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Análise clínica e clínica/digital de restaurações de lesões cervicais não cariosas: efeitos dos sistemas adesivos e tempos de análise

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Fernanda Garcia de Oliveira

Análise clínica e clínica/digital de restaurações de lesões cervicais

não cariosas. Efeitos dos sistemas adesivos e tempos de análise

ARAÇATUBA

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Fernanda Garcia de Oliveira

Análise clínica e clínica/digital de restaurações de lesões cervicais não

cariosas. Efeitos dos sistemas adesivos e tempos de análise

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de DOUTOR, pelo Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Área de concentração em Dentística.

Orientador: Prof. Titular Renato Herman Sundfeld

ARAÇATUBA

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Catalogação na Publicação (CIP)

Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação – FOA / UNESP

Oliveira, Fernanda Garcia de.

O48a Análise clínica e clínica/digital de restaurações de lesões cervicais não cariosas: efeitos dos sistemas adesivos e tempos de análise / Fernanda Garcia de Oliveira. – Araçatuba,

2013

80 f. : il. ; tab. + 1 CD-ROM

Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba

Orientador: Prof. Dr. Renato Herman Sundfeld

1. Ensaio clínico 2. Cimentos dentários 3. Resinas compostas I. T.

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FERNANDA GARCIA DE OLIVEIRA

NASCIMENTO: 11/03/1986 – Araçatuba – SP

FILIAÇÃO: Ivan de Oliveira

Maria Aparecida Mazza Garcia de Oliveira

2004/2007 Graduação

Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP

2008/2010 Mestrado

Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP

2010/2012 Obtenção dos créditos referentes ao Curso de Pós- Graduação em Odontologia, área de Dentística, nível de Doutorado

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Aos meus pais, Ivan e Maria Aparecida, exemplos de dedicação à família. Nunca mediram esforços e sacrifícios para que eu pudesse chegar até aqui. Fica registrado aqui o orgulho que

tenho de nossa família e o amor que tenho por vocês. Muito Obrigada!

À minha irmã Mariana, ao meu cunhado Alípio e à minha sobrinha Mariah, a parte da

família que falta ao meu lado, mas que não sai do meu coração. A distância jamais será um obstáculo quando existe amor.

À minha avó Nenê, exemplo de ser humano durante toda sua vida.

Aos meus avós Ruy, José e Maria Henedina (in memoriam) que, de onde estiverem, zelam por nós...

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Ao meu orientador e padrinho prof. Titular Renato Herman Sundfeld, que me fez crescer profissionalmente, mas principalmente me ensinou a ser um ser humano melhor. Muito

obrigada pelos valores transmitidos, por confiar em mim, por respeitar minhas decisões e sempre torcer pelo meu sucesso. Meu carinho e respeito por você são de uma filha para um

pai.

Ao meu amigo Lucas, com quem eu convivi mais que com minha família ao longo dos

últimos anos. Tenho certeza que sem ele o caminho da pós-graduação teria sido muito mais árduo, e eu jamais teria conseguido chegar até aqui. Obrigada pelo apoio, pela ajuda e desejo

que nossa amizade seja eterna.

À minha amiga Laura, que foi chegando aos poucos e logo conquistou seu lugar em meu

coração e como colega de pós-graduação indispensável para a realização desse trabalho. Obrigada por tudo.

À minha amiga Ana Paula Guedes, colega de profissão, companheira, confidente e irmã. Se existem pessoas que Deus nos apresenta, com certeza você é uma delas. Todos esses anos

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A Deus, pelas graças concedidas, pela vida e com ela o saber. Obrigado Senhor, por poder estar comemorando mais esta vitória.

À Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, nas pessoas de sua diretora Profª. Adjunta Ana Maria Pires Soubhia e vice-diretor Prof.Titular Wilson Roberto Poi, pela

oportunidade de realizar meus estudos.

À coordenadora do curso de pós-graduação, Profa. Adj. Maria José Hitomi Nagata.

Aos professores do curso de pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.

Aos professores Adj. André Luiz Fraga Briso e Paulo Henrique dos Santos, responsáveis também por todo meu crescimento e conquistas alcançadas. Muito obrigada por todos os

ensinamentos transmitidos.

A todos os professores da Disciplina de Dentística Restauradora da Faculdade de

Odontologia de Araçatuba – UNESP, pela aprendizagem durante esses anos.

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A todos os funcionários do Departamento de Odntologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.

Aos funcionários da seção de pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, pela atenção e disponibilidade sempre que precisei.

Aos bibliotecários da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, pela colaboração

na realização desse trabalho.

Aos meus queridos pacientes, pela compreensão e por acreditarem e confiarem em meu

trabalho.

À minha querida tia e profª. Adjunta Maria Lúcia Marçal Mazza Sundefeld, pelas análises estatísticas realizadas. Sua dedicação à docência é um exemplo. Muito obrigada por estar ao meu lado muito além do que apenas em sala de aula.

À minha madrinha Daisy que, durante esses quases dez anos longe de casa, não permitiu que me faltasse uma figura de mãe nos momentos mais difíceis.

Ao meu primo Daniel, pela amizade e pela disponibilidade de colaboração e ajuda sempre

que precisei.

Aos amigos de pós-graduação Letícia, Vanessa, André e Rafael que dividiram comigo

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À Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, por incentivar e permitir meu aprimoramento profissional.

Aos meus colegas de trabalho e amigos Fernanda, Sandra, Paulo, Roberto e Jaime, pela colaboração inquestionável nos momentos que eu necessitei me ausentar.

A todos os alunos de iniciação-científica do Departamento de Odontologia Restauradora da

Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, pelas longas horas divididas no laboratório.

A todos colegas de pós-graduação, por todos os momentos compartilhados.

Aos meus amigos Ana Paula Berenguer, Amanda, Ana Carolina, Arianne, Marcella,

Mayara, Thais, Roberta, Lívia Trevelin, Adriana, Mariana, Lívia Pasqualin, Helena,

Marcelo, Carlos Eduardo, Juliana, Gabriela e Moriel. Cada um à sua maneira foi

fundamental e indispensável ao longo do caminho até aqui.

Ao Felipe, por todo apoio nos momentos de escolhas e decisões dos últimos anos. Levarei

comigo as boas lembranças dos momentos compartilhados.

A todos meus familiares, por toda torcida ao longo da minha vida.

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por mais esse

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Ao Departamento de Física e Química da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - UNESP, pela autorização do uso do Microscópio Eletrônico de Varredura, equipamento

indispensável na realização desse trabalho.

Ao físico Élton, pela ajuda no manuseio e captura das imagens em microscopia eletrônica.

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“Dê-me, Senhor, agudeza para entender, capacidade

para reter, método e faculdade para aprender, sutileza

para interpretar, graça e abundância para falar.

Dê-me, Senhor, acerto ao começar, direção ao progredir e

perfeição ao concluir”

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Oliveira FG. Análise clínica e clínica/digital de restaurações de lesões cervicais não cariosas. Efeitos dos sistemas adesivos e tempos de análise [tese]. Araçatuba: Universidade Estadual

Paulista; 2013.

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O objetivo desse estudo foi avaliar através das análises clínica e clínica/digital o comportamento de 90 restaurações, realizadas em lesões cervicais não cariosas, após 12 e 24

meses de suas realizações. Foram formados 3 grupos de estudo com 30 dentes cada, de acordo com os materiais e técnicas empregadas. Os dentes pertencentes ao grupo I receberam, após o condicionamento com ácido fosfórico 35% em esmalte e dentina, o sistema adesivo

convencional Peak LC Bond (Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA); os do grupo II receberam a aplicação do sistema adesivo autocondicionante Clearfil Protect Bond (Kuraray

Medical Inc., Kurashiki, Okayama, Japão); os do grupo III, previamente à aplicação do sistema adesivo autocondicionante Clearfil Protect Bond (Kuraray Medical Inc., Kurashiki, Okayama, Japão), receberam o condicionamento com ácido fosfórico apenas em esmalte.

Todos os dentes foram restaurados com a resina composta Amelogen Plus (Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA). Após o acabamento e polimento, bem como aos 12 e 24

meses, as restaurações foram fotografadas para posterior análise clínica/digital em computador de alta resolução. De acordo com critérios previamente estabelecidos, dois examinadores devidamente calibrados realizaram as análises clínica e clínica/digital das

restaurações, nos tempos inicial, 12 e 24 meses de suas realizações. Para a análise clínica das restaurações foram considerados as variáveis retenção, adaptação marginal, descoloração

(18)

clínica/digital não foram observadas diferenças estatisticamente significativas para as variáveis analisadas entre os grupos de estudo, assim como dentro de um mesmo grupo nos

referidos tempos de análise. A sensibilidade dental diminuiu significativamente e foi totalmente eliminada aos 12 e 24 meses de análise clínica, respectivamente.Concluímos que, de acordo com as análises clínica e clínica/digital, as restaurações de lesões cervicais não

cariosas realizadas com os sistemas adesivos convencional e autocondicionante, apresentaram comportamento clínico satisfatório e semelhante, aos 12 e 24 meses de análise.

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Oliveira FG. Clinical and clinical/digital analysis of restorations in non-carious cervical lesions. Effects of adhesive systems and periods of analysis [thesis]. Araçatuba: Universidade

Estadual Paulista; 2013

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The aim of this study was to evaluate the performance of 90 restorations performed in

non-carious cervical lesions through clinical and clinica/digital analysis after 12 and 24 months. Three groups were obtained with 30 teeth each, according to the materials and techniques.

The teeth of group I received, after etching with 35% phosphoric acid on enamel and dentin, the total-etch adhesive system Peak LC Bond (Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA); the teeth of group II received the self-etching adhesive system Clearfil Protect Bond (Kuraray

Medical Inc., Kurashiki, Okayama, Japão), and the teeth of group III, prior to application of the self-etching adhesive system Clearfil Protect Bond (Kuraray Medical Inc., Kurashiki,

Okayama, Japão), received the phosphoric acid etching only in enamel. All teeth were restored with composite resin Amelogen Plus (Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA). Two calibrated examiners performed the clinical and clinical/digital analysis of the

restorations at baseline, 12 and 24 months. For clinical analysis were considered the factors: retention, marginal adaptation, marginal discoloration, presence of caries and sensitivity;

while for the clinical/digital analysis only retention and marginal discoloration. At 12 and 24 months of clinical and clinical/digital analysis, there were no statistically significant differences for the variables analyzed among the study groups, as well as within a group in

said analysis time. The dental sensitivity significantly decreased and was totally eliminated after 12 and 24 months of clinical analysis, respectively. In the statistical analysis were

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clinical and clinical/digital analysis that non-carious cervical lesions restorations, performed

with total-etch and self-etching adhesive systems, showed satisfactory and similar clinical

performance at 12 and 24 months of analysis.

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% = percentagem

# = número

ADA = American Dental Association

4-META = Matacriloxietil Anidro Trimelítico A = Alfa

B = Bravo

Bis-GMA = Bisfenol A glicidil dimetacrilato

C = Charlie

Corp. = Corporation D =Delta

Dr. = Doutor

Dra. = Doutora

et al. = e colaboradores

Fig. = Figura

Fenil –P =2(Metacriloxil) Etil Fenil Hidrogeno Fosfato

HEMA = Hidroxil-etil-metacrilato Inc. = Incorporation

Ind e Com = Indústria e Comércio

KW = Kruskal-Wallis Ltda. = Limitada

MDPB = brometo de metacriloiloxidodecilpiridínio MDP = monômeros ácidos fosfatados

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mm = milímetro

MN = Minessota

mW/cm2 = mili-Watts por centímetro quadrado

nº = número

Prof. = Professor

Profª. = Professora

SP = São Paulo

TEGDMA = Dimetacrilato de trietilenoglicol

UNESP = Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” USA = United State of America

USP = Universidade de São Paulo

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Figura 1- Dente 13. Restauração realizada com adesivo convencional (Grupo I).

Descoloração Marginal catalogada com critério Bravo aos 12 e 24 meses. 59

Figura 2- Dente 23. Restauração realizada com adesivo autocondicionante (Grupo

II). Todas as variáveis catalogadas com critério Alfa aos 12 e 24 meses. 59

Figura 3- Dente 43. Restauração realizada com adesivo autocondicionante (Grupo

III). Retenção e Descoloração Marginal catalogadas com critério Bravo

aos 24 meses. 60

Figura 4- Dente 13. Microscopia eletrônica de varredura. Restauração realizada

com adesivo convencional (Grupo I). Presença de bolha no corpo da restauração. Fotos inicial 34X, 12 meses 400X e 24 meses 150X. 60

Figura 5- Dente 15. Microscopia eletrônica de varredura. Restauração realizada

com adesivo autocondicionante (Grupo II). Presença de sobrecontorno na margem da restauração. Fotos inicial 34X, 12 meses 400X e 24 meses

400X. 61

Figura 6- Dente 14. Microscopia eletrônica de varredura. Restauração realizada

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Tabela 1- Distribuição das restaurações nos pacientes selecionados, nos arcos

superior e inferior. 63

Tabela 2- Composição, lote e fabricante dos materiais utilizados. 63

Tabela 3- Critérios empregados na avaliação clínica das restaurações cervicais. 64

Tabela 4- Critérios para avaliação clínica/digital das restaurações cervicais. 66

Tabela 5- Resultados obtidos na análise clínica para as variáveis descoloração

marginal, lesão de cárie, adaptação marginal e retenção. 66

Tabela 6- Aplicação do Teste de Kruskal-Wallis ao nível de 5%, às variáveis

descoloração marginal, adaptação marginal e retenção, entre os grupos de

estudo, na análise clínica. 67

Tabela 7- Resultados obtidos nas avaliações clínicas pré-operatória, de 12 e 24

meses, para a variável sensibilidade. 68

Tabela 8- Aplicação do Teste de Friedman para avaliar a diferença entre os tempos

de análise, dentro de um mesmo grupo, em relação à variável

(27)

Tabela 9- Aplicação do Teste de Comparações múltiplas de Dunn para avaliar a

diferença entre os tempos em relação à variável sensibilidade. 69

Tabela 10- Resultados obtidos na análise clínica/digital para as variáveis descoloração

marginal e retenção. 69

Tabela 11- Aplicação do Teste de Kruskal-Wallis ao nível de 5%, às variáveis

descoloração marginal e retenção, entre os grupos de estudo e dentro de cada período de análise na análise clínica/digital. 70

Tabela 12- Aplicação do Teste de Wilcoxon ao nível de 5%, às variáveis

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1. Introdução 28

2. Material e método 32

3. Resultado 38

4. Discussão 43

5. Conclusão 50

6. Referências 52

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I

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Introdução28

1. Introdução*

Em condições clínicas de normalidade, o esmalte dental e o cemento protegem o tecido dentinário, evitando assim, a sua exposição ao meio bucal.1,2 O desenvolvimento de

uma lesão cervical não cariosa, que remove essa proteção, poderá levar ao aparecimento de hipersensibilidade dentinária cervical, frente aos agentes térmicos e químicos, assim como à instalação de problemas estéticos.1,3 Essa perda dental é irreversível e comumente descrita na

literatura pertinente como erosão, abrasão e abfração.4,5,6

O sucesso do tratamento dessas lesões, ao longo do tempo, será eficaz se os fatores

etiológicos forem identificados através de um correto diagnóstico, obtido através de um rigoroso e detalhado exame clínico e anamnese.5,7

Diante da necessidade de realização de um tratamento restaurador, pode-se optar pelos

materiais resinosos,8,9 que deverá apresentar uma boa retenção à estrutura dental, aspectos estéticos favoráveis, boa resistência ao desgaste e, ainda, um módulo de elasticidade

semelhante ao da estrutura dental. 6,7,9

O processo de união de um material restaurador ao elemento dental depende, consideravelmente, do sistema adesivo a ser utilizado previamente à inserção da resina

composta. Para tanto, novos materiais e posturas para a realização do condicionamento dos tecidos dentais tem sido propostos, a exemplo dos sistemas adesivos convencionais dispostos

em único frasco4,10,11 e dos sistemas adesivos autocondicionantes.4, 8,10,12 Salientando que, os sistemas autocondicionantes foram desenvolvidos objetivando a redução da sensibilidade da técnica, a simplificação dos passos clínicos, a não realização do condicionamento ácido

prévio, além de proporcionar a desmineralização superficial do esmalte e da dentina simultaneamente com a infiltração dos monômeros resinosos.10,11,13 Mais recentemente,

surgiram os sistemas adesivos acrescidos de fluoreto e brometo em forma de MDPB, que

*

(31)

Introdução29

atuarão como coadjuvantes no controle da microinfiltração e consequentemente no surgimento de cáries secundárias na margem da restauração. 14

Pelo fato de não necessitar de condicionamento ácido prévio, os sistemas adesivos autocondicionantes são questionados quanto sua adesividade e força de união, principalmente na superfície do esmalte dental, que apresenta uma maior resistência à desmineralização;

podendo com isso sugestionar a necessidade de realização de um condicionamento ácido seletivo apenas dessa superfície previamente à sua aplicação; condição que poderia colaborar,

sobremaneira, com a longevidade das restaurações em que eles são empregados.12,15

Somado a esses levantamentos, a utilização inadequada de qualquer dos sistemas adesivos, associada à contração de polimerização da resina composta restauradora a ser

empregada, poderão acarretar o surgimento de efeitos indesejáveis, entre eles, a infiltração e a degradação marginal acompanhada ou/não da formação de lesões cariosas marginais, a

instalação de sensibilidade dental e até mesmo de doenças pulpares,9,16 que, certamente, atuarão como fatores limitantes na longevidade das restaurações.

Sabe-se da importância e necessidade de estudos laboratoriais;13-15,17 mas considera-se

relevante o acompanhamento clínico de trabalhos restauradores ao longo do tempo.1,3,8,9,12,18,19 Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o comportamento de sistemas adesivos em restaurações de lesões cervicais não cariosas, realizadas com um sistema adesivo

convencional ou autocondicionante que contém fluoreto e brometo (MDPB), com ou sem condicionamento seletivo do esmalte, empregando para tanto as análises clinica e

clínica/digital nos períodos imediato, aos 12 e 24 meses de suas realizações. As hipóteses nulas testadas foram:

1 – Não há diferença entre a mesma restauração avaliada nos períodos inicial, aos 12 e

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Introdução30

2 – O condicionamento seletivo do esmalte, previamente à aplicação do sistema adesivo autocondicionante, não melhora o desempenho clínico das restaurações, nos períodos

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Material e Método 32

2. Material e Método

2.1 Aspectos éticos e critérios para inclusão e exclusão

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o protocolo nº 40/10. † Fizeram parte dessa pesquisa clínica, 15 voluntários adultos, com idade média de 39 anos (20-56), que preencheram os critérios de inclusão inerentes à pesquisa, tais como: presença de, no

mínimo, 20 dentes na cavidade oral e pelo menos 3 lesões cervicais não cariosas sob oclusão, bem como uma boa higiene oral. Não foram considerados pacientes com periodontites

moderadas ou severas, bruxismo acentuado, cáries não tratadas, xerostomia e uso de próteses ou aparelho ortodôntico. Pacientes que fizeram tratamento clareador ou uso de suplementos fluoretados e mulheres grávidas também foram excluídos da pesquisa. As lesões cervicais não

cariosas encontravam-se em dentes vitais, não eram retentivas, apresentavam parede cervical em cemento, na altura da gengiva marginal e com parede incisal/ou/oclusal em esmalte. Os

voluntários em potencial foram informados detalhadamente quanto à técnica a ser empregada e sobre possíveis riscos e benefícios a serem obtidos. Todos os participantes concordaram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.‡

2.2 Delineamento experimental

O fator em estudo foi Tratamento Restaurador em três níveis (sistema adesivo convencional, sistema adesivo autocondicionante e condicionamento ácido seguido do

sistema adesivo autocondicionante). As variáveis de resposta para a avaliação clínica foram: retenção, adaptação marginal, descoloração marginal, presença de lesão de cárie marginal e

sensibilidade. Para a avaliação clínica/digital foram: retenção e descoloração marginal. As avaliações foram realizadas inicialmente, aos 12 e 24 meses após as suas confecções.

Anexo B

(35)

Material e Método 33

2.3 Tratamento Restaurador

Foram realizadas em 15 pacientes, 90 restaurações tipo classe V, em lesões cervicais

não cariosas, com gengiva marginal localizada na altura da margem cervical da restauração (Tabela1). Foram formados 3 grupos de estudo (Grupos I, II e III) com 30 dentes cada, de acordo com os materiais e técnicas empregadas. Um operador calibrado participou da

confecção das restaurações. Cada paciente recebeu pelo menos 1 restauração de cada um dos 3 grupos de estudo, dessa forma os 3 grupos de estudo estavam presentes em um mesmo

paciente. Os pacientes foram instruídos quanto à técnica de escovação e uso de fio dental. As lesões cervicais não cariosas receberam, após anestesia, profilaxia com pedra-pomes e água, sendo a seguir lavadas e secas com suaves jatos de ar. Para a realização do

isolamento do campo operatório foi aplicado o expansor bucal Expandex (J.O.N. Comércio de Produtos Odontológicos Ltda, São Paulo, S.P., Brasil), que manteve a cavidade bucal aberta

durante todo o ato operatório, seguido pelo emprego de rolos de algodão e de sugador de alta potência. Em seguida, foi realizado um bisel, com auxílio de uma ponta diamantada 1190 F (KG Sorensen Ind & Com, Alphaville, São Paulo, SP, Brasil), no ângulo cavo-superficial

esmalte/dentina da parede incisal ou oclusal.

Nos dentes pertencentes ao grupo I foi realizado o condicionamento ácido, em esmalte e dentina, com ácido fosfórico 35% (Ultra-etch- Ultradent Products, Inc., South Jordan,

USA), sobre toda a lesão e de 2 à 4 mm além da margem cavitária em esmalte dental, pelo tempo de 20 segundos. Imediatamente após, os dentes foram lavados, e uma pequena bola de

algodão foi posicionada sobre a superfície dentinária, para em seguida a superfície de esmalte ser seca com jatos de ar. Após, o esmalte dental apresentou aspecto branco gessado, enquanto que a dentina umedecida. A seguir, com auxílio de um pincel de cerdas, foi realizada a

(36)

Material e Método 34

Products, Inc., South Jordan, USA) (Tabela 2) que foi polimerizada durante 20 segundos, com auxílio de uma fonte de luz Led Valo (Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA).

Os espécimes pertencentes ao grupo II receberam o material adesivo autocondicionante Clearfil Protect Bond (Kuraray Medical Inc., Kurashiki, Okayama, Japão) (Tabela 2), após as superfícies dentais terem sido lavadas com água e secas com jatos de ar.

Para tanto, foi aplicada uma camada do Primer sob pressão, com auxílio de um pincel de cerdas, pelo tempo de 20 segundos, tanto em dentina como em esmalte. Após, os dentes

receberam um suave jato de ar, seguido da aplicação de uma camada do Bond. Um leve jato de ar foi novamente aplicado, para em seguida ser realizada a fotopolimerização do Bond pelo tempo de 10 segundos, com auxílio de uma fonte de luz Led Valo (Ultradent Products, Inc.,

South Jordan, USA).

Os do grupo III, previamente à aplicação do sistema adesivo autocondicionante

Clearfil Protect Bond (Kuraray Medical Inc., Kurashiki, Okayama, Japão) (Tabela 2), os dentes receberam o condicionamento com ácido fosfórico 35% (Ultra-etch- Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA) apenas em esmalte dental, em uma área correspondente a

2 à 4 mm além da margem cavitária, pelo tempo de 20 segundos. A aplicação do sistema adesivo autocondicionante foi realizada da mesma forma como no grupo II.

Após, todas as cavidades receberam a aplicação da resina composta Amelogen Plus

(Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA) (Tabela 2) em camadas; com o primeiro incremento colocado na região cervical; evitando ao máximo que o compósito contactasse

simultaneamente as margens cervical de dentina e incisal/oclusal de esmalte. A polimerização se fez, com auxílio de um aparelho de luz Led Valo (Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA), com potência de 1000 mW/cm², pelo tempo de 40 segundos para cada

(37)

Material e Método 35

SP, Brazil), seguido do emprego de borrachas para polimento de restaurações resinosas #850 - Jiffy Regular Brushes 10pk (Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA) e de escovas Jiffy

Composite Polishing Brushes Point and Regular (Ultradent Products, Inc., South Jordan, USA).

2.4 Análises

As restaurações foram avaliadas por 2 examinadores devidamente calibrados nos tempos imediatamente após, aos 12 e 24 meses de suas realizações. Foram considerados os

fatores retenção, adaptação marginal, descoloração marginal, presença de lesão de cárie marginal e sensibilidade, usando para tanto os critérios propostos pela USPHS de Cvar & Ryge em 200520 e com modificações por nós introduzidas (Tabela 3).

O exame clínico foi realizado em campo operatório devidamente iluminado e com auxílio de uma sonda exploradora de número 5 (SSWhite® Duflex, Rio de Janeiro, RJ, Brasil)

e de um espelho bucal (SSWhite® Duflex, Rio de Janeiro, RJ, Brasil).

Após o acabamento e polimento, as restaurações foram fotografadas com máquina digital Nikon D300 (Nikon Corp. Chiyoda, Tóquio, Japão) e inseridas em computador de alta

resolução Sony NR Series notebook (Sony Corp. Minato, TKY, Japão) para posterior análise clínica/digital pelos mesmos examinadores da análise clínica, nos tempos imediatamente após, aos 12 e 24 meses de suas realizações, levando em consideração os fatores retenção e

descoloração marginal (Tabela 4). Diante de discordância de resultados das restaurações analisadas os examinadores as reavaliaram até a obtenção de um concenso.

A sensibilidade dental foi analisada quanto a sua presença ou não, através de estímulos com jatos de ar, a uma distância aproximada de 2 a 3 cm, durante o tempo de 3 segundos, nos tempos previamente, aos 12 e 24 meses da realização das restaurações.

(38)

Material e Método 36

eletrônico de varredura (JEOL.JSM 5600LV, Tóquio, Japão). As moldagens foram realizadas com silicone de adição Express XT (3M/ESPE, St Paul, MN, USA), para obtenção de molde e

posterior réplica com resina epóxi Epothin (Buehler, Lake Bluff, Illinois, USA). Após lenta desidratação com sílica gel por três dias e a uma temperatura de 40ºC, as réplicas foram recobertas com uma camada de ouro-paládio em metalizador (Balzers SCD-050 sputter

coater, Alemanha). As superfícies das restaurações foram observadas em microscópio eletrônico de varredura e avaliadas de acordo com o padrão morfológico superficial e a

margem das restaurações afim de obervar a integridade de cada restauração dos grupos avaliados. As imagens mais representativas foram arquivadas para ilustração e não submetidas a qualquer tratamento estatístico.

Considerando o caráter qualitativo ordinal das variáveis de resposta, foram aplicados testes estatísticos não paramétricos, de Kruskal-Wallis e Wilcoxon, adotando-se o nível de

(39)

R

(40)

Resultados 38

3.Resultados

3.1 Análise clínica

Imediatamente após a realização das restaurações, ou seja, na análise clínica inicial, todas as restaurações foram catalogadas com critério Alfa para as variáveis retenção, adaptação marginal, descoloração marginal e presença de lesão de cárie marginal.

Aos 12 meses de análise clínica todas as restaurações de todos os grupos de estudo foram catalogadas com critério alfa, para as variáveis retenção, descoloração marginal e

adaptação marginal.

Aos 24 meses de análise, foram catalogadas com critério Bravo: 2 (6,7%) restaurações do grupo I e 1 (3,3%) dos grupos II e III para a variável retenção; 2 (6,7%) restaurações do

grupo I e 3 (10,0%) do grupo III para a variável descoloração marginal, enquanto que 4 (13,3%) restaurações do grupo I, 1 (3,3%) do grupo II e 3 (10,0%) do grupo III, para a

variável adaptação marginal. As demais restaurações foram catalogadas com critério Alfa (Tabela 5). A aplicação do teste de Kruskal-Wallis não apontou diferença entre os grupos de estudo neste período de análise, para as variáveis retenção (p = 0,7369), descoloração

marginal (p = 0,2336) e adaptação marginal (p = 0,3566) (Tabela 6).

Para a variável sensibilidade dental, previamente à realização das 90 restaurações, 79 dentes a serem restaurados apresentavam sensibilidade estimulada (Tabela 7). O teste de

Kruskal Wallis mostrou que não houve diferença estatística na distribuição dos dentes a serem restaurados pelos 3 grupos de estudo (p = 0,8011) (Tabela 7). Após a realização das

restaurações, aos 12 meses de análise, apenas 2 (6,7%) dentes pertencentes ao Grupo I e 1 (3,3%) ao Grupo III apresentaram sensibilidade e foram catalogados com critério Bravo (Tabela 7). Os dentes que apresentaram sensibilidade aos 12 meses de análise, já a

(41)

Resultados 39

dental (Tabela 7). O Teste de Friedman (Tabela 8) apontou haver diferença estatisticamente significativa, dentro do mesmo grupo de estudo, entre os períodos de análise (p < 0.0001).

Para observar onde ocorreu essa diferença foi aplicado o teste de comparações múltipla de Dunn (Tabela 9), o qual apontou que essa diferença estatística estava presente entre os tempos pré-operatório com o de 12 meses e também com o de 24 meses de análise clínica;

demonstrando com isso que, a sensibilidade dental das restaurações realizadas, independentemente da técnica utilizada, diminui significativamente após a realização das

restaurações. Não foi observado presença de lesão de cárie marginal aos 12 e 24 meses de análise clínica (Tabela 5).

3.2 Análise clínica/digital

Todas as restaurações foram catalogadas com critério Alfa para as variáveis retenção e descoloração marginal, na análise clínica/digital inicial.

De acordo com a tabela 10, a variável descoloração marginal apresentou aos 12 meses de análise, 28 (93,3%) restaurações pertencentes ao grupo I, 30 (100%) do grupo II e 29 (96,7%) do grupo III com critério Alfa, enquanto que 2 (6,7%) restaurações do grupo I e 1

(3,3%) do grupo III com critério Bravo. Por outro lado aos 24 meses de análise observamos que o grupo I apresentou 27 (90%), o grupo II 28 ( 93,3%) e o grupo III 27 (90%) das restaurações com critério Alfa. As demais restaurações, ou seja, 3 (10%) do grupo I, 2 (6,7%)

do grupo II e 3 (10%) do grupo III apresentaram critério Bravo. A aplicação do teste de Kruskall-Wallis a 5% demonstrou não haver diferença estatisticamente significante entre os

grupos de estudo tanto aos 12 meses (p = 0,3353) quanto aos 24 meses (p = 0,8542) de análise clinica/digital (Tabela 11). O teste de Wilcoxon, que comparou o comportamento dos grupos, individualmente, em ambos tempos de análise, não detectou diferença significativa entre os

(42)

Resultados 40

Para a variável retenção observou-se aos 12 meses de análise (tabela 10), 27 (90%) das restaurações pertencentes ao grupo I, 30 (100%) do grupo II e 29 (96,7%) do grupo III com

critério alfa, enquanto que 3 (10%) restaurações do grupo I e 1 (3,3%) do grupo III com critério Bravo. Já aos 24 meses de análise observou-se que o grupo I apresentou 26 (86,7%), o grupo II 27( 90%) e o grupo III 26 (86,7%) das restaurações com critério Alfa, assim como as

demais restaurações, ou seja, 4 (13,3%) do grupo I, 3 (10%) do grupo II e 4 (13,3%) do grupo III apresentaram critério bravo. Da mesma forma, de acordo com a aplicação do teste de

Kruskall-Wallis a 5% não verificou-se haver diferença estatisticamente significante entre os grupos de estudo tanto aos 12 meses (p = 0,0549) quanto aos 24 meses (p = 0,6729) de análise (Tabela 11). O teste de Wilcoxon a 5%, que comparou o comportamento dos grupos

individualmente em ambos tempos de análise, não detectou diferença significativa entre eles (Tabela 12). As Figuras 1, 2 e 3 ilustram restaurações de cada grupo de estudo.

De acordo com os resultados observados em ambas as análises clínicas consideradas, podemos aceitar parcialmente a primeira hipótese nula testada, uma vez que para a variável sensibilidade houve diferença entre os tempos de análise clínica pré-operatória com os

demais, e aceitar a segunda hipótese nula levantada, pois a realização do condicionamento seletivo do esmalte, previamente a aplicação do sistema adesivo autocondicionante, proporcionou a obtenção de resultados similares às outras técnicas empegadas, para todas as

variáveis em estudo e nos períodos de estudo considerados.

3.3 Microscopia eletrônica de varredura

A análise em microscopia eletrônica de varredura dos espécimes dos grupos de estudo realizados, apontou a presença de pequenas bolhas superficiais, de pequenas falhas marginais nas restaurações, assim como de ranhuras superficiais, deixadas pela ponta diamantada

(43)

Resultados 41

(44)

D

(45)

Discussão 43

4. Discussão

As lesões cervicais não cariosas são consideradas modelos de estudos ideais, para

avaliar o comportamento clínico dos sistemas adesivos no processo de união entre os materiais resinosos e o elemento dental, principalmente por apresentarem uma conformação cavitária não retentiva e por permitirem avaliar a adesão tanto em esmalte dental quanto em

tecido dentinário. 16,21,22

De acordo com análises clínicas longitudinais de restaurações realizadas neste tipo de

lesão, um dos fatores mais observado está relacionado com a taxa de retenção, a qual poderá estar diretamente relacionadas com a efetividade do sistema adesivo empregado.12,16,23 De fato e de encontro com as análises clínica e clínica/digital ao longo dos 12 e 24 meses de

estudo (tabelas 5 e 10), pode-se verificar um alto percentual de restaurações apresentando retenção total (critério Alfa) quer para as realizadas com o sistema adesivo convencional ou

com o autocondicionante, que receberam ou não o prévio condicionamento seletivo do esmalte. Deve-se salientar que as demais restaurações catalogadas com critério Bravo foram consideradas clinicamente aceitáveis, ou seja, não necessitavam de reparos (Figuras 1 e 3).

Não foi observada também a queda total de nenhuma restauração, ao longo de 24 meses de análise, para todas as técnicas empregadas.

Em se tratando das restaurações realizadas com o sistema adesivo convencional Peak

LC Bond, o considerável percentual de retenção total observado, deve, certamente, estar relacionado à prévia realização do condicionamento com ácido fosfórico das superfícies do

esmalte dental e da dentina, o qual além de proporcionar um condicionamento efetivo das estruturas dentais 12,24 permitiu, consequentemente, a obtenção de uma hibridização efetiva desse sistema adesivo a elas. 13,15

(46)

Discussão 44

com o sistema adesivo autocondicionante Clearfil Protect Bond. Justificadas possivelmente, ao fato desse sistema adesivo possuir o primer ácido e o adesivo em recipientes separados.

Destacando que, com esta apresentação é possível a aplicação separada dos componentes ácidos dos hidrofóbicos. Dessa forma, os sitemas autocondicionantes dispostos em 2 frascos, são considerados mais efetivos, pois a camada de adesivo hidrofóbica aplicada separadamente

propiciará a formação de uma camada híbrida mais uniforme, com menor retenção de solvente e de água no seu interior. 8,25 A literatura pertinente 26,27 tem postulado que a

diminuição da água residual permite uma melhor penetração dos monômeros resinosos por entre as fibras colágenas, melhora o seu grau de conversão, controla sobremaneira o processo de degradação por hidrólise, o que, com certeza, poderá colaborar com a longevidade da

interface adesiva.

Apesar de estar disposto em frascos separados, o sistema autocondicionante utilizado é

considerado como “fraco” quanto ao seu pH ácido, condição necessária para promover a desmineralização superficial do esmalte e da dentina.12,28 Assim sendo, tem sido postulado que, quando diante da superfície do esmalte, os sistemas autocondicionantes não são tão

eficazes quanto o observado com os sistemas adesivos convencionais.12,15,29 Dessa forma, com a intenção de colaborar com a retenção das restaurações, de controlar ou até mesmo previnir a formação de gaps e consequentemente a pigmentação marginal em esmalte,15 justifica-se o

emprego, neste estudo, do condicionamento seletivo do esmalte marginal anteriormente à utilização do sistema adesivo autocondicionante. Entretanto, até os 24 meses de análise

clínica, não foi possível observar a real necessidade do condicionamento ácido previamente à utilização do sistema adesivo autocondicionante, pois ambas as técnicas não apresentaram diferenças significativas, em ambas análises adotadas.

(47)

Discussão 45

e fosfatados, capazes de propiciar uma adesão iônica com o cálcio presente nos cristais de hidroxiapatita das estruturas dentais; proporcionando, com isso, além da adesão

micromecânica, uma adesão química mais forte e durável ao substrato dental do que a produzida por outros monômeros presentes em outros adesivos, tais como o 4-META e Fenil-P.28,30

Mas, diante de tais levantamentos e da equivalência dos resultados clínicos observados quanto a retenção, adaptação e descoloração marginal das restaurações, quer entre os grupos

de estudo dentro de cada período, ou entre os períodos de análise, pode-se até mesmo sugerir, de acordo com Peumans et. al em 200531 e Dalkilic & Omurlu em 2012,32 que quando diante da aplicação do sistema adesivo autocondicionante, ora empregado, não há a necessidade de

condicionamento da superfície do esmalte dental previamente à sua aplicação;12,31 embora Peumans et al, em 2010,29 observaram uma sutil superioridade de comportamento de

restaurações com esse condicionamento seletivo do tecido adamantino após 8 anos de análise longitudinal.

Entretanto, deve-se considerar que a realização do bisel, na margem cavitária de

esmalte de todas as lesões, promove a remoção da camada aprismática do esmalte, fato que pode ter colaborado com o selamento marginal das restaurações cervicais realizadas, principalmente com as que receberam apenas a aplicação do sistema adesivo

autocondicionante (GII). De fato, tem sido observado que o bisel é capaz de proporcionar a obtenção de uma estética melhor, de aumentar a interface adesiva, de favorecer a interação

dos sistemas adesivos, de melhorar a resistência de união, além de diminuir a tensão na interface adesiva gerada pela polimerização, pelas mudanças de temperaturas e de cargas mastigatórias. 4,33

(48)

Discussão 46

efeitos indesejáveis nas restaurações ao longo do tempo, entre eles a instalação de lesão de cárie secundária ao redor das restaurações.9,16 Porém, de acordo com nossos resultados,

nenhuma restauração apresentou cárie secundária, independente do material e técnica empregados, assim como em outros estudos. 8,12,29,31,32

Estudos in vitro17,34 demonstram que a incorporação do monômero antibacteriano

MDPB presente no sistema adesivo autocondicionante utilizado, reduz a contaminação bacteriana, colaborando na prevenção de cáries secundárias em caso de gaps entre a interface

dente/restauração, uma vez que ele é capaz de se unir à parede celular das bactérias e induzir o extravasamento de seu material citoplasmático.17,35Adicionalmente a essas propriedades, o MDPB é um monômero mais hidrofóbico que o HEMA, presente na maioria dos adesivos,

condição que pode colaborar com a estabilidade hidrolítica da interface adesiva.17,34

Deve-se ressaltar também que esse sistema adesivo autocondicionante, além do

monômero MDPB, possui em sua composição o flúor, que atua na prevenção de cárie nas paredes cavitárias e no processo de infiltração marginal.36 Além disso, o flúor pode auxiliar na obtenção de uma maior estabilidade da interface adesivae colaborar com a formação da

zona ácido-base resistente, presente nos adesivos autocondicionantes, que também ajudariam a prevenir cáries secundárias.28,37,38

Observamos, também, aos 12 e 24 meses de análise clínica, uma diminuição

significativa da sensibilidade dental, nos dentes que a apresentavam previamente à realização das restaurações adesivas, com qualquer dos sistemas adesivos empregados. Esse excelente

resultado pode ser justificado pela boa hibridização dos sistemas adesivos ao tecido dentinário, uma vez que a formação da camada híbrida e dos tags resinosos no interior do tecido dentinário foi capaz de reduzir a permeabilidade da dentina exposta;39,40 ressaltando

(49)

Discussão 47

A informatização apresenta um considerável avanço tecnológico em todas as áreas científicas, incluindo a Odontologia,42 facilitando, consideravelmente, o emprego de imagens

e fotografias digitais. Diante disso, resolveu-se também realizar neste estudo clínico, a análise clínica/digital das restaurações cervicais, o que permitiu e permitirá a suas análises comparativas ao longo do tempo. Entretanto, mesmo com a considerável objetividade

proporcionada pela análise clínica/digital, assim como pela possibilidade de análise da mesma restauração em tempos diferentes,42 frente a apresentada pela análise clínica, observou-se uma

equivalência de resultados entre ambas, nos tempos considerados. Essa evidência nos permite inferir, ainda mais, que as técnicas restauradoras, ora adotadas, podem ser recomendadas para restaurar lesões cervicais não cariosas.

Imagens em microscopia eletrônica de varredura permitiram observar maiores detalhes do que os verificados nas análises clínica e clínica/digital; a exemplo a presença de pequenas

bolhas superficiais, de pequenas falhas marginais nas restaurações, assim como de ranhuras superficiais, deixadas pela ponta diamantada durante o acabamento, no esmalte subjacente à borda marginal das restaurações, que foram submetidas a essa análise microscópica (Figuras

4, 5 e 6); o que, também, foi observado, de forma menos evidente, na análise clínica/digital das restautaurações. No entanto, pode-se inferir que essas observações pareceram não comprometer o desempenho clínico dessas restaurações nos tempos , ora considerados, e que

elas foram semelhantes em todos espécimes dos grupos de estudo analisados.

Diante do exposto, apesar desse estudo clínico apresentar limitações na seleção dos

pacientes, na padronização das lesões, no grau de dentina esclerótica, no tipo de dente a ser restaurado, nas cargas oclusais que diferem entre dentes posteriores e anteriores, ainda assim podemos observar que ambos sistemas adesivos utilizados, tanto o convencional como o

(50)

Discussão 48

(51)

C

(52)

Conclusão 50

5. Conclusão

De acordo com os resultados colhidos podemos concluir que:

1 - As restaurações de lesões cervicais não cariosas realizadas com o sistema adesivo convencional e com o autocondicionante, com ou sem condicionamento seletivo do esmalte dental, apresentaram comportamento clínico satisfatório e semelhante, aos 12 e 24 meses de

análise clínica e clínica/digital.

2 - A sensibilidade dental observada previamente à realização das restaurações adesivas foi

totalmente eliminada ao longo dos 24 meses de análise clínica.

Agradecimentos

(53)

R

(54)

Referências 52

6. Referências4

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(60)

F

(61)

Figuras 59

F

Fiigguurraass

F

Fiigg.. 11 --DDeennttee1133..RReessttaauurraaççããoorreeaalliizzaaddaaccoommaaddeessiivvooccoonnvveenncciioonnaall((GGrruuppooII))..DDeessccoolloorraaççããoo

M

MaarrggiinnaallccaattaallooggaaddaaccoommccrriittéérriiooBBrraavvooaaooss1122ee2244mmeesseess..

F

Fiigg 22– Dente 23. Restauração realizada com adesivo autocondicionante (Grupo II). Todas as –

(62)

Figuras 60

Fig. 3 – Dente 43. Restauração realizada adesivo autocondicionante (Grupo III). Retenção e

Descoloração Marginal catalogadas com critério Bravo aos 24 meses.

F

Fiigg 44–– DDeennttee 1133.. MMiiccrroossccooppiiaa eelleettrrôônniiccaaddee vvaarrrreedduurraa..RReessttaauurraaççããoorreeaalliizzaaddaa ccoomm aaddeessiivvoo

c

coonnvveenncciioonnaall((GGrruuppooII))..PPrreesseennççaaddeebboollhhaannaammaarrggeemmddaarreessttaauurraaççããoo..FFoottoossiinniicciiaall3344XX,,1122

m

(63)

Figuras 61

F

Fiigg.. 55––DDeennttee1144..MMiiccrroossccooppiiaaeelleettrrôônniiccaaddeevvaarrrreedduurraa.. RReessttaauurraaççããoorreeaalliizzaaddaaccoommaaddeessiivvoo

a

auuttooccoonnddiicciioonnaannttee ((GGrruuppoo IIII)).. EEvviiddeenncciiaaççããoo ddaa aaddaappttaaççããoo mmaarrggiinnaall ddaa rreessttaauurraaççããoo ccoomm aa

s

suuppeerrffíícciieeddooeessmmaalltteeddeennttaall..FFoottoossiinniicciiaall3344XX,,1122mmeesseess440000XXee2244mmeesseess440000XX..

F

Fiigg.. 66–– Dente 15.Microscopia eletrônica de varredura. Restauração realizada com adesivo

autocondicionante (Grupo III). Evidenciação da interface adesiva esmalte restauração. FFoottooss

i

(64)

T

(65)

Tabelas 63

Tabelas

Tabela 1 - Distribuição das restaurações nos pacientes selecionados, nos arcos superior e inferior.

Grupos Arco Quadrante Direito

Molar Pré molar Canino Incisivo

Quadrante Esquerdo

Molar Pré molar Canino Incisivo

Total

1 2 3 1 0 3 1 1 12

1 7 0 2 1 5 0 2 18

1 5 0 0 1 5 1 2 15

2 5 0 2 1 3 2 0 15

2 4 1 1 3 1 2 1 15

I II III Superior Inferior Superior Inferior Superior

Inferior 0 4 3 0 0 4 0 4 15

Total 7 27 7 6 6 21 6 10 90

Tabela 2 – Composição, lote e fabricante dos materiais utilizados.

Material Lote Composição

Clearfil Protect Bond (Kuraray Medical Inc., Kurashiki, Okayama, Japão)

Primer: 00065A

Adesivo: 00107A

Primer:água,MDP, MDPB, HEMA, dimetacrilatos e fotoiniciador

Adesivo: MDP, , bis-GMA, HEMA, dimetacrilatos, sílica coloidal e fluoreto de sódio

Peak LC Bond (Ultradent Products, Inc.,

South Jordan, USA

2092 HEMA, ácido metacrílico, Etil-4-dimetilamino, Benzoato, álcool etílico, partículas inorgánicas

de carga.

Resina Amelogen Plus (Ultradent Products, Inc.,

South Jordan, USA)

B5NJ9

B5V3D

Bis-GMA, TEGDMA,

micropartículas de boro-aminosilicato

(66)

Tabelas 64

Tabela 3 – Critérios empregados na avaliação clínica das restaurações cervicais,

segundo critérios propostos por Cvar & Ryge20 e com algumas modificações por nós

introduzidas.

CATEGORIA DENOMINAÇÃO/

CÓDIGO CRITÉRIO

ALFA / A Retenção total da restauração na cavidade.

BRAVO / B Retenção parcial da restauração na cavidade.

RETENÇÃO

CHARLIE / C Queda total da restauração.

ALFA / A

Ausência de alteração de cor marginal da restauração.

BRAVO / B Alteração de cor marginal da restauração, em pequena extensão

(até 90º da circunferência da restauração).

CHARLIE / C Alteração de cor marginal da restauração, em grande a extensão

(entre 90º e 180º da circunferência da restauração).

DESCOLORAÇÃO MARGINAL

DELTA / D Alteração de cor marginal da restauração em toda extensão.

ALFA / A

Ausência de lesão de cárie na margem da restauração.

LESÃO DE CÁRIE*

BRAVO / B

Presença de lesão de cárie na margem da restauração.

ALFA / A Ausência de sensibilidade.

SENSIBILIDADE ANTES DA REALIZAÇÃO DA

RESTAURAÇÃO

(67)

Tabelas 65

ALFA / A Ausência de sensibilidade.

SENSIBILIDADE APÓS A RESTAURAÇÃO

BRAVO / B Presença de sensibilidade.

ALFA / A Ausência de fenda na margem da restauração, o

explorador não prende na interface dente/restauração.

BRAVO / B

Presença de fenda na margem da restauração, com

retenção do explorador na interface dente/restauração, mas sem exposição dentinária.

CHARLIE / C

Presença de fenda na margem da restauração, com

retenção do explorador na interface dente/restauração, mas com exposição dentinária.

ADAPTAÇÃO MARGINAL

DELTA / D

Presença de fenda na margem da restauração, com

retenção do explorador na interface

dente/restauração,com exposição dentinária e a

restauração apresenta-se fraturada e/ou com mobilidade.

* – Uma região da margem da restauração será considerada cariada se o explorador prender ou resistir à sua remoção, após moderada pressão, sendo acompanhada por um dos seguintes fatores:

a - presença de tecido dental amolecido.

(68)

Tabelas 66

Tabela 4 - Critérios para avaliação clínica/digital das restaurações cervicais, segundo

critérios propostos por Cvar & Ryge20 e com algumas modificações por nós

introduzidas.

CATEGORIA

DENOMINAÇÃO/ CÓDIGO

CRITÉRIO

ALFA / A Retenção total da restauração na cavidade.

BRAVO / B Retenção parcial da restauração na cavidade.

RETENÇÃO

CHARLIE / C Queda total da restauração.

ALFA / A Ausência de alteração de cor marginal da restauração.

BRAVO / B

Alteração de cor marginal da restauração em pequena

extensão (até 90º da circunferência da restauração)

CHARLIE / C

Alteração de cor marginal da restauração, em grande extensão

(entre 90º e 180º da circunferência da restauração).

DESCOLORAÇÃO MARGINAL

DELTA / D Alteração de cor marginal da restauração em toda extensão.

Tabela 5 – Resultados obtidos na análise clínica para as variáveis descoloração

marginal, lesão de cárie, adaptação marginal e retenção.

12 meses 24 meses

Variáveis S C O R E Grupo I N= 30 Grupo II N= 30 Grupo III N= 30 Grupo I N= 30 Grupo II N= 30 Grupo III N= 30

A 30(100%) 30(100%) 30(100%) 28(93,3%) 30(100%) 27(90%)

B 0(0%) 0(0%) 0(0%) 2(6,7%) 0(0%) 3(10%)

C 0(0%) 0(0%) 0(0%) 0(0%) 0(0%) 0(0%)

Descoloração Marginal

Imagem

Fig. 3 – Dente 43. Restauração realizada adesivo autocondicionante (Grupo III). Retenção e  Descoloração Marginal catalogadas com critério Bravo aos 24 meses
Tabela 1 - Distribuição das restaurações nos pacientes selecionados, nos arcos superior e  inferior
Tabela 5 – Resultados obtidos na análise clínica para as variáveis descoloração  marginal, lesão de cárie, adaptação marginal e retenção
Tabela 6 - Aplicação do Teste de Kruskal-Wallis ao nível de 5%, às variáveis  descoloração marginal, adaptação marginal e retenção, entre os grupos de estudo, na  análise clínica
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Referências

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