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Avaliação da expressão da enzima óxido nítrico-sintase induzível (iNOS) em gengivites...

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(1)

SINTASE INDUZÍVEL (iNOS) EM GENGIVITES ASSOCIADAS À

SINTASE INDUZÍVEL (iNOS) EM GENGIVITES ASSOCIADAS À

PLACA DENTOBACTERIANA E PERIODONTITES CRÔNICAS

PLACA DENTOBACTERIANA E PERIODONTITES CRÔNICAS

LOCALIZADAS

LOCALIZADAS

ALINE CARVALHO BATISTA

ALINE CARVALHO BATISTA

Disser tação apr esentada à Faculdade de Odontologia de Baur u, Univer sidade de São Paulo, como par te dos r equisitos par a obtenção do título de Mestr e em Odontologia, ár ea de Patologia Bucal.

(Edição Revisada)

BAURU BAURU

(2)

LOCALIZADAS

LOCALIZADAS

ALINE CARVALHO BATISTA

ALINE CARVALHO BATISTA

Disser tação apr esentada à Faculdade de Odontologia de Baur u, Univer sidade de São Paulo, como par te dos r equisitos par a obtenção do título de Mestr e em Odontologia, ár ea de Patologia Bucal.

(Edição Revisada)

Or ientador a:

Pr ofa. Dr a. Vanessa Soar es Lar a

BAURU BAURU

(3)

Batista, Aline Carvalho

Batista, Aline Carvalho

Avaliação da expr essão da enzima óxido nítr ico-sintase induzível (iNOS) em gengivites associadas à placa bacter iana e per iodontites cr ônicas localizadas / Aline Car valho Batista - - Baur u, 2001.

90p. : il.; 30cm.

Disser tação (Mestr ado) - - Faculdade de Odontologia de Baur u. USP.

Or ientador a: Pr ofa. Dr a. Vanessa Soar es Lar a B321a

Aut or izo, exclusivamente par a fins acadêmicos e científicos, a r epr odução total ou par cial desta tese, por pr ocessos fotocopiador es e outr os meios eletr ônicos.

Baur u, 26 de novembr o de 2001

(4)

Nascimento 12 de setembr o de 1975

1994 - 1997 Cur so de Gr aduação em Odontologia pela Univer sidade do

Sagr ado Cor ação de Baur u – S.P.

1998 - 1999 Cur so de Extensão Univer sitár ia em Cir ur gia e

Tr aumatologia Bucomaxilofacial na Univer sidade do

Sagr ado Cor ação de Baur u – S.P.

2000 - 2001 Mestr ado em Odontologia, Ár ea de Patologia Bucal, na

Faculdade de Odontologia de Baur u – USP.

Associações SOBE – Sociedade Br asileir a de Estomatologia.

(5)

A Deus, pela vida e por colocar no meu caminho pessoas sábias, capacitadas,

inteligentes que muito me ensinaram e prepararam, e foram ao mesmo tempo companheiras,

(6)

de um adulto e não com a tristeza de uma criança. A prende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida,

mas quem você tem na vida. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Descobre que se leva muito tempo para tornar-se a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. A prende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo. A prende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

A prende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajuda a levantar-se. A prende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que

(7)

V ivemos derrotas, esforços, lutas, desafios, vitórias, méritos e medos que são superados

ou comemorados com as pessoas que estão ao nosso lado.

Gostaria de dividir o que conquistei com pessoas muito especiais que confiaram,

investiram e acreditaram em mim. Deram-me esperança e asas para voar. E assim agradecer

imensamente todos que tive o privilégio de conviver estes anos...

À minha orientadora Professora Doutora V anessa Soares L ara,

Responsável pelo meu crescimento profissional e pelas minhas conquistas. Agradeço a

confiança, o apoio, o incentivo, as oportunidades proporcionadas e a amizade. Nesta convivência

muitas sementes foram espalhadas e muitos frutos ainda serão colhidos. Obrigada por tudo.

Ao Professor Doutor Hugo Nary Filho, exemplo de luta e generosidade, pelo

constante incentivo, apoio e amizade. Obrigado por ter acreditado em mim.

Aos professores da Disciplina de Patologia de Faculdade de Odontologia de Bauru,

Universidade de São Paulo:

Professor Doutor Alberto Consolaro, exemplo de dedicação ao ensino e pesquisa, por

tudo aquilo que tem me ensinado, pela confiança e pelas oportunidades que me proporcionou.

Professor Doutor L uís Antônio de Assis Taveira e Professora Doutora Denise

Tostes de Oliveira pelo estímulo, incentivo e alegre convivência.

Aos funcionários da Disciplina de Patologia de Faculdade de Odontologia de Bauru,

Universidade de São Paulo:

(8)

Aos colegas da Pós-graduação em Patologia Bucal Tânia, Simone, Sandra, Braz,

Daniel, Jussara, Telma, L aurindo e Tarcília,

À Simone, pelo carinho e companheirismo,

À Tânia, exemplo de bondade e luta, pelos ensinamentos de vida e pela ajuda e apoio

“nunca” negados,

À Tarcília, pela amizade, apoio, sugestões e contribuições no decorrer do referido

trabalho. Obrigado pelo desprendimento para a realização deste trabalho e pelos valiosos

ensinamentos,

Às coleguinhas Camila e Carol, obrigada por tudo!!!

Aos novos colegas Rosário, Álica, L ídia, Rosa e V aldomiro, que tornaram o

Departamento mais alegre....

Aos verdadeiros amigos, vocês estarão sempre no meu coração. Haverá sempre uma

doce lembrança das dificuldades, lutas, bons e alegres momentos que passamos juntos.

Aos meus irmãos Micheline, Caroline e L uiz Antônio, pela eterna torcida...

Ao meu avô L orico (in memorian), aos meus tios e tias e a minha avó Dica que

mesmo distantes estão sempre vibrando com minhas vitórias...

Ao Otávio Teodoro Martins (in memorian), pelos momentos alegres...

À Dona E dilza por sua luz, pelas orações e constante apoio...

Aos meus grandes amigos Danielinha, Juliane, Alessandra, Daniela Gouveia,

Tatiana, Raquel, L iziane, Carla, E tyenne, Mariana, Izabel Cristina, Ruth, Ana Carla,

Cláudia, Jaqueline e Serginho, irmãos que a vida me deu, e por isso tão valiosos...

(9)

USP, aos professores e aos pós graduandos Fábio L uís, Flávio Seabra, Marinelle, Renata

Freitas, Pedro, Daniel, E lonice e L uciana Gentile pela contribuição. Muito obrigado!!!

Ao Professor Doutor José Roberto Pereira L auris do Departamento de

Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru,

Universidade de São Paulo, pelo valioso auxílio nas análises estatísticas deste trabalho...

À funcionária Ivânia, do Departamento de Periodontia da Faculdade de Odontologia

de Bauru, Universidade de São Paulo, pelo empenho e colaboração.

Ao funcionário André, da Disciplina de Microbiologia da Faculdade de Odontologia

de Bauru, Universidade de São Paulo, sempre pronto a ajudar,

Ao Departamento de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru,

Universidade de São Paulo, aos professores e funcionários, pelos inúmeros auxílios prestados,

Aos funcionários da biblioteca Cybele, Rita, Cézar e demais funcionários, pela

paciência e dedicação,

(10)

LISTA DE ABREVIATURAS --- xi

RESUMO --- xiv

1 INTRODUÇÃO --- 1

2 REVISÃO DE LITERATURA --- 6

3 PROPOSIÇÃO --- 22

4 MATERIAL E MÉTODOS --- 24

4.1 Seleção e car acter ização da amostr agem --- 25

4.2 Técnica Imuno-histoquímica --- 28

4.3 Análise Subjetiva --- 31

4.4 Análises Quantitativas --- 31

4.4.1 Contagem de Células por mm2 --- 31

4.4.2 Fr eqüência Relativa (Por centagem) --- 32

4.5 Análise Estatística --- 33

5 RESULTADOS --- 34

5.1 Análise Subjetiva --- 35

5.2 Análises Quantitativas --- 53

5.2.1 Contagem de Células por mm2 --- 53

5.2.2 Fr eqüência Relativa (Por centagem) --- 56

6 DISCUSSÃO --- 62

6.1 Do Título do Tr abalho --- 63

(11)

ABSTRACT --- 93

APÊNDICE

(12)

µµm m Micr ometer Micr ometr o

bFGB ou FGF

bFGB ou FGF--22 Basic fibr oblast gr owth factor

Fator de cr escimento fibr oblástico básico

BSA

BSA Bovine ser um albumine

Soro-albumina bovina

DAB

DAB Diaminobenzidine

Diaminobenzidina

HE

HE Haematoxilin eosin

Hematoxilina e eosina

IFN

IFN Int er f er on

IL

IL Inter leukin

Inter leucina

L

L--NMMANMMA NG-m onometil – L – ar ginina

LPS

LPS Lipopolysacchar ide

Lipopolissacar ídeo

MHC

MHC Major histocompatibility complex

(13)

MMP

MMP Matr ix metallopr oteinase

Matr iz metalopr oteinase

mRNA

mRNA messenger Ribonucleic Acid

Ácido r ibonucléico mensageir o

NO

NO Nitr ic oxide

Óxido nítr ico

NO

NO22-- Nitr ite

Nitr ito

NO

NO33-- Nitrate

Nitrate

NOS

NOS Nitr ic oxide sintase

Óxido nítr ico sintase

NOSc ou cNOS

NOSc ou cNOS Nitr ic oxide sintase constitutive Óxido nítr ico sintase constitut ível

NOSi ou iNOS

NOSi ou iNOS Nitr ic oxide sintase inducible Óxido nítr ico sintase induzível

PBS

PBS Phosphate buffer ed saline

ROS

ROS Reactive oxygen species

(14)

TNF

TNF Tumor necr osis f act or

(15)
(16)

Na doença per iodontal associada à placa dentobacter iana, pr odutos

bacter ianos difundem-se atr avés dos tecidos per iodontais, induzindo

mecanismos de defesa não específicos e específicos, com síntese de vár ios

mediador es pr ó-inflamatór ios, incluindo o óxido nítr ico (NO). A enzima

r esponsável pela pr odução de NO, a NO sintase (NOS), foi identificada em

vár ios tipos celular es e possui ação dir eta sobr e o metabolismo ósseo, bem

como sobr e fenômenos destr utivos teciduais e imunopatológicos. Com o

objetivo de analisar a pr esença de NO na doença per iodontal, r ealizamos um

estudo quantitativo ger al e pr opor cional com análise estatística de células

iNOS positivas em amostr as de tecidos gengivais clinicamente saudáveis,

gengivites associadas à placa dentobacter iana e per iodontites cr ônicas

localizadas, atr avés da técnica imuno -histoquímica. Significante aumento do

númer o de células iNOS positivas por mm2 foi obser vado em amostr as de

gengivites e per iodontites, compar adas ao gr upo contr ole. Em todos os

gr upos, a maior ia das células iNOS positivas er am mononuclear es

apr esentado fr aca a moder ada imunor r eatividade. Por outr o lado, as células

polimor fonuclear es iNOS positivas demonstr ar am intensa imunomar cação,

independente do estágio da doença, e apenas a por centagem de células

polimor fonuclear es iNOS positivas apr esentar am significante aumento

compar ada àquela do gr upo contr ole. Nossos r esultados indicam que, nos

tecidos per iodontais, o NO aumenta na pr esença de doença inflamatór ia.

(17)

neutr ófilos, que expr essam iNOS significativamente, pr ovavelmente

(18)

1 INTROD

(19)

1 INTRODUÇÃO

1 INTRODUÇÃO

As doenças per iodontais associadas à placa dentobacter iana são

lesões inflamatór ias cr ônicas que podem afetar apenas o tecido gengival ou

todo o tecido per iodontal de supor te, levando assim a per da do dente. O seu

agente etiológico pr im ár io é a placa dentobacter iana; vár ias espécies

bacter ianas r esidem neste biofilme micr obiano for mado na super fície

dentár ia, dentr e elas: Por phyr omonas gingivalis, Actinobacillus

actinomycetemcomitans, Bacter oides for sythus, Pr evotella inter media,

Campylo bacter r ectus, Eubacter ium nodatum, Tr eponema denticola,

Str eptococcus inter media, Pr evot ella nigr escens, Peptostr eptococcus micr os,

Fusobacter ium nucleatum e Eikenella cor r odens24. Os componentes e

pr odutos bacter ianos agr idem o tecido per iodontal adjacente, induzindo a

for mação de um infiltr ado inflamatór io intenso, com pr edominância de

polimor fonuclear es neutr ófilos (PMNs), plasmócitos, linfócitos e macr ófagos,

bem como síntese, secr eção e ativação de uma sér ie de mediador es químicos

pró-inflamatór ios como inter leucina (IL)-1, fator de necr ose tumor al (TNF)-α,

inter fer on (IFN)-γ, fator de cr escimento fibr oblástico básico (bFGF) e óxido

nítr ico (NO)6,10,38,57.

O NO é um r adical livr e pr oduzido a par tir do aminoácido

L-ar ginina atr avés da ação de isoenzimas, globalmente denominadas NO

sintases (NOS). Tr ês difer entes isofor mas são conhecidas: NOS endotelial

(eNOS), NOS neur onal (bNOS) e NOS induzível (iNOS). A eNOS e bNOS são

(20)

um cur t o per íodo de tempo. Entr etanto, a iNOS, identificada em vár ios tipos

celular es como macr ófagos e PMNs, é expr essa em r esposta a estímulos

inflamatór ios, tais como IL-1, TNF-α, IFN-γ e lipopolissacar ídeos (LPS), sendo

pr oduzida em altas quantidades e por longo per íodo de tempo40. Quando o

NO é localmente pr oduzido em altas concentr ações, pode agir como molécula

citotóxica ou citotástica contr a células infectadas por fungos, bactér ias,

pr otozoár ios, bem como células tumor ais e células pr óximas à r egião de

pr odução de NO44,46, podendo r esultar em extensa destr uição tecidual40.

O NO possui também impor tante par ticipação na r egulação da

r esposta imune e do metabolismo ósseo, agindo dir etamente sobr e células

clásticas15,22,54,73,74. A pr esença deste gás na doença per iodontal pode r efletir a

par ticipação de um mediador adicional na r egulação da r eabsor ção óssea

r esponsável pela pr ogr essão da doença.

No micr oambiente da doença per iodontal, a pr esença de estímulos

inflamatór ios capazes de induzir a pr odução de NO por células inflamatór ias

é bem estabelecida38,74,96,97. A pr esença de altas quantidades de ar ginina e

L-citr ulina em tecido gengival inflamado in vivo57 e a expr essão de iNOS em

macr ófagos, linfócitos e PMNs em per iodontites induzidas exper imentalmente

em r at os52, bem como em fibr oblastos, células epiteliais41, macr ófagos e

células endoteliais em per iodontite humana47, r evelam a possível par ticipação

do NO na doença per iodontal.

Este gás par ece desempenhar um papel benéfico, bem como

destr utivo, na doença per io dontal. Dentr e os efeitos benéficos podemos

(21)

lado, podem ocor r er efeitos destr utivos como a ação citotóxica nos tecidos

adjacentes, incluindo osso alveolar40,51. Esta citotoxicidade mediada por NO

pode ocor r er em combinação com a sua capacidade de ativação de

metalopr oteinases liber adas por macr ófagos ativados, PMNs e fibr oblastos

r esidentes40,44,61,66,68.

Apesar de vár ios autor es r essaltar em a impor tância da

par ticipação do NO na do ença per iodontal3,38,41,47,52,57, sua função na

patogênese desta doença, se fundamental na eliminação bacter iana ou se

contr ibui par a a destr uição tecidual ou ambos, per manece desconhecida. Em

tecidos humanos, poucos autor es estudar am NO na doença per iodontal,

entr e eles MATEJKA et al.57 que descr ever am níveis significantemente

elevados de substr atos de NOS, L-ar ginina e L-citr ulina, em amostr as de

tecido gengival inflamado, compar adas com contr oles, e KENDALL et al.41,

LAPPIN et al.47 e HIROSE et al.38 que obser var am maior expr essão de iNOS em

amostr as de per iodontite em r elação à mucosa gengival clinicamente

saudável. Ainda não foi r ealizada uma análise quantitativa das difer entes

células iNOS positivas (iNOS+) nos difer entes estágios da doença per iodontal

humana, consider ando pr incipalmente a pr esença ou não de r eabsor ção

óssea associada.

Neste estudo, nosso objetivo foi identificar e quantificar a

expr essão de iNOS em amostr as de gengivites associadas à placa

dentobacter iana e per iodontites cr ônicas local izadas, atr avés da técnica

imuno-histoquímica do tipo imunoper oxidase, r elacionando esta molécula

(22)

pr ogr essão da doença per iodontal, bem como com fenômenos

(23)
(24)

2 REVISÃO DA LITERATURA

2 REVISÃO DA LITERATURA

A patogenia das doenças per iodontais envolve mecanismos

imunopatológicos e inflamatór ios contr a micr oor ganismos bucais

colonizador es da super fície da placa dentobacter iana, dentr e eles:

Por phyr omonas gingivalis, Actinobacillus actinomycetemcomitans, Pr evotella

inter media, Tr eponema denticola, Str eptococcus inter media, Pr evotella

nigr escens, Peptostr eptococcus micr os, Fusobacter ium nucleatum e Eikenella

cor r odens24. Além do fator essencial, ou seja a placa dentobacter iana, é

impor tante a par ticipação de fator es de r isco adquir idos do hospedeir o, como

os hor monais, genéticos ou o fumo, par a a instalação e pr ogr essão da

doença35. Esses fator es de r isco atuam no metabolismo dos tecidos

per iodontais, alter am a função leucocitár ia e a pr odução e atuação dos

anticor pos, deixando o per iodonto mais ou menos vulner ável à ação da placa

dentobacter iana70.

Doença per iodontal associada à placa dentobacter iana, a mais

fr eqüente causa de per da dentár ia em adultos, car acter iza-se por destr uição

do ligamento per iodontal, per da da cr ista óssea alveolar , migr ação apical do

epitélio e for mação de bolsa per iodontal50,67. Embor a a pr esença de

per iodontopatógenos seja um pr é-r equisito, a pr ogr essão da doença é

dependente do tipo de r esposta do hospedeir o contr a estes micr oor ganismos

que colonizam a super fície dentár ia31. Os pr odutos bacter ianos iniciam uma

(25)

r esponsáveis pelo r ecr utamento de células inflamatór ias, liber ação de

enzimas pr oteolíticas e ativação dos clastos6,68.

Na doença per iodontal humana, a destr uição tecidual está

r elacionada a mecanismos dependentes e independentes da inflamação,

embor a a maior ia dos micr oor ganismos ger e r eação inflamatór ia. A

colonização e pr olifer ação de micr oor ganismos no inter ior do sulco gengival

r esultam em liber ação de citocinas e outr os mediador es químicos, bem como

em destr uição tecidual devido à liber ação de pr odutos como LPS e enzimas

que atuam dir etamente sobr e popul ações celular es r esidentes e

migr antes10,97. As células-alvo destes mediador es não são apenas células

inflamatór ias como leucócitos PMNs e macr ófagos, mas também fibr oblastos,

células epiteliais juncionais e da bolsa, células endoteliais e possivelmente

osteoblastos que r evestem super fícies ósseas nas ár eas afetadas10.

A gengivite associada à placa dentobacter iana tem sido

consider ada a for ma mais comum de doença per iodontal, sendo

car acter izada por uma inflamação r estr ita ao tecido gengival que pode ter

seu contor no aumentado devido ao edema ou fibr ose, mas possui um possível

papel como pr ecur sor a da per da de inser ção conjuntiva e r eabsor ção

óssea5,55. Micr oscopicamente, a gengivite associada à placa dentobacter iana

car acter iza-se por uma lesão pr ecoce ou estabelecida, onde uma infiltr ação

inicial de neutr ófilos é sucedida por uma gr ande infiltr ação pr ogr essiva de

linfócitos67,71. Segundo PAGE; SCHROEDER71, dur ante a passagem de gengivite

(lesão estabelecida) par a per iodontite (lesão avançada) pode ser obser vado

(26)

Além da infiltr ação inflamatór ia, outr os eventos biológicos ocor r em na

gengivite tais como: início da pr olifer ação do epitélio juncional, aumento dos

vasos sangüíneos adjacentes a este epitélio e destr uição das fibr as

colágenas67, 71.

A per iodontite cr ônica, difer entemente da gengivite, car acter iza-se

por per da da inser ção conjuntiva e de osso alveolar , pela pr esença de bolsa

per iodontal instalada e inflamação gengival cr ônica24. A per iodontite cr ônica

é a mais fr eqüente for ma de per iodontite, ocor r e em qualquer idade, mas é

detectada comumente em adultos5. Pode ser classificada, de acor do com sua

extensão, em localizada, quando o númer o de r egiões envolvidas for menor

ou igual a 30%, e gener alizada, quando for maior ou igual a 30%. De acor do

com a sever idade, a per iodontite cr ônica pode ainda ser leve, quando a per da

de inser ção conjuntiva for entr e 1 e 2mm, moder ada, entr e 3 e 4mm, e

sever a, acima ou igual a 5mm24. A destr uição do tecido conjuntivo na doença

per iodontal avançada ocor r e pr incipalmente pela liber ação e secr eção de

citocinas e enzimas pr oteolíticas pelos macr ófagos, linfócitos e PMNs, dentr e

outr as células10,69,71,83.

A pr ogr essão da doença per iodontal está dir etamente r elacionada

com a per sistência da placa dentobacter iana, com o r ecr utamento de células

inflamatór ias, pr odução de citocinas, imunor r egulação, difer enciação de

clastos e conseqüente per da óssea6. ASSUMA et al.6, atr avés de um modelo de

per iodontite ex per imental em pr imatas, obser var am que inicialmente o

númer o de células inflamatór ias no tecido conjuntivo super ficial pr óximo ao

(27)

pr óximas ao tecido ósseo, o que é consistente com inflamação cr ônica

tipicamente encontr ada na gengivite. Nas avaliações seguintes, após 2, 4 e 6

semanas, houve um gr ande aumento do númer o de células inflamatór ias

tanto no tecido conjuntivo super ficial, como pr óximo ao osso e ligamento

per iodontal, além da difer enciação de clastos e per da óssea. As pr incipais

células ver ificadas no último per íodo avaliado for am PMNs, macr ófagos,

linfócitos e plasmócitos. Todavia, os tecidos acometidos pela doença

per iodontal também abr igam células r esidentes, como por exemplo os

mastócitos, que possuem um consider ável potencial destr utivo, o qual não se

limita desta maneir a às células migr antes tr adicionalmente pr esentes

dur ante a pr ogr essão desta doença10,33,92.

As células imunes e inflamatór ias pr esentes na doença per io dontal

são constantemente estimuladas por componentes micr obianos,

especialmente LPS e, fr ente a estes estímulos, sintetizam diver sas citocinas

pró-inflamatór ias e imunor r egulador as como TNF-α, IL-1 α e β, INF-γ, 2,

IL-4, IL-6, IL-10, IL-12 e IL-1313,29,30,39,56,68,96. Tais citocinas, associadas ao LPS, são

r esponsáveis pela per petuação do pr ocesso inflamatór io e iniciação,

pr ogr essão e modulação da r esposta imune pr esente na doença per iodontal

humana29.

Em níveis aumentados na doença per iodontal, as citocinas pr ó

-inflamatór ias TNF-α, IL-1α e IL-1β21,58,79 par ticipam na r egulação da imunidade

inata1, no r ecr utamento de células inflamatór ias10,20,54,63, na difer enciação e

pr olifer ação de clastos6,84, bem como atuam efetivamente na patogênese da

(28)

Além de citocinas pr ó-inflamatór ias, diver sas citocinas

imunor r egulador as como o IFN-γ, a IL-2, IL-4, IL-10 e IL-13 são sintetizadas,

dur ante a doença per iodontal cr ônica, por linfócitos T, células Natur al Killer

(NK) e macr ófagos; tais citocinas modulam a r esposta imune e contr ibuem

par a a pr ogr essão da per iodontite96.

É bem estabelecido que células T helper tipo 1 (Th1) sintetizam IL-2

e IFN-γ que agem na ativação de células T citotóxicas e macr ófagos que, por

sua vez, atr avés de um mecanismo de f eed-back positivo, estimulam a

pr olifer ação e difer enciação de células Th11,29. Por outr o lado, as células T

helper tipo 2 (Th2) sintetizam IL-4, IL-6, IL-10 e IL-13 que atuam na supr essão

da ativação de macr ófagos, estimulam a pr odução de imunoglobulinas por

plasmócitos (pr incipalmente IgG e IgE) e estimulam a pr olifer ação de células

Th21,29. Na doença per iodontal humana, alguns autor es obser var am o

pr edomínio da r esposta imune Th2 sobr e a r esposta Th129,30,75,98,99, com baixos

níveis de IL-2 e IFN-γ29, e maior expr essão de IL-499, IL-6, IL-10 e IL-1330,38,98,99,

bem como altos níveis de IgG em sítios de per iodontite ativa64,75.

Evidenciou-se, ainda, maior pr opor ção de linfócitos B e plasmócitos em r elação aos

linfócitos T30,65,80,81,99, pr edomínio de linfócitos T helper (CD4+) sobr e os

linfócitos T citotóxicos (CD8+)30,99 e deficiência no r ecr utamento e ativação de

macr óf agos16. Em conjunto, estes dados suger em a ativação e par ticipação

da r esposta imune via célu las Th2 no desenvolvimento e pr ogr essão da

doença per iodontal humana30,80,81,99.

Em contr aste, elevada expr essão de r esposta Th1 com impor tante

(29)

quando compar adas com amostr as contr oles de tecido gengival clinicamente

saudável65. Possivelmente, a expr essão de deter minadas citocinas, como o

IFN-γ, var ia nos difer entes estágios e for mas de per iodontite, podendo

r esultar em alter nâncias entr e r esposta imune Th1 e Th2 dur ante a

pr ogr essão desta doença. Embor a extensivamente estudados, os fenômenos

imunor r egulatór ios envolvidos na patogênese da doença per iodontal ainda

não estão completamente elucidados, per manecendo inúmer as diver gências.

No micr oambiente da doença per iodontal, além da pr esença de

diver sas citocinas, tem sido obser vada a pr odução de NO, o qual age

dir etamente na manutenção e pr ogr essão da inflamação, bem como na

destr uição tecidual. As citocinas inflamatór ias, como IL -1α e β, TNF-α, IL-6 e

INF-γ, são potentes estimulador es da pr odução de NO que, por sua vez, atua

sobr e o metabolismo de diver sas células15,53,74,89. A ação sinér gica de citocinas

inflamatór ias com LPS é muito mais potente quanto à estimulação da

pr odução de NO, do que citocinas e LPS atuando isoladamente53,74,86.

O LPS de impor tantes per iodontopatógenos como de

Por phyr omonas gingivalis, de Actinobacillus actinomycetemcomitans e de

Tr eponema denticola são capazes de estimular macr ófagos mur inos a

pr oduzir NO in vitr o12,26,77,83, aumentando a pr odução deste gás em 20 a 30

vezes, compar ativamente ao contr ole26. Adicionalmente, a capacidade dos

PMNs humanos de expr essar iNOS, bem como de sintetizar e secr etar NO, foi

evidenciada in vivo e in vitr o a par tir de amostr as de lesões per iapicais

inflamatór ias cr ônicas e de exsudatos inflamatór ios coletados de sítios com

(30)

Por muitos anos, o NO foi consider ado apenas um poluente

ambiental; as pr imeir as evidências da síntese deste gás em mamífer os for am

em 1978 e 1981 por TANNENBAUM et al .87 e GREEN et al.32, r espectivamente.

Estes autor es obser var am que a quantidade de nitr ato e nitr ito, pr esente na

ur ina e outr as secr eções de pacientes saudáveis, foi quatr o vezes maior que

a quantidade inger ida destas moléculas e, assim, suger ir am que nitr ito e

nitr ato er am sintetizados de for ma endógena em humanos32,87. Os achados de

TANNENBAUM87 e GREEN32 for am confir mados em 1985 por STUEHR e

MARLETTA85 que demonstr ar am pr odução, por macr ófagos de r atos, de

nitr ito e nitr ato em r esposta a LPS de Escher ichia coli.

Em seqüência, um estudo r ealizado por HIBBS et al.36, em 1987,

demonstr ou que macr ófagos mur inos ativados sintetizam L-citr ulina e nitr ito

na pr esença de L-ar ginina e, no ano seguinte, estes mesmos autor es

evidenciar am que macr ófagos mur inos ativados por LPS sintetizam NO e que

esta molécula é pr ecur sor a de moléculas estáveis como nitr ito e nitr ato37.

Simultaneamente, PALMER; FERRIGE; MONCADA72 demonstr ar am

exper imentalmente a liber ação de NO por células endoteliais e a par ticipação

desta molécula em atividades biológicas tal como o r elaxamento aór tico de

r atos7 2. O NO foi consider ado “a molécula do ano” em 1992, pela r evista

“Science”17,45 e foi definitivamente r econhecido como um impor tante mediador

biológico, par ticipando de fenômenos inflam atór ios e imunológicos62.

A molécula NO constitui um r adical livr e sintetizado na pr esença de

(31)

NOS exist em como tr ês isofor mas difer entes, denominadas NOS endotelial

(eNOS), NOS neur onal (bNOS) e NOS induzível (iNOS). A iNOS é expr essa em

r esposta aos estímulos inflamatór ios como o LPS, IL-1, TNFα, TNFβ e IFNγ,

pr incipalmente por ação sinér gica, pr oduzindo NO por longo per íodo de

tempo15,38,83.

O NO pode ser inibido por L-NG ar ginina monometil (NMMA),

L-metil ar ginina (L-NAME) e aminoguanidina e, em meio aer óbio,

espontaneamente sofr e oxidação conver tendo -se em moléculas estáveis como

o nitrato (NO3-) e nitr ito (NO 2

-). Estes metabólitos são obser vados em fluidos

biológicos como plasma, ur ina e fluido sinovial22,32,43. Por ém, o NO pode r eagir

com moléculas de oxigênio ou com outr as biomoléculas, or iginando

compostos citotóxicos como o per oxinitr ito (ONOO-), o qual tem sido

consider ado mais tóxico do que seu pr ecur sor NO40,44,66.

A síntese de NO tem sido obser vada em macr ófagos12,26,49,83, bem

como em outr as células como neutr ófilos23,66,86,93, linfócitos T helper89,

fibr oblastos41,27, células epiteliais4,78, osteoclast os25, ost eoblast os25,53,

condr ócitos11,53, células de Langer hans78, células endoteliais47,76 e,

r ecentemente, em mastócitos9,42, podendo ter vár ios efeitos dependendo do

tipo de célula que pr oduz, do sítio de liber ação e da concentr ação

pr oduzida59, 60.

Todavia, a detecção de NO por macr ófagos humanos não está

completamente estabelecida, demonstr ando discr etos níveis de NO por estas

células estimuladas com citocinas in vitro quando compar adas com

(32)

O NO é um gás capaz de per cor r er livr emente dentr o da célula,

atr avés da membr ana celular e entr e as células, estando envolvido na

comunicação intr acelular e inter celular , sendo capaz de se difundir

mantendo seu potencial de ação40,45. Ao contr ár io de outr os mensageir os

inter celular es, o NO não se liga a r eceptor es e sua meia-vida cor r esponde a

segundos, sendo que seus efeitos são tr ansitór ios e locais40. No entanto,

estudo in vitr o obser vou a pr odução de NO em cultur a de osteoblastos, bem

como de macr ófagos de r atos, estimulados por citocinas e LPS, por até 72

hor as após a estimulação26,53.

Dentr e as funções do NO, obser va-se a manutenção da homeostasia

tecidual, incluindo vasodilatação, neur otr ansmissão e inibição da agr egação

e adesão plaquetár ias40. O NO também apr esenta impor tante função na

r esposta de defesa, podendo atuar como molécula citotóxica fr ente a fungos,

bactér ias, pr otozoár ios, bem como células tumor ais e células pr óximas do

sítio de pr odução60. Esta função deve-se à sua capacidade de inibição da

atividade enzimática intr acelular , como por exemplo enzimas envolvidas com

a r espir ação mitocondr ial e síntese de DNA37,40,43,44. Tais efeitos do NO

par ecem ser devido à sua ligação com gr upamentos fer r o-sulfur das

enzimas37,44. Além disso, o NO é capaz de mediar dano no DNA e mor te

celular via apoptose, induzindo fr agmentação de DNA11.

Adicionalmente, o NO atua sobr e células ósseas possuindo

significante efeito na modulação da r eabsor ção óssea22. Em condições

patológicas, incluindo a doença per iodontal, o NO atua sobr e células das

(33)

e autócr ino na modulação do metabolismo ósseo, com efeitos bifásicos de sua

pr odução sobr e a r eabsor ção óssea22,15,74. Estudos in vitr o demonstr ar am que

IL-1, TNF-α e INF-γ são po tentes estimulador es da pr odução de NO e altas

concentr ações desta molécula inibem o metabolismo ósseo local, supr imindo

a r eabsor ção óssea; em contr aposição, NO em baixas a moder adas

concentr ações potencializa a atividade clástica e conseqüente r eabsor ção

óssea local15,22,53,74.

A ger ação de r adicais livr es der ivados do oxigênio (ROS),

par ticular mente super óxido (O2-), está associada com a for mação de novos

osteoclastos e com o aumento da r eabsor ção óssea in vitr o e in vivo28. O

super óxido em combinação com NO or iginar á um composto altamente tóxico

denominado per oxinitr ito, o qual está associado com o aumento da

r eabsor ção óssea alveolar em modelo exper imental de per iodontite em

r atos5 2.

O NO é um impor tante mediador citotóxico no micr oambiente ósseo

e, ju ntamente com citocinas e fator es de cr escimento, pode ser r esponsável

pela deficiente for mação óssea obser vada em sítios inflamatór ios cr ônicos,

visto que concentr ações elevadas de NO possuem um efeito citotóxico

significante sobr e células da linhagem osteoblást ica18

Dessa for ma, fica clar o que o NO apr esenta uma função

impor tante no metabolismo ósseo, modulando a atividade blástica e clástica

de acor do com sua concentr ação. Por outr o lado, o NO também apr esenta

impor tante papel imunor r egulador , sendo pr oduzido pelas e atuando sobr e

(34)

pr odução de NO por células T helper e sua par ticipação na modulação da

r esposta imune celular per manecem contr over tidas. Estudo in vitr o

demonst r ou pr odução de NO por células Th1, mas não por células Th2; além

disso, o NO inibiu a secr eção de IL-2 e INF-γ por células Th1 e não causou

nenhum efeito na pr odução de IL-4 por células Th28 9. De acor do com

TAYLOR-ROBINSON et al.89, o NO pr oduzido por células Th1 par ticipa de um

mecanismo de f eed-back negativo inibindo a pr odução de IL-2 e INF-γ,

pr evenindo, assim, a pr olifer ação de células Th1, de células CD8+ e de

macr ófagos; adicionalmente, as células Th2 pr olifer am na pr esença da

citocina IL-4, cuja pr odução não foi afetada por NO. De acor do com estes

achados, as células Th1 e Th2 podem ser distinguidas por difer entes padr ões

de citocinas pr oduzidas e difer ente susceptibilidade ao NO.

Em doenças inflamatór ias cr ônicas, como a inflamação asmática,

altas concentr ações de NO, mediada por iNOS, leva a uma inibição da

pr olifer ação de células Th1 com decr éscimo da pr odução de IL-2 e INF-γ,

r esultando em aumento do númer o de células Th2 com conseqüente elevação

da pr odução de IL-4, IL-5 e IL-107. Em adição, IL-4 pr oduzida por linfócitos

Th2, dentr e outr as funções, inibe a atividade da NOS e a síntese de NO por

macr ófagos mur inos ativados por INF-γ e LPS49.

Pode-se suger ir que a supr essão de células Th1 e de suas citocinas

IL-2 e INF-γ, por NO, r esultar á em uma maior susceptibilidade à infecção por

LPS; uma vez demonstr ado que r atos deficientes de iNOS apr esentar am

intensa r esposta Th1 com maior expr essão de INF-γ e menor de IL-4, o que

(35)

f oi demonstr ada inibição, mediada por NO, da pr olifer ação de ambos os

subtipos de linfócitos T helper90, bem como da secr eção de citocinas

associadas tanto com a r esposta Th1 (IL-2 e INF-γ) como Th2 (5, 10 e

IL-4) in vitr o8.

O NO também contr ibui par a a supr essão da r esposta imune

gr aças à inibição da expr essão pelos macr ófagos de moléculas classe II do

complexo maior de histocompatibilidade (MHC), pr ejudicando a apr esentação

ant igênica82. Esta imunossupr essão tem sido obser vada em amostr as de

per iodontite avançada humana16.

O óxido nítr ico é uma molécula mensageir a multifuncional

envolvida na r egulação da r esposta inflamatór ia com efeitos sobr e o

metabolismo ósseo e sobr e as r espostas imunes adaptativa e inata40 e, assim,

é capaz de contr ibuir com a destr uição tecidual pr esente em doenças

inflamatór ias cr ônicas. Esta citotoxicidade mediada por NO poder á ocor r er

em combinação com a sua capacidade de ativar metalopr oteinases, incluindo

colagenases e gelatinases, liber adas por macr ófagos ativados, PMNs e

f ibr oblastos r esidentes40,44,61,66,68. As metalopr oteinases (MMPs) são sintetizadas

e secr etadas na for ma inativa (pr oMMPs) e poster ior mente ativadas pelas

citocinas IL-1 e TNF-α, pelas endotoxinas bacter ianas, e pelo NO e seus

r eativos nitr ito e per oxinitr ito (ONOO-)61,66.

Polimor fonuclear es neutr ófilos sintetizam uma metalopr oteinase

denominada matr iz metalopr oteinase-8 (pr oMMP-8) ou pr ocolagenase

neutr ofílica humana, a qual desempenha um impor tante papel na

(36)

sintetizam NO, a par tir da enzima iNOS, estimulados por mediador es

inflamatór ios e LPS23,66,86,93. Assim, sob condições patológicas, o NO e seus

inter mediár ios NO2- e per oxinitr ito, sintetizados por PMNs, par ticipam da

ativação da MMP-8 pr eviamente secr etada por estas pr ópr ias células na sua

for ma inativa66.

Vár ios estudos suger em que a per iodontite apr esenta um

compor tamento cíclico, car acter izado por per íodos de exar cebação dur ante o

qual obser va-se pr ogr essiva per da óssea e destr u ição tecidual, seguida por

per íodos de r emissão68,91. Per íodos de pr ogr essiva destr uição tecidual

envolvem significante atividade pr oteolítica, com síntese, secr eção e ativação

de enzimas pr oteolíticas tais como MMP-1 ou colagenase inter sticial, MMP-8

ou colagenase neutr ofílica, MMP-3 e gelatinase 68,91. O aumento da expr essão

de MMPs está associado com a pr ogr essão da doença per iodontal68,91; todavia,

as vias de ativação das MMPs ainda não for am completamente esclar ecidas.

Adicionalmente, o NO e seus r eativos nitr ito e per oxinitr ito também

podem contr ibuir com a destr uição tecidual par ticipando da supr essão da

síntese de matr iz extr acelular88, da inibição da pr olifer ação fibr oblástica e

indução de apoptose nestas células in vitro2 7.

Na doença per iodontal, LOHINAI et al.5 2, em 1998, for am os

pr imeir os a estudar NO e obser var am a pr esença de iNOS em macr ófagos,

linfócitos e PMNs em per iodontites induzidas exper imentalmente em r atos;

demonstr ar am, ainda, que r atos tr atados com inibidor seletivo de iNOS

apr esentar am menor per da óssea adjacente à doença, quando se compar ava

(37)

pr esença de altos níveis de L-ar ginina e de L-citr ulina em tecido gengival de

pacientes com moder ada per iodontite, suger indo a pr odução e par ticipação

do NO na doença per iodontal humana.

Em lesões per iodontais humanas, a pr esença de iNOS foi

pr imeir amente demonstr ada por KENDALL et al.41, em 2000, com maior

expr essividade desta enzima em fibr oblastos, células inflamatór ias e células

epiteliais basais. Neste mesmo ano, LAPPIN et al.47 obser var am o aumento da

expr essão de iNOS em amostr as de per iodontites quando compar adas ao

gr upo contr ole de tecido gengival clinicamente saudável; neste estudo, os

autor es ver ificar am que as pr i ncipais fontes de iNOS nos tecidos per iodontais

er am os macr ófagos e células endoteliais, não obser vando imunomar cação

no epitélio, em linfócitos e PMNs.

Em adição, HIROSE et al.38, em r ecente estudo, obser var am

significante aumento da expr essão de IL-6 e iNOS em amostr as obtidas de

pacientes com per iodontite.

Em r esumo, o NO atua no metabolismo ósseo, estimulando

r eabsor ção óssea de acor do com sua concentr ação15,22,53,74, estimula a

pr odução e ativação de citocinas imunor r egulador as e de células T helper ,

par ticipando na modulação da r esposta imune adaptativa8,82,89,90,94, bem como

ativa metalopr oteinases e inibe a pr olifer ação de fibr oblastos27,61,66. Estes

fenômenos, nos quais o NO está envolvido, são também obser vados na

doença per iodontal cr ônica avanç ada; a r eabsor ção óssea, fenômenos

imunor r egulatór ios e degr adação de matr iz de colágeno estão dir etamente

(38)

há evidências da par ticipação deste gás na destr uição tecidual incluindo

r eabsor ção óssea, e em fenômenos imunopatológicos, sua função na doença

per iodontal não está completamente esclar ecida. Desta for ma, objetivamos

pesquisar as células que pr oduzem NO, assim como compar ativamente

obser var a expr essão de iNOS em difer entes estágios da doença per iodontal,

(39)
(40)

3 PROPOSIÇÃO

3 PROPOSIÇÃO

Consider ando a pr ovável par ticipação do NO na patogênese da

doença per iodontal humana, pr opusemo-nos, por meio da utilização de

imuno-histoquímica, identificar e quantificar :

Ø A expr essão da enzima óxido nítr ico sintase induzível (iNOS), em

gengivites associadas à placa bacter iana e per iodontites cr ônicas

(41)
(42)

4 MATERIAL E MÉTODO

4 MATERIAL E MÉTODOS

S

4.1 Seleção e caracterização da amostragem

4.1 Seleção e caracterização da amostragem

Par a este estudo, for am selecionadas 13 amostr as de tecido

gengival clinicamente saudável, pr ovenientes de plastia gengival após

exodontia de pr é-molar es com indicação or todôntica e de ter ceir os molar es

incluso s; 19 de Gengivite associada à placa dentobacter iana, or iundas de

gengivoplastias, sendo uma das amostr as pr oveniente de peça cir úr gica

r etir ada devido a pr esença de tumor odontogênico (selecionando mar gens

livr es do tumor ) e 19 de Per iodontite cr ônica localizada, or iundas de

cur etagem e/ ou excisão de bolsas per iodontais. Os casos r efer em-se a

espécimes enviados ao Ser viço de Anatomia Patológica do Depar tamento de

Estomatologia, Ár ea Patologia, da Faculdade de Odontologia de Baur u, da

Univer sidade de São Paulo, nos últimos dois anos. O diagnóstico final,

r ealizado pr eviamente, foi baseado nos aspectos micr oscópicos, seguindo a

classificação de PAGE; SCHROEDER71, consider ando -se também as

infor mações clínicas r elatadas pelo pr ofissional r equisitante como

localização e pr esença ou não de per da óssea (infor mações clínicas iniciais).

Com o objetivo de melhor car acter izar e classificar a amostr a,

for am obtidas infor mações clínicas adicionais mais detalhadas como: 1)

pr esença ou não de placa dentobacter iana em asso ciação ao tecido gengival;

2) aumento do contor no, consistência e color ação gengivais; 3) pr esença ou

(43)

(caso tal infor mação não tivesse sido pr eviamente r elatada); 5) br eve histór ia

médica e, 6) númer o de r egiões afetadas pela doença per iodontal.

A pr esença de per da óssea e placa dentobacter iana associada a um

quadr o micr oscópico e, ger almente, a um laudo já emitido de Doença

per iodontal em fase avançada de Page, ou seja, a pr esença de tecido

gengival intensamente infiltr ado por plasmócitos e linfócitos focalmente

distr ibuído e separ ado por tr avas de tecido conjuntivo fibr oso, em adição a

pr esença de pr ojeções epiteliais hiper plásicas com intensa exocitose,

per mitiu-nos consider ar tr atar -se de per iodontite cr ônica. For am

selecionadas as amostr as cor r espondentes a lesões localizadas, onde

apr oximadamente 4 a 10 sítios estavam afetados pela doença (<30%). Assim,

as amostr as selecionadas for am car acter izadas como per iodontites cr ônicas

localizadas.

Os quadr os micr oscópicos compatíveis com Doença per iodontal em

fase pr ecoce e fase estabelecida de Page, ou seja, a pr esença de tecido

gengival intensamente infiltr ado por linfócitos e plasmócitos or a em focos

separ ados por tr avas de tecido conjuntivo fibr oso, or a difusamente

distr ibuído na r egião subepitelial, puder am ser associados com a infor mação

clínica obtida poster ior mente quanto à pr esença de placa e ausência de

per da óssea, caso tal infor mação não tivesse sido r elatada na ficha clínica

inicial enviada com a peça cir úr gica. Assim, esta associação per mitiu a

(44)

Rar os casos apr esentavam incompatibilidade entr e os aspectos

micr oscópicos e a infor mação clínica quanto à per da óssea; os m esmos

for am r etir ados de nossa amostr agem.

Assim, com base nas infor mações clínicas iniciais e ou adicionais e

car acter ísticas micr oscópicas, as lâminas for am divididas em tr ês difer entes

gr upos exper imentais, denominados como gr upos I (Tecido gengival

clinicamente saudável - contr ole), II (Gengivite associada à placa

dentobacter iana) e III (Per iodontite cr ônica localizada). As amostr as de cada

gr upo for am analisadas, a par tir das r espectivas fichas clínicas, quanto a

aspectos ger ais do paciente como gêner o, idade e r aça, bem como a

pr ocedência das mesmas.

As amostr as consistir am de 13 casos de tecido gengival

clinicamente saudável (Gr upo I), 19 casos de gengivite associada à placa

bacter iana (Gr upo II) e 19 casos de per iodontite cr ônica localizada; houve

m aior pr evalência do gêner o feminino nos gr upos avaliados, sendo que a

pr opor ção foi de 7:6 no gr upo I, 14:5 no gr upo II e 15:4 no gr upo III.

Quanto à idade dos pacientes no momento do tr atamento,

obser vou-se que no gr upo I a idade var iou de 15 a 72 anos de idade, no

gr upo II a var iação ficou entr e 16 e 54 anos e no gr upo III apr esentou-se

entr e 19 e 74 anos. No que diz r espeito à r aça, houve gr ande pr evalência da

r aça br anca sobr e as demais r aças em todos os gr upos avaliados. E quanto à

pr ocedência das peças cir úr gicas, apr oximadamente 41% dos espécimes

for am enviados por docentes da Disciplina de Cir ur gia e Tr aumatologia

(45)

enviados por docentes e pós-gr aduandos do Depar tamento de Per iodontia da

Faculdade de Odontologia de Baur u, da Univer sidade de São Paulo (FOB-USP),

30% for am enviados por pr ofissionais de clínicas par ticular es e o r estante foi

enviado por pr ofissionais do Hospital de Reabilitação de Anomalias

Cr âniofaciais (HRAC - USP), bem como de outr as instituições. Estas

infor mações estão r epr esentadas no Quadr o 3 (Apêndice).

4.2 Técnica imuno

4.2 Técnica imuno--histoquímica

histoquímica

A par tir dos casos selecionados, emblocados em par afina,

r ealizar am-se cor tes ser iados com apr oximadamente 3 µm de espessur a, em

m icr ótomo (Leica); em seguida, estes for am estir ados em água e montados

em lâminas silanizadas (DAKO, S3003, Glostr up-Denmar k). Os cor tes sobr e

as lâminas silanizadas for am submetidos à técnica imuno -histoquímica do

tipo Imunoper oxidase (Avidina-Biotina-Peroxidase) par a identificação da

expr essão da enzima iNOS, cujos passos for am os seguintes:

Parte I

Parte I

1- Despar afinização e hidr atação dos cor tes, obedecendo à

seqüência:

a- xilol- 5 minutos

b- álcool absoluto I- 2 minutos

c- álcool absoluto II- 2 minutos

(46)

e- álcool etílico 95%- 2 minutos

f - lavagem em tampão fosfato (PBS) (Quadr o 1 – Apêndice)- 3

vezes.

2- Incubação em solução de per óxido de hidr ogênio (MERCK) a 3%

em PBS, por 40 minutos, par a o bloqueio da per oxidase

endógena.

3- Lavagem em PBS- 3 vezes.

4- Incubação, por 20 minutos, em tampão citr ato, pH 6,0 (SIGMA,

P4809, Saint Louis - USA) aquecido pr eviamente a 95oC, com

auxílio de Steammer Cuisine 700 HL-SPEED (T-FAL), par a

exposição antigênica.

5- Resfr iamento pr ogr essivo à temper atur a ambiente por

apr oximadamente 20 minutos.

6- Lavagem em PBS- 3 vezes.

7- Incubação em sor o de leite a 3% em água destilada (leite

desnatado Molico), por 20 minutos, par a o bloqueio das ligações

pr otéicas inespecíficas.

8- Incubação com os anticor pos policlonais de coelho anti-iNOS

humano (Santa Cr uz Biotechnology, SC-651, Califór nia – USA), a

uma diluição de 1:500 em PBS adicionado a sor o de albumina

bovino (PBS-BSA) a 1%, em câmar a úmida, a uma temper atur a

de 4oC, por no mínimo 18 hor as.

(47)

1- Lavagem r igor osa em PBS- 3 vezes.

2- Incubação com os anticor pos biotinilados de cabr a (1:100 em

PBS-BSA 1%) anti -IgG de camundongo/ coelho (DAKO, K0492,

Glostr up-Denmar k), por 1 hor a, à temper atur a ambiente.

3- Lavagem em PBS- 3 vezes.

4- Incubação com complexo avidina-biotina-per oxidase (DAKO,

K0492, Glostr up -Denmar k), por 45 minutos, à temper atur a

ambiente.

5- Lavagem em PBS- 3 vezes.

6- Revelação da r eação, utilizando 1 pastilha de 3.3’ – DAB

(diaminobenzidina) e 1 de ur éia de per óxido de hidr ogênio

(SIGMA - FAST, D4293, Saint Louis – USA) diluídas em solução de

10 ml de PBS, r esultando em 0,7 mg/ ml de DAB e 0,2 mg/ ml de

H2O2, por 5 minutos, à temper atur a ambiente e pr otegida da

luz.

7- Inter r upção da r evelação com incubação em água destilada (3

vezes).

8- Contr a-color ação com Hematoxilina de Mayer , por 5 a 7

m inutos, à temper atur a ambiente.

9 Lavagem, por 5 minutos, em água cor r ente.

10-Incubação, por 1 segundo, em água amoniacal (difer enciador ).

11-Lavagem imediata em água cor r ente, por 10 minutos.

12-Incubação em álcool 95%.

(48)

14-Incubação em xilol (4 vezes).

15-Montagem das lâminas, utilizando meio de montagem não

aquoso Per mount.

O contr ole negativo das r eações foi obtido pela substituição dos

anticor pos pr imár ios por PBS-BSA 1% ou por sor o nor mal de coelho (Dako,

K0902, Glostr up-Denmar k) a 1:500 em PBS-BSA 1%.

4.3 Análise Subjetiva

4.3 Análise Subjetiva

As lâminas submetidas à imuno-histoquímica for am avaliadas com

auxílio de um micr oscópio (CARL ZEISS, Ger many), quanto à intensidade do

infiltr ado inflamatór io, bem como às células inflamatór ias pr edominant es e

sua distr ibuição. Obser vou-se, também, a pr esença de células iNOS+, sua

localização, distr ibuição e intensidade de mar cação.

4.4 Análises Quantitativas

4.4 Análises Quantitativas

4.4.1 Contagem de células por mm

4.4.1 Contagem de células por mm

22

O númer o de células iNOS+, assim como o númer o total de cé lulas

inflamatór ias, for am quantificados por meio de análise mor fométr ica,

utilizando micr oscópico óptico ao qual foi adaptado uma ocular Kpl (8x),

contendo um r etículo de integr ação (CARL ZEISS, Ger many). Utilizou-se uma

objetiva de 100x, r esultando em um aumento final de 800x. O diâmetr o (d)

(49)

cor r espondia a 0,15mm. Deter minou-se a ár ea do r etículo (A), pela expr essão

matemática: A= (π.d2)/ 4, consider ando π= 3,14; o que r esultou em A=

0,0176625mm2.

Par a cada amostr a, for am analisados 10 campos micr oscópicos

consecutivos (ár ea total = 0,176625mm2), pr ior izando os focos de infiltr ado

inflamatór io, com exceção do gr upo contr ole. Registr ou-se o númer o total de

células inflamatór ias e o númer o de células iNOS+ encontr ados na ár ea total

per cor r ida e dividiu-se este númer o por 0,176625mm2, obtendo-se o númer o

de células por milímetr o quadr ado (mm2).

4.4.2 Freqüência Relativa (Porcentagem)

4.4.2 Freqüência Relativa (Porcentagem)

As lâminas submetidas à imuno-histoquímica for am também

avaliadas quanto às por centagens de células iNOS+ em r elação ao infiltr ado

inflamatór io total, bem como de células mononuclear es (MNs) iNOS+ e PMNs

iNOS+. Utilizou-se par a esta análise o r etículo de integr ação de 25 pontos

(CARL ZEISS, Ger many), consider ando-se apenas as células coincidentes a

estes pontos. As pr opor ções for am expr essas em por centagens (médias e

desvios padr ão). Adicionalmente, for am obtidas as pr opor ções das

por centagens de PMNs:MNs iNOS+ e PMNs iNOS+:iNOS-.

Todas as contagens for am feitas por dois examinador es. As médias

(50)

4.5 Análise Estatística

4.5 Análise Estatística

As médias dos númer os de células iNOS+ por mm2 e r espectivos

desvios padr ão, obser vados em cada gr upo, for am analisados e tr abalhados

estatisticamente, por meio de Análise de Var iância (ANOVA) seguida pelo

teste de Tukey. As por centagens de MNs iNOS+, PMNs iNOS+ e total de células

iNOS+ for am analisadas e tr abalhadas estatisticamente, por meio do teste

Kr uskal Wallis seguido por teste de Dunn. O valor de p foi consider ado

(51)
(52)

5 RESULTADOS

5 RESULTADOS

Os r esultados ser ão demonstr ados de for ma descr itiva, bem como

por meio de Quadr os, Tabelas, Figur as e Gr áficos.

5.1 Análise Subjetiva

5.1 Análise Subjetiva

Grupo I

Grupo I-- Controle

Controle

Todos os cor tes micr oscópicos do gr upo contr ole demonstr ar am

mucosa bucal constituída por epitélio pavimentoso estr atificado

par aquer atinizado, algumas vezes hiper plásico. Subjacente, o tecido

conjuntivo fibr oso apr esentava-se discr etamente infiltr ado por células

inflamatór ias pr edominantemente mononuclear es, com distr ibuição difusa.

Obser vou-se, dentr e as células inflamatór ias, escassos polimor fonuclear es

neutr ófilos iNOS+, alguns deles no inter ior dos vasos sangüíneos (Figur as 1 e

2).

Grupo II

Grupo II-- Gengivite associada à placa bacteriana

Gengivite associada à placa bacteriana

Os cor tes micr oscópicos r efer entes aos casos de Gengivite

associada à placa bacter iana r evelar am mucosa bucal constituída por

epitélio pavimentoso estr atificado par aquer atinizado hiper plásico,

apr esentando na r egião do epitélio juncional pequenas pr ojeções e infiltr ação

(53)

epilélio, nota-se moder ado a intenso infiltr ado inflamatór io mononuclear e

polimor fonuclear distr ibuído or a aleator iamente, or a em focos separ ados por

tr avas de tecido conjuntivo fibr oso. As células iNOS+ estavam pr esentes no

infiltr ado inflamatór io pr incipalmente na r egião subepitelial, no inter ior do

epitélio sulcular (Figur a 4) e de vasos sangü íneos, e em íntimo contato com

biofilmes micr obianos. A imunomar cação par ecia ser quantitativamente

menor nos planos mais pr ofundos, distante dos focos de infiltr ado

inflamatór io, quando se compar ava com as ár eas mais pr óximas ao epitélio.

As células inflamatór ias polimor fonuclear es iNOS+ apr esentavam intensa

imunomar cação (Figur a 3 e 4). Per ifer icamente, notou-se a pr esença de

fr agmentos de biofilmes micr obianos em apr oximadamente 60% dos casos.

Grupo III

Grupo III -- Periodontite crônica localizada

Periodontite crônica localizada

Os cor tes micr oscópicos deste gr upo r evelar am mucosa bucal

constituída por epitélio pavimentoso estr atificado par aquer atinizado

hiper plásico com ár eas de intensa exocitose e desor ganização; na r egião do

epitélio da bolsa per iodontal notar am -se inúmer as pr ojeções epiteliais (Figur a

5A). Subjacente, no tecido conjuntivo fibr oso, foi obser vado um intenso

infiltr ado inflamatór io pr edominantemente linfoplasmocitár io subepitelial

(Figur a 5B) e distr ibuído em focos separ ados por tr avas de tecido conjuntivo

fibr oso (Figur a 6A). As células iNOS+ par eciam mais numer osas, em r elação

ao gr upo II, e estavam pr esentes difusamente nos focos de infiltr ado

inflamatór io, no inter ior de vasos sangüíneos, invadindo o epitélio da bolsa

(54)

com os biofilmes micr obianos. As células polimor fonuclear es iNOS+

apr esentavam intensa imunomar cação (Figur as 6B e 7). Não se obser vando

imunomar cação em células endoteliais, fusifor mes, epiteliais e

mononuclear es (Figur a 6B e 7). Per ifer icamente, obser vou-se a pr esença de

fr agmentos de biofilmes micr obianos (Figur a 8) e pequenos fr agmentos de

cemento nos casos examinados.

As pr incipais car acter ísticas micr oscópicas obser vadas nos tr ês

difer entes gr upos estão r epr esentados esquematicamente nas Figur as 9, 10 e

(55)

Fotomicr ogr afias de Tecido Gengival Clinicamente

(56)

FIGURA 1 – Amostr a de tecido gengival clinicamente saudável com discr eto infiltr ado inflamatór io pr edominantemente MN (A e B: Imuno-histoquímica, aumento or iginal = x100).

A

(57)

FIGURA 2 – Pr esença de escassas células PMNs iNOS+, no inter ior de

vasos sangüíneos (seta) (A e B: Imuno-histoquímica, aumento or iginal = x100).

A

(58)

Fotomicr ogr afias de Gengivite Associada à Placa

(59)

FIGURA 3 – Epitélio juncional com pequenas pr ojeções (setas) e moder ado infiltr ado inflamatór io pr edominantemente mononuclear . Obser vam -se ainda, dentina (**) e cemento (*). Em C, maior aumento do epitélio sulcular e células inflamatór ias pr esente s em B. (A, B e C: H.E., aumento or iginal = x12.5, x25 e x100, r espectivamente). Em D, obser va-se intensa mar cação par a iNOS em PMNs disper sos no infiltr ado inflamatór io (Imuno-histoquímica, aumento or iginal = x250).

(60)

FIGURA 4 – PMNs iNOS+ intensamente imunomar cados, pr esentes na

r egião subepitelial (A e C), na super fície do epitélio juncional (C e D), bem como no seu inter ior (B). Em C, maior aumento da fotomicr ogr afia D (Imuno-histoquímica, aumento or iginal = x250 – A, B e C, e x100 – D).

A

B

Referências

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