• Nenhum resultado encontrado

Conhecimento do pediatra sobre o manejo da constipação intestinal funcional.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Conhecimento do pediatra sobre o manejo da constipação intestinal funcional."

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

REVISTA

PAULISTA

DE

PEDIATRIA

www.rpped.com.br

ARTIGO

ORIGINAL

Conhecimento

do

pediatra

sobre

o

manejo

da

constipac

¸ão

intestinal

funcional

Mario

C.

Vieira

a,b

,

Isadora

Carolina

Krueger

Negrelle

a

,

Karla

Ulaf

Webber

a

,

Marjorie

Gosdal

a,∗

,

Sabine

Krüger

Truppel

b

e

Solena

Ziemer

Kusma

a

aPontifíciaUniversidadeCatólicadoParaná,Curitiba,PR,Brasil bHospitalPequenoPríncipe,Curitiba,PR,Brasil

Recebidoem12defevereirode2016;aceitoem29demaiode2016 DisponívelnaInternetem17dejunhode2016

PALAVRAS-CHAVE

Constipac¸ão intestinal; Pediatria; Diagnóstico; Tratamento

Resumo

Objetivo: Identificaroconhecimentodopediatraquantoaomanejodiagnósticoeterapêutico dacrianc¸acomconstipac¸ãointestinalfuncional.

Métodos: Estudotransversal descritivocom amostraconstituída de médicos (n=297) entre-vistados no 36◦ Congresso Brasileiro de Pediatria de 2013. Foi usado um questionário

autoadministradoreferenteaumcasoclínicohipotéticodeconstipac¸ãointestinal.

Resultados: Foiobservadamaiorproporc¸ãodepediatrasdosexofeminino,médiade44,1anos, tempodeformac¸ãomédiode18,8anos,56,9%portadoresdetítulodeespecialistapela Socie-dadeBrasileiradePediatria.Examescomplementaresforamsolicitadospor40,4%,aradiografia abdominalfoiomaisrequisitado(19,5%), seguidoporenemaopaco(10,4%),exames labora-toriais(9,8%),ultrassonografiadeabdome(6,7%),colonoscopia(2,4%),manometriaebiópsia (ambas1,7%).Paraomanejofoisugeridaaprescric¸ãodelactulose(26,6%),óleomineral(17,5%), polietilenoglicol(14,5%),suplementodefibras(9,1%)eleitedemagnésia(5,4%).Orientac¸ão ali-mentar(84,8%),desimpactac¸ãofecal(17,2%)etreinamentodetoalete(19,5%)tambémforam indicadas.

Conclusões: Evidencia-seumadiscordânciaentreomanejosugeridopelospediatrasea con-dutapreconizadapelaliteraturadisponívelatualmente,umavezqueforamsolicitadosexames complementaresdesnecessáriosenãofoirecomendadaaorientac¸ãoterapêuticaconsiderada deprimeiralinha.

©2016PublicadoporElsevierEditoraLtda.emnomedeSociedadedePediatriadeS˜aoPaulo. Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY(http://creativecommons.org/licenses/ by/4.0/).

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.rppede.2016.06.003

Autorparacorrespondência.

E-mail:marjorie.gosdal@hotmail.com(M.Gosdal).

0103-0582/©2016PublicadoporElsevierEditoraLtda.emnomedeSociedadedePediatriadeS˜aoPaulo.Este ´eumartigoOpenAccesssob

(2)

KEYWORDS

Constipation; Pediatrics; Diagnostic; Treatment

Pediatrician’sknowledgeontheapproachoffunctionalconstipation

Abstract

Objective: Toevaluatethepediatrician’sknowledgeregardingthediagnosticandtherapeutic approachofchildhoodfunctionalconstipation.

Methods: A descriptivecross-sectional study was performed with theapplicationofa self--administered questionnaireconcerning ahypothetical clinical caseofchildhood functional constipation with fecal incontinence to physicians (n=297) randomly interviewed at the 36thBrazilianCongressofPediatricsin2013.

Results: Themajorityofthe participantswere females, themean agewas 44.1years,the meantimeofprofessionalpracticewas18.8years;56.9%wereBoardCertifiedbytheBrazilian SocietyofPediatrics.Additionaltestswereorderedby40.4%;includingabdominalradiography (19.5%),bariumenema(10.4%),laboratorytests(9.8%),abdominalultrasound(6.7%), colonos-copy(2.4%),manometryandrectalbiopsy(both1.7%).Themostcommoninterventionsincluded lactulose(26.6%),mineraloil(17.5%),polyethyleneglycol(14.5%),fibersupplement(9.1%)and milkofmagnesia(5.4%).Nutritional guidance(84.8%),fecal disimpaction(17.2%)andtoilet training(19.5%)werealsoindicated.

Conclusions: Ourresultsshowthatpediatriciansdonotadheretocurrentrecommendationsfor themanagementofchildhoodfunctionalconstipation,asunnecessarytestswereorderedand thefirst-linetreatmentwasnotprescribed.

©2016PublishedbyElsevierEditoraLtda.onbehalfofSociedadedePediatriadeS˜aoPaulo. ThisisanopenaccessarticleundertheCCBYlicense(http://creativecommons.org/licenses/ by/4.0/).

Introduc

¸ão

Na prática clínica, a constipac¸ão intestinal é um achado muitofrequente em crianc¸as, corresponde a cercade 3% dasconsultasnosambulatóriosdepediatriagerale25%das consultasem gastroenterologiapediátrica.1---4Naavaliac¸ão dosestudosfeitosnoBrasil,encontrou-seumavariabilidade de14,7%a38,8%naprevalênciadaconstipac¸ão.5Essaampla variac¸ãosedevetantoàheterogeneidadedoscritérios diag-nósticosquanto àsdiferenc¸as naselec¸ão dapopulac¸ãode estudo.5,6

O III Critério de Roma (2006) descreve que, em crianc¸as maiores de 4 anos se estabelece o diagnóstico deconstipac¸ão quandohá ≤2 evacuac¸õesporsemana; ao

menos um episódio de incontinência fecal por semana; história de postura retentiva ou retenc¸ão fecal voluntá-riaexcessiva;históriademovimentosintestinaisdolorosos; presenc¸a de extensa massa fecal no canal retal; história de fezes calibrosas que podem obstruir o vaso sanitário. Os sintomas devem estar presentes pelo menos uma vez porsemana numintervalo de dois meses.4 Esses critérios são,entretanto,consideradosporalgunsespecialistasmuito restritivos.5Asdiretrizes daESPGHAN(SociedadeEuropeia deGastroenterologia,HepatologiaeNutric¸ãoPediátrica)e NASPGHAN(SociedadeNorte-Americanade Gastroenterolo-gia, Hepatologia e Nutric¸ão Pediátrica) recomendam que sejausadoocritériodeRomaIII,excetopeladurac¸ãodos sintomas,umavezqueointervalodedoismeses recomen-dadoparacrianc¸asmaisvelhaspodecontribuirparaatraso notratamento.7

Aaltaprevalênciadaconstipac¸ãogeraaltoscustospara a saúde pública, representa um gasto de US$ 3.362 por crianc¸a tratada anualmente nos Estados Unidos.6 Estudos

demonstramquenãohápredominânciadesexoe empelo menosmetade dos casosa constipac¸ão surge noprimeiro anodevida,aindaquesejamaisdiagnosticadaemcrianc¸as deidadeescolar.1,3

As complicac¸ões da constipac¸ão intestinal incluem dor abdominal recorrente, incontinência fecal, sangra-mento retal,enurese einfecc¸ão/retenc¸ãourinária.6 Esses agravantes podem se associar progressivamente, influir negativamentenaqualidadedevidaegerardespesas,tanto paraafamíliaquantoparaoEstado.2,3

Embora seja uma doenc¸a de diagnóstico e tratamento relativamente simples, a constipac¸ão afeta a integridade física e emocional dacrianc¸a.1 Ao levar em considerac¸ão a prevalência, aimportância clínica e asrepercussõesda doenc¸a, este estudo tem como objetivo trac¸ar um pano-ramadomanejoadotadopelospediatrasbrasileirosfrentea umcasodeconstipac¸ãointestinaleestabelecerumparalelo comaliteraturadisponível.

Método

Fez-seumestudotransversaldescritivo,comamostra cons-tituída por 297 médicos escolhidos por amostragem não aleatóriadeconveniência,participantes do36.◦ Congresso

BrasileirodePediatria, em Curitiba,em outubro de2013. Os participantes do congresso foram abordados individu-almentepelos pesquisadores nosintervalos dasatividades científicaseconvidadosaparticipardapesquisaea respon-deroquestionário.

(3)

generalistas com título de Especialista em Pediatria pela SociedadeBrasileiradePediatria(SBP)emédicosresidentes empediatria.Comoinstrumentodepesquisa,foiusadoum questionárioautoadministradocompostoporduaspartes.

Aprimeira,referenteàidentificac¸ãodoentrevistado,era compostapornovequestõesobjetivasetinhacomointuito trac¸ar o perfil do médico entrevistado, conforme sexo, idade,procedência,tempodeatuac¸ão,formac¸ão comple-mentarelocaldeatuac¸ão.

A segunda parte do questionário era relacionada ao casoclínicofictícioaseguir:‘‘J.L.C.,sexomasculino,seis anos,apresentaumaevacuac¸ãoacadatrêsouquatrodias, fezes ressecadas, dore esforc¸oà evacuac¸ão.Sujaas ves-tesdetrêsaquatrovezesporsemana.Examefísico:118cm dealturae21,4kg.Apresentafezes endurecidaspalpáveis em fossa ilíaca esquerda em moderada quantidade. Sem maisparticularidades’’.Essaetapacontinhaperguntas aber-tasdiscursivas arespeito do diagnósticoe manejo clínico inicial.Eramelas:I.Qualodiagnósticomaisprovávelpara essecaso?II.Qualocritériousadoparaessediagnóstico?III. Você indicaria algum examecomplementar? Se sim, qual? IV.Qual seria o manejo terapêutico desse paciente? Caso optepelousodemedicac¸ão,quaisseriamosmedicamentos eem qualdose?Foramdistribuídos412questionários,dos quais 346 foramrespondidos. Dentre esses,foram excluí-dos 49questionários porestarem preenchidosde maneira incompletaouilegíveis.

Paraodiagnósticodeconstipac¸ãofuncionalfoi conside-radooIIICritériodeRoma(2006).Asrespostasobtidasnos questionáriosforamtranscritasearmazenadasemuma pla-nilhadoMicrosoftExcel®2010.Paraadescric¸ãodevariáveis

quantitativasforamapresentadosvaloresdemédia, medi-ana,valormínimo,valormáximoedesviopadrão.Variáveis qualitativas foram descritas por frequências e percentu-ais. Para avaliar a associac¸ão entreas variáveis de perfil dosparticipanteseasvariáveisdeprescric¸ão/indicac¸ão,foi considerado o teste dequi-quadrado ou o testeexato de Fisher.Valoresdep<0,05indicaramsignificânciaestatística. Osdadosforamanalisadoscomoprogramacomputacional IBMSPSSv.20.0.

Resultados

Foramincluídos297questionários. Napopulac¸ão entrevis-tada,houveligeirapredominânciadosexofeminino(58,9%). Amédiadeidadefoide44,1anos(de23a75)eamédiados anosdeformado18,8(de0a52).Amaioriados entrevista-doseraprocedentedaRegiãoSudeste(45,5%),seguidapor Sul(26,3%),Centro-Oeste(8,4%),Nordeste(12,1%)eNorte (7,7%).A maioria dosmédicos entrevistados(60,9%) tinha títulodeespecialistapelaSociedadeBrasileiradePediatria (SBP), orestante eracompostoporpediatras semtítuloe residentesdepediatria.Dototal,89médicostinhamalgum títuloemáreadeatuac¸ãopediátrica,dosquaissete(2,4%) eram gastroenterologistas pediátricos. Informac¸ões gerais sobreapopulac¸ãoestudadaestãodetalhadasnatabela1.

Odiagnóstico deconstipac¸ãofoiidentificadopor93,6% dosentrevistados.Examescomplementaresforamindicados por40,4%,aradiografiasimplesdeabdomefoiomais requi-sitado (19,5%).Oenema opaco(10,4%),aultrassonografia deabdome(6,7%),amanometriaanorretal(1,7%),abiópsia

Tabela1 Característicasgeraisdosentrevistados(n=297)

Variáveis Descric¸ão n(%)

Sexo Feminino 175(58,9)

Masculino 122(41,1) Tempodeformac¸ão Média 18,8anos

Região Norte 23(7,7)

Nordeste 36(12,1)

Centro-Oeste 25(8,4)

Sudeste 135(45,5)

Sul 78(26,3)

Formac¸ão Residênciaem PediatriaeTEPa

170(57,2)

Residênciaem PediatriasemTEPa

64(21,6)

MédicoResidente (1◦ano)

27(9,1)

MédicoResidente (2◦ano)

25(8,4)

Médico

GeneralistaeTEPa

11(3,7)

Especialidade pediátrica

Gastroenterologia 7(2,4) Outras 82(27,6)

Não 208(70,0)

a TEP:TítulodeEspecialistaemPediatriaconcedidopela

Soci-edadeBrasileiradePediatria/Associac¸ãoMédicaBrasileira.

retal(1,7%),a colonoscopia(2,4%) e exameslaboratoriais (9,8%)tambémforammencionados(tabela2).

Nomanejopropostopelos entrevistadosdestaca-seque 84,8%orientaramopacienteemrelac¸ãoaoshábitos alimen-tares.Em relac¸ão aoutras medidasnãomedicamentosas, foramaindacitadosousodefibrassuplementares(9,1%)e treinamentodetoalete(19,5%).Aabordagemfarmacológica foirecomendada por 64%dos entrevistados e incluio uso delactulose(26,6%),óleomineral(17,5%),polietilenoglicol (PEG)(14,5%) e hidróxido demagnésio (5,4%). Nãohouve respostasquerecomendassemousodemaisdeumlaxante simultaneamente. Adesimpactac¸ão fecal foi sugerida por 17,2%dosmédicosentrevistados(tabela3).

Identificou-serelac¸ãoentreotempodeformac¸ãomédica e certas condutas no manejo diagnóstico e terapêutico.

Tabela 2 Métodos diagnósticospropostos pelos entrevis-tados

Categoria n(%)

Necessidadedeexamescomplementares

Sim 120(40,4)

Não 177(59,6)

Examessolicitados

Radiografiadeabdome 58(19,5)

Ultrassonografiadeabdome 20(6,7)

Enemaopaco 31(10,4)

Manometria 5(1,7)

Biópsia 5(1,7)

Colonoscopia 7(2,4)

(4)

Tabela3 Manejoterapêuticopropostopelosentrevistados

Tratamentossugeridos n(%)

Desimpactac¸ãofecal 51(17,2)

Polietilenoglicol(PEG) 43(14,5)

Lactulose 79(26,6)

Óleomineral 52(17,5)

Hidróxidodemagnésio 16(5,4)

Suplementodefibras 27(9,1)

Orientac¸ãoalimentar 252(84,8) Treinamentodetoalete 58(19,5)

(figura1).Entreosmédicosformadoshaviamenosdeseis anos,4,6%solicitaramultrassonografiadeabdome.Em con-trapartida,14,4%dosqueseformaramhaviamaisde30anos fizeramomesmo(p=0,034).

Quantoaousodepolietilenoglicol,verificou-seindicac¸ão dessepor21,5%dosmédicosqueseformaramhaviamenos deseisanos,bemcomo20,6%dosformadosentre6-15anos; emenorporcentagemdeprescric¸ãoentreosformadoshavia maisde15anos(p=0,046).

Cercade30%decadagrupodosentrevistadoscomtempo deformac¸ãomenorde30anosprescreveramlactulose.Os entrevistadosformadosentre6-15anosindicaramhidróxido de magnésio em maior porcentagem (14,3%) em relac¸ão aosgruposdos demaistemposdeformac¸ão.Esse fármaco foiindicado por1,4% entreosformadoshavia maisde30 anos, por1,5% entre osformados havia menosde 5 anos epor 3,1%entreosformadoshavia 16-30anos (p<0,001). Entreosformadoshaviamenosde6anos,33,9%indicaram adesimpactac¸ãofecal,tal qual25,4% dosformadoshavia 6-15anos;9,3%dosformadoshavia16-30anos e5,8%dos formadoshaviamaisde30anos(p<0,001).

Discussão

Pode haver variadas etiologias para a constipac¸ão intes-tinal. A constipac¸ão funcional é a mais comum, na qual o fatorde gênesemaisimportante parece ser aretenc¸ão fecalvoluntária.2,4Causasorgânicasdeconstipac¸ãoincluem distúrbios metabólicos (hipotireoidismo, fibrose cística, hipercalcemia e hipocalemia), neuropáticos (doenc¸a de Hirschsprung, mielomeningocele, espinha bífida, parali-sia cerebral) e imunológicos (alergia à proteína do leite da vaca, doenc¸a celíaca), além do uso de medicamen-tos, como sais de ferro, antiácidos, anti-inflamatórios e opioides.3,5

OIIICritériodeRoma(2006)éomaisusadopara deter-minaraconstipac¸ãonainfância.1,7-9Nocasoclínicocitado não foi apresentado o tempo de sintomas (se>2 meses), fatorquepodeserconsideradodelimitac¸ãonoestudo.As diretrizes da ESPGHAN (Sociedade Europeia de Gastroen-terologia,Hepatologia eNutric¸ão Pediátrica)e NASPGHAN (SociedadeNorte-AmericanadeGastroenterologia, Hepato-logiaeNutric¸ãoPediátrica)recomendamquesejausadoo critériodeRomaIIIparadefinirapresenc¸adeconstipac¸ão intestinal,excetopeladurac¸ãodossintomas,umavezque ointervalodedoismesesrecomendadoparacrianc¸asmais velhaspodecontribuirparaatrasosnotratamento.7

OguiapráticopropostopeloNICE(NationalInstitutefor HealthandClinicalExcellence)afirmaquebastauma anam-nesedetalhadaeumexamefísicoabdominalminuciosopara odiagnóstico.10Essatambéméaconclusãofinaldas diretri-zespropostaspelaESPGHANeNASPGHAN,quesugeremque odiagnósticosejaessencialmenteclínico,nãoénecessário examepara confirmara doenc¸a.7 Apesar disso, 40,4% dos entrevistadosjulgaramseremnecessários exames comple-mentares.

40,00%

35,00%

30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

US abdome PEG Lactulose Leite

de magnésia

Desimpactação fecal (p=0,034)

4,62%

3,17%

5,15%

14,49%

21,54%

20,63%

8,25%

11,59%

30,77%

34,92%

28,87%

13,04%

1,54%

14,29%

3,09%

1,45%

33,85%

25,40%

9,28%

5,80% (p=0,046) (p=0,023) (p<0,001) (p<0,001)

Até 5 anos 6 a 15 anos 16 a 30 anos >30 anos

(5)

Aradiografiasimplesdeabdomepodeserútilpara carac-terizar a impactac¸ãofecal na crianc¸a e avaliara eficácia do tratamento inicial.11 Entretanto, apesar de ser solici-tadapor58médicos(19,5%),nãoéconsideradaumexame necessário para o diagnóstico final, uma vez que não há relac¸ãoentreapresenc¸adesintomassugestivoseoacúmulo defezes naampolaretal.8 Valeressaltarque nãoexistem estudosqueassociemanecessidadedaradiografia abdomi-nalquandoopacientenãopreencheoscritériosclínicosde constipac¸ão.7,11,12

Aultrassonografiaabdominalfoioutroexamemuito indi-cado. Vinte profissionais (6,7%) julgaram necessário esse exame para confirmar o diagnóstico. Apesar de ser visto como umexamesimplesenão invasivoparaavaliac¸ãoda retenc¸ãofecalemedic¸ãododiâmetrotransverso doreto, tambémnãoéumexameconsideradoessencial.1,7,13Nãohá, no momento,evidências suficientes para estabelecerque umaalterac¸ão nodiâmetro retalsirva de preditor para a presenc¸adeconstipac¸ãonacrianc¸a.11,14

O enema opacofoi indicado por 10,4% dos entrevista-dos.Deacordocom aliteratura,esseéumdosprincipais examesparaafastar odiagnóstico diferencialmais impor-tante paraconstipac¸ão funcionalna crianc¸a, adoenc¸a de Hirschsprung.15,16 Entretanto, esse exame também não é necessárioparaodiagnósticofinal,anãoserqueacrianc¸a apresentesinaissugestivos,comoinícioprecocedoquadro deconstipac¸ão,atrasonaeliminac¸ãodemecônioedistensão abdominalimportante.7,15

Omesmoocorreparamanometriaanorretal(MAR), indi-cada por cinco dos médicos entrevistados (1,7%). Esse exame também tem o objetivo de excluir a doenc¸a de Hirschsprungaoevidenciaralterac¸õesnoreflexoinibitório retoanal.17-20 Entretanto,éimportantesalientarquenãoé essencial para o diagnóstico, principalmente em crianc¸as apósoperíodoneonatal.7Assimcomooenemaopaco,aMAR sódeve ser feitasehouver dadossugestivos para doenc¸a de Hirschsprung e casos graves refratários ao tratamento adequado.7,17,20 A biópsiaretal éconsiderada padrãoouro paraodiagnósticodadoenc¸adeHirschsprungesódeveser feitaquandoosexamesdiscutidosanteriormentesugerirem suapresenc¸a.12Nãodeveserfeitanaconsultainicialdo paci-ente,aocontráriodoquefoipropostoporseteprofissionais entrevistadosnessapesquisa(2,4%).7

Acolonoscopia foioutroexamesugeridopelosmédicos entrevistados(1,7%).Assimcomoaanálisedotrânsito colô-nico, a colonoscopia também não deve ser indicada nas consultasiniciais.7

Finalmente,osexameslaboratoriaisforamrequisitados por29pediatras(9,8%).Examesdessetipopodemser indi-cadosquandohádúvidadiagnóstica(pacientenãopreenche oscritériosclínicos)ouquandoháfortesuspeitadedoenc¸a orgânicasubjacente, como hipotireoidismo,alergiaà pro-teínadoleitedevacaedoenc¸acelíaca,enãoparapacientes comquadroclarodeconstipac¸ãofuncional,comonocasoda pesquisa.1,7,10,15

Para o manejo da crianc¸a com constipac¸ão, caso não existam dados na história clínica e exame físico que sugiram causa secundária, deve prevalecer a hipó-tese de constipac¸ão funcional.2 De maneira tradicional, o manejo terapêutico é constituído de quatro passos, incluindo orientac¸ão geral e educac¸ão, desimpactac¸ão

quandonecessária,prevenc¸ãodareimpactac¸ãoe recondici-onamentodohábitointestinal.4Aotransmitirasorientac¸ões gerais,éimportanteestabelecerumarelac¸ãodecooperac¸ão entreo médicoe a família,incluindo o própriopaciente, quando sua idade permitir.2,7,21 A compreensão básica da fisiopatologiaenvolvidaajudaaaliviartensõesfamiliarese sentimentosdeinseguranc¸aouculpa.2,21

Uma dieta balanceada, que inclui a ingestão de grãos integrais,frutas e legumes,juntamentecom umconsumo adequado de água, é recomendada como parte do tra-tamento de manutenc¸ão para constipac¸ão em crianc¸as.4 Dentre os entrevistados, 84,8% sugeriram algum tipo de orientac¸ãonutricional.Hárelatosconflitantesnaliteratura acercadopapeldasfibrasnacrianc¸acomconstipac¸ão. Con-tudo,a complementac¸ão com fibrassolúveis, considerada por9,1% dos pediatras,não apresentaeficácia suficiente-mentecomprovadaeseuusonãoestáindicado.4,7

Otreinamentodetoaletedevetercomoobjetivo recon-dicionamentodohábitointestinal.2,4Deveserorientadoque acrianc¸apermanec¸asentadanovasosanitário decincoa dezminutosapósasrefeic¸ões principais,em umapostura adequada para a prensa abdominal e com apoio para os pés.1,4Dentreosmédicosentrevistados,19,5%orientaramo pacienteacercadotreinamentodetoalete.

Oesvaziamentodofecalomaatravésdedesimpactac¸ão fecaldeveserfeitoquandoéidentificadapresenc¸ademassa na palpac¸ão abdominal, notoque retal ou na radiografia simplesde abdome.4 A desimpactac¸ãopode ser feitapor meiodeenemasou como uso delaxativos, como o poli-etilenoglicol(PEG),ambosdeeficáciasemelhante.22 Como ocasoclínicopropostoapresentavaevidênciaderetenc¸ão fecal no examefísico, estaria indicada a desimpactac¸ão. Entretanto,acondutafoiconsideradaporapenas17,2%dos pediatras. Nenhum dos entrevistadosespecificou a moda-lidadededesimpactac¸ão fecal(via oral ouporenema). É necessáriosalientarqueadesimpactac¸ãoantesdaterapia de manutenc¸ão é recomendada para aumentar o sucesso dotratamentoereduziroriscodeincontinênciafecal.1,4,18 Umavezfeitaadesimpactac¸ão,ofocodotratamentodeve seraprevenc¸ãodarecorrência,comousodemedicac¸ões demanutenc¸ão.1,21

(6)

inversãoentreosíndicesdeprescric¸ãodePEGelactuloseea literaturadisponível.Aindicac¸ãodehidróxidodemagnésio, consideradapor5,4%dospediatras,edeóleomineral, con-sideradapor17,5%,deveserusadacomoterapiaadjuvante oudesegundalinhanotratamentodaconstipac¸ão.7

Otratamentoadequadoprecocedaconstipac¸ãoé essen-cialparaevitarcomplicac¸ões,talqualaincontinênciafecal descrita nocaso citado.Ao analisar as condutastomadas pelosentrevistados,deve-se considerarolocaldeatuac¸ão de cada profissional, levar em conta possíveis diferenc¸as na disponibilidade de recursos, tanto diagnósticosquanto terapêuticos.Foramobservadasalgumasrelac¸ões estatisti-camentesignificantes(p<0,05)entreoperfildoentrevistado e algumas condutas adotadas. Os profissionais formados haviamais de30 anos se apresentaram maispropensos a requisitar ultrassonografiade abdome, 14,5% desse grupo solicitaram esse exame, considerado desnecessário para o diagnóstico da doenc¸a. Em contrapartida, esse mesmo grupo foi o que menosprescreveu o uso de lactulose no manejodopaciente:apenas13,4%optaramporesse medica-mento,contra34,9%dosmédicosformadoshavia6-15anos (figura1).Opolietilenoglicoleadesimpactac¸ãofecal, con-siderados de primeira escolha para o paciente do caso apresentado, forammaisindicados pormédicos formados haviamenos tempo.1,2 Em relac¸ãoao PEG,esse foi pres-critopor21,5%dosmédicoscomgraduac¸ãohaviamenosde seis anose 20,6% dos médicos formados havia6-15 anos. Já a desimpactac¸ãofecal foi indicada por33,8% dos pro-fissionais formados havia menosde seis anos e 25,4% dos médicos formados havia 6-15 anos (figura 1). Os médicos formadosentre6-15 anosforamos quese destacaramna prescric¸ãodehidróxidodemagnésio(14,3%),esse medica-mentoéconsideradoterapiadesegundalinhaouadjuvante. (figura1).Tais resultados demonstramgrandedisparidade entreas condutas tomadas por médicos com mais tempo de atuac¸ão e médicos formados há menostempo, o que reforc¸aa necessidadede atualizac¸ãoconstante por parte dosprofissionaisdesaúde.

Estudos recentes, publicados após a coleta de dados paraeste trabalho,evidenciaram disparidades entre con-dutas propostas por médicos generalistas, pediatras e gastroenterologistaspediátricos.28,29 Umtrabalhofeito na Arábia Saudita, por meio de questionário com perguntas sobre características práticas e demográficas, definic¸ão, manejoe tratamento de constipac¸ão, demonstrou que os médicospediatrasprescreveramousodelactulosee indi-caramdesimpactac¸ão fecalcom maiorfrequênciaquando comparados com os médicos generalistas.28 Um estudo nacional conduzido em 2009 com médicos no Estado de Minas Gerais evidenciou que 72,6% dos gastroenterolo-gistas pediatras solicitaram exames complementares, em comparac¸ãocom27,5%dosdemaismédicosentrevistados.29 Apesquisatambémrevelouqueosmedicamentosmais reco-mendadospornãogastroenterologistasforamóleomineral (72,6%),hidróxido de magnésio (52,1%),lactulose (41%) e PEG (25,2%). Entre os gastroenterologistas pediátricos os medicamentosmaisrecomendadosforamhidróxidode mag-nésio(91,7%), PEG(91,7%)e óleomineral(58,3%). Nesses estudosfoiadministradoumquestionáriosobreconstipac¸ão, em comparac¸ão com o presente trabalho, que usou um caso clínico aberto como parte de instrumento de pes-quisa.

Aslimitac¸õesdopresenteestudoincluemofatodeser transversal,identificouaideiacircunstancialdomédicoem relac¸ãoaumcasoespecífico,e ainclusãodemédicosque aindacursavamaresidênciadepediatria.Deve-setambém considerarqueaselec¸ãodosentrevistadosporconveniência temasvantagemdeavaliarumapopulac¸ãoacessível,porém temcomoconsequênciaaincapacidadedefazerafirmac¸ões quepossamserrigorosamentegeneralizáveis.Osresultados obtidos podem ser umaboa imagem da conduta sugerida pelos pediatras,noentantonãoépossível ousode ferra-mentasestatísticasparamediraprecisãodosresultados.

Apesardaslimitac¸õescitadas,ainadequac¸ãonas condu-tasdiagnósticaseterapêuticasdemonstradapelopresente estudoevidenciaanecessidadedeprogramasdeeducac¸ão continuada com o intuito de atualizar os pediatras no manejodaconstipac¸ãointestinal.Osequívocoscometidos nomanejodiagnóstico sujeitamo pacienteaexames des-necessários, muitasvezes invasivos eque nãoinfluenciam nacondutapreconizada.Ousodeterapiasconsideradasde segunda linha como primeira opc¸ão pode implicar falhas dotratamentoourefratariedadedadoenc¸a.Osatrasosno início do tratamento e terapêuticas inadequadas podem implicaro aparecimentodecomplicac¸ões,influirdemodo negativo na qualidade de vida da crianc¸a e gerar des-pesas, tanto para a família quanto para o sistema de saúde.

Financiamento

Oestudonãorecebeufinanciamento.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Referências

1.TabbersMM,BoluytN,BergerMY,BenningaMA.Clinical prac-tice:diagnosisandtreatmentoffunctionalconstipation.EurJ Pediatr.2011;170:955---63.

2.Morais MB, Maffei HV. Constipation. J Pediatr (Rio J). 2000;76:S147---56.

3.Walia R, Mulhearn N, Khan R, Cuffari C. Chronic constipa-tion in children: anoverview. PractGastroenterol. 2013;17: 19---34.

4.ConstipationGuidelineCommitteeoftheNorthAmerican Soci-etyforPediatricGastroenterology,HepatologyandNutrition. Evaluationandtreatmentofconstipationininfantsand chil-dren: recommendations of the North American Society for PediatricGastroenterology,HepatologyandNutrition.JPediatr GastroenterolNutr.2006;43:e1---13.

5.MottaME, SilvaGA.Constipac¸ãocrônica.In:Lopez FA, Cam-posJúniorD,editors.Tratadodepediatria.SãoPaulo:Manole; 2010.p.983---93.

6.vandenBergMM,BenningaMA,DiLorenzoC.Epidemiologyof childhoodconstipation:asystematicreview.AmJ Gastroente-rol.2006;101:2401---9.

(7)

8.BergerMY,TabbersMM,KurverMJ,BoluytN,BenningaMA.Value ofabdominalradiography,colonictransittime,andrectal ultra-soundscanning inthediagnosis ofidiopathic constipation in children:asystematicreview.JPediatr.2012;161:44---50. 9.OsatakulS,PuetpaiboonA.UseofRomeIIversusRomeIII

cri-teriafordiagnosisoffunctionalconstipationinyoungchildren. PediatrInt.2014;56:83---8.

10.Bardisa-EzcurraL, UllmanR, GordonJ. Diagnosisand mana-gementofidiopathicchildhoodconstipation:summaryofNICE guidance.BMJ.2010;340:c2585.

11.BergerMY,TabbersMM,KurverMJ,BoluytN,BenningaMA.Value ofabdominalradiography,colonictransittime,andrectal ultra-soundscanning inthediagnosis ofidiopathic constipation in children:asystematicreview.JPediatr.2012;161:44---50,.e1-2. 12.AfzalNA,TigheMP,ThomsonMA.Constipationinchildren.Ital

JPediatr.2011;37:1---10.

13.Bijo´sA,Czerwionka-SzaflarskaM,MazurA,RomanczukW.The usefulnessofultrasoundexaminationofthebowelasamethod ofassessmentoffunctional chronic constipationinchildren. PediatrRadiol.2008;37:1247---52.

14.TabbersMM.Evidence-basedguidelinedevelopmentin paedi-atricgastroenterology.Amsterdam:UniversityofAmsterdam; 2010.

15.BigélliRH,FernandesMI,GalvãoLC.Constipationinchildren. Medicina.2004;37:65---75.

16.EsayiasW,HawazY,DejeneB,ErgeteW.Bariumenemawith referencetorectalbiopsyfor thediagnosisand exclusionof Hirschsprungdisease.EastCentAfrJSurg.2013;18:141---5. 17.BenningaMA,VoskuijlWP,TaminiauJA.Childhoodconstipation:

istherenewlightinthetunnel?JPediatrGastroenterolNutr. 2004;39:448---64.

18.Rajindrajith S, Devanarayana NM. Constipation in children: novelinsightintoepidemiology,pathophysiology,and manage-ment.JNeurogastroenterolMotil.2011;17:35---47.

19.Pensabene L, Youssef NN, Griffiths JM, Di Lorenzo C. Colo-nic manometry in children with defecatory disorders. role indiagnosis and management.AmJGastroenterol. 2003;98: 1052---7.

20.NovielloC,CobellisG,PapparellaA,AmiciG,MartinoA.Role ofanorectalmanometryinchildrenwithsevereconstipation. ColorectalDis.2009;11:480---4.

21.Plunkett A, Phillips CP, Beattie RM. Management of chronic functional constipation in childhood. Pediatr Drugs. 2007;9: 33---46.

22.BekkaliNL,vandenBergMM,DijkgraafMG,vanWijkMP,Bongers ME,LiemO,etal.Rectalfecalimpactiontreatmentinchildhood constipation: enemasversushigh doses oralPEG.Pediatrics. 2009;124:e1108---15.

23.GomesPB,MeloMC,DuarteMA,TorresMR,XavierAT. Polyethy-leneglycolinthetreatmentofchronicfunctionalconstipation inchildren.RevPaulPediatr.2011;29:245---50.

24.Lee-Robichaud H,ThomasK, Morgan J,Nelson RL.Lactulose versuspolyethyleneglycolforchronicconstipation.Cochrane DatabaseSystRev.2010;7:CD007570.

25.Tack J, Müller-Lissner S, Stanghellini V, Boeckxstaens G, KammMA,SimrenM,etal.Diagnosisandtreatmentof chro-nicconstipation---AnEuropeanperspective.Neurogastroenterol Motil.2011;23:697---710.

26.CandyDC,EdwardsD,GeraintM.Treatmentoffaecal impac-tionwithpolyetheleneglycolpluselectrolytes(PGE+E)followed byadouble-blind comparisonofPEG +E versuslactulose as maintenance therapy.J Pediatr GastroenterolNutr. 2006;43: 65---70.

27.Voskuijl W, de Lorijn F, Verwijs W, Hogeman P, Heijmans J, MäkelW, et al. PEG 3350 (Transipeg) versus lactulose in the treatment of childhood functional constipation: a dou-ble blind, randomised, controlled, multicentre trial. Gut. 2004;53:1590---4.

28.Hasosah M,Telmesani A, Al-BinaliA, SarkhiA, AlgnhamdiS, AlquairK,etal.Knowledgeandpracticesstylesof pediatrici-ansinSaudiArabiaregardingchildhoodconstipation.JPediatr GastroenterolNutr.2013;57:85---92.

Referências

Documentos relacionados

Transformar los espacios es también transformar la dinámica de las relaciones dentro del ambiente de trabajo, la glo- balización alteró el mundo corporativo, en ese sentido es

2. O texto de Isaías não contém neste caso as repreensões feitas a Israel como a esposa desleal, a ecoarem com tanta energia nos outros textos, em particular de Oséias ou de

Deus não vai perguntar quantas pessoas você atraiu para a igreja.... mas vai perguntar como você influenciou o Mundo à

Outros hormônios de crescimento dos vegetais Dúvidas de como são sintetizados nas plantas Pólen,folhas,flores, sementes, brotos e caules Crescimento e desenvolvimento

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Verificar a efetividade da técnica do clareamento dentário caseiro com peróxido de carbamida a 10% através da avaliação da alteração da cor determinada pela comparação com

O novo Código Florestal adotou o critério do bioma para fins de compensação da Reserva Legal, porém este critério foi objeto de impugnação perante a suprema corte em