca
146D- Oe'senvoLvinenfo da ?La.tadonna Ana¿õwLcn no
ptí-CanbtvLano
In(enion
e
illød,Le...
t54t-
0esenvolvinønto da Plafado¡na Amazôntet noptî-CanbnLano SuqØtion
... o....
...
156F-
Relnçõe,s'
ønbtea
l.lata,(.ogã-ne^ee a
Evohtúopnî.-CanbnLana
{a
PLa,ta[o¡ua A,nazõwLca..
G- Evolução Fanenozîies. da PLaf.adonnø Anazônios,...
Capî.tuo
LxEXEMPI0S 0E APIJCAÇÃ) OE SEf'/S0RIAMEfr/f T'IEffTO GEOLÓGTCO REGiO/\JAI OA AMAZANTA
A-
Ínt¡odução .B-
Regíão daSena
dot
Cani'a,tC- Regíão Nonte d¿ Ronøína
....
D-
Regían doRio
Fne'seoE-
Concluõe,sCapí.tuin
xsuMÃRto E cof\,crusoEs
BTBLIO'ìRAFTA
0
REM'T' A0MAPEA-Í¡mce
rAs rABEtAs.
158.
161lwtce
tls
ItusrRAçOEs.
168168 170
172
173 174
.
189.
193.
210INTRODUCÃO
A
-
Definição de PropõsitosIniciado
em 1967, como um reconhecirnnto geocronolõgico doe¡ùasamento das Bacias Sedimentares do Amazonas
e
Parnaíba,
este
trabalhoevoluiu
até a
sua presenteforma, cujo
objetivo
ê
apresentar
uma sinteseda geologia Prê-Cambriana da
região
Amazônica. Essa evoluçãofoi
motivadapelo
fato
deser
praticannnte impossivela interpretação
dosvalores
geo-cronolõgicos
obtidos,
sem uma adequada fundamentaçãogeolõgica.
Passo.¡en-tão
c
autor
a
coletar
informaçõesgeolõgicas
em todas asfontes
possi-veis,
tais
como naliteratura
aberta,
emrelatõrios
internos
da PETROBRÃS, DNPl'l, SUDAfjle
CPRM,e,
principalmente,atrav-es
de contatospessoais
comgeõtogos que trabalharam na
região.
Emprincípios
de .1971,os
dados atã entãocoligidos
foram lançados em um mapa base emescala
I :
5
000 000Com exceção de algnrmas ãreas no
sul
do Parã, Rondôniae
extremonorte
deRoraima, não
foi
possivel
integrar
aqueles dados de maneira adequada parao
esclarecimento das relaçõesestratigrãt'icas
entre
asdiversas
unidadesI i tolõ9i cas.
Como pesquisador colaborador do
Instituto
de Pesquisas Espaciais
(INPE)'o
ôutor teve
acesso,jã
emfins
det971,
ãs
imagens de radarde visada
lateral,
obtidas pelo Projeto
RADAM em meados do nesmo ano.Nes-sa müsma -epoca,
o
autor
foi
indicadopelo
INPE paraser
investigador
prin-cipal
do Programa ERTS(Earth
Resources TechnologySatellite)
iniciado
em meados de 1972pela
NASA. Dessa época,até
fins
de 1973,o
autor
oq¡pou-se d,r interpretação das imagensmrlti-espectrais
dosat6tite
ERTS-Ie
dasimagens de
radar
doProjeto
RADAI'4, comvistas a
elaborar um mapa geol6gicodo Prã-Cambriano da Amazônia.
2
dos
trabalhos, torno¡-se possivel
o
estabelecimento de um esquema da geologia
Prõ-Cambr'iana daregiãor
ê
â
elaboração deid6ias
sobresua
evoluçãotectôni ca.
0
autor teve
oportunidade de desenvolvertrabalhos
de
cam-po em Rorairrðrr ho
inicjo
de 1972,e
novale
do Tocantins, durante os mesesde outubro
e
novembro do mesmo ano, ao coordenara
parte
de geoìogiae
re-cursos minerais do Plano de Desenvolvimento integrado do Vale do Tocantins
(suDAM/HTDRoSERVICE, 1 973 ) .
A presente com¡nicação
foi
elaborada como
prop6sitofunda-mental de
servir
como ponto dereferência
para
osprojetos
de
mapeamentogeolõgico
e
de prospecção mineral queora
se desenvolvem naregião.
Comoobjetivos
secundãrios,este trabalho
pr^etendetrazer
umacontribuição
parao
melhor conhecinrento da evoluçãotectônica
daPlataforma
Sul-Americana(ALMEIDA, 1971
)
e
apresentar uma proposta de metodologiapara
mapeamentode grandes ãreas em
curto
prazo.B
-
Definicão da Ãrea EstudadaA ãrea
objeto
destetrabalho
abrangea
quasetotalidade
daregião
definida
como Amazôn'ia LegalBrasileira,
com cerca de5
milhões
dequilõmetros quadrados. Rochas Pr6-Cambrianas afloram em cerca
de
40% daquela
ãrea.Para
facilidade
de descrição geolõgica,o
autor
divide
a A-mazônia emtrãs
provincias:
oriental;
ocidental
e central
(Fig.
l).
A
provincia
oriental
é limitada a
'leste
pelo 0ceanoAtlãnti
co
e
pelgtir)
Gurupie
a
oeste pelosrios
Maecuru,Xin$r
e
Fresco.
Estesrios
marcamo
limite
leste
daprovincia
central,
cujo
limite
oeste6 a
ti-nha que
liga
opico
da Nebìina aoflanco
sul
dachapada do Cachimbo.0 re:
Referências ãs riquezas minerais da
região
Amazônica são co nhecidas desdeo
séculoXVI,
quando os espanhõís exploraramo
rio
Amazonasdesde
a
suafoz
at6
seus af'luentes no Equador.Dessa 6poca,
até
meados do s6culoXIX,
a
região
recebzu
avisita
devãrios
geõgrafose
naturalistas
que exploraram osrios
princi
pais,
comvistas a
estudar suaflora,
fauna,
clima,
etnografia
e geogra
-fia.
Asreferências
geolõgicas são resumidase
referem-se
especialmente ãs unidades da BaciaSedimentar.
Sorente nofinal
do sãculo6
que seini-ciaram os
trabalhos
sistemãticos de reconhecinBnto geotõgico daregião,
dg senvolvidospor
CharlesF.
Hartt,Orville
Derby,Friedrich
Katzer,
John C.Branner, John l,J. Evans, Gonzaga de Campos, Odorico
Ribeiro
de Aìbuquerque, EuzebioP.
0liveira,
Avelino
I.
de0liveira,
Pedro de Mor.lra, Glycon de Paiva,
PaulinoF.
decarvalho,
Axeì Löfgrene Luis
F.
de Moraes Rego. Estafa
se durou
at6
meados da década de30.
Durantea
II
Guerra lrfundiala
regiãofoi
quase abandonada,persistindo
apenas os trabalhos do Conselho Nacionaldo Petrõleo.
Em meados da dãcada de
50,
emparte
co¡noresultado
da descgberta
decassiterita
em Rondônia,reativou-se
o
interesse
pelas ãreasPrã-Camirr ianas com
a
execução dos Projetos Araguaia,Iriri-Cachimbo e
Aìto
Xig9u,
seguidos pelosProietos
Rondôniae
l"lãdio Tapaj6s (todos patrocinadospeìo DNPM)
e
peìoProieto
Rio Branco (patrocinadopela antiga
SPVEA-Super-intendãncia do Plano de Valorização Econômica da Amazõnia).
A descoberta, em 1967, dos enormes dep6sitos de
ferro
daserra
dos Carajãs marcao
início
daatual
fase
de exploraçãogeo'lõgica
daregião.
Vãrias entidades, dentre as quais podemoscitar
a
CPRM,
IDESP ,SUDAM
e
DNPM, estão desenvolvendotrabalhos
de mapeamento geolõgicoe
proå pecção de recursos minerais em todaa
Amazônia. Como
advento dos prograUYANA
,,1.
;;ù
(i\¡
? l,t
l-. *./...-..
Rio 0ronc-9-'
o
lo5
Fìgura
I -
Mapa mostrandoa
divisão
da Amazônia emtrãs
Provincias
Geolõgicas,Com exceção para as bacias sedimentares
Faneroz6icas,
sãobastante
raros
ostrabalhcs
desintese
geológicaregional.
0
trabalho
pioneiro õ
o
de KATZER(1903), referindo-se
exclusivamente ao Estado do Parã.MOURA ('1938) apresenta uma condensação dos
trabalhos
efetuadosatã
1934 naregião
compreendidaentre
osrios
Aripuanãe
Urubúe a
foz
do Amazonas MENDTS (1967) apresenta um resumo da evolução geo'lõgica daregiã0,
porém com maior ênfase para as baciassedimentares. Recentemente,
SUSZCZYNSKI(1970) apresentou uma
tentat'iva
desintese
da geo'logiae
tectônica
daAma-zônia.
Todavia, devidoã
falta
de determinações geocronológicase
mapeamento
geo'lõgico, as conclusões doautor
são bastantecontrovertidas.
LOCZY(1972)
tece
considerações sobrea
constitu'ição tectõnica
doEscudo
dasGu'ianas3 com ênfase para
o significado
do Grupo Roraina. No mesmo ano ARAUJ0
(1972) apresentou um esboço geológico da ãrea deiurisdição
do 59Dis
-trito
do DNPM, abrangendo os Estados do Parã, Amazonase
Acree
osTemitõ
rios
de Roraimae
Amapã.Aìguns trabalhos de 'integração geol6gica do Escudo das Grrie
nas,
dentre os quaìs podemoscitar
os de GANSSER (1954)e
CH0UBERT (1969)'fazem
referências
aoBrasil,
especialmente para osTerritõrios
do Amapã e Roraì ma.0 autor
(AMARAL,1970e
l97l)
apresentou com¡nicaçõespreìi
minares sobreo
desenvolv'imento geolõgicoe
tectônico
da Amazõniano
Pr6-Cambri ano.
No que se
refere a
estudos geocronolõgicos divulgadosante-ri
or.mente, cons'iderem-se os trabal hos de ALMARAZ ( I 967 )'
HURLEYet
a'l .(1968), ALMEIDA.et
al.
(1968), MELCHERe
IS0TTA (1968), AMARAL(1969)'
AMA RALet
al.
(1970),
PRIEM (1971)e
GOMESet
al.
(197t).A
ljteratura
geológica da Amazônjaé
bastantegrande.
Umabibtiografia
atualizadaat6
1964foi
apresentadapor
L0EWENSTEINet
al.
(1969), na
qual
estão relac,ionados cerca de 1358trabalhos.
Infelizmente,em sua grande
maioria,
referem-se ãs unidadesFanerozóicas.
Uma avaliação-ções sobre
a
geo'l ogi a uma tendência oposta,D
-
Agradecin,entosVãrias pessoas colaboraram,
direta
ouindiretamente,
paraa
nealização deste
trabalho,
seja
fornecendo informações,facultando
acessoa
da-dos,
efetr¡ando anãlises delaborat6rioo
oudiscutindo
as concìusõespreli-minares.
Por essemotivo,
o
autor
deseja expressaraqui
os seus melhoresagradec'imentos ãs seguintes pessoas:
Dr.
Fernando de Mendonça,Diretor
Geraldo
Instituto
de Pesquisas Espaci ai s;
EngQ Edson
B.
Teracine, ex-Gerente doProjeto
Sensores Remot;osdo
Institu-to
de Pesquisas Espaciais;Prof. Dr.
FernandoFlãvio
Marques de Almeida, da Universidacle deS.
Paulo;Geol. ltlanoel da Redenção
e
Silva,
Chefe do 59Distrito
do DIIPM;EngQ Geraldo
Martins,
Chefe da Divisão de Recursos l4inerais', Departamentode Recursos
Naturais,
da SUDAM;Geol. Francisco de Assis
S.
Nazãrio, daHidroservice,
Engenharia deProje-tos
Ltda.;
EngQ Jos6 Maria
S.
Santos, doinstituto
de Desenvo'lvimento liconômicoe
So-cial
do Parã (IDESP);Prã-Cambriana. De .l964 para predominando
trabalhos
sobre6
cã
a
situação apresentao
Prã-Cambriano.Dr.
Geol Geol Geol Geol Geol Geol Geol Geol
Ma
rtin
Halpern, da Universidade do Texas; Persio Mandetta, da CPRM;0scar
P.
G. Braun, da CPRM; Iv anl{.
B.
0l iv ei ra,
da CPRM;Gilberto E.
Ramgrab, da CPRM; Octavi,¡
F.
da Si 1va, da Docegeo;Peter
[.
Knup ;lJanderley de Ruy
Beisiegel,
daCia.
Amazônia Mineraçãc S.A.;Geol. Fausto Delgado Giancursi;
Sr.
ClaudioConerlatti,
do Centro de Pesquisas Geocronoìõgicasda
U.S.P. As determinações geocronoìõgicas e viagens aocampo
foramrealizadas
comauxi'lios fornecidos pela
Fundação de Amparoã
Pesquisa
doCapitrlo
II
MEIODOLOGIA
A
-
GeocronolggiaUma
revisão
atualizada dos mõtodos de datação radiométrica,em seus fundamentos
teóricoS, é
apresentadapor
Y0RKe
FARQUHAR (1972)Estes autores tambõm discutem os probìemas de
interpretação
dosvalores
obti
dos.Para as rochas da região Amazônica,
o
autor
utiìizou-se
domõtodo potãssio-argônio, conforme as
t6cnicas
descritas
por AMARALet
al(1966).
Foram tamb6m efetuadas cerca de 30 determinaçõesrubldio-estrôn-cì0,
pelo
Dr.
Martin
Halpern da Universidade do Texas, segundo as técnicasdescritas por
HALPERN (1968).Para os
cãlculos
das idades potãssio-argônio"foi
utilizado
um programa para
o
computador Bumoughs B-6700, desenvoìvidopelo
autor Este programacalcula
a
quantidade de argônioradiogênico,
a
quantidade deargônio atmosfãrico
e a
idade ìevando em conta oserros
analiticos;
calcula
aindao erro
mãximo para cadavalor.
Assim,o erro
inclicado nas tabelas
de determinações geocronol6gicas apresentadas nestetrabalho
é o
erromãximo
possível,
resultante
da propagação doserros
analíticos.
Para ocãlculo
das is6cronasrubidio-estrôncio,
foi
usado Ltm programadesenvoìvi-do
pelo autor
em colaboração como
Dr. Koji
Kar'¡ashita. Estr: programacal-cula a
inclinação
daisõcrona,
sua intersecção como
eixo
y
(sr87/sr86)
ea
idade,
acompanhados dos seus respectivos desvios-padnã0,l)or
regressãolinear
simples.
De modo auniformizar
os resuìtados Eeocronolõgicos, parafins
deinterpretaçã0,
os dadosanalîticos
detrabalhos
antr:riores
foramcalculados seErndo esses programas. As constantes empregad¡rs foram: À
tot
=0,530
lO-g.uno-lK40
=
l,l9
lo'2
r" dototaì
de ãtomos de potãssios"87lsr86 normalizados pu"a s"86/sr88 = 0,1.l94
5"87¿5.86 do padrão srcOr(Eimer & Amend) = 0,7079
t
0,0006r
Rb87 =1,47.
lo-ll.uno-l
A maior
dificuldade
paraa
utilização
dos métodos geocrono-lõgicos,
como uma f emamenta geo'lõgi ca ef iciente,
reside
na
interpretaçãodos ua'lores
obtidos
comrespeito
ao seusignificado
no ãmbito do desenvo'l-vimento geolõgico de umaregiã0.
0
autor teve oportunidade
de
trabalhar
com os
três
principais
m-etodos geocronolõgicos(K-Ar,
Rb-Sre U-Th-Pb)
e, da mesma maneira que rn¡'itos,'investigadores em todoo
rnt¡ndo,teve
probìemaspara
a
interpretação
dosvalores
obtidos.
Esses pnoblemas concentram-se na não obediôncia de um dos postulados fundamenta'is da geocronoìogia radiométrica, qual seja o
de queo
mìneral,
ap6s sua formaçã0, deveser
umsis-tema fechado, não permitindo
a
entrada ousaida
dosisótopos
radioativoso¡
radiogênicos. tloje,
após mais de duas d-ecadas daexistência
dageocro-nologia
radiom-etrica, pode-seafirmar
que sistemas fechadossão
umaexce-ção.
Uma grande variedade de fenômenos
geolõgicos,
de
caráterterrnal,
dinãmico (pressão), quimico ou conrbinado,õ
capaz deabrir
aquelessistemas, introduzindo ou
retirando
isõtoposradioativos
e
radiogênicos. Esses fenômenos são mais freqtlentese
intensos nasregiões
tectonicamenteativas,
emparticu'lar
duranteo
desenvolvimento deprocessos
geossincli
-nais.
Entretanto
as plataformas, apesar da menor intensidade dosfenôme-nos geolõg'icos, exibem casos de
criptomo{ismo
(KHAIN,.l965).
Este fenõmeno
caracteriza-se
por um aquecimentofraco,
mas de ìongaduração,
depar-tes
daplataforma.
Ele
tem s'ido detectado apenas por determinações K-Arê
pcrde causarsérios
erros
deinterpretaçã0.
Como decorrência dafalta
deconhecimento
quant'itativo
dos fenômenos que afetama
composição isot6picados minerais apõs sua formação,
a
interpretação
de resultados de determina ções geocrono'l6gicas apresenta uma componente especulativa bastantet0 E õUvio que uma
cometa interpretação
geocronolõgica
deveestar
intimamente relacionada coma
anãtise
geotectônica daregião
estuda-da de modoa permitir
uma qua'lificação dos fenômenos capazes dealterar
ossistemas
isotópicos.
Afalta
de elementos para uma orientação nesse sentido'impediu
o
autor
de d'ivulgar anteriormente, de maneira adequada, osre
-sultados de seu programa geocronolõg'ico.
Nos
itens
correspondentesã
anãlise
dos resuitados geocrono 'lõgicosobtidos
em amostras da Amazônia,
ficarão
justificadas
ascrîticas
acima apresentadas.
0
estudo dos processos dedifusão
isotõpica e
suare-lação com os fenômenos geolõgicos encontra-se ajnda numa
fase
embrionária, não permitindo uma quantificação dosdesequilíbrios
observadose,
portan-to,
da idadereal
do mineralestudado.
Desse modon osvalores
apresenta-dos deverão
ser
considerados como umaprimeira
aproximação.B
-
Sensoriamento Remoto0
mapa geoìõgico do Pr6-Cambriano da r eg'ião Amazônica (t'la -Pôl,
em anexo)foi
construido com base nainterpretação
de imagensnulti-espectrais do
sat6lite
ERTS-]e
de mosaicos deradar
devisada
lateral
doProieto
RADAM. As escalas detrabalho foram,
respectivamen'le,l:l
000 000e l:250
000.STEINER (.l971) descreve os aspectos t6cnicos
do
programaERTS. Sendo um
projeto
rn¡ito
novo, sãoraros
ostrabalhos
divu'lgados
naliteratura
abertareìativos a
problemas deinterpretação
gecìóg'ica./i
grande maioria dos trabalhos
estã contida
nos anais dos simpõsios patrocinados pe'la NASA em setembro de 1972e
março de1973.
Relativamente aoBrasil,
oInstituto
de Pesquisas Espaciais vem encaminhandorelatõrios
mensaisã
Co-missão
Brasileira
de Atividades Espaciais, desde outubro de1972.
LIU
etal.
(.1973) apresentaram os resultados deinterpretação
dasimagens
dotRTS-l para o
alto
São Franciscoe
represa de Furnas.-cutidas por
GOODYEAR AEROSPACE CORP0RATI0N(l97ta,
t97l,b),
GRAHAI| (1971) e PETERS0N(1971).
REEVES (1969)discute
a
aplicação de imagens deradar
ã i nterpretação de estn¡ turas
geol õgi cas.
BRAUN ( I 973 ),
HARTITIANe
BRENNAN(1972), TRAININI (.1973)' TRICART
et
al.
(1973)e
SILVA (1973) discutem es-pecificamente os problemas deinterpretação
das imagens deradar
de visadaI
atera'l
em geol ogi a.0
imageadorrrultiespectral
dosat6lite
ERTS-Iinvestiga
asuperficie
da Terra em quatrofaixas
do espectro das ondas eletromagnãti-cas,
a
saber:Canal
4
-
0,5
-
0,6
micrômetros0s
dois prineiros
canais estão na reg'ião daluz
visivel
e
osoutros
dois naregião
doinfra-vermelho.
As imagens,obtidas
atravêsda
"varredura"do
terreno
segundolinhas
perpendicularesã
a'ireção de deslocarrento do sgtêlite,
representam variações no comportamentoespectral
dos diversosma-teriais
dasuperficie
da Terra comrespeito
ã
energiasolar
incidente.
A'larg,ura da
faixa
imageadaé
AelB5
kme o
campo instantãneo devisada
é umcirculo
com 79 metros dediãmetro.
Nestecaso, a
melhor resolução es-perada -e da ordem deB0m.
Estimativasteõricas
calculavam emcerca
de300m
a
resolução
para uma cena comcontraste
normal. Ap6sa
recepção dasprin'eiras
imagens,verificor¡-se
quea
resoluçãoatingia
50m emcenas
dealtcr
contrastee
l30m em condições de baixocontraste.
Outrascaracteris-ticas
das imagens do ERTS-I são:Canal
5-0,6-0,7
Canal6-0,7-0,8
Cana'f7-0,8-ì,1
e¡celente
precisãogeogrãfica,
com sistema de coordenadasregistrado
na' pr'õpria
i magem;excelente precisão geomãtrica, devido
ã estabilidade
dosatãlite
e
gran dealtitude
com relaçãoã
"distância
focal"
do sistema.Proje-t2
to
RADAM operava nafaixa
de9,6
GHz (comprinento de onda3,l2cm). 0
avião, voandoa
cerca de 12 km dealtitude,
varria
umafaixa
lateral
ã
linha
devõo,
com cerca de37
km delargura.
0
processo de formação da imagemã
semelhante ao do ERTS, com varredura de
faixas
perpendicularesã
linfra
devõ0.
Comoa
iluminaçãoã
lateral,
a
porção doterreno
maisprõxima
aoa-vião
õ
sensoreada com um ângulo de cerca de 45o;a
porção afastadao
-ese-gnrndo um ãngulo de
130.
Estadiferença
no ângulo de iluminação ocasionaum maior sobreamento nas regiões afastadas do que nas regiões
próximas
aoavião,
o
que pode ocasionar problemas deinterpretação
em ãreasde
relevouniforme.
0
sina'l
deretorno
apresenta intensidade dependente: da geometria
doterreno,
da rugosidadee
da constantediet6trica
dosmateriais
imagcados.
Assim,sinais
mais intensos são recebidospara:superficies
ortogonais
ã
direção dofeixe
incidente, superfícies
rugosas ou ãsperas comrela
ção ao comprimento de
onda
e materiais
com elevadacondutividade.
A resclução
teõrica
do sistemaé
¿e'16metros.
Entretanto,
os estudosdesenvol-vidos por
t6cnicos do INPE tôm mostrado que essa resolução, em condições dealto
contraste,
não ultrapassa 25metros.
Outrascal"acteristicas
dosistcma de radar são:
-
possibilidade
de imagearã noite
e
atravõs de nuvens;-
pequena penetração (da ordem demilímetros)
nomaterial
irnageado (excetoãsua ) .
Ambos os sistemas apresentam suas vantagens
e
desvantagens,como resumidas no quadro abaixo:
Po¿¿lb.Ltidarle d-e obten inoqønt
en condiçoe's de
upQ^la
coben-tulu.
de nuvet1.6e à
noi.te;Radan
Apena,t una cobe.lutuna da ne gíão
objeto
do pnog,Lana;}penação Litní,tada a'onøa,t ¿em
c.oben-tuna
d¿ nuverL6e
dunatúeo
dì-a.; ERTSPo¿tib.íLídad¿ de obte,z-¿e ttnage'-ru a
cada 18
dia^,
nøtoLvøndoo
pnobLuraImagem
obfida
en apenaÁ unaxA '70 espeefno;
Radat
Imagøn com cQhca de
4
dí[uen
-tes
toya
de e,inza (negno, dtnza c,Lano, e.Lnza aJsculloe
bttancol;
ExeeLønfe patu. inl.enpne,tação eL
lttu.tuna,L, 6nae,a pana ínf.enpne.ta çãc Li.tol6giea;
6ry Imagwø obLLdnt en
quaito dLduer*et
óa,cxa,s do øtpec.tlto; ERTS
Cu¿to de obtenção
usl
5, oo/lwtL;'løageu con 18
d,Lduerúu
totu
decinza,
po'sdíbi,Lífando me,(ho,L á¿poJrß-çõa de didettønÍ.es unLda.de,s;
Nãt:
ten
pottibi,[,Ldade de íntut-pnt tação auf.omlaLíca,Canøírs
6
e7
bora pana-iyttuLprLeÌaçdeutnu,tuttn.L e
nøgulanu
püLa. itttestprtetação
ü,tol6giea.
Conai.t4 e
5
boyapana íntenpnøtnção
ü.tol1giea
e LeguLo¿tu pana infenpnefação
utttufutøL;
en tonno de
0
autor teve
oportunidade, em dezembro de 1972, defazer
u-ma r.omparação
técnica entre as
imagens deradar
doProjeto
RADAMe
asima-gens
rrultiespectrais
dosat6lite
ERTS-I,a
pedido do Estado Maior das For-ças Armadas. Nessa ocasiãoverificou-se,
pêla primeira
vez,
a
superioridade das imagens de
satãtite
para mapeamento geolõgico na escala deI :
1 000 000, naregião
de Terezina-
Piaui.
Constatou-se que as imagensdo t:anal
5 possibilitavam
excelenteinterpretação
'litotõgica,
sendo
quevãr'ias estruturas
foramidentificadas
devidoa diferenças
bruscasentre
li
tologias
distintas.
0
canal7,
com uma tonalidade maisuniforne,
ressaltava
a
morfologia doterreno, possibilitando
interpretação
estrutural
tão boa quantoas
imagens deradar.
A'lémdisso,
a
imagem do canal5
permitiuCuto
de obtençã.0 en tonno d¿o
us$ 0,
l5llzn'
(EtÍação neeeptoaabna-¿i-Le.Aal;
lJm
dor
prcdu,tod do prcgnona 6.o
con-lunfo
de(ifoa
magniÅiu.t eompafi.vøí,s ectm eompu.tadon, pof'síb.t U,tando
14
o
traçado quase que completo do sjstema de drenagem,auxiliando
a
interpre
tação
estrutural.
Isto
não haviasido possiveì
comas
imagens deradar
,pois a
drenagem s6era
evidente nas ãreas comrelevo
acidentado.
Serãodisqrtidos,
no Cap.IX
destetrabalho,
exemplos deinterpretação
de jma-gens do
satãlite
ERTS-Ie
sua comparação comas
imagens der'adar,
para
aregião Amazônica.
A
interpretação
de imagens de sensoriarnento remotoé,
em vãrios
aspectos,similar ã
interpretaçãofotogeolõgica
convencional.
Adeli
mitação de
diferentes
zonas, caracterizadas por uniformidade detonalida
-de, textura e
arranjo
dcs elementos detextura ("pattern") é
uma das mane'iras
de seidentjfìcar
diferentes
litologias.
Aanãlise
do padrão dedre
-nagem
e
de outrasfeições
geomorfolõg'icasposs'ibilita
a
obternção de infor-mações sobrea estrutrrra
geológica.
Entretanto,
especialmente nocaso
doERTS-1,
materiais
diferentes irão
apresentardiferentes
contrastes nas imagens obtidas para diversas regiões do
espectro.
E nessaprc,priedade
quereside a
essência do sensoriamento remoto, efaz
com que ast6cnicas
de interpretação se aproximem mais daque'las da
geofisica
aplicada do que da fo-togeoì ogi a.l{a
anãlise
de dados de sensoriamento remotoð
necessãriodi
ferenciaridentificaçã0,
ouseja
o
reconhecimento defeições
especificas
,de
interpretaçã0,
guêé
a
compreensão dosignificado e
relacionanento
da-que'las f eiçõe:s como
vistas
por um espec'ialista.
Najdentif
icaçã0, um
fo-to-int6rprete,
não necessariamente geõlogo,delimita
regiões
homogêneasnas imagens
e
marcaos
lineamentos mais'importantes.
ltlo cas;o dainterpre-taçã0,
um geiilogo com conhecimento daregião e
de seus prob'lemasdelimita
as vãr'ias unidades
e
estruturas
ao mesmo tempo que ana'lisasuas
relaçõesestratigrãti(:as
e
estruturais.
Somentea'interpretação conl:rìbui
para
oaumento
signìfìcativo
da informaçãodisponível
para uma reg';ã0.Nesse aspecto,
e
considerandoo
tamanho da ãreaobjeto
et
al.
(1967) analisaram detalhadamente os aspectospsicolõgicos
dafoto
-interpretação.
Segnrndo essesautores,
a
percepçãovisual
depende bastantedo grau de conhecimento
e
da experiência dofoto-intãrprete.
Esta depen-dencia se
explica
peìofato
de quea
percepçãovisual
se manifesta como umconjunto de
expectativas,
as quais agem conn hipõteses detrabalho
e
ser
-vem como sistemas de
referência,
paraverificar
avalidade
da informaçãoextraida
dasimagens.
Desta maneira,o
processo deinterpretação estã
su-ieito
a erros
quandoexiste
um maior grau de expectativa'para um determina dotipo
de informação(locaìização
de ãreasfavorãveis
ã
existência
dere-cursos
minerais,
etc.).
Erros destetipo
podemser
minimizadospor
meiode um processo
interativo,
noqual as
hipõteses detrabalho
sãoconstante-mente
verif
icadase,
se necessãrio,reform.¡ladas.
Enìgeral,
seo
int-erprete
dispõe de informaçõesadicionais
sobrea
região
ouforte
baseprofissio
naì,
a
probabilidade de emo diminui.Tendo em
vista
os aspectosdiscutidos
norior,
o
autor
sõin'iciou
arento
remoto apõs cuidadosa anãtise daliteratura
e
resultadosgeocronolõ-gicos
disponiveis.
Astãcnicas
de sensoriamento remoto,a
exceçãode
al-g./ns casosespecificos,
não podemser
ainda consideradasoperacionais.
Aspesquisas
relativas
ao comportamento espectra'l de mineraise
rochas sob diversas condições, ãs relações mituas do sistema rocha
-
solo
-
vegetação ,e
aos métodos de extração de informaçãogeol6gica,
ainda estãoemfase
ini
cial
de desenvolvimento. Somente numa etapa mais avançada dessas pesqui-sas serã
possivel obter-se
informação geolõgica, apenas daanãlise
de da-dos de sensoriamento remoto.
interpretação
sistemãti ca dosparãgrafo ante
capitulo
III
TERMINOLOGiA
A
-
TectônicaNum recente levantamento da terminoìogia
tectônica,
para
operíodo 1700-.l960 (B0R0VIKOV, .l968), foram
identificados
4456 termosrela-tivos
afeições tectônicas e
Bl55 termosrelativos a
conceitos tectônicos.Após .l960, com
a
reativação do problema daderiva
continental,
desenvolvi-mento doProieto
do Manto Superiore
surgimento da hipõteseda
tectônica deplacas, aliados
a um maior conhecimento da configuraçãogeolõgica
doscont'inenteso aqueles números aumentaram consideravelmente.
0
autor
citadonotou, ainda,
uma elevada freqtlônc'ia de sinônimose
homônimos, queo
levoua sugerir
uma fonmalização da nomenclatura ex'istente ao invõs decriar
no-vos termos,o
que aparentemente ainda.nãofoi
feito.
Qualquer geõ'logo que se proponha
a
efetuar
unnanãìise
tec-tônica
de uma regiãover-se-ã
assoberbado por umanultidão
cle nomese
con-ceitos,
rruitos
deles com diferençastão
sutis
que podemser
aplicadosindl
ferentemente.
Maisainda,
particularmente no quediz
respeìto
aosconcei-tos,
nãoexjste
uniformidade de pensamento. Desta maneira,a
seleção
da terminologia apreseilta umcarãter
bastantepessoaì.
A mane-iramais
sim-p'les,
porém nãoa
ideal,
-eater-se ã
nomenclaturae
conceittração deum
oumais
ljvros
texto,
comopor
exemplo os de BELOUSS0V (1962) e AUBOIN(1965).0 autor,
ap6sa
anãlise
de cerca de quarentaartigos
de generalizações tegtônicas,
optou peladefinição
daterminologia
a
ser
usada.
isto
serãfej-to
nesteítern,
ou ondecabível
norestante
dotexto.
Como
este trabalho
tem uma conotação cronolõgica(geocrono-lõgica)
bastanteevidente,
deve-sedefinir
inicialmente
os
lermos_cl_çþ
e ev-g1qgtectônicos.
BELOUSSOV (1962)define
ciclo
tectônjco
comoo
intervalo
dahjstõria
geológica de umaregiã0,
compreendidoentre o
fim
de umriodo
de dobrarpntosatã
ofim
do periodoseguinte.
Estadefinição
ã rigo
rosamente
ìigada
ã
etmologia da palavracíclo,
mas não podeser
aplicada universalmente, em
especial
nas ãreas Prã-Cambrianas. Assim,o
autor
prefgre
rostringir
o
termo parao intenralo
de tempo compreendidoentre o
ini
-cio e
ofim
do desenvolvimento de um processogeossinclinal.
Destamanei-ra,
restringe-se
a
ap]icação do termociclo
apenas ãqueles eventos de carãter
ç¡eossinclinalcujos
limites
estejam perfeitamentedatados.
Define -seff
*.nto
como qualquer
atividade
magmãtica ou rnetamõrfica
ocomida durante odeservolvimento de um processo
geossinclinal
ou nas plataformas, detectadopor
Jeterminações geocrono'lógicas.Da mais
alta
importãncia6 a
conceitlação de geossinclineo,processo
geossinclinal
efaixa
de dobramentos. Estes termos tãmsido
usa-dos, freqtlêntemente, como
sinônimos.
Geossinclíneo6
afeição
paleo-geo-grãtica
dentro daqual
desenvolve-seo
processogeossinclinal
e
otjo
resultado -e a
faixa
de dobramentos. E nestaúltima feição
que podemser identi
fica:las
seqtlênciaslitolõgicas
formadas emdiferentes
partes
do geossinclineo ou em
diferentes
estãg'ios de desenvolvimento do processo geossinclinal.
Assim, eugeossinclineo, miogeossinclineo,intra-geanticlineo,
etc.,
são Fejções pateogeogrãficas, nas quais
o
processo geossinclina'l apresentacaracteristicas particulares,
refletidas
tanto
nalitologia
como nas estruturas
entãoformadas.
No âmbito desta conotaçã0,â
plataformaé
umafei
-ção
paleogeogrãfica
associada a umgeossinclíneo.
Processos tectônicostambãm afetam as pìataformas
e
são reunicios soba
designaçãogenérica
deprocessos de
reativaçã0.
Umconceito
importanteé
o
da "plataformização "dos geossinclíneos, gu€ ocorre ap6s
o
desenvolvirento doprocesso
geossin cl inal .E fundamental para
este trabalho
a
caracterizaçãoe
concei-tuação dos processos de
reativação
(at'ivação, reiuvenescimento, reavivação,
etc.)
que afetam as plataformas ap6s suaconsolidaçã0. Quatro
tipos
principais
de processos podemser
reconhecidos:t8
I -
Processos que dão origemãs
sinéctises
(bacias)
e antéclises
(arcos);2
-
Processos que dão origem ãs fossastectônicas;
3
-
Processos que dão origem ãsestruturas
dotipo
blocos-falhados(estnr-turas
dotipo
Ãsia0riental);
4
-
Processos que dão origema
intrusões
de rochas bãsicas e/or¡alcalinas.
0s
três
prineiros
processos dão origemãs estruturas
denominadas"
diwa upor
Chengltuo-ta
(In:
NAGIBINA, 1967),constituidas
por
associaçõessedi
-mentares-magmãticas comdiferentes
padrõesestn¡turais. 0
quarto
pode es-tar
associado aosanteriores
ou podeocorrrisoladarnnte.
Emalguns
ca-sos
ele
parece representarreflexos
de processosgeossinclinais
em
desegvolvimento
junto
ãs bordas daptataforma.
MASAYTISe
STARITSKYI(1967)
,NAGIBTNA
(t967),
KAZANSKTI(1968),
SHCHEGL0V(1970),
MIKHAYL0V(1970)
e KHAIN (1965), dentreoutros,
discutem detalhadanente asestruturas
resul
-tantes
dos processos de reativaçãoe
suaclassificação.
Nota-se,da
anã-lise
dessestrabalhos,
que esses processos apresentamruitos
pontos controvertidos,
seja
na nomenclaturae classificação, seja
nos aspectos tectogenõti
cosUma plataforma consolidada pode
ser
sub-dividida
em
duaspartes:
embasanentoe
cobertura.
Aprimeira
ã constituida
derochas
cris-talinas
fortemente dobradase
metamorfisadas, enquanto quea
segunda
ãconstituida
por
seqtlências sedirentares-vutcãnicas pouco deformadase
rBtamorfisadas. São denominados de escudo os extensos afìoramentos do embasa
-mento das plataformas.
B
-
Estratigrafia
Ao
contrãrio
do que acontece paraa tectônica, a
terminolo-gia estratigrãfica
jã
conta com umguia
adotado internacionalmente(HEDBERG 1972), tornando-a acessivela
qualquer geõlogo.tor
adotouo
g/ia
acima mencionado. Umaúnica
observaçãoadicional
se faz necessãria:a
denominação das-seqtlênciaslitolõgicas
formadasdurante
um mesmo eventotectônico
temsido a
de tectonogrupos;entretanto, o
gJia
in-tern¡cional (item
ì.9)
prevê o uso do terrno zona paracategorias
estrati-grãficas
outras
que asIito,
bio e cronoestratigrãficas. Assim,
a
denomi naçã,1correta seria
tectonozona.De grande
utilidade
paraa
revisão
em apreçofoi o
LãxicoEstratigrãr'ico
da Região Nortedo
Brasil,
preparado
por
FRANcIscO
e L0EIIENSTEIN(.l968).
Paraa
sub-divisão
geocronolõgicado
Prõ-Cambrianofoi
adotadaa
escala de ALMEIDA(1971),
modificada paraincluir
a
impreci-são na determinação dos I
imites
entre
os periodos:ar*"*rt*
t_
I
v.ra-c*bnLano supenLon-r,r-"-r*r^*,
,^'"*
I
-r--r-r*-*"6-r-I
nniuo
aon.uúu
A
divisão
do Prã-CambrianoSuperior,
sugeridapor
aquele autor,nãofoi
confirrn¡da
na região Amazôníca ondeeste
periodo6
marcadopor
três
eventosprincipais
datados, respectivamente, em l600t
100m.a.¡
l40Ot
.l50m.a.
et000
t
100m.a.
0
cicto
Brasiliano
sõfoi
identificado,nos
sq¡s
estãgiosfinais,
na porçãoleste
da regiã0.(InioLo
da Hi'sf6nLa. GøoLígica da Te,¡t¡tn"C
-
.Geograf ia0
autor
procurou, na medida dopossiveì,
utilizar
os
nomesgeoçlrãficos constantes da nova
carta
doBrasil
ao milion6simo,editada
em1972
pelo
Instituto
Brasileiro
deGeografia.
No caso do nongnão
constar daque'lacarta ele
serã indicadopor
suas coordenadas geogrãficas ou deverãser
procurado naIiteratura
citada.570
!
15 m.a.19oo
!
100n.a;
2600
!
lrr,
m.a.Capitulo
IVGEOLOGIA DA PROVINCIA AMAZONICA ORITNTAL
A
-
General idades0
limite
oeste destaprovincia
ã umalinha
irregnrlar
quea-companha
o
divisor
de ãguas dosrios
Maecurue
Parur coFtâa
Bacia Sedime!tar
do Amazonas, passa peìobaixo
lriri,
mãdio Xingue
continua pelodivi-sor
de ãguas do Xingue
Araguaia.
Abrangeo
Territõrio
do Amapãe
toda
aparte
leste
do Estado doParã,6
lim'¡tadaa
sudestepela
Bacia do Maranhã0.Esta
provincia ã
¿'¡v'idida emduas
porções:norte
e
sul,
pêlasBacias
doBaixo Amazonas
e
da Foz do Amazonas (ANDRADEet
al., l97l e
SCHALLER etal.,
l97l).
Como serã
visto
no decorrer destecapítulo,
oscritãrios
para
a
individualização
destaprovincia
são de natureza geot6gica,relativos
tanto
ãs ãreas Pr6-Cambrianas conro ãs Bacias Fanerozõicas.20
B
-
Parte Norte da Província1
-
Estratigrdia
As
primeiras
noticias
cjentíficas
sobre as rochas dessa parte
daprovincia
devem-sea
vE'tAtN (.1879e
l8B0) que descreve amostras coìetadas por
J.
Crevaux.
Estecientista
(CREVAUX,iB83)
efetuou no periodo1877-1878 viagem de reconhecimento ao longo dos
rios
Parue
Jari
e
nassr-ra
do Turucumaque' sendoo
primeiro
a
noticiar
a
ocorrôncia derochas
fer
riferas
naquelesrios.
Em 1903
Friedrich
Katzerpublica
sua monografia sobrea
geeìogia
do Estado do Parã (tradução em KATZER, 1933).VIEIRA Jr
.
(1924) efetuou reconhecimento nosrios
Cunani
e-vantou
o
rio
cuminã ou Paru de0este
(naãpoca
Erepecuru).
MOURA (1934)reconhece
o
rio
Oiapoquee
seusafluentes
principais.
LEINZ (1949) apre-senta um reconhecirBnto do
rio
Calçoenee
da
sema Lombarda. Coma
desco-berta
de depõsitos de manganês eferro,
noTemitõrio
do Amapã,intensifi-cararn-se os estudos geolõgicos, sendo publicados os
trabalhos
de ACKERMANN(t948),
DORRet
al.
(1950),
ACKERMANN (.1951), GUERRA(t9s2),
M0RAES (1955,1957), NAGELL (1962), CASTRo
('t963),
LASAS.A. (t963),
ACKERMANN(1965)
,IC0MI
S.A.
(1965),
EBERT (1966)e
SCARPELLI(1966b,19tZ).
Porvolra
de1970
a
CPRMfoi
contratada peìo DNPM para executar os.projetos
Macapã-Cal-çoene
e
Paru-Jari,
que foram intenrompidos paradar lugar
aoProjeto
Amazõnia
Norte,
em execução peìa mesma empresa. MELCHERe
IS0TTA (1968),AL-MEIDA
et
al.
(t968)
e
HURLEYet
al.
(1968) apresentaram resultados de de-terminações geocronotõgicas para rochas da região.
A anãìise do mapa geo'lógico (em anexo)
indica
queo
Pr6-Cambriano
daregião
podeser
grupado emtrês
grandes unidades: cornplexocris-talino,
faixas
de rochas metasedimentarese
ã'reasgraniticas.
A
litologia
do complexocristatino
6
bastante variada:gneisses,
migmatitos,granitos
anatãticos,
anfibolitos,
dioritos,
adamelitos
,granodioritos,
kizingitos,
leptitos,
granulitos,
micaxistos,
gabros, noritos e netabasitos.
0strês
primeiros
tipos
de rochas são os maisabundan-tes.
Granulitos ocorrem nosrios
Falsino,
Calçoenee
Cuc,e
na sema do Tgnucumaque. As rochas bãsicas
e
metabãsicas ocorrem na bacia dorio
Vila
Nova, na
serra
do Turucumaquee
noaìto
Paru do0este.
0
metarnorfismo pre dominanteã
o
defícies
anfibolito,
apresentando localmente graus maisal-tos,
tais
comoestaurolita-si'llimanita,
hornblenda-diopsidio-almandina
egranu I i
to.
Quartzitos, xistos
e
anfibolitos
são as rochas predominan-tes
nasfaixas
metasedimentares. Suas variedadesprincipais
são:
granadaquartzitos
(gonditos)r ruscovita
quartzitos, quartzitos
conglomerãticos,b'iotita-granada
xisto,
cummingtonita-biotitaxisto,
22
carbonãticas. 0
metamorfismovaria
desde ofácies xistos
verdes(
filitos
junto ã
costa do Amapã)at6
ofácies
anfibolito,
sub-fácies
sillimanita-al
mandina' na
região
da sema doNavio-As ãreas
graniticas
sãoconstituidas,
predominanterente,porgranitos
e granod'ioritos.
Subordinadamente, ocorremdioritos,
ortogneis
-s€S, p€gmatitos, monzonitose
rochas bãsicas.As unidades acima
descritas
são cortadaspor
diques dedia-bãsio de idade
Triãssica
(200-
230m.a.),
sincrônicos
ao magmatisrnobãsi-co que afetou
as
bacias Fanerozõicas daregiã0.
Esses diques estão nota-velrpnte
representados naparte
leste
doTerritõrio
do Amapã, dispondo -se paralelarnenteã
costa.
Umaintrusão,de
carãter
provavelmentealcalino'foi
encontrada no
i
garap6 Barã,afluente
da margem esquerda do Maecuru.Classificação
estratigrãfica
formal
dessas unidadess6
édisponîveì para
a
porçãocentral
do Amapã. ACKERMANN (.l948)introduziu
o{ermo
"Sãrie"
Vila
Nova paraa
seqtlêncìa sedimentaraflorante
norio
do mesmo nome. MSRAES (1957) denomina grupo Sañta Maria-Bacabalãs
seqtlên-cias
ferríferas
do mesmorio,
aparentemente como
intuito
desubdividir
a',Sãrie,,
Vila
Nova, correlacionando-as com as rochas manganesíferas daser-ra
doNavio.
NAGELL (1962) apresentaa
primeira
tentativa
declassifica
-ção das rochas da região:
SlwLe Vi.La Nova
lAnapãl
PøgmaÍrtot
Gnupo
Se¡tta do Navío
Gnupo J onna,L
d,Lquøt
de
d,Laba.tioGnupo
Sanfa, I'tønia
bíot í.t a- gnn"nada tcísto
;
qwettfzí'tograna-tideno
;
cauantzo-bíotifn"gnei;,se;
xìs1.0gnadifoto
;
gondif.o;
canbona'to mangavLe.t-6*it;
ttoehacom d,Lopti.d'Lo, gnarnda
ca.(.e,í,ta; andíboLi,t o .
Emb as an¿nt
o
GnanÍ.ti coanfubol,í.to
-
qunnf.zi,to; qunnLzo-rnLcaxuto;
SCARPELLI (1965) apresenta
a
seguintedivisão
estratigrãti-ca,
npdificadae
adaptada de NAGELL (1962):lytbtuuivo¿
-
VøLot h,idnotestnøí,se
d,Lquet dø dinhfuíoS-enie lurøpã
lvjl-'t
Noval-Iytlttutivo¿
-
Pegmal),to¿ø
veiot
de quanfzo Gnawíío ¿íyú.eelõruLcoGnupo
Se¡stn" dct
Nota-se que
o
nome Amapãsubstitui Vila
Novae
queo
Gnrpo Santa Mariafoi
excluído,
sem quetivesse
sido
apresentada qualquerjustificativa.
Em publicação
interna a
ICOMI (1965)-
reproduzidarecente-rnnte
por MARUO (1972)-
apresentaa
seguinte colunaestratigrãfica,
modi-ficaCa
das duas anteriores:-
Kí,sto¿:
Cwnwingtowí-tn-biof'íiaríato,
paNdvi'
i;W'Wffiffi
Gnupo
JonnaL
-
AndlboüfoEmba¿omenfo
-
Gtuní-to-
Gnø:u¿øSônie Anapa
Inttuttiva
Nota-ie,
daanãlise
daliteratura
citada,
gu€ não houve pre ocupação emformalizar a
terminologia
e
nomenclatura usadas para aquelas unidades.
São as seguintes ascríticas
que podemser
levantadaspara
essaclassificação:
a
-
uso doterrp
cronoestratigrãfico Sãrie
para uma unidadelitoestratigr!
Emba.taneytto dn. S-wie Anapã.
-
Gnaní.to-gnøÁaíco GtanífoCutmingtonifa-bíofrta-tcr,sto,
pann-an{íboLrto,
gtwnda
quøL-tzi.to,
Entttzo - biotifa-
gttonadax,ísto
(comLenfet
de calco-tcí¿to
emangano-xirtnl,
ers24
fica
dehierarquia
maior que Grupo, quandoo correto seria
Supergrupo;b
-uso do nore Amapã para uma seqüêncíalitolõgica
localizada
numa ãrea bastanterestrita
doterritório
de um norn geogrãfico
local.
c
-tendo emvista
o
comportamento espaciaì das diversas unidades, corno mostrado
no mapa geoìõgico daregião
daserra
do Navio (IC0MI, 1965;þ|ARU0'1972), nota-se que
a
hierarquia
dasvãrias
unidadesestã
rruito
elevada.Termos
tais
como Formaçãoe
Membro poderiamser
usados para designar asunidades menores.
Com base nos probìemas acima relacionados,
o
autor
apresen-ta
uma sugestão paraa
classificação'lito-estratigrãfica
das rochas dare-gião
daserra
do Navio:(75
kmz), Quandoo cometo
seria
o
usoPegmati.to,s ø
Forunação
Senna do Navio
dLc¡ue's de d,íabã.,sio
I
o
NO
'{.¿ R
¡J .<r B.a 3)ì a/ qJ
Ò+¿
{.Q .oR
so
s)'.¿
A secção-tipo dessa seqtlência pode
ser
reconhecida ao longo de umalinha
que, saindo dorio
Amapari 400 metros abaixo de Porto Terezi-nha, seguepor
7
km na direção N 45E.
A FormaçãoJornat
õ
bastantehomo-gênea,
constituida
essencialmente por umortoanfibolito cuja
espessura psde
atingir
vãrias
centenas denretros.
A Formação Serra dollavio
apresenta maior diversîdade'litolõgica,
permitindo sua sub-divisão em membros.0
ga-bro Quartzo-biotita
xisto
ã
a unidadeprincipal,
contendo aslentes e
in
-tercalações que constituem os
outros
membros. Devido ãfalta
de afloramen llenbtrc Cuwníngtowífa- bíotíf.a
u'sto
Llt¿mbno Gnan
ífo
Leueoutã.tieo Menbno P ana- øn$b o Li,t ol,Áenb no Gnanada- c¿uanfzi,to Menb¡to C al-eo -mongano xi'st o
Emba.don¿nfo
Ind,Lvi,to
-Andíboli,to
tos e
ã estrutura
dobrada,a
seqtlência dos membros apresentada no quadro acima não representa sua idade
re'lativa.
0
Menbro Granito Lzucocrãticofoi
inctuido
pois
ele
efetivamentefaz
parte
da seqüência, estandointrusivo
entr'e
o
Membro Cummingtonita-biotitaxisto
e
os MerùrosQuartzo-biotita
granadaxisto
e Para-anfibolito
(SCARPELLI,1965).
A Formação Sema do Navio
apresenta espessura da ordem de .l000 metros.Para
a região
dorio
Vila
Novaa
situaçãoã
bastantediver-sa
pois a
quantidade detrabalhos
geolõgicos,ai
executados,ã m¡ito
pequena f,ara
permitir
qualqueranãlise.
De qualquer maneira,a
denominaçãoSã-rie
Vila
Nova,corrigida
para grupoVila
Nova, poderãser
usadainformal
-nBnte
atã
que seiam desenvolvidos estudos maispornpnorizados.
0
mesnn poderã
ser
feito
parao
grupo Santa Maria-
Bacabal denominando-o,informal-nnnte formação Santa
Maria.
Assim,o
grupoVila
Nova6
constituido
dequartzitos,
quartzo-micaxisto,
biotita-granada
xisto, anfibolito,
itabiri
to'
quartzo conglorerado,biotita
gneisse, gonditoe
grafita
xisto,
sendoque apenas
os
itabiritos
foram denominados formação SantaMaria.
Aparentenente, o
Grupo Amaparie
o
grupoVila
Nova sãocorrelacionãveis,
mas
nãoexiste
continuidade evidenteentre
as duas áreas deaflorannnto.
0
no¡ne Amapã poderãser
usado, nofuturo,
para designar uma unidade comhierar
quia
de supergn¡po, englobando as unidades acimadiscutidas e
outras
quevierem
a ser
criadas.No que
diz
respeito
ãs relaçõesestratigrãticas
entre
astrê:;
grandes unidades destaparte da
provincia, a
anãlise
daliteratura
e das imagens de sensoriamento remotoindica
queexiste
um complexo interdi-gitamentoentre
elas.
Assim, rochas metasedimentares passam,por
graniti-zaçã0,a
gneissese
dai
para verdadeirosgranitos,
por
anatexis.
Situados, aparentemente,fora
desse esquema estão osfilitos,
meta-arcósiose
quar-tzitos
daregião
costeira
do Amapã. Essas rochas, afìorando nosrios
Matapi,
Tartarugal
e Flexal
(aosul)
e
Uaçã, Tipocae
Arucauã (aonorte)
pare-cem representar seqtlências mais
jovens.
As seqtlênciasnnis
antigas
apreaparen-26
terente
aumentando de Stl para NE, como ocome quando sevai
daserra
do Ngvio
parao
rio
Falsino.
Desta maneira as seqtlências degrau
metamõrficonais
baixo
(fãcies xistos
verdes) são discrepantes daquele esquema, sendoprovavelmente mais novas.
Concluindo, não
6
possível
no presenteestãgio
de conheci nento desenvolver umaclassificação
lito-estratigráfica
generalizadar pôFâa
região
Na opinião doautor, isso
somente serãpossivel
apõsmapeamen-to
geolõgico em escala maior-
peìo menos emI :
t00
000.2
-
GeocronolggiaAs Tabe'las
I
e
II
relacionam, respectivarrente, osresulta
-dos de determinações K-Ar
e
Rb-Sr, para rochas daparte norte
da ProvinciaAmazônica
Oriental.
Alocalização
dasarpstras
datadasestã
indicada
naFigura 2.
A
anãlise
da TabelaI
indica
uma concentraçãode
valoresbaixos para as amostras de testem.¡nhos de sondagens efetuadas
pela
PETRO-BRÃS, na Bacia da Foz do Amazonas. Apenas um dos
valores
correspondea
ro cha seEramente Mesozõica-
é
o
diabãsio do poçoIBst-ì-PA.
As
amostrasdos poços
Cost-l-PA
e
lJst-l-PA
forneceram idades correspondentes aoci-clo
Brasiliano.
As dos poçosRAst-l-PA,
CR-l-PA
e
AF-I-PA apresentam evidôncias
de teremsofrjdo
aquecinentoposterior,
resultando emperda
deargônio.
No caso do poçoCR-I-PA,
existe
umsill
de diabãsioa
l7
metrosacima do ponto onde
foi
coletadaa
amostra,o
efeito
termalfoi
detectadoe
confirmado por determinação emduplicata,
sendo qr¡e osvalores
obtidos sãom¡ito
prõximosã
idade deintrusã0.
Para os outnosdois
poços nãoe
-xistem infornnções, mas
õ
bastante provãvel queo
mesrno fenômeno tenha caqsado
a
discrepânciaobservada.
As demais amostras foram coletadas emaflo
ramentos em diversos pontos do Amapã. 0s