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Novos mares, novos olhares: o percurso de Angela Lago do livro ao site

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS – STRICTO SENSU

MARIA ANDRADE DOS SANTOS

NOVOS MARES, NOVOS OLHARES: O percurso de Angela Lago do livro ao site

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MARIA ANDRADE DOS SANTOS

NOVOS MARES, NOVOS OLHARES: O percurso de Angela Lago do livro ao site

Dissertação apresentada ao Pro-grama de Pós Graduação em Comuni-cação e Letras da Universidade Presbi-teriana Mackenzie, como requisito par-cial para a obtenção do título de Mes-tre.

ORIENTADORA:

Profa Dra MARISA PHILBERT LAJOLO

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S237n Santos, Maria Andrade dos.

Novos mares, novos olhares: o percurso de Angela Lago do livro ao site / Maria Andrade dos Santos - 2009

92 f. : il. ; 30 cm

Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2009.

Bibliografia: f. 85-92.

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MARIA ANDRADE DOS SANTOS NOVOS MARES, NOVOS OLHARES: O percurso de Angela Lago do livro ao site

Dissertação apresentada à Uni-versidade Presbiteriana Mackenzie, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Letras, análise de discurso.

Aprovado em

BANCA EXAMINADORA

Profa Dra. Marisa Philbert Lajolo (orientadora) Universidade Presbiteriana Mackenzie

Profa Dra. Maria Luiza Guarnieri Atik Universidade Presbiteriana Mackenzie

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AGRADECIMENTOS

Aos meus amigos de trabalho que sempre me apoiaram em se

tra-tando de crescimento.

Aos meus professores e amigos de curso na Universidade

Macken-zie pela dedicação.

À minha orientadora Prof

a

Dr

a

Marisa P. Lajolo pela paciência e pelo

tempo dispensado até mesmo nos fins de semanas.

À Prof

a

. Dr

a

. Maria Luiza Guarneiri Atik pelas críticas e sugestões

em minha qualificação, e pelas brilhantes aulas e incentivo durante

o curso.

Ao Prof. Dr. Luis Hellmeister Camargo pelas críticas, informações e

sugestões valiosas apresentadas durante a minha qualificação.

Finalmente à Angela Lago pela atenção e carinho dispensados nos

momentos de dúvidas, ainda que virtualmente, sem a qual esta

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RESUMO

Tendo como objetivo inicial desvendar a literatura na internet, percorre-mos o caminho da descoberta através das obras de Angela Lago, livros e site. A partir deste percurso livro-site, podemos constatar que Angela Lago escrito-ra trilhava o caminho da intertextualidade, da sobreposição visual e verbal, do hipertexto, um percurso que certamente a levaria e a levou ao site. Um site, como tantos outros, onde podemos encontrar a imagem, o som, o movimento, e a tridimensionalidade, mas esta que também encontramos em seus livros, livros com imagens/cor/movimento, palavras/som. Mostrando desta forma a alinearidade dos livros, ou linearidades múltiplas, e linearidade do site. Para esta dissertação nos utilizamos dos livros: O Fio do Riso e Chiquita Bacana e outras pequetitas.

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ABSTRACT

Having as initial objective to unmask the literature in the Internet, we cover the way of discovery through the Angela Lago’s workmanships: books and site. From this passage book to site, we can evidence that Angela Lago writer trod the way of the intertextuality, the visual and verbal overlapping, hypertext, a way that certainly would take it and it took it to the site. A site, as much others, where we can find image, sound, movement, and tridimensio-nality form, but this is what we can also find in her books, books with pic-tures/color/movement, words/sound. Showing the non-linear or multilinear form in the books, and the linear form on the site. For this dissertation we use the books: O Fio do Riso, and Chiquita Bacana e outras pequetitas.

Key-words:

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“Se pudéssemos abarcar a totali-dade das imagens verbais armazenadas em todos os indivíduos, atingiríamos o

li-ame social que constitui a língua.”

(10)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 11

2. DO LIVRO À TELA, O PERCURSO DELA: VIDA E OBRA DE ANGELA LAGO... 14

2.1.QUADRO RESUMO DE PRÊMIOS RECEBIDOS POR ANGELA LAGO ... 23

3. ANGELA LAGO ON-LINE: DA POESIA VISUAL AO TEXTO VIRTUAL ... 27

4. ANGELA LAGO EM LIVROS: UMA ANÁLISE HIPERTEXTUAL: 4.1 O FIO DO RISO – DO REAL AO VIRTUAL, DO VIRTUAL AO REAL ... 36

4.2 CHIQUITA BACANA E OUTRAS PEQUETITAS – DA SOBREPOSIÇÃO DE IMAGENS A SOBREPOSIÇÃO DE TEXTOS, A INTERTEXTUALIDADE EM PARCERIA AO HIPERTEXTO ... 48

5. UMA ANÁLISE VIRTUAL: O SITE DE ANGELA LAGO ... 63

LINK - LA INTEMINABLE ... 70

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS – A LINEARIDADE NO ESPAÇO VIRTUAL ... 76

7. ANEXOS 7.1 ANEXO 1 ÍNDICE DO SITE DE ANGELA LAGO... 78

7.2 ANEXO 2 TEXTOS VERBAIS NA ÍNTEGRA O FIO DO RISO ... 82

CHIQUITA BACANA E OUTRAS PEQUETITAS... 84

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8.1 BIBLIOGRAFIA DE ANGELA LAGO (em ordem cronológica )... 85

8.1.1 Publicações no Brasil: 8.1.1.1 - Livros com textos e ilustrações da autora ... 85

8.1.1.2 - Ilustração em livros de outros autores ... 86

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1. INTRODUÇÃO

“Alguns textos nascem literários, outros atingem a condição.” Eagleton

Diante de uma nova era, uma infoera, as pesquisas tendem a caminhar ao lado da sociedade, desta forma buscando estudos e pesquisas sobre a literatu-ra na internet, percebemos que quase nada se fala a respeito desta nova forma, como se o suporte internet fosse apenas para se divulgar o que já está posto, o que não é verdade. Há muito de literatura sendo feito diretamente neste supor-te, algo que não tenha sido impresso previamensupor-te, e que não esteja sendo feito para tanto, pois o som, o movimento e as cores agora se fazem presentes.

A internet é um espaço inovador, de possibilidades, de transformação, criação e reprodução social. Aliados à tecnologia vivemos este outro espaço – ciberespaço - e num outro tempo – assincrônico e sincrônico (multissincrôni-co) - e é nesse espaço que passamos a construir o nosso conhecimento, de-senvolvendo capacidades e habilidades, já que o conhecimento envelhece e a circulação de novas informações é cada vez mais intensa e rápida, Machado diz ainda:

A grande novidade introduzida pela informática reside justamen-te na possibilidade de reunir em um único meio e em um único suporjustamen-te o restante dos outros meios e de atrair a todos os sentidos ( ou, pelo menos, aos mais desenvolvidos no homem). Porém ela o faz de uma forma integral, de maneira que textos escritos e orais, imagens fixas e em movimento, sons e ruídos, gestualidade , texturas e toda sorte de respostas corporais se combinam para constituir uma modalidade dis-cursiva única e holística1. (2001, p. 30)

Aliando as duas, literatura e internet, surgem os espaços literários virtu-ais (ciberespaços literários), contrariando o que se prognosticou num primei-ro momento, as novas mídias não fizeram arrefecer a pprimei-rodução literária, esses espaços criaram novos conceitos, a literatura deixa de ser um texto veiculado

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apenas no suporte impresso (livro) e passa a ser veiculada como um hipertex-to (virtual), junhipertex-to a novas formas como a imagem, agora com movimenhipertex-to e som, mas não é o cinema ou a televisão, agora surge um espaço em que todas as mídias se fazem presentes. Não há mais a necessidade de trabalhar com a linearidade, as páginas não são mais viradas da mesma forma, há formas mais abrangentes, e porque não dizer interativas.

Surgem então locutores e alocutários interagindo e mudando de papel a todo instante, surge uma literatura (um novo discurso literário) não mais unila-teral, ainda que esta não deva ser deixada de lado, uma literatura abrangente, talvez agora mais transformadora, mais includente ainda, sem fronteiras. E é a partir deste novo conceito que se fez a presente dissertação.

Esta dissertação parte da pergunta de como seria a literatura feita na e para a internet, como esta se apresenta, se é de forma diferente dos livros.

Desta forma para que a pesquisa se realizasse foi escolhida a autora de livros para crianças, Angela Lago, uma das primeiras a construir um site literário, uma autora altamente premiada e reconhecida, uma autora que não levasse à dúvida sobre sua qualidade literária, para tanto foram pesquisadas: sua bio-grafia e obras com suas devidas premiações; duas de suas obras, que são a-presentadas aqui de forma mais abrangente: seu primeiro livro publicado O Fio do Riso2 e o último, antes de iniciar o seu site, Chiquita Bacana e outras pe-quetitas3 - e finalmente seu site, a fim de que se pudesse traçar um pequeno percurso de seus livros até seu site.

Inicialmente apresentamos Angela Lago escritora, ilustradora, alguém que desde o início de sua carreira é reconhecida nacional e internacionalmente devido às suas qualidades com relação ao contar, recontar, ilustrar. Na se-quência Angela Lago ciberescritora, ciberilustradora que se utiliza de seu co-nhecimento de pesquisadora além de escritora, que será apresentada a partir de autores voltados à literatura e autores relacionados às novas tecnologias para a fundamentação teórica.

2

LAGO,Angela. O Fio do Riso. Belo Horizonte: Editora Vigília, 1980. RHJ, 2ª. Edição, 2005. 3

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Apresentamos na sequência O livro O Fio do Riso, um conto aparente-mente simples que conta a história de uma menina que busca a fuga da reali-dade (uma vida sozinha em um apartamento), através do encantamento (do sonho), esta fuga é obtida a partir de um elemento da modernidade, o telefone, relacionando-o ao mítico (fada) do mundo real para o mundo do imaginário, a fantasia (virtual).

O livro Chiquita Bacana e outras pequetitas, seu último livro produzido antes da construção do site, conta a história também de uma menina, porém esta tem seu espaço invadido por pequetitas (duendes), elementos do imagi-nário, do sonho, um livro com excesso de detalhes, pormenores, onde a inter-textualidade e a intrainter-textualidade se fazem presentes através de sobreposi-ções de imagens, e textos que levam a uma não linearidade, ou a uma lineari-dade diversa e pessoal da leitura, conforme Palácios afirma ...

A noção de “não lineraridade”, tal como vem sendo generaliza-damente utilizada, parece-nos aberta a questionamentos. Nossa expe-riência de leitura dos hipertextos deixa claro que é perfeitamente váli-do afirmar que cada leitor, ao estabelecer sua leitura , estabelece tam-bém uma determinada linearidade específica, provisória, provavelmen-te única. Uma segunda ou provavelmen-terceira leituras do mesmo provavelmen-texto podem le-var a linearidades totalmente diversas.4 ( 2000)

elementos que levam a pensar na virtualidade que se fará presente na inter-net, em seu site.

Por último a apresentação de seu site enfatizando uma possível lineari-dade a partir de uma mídia finita que na verlineari-dade previsível, apesar de múltiplas possibilidades de leitura, como exemplo partimos do texto A Interminável

Chapeuzinho tentando assim mostrar que tudo está previsto pelo autor e que

este nos direciona ao (re) contar, ou ao (re)navegar do internauta (na intranet) em seu site interativo.

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Se João Felizardo encontrar o personagem encalhado lembrese que há pedacinhos de pessoas, mesmo não sendo da raça perfeita, pois com uma palavra só, a sua alteza a divinha quem esta indo não sei aonde, buscar não sei o quê.

Angela Maria Anastácia Cardoso Lago, nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 17 de setembro de 1945. Seus avôs maternos eram italianos, muito ricos, e foram perseguidos na época de guerra; seu avô se torna comendador quando volta para Itália, entre 1950/1953. Sua mãe, Hercília Anastácia Cardoso, que participa de movimentos fascistas na Itália ainda na juventude, foi leitora apaixonada, que ria e chorava com suas leituras e adorava contar histórias; seu pai Antonio Pio Cardoso Filho foi fazendeiro e comerciante, comprava muitos livros e convivia com grandes figuras da política brasileira.

Seus pais foram contadores de histórias, o que a fez apaixonar-se pelas histórias e querer aprender muito cedo a ler e escrever. Seu avô paterno, Anie-lo Anastasia, possuía uma fazenda onde Angela brincava com seus cinco ir-mãos. Tais marcas de sua infância tornaram-se mais tarde parte de histórias e aventuras que ela recriou em seus livros.

Angela Lago começou a escrever poesias ainda na infância - aos 7 anos - embora tivesse dificuldades na escola: trocava letras, tinha dislalia ( dificul-dades em diferenciar sons parecidos, como “f” e “v”) e não articulava bem al-gumas palavras. Em função disso, durante sua fase escolar, dos sete aos quinze anos, escolhia as palavras que não tinha dificuldades para falar, o que a obrigou a ampliar seu vocabulário. Da escola, marcaram-na as aulas de leitura, que só eram ruins quando acabavam. Nestas aulas, lia contos de fadas, gêne-ro que até hoje a escritora lê como momento de relaxamento.

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Se na escola foi apresentada às histórias clássicas da literatura infantil, na fazenda do avô aprendeu a apreciar as rimas dos desafios: lá conheceu um cantor de desafios que se tornou seu primeiro herói, ídolo, de quem ouvia as rimas e com quem aprendeu a gostar da cultura popular.

Angela Lago inicia sua formação superior em 1964 na Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais. Frequentou também o atelier do escultor Bitter, com um grupo de artistas plásticos. Em 1969, leciona na Escola de Serviço Social e trabalha como assistente no Instituto Psico-Pedagógico para crianças com dificuldades psico-pedagógicas e psiquiátricas. Nesta mesma época inicia sua colaboração para o Suplemento Literário do Minas Gerais5, onde assinava como Angela Anastásia Cardoso escrevia poemas visuais que foram, segundo ela, virando desenhos.

Entre 1970 e 1975 dedica-se a estudos e estágios na Venezuela e Escócia, para onde foi acompanhando o marido, estudante de pós-graduação. Foi nessa época que começou estudar desenho gráfico em Edimburgo, Escó-cia, escolhendo alguns contos de fada para fazer seu trabalho final: A ilustra

ção no conto de fadas. Segundo ela, foi então que decidiu contar e desenhar histórias para crianças, de maneira a aliar duas atividades que já vinha exer-cendo: escrever e pintar.

Em 1975, de volta ao Brasil, abre seu próprio atelier de programação vi-sual para publicidade, onde criou marcas, logotipos como o logo da CEMIG para a agência de publicidade L & F como free-lancer, propaganda institucional entre outros produtos, mas nada para empresas muito conhecidas. Em 1980 participou do Núcleo Experimental de Belo Horizonte, oficina de Artes plásti-cas, orientada pelo escultor Amilcar de Castro. A partir de então se dedica a escrever e ilustrar livros para crianças; além dos seus próprios livros, ilustra, eventualmente, textos de outros autores, publicando diversas obras com as quais recebe inúmeros prêmios nacionais e internacionais.

Ainda em 1980 estréia na literatura infanto-juvenil com dois livros

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cados inicialmente pela editora Vilia o Fio do Riso, livro feito a aquarela

sem muitos detalhes (o qual será analisado mais a frente) e Sanue de Barata -

com o qual ganhou seus primeiros prêmios ltamente Recomendá vel para

Criana outorgado pela FNLJ 6

, entidade que também o selecionou para a

premiação anual da nternational eading Association 7

. O livro ficou ainda en tre os seis brasileiros selecionados para a BB

8

Bienal nternacional de Bratis lava (antiga Tchecoslováquia, atual Eslováquia) - mostra internacional de ilus-tração de livros para crianças.

Dois anos depois, em 1982, a escritora publica seu novo livro. Inicial-mente intitulado Uni Duni e Tê, saiu com o selo da Editora Comunicação, sen-do reeditasen-do em 2005 pela editora Moderna, com o título Uni Duni Tê. Este livro foi também premiado: em Belo Horizonte ganhou o Prêmio Nacional João de Barro9 - júri adulto, e o Maioridade Crefisul10, menção honrosa ; ganhou a-inda e novamente o prêmio da FNLIJ - Altamente Recomendado para Criança ao lado de Eva Funari e Ana Maria Machado. Neste livro Angela Lago utiliza cantigas de roda e paródias de parlendas para compor sua história.

Em 1984 lança seu primeiro livro só de imagens Outra Vezeditora Migui-lin. Com este recebe os prêmios: Melhor Livro na categoria semtexto no setor de literatura infantil concedido pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, no ano de sua publicação e em 1986, pelo mesmo livro, o prêmio de ilus-tração na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, agora pela Câmara

6

A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) foi criada em 1968 e tem por objetivo promover a leitu-ra e divulgar livros de qualidade paleitu-ra crianças e jovens. Representa a seção bleitu-rasileileitu-ra do International Board on Books for Young People (IBBY), associação internacional de literatura infantil ejJuvenil, existente em 70 países. O IBBY foi fundado por Jella Lepman, em 1953, tem por objetivos divulgar a leitura e a literatura infantil e juve-nil no mundo e promover a paz através do incentivo à tradução dos livros dos países membros. Cf. <http://www.fnlij.org.br> e< http://www.ibby.org> Acesso em: 22 ago. 2009.

7

A International Reading Association (IRA) foi fundada em 1956 e tem por objetivo promover alfabetização de qualidade Atinge 300.000 educadores, de cerca de 100 países. Cf. < http://www.reading.org>. Acesso em: 22 ago. 2009.

8

BIB Desde 1967, com apoio da UNESCO e do IBBY, em Bratislava (Eslováquia) ocorre a Bienal Internacional de Bratislava (BIB) , uma exposição de originais de ilustrações de livros infantis, premiando os melhores, escolhi-dos por um júri internacional. Cf. <http://www.bib-slovaquia.sk>. Acesso em: 23 ago. 2009.

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Sob patrocínio da Prefeitura de Belo Horizonte, o Prêmio João-de-Barro, criado em 1974, é dedicado a obras inéditas da literatura infantil e juvenil , escolhidas por dois corpos de jurados: o primeiro, composto por especi-alistas em literatura infantil ou juvenil, e o segundo integrado por estudantes da Rede Pública de Belo Horizon-te que classificam as obras vencedoras a partir da finalistas eleitas pelo júri adulto. Cf. <http://www.pbh. gov.br/cultura/joaodebarro/>. Acesso em 23 ago. 2009.

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sileira de Livros - CBL.

Em 1986, publica seu quarto livro Chiquita Bacana e outras Pequetitas

(o qual será analisado mais a frente), inicialmente publicado pela editora LÊ, e posteriormente reeditado, em 2005 pela Editora RHJ. O livro recebe o Prêmio Noma Concours11, pelas ilustrações, e ainda, o Prêmio Luís Jardim12 - o melhor livro de imagens 1986 - pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, texto e ilustração.

Neste mesmo ano recebe Altamente Recomendável, pela FNLIJ, pelas i-lustrações dos livros: Correspondênciade 1986 e em 1989 pelo livro A mãe de minha mãe, de 1988, ambos pela mesma editora Miguilin.

Aprendendo a usar o computador no final da década de 80 com Denise Fraifeld e Fernando Azevedo13, Angela Lago foi uma das primeiras ilustradoras brasileiras a usar o computador para desenhar e uma das primeiras autoras a criar um site literário na Internet, surgindo desta forma a possibilidade de mis-turar de uma maneira inovadora - texto e imagem.

Seu primeiro livro com imagens produzidas no computador foi Sua

Alte-za A Divinha, RHJ, publicado em 1990, no qual imagens substituem palavras.

Angela Lago cria nesse mesmo ano, seu site para crianças que está entre os links recomendados pela FNLIJ (www.angela-lago.com.br)14 , feito em flash (um recurso para animação virtual com interface na web), com ampla possibi-lidade de interatividade. É um site aparentemente simples, com poucos deta-lhes se comparado aos seus livros, mas sempre renovado, oferecendo ao in-ternauta, inclusive, a possibilidade de acompanhar suas diferentes versões. Seu site será apresentado e discutido mais a frente.

11

O Concurso Noma para ilustração de livros infantis foi instituído em 1978, pelo Asia/Pacific Cultural Centre for Unesco (ACCU), com o objetivo de revelar e promover a atividade artística de ilustradores da Ásia (exceto Japão), Pacífico, Estados Árabes, América Latina e Caribe. Sempre no ano seguinte à seleção, os trabalhos pre-miados são exibidos na Biblioteca Internacional de Literatura Infantil de Tóquio, no Japão, e durante a Bienal Internacional de Ilustração, na Eslováquia. Cf. <http://www.accu.or.jp/noma/english/eindex.html> Acesso em 15 ago. 2009

12

Prêmio Luiz Jardim pela FNLIJ Melhor livro infantil texto e imagem. 13

DENISE & FERNANDO como se identificam - Indicados em 1985 ao IBBY pela FNLIJ como ilustradores do livro Pepita a Piaba, ilustraram ainda O Fantástico mistério de feiurinha dentre outros.

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A obra de Ânela Lao continua a ozar de rande prestíio em 1990,

1994 e pela terceira vez em 2004 é indicada ao Prêmio Hans Christian

Ander-sen15, pelo conjunto de obras.

Novamente em 1990 recebe os prêmios Ofélia Fontes, o melhor livro

in-fantil pela FNLJ e o prêmio APCA na cate

oria editoração e projeto gráfico, setor literatura infantil, ambos pelo livro Sua Alteza A Divinha. Ainda Altamente Recomendável FNLIJ pelas ilustrações de O caso da Banana, texto de Ronaldo Coelho, publicado em 1990 pela editora LÊ.

Em 1991 ao lado de Nelson Cruz16, Marilda Castanha17 (ambos ilustrado-res, que como Angela Lago inicialmente eram artistas plásticos, de Minas Ge-rais), Nelson Macedo18 e Regina Yolanda19, teve trabalhos escolhidos pela FN-LIJ para participar da seleção de ilustrações da Feira do Livro de Bolonha20. Ainda em 1991 recebe o Prêmio Octogonales, Prix Graphique, Centre Interna-tional d’ Etudes en Littératures de Jeunessa21, Paris, pelo projeto gráfico no-vamente com o livro O caso da banana.

Em 1992 recebe o Certificate of Honour do IBBY durante o 23 Congress of the International Book Board for Young People em Berlim, pelo livro Sua

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O Prêmio Hans Christian Andersen é o mais importante prêmio literário da literatura infanto-juvenil, considerado o pequeno Nobel da literatura O prêmio é concedido a cada dois anos pela IBBY (filiada à UNES-CO) para escritores e ilustradores (categorias) vivos.

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CRUZ, Nelson. Ilustrou mais de trinta livros, tendo recebido vários prêmios por suas ilustrações, entre eles a menção honrosa no Noma Concours for Picture Book Ilustration em Tóquio, o prêmio Octogonal pelo Centre International dÉtudes em Littérature de Jeunesse (França), o prêmio Jabuti na categoria infanto-juvenil e o prêmio de melhor livro e ilustração pela FNLIJ.

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CASTANHA, Marilda. Desde 1998, participa anualmente da exposição Le Immagini della Fantasia, Mostra Internazionale Dillustrazione per Linfanzia, em Sármede, cidade do norte da Itália. No Brasil recebeu inúme-ros prêmios Jabuti de ilustração e o de melhor ilustração pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ. Já no exterior, teve seus trabalhos recompensados com o Prix Graphique Octogone, da França, e ainda, foi premiada por duas vezes no Concurso Noma de ilustração, da Unicef, realizado em Tókyo, no Japão. 18

MACEDO, Nelson ilustrador do livro A noite é um circo sem lona, ilustração em uma única cor Ed. Record 19

WERNECK, Regina Yolanda é mestre em Educação pela UFRJ, autora e ilustradora de livros infanto- juvenis. Dentre seus livros destacam- se os premiados A casa da madrinha, de Lygia Bojunga (Editora Casa Lygia Bojun-ga), Bisa Bia Bisa Bel, de Ana Maria Machado (Editora Salamandra), e Boi-de-mamão, de Rogério Andrade Bar-bosa (Editora FTD). Foi representante do Brasil no Comitê Executivo do IBBY (Unesco) e mais tarde vice-presidente. Foi membro do júri da BIB. Desde 1989, é membro do júri do Prêmio Fondation Espace Enfants (Genebra) Prêmio Internacional de Melhor Livro Infanto-juvenil. Representou o Brasil na Feira de Livros para Jovens em Bolonha, Itália. Foi membro do Conselho Consultivo da FNLIJ no período de 1980 até 2003. É especi-alista em Conhecimento da Ilustração na Literatura Infantil - título conferido pelo - IBBY (Unesco) com sede em Basiléia, na Suíça.

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Feira do livro de Bolonha, considerada a mais importante feira mundial no mercado de livros infantis, fecha-da ao público em geral, exclusiva ao público do mercado editorial

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Alteza A Divinha , que já vimos ter sido seu primeiro trabalho no computador. Em 1992 foi considerada Hors-Concours na categoria O Melhor Para Criança (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) - pelo livro De Morte no mesmo ano de sua publicação, editora RHJ, e ainda Hors-Concours, no mesmo ano,

na categoria Imagem (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil ) pelo livro Cântico dos Cânticos, Editora Paulinas, com o qual recebeu ainda os prêmios:

Prêmio Adolfo Aizen (Literatura Visual) oferecido pela União Brasileira dos Es-critores; novamente o Octogone de Fonte, Prix Graphiques, Octogonales 1994, Centre International d'Etudes en Littératures de Jeunesse, Paris e segundo prémio Iberoamericano de Ilustração22, pelo Conselho de Cultura da Junta de Andalucia, considerado o IBBY de Sevilha, Espanha, pelas ilustrações do livro;

Seus trabalhos gráficos em computador, ganham o 1º lugar no primeiro MAConcurso23, promovido pela Genesys, representante da Apple, pela utiliza-ção de computautiliza-ção gráfica em conjunto de obra em dezembro de 1993. Em 1993 foi um dos ilustradores escolhidos para participar da já mencionada Bie-nal InternacioBie-nal, IBBY, distinção que se repete em 1995,1997, 2001 e 2007, sendo lá premiada em 1995 por Cena de Rua (RHJ-1994) e em 2007 por João Felizardo o rei dos negócios , livro originalmente lançado no México em 1993,

e no Brasil apenas em 2006 pela Cosac-Naif . Por este mesmo livro recebe ain-da em 2007 os prêmios BIB Plaque24, Prêmio da Bienal Internacional da Bratis-lava, pela ilustração e o Hors-Concours na categoria: O Melhor Reconto, prê-mio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Ainda em 1993 recebe os prêmios pela FNLIJ: projeto editorial e ilustra-ção pelos livros: Layla texto de Terezinha Alvarenga (Miguilim-BH), e Folclore de Casa(RHJ) com o qual recebeu também o prêmio Altamente Recomendável.

Em 1994 publica novamente um livro só de imagens Cena de Rua com o qual recebe os prêmios: APCA, categoria livro sem texto, setor de literatura

22

O Premio Ibero-americano de Literatura Infantil e Juvenil um dos mais importantes prêmios internacionais na área da ficção para crianças e adolescentes, cujo objetivo é estimular a produção literária nos países da Améri-ca Latina e Caribe, coroando a obra de autores já publiAméri-cados. Concedido pelo conselho de cultura de Andalucia, Espanha , o IBBY de Sevilha.

23

MAConcurso concurso de sites na área de recursos gráficos por computador oferecido pela empresa Ge-nesys- empresa internacional de jornalismo digital, representante da Apple no Brasil.

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infantil, pela Associação Paulista de Críticos de Arte; prêmio Jabuti 25categoria Infantil e de ilustrações; recebe ainda os prêmios: Octogone d’Ardoise 1995, Prix Graphique, Centre International d’ Etudes en Littératures de Jeunessa, Pa-ris; pela Ilustração; prêmio Câmara Brasileira do Livro, pelas ilustrações e também White Ravens26 no mesmo ano, Biblioteca Internacional de Munique. Nos Estados Unidos foi selecionado e publicado em uma coletânea pela Abram Press, de Nova Iorque, classificado entre os 15 melhores livros de imagens do mundo.

Pela FNLIJ recebe: em 1994 Prêmio Altamente Recomendável, pela au-toria e ilustração do livro Festa no Céu que foi publicado pela editora Melho-ramentos apenas no ano seguinte, em 1995 - , nesse mesmo ano pelos livros: O personagem encalhado,Tampinha (com o qual também ganhou Prêmio Fer-nando Pini 27 de Excelência Gráfica 1995, da Associação Brasileira de Tecno-logia Gráfica e Associação Brasileira da Indústria Gráfica, ABIGRAF, na cate-goria Livros Infantis) e Charadas Macabras. Em 1996 pelos livros Uma palavra só, (com o qual ganhou ainda o Prêmio Bloch Educação- 25 anos – Literatura Infantil, Empresas Bloch, Rio de Janeiro 1996) e em 1997, autoria e ilustração do livro Um ano novo danado de bom, em 1999 pela ilustração do livro A crian-ça e seus direitos28; em 2001: pelo livro O gato chamado Gatinho texto de Fer-reira Gullar – melhor ilustração, e novamente em 2004: autoria e ilustração

pe-lo livro Sete histórias para sacudir o esqueleto, e A Raça Perfeita, em parceira com Gisele Lotufo.

Foi selecionada novamente para Octogonales 1999-2000, Prix Graphique, Centre International d’ Etudes en Littératures de Jeunessa, Paris, agora pelo livro ABCD Doido, publicado em 1999 pela editora melhoramentos, livro que se relaciona ao seu site.

25

Prêmio Jabuti é considerado um dos mais conceituados prêmios do livro no Brasil em todas as categorias literárias ou não.

26

O catálogo anual «The White Ravens» ( publicação da - Internationale Jugendbibliothek -IJB em Munique, na Alemanha) é lançado anualmente na Fewira di Livro Infantil de Bolonha . Cf. <http://www.ijb.de>e <http://www.childrenslibrary.org/servlet/WhiteRavens>. Acesso em: 30 set. 2009.

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Prêmio Fernando Pini é considerado o Oscar da indústria gráfica . O prêmio é um dos grandes incentivos para estimular a qualidade gráfica.

28

(22)

Como j apontamos, desde 1990 Angela Lago passa a utilizar do compu-tador em sua vida profissional e ao lado de seu site j em 2001/2002 participa da criação do conto virtual : E Aora? cujas sugestões de criação foram envi-adas por crianças, pelo site Brincando na Rede, que participaram com trechos e idéias para o livro. Brincando na Rede29é um site interativo, altamente reco-mendado, com contos cuja temática é variada e a autoria coletiva. Dentre seus autores encontram-se: Heloísa Prietro, Tatiana Belinky, mas sempre com a contribuição do leitor que se torna co-autor. Mais tarde, este mesmo conto in-terativo foi publicado, agora no suporte livro, pela editora Caramelo (livros e-ducativos), 2004, com o mesmo título. E Agora? fazendo parte da coleção Brincando na Rede.

Se neste caso, temos a passagem do site ao livro, outras vezes é o in-verso que ocorre: muito do que Angela publica em seus livros, traz para o site como é o caso do ABCDoido livro que trabalha como um livro interativo utili-zando as dobras das páginas para uma espécie de adivinha e passando para o site o link ABCD trabalha com lexias de adivinhas.

Para Angela o computador passa a ser uma nova ferramenta de trabalho: com ele mistura fotografias e desenhos como na antologia que organiza a par-tir de poemas de Emily Dickinson (1830-1886), Um livro de Horas publicado pela editora Scipione, 2008, do qual foi ilustradora, tradutora e selecionadora, e com o qual ganha novamente FNLIJ melhor ilustração, ao lado de Ferreira Gul-lar30, Mia Couto31 dentre outros.

Hoje Angela continua dedicando-se ao site, que está sempre sendo atua-lizado e modificado, site este que já recebeu diversos prêmios, dentre eles:

29

http://www.brincandonarede.com.br; site patrocinado pelo Banco Real em parceria ao Instituto Escola Brasil, site já premiado diversas vezes Webaward 2008 e 2004 (O prêmio é uma iniciativa da Web Marketing Associa-tion, uma entidade norte-americana fundada em 1997, que tem como foco promover as boas práticas da in-ternet, tanto no que se refere à mídia digital quanto aos melhores sites já desenvolvidos no mundo) e em 2006 e-Finance reconhecimento dado a bancos pelas açoes tecnológias e/ou de atendimento.

30

FERREIRA Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 10 de setembro de 1930) é um poeta, críti-co de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro. Em 2002, foi indicado por 9 professores dos EUA, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 2007 recebe o prêmio jabuti melhor livro de ficção.

31

(23)

Selo Nota 10 escola net,3

Selo Melhores site do Brasil Links & Sites

33, Selo

Três Estrelas Guia da nternetFolha (UOL) 34

, Selo Estrelas do Estúdio Estú -dio@Web

35 .

Abaixo um quadro apresenta, de forma visualmente mais econômica, os

prêmios recebidos pela escritora, de forma a facilitar a consulta tanto das ca-tegorias, quanto das entidades que outorgam os prêmios. A frequência e

im-portância das premiações de Angela Lago afiançam sua importância no pano-rama da melhor literatura brasileira atual.

32

Selo Nota 10 Escola Net Escola de educação continuada e a distância cuja missão é desenvolver e tornar acessíveis serviços de qualidade em informação, cultura e educação.

33

Selo Melhores Sites do Brasil / Links & Sites , pela netwaybbs.com.br. 34

Selo Três Estrelas / Guia da Internet/ Folha (UOL) - o melhor da rede mundial. São 600 sites testados e co-mentados - para chegar a esta seleção, foram examinados mais de 3.000 endereços.

35

(24)

.1. QUADRO RESUMO DE PRÊMOS RECEBDOS POR ANELA LAO 36

ANO DE

PRE-MAÇÃO OBRA PREM

ADA PRÊMOCATEORA

ENTDADE QUE

OUTORA O

PRÊ-MO

1980 Sanue de Barata

Altamente recomendvel para criança

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) 1981 Salamê míngüe

(posteriormente in-cluído em Uni duni e

Tê )

Maioridade Crefisul

Banco Crefisul de Investimento e

Jor-nal das Letras

1982

Uni duni e Tê

Altamente recomendável para criança;

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

Uni duni e Tê

Prêmio João de Barro –

Júri Adulto – literatura infantil – texto inédito

Prefeitura de Belo Horizonte 1984

Outra Vez

Melhor livro categoria sem texto – lit. infantil

Associação Paulis-ta de Críticos de

Arte –

( APCA)

1986

Outra Vez

Prêmio ilustração - Bie-nal InternacioBie-nal de São

Paulo

Bienal Internacional de São Paulo – Câ-mara Brasileira do

Livro (CBL) Chiquita Bacana e

outras pequetitas

Noma Concours - ilustra-ções

Asia/Pacific Cultu-ral Centre for

Unes-co(ACCU) Chiquita Bacana e

outras pequetitas

Prêmio Luis Jardim –

melhor livro de imagens

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

36

(25)

1986 Correspondência Altamente recomendvel

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

1988

A mãe de minha mãe Altamente recomendável Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

1990

Sua Alteza A Divinha Ofélia Fontes – melhor livro infantil –

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) Sua Alteza A Divinha Categoria Editoração e

projeto gráfico – lit. in-fantil

Associação Paulis-ta de Críticos de

Arte (APCA) O caso da Banana Altamente recomendável

– ilustração

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

1991 O caso da Banana Premio Octogonales –

Prix Graphic

Centre International d’ Etudes en Litté-ratures de Jeunes-se (CIELJ, Paris)

1992

Sua Alteza A Divinha Certificate of Honour IBBY

Congresso IBBY –

Berlin

De Morte Hors-Concours

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) Cântico dos

Cânti-cos

Melhor para criança –

categoria imagem

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) Cântico dos

Cânti-cos

Prêmio Adolfo Aizen –

Lit. Visual

União Brasileira de Escritores (UBE)

1993

Layla Projeto editorial e ilus-tração

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) Folclore de casa Altamente recomendável Fundação Nacional

do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ)

1994 Cântico dos Cânti-cos

Octogone de fonte

(26)

1994

Cântico dos Cânti cos

Prêmio bero Americano

de lustração

Conselho da Cultu-ra Junta de Andalu-cia – IBBY de

Sevi-lha-Espanha Cena de Rua Livro sem texto - Infantil Associação

Paulis-ta de Críticos de Arte (APCA) Cena de Rua Prêmio Jabuti – infantil Jornalistas e

críti-cos

Cena de Rua Octogone d’Ardoise

Centre International d’ Etudes en Litté-ratures de Jeunes-se (CIEL, Paris) Cena de Rua Ilustração Câmara Brasileira

do Livro (CBL) Cena de Rua White Ravens Biblioteca

Interna-cional de Munique Cena de Rua Coletânea – Os quinze

Melhores livros de ima-gens do Mundo

Abram Press - No-va Iorque

1995 Cena de Rua Ilustração

International Board on Books for oung

People (IBBY) 1994 – ano

antes de sua publicação

Festa no Céu Altamente Recomendável

– autoria e ilustração

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

1995

O Personagem enca-lhado

Altamente Recomendável

– autoria e ilustração

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) Tampinha Altamente Recomendável

– autoria e ilustração

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) Tampinha Premio Fernando Pini –

Excelência gráfica – cat. Infantil

ABTF e Assoc. Bras. Ind. Gráfica

(ABIGRAF)

Cena de Rua Ilustração

International Board on Books for Young

People (IBBY)

1996

Charadas macabras Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infantil e

(27)

1996

Charadas macabras Prêmio Block Educação –

Lit. infantil

Empresa Block Edi-tora

1997

Um Ano Novo Dana-do de Bom

Autoria e ilustração Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

2001

A criança e seus direitos

Ilustração Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) O gato chamado

gatinho

Ilustração Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

2004

Sete histórias para sacudir o esqueleto

Autoria e ilustração Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) A raça perfeita Melhor livro de imagem –

Hors-concours

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

2007

João Felizardo, o rei dos negócios

BIB PLAQUE – ilustração Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ) João Felizardo, o rei

dos negócios

Hors-Concours – O ME-LHOR RECONTO

Fundação Nacional do Livro Infantil e

Juvenil (FNLIJ)

2008

Um livro de horas Melhor ilustração Fundação Nacional do Livro Infantil e

(28)

3. AN

ELA LA

O ON-L

!

NE

DA POES

!

A

"!

SUAL AO TEXTO

"!

R-TUAL

“Criar meu web site Fazer minha home-pa#e Com quantos #i#abytes Se faz uma jan#ada Um barco que veleja”

$ilberto $il

Como j% vimos Angela Lago, uma das mais destacadas escrito-ras&ilustradoras da literatura para criança, cria em 1990 seu site

'' '.an(elala(o.com.br. Um intertexto, um hipertexto, intermídia, ou hipermí-dia? Como poderíamos chamar a obra de Angela Lago? Trata-se de um site cuja interação se faz presente desde a abertura. Como vimos em sua biografia, a partir de sua iniciação em informática, Angela Lago, uma das primeiras escri-toras brasileiras a criar um espaço literário na internet, dedica parte de seu tempo a criação neste e paraeste suporte. Sua literatura no ciberespaço, como em seus livros, manifesta intertextualidade, movimento e musicalidade.

Para discutir Angela Lago e seu ciberespaço teorias sobre o hipertexto e literatura, intertexto e intermídia se farão presentes neste trabalho, fornecen-do-lhe fundamentação teórica. Tanto Mallarmé (1842-1898) (Machado, 2001, p.165) – que sonhava o livro múltiplo, capaz de abranger todos os outros (Le livre de Mallarmé)37

quanto Walter Benjamim (1927-1940) em Livro das

Passa-gens de Paris a capital do XIX (2006) são autores que já pensavam nas

multi-plicidades de leitura, no hipertexto, ao lado de Pierre Lévy(2000) e George Landow (1997) autores que fazem parte dos teóricos que discutem e escrevem neste espaço chamado virtual na atualidade . O ciberespaço, que segundo Lévy

... é um objecto comum, dinâmico, construído, (ou, pelo menos, ali-mentado) por todos aqueles que o usam. Adquiriu este carácter de “não separação” por ter sido fabricado, aumentado, melhorado pelos informáticos que foram, inicialmente, os seus principais utilizadores. Ele é uma ponte entre o objeto comum dos seus produtores e dos seus exploradores (2000).

Desta forma é no ciberespaço que a virtualização se dá com mais inten-sidade.

37

(29)

Sur)e então a literatura virtual. *as para definir o que + literatura. este trabalho segue o pensamento de teóricos como J. Culler que discute a‘ literari-edade’ dos fenômenos não-literários (C01 1E3. 1999. p. 26). ou seja. postula que qualidades encontradas em textos literários também são importantes para a boa escrita de textos não-literários. Em sua obra sobre teoria literária postu-la que:

O que diferencia as obras literárias dos outros textos de de-monstração narrativa é que eles passaram por um processo de sele-ção: foram publicados, resenhados e reimpressos, para que os leitores se aproximassem deles com a certeza de que outros os haviam consi-derado bem construídos e ‘de valor’. Assim, no caso das obras literá-rias, o princípio cooperativo é ‘hiper-protegido’. [...] A ‘Literatura’ é uma etiqueta institucional que nos dá motivo para esperar que os re-sultados de nossos esforços de leitura ‘valham a pena’. E muitos dos traços da literatura advêm da disposição dos leitores de prestar aten-ção, de explorar incertezas e não perguntar de imediato ‘o que você quer dizer com isso?’.(op.cit,p. 32)

Antes da escrita o homem já construía e contava as suas histórias, pas-sando depois a valer-se da escrita, seja a cuneiforme, ou a alfabética, no códex ou no livro. É nesta tradição que surge hoje a literatura na internet, a ciberlite-ratura. Pode-se discuti-la através da noção de cibercultura, definida pelo su-porte, pois para Lévy a cibercultura é“o conjunto de técnicas (materiais e inte-lectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento, e de valores de-senvolvidas na rede eletrônica”(1999). Ou seja, a ciberliteratura seria desta forma a literatura nesta nova rede.

Vemos hoje na internet uma literatura que tende a voltar à literatura que também é considerada boa38 literatura, que possui literariedade, a literatura oral, que em algum momento foi modificada e também passou a fazer parte do livro. Agora a literatura oral parece estar nos blogs e sites populares, ganhan-do e efetivanganhan-do seu caráter popular, de ensinamento, de entretenimento, a lite-ratura oral na escrita, a ciberlitelite-ratura de múltiplos autores.

Para Levy (2000)

38

(30)

O aparecimento da escrita acelerou um processo de artificiali-zação, de exteriorização e de virtualização da memória que certamente começou a hominização. Virtualização e não simples prolongamento; ou seja, separação parcial de um corpo vivo, colocação [...] Ela fez surgir um dispositivo de comunicação no qual as mensagens muito frequentemente estão separadas no tempo e no espaço de sua fonte de emissão e portanto são recebidas fora do contexto...

A ciberliteratura é, pois, literatura virtual, aquela que não se vale apenas de palavras, mas também de imagem, movimento e som. Ela não é apenas a transposição de um texto já pronto e feito fora deste suporte, mas uma literatu-ra feita neste e para este suporte. O ciberespaço como tantas outras mídias, que foram surgindo através dos tempos, é capaz de abraçar todas as outras. É preciso, porém, lembrar que o que faz um suporte funcionar desta ou daquela forma, é o que é veiculado (a obra também faz parte da ciberliteratura) e tam-bém o tipo de leitor a que se dirige, como Landow relaciona à polifonia de Ba-khtin, que sustentava a coexistência de diversas vozes na narrativa, ao hiper-texto:

In terms of hypertextuality this points to an important quality of this information medium: hypertext does not permit a tyrannical, un-ivocal voice. Rather the voice is always that distilled from the com-bined experience of the momentary focus, the lexia one presently reads, and the continually forming narrative of one's reading path.( 1997, p.23) 39

Algumas vezes em blogs, fóruns, chats, sites interativos parece que re-tomamos a tradição oral. Mas a retomada ocorre com uma grande velocidade de interação associada à quantidade, à distância ou à ausência de distância, pois a interação não estará ligada um-a-um – autor/leitor – mas a um autor ini-cial, que não se determina necessariamente, e a diversos leitores ou navega-dores, como propõe Chartier (1998), em A aventura do livro, do leitor ao nave-gador no ciberespaço. Leitores e autores poderão interagir diretamente e, às

vezes, proporcionalmente na mesma velocidade e abrangência, abrindo-se a-inda a possibilidade de uma leitura que associa texto, imagem e som, aumen-tando assim o espaço do leitor, mas de um leitor que deve estar apto às diver-sas leituras permitidas e mesmo incentivadas pelos intertextos, no hipertexto.

39

(31)

O hipertexto utilizado no ambiente das redes telemáticas vai permitir em uma mesma tela a coexistência de textos, sons e imagens, tendo como elemento inovador a possibilidade de interconexão quase instantânea através de links, não só entre partes de um mesmo texto, mas entre textos fisicamente dispersos, localizados em diferentes su-portes e arquivos integrantes da teia de informação constituída pela Web (MIELNICZUCK; Palácios, 2001, p.1)40

Este hipertexto (na rede eletrônica) num certo sentido nada mais é do que um “emaranhado” de textos que se relacionam diretamente, bastando um click e um novo link se apresenta, para um novo hipertexto ser encontrado. Parece que as linhas do texto não são mais linhas, mas multi-links, como se houvesse novos textos dentro de um primeiro, sempre surgindo novos. Talvez o conceito de intertextualidade agora se complete, concebendo o hipertexto como Landow:

Hypertext, as the term is used in this work, denotes text com-posed of blocks of text -- what Barthes terms a lexia -- and the electron-ic links that join them. Hypermedia simply extends the notion of the text in hypertext by including visual information, sound, animation, and other forms of data. Since hypertext, which links one passage of verbal discourse to images, maps, diagrams, and sound as easily as to another verbal passage, expands the notion of text beyond the solely verbal, I do not distinguish between hypertext and hypermedia. Hyper-text denotes an information medium that links verbal and nonverbal in-formation. In this network, I shall use the terms hypermedia and hyper-text interchangeably. Electronic links connect lexias "external" to a work -- say, commentary on it by another author or parallel or contrast-ing texts -- as well as within it and thereby create text that is expe-rienced as nonlinear, or, more properly, as multilinear or multisequen-tial. Although conventional reading habits apply within each lexia, once one leaves the shadowy bounds of any text unit, new rules and new experience apply. 41 (Landow’site- grifo do autor)

Surge então com o hipertexto, o virtual, uma possibilidade mais radical da intertextualidade, diversos textos fazendo parte de uma mesma teia, a partir

40

MIELNICZUCK;PALACIOS, Marcos. Considerações para um estudo sobre o formato da notícia na Web: o link como elemento paratextual. 2001. In: < www.facom.ufba.br/jol/producao.htm>. Acesso em 14/08/2009 41

(32)

da conexão de diversos nós4 uma espécie de mapa com caminhos diversos,

mas conectados por pontos acessáveis que refletem uma organização aparen-temente mais pessoal e menos linear que outros suportes. Desta forma para Lévy:

Se ler consiste em hierarquizar, selecionar, esquematizar, cons-truir uma rede semântica e integrar idéias adquiridas a uma memória , então as técnicas digitais de hipertextualização e de navegação consti-tuem de fato uma espécie de virtualização técnica de exteriorização dos processos e leitura. (1996, p. 49-50)

A intertextualidade que agora – na era digital - se apresenta não é ape-nas implícita. Ao contrário, a intertextualidade agora é uma possibilidade de conexão direta a outros textos, pois basta um click e o novo texto se apresen-ta, permitindo assim a capacitação do leitor no momento e ao longo da leitura. Assim algo que antes, no livro, deveria ser anterior, com a internet passa a ser simultâneo,

... com os nós entre palavras, imagens, documentação, músicas, ví-deos etc. trata-se de um leitor implodido cuja subjetividade se mescla na hipersubjetividade de infinitos textos num grande caleidoscópio tri-dimensional onde cada novo nó e nexo pode conter uma outra grande rede numa outra dimensão. Enfim, trata-se aí de um universo inteira-mente novo que parece realizar o sonho ou alucinação borgiana da bi-blioteca de Babel, uma bibi-blioteca virtual... (Santaela)42

Ou ainda o Livro do sonho de Mallarmé, a possibilidade de muitos textos em um mesmo espaço, um espaço central:

O sonho de Mallarmé, perseguido durante toda a sua vida, um li-vro integral, um lili-vro múltiplo que já contivesse potencialmente todos os livros possíveis; ou ainda um gerador de textos, impulsionado por um movimento próprio, no qual palavras e frases pudessem emergir, aglutinar-se, combinar-se em arranjos precisos, para depois desfazer-se, atomizar-se em busca de novas combinações... (Machado, 2001) Do ponto de vista literário não há textos isolados, solitários: são todos frutos de outros, uma retomada de outros, e isso pode ser ainda melhor perce-bido neste novo espaço, neste espaço chamado de virtual, permitindo assim uma discussão ainda maior sobre a intertextualidade ou - melhor dizendo –

sobre a novaintertextualidade que se apresenta neste espaço dito virtual, que se5undo Lévy (1994).

42

(33)

... não é uma utopia daqueles que experimentaram, conhecem e parti-cipam da internet. é como se todos os textos fizessem parte de um tex-to, só que é o hipertexto, um autor coletivo e que está em transforma-ção permanente. é como se todas as músicas passassem a fazer parte de uma mesma polifonia virtual e potencial.

Dado que a intertextualidade é a menção, citação, alusão ou cópia de al-go já existente, esta conectividade se manifesta de forma mais evidente e pos-sível de materialização no espaço contemporâneo virtual: a 6nternet. A inter-textualidade agora se dá através dos nós da www (world wide web) esta imen-sa rede que põe em circulação informações, literárias ou não, adequadas ou não, reconhecidas ou não; Um espaço que pode assumir qualquer aspecto, dependendo do gosto do leitor, e, em certos momentos, pode criarum mundo novo dentro de um ambiente não palpável, imensurável, segundo Eagleton

(1998, p. 9) ou ainda segundo Machado (2001, p.186-188)

... seria algo assim como um texto escrito no eixo do paradig-ma, ou seja, um texto que já traz dentro de si várias outras possibilida-des de leitura e diante do qual se pode escolher dentre várias alternati-vas de atualização [...] uma imensa superposição de textos, que se po-de ler na direção do paradigma, como alternativas virtuais da mesma escritura, ou na direção do sintagma, como textos que correm parale-lamente ou que se tangenciam em determinados pontos, permitindo optar entre prosseguir na mesma linha ou enveredar por um caminho novo. A maneira mais usual de visualizar essa escritura múltipla na te-la pte-lana do monitor de vídeo é através de "janete-las" paralete-las (win-dows), e também através de elos (links) que ligam determinadas pala-vras-chave de um texto a outros textos disponíveis na memória. Neste novo espaço a inter e a intratextualidade se evidenciam, surge a possibilidade de diversas artes se conectarem, nele as linguagens se entrela-çam, permitindo a junção da música (som), da imagem (movimento, cor) e das palavras como já vimos, ou seja as diversas artes podem ser conectadas ao mesmo tempo.

Mas além disso, surgem sites que possibilitam a interação destas lin-guagens de forma concreta. Como o poeta concreto sonhou, a poesia se con-cretizou na internet, - (veja Figura 1 VerbivocovisualFigura 1 Verbivocovisual–

p.35)

(34)

en-trando em contato direto com a dimensão não8verbal; as imagens e

sons; e passa a ser interdisciplinar; intertextual e muitas vezes intera8

tiva; além de projetar-se em parâmetros materiais mais amplos; que

devem levar em conta critérios como cor, espaço, forma e movimento [...]. Por outro lado, insisto em sublinhar o mero domínio do computa-dor não transforma ninguém, só por só, em grande poeta, e as facili-dades da engenharia digital devem preocupar sempre aqueles que a usam. Acima de tudo, a grande arte é sempre difícil. <Sem presumir que o que saíra daqui, nada ou quase uma arte= dizia Mallarmé. Há um século no prefácio de Lance de dados. Que antecipou todos os lan-ces.43 (CAMPOS, 2000 - grifo do autor)

Como se vê em muitos sites, surge neles concretamente, a poesia visual que já era possível no papel, na página do livro, porém sem dispor de

intera-ção, ou intervenção direta do leitor como em vários sites:

www.poesiavisual.com.br, também o poema concreto agora se manifesta em sua totalidade e com total interatividade do leitor, como nos sites dos poetas concretos como: de Haroldo de Campos: http://>> >2.uol.com.br/ haroldode-campos/home.htm, de Augusto de Campos: http://>> >2.uol.com.br/ auB

usto-decampos/home.htm, ou mesmo no site livre conhecido como Coutube:

>> >.Coutube.com.br 44

. O sonho de Mallarmé poderia estar se aproximando já no holopoema por ser tridimencional, paradoxal, como no poema

Luz/Mente/Muda/Cor de Augusto de Campos anterior ao site (versão

holográfi-ca de Julio Plaza) que adquire forma dinâmiholográfi-ca a qual no papel, como neste tra-balho, seria impossível.

É neste contexto que se inscreve o site de Angela Lago http://>> >.anBela-laBo.com.br: ciberescritora, ou ciber-ilustradora, que apre-senta um texto virtual -Eum texto móvel, caleidoscópico, que apresenta suas facetas, gira, dobra-se e desdobra-se à vontade frente ao leitor" (LÉVY- 1999). Um autora que já buscava ampliar suas possibilidades nos livros e depois

43

CAMPOS, Augusto Conversa com Claudio Daniel. Suplemento Literário Belo Horizonte Minas Gerais, nº 56 – 2000 disponível in: <http://www.letras.ufmg.br/websuplit/Lib/html>. Acesso em: 30 ago.2009.

44

(35)

também no site. Em sua fala abaixo concedida em entrevista comprovamos

esta materialidade do livro ao site:

Estou com joFos novos, já usando a linguagem mais sofistica-da. Mas a internet, com essa linguagem, nos ajuda tanto a aprender, que estou voltando a uma coisa que era proibida há até pouco tempo: ensinar! Fomos proibidos de ensinar. Como se a literatura, e não o ar-tista, vivesse na torre... A literatura vivia na torre. Ela não podia ensi-nar, ela não podia ter ética, isso dos 70 para cá. E agora, graças à in-ternet, estamos nos permitindo de novo ensinar e aprender, que é uma grande brincadeira também, uma grande diversão. 45

Um site que será analisado parcialmente mais a frente e que será apre-sentado como interativo e por que não dizer didático.

45

(36)

FiHura 1 Jerbivocovisual 46

[os símbolos representam o verbo- azul (a), o som – amare-lo(K) e a imaHem- vermelho (alvo)]

46

(37)

4. AN

P

ELA LA

P

O EM L

QS

ROS: UMA AN

Á

L

Q

SE H

Q

PERTEXTUAL

“Vivemos no mundo do irreal onde tudo o que vemos é somente uma sombra imperfeita de uma realidade mais perfeita..”

Platão

4.1.

O F

Q

O DO R

Q

SO: DO REAL AO

SQ

RTUAL, DO

SQ

RTUAL AO

REAL

Primeiro livro de TnXela laXo, lançado pela editora Vigília em 1980, após três anos de sua criação. Um livro ilustrado, colorido em cores suaves de a-quarela onde podemos constatar a junção de texto e imagens, caminhando em uma mesma direção. Suas dimensões são 21 cm X 20 cm, tamanho tradicional de muitos livros infantis, quase um quadrado, contendo 24 páginas ilustradas, sendo descrito e confirmado por Nelly Coelho (1995):

As ilustrações coloridas, em aquarela e tons suaves, condizem com a fantasia que ali se sobrepõe ao real, apresen-tam um jogo de formas e cores que sugerem de modo bastante claro os elementos que compõem as cenas. Bichos, flores, es-paço, menina, fada..., tudo é perfeitamente reconhecível em sua individualidade e lugar ocupado no conjunto.

Neste livro apenas no início de sua carreira, Angela Lago faz uso das formas tradicionais e populares de texto, uso de rimas populares, feito em oi-tavas, com a presença de adivinhas, ilustrações esperadas sem sobrepor ao texto, mas emoldurados duplamente, no próprio desenho e pelas margens do livro. Percebemos ainda o surrealismo na mistura do encantamento e realidade (fada – telefone), um livro para crianças com imagem, movimento, cor e musi-calidade. Algo que se fará presente também em seu site.

(38)

reapa-recem nas páginas do livro tais como a menina Nina centralizada e sob o nome do livro, a fada e os animais nas laterais, o telefone e o arco-íris centralizados na parte superior. O nome da editora aparece também na parte superior da ca-pa acima do arcoíris, o título é centralizado e a identificação de Angela Lago como ilustradora e autora do texto vêm apenas na parte inferior. A capa osten-ta bordas (molduras) relacionadas a elementos da natureza, sendo que a borda maior (externa) fecha todos os desenhos e as bordas internas são feitas a par-tir de imagens de cobras, pássaros, flores e até mesmo o arcoíris. Percebemos aqui já o uso de muitos detalhes que farão parte das obras de Angela Lago.

No verso da capa estão apenas as informações bibliográficas, como tra-dicionalmente. Na contracapa apenas a figura de Maria, a cozinheira, com uma panela na mão da qual sai um arcoíris, um elemento mítico que está sempre presente em histórias como um elemento que leva a algum lugar encantado, rico, mágico e que se faz presente neste livro, no início e no fim da história, na capa e na contracapa.

Na página de rosto há uma ilustração, algo que ser torna comum em seus livros, o uso da ilustração no paratexto, neste a imagem da menina (den-tro de um apartamento) atrás de uma janela de vidros parcialmente aberta e no parapeito se encontra um vaso de planta e do lado de fora está um pássaro voando que parece carregar o arcoíris para cima. Ao centro, desta vez, o título do livro em caixa alta O FYO DO RYSO, a autoria logo abaixo História e

dese-nhos de AnZela LaZo, e uma imagem de uma joaninha (que acompanha Angela

Lago ao longo de seus trabalhos), porém desta vez na parte inferior vem a in-formação sobre a editora seguida pela cidade em letras menores, mas em cai-xa alta EDYTORA \Y^ÍLYA LTDA, Belo Horizonte e o Logo da editora logo abai-xo. Abrindo vemos apenas a dedicatória e agradecimentos: Para as 2 Hercilias

e Meus aZradecimentos a Ruth Silviano Brandão Lopes

4_ .

O livro conta a história de uma menina loira, que se inicia com a tradi-cional frase de conto de fadas: `Era uma vez a menina conhecida como Ninaa, um conto narrada em terceira pessoa, mas que às vezes dá voz à personagem desenvolvendo-se então a narrativa em primeira pessoa, tornando-se como se

47

Imagem

Ilustração  Fundação Nacional  do Livro Infantil e
Figura 2 Nina isolada no canto esquerdo, destaque nosso
Figura 9  Figura 10  Figura 11
Figura 37  ö   recebendo o professor              Figura 38 – informações diversas  Nos submenus há links para  diversas informações  a respeito de  seu  site,  suas  obras,  e  sua  oficina

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