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Percepção dos benefícios do consumo de drogas e das barreiras para seu abandono entre estudantes da área da saúde.

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Academic year: 2017

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PERCEPÇÃO DOS BENEFÍ CI OS DO CONSUMO DE DROGAS E DAS BARREI RAS PARA SEU

ABANDONO ENTRE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE

Pat r icia Cid Henr iquéz1 Ana Mar ia Pim ent a de Car v alho2

Diver sos est udos ev idenciam o consum o de dr ogas ent r e est udant es univer sit ár ios da ár ea da saúde, de quem se espera com port am ent os m odelo em relação ao cuidado com a saúde. O obj et ivo dest e est udo foi acessar a per cepção de est u dan t es u n iv er sit ár ios de t r ês car r eir as difer en t es n a ár ea da saú de, qu an t o às b ar r ei r as p ar a d ei x ar d e co n su m i r e o s b en ef íci o s d o co n su m o . Resp o n d er am a u m q u est i o n ár i o au t o -adm inist r áv el 80 est udant es do t er ceir o ano. As v ar iáv eis est udadas for am : condição de consum o, bar r eir a e benefícios r elacionados ao consum o ou deix ar de consum ir dr ogas, car act er íst icas pessoais e fam iliar es. Um t er ço dos est u dan t es r elat ou u so de t abaco; 5 % r elat ar am u sar m acon h a m ais de u m a v ez ao m ês; 1 5 % r elat ar am con su m o de álcool e 6 % de t r an qü ilizan t es; 1 8 % r elat ar am ser em fu m an t es, e 1 3 % r epor t ar am con su m o de álcool desde an t es dos 1 5 an os. Os ben ef ícios do con su m o são: r elax am en t o, sen t im en t o de pr azer , aceit ação social. As bar r eir as par a deix ar de consum ir r efer em - se à habit uação e v ício. Recom enda-se cr iar , no cont ex t o da for m ação desenda-ses pr ofissionais, aut o- r esponsabilidade no cuidado com a saúde.

DESCRI TORES: est udant es; t r anst or nos r elacionados ao uso de subst âncias; saúde; enfer m agem

PERCEPTI ONS OF DRUGS BENEFI TS AND BARRI ERS TO QUI T BY UNDERGRADUATE

HEALTH STUDENTS

Several st udies have exposed t he consum pt ion of drugs by undergraduat e st udent s in t he healt h area, w ho ar e supposed t o be ex am ples of behav ior and healt h educat or s. This descr ipt iv e cor r elat ion st udy aim ed t o relat e t he benefit s of t obacco consum pt ion and barriers t o quit according t o t he percept ion of undergraduat e st u den t s. Eigh t y t h ir d- y ear st u den t s, in t h r ee differ en t cou r ses, an sw er ed a self- applied qu est ion n air e. Th e st udied var iables w er e: consum pt ion condit ions, bar r ier s and benefit s r egar ding dr ug consum pt ion, fam ily and per sonal char act er ist ics. One- t hir d of t he st udent s r epor t ed t obacco use; 5% r epor t ed t he use of m ar ij uana; 15% alcohol and 6% t r anquilizer s, m or e t han once a m ont h; 18% r epor t ed t he consum pt ion of t obacco and 13% report ed t he use of alcohol even before t he age of 15. The perceived benefit s w ere: relaxat ion, pleasure and social accept ance, w her eas bar r ier s for quit t ing w er e: habit uat ion and addict ion. Accor ding t o t he r esult s, pr om ot ing self- r esponsibilit y of t hese fut ur e healt h pr ofessionals is r ecom m ended in t heir educat ional cont ex t .

DESCRI PTORS: st udent s; subst ance r elat ed disor der s; healt h; nur sing

PERCEPCI ÓN DE LOS BENEFI CI OS DEL CONSUMO DE DROGAS Y BARRERAS PARA SU

ABANDONO ENTRE ESTUDI ANTES DEL ÁREA DE SALUD

Diversos est udios evidencian consum o de drogas en est udiant es universit arios del área de la salud, de quienes se espera que sean m odelos de rol y educadores en salud. El propósit o de est a invest igación descript iva-correlacional fue est ablecer los beneficios que perciben los est udiant es universit arios del área de la salud para consum ir t abaco y las barreras para abandonarlo. Respondieron un cuest ionario aut oadm inist rado 80 est udiant es del t er cer añ o de t r es car r er as de salu d. Las v ar iables fu er on con dición de con su m o, bar r er as y ben eficios p er cib id os d el con su m o d e d r og as y car act er íst icas p er son ales y f am iliar es. Un t er cio d e los est u d ian t es fum aba t abaco. Más de una v ez al m es declar ar on consum ir m ar ihuana un 5% ; alcohol 15% ; t r anquilizant es 6% . Ant es de los 15 años ya fum aba un 18% y un 13% bebía. Beneficios percibidos del consum o son relaj ación, placer y acept ación social, y bar r er as per cibidas par a el abandono son habit uación y adicción. Se r ecom ienda m ot iv ar a los fut ur os pr ofesionales a la aut or esponsabilidad con su salud.

DESCRI PTORES: est udiant es; t r anst or nos r elacionados con sust ancias; salud; enfer m er ía

1 Enferm eira, Mest re em Enferm agem , Universidade de Concepción, Chile; 2 Psicóloga, Docente da Escola de Enferm agem de Ribeirão Preto, Universidade

(2)

I NTRODUÇÃO

N

e st e sé cu l o a sa ú d e t e m a l ca n ça d o

im port ância nas polít icas sociais, as quais favorecem o bem - est ar biopsicossocial dos in div ídu os. Saú de para todos foi um a m eta não- alcançada no ano 2000, m as conseguiu- se m udar o enfoque das doenças.

A sa ú d e é u m b e m h u m a n o q u e e st á est reit am ent e vinculado com a vida, e com o os bens hum anos são de cuidado, o cuidar da saúde im plica não apenas em desenvolver ações que beneficiem a

saúde das pessoas, m as t am bém a própria saúde (

1-2). Cada pessoa tem que restringir sua liberdade para

seu beneficio e dos outros, não executando atividades danosas para sua saúde, com o o uso de drogas lícitas – t abaco e álcool.

Reconhece- se que o alcoolism o, o t abagism o e a fárm aco- dependência geram um im pacto negativo par a a saúde das pessoas, const it uindo- se em um problem a de Saúde Pública. As t endências m undiais m ostram um aum ento no uso de drogas lícitas e ilícitas, especialm ent e ent r e os j ov ens. O inicio no uso de

drogas foi observado em idades cada vez m enores( 3).

O t e r m o d r o g a é d e f i n i d o co m o “ t o d a subst ância com caract eríst icas psicoat ivas, incluindo o álcool, tabaco, inalantes e fárm acos autom edicados ( sem pr escr ição m édica) . A finalidade do consum o, segundo os par t icipant es do est udo, foi a m udança de hum or, de pensam ento ou de atuar de um a pessoa, para div er t ir - se” ( 4).

Est u d o s so b r e d r o g as n o Ch i l e em 1 9 9 4 m ostraram que a droga lícita de m aior consum o foi o álcool, seguido do t abaco, ao passo que um de cada oit o ch ilen os/ as en t r e 1 2 e 6 4 an os j á con su m iu , algum a vez na vida, pelo m enos um a das três drogas

ilegais ( m aconha, pasta básica e cocaína)( 5). Ao longo

do t em po, obser v a- se um aum ent o na pr ev alência de uso de fum o, de 38.94% em 1994 até 42.54% em 2 0 0 4 , i n cr e m e n t o d e v i d o a u m a m a i o r t a x a d e

m ulheres fum ant es( 6). Durant e dez anos, o grupo de

j ov en s en t r e 1 9 e 2 5 an os ap r esen t a u m a m aior pr ev alência no consum o, sendo os hom ens os que apr esent am m enor v ar iação ( 59.33% at é 59.73% ) , e n q u a n t o a s m u l h e r e s j o v e n s a u m e n t a r a m a pr ev alên cia n o u so de t abaco em dez pon t os ( de

42.54% para 55.01% )( 6).

Assim , o increm ent o no consum o de t abaco t em pr ov ocado alt as t ax as de m or t alidade, dev ido ao seu consum o. Para 1985, o núm ero de m ortes foi de 11.872 e, para 2005, 15.088, sit uação at ribuída ao aum ent o no uso de t abaco de 4000 pessoas em 2005( 7).

O t abaco é um a droga lícit a m uit o perigosa p a r a a s p e sso a s, p o r p o ssu i r ce r ca d e 4 . 0 0 0 com p on en t es q u ím icos. En t r e eles en con t r a- se a nicot ina ( subst ância quím ica que provoca o vício) , o alcat rão ( associado a cert os t ipos de cânceres) , e o gás carbônico ( gás t óxico que ret arda ou im pede o

t ransport e de oxigênio no sangue)( 8).

Est udos t êm m ost rado um a alt a prevalência de t abagism o nos profissionais de saúde, sendo est a condut a m aior nos funcionár ios m ais j ov ens. Out r o achado que cham a a at enção é a m aior prevalência n o u so en t r e o s p r o f i ssi o n ai s d a saú d e, q u an d o com parados com out ras pesquisas na população em

geral( 9- 10). Esta situação é singular, pois são indivíduos

que se encont r am em um a posição pr iv ilegiada ao im pulsionar est rat égias de prevenção e abandono no uso de drogas na com unidade, além de conhecerem os fatores de risco que o uso im plica para sua saúde

e das pessoas que por elas são cuidadas ( 11).

Os est u d an t es u n i v er si t ár i o s d a ár ea d a saúde, dos quais se espera que sirvam de m odelo e educadores de saúde não escapam dest e hábit o. Em um a pesquisa, obser v ou- se que os est udant es que fum av am ex pr essar am que não est av am de acor do

em serem exem plos de boa conduta ( 12). Outro estudo

( t i p o d e scr i t i v o ) p e r ce b e u q u e o s e st u d a n t e s apresent avam prevalência m enor para o uso quando com parados com os profissionais da saúde e com a p o p u l a çã o e m g e r a l . Assi m co m o se r e m p o u co usuários de t abaco que os est udant es universit ários

de out ras carreiras não relacionadas á saúde( 13- 14).

(3)

car r eir as de saúde, os que assum ir am a pr evenção de doenças e a prom oção da saúde.

A finalidade dest a pesquisa foi ident ificar se o s e st u d a n t e s u n i v e r si t á r i o s d a á r e a d a sa ú d e percebem benefícios no uso de tabaco e outras drogas, além das barreiras para deixar de serem usuários.

METODOLOGI A

Pesquisa descr it iv a- cor r elacional, r ealizada com 80 est udant es universit ários durant e o segundo sem estre de 2005 e o prim eiro sem estre de 2006. O universo era com posto por 400 estudantes do terceiro a n o , d e t r ê s ca r r e i r a s d a á r e a d a sa ú d e d a Univ er sidade de Concepción- Chile.

A seleção foi por sor t eio, sendo a am ost r a não- probabilíst ica, com est udant es que concordaram em part icipar do est udo.

Par a obt en ção dos dados f oi u t ilizado u m q u est i o n á r i o a u t o - a p l i ca d o co n st r u íd o p a r a est a f i n a l i d a d e . O i n st r u m e n t o co n t i n h a p e r g u n t a s b i o d e m o g r á f i ca s, e sca l a d e f a t o r e s d e r i sco e pergunt as relacionadas com as variáveis em est udo. Os est udant es responderam o quest ionário nas salas da universidade, após aprovarem e assinarem o term o de consent im ent o livre e esclarecido.

Antes disso, foi realizada a prova- piloto, com a finalidade de observar a com preensão do grupo e o t em po necessário para a aplicação do inst rum ent o. Part iciparam 10 est udant es universit ários do prim eiro ano da car r eir a de enfer m agem . O t em po ut ilizado foi de 15 m inutos para que as pessoas respondessem às qu est ões, sem dificu ldade par a a com pr een são das m esm as.

Os d a d o s f o r a m a n a l i sa d o s a t r a v é s d a e st a t íst i ca d e scr i t i v a e m f o r m a d e f r e q ü ê n ci a s, porcentagens e inferências ( correlação) . O tratam ento dos dados foi r ealizado pelo sist em a com put acional no soft ware S.P.S.S. versão 12.0, no Depart am ent o de Enferm agem da Universidade de Concepción.

Após a aprovação do proj eto de pesquisa pelo Com itê de Ética da Faculdade de Medicina, se procedeu a inform ar aos chefes dos departam entos das diversas carreiras sobre o est udo e seus obj et ivos.

RESULTADOS

A am ost r a apr esen t ou as car act er íst icas a seguir na Tabela 1.

Tabela 1 - Características dos estudantes da am ostra. Concepción, 2006

As idades dos est udant es est avam ent re 20 e 2 7 an os. Mais d a m et ad e d eles er am d o sex o fem inino. Quanto às carreiras, pouco m ais de um terço er am est udant es de enfer m agem ; quase um t er ço er a m d e m ed i ci n a ; e, em m en o r p r o p o r çã o , d e obst et r ícia.

A dist ribuição segundo o uso de subst âncias m ost ra- se na Tabela 2.

Tabela 2 - Dist ribuição dos est udant es universit ários das t rês carreiras da área da saúde com relação ao uso de drogas , Concepción 2006

Po u co m a i s d a m e t a d e d o s e st u d a n t e s declar am não usar dr ogas m ensalm ent e; m enos de um terço usavam um tipo de droga ao m ês; e, 2,4%

Freqüência Porcentagem Porcentagemacumulada

Idade

20 a 21 anos 42 52.5 52.5

22 a 23 anos 32 40.0 92.5

24 a 25 anos 5 6.25 98.75

26 a 27 anos 1 1.25 100.0

Total 80 100

Sexo

Feminino 61 56.9 56.9

Masculino 19 43.1 100.0

Total 80 100.0

Carreira

Enfermagem 31 39.0 39.0

Medicina 26 32.0 71.0

Obstetrícia 23 29.0 100.0

Total 80 100.0

Freqüência % Porcentagemacumulada

Uso mensal

Não usa 45 56.3 56.3

Uma droga 22 27.8 83.8

Duas drogas 11 13.8 13.8

Três drogas 2 2.4 97.6

Total 80 100.0

Anos que fumam tabaco

Não fuma 49 61.3 61.3

1 a 3 11 13.8 75.1

4 a 6 13 16.3 91.4

7 a 9 5 6.3 97.7

Mais de 10 anos 2 2.3 100.0

Total 80 100.0

Idade de inicio no fumo

Não fuma 44 55.0 55.0

11 a 12 5 6.3 61.3

13 a 14 5 6.3 67.6

15 a 16 9 11.2 78.8

17 a 18 9 11.2 90.0

19 a 20 5 6.3 96.3

21 a 22 3 3.7 100.0

(4)

três drogas ao m ês. No m om ento da coleta de dados, do total da am ostra, dois terços não fum avam ; 16,3% fum avam desde 4 a 6 anos atrás; e, 2,3% fum avam há m ais de dez anos. Quant o à idade de inicio no fum o, 12,6% iniciaram ent re 11 e 14 anos; 22,4% , entre 15 e 18 anos; e 6,3% , entre 17 e 18 anos.

Na Tabela 3 obser vam - se os r esult ados do uso de cigarro e álcool por fam iliares e am igos, além d e co n t e ú d o s i n f o r m a t i v o s so b r e d r o g a s n a s disciplinas acadêm icas.

Tabela 3 - Dist ribuição dos est udant es universit ários de três carreiras na área da saúde de acordo com as ca r a ct er íst i ca s f a m i l i a r es e o co n t ex t o so ci a l , a respeit o do uso de drogas. Concepción 2006

A m aior ia dos est udant es declar ou não t er fam iliares que fum am , e 15% têm m enos da m etade dos fam iliar es que usam . Cer ca de dois t er ços dos p a r t i ci p a n t e s d i sse r a m q u e se u s f a m i l i a r e s n ã o bebiam , e m enos de um t erço apont ou que m ais da m et a d e sã o a l co ó l a t r a s. 3 8 % d o s u n i v er si t á r i o s p er ceb em q u e m a i s d a m et a d e d e seu s a m i g o s fum am . Cerca de um terço percebe que fum a m enos da m et ade, e 27% não t êm am igos fum ant es. Mais de um t erço dos universit ários lem bram t er recebido inform ações sobre drogas nas disciplinas do sem estre anterior, enquanto os dem ais m encionam não lem brar. A m aioria dos estudantes acredita que o tabagism o é um pr oblem a, sendo im por t ant e aler t ar as pessoas sobre est e aspect o. Sim ilarm ent e, consideram que o

alcoolism o é um problem a, enquanto outros assum em o cont rário.

Na Tabela 4 são cont em plados os result ados r elacionados ao t ipo de dr oga usada m ais de um a vez ao m ês.

Tabela 4 - Dist ribuição dos est udant es universit ários de acordo com o t ipo de droga usada m ais de um a vez ao m ês. Concepción 2006

Mais de um terço da am ostra respondeu que não se em briagaram no m ês, e 15% m encionaram o cont rário. Quat ro est udant es usavam m aconha m ais de um a vez ao m ês, diferent e da m aioria, que não u sav a. Qu ase n en h u m est u d an t e u sav a cocaín a, heroína ou LSD.

Na Tabela 5 observa- se que pouco m ais de dois t er ços dos( as) est udant es afir m ar am não usar cigarros ou ter abandonado o uso; um quinto deles( as) co n si d e r a v a - se f u m a n t e o ca si o n a l ( co n su m i n d o m e n o s d e se t e ci g a r r o s e m u m a se m a n a ) . Co n t r a r i a m e n t e , 1 1 . 3 % e r a m f u m a n t e s d i á r i o s ( usando m ais de set e cigarros na sem ana) .

Tabela 5 - Dist ribuição dos est udant es universit ários d e a co r d o co m a co n d i çã o d e u so d e ci g a r r o s, Con cepción 2 0 0 6

Freqüência % Porcentagemacumulada

Familiares que fumam

Nenhum 56 70.0 70.0

Menos da metade 12 15.0 85.0

Mais da metade 11 14.0 99.0

Total 79

Não respondeu 1

Familiares que usam álcool

Nenhum 52 65.0 65.0

Menos da metade 10 12.5 77.5

Mais da metade 18 22.5 100

Total 80

Amigos que fumam

Nenhum 22 27.0 27.0

Menos da metade 26 32.0 59.0

Mais da metade 31 38.0 99.0

Total 79 99.0

Não respondeu 1

Inclusão do tema drogas nas disciplinas

Sim 32 40.0 40.0

Não 24 30.0 70.0

Não lembro 24 30.0 100

Total 100

Drogas Freqüência % Porcentagemacumulada

Álcool (em nível de embriaguez)

Sim 12 15.0 15.0

Não 68 85.0 100

Maconha

Sim 4 5.0 5.0

Não 76 95.0 100

Tranqüilizantes

Sim 5 6.3 6.3

Não 75 93.7 100

Cocaína, heroína, LSD

Sim 1 1.3 1.3

Não 79 98.7 100

Inalantes

Sim 1 1.3 1.3

Não 79 98.7 100

Condição de uso Freqüência % Porcentagemacumulada

Não-fumante (ou apenas

experimentou) 49 61.3 61.3

Ex-fumante (não fumou no

último ano) 6 7.5 68.8

Fumante ocasional (fuma menos de 7 cigarros na

semana) 16 20.0 88.8

Fuma diariamente (fuma mais de 7 cigarros na semana)

9 11.3 100.0

(5)

A respeito da conduta de não fum ar, um terço dos estudantes respondeu que foi por opção pessoal, enquant o a condut a de fum ar foi devida à influência dos am igos.

Os benefícios que a m aioria percebe sobre o u so das dr ogas são: o r elax am en t o, o pr azer e a a ce i t a çã o so ci a l p o r se u s p a r e s. As b a r r e i r a s consideradas são a habit uação e seus efeit os.

Observou- se um a correlação negat iva ent re a condição de fum ant e e as variáveis: idade para o inicio do habit o de fum ar, núm er o de anos com o hábit o, núm er o de cigar r os na sem ana, apoio par a deixar de fum ar, apoio para deixar de beber e fatores de risco.

DI SCUSÃO

Alguns dos est udant es que iniciar am o uso de cigarros com pouca idade têm m antido seu uso ao longo da vida, e, inclusive, iniciaram o uso de outras drogas. Dest aca- se o aum ent o no consum o ent re 15 e 18 anos, sendo os dois últ im os anos coincident es com o período de ingresso na universidade. Um grupo de pesquisadores observou que os estudantes iniciam o u so d e t a b a co d u r a n t e o p r i m e i r o a n o n a univ er sidade, e aqueles que fum av am aum ent ar am

sua freqüência de uso ( 13).

Mais de um terço dos estudantes declararam n ã o co n su m i r n e n h u m a d r o g a , o u a p e n a s exper im ent ar am ; por ém , um t er ço deles é usuár io, si t u a çã o q u e d e v e n o s co l o ca r e m a l e r t a , especialm ent e por obser v ar que eles iniciam o uso de out r as dr ogas enquant o pr ogr idem nos anos de e st u d o( 1 6 ). Os a l u n o s q u e n ã o u sa m d r o g a s responderam que foi por opção pessoal, condut a que p od e ser con sid er ad a u m a m ot iv ação in t r ín seca, quando com param os estes resultados com os achados

de out ras pesquisas( 17).

Os estudantes universitários da área da saúde percebem benefícios para o uso de tabaco, entre eles: relaxam ento, prazer e aceitação social de seus pares, resultados sim ilares aos encontrados entre estudantes

de um a faculdade de saúde na Colôm bia( 18). Alguns

pesquisador es consider am que os at uais est ilos de v ida lev am a condut as de “ felicidade consum ist a”, felicidade em busca de desfrut e individual, o que os

l e v a a “ co n su m i r n ã o a p e n a s su b st â n ci a s, m a s t am bém a pr ópr ia v ida”( 1 9 ). As bar r eir as qu e eles ident ificaram são: a habit uação e seus efeit os.

A m a i o r i a d o s e st u d a n t e s co n si d e r a m o tabagism o com o problem a de saúde, m as o que cham a at en ção é q u e sej am u su ár ios, in d iv íd u os q u e se encont ram em form ação para serem profissionais da saúde, além de ev idenciar que um a par cela m enor n ã o o co n si d e r a co m o u m p r o b l e m a d e sa ú d e , r esult ados que coincidem com pesquisas r ealizadas com est udant es e profissionais da saúde. Est es não percebiam o uso de subst âncias com o riscos para si

m esm os, m as sim par a as out r as pessoas( 16,20). Os

p r of ission ais e est u d an t es d a ár ea d a saú d e n ão podem auto enganar- se, pensando que as drogas são danosas para os out ros e não para eles. Mas com o podem os m ost rar a eles que est ão errados?

Os p r of ission ais d ed icad os ao cu id ad o d a saúde devem ter acesso a um contexto favorável para deixar o fum o, que não gere sent im ent o de culpa e censura na pessoa. As intervenções em saúde pública dev em est ar cent r adas nos m odelos de igualdade, da im agem e das v ant agens de um est ilo de v ida sem drogas, m ais do que nas próprias conseqüências para a saúde em longo prazo.

As pessoas são livres de fazer escolhas sobre a sua própria vida, m as essa liberdade rest ringe- se às políticas sociais ( por exem plo: fum ar em locais de sa ú d e) , e, n o ca so d a esco l h a d e u m a ca r r ei r a universit ária, são aceit as as norm as de condut a que as or ganizações pr ofissionais est abelecem , com o o cód ig o d e ét ica. Mas ser á q u e est es cód ig os, n a prát ica, guiam nosso at uar?

(6)

AGRADECI MENTOS

Ag r ad ecem os a Com issão I n t er am er ican a p a r a o Co n t r o l e d o Ab u so d e D r o g a s/ CI CAD d a Su b secr et ar ia d e Seg u r an ça Mu lt id im en sion al d a Or g a n i za çã o d o s Est a d o s Am e r i ca n o s/ OEA, a Secret aria Nacional Ant idrogas/ SENAD, aos docent es d a Esco l a d e En f er m a g em d e Ri b ei r ã o Pr et o d a Univ er sidade de São Paulo, Cent r o Colabor ador da

OMS p a r a o d e se n v o l v i m e n t o d a p e sq u i sa e m enferm agem , a população da am ost ra dos est udos e aos represent ant es dos oit o países Lat inoam ericanos que participaram do I e I I Program a de Especialização On - l i n e d e Ca p a ci t a çã o e I n v e st i g a çã o so b r e o Fen ôm en o d as Dr og as - PREI NVEST of er ecid o n o b iên io 2 0 0 5 / 2 0 0 6 p ela Escola d e En f er m ag em d e Ribeir ão Pr et o, da Un iv er sidade de São Pau lo, n a m odalidade de ensino a dist ância.

REFERÊNCI AS

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