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REVISTA
PAULISTA
DE
PEDIATRIA
RELATO
DE
CASO
Retenc
¸ão
urinária
aguda
em
pré-escolar
feminina
com
constipac
¸ão
intestinal
Guillermo
A.
Ariza
Traslavi˜
na
a,
Luiz
Antonio
Del
Ciampo
b,∗e
Ivan
Savioli
Ferraz
baHospitaldasClínicas,FaculdadedeMedicinadeRibeirãoPreto,UniversidadedeSãoPaulo(FMRP-USP),RibeirãoPreto,SP,Brasil bDepartamentodePuericulturaePediatria,FaculdadedeMedicinadeRibeirãoPreto,UniversidadedeSãoPaulo(FMRP-USP),
RibeirãoPreto,SP,Brasil
Recebidoem9dedezembrode2014;aceitoem5demarçode2015 DisponívelnaInternetem1deagostode2015
PALAVRAS-CHAVE
Retenc¸ãourinária; Constipac¸ão intestinal; Crianc¸a
Resumo
Objetivo: Relatarum casode crianc¸a quedesenvolveuretenc¸ãourinária agudaassociadaà constipac¸ãointestinal.
Descric¸ãodocaso: Menina,seis anos,havia24 horasapresentaraincapacidadedeliberac¸ão deesfínctervesical.Foiatendidaporduasvezesemumservic¸odeemergêncianesseperíodo. Naprimeiraconsulta,12 horasapósoiníciodoquadro,apresentavadorabdominaleretenc¸ão urináriaagudaefoifeitasondagemdealíviocomsaídade300mLdeurinaclara.Houvealívio imediatodossintomase,comooexame deurinatipo 1não apresentoualterac¸ões,a paci-enterecebeualta.Nosegundoatendimento,12 horasapósaprimeiraconsulta,apresentavaas mesmasqueixas.Aoexamefísico,observou-seapenasbexigapalpáveledistendidaatéa cica-trizumbilical,semoutrasalterac¸ões.Novasondagemvesicalfoifeitacomsaídade450mLde urinaclara,comalívioimediatodossintomas.Nenhumaanormalidadefoiobservadanoexame deurinatipo 1enaurocultura.Duranteaanamnese,foilevantadaahipótesediagnósticade constipac¸ãointestinal.Foifeitaradiografiasimplesdeabdome,queidentificougrande quan-tidadedefezesem todoocólon(retenc¸ãofecal).Enemacomsoluc¸ãoglicerinadaa12%foi prescritoportrêsdias. Duranteoseguimentoacrianc¸a fezusodelaxativosemodificac¸ões nadietaquecontribuíramparaaresoluc¸ãodaconstipac¸ãointestinal.Nãohouverepetic¸ãodo quadroderetenc¸ãourináriaagudaapósseismesesdeacompanhamento.
Comentários: A retenc¸ão urinária aguda em crianc¸as éum fenômenoraro e a constipac¸ão intestinaldeveserconsideradacomoumadascausas.
©2015SociedadedePediatriadeSãoPaulo.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Esteéumartigo OpenAccesssobalicençaCCBY(https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt).
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:delciamp@fmrp.usp.br(L.A.D.Ciampo).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rpped.2015.03.007
0103-0582/©2015SociedadedePediatriadeSãoPaulo.PublicadoporElsevierEditoraLtda.EsteéumartigoOpenAccesssobalicençaCC
KEYWORDS
Urinaryretention; Constipation; Child
Acuteurinaryretentioninapre-schoolgirlwithconstipation
Abstract
Objective: Toreportacaseofapreschoolgirlwhodevelopedacuteurinaryretentionassociated withconstipation.
Casedescription: Agirlagedsixyearsoldpresenteda24 hourhistoryofinabilitytourinate. Shewaswenttwicetotheemergencyroomduringthisperiod.Inthefirstadmission,12 hours aftertheonsetofthesymptoms,shepresentedabdominalpainandacuteurinaryretention. After thedrainage by urinarycatheterization of300mLofclearurine, shepresented relief ofthesymptomsand,asurinalysishadnochange,thepatientwasdischargedhome.Twelve hoursafterthefirst visit,shereturnedtotheemergencyroomcomplainingaboutthesame symptoms. Atphysicalexamination,therewasonlyapalpableanddistendedbladderup to theumbilicus withnootherabnormalities.Again,aurinary catheterizationwas performed, which drained450mLofclearurine,withimmediatereliefofthesymptoms.Urinalysis and urine culturehadnoabnormalities.Duringtheanamnesis, thediagnosis ofconstipationwas consideredandaplainabdominalradiographywasperformed,whichidentifiedlargeamount offecesthroughoutthecolon(fecalretention). Anenemawitha12% glycerinsolutionwas prescribedforthreedays.Duringfollow-up,thechildusedlaxativesanddietarymodifications, thiscontributedtotheresolutionoftheconstipation.Therewerenootherepisodesofurinary retentionafter6monthsoffollow-up.
Comments: Acuteurinaryretentioninchildrenisararephenomenonandconstipationshould beconsideredasacause.
©2015SociedadedePediatriadeSãoPaulo.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisanopen accessarticleundertheCCBY-license(https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
Introduc
¸ão
Aretenc¸ãourináriaagudaé definidacomoaincapacidade de urinar voluntariamente por mais de 12 horas, apesar deumvolumeurináriointravesicalmaiordoqueesperado pela idade [(idade em anos+2)×30mL]1 oupela presenc¸a deumabexigadistendidaaoexamefísico.Trata-sedeum sintoma comum na populac¸ão adulta masculina, devido, principalmente,àhiperplasiaprostáticabenigna,2enquanto sua apresentac¸ão é rara na populac¸ão pediátrica e está relacionada comdoenc¸as neurológicas, infecc¸õesdotrato urinário e de outros sítios, disfunc¸ões miccionais graves, efeitoscolateraisdealgumasdrogas(emespecial,as anti-colinérgicas),tumores,problemasanatômicos,emocionaise traumatismos.3-5Apesardetambémcitadaemalguns estu-dos, aconstipac¸ão intestinalnão apareceentre ascausas maiscomunsderetenc¸ãourináriaaguda.3-5Emboraa preva-lênciadeconstipac¸ãointestinalnanossapopulac¸ãoinfantil sejaelevada,6orelatodesuaassociac¸ãocomretenc¸ão uri-nária na literatura médica brasileira é raro. Portanto, o objetivodesteartigoéapresentarumcasoderetenc¸ão uri-náriaagudaemumameninadeseisanos,comconstipac¸ão intestinal,afimdeampliaraspossibilidadesparao diagnós-tico diferenciale alertar os pediatras na avaliac¸ão inicial dessespacientes.
Descric
¸ão
do
caso
Crianc¸adosexofeminino,seisanos,filhadepaisnão con-sanguíneos, portadora derim esquerdo ectópico (pélvico) efunc¸ãorenalnormal,comparece pelasegundavez aum
servic¸o deemergência de umaunidade distritaldesaúde na cidade de Ribeirão Preto (SP). Apresentava irritabili-dade,dorabdominalgeneralizadademoderadaintensidade e incapacidade para liberar o esfíncter vesical havia 24 horas.Segundoamãe,acrianc¸anãoapresentavadistúrbio miccionalprévio e nãofazia usode medicamento algum. Jácomparecerahavia12 horasaomesmoservic¸ode emer-gênciacomqueixassemelhantes.Nessa primeiravisitafoi constatadoumaumentodevolumedabexiga efeita son-dagemvesicaldealíviocomsaídade300mLdeurinaclara, commelhoriaimediatadadorabdominal.Nessaocasiãofoi solicitadoumexamedeurinatipo 1, quenãoapresentou alterac¸ões,eacrianc¸afoiliberada paracasa. Entretanto, nasúltimas12 horasossintomasreaparecerameamenina foinovamentelevadaaoservic¸odeemergência.
Figura1 Radiografiasdeabdomeemposic¸ãoortostática(A)edecúbitodorsal(B)emqueseobservagrandequantidadedefezes noscólonsascendenteedescendente,sigmoideereto.Nota-setambémdilatac¸ãodosegmentoretosigmoidesecundárioàpresenc¸a dasfezes.
ressecadas,calibrosas e em cíbaloshaviapelomenostrês anos. Fazia uso ocasional de laxantes por via oral sem orientac¸ão médica; recebera diagnóstico de constipac¸ão intestinalhaviadoisanosemunidadebásicadesaúde,mas aadesãoàsorientac¸õesalimentaresnãofoiadequada(não havia menc¸ão de prescric¸ão médica de laxantes). Diante disso,foifeitaradiografiasimplesdeabdome,nas incidên-ciasanteroposterior(AP) emdecúbitodorsal e naposic¸ão ortostática (fig. 1), que evidenciou imagens compatíveis comfezesemreto,cecoeaolongodetodoocólon,além dedilatac¸ãoeimpactac¸ão(retenc¸ão)defezesemampola retal.
Ainda no servic¸o de emergência, procedeu-se à desimpactac¸ão fecal com enema desoluc¸ão glicerinadaa 12%.Essetratamento foimantidopor três dias consecuti-vos.Óleomineral(1mL/kg/diaporviaoral,divididoemduas tomadas)foiprescritoparausocontínuoemcasa.Amãeda crianc¸arecebeuorientac¸õesparaa modificac¸ão dos hábi-tosalimentaresdacrianc¸a,comvistas,principalmente,ao aumentodaingestão deáguae alimentosricos emfibras. Também foram solicitadas amostras de fezes para exame parasitológico.
Acrianc¸afoiatendidaoitodiasapósoiníciodoquadrono ambulatóriodesuaunidadebásicadesaúde.Apresentou-se emboas condic¸ões,semdor abdominal,mantinhadiurese adequadaesemachadosrelevantesaoexamefísico.Nessa ocasião, foram verificados os resultados de urocultura e parasitológicosdefezes,queresultaramnegativos.
Durante um seguimento de seis meses, a crianc¸a não apresentou novos episódios de retenc¸ão urinária aguda.
Encontrava-seemseguimentoregularnaunidadebásicade saúde,commelhoria doshábitosalimentares(aumentoda ingestão de fibras e água) e evacuava duas vezes ao dia, semdificuldades,fezespastosasenãocalibrosas.Dianteda melhoriadoquadrodeconstipac¸ãointestinaldacrianc¸a,o óleomineralfoisuspensoapóstrês mesesdeuso.
Discussão
A retenc¸ão urinária aguda é um fenômeno relativamente incomum em crianc¸as. Neste artigo relata-se um caso de retenc¸ãourináriaagudaemcrianc¸adosexofeminino,deseis anos, que apresentava, concomitantemente, constipac¸ão intestinalcrônicafuncionalerimpélvicoàesquerda.
afetados do que asmeninas e a média de idade nos res-pectivos sexos foi de cinco e quatro anos.3 Em outro levantamento feito em três hospitais iranianos de1996 a 2003, os autores encontraram 86 crianc¸as até 14 anos comretenc¸ãourináriaaguda,cujasprincipaiscausasforam cálculosnotratourináriobaixo (28%),afecc¸ões neurológi-cas (10%)e traumaslocais (10%).A constipac¸ão intestinal mostrou-se umacausa pouco comum, observada em ape-nas5%dospacientes.4Emambososlevantamentoscitados, indivíduosqueestavamnoperíodopós-operatórioimediato, em usodeopioidesouque apresentavamretardomental, distúrbiosneurológicoscrônicoseimobilidadeforam excluí-dos do estudo. Em um levantamento mais recente, feito em umhospitalterciárioemIsrael, foramencontrados56 pacientesmenoresde18 anosatendidosdevidoàretenc¸ão urináriaagudade2000a2012.Nessespacientes,ascausas maiscomunsderetenc¸ãourináriaagudaforam:obstruc¸ão mecânica(25%),processosinfecciososouinflamatórios(18%) e impactac¸ão fecal(13%).5 Nesse últimoestudo, além de recém-nascidos, foramexcluídos os indivíduos no período pós-operatórioimediato,pacientesapósprocedimentos ure-traiseaquelescomdistúrbiosneurológicos.Emumestudo brasileirofeitocom163 crianc¸asportadorasdeconstipac¸ão intestinalcrônicafuncionalseguidasemumambulatóriode gastroenterologia pediátrica na cidade de Botucatu (SP), observou-seumaprevalênciade8,6% deretenc¸ãourinária comocomplicac¸ão doquadroclínicodebase. Valeapena ressaltar que, nesse último trabalho, 43,4% das crianc¸as estudadas apresentavam uma ou mais alterac¸ões uriná-rias(enurese,infecc¸õesesurtosderetenc¸ão)associadasà constipac¸ãointestinal.7
Emrelac¸ãoaocasodapacientedescritanesteartigo,a únicaalterac¸ãoencontradafoiagrandequantidadedefezes observadana radiografiasimplesdeabdome.Esse exame, na incidência anteroposterior (AP) em decúbito dorsal e na posic¸ão ortostática,embora não fac¸a o diagnóstico de constipac¸ãointestinal,permite,entreoutrascoisas,avaliar apresenc¸aderetenc¸ãofecaloudeeventuaismassas abdo-minaisoupélvicasou,ainda,decalcificac¸õesnotrajetodo trato urinário que poderiam ajudar a explicar a retenc¸ão urinária aguda. O desaparecimento dos sintomas com a melhoriadohábitointestinaleadiminuic¸ãodaconsistência dasfezes indicamqueaconstipac¸ãointestinalfoiacausa daretenc¸ãourináriaagudanessapaciente.Essacrianc¸ajá apresentavahábitointestinaldiáriocomfezesressecadas, calibrosaseemcíbaloshaviapelomenostrês anoseestava emseguimentoirregularnaunidadebásicadesaúdecomo diagnósticodeconstipac¸ãointestinalhaviadoisanos.Havia recebidoorientac¸õesalimentarescomoobjetivode aumen-tar a ingestão de fibras e de água e fazia uso ocasional delaxantes. A demora em procurar assistênciamédica, a má adesão ao plano terapêutico e a prescric¸ão de trata-mento inadequadosãorelatadascomumentena literatura emrelac¸ãoàconstipac¸ãointestinal.8,9Abaixamorbidadedo quadroinicialdaconstipac¸ãointestinal,odesconhecimento dopadrãonormaldeevacuac¸ãodeseusfilhospelospais,a ausência deumaorientac¸ão alimentar individualizadae a prescric¸ão delaxantes poucopalatáveis podemexplicar a máadesãoaotratamento.8,10-12Aausênciadeuma aborda-gemcorretanotratamento daconstipac¸ãointestinalpode levaracomplicac¸õesdoquadro,comoodescritonacrianc¸a emquestão.8
Aassociac¸ãodaconstipac¸ãointestinalcomosdistúrbios damicc¸ãoébemestabelecidanaliteraturamédica.13,14Na populac¸ãopediátrica,váriosestudostêmmostradouma ele-vadaassociac¸ãodeconstipac¸ãointestinalcomapresenc¸ade distúrbiosmiccionais,taiscomoaincontinênciaea urgên-ciaurinária;15,16 alémdisso, maioresvolumes residuaisde urinapós-miccionaledilatac¸ãodasviasurinárias,incluindo otratopielocalicial,foramobservadosmaiscomumenteem crianc¸as constipadas.17,18 Assim,aretenc¸ãourináriaaguda provavelmenteconstituiumadasapresentac¸õesclínicasde esvaziamento incompletodabexiga em crianc¸as portado-rasdeconstipac¸ãointestinal.Afisiopatologiadaassociac¸ão entreconstipac¸ãointestinaledistúrbiosdamicc¸ãopoderia ser explicada por vários fatores. A bexiga e o reto com-partilham estreita relac¸ão embriológica (cloaca) durante a formac¸ão do assoalho pélvico e a mesma inervac¸ão, as raízes nervosas de S2 a S4, as quais controlam a func¸ão motoradosesfíncteresanal internoe urinário.13,18 Experi-mentoscomratosobservaramqueadistensãoretalcomum balãodiminuíaacontratilidadedabexiga.19Aretenc¸ão crô-nicapoderia levar, também, à contrac¸ão involuntária dos músculosdo assoalho pélvico e do esfíncter anal externo e dificultar o esvaziamento da bexiga.14,18 Ainda, tendo emvista aíntimarelac¸ãoanatômica,a presenc¸adefezes impactadasnoretoreduzacapacidadefuncionaldabexiga e provoca umasensac¸ão deesvaziamento da bexiga mais precoce.14 Ainda,umaampolaretal cronicamenterepleta podelevar à irritac¸ão dotrígono vesical, invaginac¸ões na paredeposteriordabexigaeobstruc¸ãouretral.20
Acrianc¸acujocasofoiapresentadonesteartigo apresen-tavarimectópicoàesquerda.Naliteraturahárarosrelatos deepisódiosderetenc¸ãourináriaagudaemindivíduos por-tadoresdedeformidadesdotratogenitourinário,taiscomo más-formac¸õesdoaparelhogenitalfeminino(úterodidelfoe hímenimperfurado)21,22emasculino(cistovesicosseminal)23 associadosàagenesiarenalunilateral; entretanto,nãohá casosrelatados queassociemo quadroderetenc¸ão uriná-riaagudacomrimectópico.Naopiniãodosautores,orim ectópicodapacienteaquidescritaemnadacontribuiupara aretenc¸ãourináriaaguda.
Pode-se concluir que a retenc¸ão urinária aguda é um eventoraro na faixaetária pediátrica. Dessaforma, ape-sardenãoserumadascausasmaiscomuns,aconstipac¸ão intestinal,emfacedesuaelevadaprevalência,deveser con-sideradaquandodoatendimentodecrianc¸aseadolescentes comretenc¸ãourináriaaguda.
Financiamento
Oestudonãorecebeufinanciamento.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
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