EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO CEARA
X - HÁBITOS ALIMENTARES DOS VETORES
J.E. Alencar*, R. V. Cunha*, A.G.S.C. Araúj o** • R.T.P. Sobreira**
Fo r am p e sq u i sa d o s 7 m u n i cíp i o s d o Est a d o , se n d o o m a i o r n ú m e r o de am o st r as co l h i d o em Ru ssas, M o r a d a No v a, Q u i x a d á e Ir acem a. Fo r a m f eit as p r o v a s d e p r e ci p i t i n a com an t i -so r o s d e gat o, cão, ave, cab r a, r oed or , m ar su p i al e h om em . De 1. 205 p r o vas r eal izadas, 3 9 2 ap r esen t ar am p r o v a p o si t i v a ( 3 2 , 5 %) . A p r e se n t ar am 7 9 , 3 % u m a só f on t e al im ent ar , 1 9 , 4 % d uas, 1% t r ês e 3 % q uat r o.
Os r e su l t ad o s f or am o s segu i n t e s:
Pr ova de Pr eci p i t i n a
T. b r asi l i e n si s %
T. p se u d o m acu l at a %
P. m egi st u s %
Hom em 3 , 9 0 , 5 13, 0
Cão 2 0 , 7 5 3 J 13, 0
Gat o 2 9 , 0 2, 1 13, 0
Ro e d o r 1.1 1.1 4 , 3
Cabr a 4 7 , 5 12, 1 3 0 , 4
A v e 16, 2 5 1 , 6 3 4 , 8
M ar su p i al — 1.1 —
IN T RO DU ÇÃ O
0 int eresse d o est udo d os hábit os aliment a- res dos t r i at om íneos decorr e da necessidade de esclarecer problem as de t r ansm issão d o T. cr u z i
dent ro e f or a da h ab i t açi o hum ana, cont r i b ui n do assim para elucidação de p ont os ai nda obscuros da epi dem i ologia da Doença de Chagas em áreas endêm icas d o Est ado d o Ceará.
Muit as inf or m ações j á exist em sobre o assun to, relacionadas a out r as áreas em que o problema exist e. Recent ement e, Mi nt er 4 sum a riou o com por t am ent o al im ent ar de algum as espécies de t r i at om íneos da Am ér i ca Cent r al e da Am éri ca d o Sul e nesse est udo incluiu
i nf orm ações, at é a época não publicadas, refe rent es aos Est ados da Bahi a e d o Ceará, per f azendo um sum ár i o de 15. 000 ident if ica ções de hábi t os alim ent ar es de t riat om íneos.
Em t al est udo est á ref erido, em relação ao Est ado d o Ceará, que 27 provas de pr ecipit ina f or am f eit os em mat erial de Tr i at om a b r asi-l i en si s, t r i at om íneo de hábit os dom ést icos e per idom ést icos. Essas provas m ost raram que 9 0 % d os repast os se f i zeram em aves (pr ovavel ment e gal inhas) e 7 , 4 % em p or co domést ico.
O ci t ado i nf or m e inclui ai nda mais ref erên cias sobre Pa n st r o n gy l u s m egi st u s no Brasil e os est udos de Barr et o sobre 217*. p seu d om acu l at a
d o Est ado de Goiás. Nenhum a ref erência f oi
Pr of essor es Ad j u n t o s d o Dep ar t am e n t o de Pat ol ogi a e Me d i c i n e Legal d o Ce n t r o d e Ci ê n c i ai da Saú d e ( D PM L e CCS) .
46
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
Vol. XI - N? 2
f eit a à ident i f icação de hábi t os al im ent ar es d o
Rb o d n i u s n asu t u s e ao Pa n st r o n gy l u s l ut zi.
As m encionadas acim a são as out r as espécies que se encont r am n o Est ado d o Ceàrâ em áreas endêm icas de Doença de Chagas.
Há preocupação acent uada p or part e de algumas inst it uições de saúde e univer si t árias em relação ao problem a da Doença de Chagas no Ceará, especialment e n o que respeit a às áreas onde pr oj et os de desenvolvim ent o econôm i co est ão sendo inst alados, l evando-nos a preparar rot eir os de invest igação sobre o assunt o.
PL A N O DE T R A B A L H O
Ár e a d e Tr ab al h o — For am realizadas col et as de am ost r as em 7 m un i c íp i os d o Est ado, na área em que o Depar t am ent o Nacional de Obr as Cont r a as Secas ( DN O CS) vem desenvolvendo proj et os de irrigação; o m ai or núm er o de amost r as f oi col hi d o nos m un i c íp i os de Russas, Mor ada Nova, Qui xadá e Ir acem a
M é t o d o e T é cn i ca — Os t r i at om íneos são capt ur ados nos ecót opos nat ur ais e art if i ciais (dom ést i cos e per idom ést icos) e, levados ao laborat ór io, são exam i nados para veri f i cação de inf ecção pel o T. cr u z i e d o hábit o aliment ar, por pr ova de verif icação d o ant ígeno n o cont eú do int est inal; est e é em bebid o em papel de f il t r o What m an n° 1, d o qual é el ui do em sali na para ser t est ado por m eio de pr ovas de precipi- t ina em gel de agar, cont r a ant i-soros de hom em , gat o, cão, galinha, cabra, r oedor e marsupial.
RESU L T A D O S
Nú m e r o d e p r o v a s — A Tabel a 1 most ra- nos os result ados de 1. 205 provas, das quais 392 (32, 5%) reagiram a algum ou a . vári os dos ant i-soros ref eridos.
Tr i at om a b r asi l i e n si s — (Tabela 1 e gr áf ico 1) — Na área est udada, em ecót opos art if iciais, 39, 7% dos exem pl ar es da espécie em est udo apresent aram signif icat i va pref erência p or ali ment ar-se em capr i nos ou t em encont r ado à sua disposição m ai s vezes capri nos, vi st o que a região est udada dedica-se em gr ande part e à pecuária de capr inos. A s out r as f ont es alim ent a res são cão, gat o e aves (galinhas). A pref erência pelo hom em é bast ant e reduzida, cerca de 5, 5%. Em ecót opos nat ur ais (l ocas de pedra), as pr inci pais f ont es de ali m ent o são: cabra e gat o. Num a única vez f oi encont r ado t r i at om íneo ali m ent ado em hom em . É um exem pl ar capt u
rado em loca de pedra no Açu d e Vel ho. Al ém d o hom em havia sugado cabr a (Tabela 6).
Dent r o da casa ( 3 4, 6% d os exemplares) as pr inci pais f ont es de ali m ent o são o cão e o gat o, vi n d o em segundo lugar a cabra e a galinha. Nenhum a vez f oi encont r ada prova posit iva para m ar supial em t ais ecót opos.
No s ecót opos nat ur ais em t or no da casa ( 2 5, 7% d os exemplares) as f ont es de ali m ent o são: cabra (46, 3%) , galinha ( 30%) , cão (13%). Em t rês opor t uni dades f or am vi st as provas posit ivas para o hom em em exem pl ares col hi dos em chi quei r o de cabr a (Tabela 3). Em um deles f oi dada prova posit iva t am bém para cabra e out r a vez para gat o.
Anal i sand o os dados p or f ont e de ali m ent o ver i f i cam os pela or dem : -cabra, cão, gat o e galinha. Hom em e rat o f igur am com o f ont es pouco f r eqüent es (Tabela 3).
Re su l t a d o s co m o T. p se u d o m acu l at a — Os dados ref erent es a essa espécie apresent am m ai or t endência a um a só f ont e de aliment o, e p oucos exem pl ar es a duas f ont es. Som ent e em duas opor t uni dades f or am encont r ados result a dos para t rês f ont es e em um apenas para quat r o f ont es: gat o, rat o, galinha, cassaco. (Tabela 1)
No s ecót opos ar t if i ciais as pref erências f or am para sangue de ave (51, 6%) , de cão (53, 2%) e de cabra (12, 1%) . Som ent e um a vez f oi encont r ado sangue de hom em em exemplar col hi d o em gali nheir o e que apr esent ou prova posit iva t am bém para sangue de galinha (Gráf i co 2 e Tabel a 4).
Em ecót opos nat ur ais não f oi encont r ada a espécie.
Dent r o da habit ação som ent e um exemplar deu pr ova posit iva para cão e cabra; a espécie prat icam ent e habit a d oi s ecót opos: poleir os de galinha e gal inheiros, mas m esm o aí encont r a d os os exem pl ares apresent am gr ande quot a de sangue de cão e cabra, provavelm ent e porque esses ecót opos são vi zi nhos a chi quei r os de cabra onde al guns exem plares f or am col hi dos, com sangue de gali nha e de cabra, out ros som ent e com sangue de cabra.
Anal i sand o os dados pela or dem de pref erên cia de f ont e de ali m ent o vi st o que soment e encont r am os a espécie em ecót opos art if iciais, quase que exclusivam ent e em t or no da casa (Gr áf i co 3), as pref er ências são: ave, cão e cabra.
Mar ço-Abr i l, 1977 Rev. Soc. Bras. Med. Tr op. 47
G R â í i C O N? i
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G R A F I C O N 9 Z
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4 8 Rev. Soc. Br as. Med . Tr op. V o l. X I - N ? 2
espécie u s an do in fo rm a ç õ e s de o u tr a área, d o M u n ic íp io de Q u ix a d á .
Nas provas realizadas, 2 2 e x e m p la re s apre sen ta ram re s u lta d o , d o s qua is 9 1 ,3 % re fe ria m -se a um a fo n te a lim e n ta r s o m e n te e 8 ,7 % a duas fo n te s . V e rific a -s e assim u m a n ítid a m o n o fa g ia ; p o ré m as fo n te s fo ra m va riáve is desde g a lin h a e cabra até o h n m e m , cão e g a to , p o r o rd e m de p re fe rê n cia ou de o p o rtu n id a d e (T a b e la s 1 e 5).
N ão fo ra m e n c o n tra d o s e x e m p la re s em ecó- to p o s silvestre s e d e n tre os e c ó to p o s a rtific ia is , a p re fe rê n c ia fo i pela h a b ita ç ã o h u m a n a o n d e a a lim e n ta ç ã o fo i g a lin h a e cab ra, po ucas vezes o h o m e m , ou ga to o u cão e u m a ú n ic a vez ro e d o r (T ab ela 1 e G rá fic o 3).
Hábitos a n tro p o fflic o s das três espécies — D e n tr e as 3 9 2 p rovas q ue a p re se n ta ra m re su l ta d o , apenas 11 vezes fo ra m p o s itiv a s c o m so ro a n ti-h o m e m (T a b e la 1): 7 c o m o T. brasiliensis, 3 c o m o P megistus e 1 c o m o T. pseudoma-culata.
Os e xe m p la te s de tria to m ín e o s que fo ra m e xa m in a d o s em 5 o p o rtu n id a d e s apenas h aviam sugado o h o m e m o u , m e lh o r d iz e n d o , apresen ta ra m p ro va p o s itiv a apenas para o s o ro a n ti-h o m em . E m 3 o u tra s vezes h a via m sugado ca b ra e 2 vezes ha via m sugado ave.
C o nclu i-se e n tã o pela m a io r a n tr o p o filia d o P. megistus em re la ção ao T. brasiliensis e pela quase n u la a n tr o p o filia d o T. pseudomacuiata.
0 P. megistus c o m sangue d o h o m e m é e n c o n tra d o m ais vezes na c o z in h a e o T. brasiliensis na sala. C o nvé m a ce n tu a r que m ais vezes fo i v is to in fe c ta d o o T. brasiliensis.
Comparação e discussão dos resultados — D e n tre as 3 9 2 pro vas que ap re se n ta ra m re s u lta do, apenas 11 vezes fo ra m p o s itiv a s c o m s o ro a n ti-h o m e m ; em te rm o s re la tiv o s e p o r espécie fo ra m os seguintes os re s u lta d o s:
a) T. brasiliensis... 3,9 %
b) T pseudomacuiata 0,5 %
c) P. megistus ... 13,0% Ju s tifica -se assim que, m e sm o na área de d is trib u iç ã o de P. megistus, não vam os esperar elevadas ta xas de in fe c ç ã o d o h o m e m p e lo T. cruzi, c o m o sucede em o u tra s regiões d ò B ra sil em que a espécie d is trib u i-s e a m p la m e n te .
Podem os c o n s id e ra r que a área p o r nós tra b a lh a d a é t e r r it ó r io da espécie T. brasiliensis que não a tin g e 4% q u a n to às suas p re fe rê n cia s a lim e n ta re s a n tro p o fílic a s . N o te r r it ó r io d o T. pseudomacuiata a a n tr o p o filia é quase n u la
(T ab ela 4 ), pois s o m e n te u m a vez fo i p o s itiv a a p ro va c o m so ro a n ti-h o m e m e, na o p o r tu n i
dade, a c a p tu ra d o e x e m p la r se fez em g a li n h e iro .
NSo p o d e m o s negar a ca p a cida d e q u e p o d e rá v ir a t * r o T, pfgyffpm aculata em s u b s titu ir, em alg um as áreas <Jo E sta d o , o T. brasiliensis q u a rx jo , p o r u m a a m p la e p e rs is te n te ca m p a n h a de desJnsepzação, os d o m ic ílio s to rn a re m -s e liv re ? espécie. Pensam os n o e n ta n to que mesm<> o ç is p o p o rtu n id a d e a re c o lo n iz a ç ã o dos e c ó tò p p s a rtific ia is será pela m esm a espécie (T. brasiliensis), » q u a l na área e stud ad a o cu p a e c ó to p q s n a tu ra is p o u c o d is ta n te s das h a b ita ções Hgtntáni*s.
Q u a n to i fo n te de a lim e n to p o ré m , a a ce ita ção de cão para sugar p o d e levar o T. pseudo-maculatg a te r a lg u m pap el na tra n s m is sã o da D o en ça de Chagas, sabendo-se q ue este a n im a l, ao la d o d o g a to , c o n s titu i-s e e m p rin c ip a l re s e rv a tó rio d o m é s tic o d o T. c ru z i na área estu dada. Essa p re fe rê n c ia , p o r o u tr o la d o , fo i v e rific a d a nas c a p tu ra s em p o le iro s de galin has e g a lin h e iro s , o n d e 9 4 % dos e xe m p la re s são en c o n tra d o s . S eria de esp era r p o rta n to q u e o m a io r n ú m e ro de re su lta d o s fosse para a lim e n ta çã o em g a lin h a , dada a p re fe rê n c ia p o r tais e c ó to p o s , mas os dados da T a b e la 4 revelam o u tr a coisa.
Deve ser a ce n tu a d a a v e rific a ç ã o de tr ia to m í- n eo c a p tu ra d o em loca de p e d ra e qu e havia sugado o h o m e m . Esse tr ia to m ín e o c o m p u n h a u m a a m o s tra de 31 e xe m p la re s em que 18 esta vam in fe c ta d o s c o m T. cruzi.
C O N C L U S Õ E S
O P. megistus é o m ais a n tr o p o f ílic o dos tria to m ín e o s e stu d a d o s, c o lo c a n d o -s e em segun d o lu ga r o T. brasiliensis.
A s três espécies estu dadas sugam b em o cão. O T. pseudomacuiata, ao c o n tr á rio das duas o u tra s espécies estu dadas, nã o a p re se n to u ten- d ê n çia para sugar o gato .
Há u m a te n d ê n c ia das trê s espécies em u tiliz a r u m a só fo n te a lim e n ta r, a q ua l é mais a ce n tu a d a n o P. megistus; u m a segunda fo n te a lim e n ta r, em cada caso, é p o u c o u tiliz a d a :
a) T. brasiliensis — ca b ra , g a to e c io b) T. pseudomacuiata — cã o e g a lin h a c) P, megistus — g a lin h a e ca b ra
Março-Abril, 1977 Rev. Soc. Br as. Med. Tr op . 49
T A B E L A 1
E studos dos H ábitos A lim e n ta re s de T ria to m ín e o s Estado do Ceará
1973 / 1975
Provas de P re cíp itin a *
M u n ic íp io --- — —— —
—---Realizadas Positivas %
Russas Morada Nova Quixadá Iracema Jaguaretama Pereiro A lto Santo
296 61 2 2 30 36 19 09 03
73 256 59 04
24.7 41,9 25.7
11,1
Total 1.205 392 32,5
A nti-soros usados: hom em , c3o, gato, roedor, cabra, galinha e m arsupial.
T A B E L A 2
H ábitos A lim e nta res de T ria to m ín e o s
M u n icíp io s de M orada Nova, Q uixadá e Iracema - Estado do Ceará 1973 / 1975
Provas de P recipitin a A nti-S oros
Espécie de T ria to m ín e o
T ria to m a brasil iensis
T ria to m a pseudo-m aculata
Panstrongylus
megistus T otal
Homem 04
_
02 06Hom em e gato 01 — 01
Hom em e cabra 02 01 03
Hom em e galinha - 01 - 01
Cão 22 76 02 100
Cão e gato 18 02 01 21
Cão e cabra 04 01 - 05
Cão e galinha 01 20 - 21
Cão, cabra e galinha 01 01 - 02
Cão, gato e galinha 01 - - 01
Gato 25 - 02 27
Gato e cabra 07 - 07
Gato e galinha 01 01 - 02
Galinha 19 66 08 93
Galinha e cabra 07 08 - 15
Galinha, gato, rato, cassaco - 01 - 01
Rato 02 - 01 03
Rato, cabra e cassaco — 01 01
Cabra 64 12 06 82
T otal 179 190 23 392
Uma só fo n te a lim e n ta r — % 7 6 ,0 8 1 ,0 91,3 79,3
Duas fo nte s alim entares — % 22,1 17,3 8,7 19,4
Três fon tes alim entares - % 1,1 1,1 - 1,0
TABELA 3
Est ud os Sobre- Ecol ogi a de Tr i at om íneos n o Ceará Ecót op os e Hábi t os Alim ent ar es d o T r iato m a b r a silie n sis
Mu n i c íp i os de Russas, Qui xadá e Mor ada Nova — 1973 / 1975
Ecót op o
Pr ova de Precipit ina para Sangue de Núm er o de
- Exem plar es Exam i nad os
%
Hom em Cão Gat o Rat o Cabra Gat inha Mar supi al
Sala 03 13 10
_
04 04 25 14, 0Quar t o - 08 05 01 06 03 - 18 10, 1
Depósi t o - 01 01 - 02 - - 03 1/ 6
Al pendr e - 04 04 - 06 02 - 13 7, 3
Parede ext erna e quint al - 01 - - 01 - - 02 1,1
Cozi nha - 01 - - 01 - - 03 1. 6
Poleir o de galinha - - -
-Gali nhei r o - - 01 - 07 03 - 11 6,1
Chi q uei r o de por co - - - 01 - - - 01 0, 6
Chi q uei r o de cabra 03 01 01 - 15 13 - 25 14, 0
Mon t e de t elha - 05 - - 02 - - 07 3, 9
Loca de pedra 01 13 30 - 41 04 - 71 39, 7
Tot al 07 47 52 02 85 29 - 179 100, 0
% 3, 9 20, 7 29, 0 1,1 47, 5 16, 2 - - - •
R
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v.
S
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c.
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s.
M
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T
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p
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y,
j
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E stu d os S o b re E c o lo g ia de T ria to m ín e o s n o Ceará E c ó to p o s e H á b ito s A lim e n ta re s d o Triatoma pseudomaculata M u n ic íp io s de Russas, Q u ix a d á e M o ra da N ova - 1 9 7 3 1975
TABELA 4
Ecót op os
Prova de Precipit ina para Sangue de N 9 de
Exem plar es Capt ur ados
%
Hom em Cão Gat o Rat o Cabra Gal inha Marsupi al
Quar t o _ 01 _ 1 _ — 01 0, 5
Parede ext er na - 01 - - - - 01 0, 5
Poleir o de galinha - 91 01 02 10 34 02 117 61. 6
Gali nhei r o 01 08 03 - 08 56 - 61 32, 1
Loca de pedra - - -
-Chi quei r o de cabra - - - - 03 08 - 09 4, 8
Mont e de t elha - - - - 01 - - 01 0, 5
Tot al 01 101 04 02 23 98 0 2 1 9 0 1 0 0 ,0
% 0 ,5 5 3 ,2 2,1 1,1 12,1 5 1 ,6 1,1 -
-M
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b
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1
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R
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E stu d o s S o b re E c o lo g ia de T ria to m ín e o s n o Ceará E c ó to p o s e H á b ito s A lim e n ta re s d o Panstrogylus megistus M u n ic íp io s de Russas, Q u ix a d á e M o ra d a N o va — 1 9 7 3 / 197 5
TABELA 5
Ecót op os
Pr ova de Precipit ina para Sangue de NP de
Exem plares Capt urados
%
Hom em Cão Gat o Rat o Cabr a Gali nha Marsupi al
Sala - 1 1 1 3 3 — 9 3 9 ,1
Quar t o 1 1 1 - 1 3 - 6 26 ,1
Cozi nha 2 - 1 - 1 1 - 4 17 ,4
Chi quei r o de cabra - - - - 2 - - 2 8 ,7
Pol eir o de galinha - - - 1 - 1 4 ,3
Mont e de t elhas - 1 - - - 1 4 ,3
Tot al 3 3 3 1 7 8 - 23 1 0 0 ,0
% 13 ,0 13 ,0 13 ,0 4 ,3 3 0 ,4 ■ 3 4 ,8 - -
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M a rç o -A b ril, 1 9 7 7 Rev. Soc. Br as. Med . Tr op . 53
Est ud os Sob r e a Ep i d em i ol ogi a da Doença de Chagas Est ado d o Ceará
Tr i at om ín eos que Sugar am Hom em ( Pro vas d e Pr e ci p i t i n a)
TABELA 6
Espécie Capt ur a Locali dadeN 9 da Mu n i c íp i o Ecót op o Inf ecção
Out r o Ani m al Sugad o
T. brasiliensis 3 4 Boa Vi st a Russas Sal a +
_
T. brasiliensis 3 4 Boa Vi st a Russas Sal a + —
T. brasiliensis 1 65 P. Re d ond o Russas Sala + —
T. brasiliensis 196 Fr ade M. Nova Gal i nhei r o Galinha
T. brasiliensis 1 76 C. Cor cund a M. Nova Chiq. Cabra Neg. Cabra
T. brasiliensis 1 76 C. Cor cund a M. Nova Chiq. Cabra Neg. Gat o
T. brasiliensis 2 6 Aç u d e Ve l h o M. Nova Loca pedra 2 8 /3 1 Cabra
P. megist us 17 S. Joaqui m Qui xadá Cozi nha Neg. —
P. megist us 17 S. Joaqui m Qui xadá Cozi nha Neg. Cabra
P. megist us 18 S. Joaqui m Qui xadá Quar t o + —
T. pseudom aculat a 111 B. Ver m el ho M. Nova Gal i nhei r o Gali nha
SU M M A R Y
In t he St at e o f Cear á 7 co u r i t i e s w er e su r v e y e d f o r t r íat om i n e s t o sear ch ab o u t t he f eeding b e h av i o r 1. 205 t est s. w er e m a d e ‘o f w h at 3 9 2 gave p o si t i v e r esu l t ( 3 2 , 5 %) ; 7 , 3 % f or one sp eci e o f m èal 19, 4%, f o r t w o, 1 % f o r t hr ee a n d 3 % f o r f our . Th e r at es f o r each on e sp ecíes o f b u gs ar e t h e f o U o w i n gm a k i n g t he t est w it h t he ant i-ser a f o r m a n , dog, cat , rat , sheep, ch i ck e n a n d m ar su p i al : f o r Tr i at om a brasil iensis (3 , 9 — 2 0 , 7 — 2 9 , 0 — 1,1 - 4 7 , 5 - 16, 2 — ze r o ); f o r Tr i at om a pseudom aculat a (0 , 5 — 5 3 £ — 2, 1 — 1,1 — 12, 1 — 5 1 , 6 a n d
1, 1); f o r Panst r engyl us megist us: 13, 0 — 13, 0 — 13, 0 — 4 , 3 — 3 0 , 4 — 3 4 , 8 a n d zer o.
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
1. BRUMPT , E. — Ecl et i sm e al im ent ai re des réduvides vect ors du Tr yp an osom a cruzi.
Press. Med. 3 5 :1 1 6 1 - 1 1 6 2 , 1 9 2 7 .
2. CÍRA N O , L. V. & Z EL ED O N , R. - Obser- vaciones sobre capacidade ali m ent ícia y respiracion de Tr i at om a inf est ans y Rhod- n i u s p r o l i x u s. Re v . B i o l . Tr op . , 12:2 7 1 -2 8 5 , 1 9 6 4 .
3. M A Y ER, H. F. & A L C A R A Z , I. L. - Est ú dios r elaci onados com Ias f uent es aliment a- rias, de T. inf est ans. A n . Inst . Med. Reg. Tu cu m an, 4 :1 9 5 -2 0 1 , 1 9 5 5 .
4. M IN T ER, D. M. — Feedi ng pat t erns of som e Tr i at om i ne vect or species — Int em .
Sy m p osi u m in New Appr oaches in Am er i can — Tr yp. Researches — Belo Hor izont e — Br asil — 1&-21 mar., 1 97 5.
5. RIC C IA RD I , I. D. & M EL L O , M. T. - Iden t if icação de hábit os ali ment ares de art ropo- d os hemat óf agos, princi palm ent e barbeiros, p or m eio de provas de i m uno-dif usão em gel de agar. (Oucht er l ony). Rev. Br asil . Malar io/ . , 2 7 :5 9 7 -6 0 1 , 1969.