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J. Pediatr. (Rio J.) vol.93 número4

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Academic year: 2018

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(1)

www.jped.com.br

ARTIGO

DE

REVISÃO

Water

and

fluid

intake

in

the

prevention

and

treatment

of

functional

constipation

in

children

and

adolescents:

is

there

evidence?

,

夽夽

Sabine

Nunes

Boilesen

a

,

Soraia

Tahan

b

,

Francine

Canova

Dias

c

,

Lígia

Cristina

Fonseca

Lahoz

Melli

d

e

Mauro

Batista

de

Morais

b,∗

aUniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),EscolaPaulistadeMedicina(EPM),ProgramadePós-Graduac¸ãoemPediatriae

CiênciasaplicadasàPediatria,SãoPaulo,SP,Brasil

bUniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),EscolaPaulistadeMedicina(EPM),DisciplinadeGastroenterologiaPediátrica,São

Paulo,SP,Brasil

cUniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),EscolaPaulistadeMedicina(EPM),ProgramadePós-Graduac¸ãoemNutric¸ão,São

Paulo,SP,Brasil

dCentroUniversitárioUnifieo,DepartamentodeCiênciasBiológicasedeSaúde,Osasco,SP,Brasil

Recebidoem18demarçode2016;aceitoem2dejaneirode2017

KEYWORDS

Constipation; Child; Fluidintake; Adolescent

Abstract

Objective: Tostudytheevidenceontheroleofwaterandfluidintakeinthepreventionand

treatmentoffunctionalintestinalconstipationinchildrenandadolescents.

Sourceofdata: AsearchwascarriedoutintheMedlinedatabase(between1966and2016)for

allpublishedarticlescontainingthefollowingwords:constipation,water,andfluids,published

inPortuguese,English,andSpanish.Alloriginalarticlesthatassessedchildrenandadolescents

wereselectedbytitleandabstract.Thereferencesofthesearticleswerealsoevaluated.

Synthesisofdata: Atotalof1040articleswereretrieved.Ofthese,24wereselectedfor

rea-ding.Thestudyincluded11articlesthatassessedchildrenandadolescents.Thearticleswere

dividedintotwocategories, thosethatevaluatedwaterandfluidintakeasariskfactor for

intestinalconstipationandthosethatevaluatedtheirroleinthetreatmentofintestinal

cons-tipation.Fivearticleswereincludedinthefirstcategory.Thecriteriaforassessingfluidintake

andbowelrhythmwere differentineachstudy.Three studiesdemonstratedanassociation

betweenlowfluidintakeandintestinalconstipation.Regardingtreatment,fivearticleswith

heterogeneousmethodologieswerefound.Noneofthemclearlyidentifiedthefavorablerole

offluidintakeinthetreatmentofintestinalconstipation.

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2017.01.005

Comocitaresteartigo:BoilesenSN,TahanS,DiasFC,MelliLC,MoraisMB.Waterandfluidintakeinthepreventionandtreatmentof

functionalconstipationinchildrenandadolescents:isthereevidence?JPediatr(RioJ).2017;93:320---7.

夽夽TrabalhodesenvolvidonaUniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),EscolaPaulistadeMedicina(EPM),DisciplinadeGastroenterologia

Pediátrica,SãoPaulo,SP,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:maurobmorais@gmail.com(M.B.Morais).

(2)

Conclusion: Therearefewarticlesontheassociationbetweenfluidintakeandintestinal

cons-tipation. Epidemiologicalevidence indicates anassociation between lowerfluid intake and

intestinal constipation.Further clinical trialsand epidemiologicalstudies thatconsiderthe

internationalrecommendationsforfluidintakebychildrenandadolescentsarerequired.

©2017SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisanopen

accessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/

4.0/).

PALAVRAS-CHAVE

Constipac¸ão intestinal; Crianc¸a;

Ingestãodelíquidos; Adolescente

Ingestãodeáguaelíquidosnaprevenc¸ãoenotratamentodaconstipac¸ãointestinal funcionalemcrianc¸aseadolescentes:existemevidências?

Resumo

Objetivo: Estudarasevidênciassobreopapeldoconsumodeáguaelíquidosnaprevenc¸ãoe

notratamentodaconstipac¸ãointestinalfuncionalemcrianc¸aseadolescentes.

Fontesdedados: ForampesquisadosnabasededadosdoMedline(entre1966e2016)todos

os artigos publicados comas seguintes palavras: constipac¸ão,água e líquidos,nos idiomas

português,inglêseespanhol.Foramselecionados,pelotítuloeresumo,todososartigosoriginais

comcrianc¸aseadolescentes.Asreferênciasdessesartigostambémforamavaliadas.

Síntesededados: Foramencontrados1.040artigos.Desses,24foramselecionadosparaleitura.

Foramincluídos11artigosqueestudaramcrianc¸aseadolescentes.Osartigosforamdistribuídos

emduascategorias,osqueavaliaramoconsumodeáguaelíquidoscomofatorderiscopara

constipac¸ãointestinaleosqueavaliaramoseupapelnaterapêuticadaconstipac¸ãointestinal.

Cincoartigosseenquadraramnaprimeiracategoria.Oscritériosparaavaliarconsumode

líqui-doseritmointestinalforamdiferentesemcadaestudo.Trêsestudosdemonstraramrelac¸ão

entrebaixoconsumodelíquidoseconstipac¸ãointestinal.Quantoaotratamento,foram

encon-tradoscincoartigoscommetodologiasheterogêneas.Emnenhumdelesfoipossívelidentificar

comclarezaopapelfavoráveldoconsumodelíquidosnotratamentodaconstipac¸ãointestinal.

Conclusão: Existempoucos artigossobrearelac¸ãoentreconsumo delíquidoseconstipac¸ão

intestinal. Evidências epidemiológicas indicamassociac¸ão entremenor consumo delíquidos

comconstipac¸ãointestinal.Sãonecessáriosoutrosensaiosclínicoseestudosepidemiológicos

que levemem considerac¸ão asrecomendac¸ões internacionaispara consumo delíquidos por

crianc¸aseadolescentes.

©2017SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigo

OpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.

0/).

Introduc

¸ão

Constipac¸ãointestinalé umamanifestac¸ãoclínica comum napopulac¸ãopediátrica,maisde90%doscasossão enqua-drados nos distúrbios funcionais gastrintestinais.1---3 Assim

como se observa em outros distúrbios funcionais gastrin-testinais, a constipac¸ão intestinal na infância resulta da interac¸ão de fatores biológicos, alimentares e psicossoci-aisque interferemna motilidadeintestinal.4 Osprincipais

fatoresvinculadosàalimentac¸ãosãooconsumodeáguae defibraalimentar.3---6

Conforme as diretrizes, o tratamento da constipac¸ão intestinal funcional inclui esvaziamento do fecaloma e terapia de manutenc¸ão, mediante uso de laxantes, para evitar a reimpactac¸ão fecal, treinamento de toalete e orientac¸õesparaaumentodaingestãodefibrasalimentares e deágua.4,7---9 Entretanto,a diretrizdaEuropeanSociety

for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition

(ESPGHAN)/NorthAmericanSocietyforPediatric Gastroen-terology,HepatologyandNutrition(NASPGHAN),publicada em 2014,questiona aeficácia doaumentona ingestão de águanaterapêuticadaconstipac¸ãointestinalesugereque, de acordo com asevidências, nãodeve ser recomendado

aumento no consumo de líquidos no tratamento da constipac¸ãointestinalfuncional.10Aoanalisarasevidências

que sustentamesse posicionamento, pode ser constatado queessefoibaseadoemapenasumensaioclínicopublicado em1998.11

Considerandoqueomaiorconsumodeáguafazpartedo tratamento daconstipac¸ão intestinalfuncional em outras diretrizes7---9 e na prática clínica, esse recente

posiciona-mentomotivouopresenteestudocomoobjetivodeestudar asevidências sobre o papel do consumo de água e líqui-dosnaprevenc¸ãoenotratamentodaconstipac¸ãointestinal funcionalemcrianc¸aseadolescentes.

Metodologia

(3)

e‘‘água’’; ‘‘estre˜nimiento’’ e ‘‘agua’’; ‘‘constipation’’e ‘‘fluid’’;‘‘constipac¸ão’’ e‘‘líquidos’’; ‘‘estre˜nimiento’’ e ‘‘neto’’.Atravésdaleituradotítuloeresumosforam sele-cionadostodososartigosoriginaisque incluíamcrianc¸ase adolescentes.Nãoserestringiuapesquisaparaaavaliac¸ão exclusiva de ensaios clínicos controlados e aleatorizados. Nessaselec¸ão,nãoforamincluídosartigosderevisão, edi-toriaisecomentários.

Alémdisso,foiconsultadaalistadereferênciados arti-gos selecionados na tentativa deobter outrosartigos não indexados.Osartigosselecionadosforamanalisadospordois autoresparaaextrac¸ãofinaldasinformac¸ões.

Resultados

Noiníciodabuscaforamencontrados1.040artigos.Foram selecionadostodososartigosqueestudavamarelac¸ãoentre constipac¸ãointestinaleconsumodelíquidosouqueusavam oslíquidoscomopartedaterapêutica.Dessaforma,foram selecionadosparaleitura26artigos.11---36 Desses,apenasos

11artigos11,22,24---30,32,36queestudaramcrianc¸ase

adolescen-tesforamincluídos nestarevisão. Apósanálise,osartigos foramdivididosemduascategorias:osqueavaliaramo con-sumodeáguae líquidoscomo possívelfatorderiscopara constipac¸ão intestinal e os que avaliaram o seu papel na terapêuticadaconstipac¸ãointestinal.

Dos artigos encontrados, seis avaliaram a água e/ou líquidos como possível fator de risco na constipac¸ão intestinal.22,24,25,28,30,36 Esses estudos foram feitos na

Espanha,22 em Hong-Kong,24,28 no Reino Unido,25 na

Tailândia30 e na Coreia.36 Foram estudados de84 a 1.426

indivíduos. Oscritérios usados para avaliaro consumo de líquidoseoritmointestinalforamdiferentesemcada pes-quisa.Osprincipaisresultadossãoapresentadosnatabela1. Quatroartigosdemonstraramrelac¸ãoentrebaixoconsumo delíquidoseocorrênciadeconstipac¸ãointestinal.22,28,30,36

Osoutrosdoisestudosencontrarammenorconsumode líqui-dosnascrianc¸as comconstipac¸ão intestinal,noentantoa diferenc¸anãofoiestatisticamentesignificante.24,25

O consumo de líquidos na terapêutica da constipac¸ão intestinal foi avaliado em cinco artigos.11,26,27,29,32 Esses

artigosapresentavammetodologiasheterogêneas.Os estu-dos foram feitos nos Estados Unidos,11,26,29 na Coreia27

e na Grécia.32 Desses, apenas um constatou efeito

posi-tivo do maior consumo de líquidos no tratamento da constipac¸ão intestinal. O efeito positivo foi observado quandoo tratamento incluía polietilenoglicol 4000.27 Dois

artigosavaliaramoaumentodoconsumodelíquidos,após intervenc¸ãocomportamentalsem26 ecom29 incentivopara

consumodelíquidos,emcrianc¸ascomencopreseretentiva (incontinência fecal por retenc¸ão). Em ambos os estudos foiobservadoaumentonoconsumodelíquidos.Alémdisso, tambémfoiobservadoaumentonafrequênciaevacuatória26

ediminuic¸ãodaocorrênciadeescape fecal.29 Nos demais

artigos, nãofoi observado efeito estatisticamente signifi-cantedoaumentodoconsumodelíquidosnotratamentoda constipac¸ãointestinal(tabela2).11,32

Discussão

Esta revisão revelou que são poucos os estudos que ava-liaram a baixo consumo de líquidos como fator associado

à constipac¸ão intestinal ou sobre o papel dos líquidos na terapêutica da constipac¸ão intestinal. Dos 11 arti-gos encontrados, seis22,24,25,28,30,36 analisaram associac¸ão

entre consumo de água e líquidos e constipac¸ão intes-tinal e cinco seu papel no tratamento da constipac¸ão intestinal.11,26,27,29,32

Associac¸ãoentreconstipac¸ãointestinalemenorconsumo delíquidosemamostrasdapopulac¸ãogeralindicaa possi-bilidade de existirrelac¸ãocausal entreasduas variáveis. Nessesentido,emquatro22,28,30,36 dosseis22,24,25,28,30,36

arti-gosfoiencontradaassociac¸ãoestatisticamentesignificante entrebaixaingestãodelíquidoseevidênciadeconstipac¸ão intestinal.Nosoutrosdoisartigos,24,25 oconsumo de

líqui-dospelascrianc¸ascomconstipac¸ãointestinalfoimenor.No entanto,adiferenc¸anãofoiestatisticamentesignificante. Esses artigossãoheterogêneos e difíceis de compararem func¸ãodamaneiracomoasvariáveisforamquantificadase dosmétodosusadosparaestudararelac¸ãoentreas variá-veis.

Emquatroartigos22,28,30,36avaliou-searazãodechances

(oddsratio)paraanalisaraassociac¸ãoentremenorconsumo delíquidosemaiorprobabilidadedeconstipac¸ãointestinal. NaTailândia,consumodelíquidomenordoque1.800mL/dia entre 10 e 18 anos associou-se com aumento em 20% no risco de ocorrência de menos de três evacuac¸ões por semana.30 Porsuavez,emcrianc¸asespanholas,

constatou--se que, em relac¸ão ao consumo inferior a quatro copos por dia (800mL), foi observada diminuic¸ão de 2,5 vezes naprobabilidadedeconstipac¸ãointestinal.Quandoo con-sumo de líquidos foi de quatro a oito copos por dia, a diminuic¸ãofoi de5,8vezes.22 EmHong Kong,

considerou--secomopontodecorteo consumodeatédoiscopospor dia(400mL)comoreferencial.Constatou-sequeoconsumo de 600 a 800mL por dia e mais de 1.000mL associava--se com diminuic¸ão da chance de constipac¸ão intestinal em oito a 14 vezes, respectivamente.28 Na Coreia,

con-sumomenordoque500mL/diaentreos25e84mesesde idadeapresentouassociac¸ãocommaiorriscodeconstipac¸ão intestinal.36 Comopodeserconstatadonatabela1,foram

usadoscritériosdiferentesparaavaliarohábitointestinal, mas todos os estudos indicaram relac¸ão estatisticamente significante entre menor consumo de água e indícios de constipac¸ão intestinal. A forc¸a das associac¸ões expressas pela razão de chances apresentou grande variabilidade. Os únicos dois artigos23,24 que não revelaram associac¸ão

estatisticamente significante entre constipac¸ão intestinal e menor consumo de líquidos usaram o critério de Roma II37 para caracterizac¸ão de constipac¸ão intestinal. Nesses

artigos,é possível especular queo critériode RomaII foi muitorigorosoparacaracterizarconstipac¸ãointestinalnas amostrasquenãoforamformadasemambulatórios especi-alizados.Ouseja,ocritériodeRomaIIpodeserconsiderado maisapropriadoparapacientescomconstipac¸ãointestinal grave atendidos em servic¸os especializados. No entanto, tem menor positividade em inquéritos feitos com amos-tras da populac¸ão geral.3 Apesar do consumo de líquido

pelascrianc¸as comconstipac¸ãointestinaltersidoinferior, o estudo estatístico não atingiu significância (tabela 1). Essesdoisartigos24,25foramosqueavaliarammenornúmero

de crianc¸as em relac¸ão aos demais,22,28,30,36 o que pode

(4)

Tabela1 Característicasdosestudosemcrianc¸asqueavaliaramaáguaoulíquidoscomofatorderiscodeconstipac¸ãointestinal

Autores/Ano/Participantes/local Metodologia Principaisresultados

ComasVivesetal.,200522

898crianc¸asdaEspanha entrequatromesese15 anos(médiade6,7anos).

Constipac¸ãointestinalfoiconsiderada comomenosdetrêsevacuac¸õespor semanaacompanhadasdedore dificuldade.Ogrupocontrolefoi formadoporcrianc¸asquefizeram consultamédicaporqualqueroutro motivoequenãotinhamhistóriaprévia deconstipac¸ãointestinal.

Consumodelíquidos(águaesuco)inferiora quatrocoposdeáguapordiafoiobservadoem 73,4%dascrianc¸ascomconstipac¸ãointestinal eem26,8%dascrianc¸assemconstipac¸ão intestinal(p<0,05).Aregressãologística mostrouqueemrelac¸ãoaoconsumodemenos dequatrocopospordia,oconsumodequatro aoitocoposreduziaoriscodeconstipac¸ão intestinalpara0,42eoconsumodemaisde oitocopospara0,17.

Leeetal.,200824

368crianc¸asentretrêse cincoanosdeHongKong.

Constipac¸ãointestinalfoidiagnosticada combasenocritériodeRomaII. Crianc¸asquetinhamohábitointestinal normalforamconsideradascomogrupo controle.Registrodeconsumode líquidosportrêsdias.

Ovolumetotaldelíquidosconsumidonogrupo comconstipac¸ãointestinal(624mL)enogrupo controle(685mL)nãoapresentoudiferenc¸a estatisticamentesignificante(p=0,58).

Jenningsetal.,200925

84escolaresingleses entreseteedezanos.

Constipac¸ãointestinalfoidiagnosticada combasenocritériodeRomaII.O hábitointestinalfoiavaliadoatravésde umdiárioevacuatóriodesetedias. Registrodeconsumodelíquidosporsete dias.

Ascrianc¸ascomconstipac¸ãointestinaltinham menorconsumodeágua(média832g)em relac¸ãoàscrianc¸assemconstipac¸ãointestinal (média925g),entretantosemdiferenc¸a estatisticamentesignificante.

Chan&Chan,201028

383escolaresentreoitoe dezanosemHongKong.

Constipac¸ãointestinalfoidiagnosticada atravésdeumaescaladeconstipac¸ão intestinal.Aplicac¸ãodequestionárioque contemplavainformac¸õesdemográficas, dadosclínicosemedicamentos,dietae fatoresambientais.

Osestudantesquetinhamconsumodelíquidos detrêsaquatrocopos(200mL/copo)

(OR=0,12;IC95%:0,05-0,34)ecincocoposou mais(OR=0,07;IC95%:0,03-0,18)

apresentavammenorprobabilidadeater constipac¸ãointestinaldoqueosestudantes queconsumiamdeumadoiscopos. Chienetal.,201130

1426estudantes tailandesesentredeze 18anos

Constipac¸ãointestinalfoiconsiderada apenasporfrequênciadeevacuac¸ões menordoque3vezesnasemana. Consumodelíquidos,frutas,vegetaisfoi avaliadoporquestionário.

Análiselogísticamultivariadamostrouqueo baixoconsumodiáriodelíquidos(<1,8L; OR=1,2;IC95%:1,07---1,43),frutas (<1porc¸ão;OR=1,6;IC95%:1,42-1,84), vegetais(<1porc¸ão;OR=1,4;IC95%: 1,25---1,67)ecereaisintegrais(OR=1,2;IC 95%:1,08---1,38)foi,independentemente, associadocommaiorriscodefrequência evacuatóriamenordoquetrêsvezespor semana.

Parketal.,201636

212crianc¸asentre25e 84meses

Constipac¸ãointestinalfoidiagnosticada combasenocritériodeRomaIII. Informac¸õessobrehábitosalimentares foramavaliadasporquestionário.

Análiselogísticamultivariadamostrouquea ingestãode500mloumenosdeágua(OR=9,9; IC95%:0,9---99,5)foiumfortepreditorde constipac¸ãointestinalemcrianc¸as.

que expressaramseus resultadoscomo razão de chances, apesardagrandevariabilidadena caracterizac¸ãodos des-fechos, todos apontaram para a associac¸ão entre menor consumo de líquidos e indícios sugestivos de constipac¸ão intestinal.Quandoamesmatemáticafoianalisadaem adul-tos e idososfoi observado queas informac¸ões disponíveis tambémsão limitadas. Em adultos, cinco dos seis artigos publicadosdemonstraram associac¸ão entrebaixoconsumo de líquidos e constipac¸ão intestinal.14,23,31,33,34 Em idosos

foramencontradosseisartigos,13,15,17,19,21,35cinco15,17,19,21,35

não identificaram relac¸ão entre consumo de líquidos e constipac¸ãointestinal.Portanto,tantoemcrianc¸ascomoem adultospredominamasevidênciasqueindicam associac¸ão

entre menor consumo de líquidos e constipac¸ão intesti-nal.Dopontodevistaexperimental,foi demonstradoque arestric¸ão delíquidospararatos determina menor inges-tãoderac¸ão eeliminac¸ão demenorquantidadedefezes. Quandofoicontroladooefeitodadiminuic¸ãodaingestãode rac¸ão,foiconfirmadoquearestric¸ãodoconsumodeágua associa-secomreduc¸ãonopesofecal.38Emadultoshumanos

saudáveisfoiobservadoqueaprivac¸ãodelíquidosdiminui afrequênciadeevacuac¸õeseopesodasfezes.14

(5)

Tabela2 Característicasdosestudosemcrianc¸asqueavaliaramopapeldaáguanaterapêuticadaconstipac¸ãointestinal

Autores/Ano/Participantes/ local

Metodologia Principaisresultados

Youngetal.,199811

90crianc¸asamericanas entredoise12anoscom constipac¸ãointestinal.

Apósumasemanaderegistrodoconsumo delíquidos,108pacientescomconstipac¸ão intestinalforamdistribuídosemtrês grupos:1.Controle,2.Aumentodo consumodeáguaem50%emrelac¸ãoao basal,3.Aumentodaofertadelíquido hiperosmolar(>600mOsm/L).Alimentac¸ão foiavaliadaatravésderegistroportrês dias.Registrou-seafrequênciade evacuac¸õeseconsistênciadefezes.A intervenc¸ãodurouduassemanas.

Oestudofoiconcluídopor90pacientes.Não seobservouvariac¸ãoestatisticamente

significanteemqualquerdostrêsgruposnofim dasegundaeterceirasemanadeintervenc¸ão quantoafrequênciadeevacuac¸ões,

consistênciadasfezesedificuldadepara evacuar.

Kuhletal.,200926

26crianc¸asamericanas entretrêse11anoscom encopreseporretenc¸ão (‘‘incontinênciafecalpor retenc¸ão’’).

Foramfeitasdecincoaseissessõesde intervenc¸ãocomportamentalque abordaramostemas:fisiologiada encopreseporretenc¸ão,medicac¸ão, importânciadafibraalimentarelíquidos claros,treinamentodetoaletee

manutenc¸ãodotratamento.Recomendac¸ão delíquidos:primeirasessão,explicac¸ãoda importânciadoconsumoeorientac¸ãode ingestão([idade+5gdefibra]x28ml [1onc¸a])easegundasessão:orientac¸ãode ingestãodelíquidos([idade+10gde fibra]x28ml[1onc¸a]).Alimentac¸ãofoi avaliadaatravésdediáriodealimentac¸ão.

Afrequênciaevacuatóriaaumentoude12para 16,1porsemana,comparandoaprimeiraea últimasemanadetratamento.Amédiado consumodelíquidosaumentou

significativamentede480mlpara720ml, comparandoaprimeiracomaúltimasemana detratamento(p≤0,001).Nãohouvegrupo

controleparacomparac¸ão.

Kuhletal.,201029

37crianc¸asamericanas entrequatroe12anos comencopreseretentiva (‘‘incontinênciafecalpor retenc¸ão’’).

Foramcomparadosdoistiposdetratamento duranteseisasetesemanas:1.intervenc¸ão comportamentale2.Intervenc¸ão

comportamentalmaisincentivodeingestão delíquidos,sessão3=[idade(emanos)+5] x28mL(1onc¸a)]esessão5=[idade(em anos)+10]x28mL(1onc¸a)].Osdados clínicosealimentaresforamobtidospor: revisãodeprontuários(retrospectivos2005 e2007);intervenc¸ãocomportamentale incentivoparaoaumentodoconsumode água(prospectivos2008e2009).As recomendac¸õesdeconsumodovolumede águaforamexplicadascomjogose atividadesadequadasàidade.Ascrianc¸as receberamumagarrafade450mLpara auxiliarnocontroledoconsumodelíquidos.

Oconsumodelíquidosfoimaiornogrupoque recebeuincentivoespecíficoparaaumentaro consumo,nafaseintermediáriadotratamento (448mLversus224mL)enafinal(532mL

versus280mL)(p≤0,001)

Afrequênciadeevacuac¸õesedeepisódiosde escapefecalnaprimeirasemanafoiigualnos doisgrupos.Quandocomparadosoinícioeo fimdotratamento,ogrupocomintervenc¸ãoe incentivoapresentoudiminuic¸ãonaocorrência deescapefecal(p≤0,05)etendênciano

aumentodafrequênciaevacuatória(p=0,08).

Baeetal.,201027

27crianc¸ascoreanas entredoise14anoscom constipac¸ãointestinal

Foramselecionadosprontuáriosdecrianc¸as queestavamemusodemedicac¸ão (Polietilenoglicol-4000elactulose)para manutenc¸ãodocontroledeconstipac¸ão intestinal.Adosagemdosmedicamentos eraestávelpormaisdetrêsmeseseos participantesapresentaramdiáriode evacuac¸ões,oqualcontinhainformac¸ões sobreafrequênciaevacuatória,

consistênciadasfezesequantidadede líquidosconsumidos.Arecomendac¸ãode líquidosfoibaseadanopesocorporal.A avaliac¸ãodafrequênciaevacuatóriaeda consistênciadasfezesfoifeitaatravésde umsistemadepontos.

Nogrupotratadocompolietilenoglicol-4000 (N=14)observou-semaiorfrequênciade evacuac¸ãonoperíododemaiorconsumode líquidoscomparadocomoperíododemenor consumo(medianasde27,7e25,1,

respectivamente,p=0,009)emenor consistênciadasfezes(mediana20,0e15,0, respectivamente,p=0,002).

(6)

Tabela2 (Continuação)

Autores/Ano/Participantes/ local

Metodologia Principaisresultados

Karagiozoglou-Lampoudiet

al.,201232

86crianc¸asgregasentre ume11anoscom constipac¸ãointestinalde acordocomocritérioda NASPGHAN(2006)7

Participantesrandomizadosemdoisgrupos. Ambososgruposforamtratadoscom administrac¸ãodelactulose.Umgrupo recebeuinstruc¸õesescritassobreadieta, orientadospelogastroenterologista,eno outrogrupoumanutricionistaprescreveu dietapersonalizadaparasetedias,foram calculadaasnecessidadesenergéticas,de nutrientes,águaefibraalimentar.Avaliac¸ão daalimentac¸ãofoifeitacomoempregode doisrecordatóriosde24horas,naprimeira visitaeapósummês,respectivamente.

Apósummêsdetratamentoobservouresposta favorável(frequênciaevacuatória≥3vezespor

semana,ausênciadeevacuac¸ãodolorosae ausênciadefezesduras)emambososgrupos.O grupoquerecebeudietapersonalizada

apresentouaumentonoconsumodeenergia, carboidrato,lipídeos,fibraeágua,enquantoque ooutrogrupoapresentouaumentoapenasdo consumodefibra(p=0,013).Ogrupocom intervenc¸ãodietéticaindividualizadaapresentou maioraumentonoconsumodefibraalimentar (0,83g/Kg/diaversus0,24g/Kg/dia;p=0,001)e deágua(29,9mL/Kg/diaversus1,89mL/kg/dia; p<0,001)comparadocomooutro.

NASPGHAN,NorthAmericanSocietyforPediatricGastroenterology,HepatologyandNutrition.

líquidos,umaparaaAméricadoNorte(DietaryReferences Intake)39 e outra paraa Europa(Comunidade Europeia).40

NoBrasil sugere-seque sejamseguidasasrecomendac¸ões norte-americanas.41 Deve ser destacado que ambas as

recomendac¸ões levam em considerac¸ão não somente a quantidadedeáguaconsumidanaformadelíquidos(água, sucoerefrigerantes),comotambémaáguacontidanos ali-mentos. Os estudos pediátricos compilados nesta revisão não consideraram a água presente nos alimentos, apenas naformadelíquidos.Assim,nofuturo,devemser planeja-dosestudosepidemiológicosqueconsideremnãosomenteo volumeeaqualidadedoslíquidosconsumidoscomotambém aestimativadeáguanosalimentos.Essesvaloresdeverão serrelacionadoscomasrecomendac¸õesexistentespara con-sumodelíquidospelapopulac¸ãopediátrica.

AdiretrizdaNASPGHAN/ESPGHAN10 afirma,conformea

opiniãodeespecialistas,que,pelafaltadeevidências cien-tíficas,o aumentodoconsumo delíquidosnãodevefazer parte programaterapêutico daconstipac¸ãointestinal fun-cional.Mencionam apenaso artigopublicadoem1998 por Young etal.11 (tabela 2). Esse ensaio clínicoaleatorizado

comparouduas intervenc¸õescomaumentodelíquido com umgrupoque nãorecebeuessetipode recomendac¸ão. O projeto remetea uma simplesreflexão: qual seria o pla-ceboquepoderiaserusadonesteestudoparaqueomesmo fosse duplo-cego? Assim, esse ensaio clínico que envol-veu90pacientesnãoreveloudiferenc¸anarespostaclínica às três intervenc¸ões relativas à maior consumo de líqui-dos. O artigo nãoinforma seos pacientesforamtratados simultaneamentecomoutrascondutas,oquepoderia mas-cararalgumpapeldoslíquidosnaevoluc¸ãodaconstipac¸ão intestinal.Osoutrosquatroartigos26,27,29,32 nãosãoensaios

clínicosprospectivos.OsartigosdeKuhletal.26,29avaliaram

o efeitode umaorientac¸ão padronizadapara aumentaro consumodelíquidoscomopartedotratamentodaencoprese por retenc¸ão (incontinência fecal por retenc¸ão). Aparen-temente, os autores consideram o pressuposto de que aumentaroconsumodeáguaé umamedidaquefazparte do tratamento da constipac¸ão intestinal. No primeiro foi evidenciado que os pacientes apresentaram aumento do

consumodelíquidosedafrequênciadeevacuac¸õesnofimdo acompanhamento.Entretanto,como nãohaviagrupo con-trole, não foi possível atribuir o efeito ou parte dele ao aumento do consumo de líquidos.26 No segundo artigo,29

umgrupo foitratado prospectivamentee comparadocom dados do prontuário de outros pacientes tratados previ-amente. Foi constatado que a intervenc¸ão proporcionou maiorconsumo de líquidos,entretanto nãohouve melhor respostaclínica.Essesdoisestudoscomdelineamentonão destinadoespecificamenteaavaliaraeficáciadoconsumo de líquidos no tratamento da constipac¸ão intestinal não ofereceramevidênciassobreaeficáciadoslíquidosno con-troledaconstipac¸ãointestinalassociadacomincontinência fecalpor retenc¸ão. Outro artigo sobreesse assunto é um ensaioclínicorandomizado.32 Foifeitoparacomparardois

tiposdetratamento:1.dietapadronizadae2.intervenc¸ão dietéticapersonalizada.Observou-sequeogrupoque rece-beuintervenc¸ão dietéticapersonalizadaapresentou maior aumentonoconsumodeáguaemrelac¸ãoaogrupocomdieta padronizada. No entanto, ambos os grupos apresentaram melhorasimilarnafrequênciaevacuatória,dificuldadeedor paraevacuar.Ambososgruposreceberamlactulosedurante operíododeobservac¸ão.32Nãofoiinformadaadosede

lac-tuloseusadaesepermaneceuigualnosdoisgruposduranteo períododeacompanhamento.Oartigomaisrecente encon-trado na busca daliteratura foi feito na Coreia.36 Foram

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discutívelarelevânciaclínicadasdiferenc¸asobservada. Por-tanto, a análise desses artigos para avaliar o papel dos líquidosnotratamento daconstipac¸ão intestinalnão mos-trouresultadoconsistente.

Emrelac¸ãoaopapeldaingestãodeáguanaterapêutica daconstipac¸ãointestinal,emadultoseidosos,foram encon-tradostrêsestudos,umemadultos18 edoisemidosos.12,16

Na pesquisa feita em adultos, foi observado que pacien-tes com constipac¸ão intestinal que consumiam dois litros de água apresentavam aumento estatisticamente signifi-cante na frequência evacuatória e diminuic¸ão no uso do laxante.Emidosos,foiencontradaassociac¸ãoentremaior consumo de líquidos e fibra alimentar com melhora da constipac¸ão intestinal,12 além de menor necessidade de

laxantes.16Entretanto,nessasituac¸ãoficadifícildiscriminar

seoefeitopositivofoidevidoaomaiorconsumoelíquidos oudefibraalimentarou,ainda,devidoaoefeitosinérgico dasduasintervenc¸ões.

Assim,a partir daanálisedaliteratura, foiconstatado que sãopoucos os estudosque avaliaram arelac¸ão entre oconsumodeáguae/oulíquidoseconstipac¸ão intestinal. Alémdisso,essessãoheterogêneosedifíceisdecomparar. Osresultadosdosestudoscomamostradapopulac¸ãogeral sugeremqueomenor consumodeáguae/oulíquidosestá associadocomconstipac¸ãointestinal.Emrelac¸ãoaopapel daáguanaterapêuticadaconstipac¸ãointestinal,ospoucos artigosexistentesnãomostraramvantagemdomaior con-sumodelíquidosnaterapêutica.Poroutrolado,osestudos comamostrasdapopulac¸ãogeral evidenciamefeito favo-rável do aumento do consumo de líquidos no sentido de proporcionarmelhorianohábitointestinal.Existem evidên-ciastambém deque crianc¸as e adolescentes normais não atingemasrecomendac¸õesdeconsumodiáriodelíquidos. Nessecontexto,considera-se queoconsumo adequadode líquidose fibra alimentar faz parte doesperado para um hábitoalimentarsaudável.Essasmedidaspodemconstituir umamedida preventiva e umaterapêutica inicialpara os casosdeconstipac¸ãointestinalleve.Poroutrolado,os paci-entesmaisgravescomfecalomaeincontinênciafecaldevem fazerprogramaterapêuticoqueenvolvemedidas terapêuti-casparadesimpactac¸ãoemedicamentosparaassegurarque oritmointestinalsenormalize.Paraessespacientes,apesar denãoexistiremevidências,éimportanteavaliaroconsumo delíquido.Casonecessáriodeveserorientadoaumentono consumodelíquidosparaqueopacienteatinjaaomenoso queérecomendadointernacionalmente.

Desse modo, conclui-se que existem poucos artigos que estudaram a relac¸ão entre consumo de líquidos e constipac¸ãointestinalemcrianc¸aseadolescentes.Os resul-tadossugerem que o menor consumo de água se associa commaiorriscodeconstipac¸ãointestinal.Assim,pode-se especular, com base nos estudos feitos com amostras da comunidade,que maior consumo de água podeser bené-ficonaprevenc¸ãoenotratamentodaconstipac¸ãointestinal leve.Novosestudossãonecessáriosparamelhor compreen-sãodopapeldaáguaelíquidosnaetiologiaenaterapêutica daconstipac¸ãointestinalnacrianc¸aenoadolescente.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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