A
NALISE DE
P
ERCEPÇÕES SOBRE
O
M
ODELO DE
A
GÊNCIA
R
EGULADORA NO
B
RASIL
2
A i po t ia das ag ias egulado as hoje o B asil fu da e tal pa a a gest o at da
macroeconomia. Então você fortalecendo a gestão financeira e administrativa dessas agências, você fortalece também a boa regulação dos serviços. E isso gera boa qualidade na execução dos serviços, um bom entendimento com os usuários, com a concessionária; em fim você tem uma visão mais clara e objetiva daquilo que você está regulando, como regular e para quem você pode regular de forma mais eficiente, que esse serviço possa atender com maior qualidade e abrangência a maior
populaç o do pais
P
ROGRAMA
I
NSTITUIÇÕES DO
S
ETOR
I
NFRAESTRUTURA
(PROIF)
3
GOVERNANÇA
REGULATÓRIA
DESENHO E
IMPLEMENTAÇÃO
POLÍTICAS
PÚBLICAS
PROIF
GOVERNANÇA E
GESTÃO DE
EMPRESAS
P
ROGRAMA
I
NSTITUIÇÕES DO
S
ETOR
I
NFRAESTRUTURA
(PROIF)
4 • PROFISSIONALIZAÇÃO DIRETORAS DASAGÊNCIAS
• TRANSPARÊNCIA EPARTICIPAÇÃO NOPROCESSO
REGULATÓRIO
• TOMADA DEDECISÕES NASAGÊNCIAS
• IMPACTO DOPROCESSO DETOMADA DEDECISÕES
GOVERNANÇA
REGULATÓRIA
DESENHO E
IMPLEMENTAÇÃO
POLÍTICAS
PÚBLICAS
PROIF
GOVERNANÇA E
GESTÃO DE
EMPRESAS
O
BJETIVOS DA
P
ESQUISA
1.
Provocar a discussão sobre os desafios do modelo de agência
reguladora no Brasil
2.
Utilizar pesquisas qualitativas com alto poder explicativo
3.
Evitar a utilização de
p oxies
como única fonte de informação
4.
Permitir às agências espaços amplos de resposta
5.
Identificar desafios e recomendações de ação
M
ETODOLOGIA
1.
E t evistas telefó i as
semi-estruturadas
2.
Seleção de agências com diferentes realidades regulatórias (nível municipal,
estadual, federal)
3.
Utilização de 5 perguntas principais:
• Quais sãos os principais desafios para uma agência reguladora no Brasil?
• Como você caracterizaria a evolução da sua agência desde sua criação?
• Que ferramentas/arranjos você gostaria de contar para uma tomada de decisões autónoma?
• É o modelo atual de agência reguladora a melhor resposta governamental para fiscalizar a prestação dos serviços de infraestrutura?
4.
Complementariedade com outras fontes de informação (elaboradas pelo
CERI)
P
RINCIPAIS
M
ENSAGENS
• A evolução e fortalecimento institucional das agências é coincidente com a evolução do setor. Maiores desafios regulatórios para as agências tem gerado oportunidades para desenvolver mais conhecimento e habilidades para resolver problemas
• As agências estaduais estão atravessando pelas mesmas dificuldades de configuração institucional que tiveram as agências federais no seu inicio
• Tendências interessantes de desenho institucional no âmbito municipal, em particular das agências constituídas como consórcios públicos regionais de regulação
• A autonomia decisória (politica) parecesse ser um aspecto principalmente
vigente nas agências federais. A interferência politica é menos significativa nas agências dos níveis estadual e municipal
• Não se faz analise de melhores práticas, se olha principalmente às agencias federais.
P
ERGUNTA
1. D
ESAFIOS
: A
UTONOMIA
A
UTONOMIAF
INANCEIRA EA
DMINISTRATIVA COMOP
RINCIPALD
ESAFIO PARA ASA
GÊNCIAS• A maioria dos respondentes
identificaram a falta de autonomia
financeira como o principal gargalo para uma boa (melhor) gestão
• A transferência dos fundos do governo para a agência apareceu como o
principal problema para uma gestão autónoma
• A falta de uma estrutura de cargos própria também foi identificada como um problema para uma gestão
autónoma
CITAS RELEVANTES DAS ENTREVISTAS
ITAS RELEVANTES DAS ENTREVI
Apesa de na lei estar escrito que não pode contingenciar, o governo, quando cai no Tesouro lá, ele não passa integralmente. Ele diz que tem lá o dinheiro,
mas o financeiro ele não repassa. Então de certa maneira há o contingenciamento desse di hei o
Os se vido es públicos concursados seguem a regra do governo do estado. Não é um concursado da própria
agencia
As vezes ele o ti ge ia 30%, as vezes 60%, ou seja,
ele põe a gente no bolo dos outros, e aí os nossos projetos tem que ficar na dinâmica de pula pra ca, pula
A
UTONOMIA
: E
VIDÊNCIAS
E
MPIRICAS
R
ESULTADOS
: N
ÍVEIS
E
DUCATIVOS
Í
NDICE
A
GREGADO PRÉ
-
CONDIÇÕES PARA UMA
BOA GOVERNANÇA NAS DIRETORIAS
14
P
ERGUNTA
1. D
ESAFIOS
: A
UTONOMIA
CITAS RELEVANTES DAS ENTREVISTAS
A auto o ia u desafio as o
um desafio tanto primário. A gente conseguiu com o tempo essa autonomia.
No momento, nosso principal desafio é buscar esse equilíbrio e manter a
suste taç o dos odelos de o ess es
A iaç o do Co selho Estadual de
Regulação tem ajudado na toma de
decisões autónomas
E
M OUTRAS AGÊNCIAS,
CONTINUA SENDO UM DESAFIO MAS SEM A RELEVÂNCIA QUE TINHA NO INICIO DE PROCESSO REGULATÓRIO. O
S DESAFIOS DE CONTEÚDOREGULATÓRIO APARECEM COMO MAIS RELEVANTES PARA ALGUMAS AGÊNCIAS
• A melhoria da regulação económica aparece como o principal desafio
naquelas agências do setor transporte, responsáveis pela implementação e fiscalização das concessões rodoviárias
A
UTONOMIA
• O aio desafio o segui u a efetiva auto o ia p i ipal e te o ça e ta ia
• Que e os se e o he idos o o se do u a i stituição do Estado, e ão do Gove o de tu o
• Al da pa te de auto o ia fi a ei a, ta essa pa te de auto o ia da gestão
administrativa. Esse é um grande desafio nas agências multi-seto iais
• Qua do ão há o u sos pú li os, se a e a gos o issio ados e uitas vezes eles
não são ocupados por pessoas específicas da regulação e fiscalização de serviços públicos
o edidos
• A iação do Co selho Estadual de Regulação te ajudado a to a de de isões autó o as isso uito i te essa te
• Co o passa do te po, fo a i se idos out os e os o Co selho de Regulação
como o Procon, a Federação da Industria e do Comercio, o próprio Ipen . Nós esta os agregando cada vez mais membros nesse Conselho para discutir de forma mais ampla e embasar cada vez mais não só as reuniões do Conselho mas também as audiências
A
UTONOMIA
• Não existe u e a is o fo al de o u i ação e t e as auto idades
setoriais e a agência e esse é um dos maiores problemas enfrentados pela
ag ia a us a pela sua auto o ia
• Pa a ape feiçoa o AIR e essá io u a políti a de o ito a e to ex-post
das ações egulató ias
• O fo ato de o so io pú li o ga a tia de auto o ia. Da fo a o o foi
formatada a agência, nos temos toda a liberdade de trabalho e de autonomia
fi a ei a
• O o po politi o ai da ão e te deu ue os vi os pa a faze e uilí io e t e o pode pú li o, o p estado do se viço, e os usuá ios
• A ossa auta uia te ue se u a auta uia de Estado, ão de gove o
• Se eu p e isa de R$ 10, eu preciso pedir liberação para o Secretário de
Pla eja e to do Estado
A
UTONOMIA
•
A o eação dos Di eto es das ag
ias deve ia segui
dete i ados p i ípios ou dete i ados pe fis
•
A p i ei a tu a o u sada e t ou e 00 , de lá pa a a a
não houve nenhum concurso adicional. Nesse período o pessoal
ue e t ou o o u so, uita ge te já saiu
P
ERGUNTA
1. D
ESAFIOS
: A
RTICULADORAS DOS
I
NTERESSES DOS ATORES EM
J
OGO
CITAS RELEVANTES DAS ENTREVISTAS
P i ipal desafio e esta se p e auxilia do as políti as pú li as de t a spo te .
Esse u desafio uito g a de, fi a
próximo do poder concedente apoiando ele
esse p o esso
Bus a dialogo, u e uilí io e t e esses
três atores, esse três papeis (o poder concedente, a concessionária, e os
usu ios)
19
A
SA
GÊNCIAS EXPRESSARAM A RELEVÂNCIA DE DESEMPENHAR O PAPEL DE PROMOTOR DO DIÁLOGO E ARTICULADOR DOS INTERESSES DOS ATORES EM JOGO• Durante as entrevistas percebeu-se de várias agências as existência de um
ativis o egulató io po pa te de
vários dirigentes
• O ativis o egulató io faz dos
P
ERGUNTA
1. D
ESAFIOS
: A
RTICULADORAS DOS
I
NTERESSES DOS ATORES EM
J
OGO
CITAS RELEVANTES DAS ENTREVISTAS
Se do u a ag ia i te u i ipal, osso aio desafio é ter diferentes portes de municípios (municípios de 3 mil até 3 milhões de habitantes) e conseguir encontrar formas aplicáveis nesses diversos tipos de u í ipios o dive sos tipos de p estado es
Nos construímos de baixo para cima com a participação do maior numero de representantes dos
u i ípios pa a ue elas seja exe uíveis
As ag ias u i ipais te os elho es o diç es de compreender pequenos problemas de pequenas
egi es espe ífi as
A A
RTICULAÇÃO DE INTERESSES É PARTICULARMENTE IMPORTANTE NO NÍVEL MUNICIPAL ONDE AS AGÊNCIAS DESEMPENHAM UM PAPEL DE HARMONIZAÇÃONORMATIVA E DE POLÍTICAS SETORIAIS
• As agências municipais (particularmente as intermunicipais) vem seu papel como muito relevante pela cercania com os problemas locais
• Destacam vários benefícios da regulação municipal por encima da estadual
P
ERGUNTA
1. D
ESAFIOS
:
MAIOR CONHECIMENTO
DA POPULAÇÃO
Gosta ía os de o ta o u o he i e to
maior da população com qual é o papel correto da
ag ia
O aio desafio a au e ta a edi ilidade de
atuação da agência. Essa credibilidade acontece, em parte, por conta da falta de comprometimento
das ag ias fede ais
Devería-se aprimorar o conhecimento sobre o que
a egulaç o dos u i ípios
21
CITAS RELEVANTES DAS ENTREVISTAS
A
S AGÊNCIAS(
DE TODOS OS NÍVEIS)
MANIFESTARAM O BAIXO CONHECIMENTO DA CIDADANIA PELO SEU PAPEL COMO DEFENSOR DA QUALIDADE DO SERVIÇO E DOSINTERESSES DOS USUÁRIOS
• Nas entrevistas surgiu esse desafio em várias oportunidades, não ficando claro se se trata de uma desafio conceitual (a cidadania não entende) ou prático (não conseguimos resolver os problemas dos usuários)
• A maioria das agências entrevistadas não medem o seu desempenho com a
CITAS RELEVANTES DAS ENTREVISTAS
Tive os u a evoluç o le ta as positiva
Ao lo go desses a os a ag ia ve evolui do esse se tido, e ve es e do os seus atos egulat ios, as suas po ta ias, quanto as gratuidades no transporte municipal, quanto à parte de saneamento, de conexos de saneamento, quanto às conexões de
t ata e to de agua e esgoto, e fi , ve es e do uito essa pa te ope a io al t i a Eu si to ue s esta os a da do , as e algu s o e tos pati a do
Nosso uad o hoje u uad o de ex el ia. No o eço a elaç o o o e ado egulado e a u a elaç o uito difí il, a
agência tinha que se impor no grito, no começo a gente estava em desigualdade técnica com relação as concessionárias. A situação hoje está bem equiparada. A gente sabe o que esta fazendo, nossos ganhos foram enormes. Hoje as empresas de transporte nos
respeitam, temem as ações da agência e tentam andar conforme as regras ditadas aqui por nós
Nossa p i ipal luta sai de u a e io de i elev ia pa a u e io de elev ia
P
ERGUNTA
2. E
VOLUÇÃO DAS
A
GÊNCIAS DESDE
S
UA
C
RIAÇÃO
CITAS DAS ENTREVISTAS
Gosta ia de te a li e dade de te u a o ta, de hega l , paga , e e e . N s o te os essa i depe d ia
Gosta ia de te u a lei p p ia pa a o t ataç o e gest o dos e u sos hu a os
E t o hoje o ue a ge te te o o g a de fe a e ta est utu a u uad o i te o, u uad o p p io ue vai fo tale e ada vez ais essa posiç o aut o a da ag ia
A ge te te apostado uito fo te a uest o da te ologia. Nos últi os a os foi uito fo te o p o esso de
melhorar o processo de fiscalização, de atuação da agência, para que a agência possa estar cada vez mais presente
de t o das e tidades eguladas
I po t ia da gest o fi a ei a dos seus e u sos. Eu a ho ue u di logo f a o o a p p ia asse leia
legislativa, na restruturação dos mandatos dos presidentes, na parte da autonomia da gestão financeira, mostrando os números e abrindo, podendo ter uma alteração na lei de criação de cada agência, capacitando
legal e te pa a essa auto o ia fi a ei a ad i ist ativa delas
P
ERGUNTA
3. F
ERRAMENTAS
N
ECESSÁRIAS PARA
UMA
G
ESTÃO
A
UTÓNOMA
F
ERRAMENTAS
N
ECESSÁRIAS PARA UMA
G
ESTÃO
A
UTÓNOMA
•
Ge a u a siste áti a de votos a Di eto ia
•
A A alise de I pa to Regulató io AIR o i st u e to ais pode oso ue
se tem para apoiar a diretoria nesse processo de tomada de decisões.
Quanto mais bem feita for uma analise de impacto regulatório mais difícil é a
Di eto ia segui pa a u a de isão ais políti a e e os t
i a
•
A ossa fo te de e eita p ove da taxa de outo ga do seto sa ea e to.
Nos estamos tentando colocar também a taxa de outorga para o setor de
t a spo te
•
Desafio de a ele ação de p o essos. Muitas vezes as ag
ias ai da
dependem de informação das concessionárias, daquelas empresas que você
regula. E deveria ser o contrário. Deveriam haver instrumentos de
i fo áti a, e e uipa e tos ue te desse espostas ais ápidas
A
GÊNCIA
R
EGULADORA COMO A
M
ELHOR
R
ESPOSTA
G
OVERNAMENTAL
• A ga a tia de o ti uidade a aio va tage do odelo de ag ia
reguladora. Nós já tivemos aqui a criação de secretarias, departamentos,
institutos, mas a cada mudança politica tem uma mudança radical. E o modelo
de ag ia ão
• Si . Co o os so os uito e e tes, e tão o p i ei o se ti e to ue a ge te
teve quando assumiu a agência reguladora foi saber a quem vocês estão
vinculados. Ai de repente você está vinculado a uma secretaria de governo de saneamento e energia, justamente alquilo que nos regulamos. Com o tempo a gente saiu sair dessas esferas mais técnicas e hoje estamos em uma secretaria de
gove o ue ão te e hu a e p esa de i f aest utu a vi ulada
• É o odelo e to, só ue p e isa de ape feiçoa e tos, p e isa de u a ate ção
maior nos seus quadros. Elaborar a cada ano os relatórios anuais de todos os serviços, da evolução da agência reguladora, abrir o portal de transparência, todos os recursos operacionais. Eu acho que isso tudo é uma crescente evolução
pa a esse odelo hoje ue está posto se ualifi a ada vez ais
•
E te do ue o odelo p ete dido , o ealizado ão
•
U a despesa de ag
ias o so io o fo ato ue ós
temos, ou seja englobando vários municípios, é mais atrativa e
pode ter muita mais eficácia e eficiência porque as decisões
chegam mais rápido e se tem um maior conhecimento da
egião
26
A
GÊNCIA
R
EGULADORA COMO A
M
ELHOR
O
UTROS
C
OMENTÁRIOS
A ge te ão esta edi do ada ai da. A ge te está ago a te ta do faze u a pes uisa pa a ve se tudo ue ós fala os, a uilo ue eal e te p ese va, o ue o ti ua
A li guage o a so iedade u a li guage ais dife e iada, po ue a so iedade últipla. Te
gente que é engenheiro, tem gente que não sabe nem escrevem, tem gente que fala alto, baixo. Essa
li guage os esta os apa ha do. Essa daí ós te os ue eal e te des o i isso aí A ge te ão te assi u a ag ia espe ifi a ue ós os i spi a os
Os desafios das ag ias estaduais são aio es ue dos das ag ias fede ais. Existe a difi uldade do
município de entender o papel real da regulação. Se você quer penalizar por conta de uma não
conformidade e o pedido não é atendido pelo prestador do serviço e você não consegue penalizar em função de existir uma lei municipal que permita que nós façamos, fica complicado por ser uma agência
estadual ue te uase 00 u i ípios
P o le a de ju isdição de ivado das egiões et opolita as
P i ipal desafio ue as ag ias o seguisse te fi al e te editada ou auto izada, sa io ada, a lei
geral das agencias reguladoras. Eu acho de suma importância um instrumento de fato uniformize a questão
egulató ia o pais