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Description of the larva of Cosmariomyia argyrosticta Kertesz and the puparium of Dactylodeictes lopesi Lindner (Diptera, Stratiomyidae).

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(1)

e do pupário de

Dacty/odeictes /opesi

Lindner

(Diptera, Stratiomyidae)

Roberto de Xerez 1, 3

José Roberto Pujol-Luz 2 Gustavo Glória Viana 1

ABSTRACT. Description of lhe larva of Cosmariollly ia argy rosticta Kerlész and the puparium of Dactylodeicles lopesi Lindner (Diptera, Stratiomyidae). The larva of CoslIla riolll yia a rg)'rosricta Kertész, 1914 and lhe puparium of Dacrylodeicles lopesi Lindner, 1964 are described for lhe firsl time, ba ed on fo ur larvae and 10 puparia and one pupariulll respecli vely. Larvae were collected under lhe bark of fallen trees in an area near oflropical rain foresl ar Iguaba Grande (22°50' 2 1"S, 42° 13' 44"W, 18 m) and Búzios (22°44'49"S, 4 1°52 'S4"W, 3 m), Stale of Rio de Janeiro , Brazil. Some biological notes are also presenled. The larvae of CoslIla riOlllyia argy roslicta and Dacrylodeicles Lopesi are compared wilh Chalcido/1/OIphillll al/raUl Enderlein,

19 14 and Villiger schlll/sei Kertész, 1909.

KEY WORDS . Slratiomyidae, Pachygaslrinae, CoslIlariolllyia arg)'roslicla , DacryLo-deicles topesi , soldier flies

Os Stratiomyidae são braquíceros da Infra-ordem Stratiomyomorpha. A classificação mais recente do grupo foi apresentada por WOODLEY (1989) compre-endendo duas famílias : Xylomy idae e Stratiomyidae. De acordo com WOODLEY (1989,1995), os Stratiomyidae são reconhecidos pelos seguintes caracteres ( I a 4

=

Stratiomyomorpha; 5 a 8

=

autapomorfia de Stratiomyidae): (1) pupário formado do tegumen to do último estágio larval, (2) cutícul a larval impregnada de carbonato de cálcio, (3) perda do esporão das pernas anteri ores, (4) veia costal abreviada, (5) perda do esporão da tíbia média, (6) cercos da fêmea separados pelo tergito 10, (7) veias radiais agrupadas para fre nte da margem costal da asa e (8) célul a di scai reduzida em tamanho.

Segundo WOODLEY (200 I), doze subfamíli as ocorrem na região Neotropical com 987 espécies descritas: Parhadrestriinae, Chiromyzinae, Berid inae, Sarginae, Raphiocerinae, Clitellariinae, Chrysochlorininae, Hermetii nae, Stratiomyinae, An-tissinae, Nemotelinae e Pachygastrinae.

Segundo JAMES (1981), larvas de Pachygastrinae podem ser reconhecidas pela seguinte combi nação de caracteres: (1) segmento terminal do abdômen sem cerdas hidrófobas, (2) cerdas dorsai s não circundadas por pequenas cerdas, (3) lábio

1) Departamento de Biologia Animal, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Ri o de Janeiro. Rodovia BR 465, Km 07, 23890-000 Seropédica, Ri o de Janeiro, Brasil. 2) Departamento de Zoo logia, Instituto de Biologia, Universidade de Brasília. 70910-900

Brasília, Distrito Federal , Brasil. E-mail : jrpujol @unb.br 3) E-mail : rdexerez@ufrrj.br

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pouco desenvolvido ou ausente, (4) complexo mandíbul o-maxi lar do aparelho bucal em parte fortemente esclerotizado, (5) ausência de ganchos nos esternitos abdomi-nais 5-7 , (6) au ência de espinhos na abertura anal.

Das 136 espécies de Pachygastrinae ocorrentes na região neotropical (Wo -ODLEY 200 I), são conhecidas e descritas as larvas de somente 4 espécies (Eupa-chygaster alexanderi (James, 1967), Zabrachia slOichoides James, 1965, Chalc ido-l170 lphina cwrata Enderlein, 191 4 e Vittiger schnusei Kertész, 1909).

BLA CHARD (1923) publicou a desc rição da larva de E. alexanderi (JAMES 1967b) mencionando a coloração da larva (amare lada) , a forma do corpo (achatada) e a presença de vári as cerdas e informou, também, que a larva era saprófita e foi encontrada em talos putrefatos de Opuntia sulphurea G . Don, 1830 (Cactaceae). Mencionou, ainda, que seu desenvolvimento deveria ser muito lento, pois larvas coletadas em dezembro demoraram cerca de três meses para compl etar seu desen-vo lvimento.

JAMES ( 1965) descreveu a larva de Z. stoichodes. Em eu trabalho, o autor constatou que a cerdas medi anas mesotorácicas eram maiores do que as mais interna , a cerda mais ex terna do metatórax era muito peq uena e a mais intern a maior que a mediana. Ci tou a co loração do pupári o, marrom amarelada na região anterior e marrom na parte posterior dos segmentos. Apre entou um desenho mostrando os três últimos segmentos abdominais em vista dor ai e ventral.

A larva de C. aurara fo i descrita por PUJOL-Luz & XEREZ (1999) com ba e em duas larvas e quatro pupári os coletados sob casca de árvores na Ilha da Marambaia, Mangaratiba, Ri o de Janeiro, em 1998 . A larva e o pupário foram descritos com detalhes de comprimento, forma e coloração geral, quetotaxia da cabeça, tórax e abdômen, inform ando quantidade, localização e forma das cerdas, e caracteri zação da mancha ventral do sex to segmento abdominal. Foram também fornecidos detalhes sobre a biologia das larvas observadas no ca mpo e no laboratóri o.

XEREZ & PUJOL-Luz (200 1) descreveram a larva de V. schnusei com base

em duas larvas e dois pupários coletados sob casca de árvores na Ilh a da Marambaia, Mangaratiba, Rio de Janeiro, em 1998. A descrição foi feita com os mesmos detalhe que em C. aurata . Os autores apresentaram uma co mparação com a larva de C. aurata com base em características morfológ icas e de quetotaxia.

Cosmariomyia Kertész, 19 14, com três espécies, di stribui-se na região

Neotropi cal de E I Salvador até a Argentina: Cosmariol17yia albarista James, 1980 (EI Salvado r) (in: JAMES et ai. 1980); Cosl17ariol17yia argyrosticta Kertész, 19 14

(B ras il ; Argent ina ; Costa R ica e E I Salvador) e Cosmariom.yia pallidipenis (Willi

s-ton , 190 I) (Méx ico) (WOODLEY 200 I).

Dacty/odeictes Kertész, 19 14, com quatro espéc ies, tem a segui nte distri bu -ição: Dactylodeicles anwzonicus Kertész, 1914 (Brasi l); D. brevifacies James , 1974

(Peru); D. /opesi Lindner, 1964 (Méx ico, Panamá, Trinidad e Brasil) e D. medius

James, 1974 (Eq uador e Peru) (WOODLEY 200 I).

Neste trabalho descreve- e a larva de C. argyrosticta e o pupário de D. /opesi

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MATERIAL E MÉTODOS

As larvas de C. arg)'rosticta fo ram co letadas em Iguaba Grande (22°50 '2 1 "5 ,

42°13'44"W , 18 m) e as de D. lopesi em Búzios (22°44'49"5 , 4 1°52' 54"W , 3 m),

Ri o de Janeiro , Brasil, em ambos os casos sob a casca de árvores caídas em estágio inicial de decomposição. Um tOlal de 97 larvas fo i coletado (94 de C. argy rosticta

e três de D. lopesi), transportadas para o laboratóri o e acondicionadas em placas de Petri (6 cm de diâmetro), tendo cada placa no máx imo quatro larvas, com substrato onde foram coletadas (fungos, madeira em decompos ição e ex udato). Diari amente foram feita ob ervações para verifi car e houve ecd ise ou emergência e ad icionadas algumas gotas de água quando o sub trato se apresentava seco. Após a emergênc ia, transferia-se o adulto para um tubo de vidro. Vinte e quatro horas após a emergênc ia, os adultos eram fixados, utilizando-se éter sul fúrico ou cloro fórmi o; procedia-se à montagem do exem plar e os pupári os eram colocados em microtubos plásticos de 1,4 cm de comprimento, contendo álcool 70% e gli cerina (2: I) e anexado ao ai finete de montagem do ad ulto. Quando ex isti am vári as larvas da mesma coleta e havia a cons tatação da ex istência de pupas, eram fixados pelo menos dois exempl ares, mantidos em pequenos frascos etiquetados, hermeticamente fechados , contendo álcool 70%.

Todo o material coletado fo i depos itado na Co leção Entomológica Costa Lima da Universidade Federal Rural do Ri o de Jane iro.

RESULTADOS

Cosmariomyia

Kertész , 1914

CoslI/arioll/yia Kenész, 1914: 552. Espécie ti po: Coslllariomyia argyroslicta Kel1ész (des. orig.).

Cosmariomyia argyrosticta

Kertész, 1914

Figs 1-6

Distribuição. Neotropical: Argentin a (Salta, Tucum án); Brasil : Ri o de Janei-ro (nova ocorrência), São Paulo e Santa Catarina; Costa Rica; EI Salvador.

Larva. Comprimento 4,9 a 6,4 mm , achatada dorsoventralmente, margem lateral dos segmentos do corpo arqueadas. Cutícul a com a u ual aparênc ia de mosaico, algumas células formando manch as características na reg ião dorso lateral dos segmentos abdom inais. Pad rão cromático man·om-amarelado.

Cabeça. Achatada dorsoventralmente (Fig. I); comprimento da cabeça maior do que a largura (Fig. 2); compl exo mandíbulo-maxil a bem desenvolvido, escovas cilíndricas quase tão longas quanto o labro em vista dorsal; labro triangu lar. Antena curta, surgindo na parte anteri or da cabeça. Olhos proeminentes, arredondados , aparecendo na parte posterior da cabeça. Quetotax ia: do is pares de cerd a clipeo-frontais, um par de cerdas dorsolaterais inseridas acima dos olhos, um par de cerdas laterais inseridas abaixo dos ol hos, três pares de cerdas ventrol aterais e três pares de cerdas ventrais em forma de espinho (Figs I e 2).

Tórax. Primeiro segmento torác ico menor do que os outros. ESpi rácul o proe-minente com um par de cerdas dorsolaterais e um par de cerdas ventro laterais (Fi g. 1).

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1

3

6

Lj

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セセBBBBBBBGvi@

(5)

Primeiro segmento com duas fil eiras de cerda: dois pares de cerdas anterodorsais e três pares de cerdas dorsais (Fig. I ) ; dois pares de cerdas ventrai s sendo o par mais

ex terno bifurcado (Fig. 2). Segundo e terceiro segmentos com um a fil eira de cerdas com três pares de cerdas dorsais, dois pares de cerdas ventrais sendo o par mai ex terno bifurcado, um par de cerd as laterais e um par de cerdas ventrolaterais.

Abdômen. Segmentos 1-7 com a mesma form a, uma fi leira de três pares de cerdas dorsais, send o o par mais ex terno menor do que os outros e tTês pares de cerdas ventrais (Fig. 5) sendo o par mais externo maior do que os outros, quatro pares de cerdas laterais abdomin ais (um par dorsolateral, um par lateral, dois pares ventrolaterais) (Fig. 6). Mancha estern al do sex to segmento com um a característica mancha elíptica (Fig. 5). Segmento 8 com um par de cerd as dorsocentrais (Fig. 3); cinco pares de cerd as ventrais; dois pares de cerdas laterais; um par de cerdas subapicais; um par de cerdas apicais menor que as anteri ores (F igs 3 e 4).

Pupário. Com as mesmas características da larva.

Material examin ado. BRAS IL, Rio de Jan eiro: Igu aba Grande, 26.VIl.1998 e O l.VIII.1998, R. de Xerez, D.T. Cabral e D.T. de Xerez leg., 10 pupári os, 41

exempl ares (26 machos e 15 fêmeas)(emergências : 15- 17.VIlI. 1998, 19.VIIl. 1998 , 20.VIII.1 998 , 22-24. VIIl.1998, 24. VIII. 1998 , 28. VIlI. 1998, 04.IX.1998, 05-08 .IX. 1998, 08 .IX. 1998, 09.IX. 1998, 09.IX.1998, 18.IX .1998, 2 I.IX. 1998 , 28 .IX. 1998 , 30.IX. 1998, 09.X. 1998. I O.XII. 1998), e 4 larvas (últim o instar).

Dacty/odeictes

Kertész, 1914

DUCly /odeicles Ken ész , 19 14: 544. Espéc ie ti po , Dacly /odeicles amawnicus Kerrész (des. ori g.).

Dacty/odeictes /opesi

Lindner, 1964

Figs 7-12

Distribuição. Neotropical: Bras il: Rio de Janeiro (nova ocorrência) e Santa Catarina; Méx ico (Marelos, Nayarit, San Luis Potosi e Veracruz); Panamá e Trinidad,

Pupári o. Comprimento 5,1 mm , achatado dorsoventralmente, margens late-rais dos segmentos do corpo fo rtemente arqueadas. Cutícul a com a aparência usual de mosaico. Padrão cromático marrom-amarelado.

Cabeça. Não achatada dorsoventralm ente (Fig. 7); comprimento aprox ima-damente do mesmo tamanho da largura (Figs 7 e 8) ; compl exo mandíbul o-maxil ar bem desenvolvi do, labro tri angul ar. Antena pequena, surgindo na parte anteri or da cabeça. Quetotax ia: dois pares de cerdas clipeofrontais; um par de cerdas dorsola-terais inseridas ac ima dos olh os; um par de cerdas ladorsola-terais inseridas abaixo dos olhos ; três pares de cerdas ventrolaterai s e três pares de cerdas ventrais em fo rm a de espinho (Figs 7 e 8).

Tórax. Primeiro segmento menor que os outros; espirácul o com dois pares de cerdas à frente, um par dorsolateral e um par ventrolateral (Fig. 7). Primeiro segmento com duas fil eiras de cerdas : três pares de cerdas anterodorsais e dois pares de cerdas dorsais (Fig. 7); dois pares de cerdas ventrai s se ndo o par mais ex tern o

(6)

B

v

v

10

セs p@

me

v

12

(7)

bi furcado (Fig. 8). Segundo e terceiro segmentos com uma fileira de cerdas com três pares de cerdas dorsa is; dois pares de cerdas ventrais sendo o par mai s extern o bifurcado; um par de cerdas laterais e um par de cerdas venlro laterais.

Abdômen: Segmentos 1-7 com a me ma forma, com uma fil eira de três pares de cerdas dorsais sendo o par mais ex tern o menor que o par mais intern o e o medi ano, três pares de cerdas ven trais sendo o par mais externo maior do que os outros (Fi g. 11), quatro pares de cerdas laterais abdomin ais (um par dorsolateral, um par lateral, dois pares ventrolaterais) (Fi g. 12); linha ventromedi al do sexto segmento com uma característica mancha elípti ca com a região central estre itada (Fi g. I I ); segmento 8

alTedondado, com um par de cerd as dorsocentrais (Fig. 9) ; c inco pares de cerdas ventrais (Fig. 10); do is pares de cerdas laterais, sendo o segundo par vo ltado para ci ma, um par subapical e um par apical; no lado dorsal apresenta um a elevação acima das cerdas dorsocentrais (Figs 9 e 10).

M ateri al examinado. B RAS IL, Rio de Janeiro: Tamo ios, Barra de São João,

Rodov ia RJ- I06, Km 127, 25.VIl. 1998, R. de Xerez leg., 1 pupári o, 1 macho

(emergência: 14.VIJI. 1998).

DISCUSSÃO

Cosma riol1:J)'ia argy rosticta pode ser identifi cada pela seguinte com bin ação de caracteres: cabeça com o comprimento maior do que a largura, achatada dorso-ventralmente, primeiro segmento torácico com dois pares de cerd as anterodorsais, três pares de cerdas dorsais e dois pares de cerdas ventrais sendo o par mais extern o bifu rcado; segundo e terceiro segmentos torác icos com três pares de cerdas dorsais, dois pares de cerdas ventrais sendo o par mais externo bifurcado, um par de cerdas laterais e um par de cerd as ventrolaterais; abdômen com três pares de cerda dorsa is, sendo o mai s extern o maior do que os outros, três pares de cerdas ventrais sendo o mais extern o maior do que os outros; mancha esternal do sexto segmento e lípti ca.

Dacty lodeictes topesi di fere de C. argy rosticta por apresentar cabeça co m o

com-primento aprox im adamente do mesmo tamanho que a largura e não achatada dorsoventralmente; no prime iro segmento torácico apresenta três pares de cerda anterodorsais e dois pares de cerdas dorsais; mancha esternal do sex to segmento elíptica com as extremidades anterior e pos teri or afinadas; face dorsal do oitavo segmento com uma pequena e levação ac ima das cerd as dorsocentrais.

Um aspecto observado no pupári o destas duas espécies, ass im como em pupários das duas outras espécies estudadas pelos autore , foi o aparecimento de uma linha transversal entre o pri meiro e segundo segmento torácicos e de um a linha dorso-mediana a pal1ir do segundo segmento torácico atin gindo até o terce iro seg mento torác ico e às vezes até o primeiro segmento abdominal. ROZKOSNY & KOVAC ( 199 1) descreveram o pupári o de Camptopteromyiafractipennis (Pachygastrinae) e citaram

a presença de um pequeno espiráculo respiratóri o pupal em forma de bastão na laterais dos segmentos abdominais 15, próximo à cerda lateral. Os mesmos autores (Ro -ZKOSNY & KOVAC 1998a), ao descreverem o pupári o de Pachygaster piriventris,

citaram a presença dos mesmos espiráculos com a mesma forma num a posição dorsolateral entre as cerdas laterais. A inda os mesmos autores (ROZKOSNY & Kov AC 1998b) comentaram que o períod o pupal pode ser detectado por algum as

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cas, dentre as quais a presença de espiráculos respiratórios pupais inconspícuos, peq uenos e em forma de bastão, presentes na região dorsolateraJ dos segmentos abdominais 1-6 (Beridinae e Pachygastrinae) ou 2-5 (Clitellariinae). A larva de C. argyrosticfa e D. Lopesi também apresentaram estes espiráculos numa posição dorso-lateral nos segmentos abdomi nais 1-6 porém C. argyrosticta apresentou este espirácul o entre as cerdas dorsolateral e lateral formando um pequeno tri ângulo com as inserções das cerdas (Fig. 6) e D. lopesi apresentou o espiráculo formando uma linha reta com a cerdas dorsolateral e lateral (Fig. 12) Cosmariomyia entrata também apresentou este e piráculo como em

C.

argyrosticta e V. schnusei os apresentou na mesma di po ição, porém nos seg mentos abdominais 1-7.

Um outro aspec to observado em C. argyrostiela fo i o aparecimento de tes espirácul os re piratóri os pupais, pois, como havia sido coletado um grande número de larvas, foi possível fazer a observação de que, à medida que ocorria o desenvol-vimento da pupa, mais visível se tornavam estes espirácul os, acreditando des ta fo rma que o desenvolvimento destes seja gradual.

As manchas esternai s apresentam-se com a forma elíptica, porém com vari ações entre as quatro espécies até agora estudadas. Cosmariomyia argyrostiera apresenta uma fo rm a elíptica sem estreitamentos em toda a sua extensão. Dacry/o-deietes /opesi apresenta esta mancha com um li geiro estreitamento na sua região central e as extremidades arredondadas. Em C. atlrata a mancha estern al é afi nada nas extremidades e em V. schnusei esta mancha é muito semelhante a D. lopesi, porém mais fina e a região central mais afinad a.

KR AFr & COOK ( 196 1), McFAD DEN ( 1967), JAM ES ( 1967a), KRI VOSHEINA ( 1977), ROZKOSNY & KOVAC (1998a), PUJOL-Luz & XEREZ ( 1999), XEREZ &

PUJOL-Luz (200 I ) citaram que normalmente as larvas de Pachygastrinae estão

associadas a árvores ou galhos de árvores caídos e em decomposição, onde são encontradas sob a casca. O grau de decomposição da árvore pode influenciar na

presença ou não das larvas. Nas coletas, quando procurava-se sob a casca de árvores recém-caíd as ou num adi antado estado de decomposição, não era encontrada nenhum a larva. Acreditou-se que este fato se relac iona com O háb ito alimentar das

larvas, que, segund o KRAFT & COOK ( 1961), McFADDEN ( 1967), TESKEY (J976), é seiva fermentada, esporos de fungos ou mi croorgani smos produtores de decom-posição, provavelmente bactérias decompositoras. As larvas de C. argyrosticla foram coletadas em troncos que apresentavam um certo grau de umidade e um a grande quantidade de fu ngos e restos de material em decomposição, o que corrobora a afirmativa dos autores suprac itados. As larvas de D. topesi foram coletadas num tronco parcialmente descascado e exposto ao sol, o que explicaria a pouca quanti-dade de larvas presentes. Em tron cos com formigas não foram coleladas larvas.

AGRADECIMENTOS. Aos meus filhos Daniel Tavares Cabral e Diogo Tavares de Xerez pela ajuda na coleta das larvas. Ao Curso de Pós-Graduação em Biologia Animal (UFRRJ) pelas facilidades oferecidas durante a realização da minha tese de Doutorado (RdX). Ao Conselho Nacional de De envolvimemo Científico e Tecnológico - CNPq pelo auxílio processo nll

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Rece bido em 13.11 1.2002: aceito em 24.VII.2002.

Imagem

Figs  1-6. Cosmariomyia  argyrosticta.  (1)  Cabeça,  primeiro  e  segundo  segmentos  toráci cos  (vista  dorsal);  (2)  cabeça , primeiro  e segundo segmentos torácicos  (vista ventral);  (3)  oitavo  segmento abdominal  (vista  dorsal);  (4)  oitavo  se
Figs  7-12.  Dacty/odeictes  /opesi, pupário.  (7)  Cabeça  e  primeiro  segmento  torácico  (vista  dorsal); (8) Cabeça e primeiro segmento torácico (vista ventral) ; (9) oitavo segmento  abdomi-nal  (vista  dorsal);  (10)  oitavo  segmento  abdomiabdomi-

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