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Epidemiologia da doença de Chagas no Ceará IX - estudo de vetores numa área endêmica (Morada Nova).

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EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO CEARA

IX - ESTUDO DE VETORES NUMA ÃREA ENDÊMICA

(MORADA NOVA)*

J. E. A l e n c a r * * s F. Be z e r r a * * *

Os au t o r e s ap r esent ar am i n f o r m açõ e s so b r e 6 . 5 5 6 t r i at om f n e os cap t u r ad o s n a ár ea pel a SU C A M , d e 1 9 6 4 a 1974, o s q u a i s ap r esent avam T. cr uzi em 4, 7%. O est u d o at ual r evel ou 1 . 2 9 0 exe m p l ar es em 6 9 l o cal i d ad e s t r abal hadas, 6 3 , 8 % co m t r i at om ín eos, das q u ai s 5 2 , 3 % ap r esent avam t r i a t o m ín e o s i n f ect ad os, o q u e si gn i f i ca 3 3 , 3 % d a área. For am p e sq u i sad o s e có t o p o s ar t i f i ci ai s d i st an t e at é 2 0 0 m et r os d as casas. D o s 3 7 e có t o p o s n at u r ai s p esq u i sad os, 7 3 , 6 % er am h ab i t a d o s p o r m or ce gos, 2 3 , 7 % p o r p r eás e 5 , 2 % p o r punar és, esp éci es q u e ap r esen t am var i ávei s t ax as d e i n f e cção p o r T. cruzi. O T. br asiliensis co r r e sp o n d e a 6 5 , 5 % d o s t r i a t o m ín e o s ca p t u r ad o s e 9 4 2 % d o s t r i at o m ín e o s i n f e ct ad os são dest a esp éci e, co n si d e r ad a a p r i n ci p a l t r ansm i ssor a d e Do e n ça d e Ch agas n a r egi ão. Em e có t o p o s n at u r ai s é a ú n i ca esp éci e en co n t r ad a ( 1 0 vezes em 55, o s t r i at o m ín e o s est avam i n f ect ad os). De n t r o d as h ab i t açõ e s a esp éci e é m e n o s ab u n d an t e e m e n o s i nf ect ad a ( 2, 7%). A segu n d a esp éci e é o T. pseudom aculat a, ( 3 4 , 3 %) con si d e r ad a sem i m p or t ân ci a n a t r ansm i ssão d a Do e n ça d e Ch agas; a t er cei r a esp éci e é o P. megist us, d a q u al f or am cap t u r ad o s ap en as 2 exe m p l ar es (0, 2%) .

I N T RO D U ÇÃ O

Em 1974 f oi f eit a um a revisão e

apresent adas as pr incipais inf or m ações de ordem geográf ica sobre t r i at om íneos vet ores da Doença de Chagas no Est ado do Ceará, por

Alencar, Sant os, Bezer ra e Sar ai va1.

Verif icou-se que as capt ur as realizadas em Morada Nova num p er íod o de 11 anos ( 1964—1974), der am o seguint e result ado, quant o às inf ecções exist ent es na área, a sua densidade e a t axa de inf ecção pel o T. cr u zi :

a) Tr i at om a b r asi l i e n si s — 4. 678 exam i nados com 5 , 4 % inf ect ados;

b) Tr i at om a p se u d o m acu l at a — 1. 609 exa­ m inados com 2 , 7 % inf ect ados;

c) Pa n st r o n gy l u s m egi st u s — 87 exam i nados com 5 , 7 % inf ect ados;

* T r ab a l h o r eal i zad o c o m r e cu r sos d o Co n v ê n i o P G E—0 8 / 7 4 D N O C S — Un i v e r si d ad e Feder al d o Ceará. * * Do De p ar t am e n t o d e Pat ol ogi a e Me d i c i n a Legal, d o Ce n t r o de Ci ên ci as de Saú d e — Uni ver si d ad e Feder al

d o Ceará.

* * * Da Su p e r i n t e n d ê n c i a d e Cam p an h as de Sa ú d e Pú b l i ca ( SU C A M ) d o Mi n i st é r i o d a Saúde. Re ce b i d o par a p u b l i cação e m 23- 9- 1976.

d) Rh o d n i u s n asu t u s — 181 exam inados com 1, 7% inf ect ados;

e) Pa n st r o n gy l u s l u t z i — 1 exam inado nega­ t ivo;

f) Tot al - 6. 556 exam inados, com 4, 7% inf ect ados.

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verif icadas em Li m oeir o d o Nort e, Baixio, Independência, Lavras da Mangabeir a e Palha- no, vari ando de 14, 8% a 16, 3%.

As áreas pesquisadas cor r espondem àquelas em que f oram encont r adas inf ecções humanas, reveladas pela reação de Guer r eir o e Machad o2 .

PL A N O DE IN V EST I G A Ç Õ ES

Considerando-se a área de gr ande im por t ân­ cia para o desenvolvim ent o econôm i co d o Est ado, o DN O CS f ir m ou convêni o com a Universidade Federal do Ceará, com o p r op ósi ­ t o de esclarecer, dent re out r os problem as de saúde, dessa e de out ras áreas o pr ocesso e a int ensidade da t ransm issão da Doença de Chagas.

A pr ogramação de t r abalhos a realizar, além de out r os aspect os do pr oblem a relat ados em out r os t rabalhos, inclui um est udo sobre a prevalência, a t axa de inf ecção, os hábit os aliment ares e aspect os ecológicos das espécies de t r iat om íneos exist ent es na área.

Com o obj et ivos pri ncipais f or am i n cl u íd os o est udo dos ecót opos art if iciais, dom ést icos e para-domést icos, e o est udo d os ecót opos nat u­ rais. Nesses ecót opos as espécies deveriam ser vist as quant o às relações est abelecidas dent r o do nicho, em especial n o que diz respei t o às est abelecidas com o T. cr u zi .

M A T ERI A L E M ÉT O D O S

0 mat erial d o plano de t rabal ho const ou de t ri at om íneos capt ur ados em t odos os ecót opos nele ref eridos nas habit ações, e seus arredores, onde houve um a pessoa com reação de Guer r ei­ ro e Machado posit iva. Al gum as localidades, por sua pr oximidade, t ambém f or am incluídas, em algumas oport unidades.

0 mét odo de t rabalho const ou do seguint e esquema:

a) det erminação do t i po de ecót opo, pelo exame m inucioso da área;

b) capt ura dos t r i at om íneos em t odos os ecót opos, por um espaço de t em po de 10 minut os;

c) exame dos t r i at om íneos capt ur ados para verif icação de sua t axa de inf ecção e de seus hábit os aliment ares.

As localidades cadast radas para a pesquisa, dist ribuídas, para f acilidade de progr am ação do

t rabalho, em dez zonas f or am as seguint es:

i

a) Com RFC posit ivas: Pacavira e Serra,

Pocinhos, Quixel ê, Juazeir o de Baixo, Tabul ei­

ro Grande, Carcará, Bar r o Ver m el ho, Cór r ego de Corcunda, Acam pam ent o d o DNOCS, Exú, Mor ada Nova, Gir il ândia (e out r os bairros). Pedras, Tel ha e Pat inhos (16).

b) Com RFC negat ivas: Águ a Fria, Barbada do Machado, Favela, Furnas, Lagoa Funda, Laj edo, Ar oeir a, Boa Vist a, Mut am ba, Açud e Novo, Açud e Velho, Conceição, Cum be, Pat os, Paulicéia, Sant o Ant oni o, Ser rot e Verde, Caraú- bas. Saco Grande, Ext r em a de Baixo, Fl or de Liz, Mot a, Pedra Grande, Ui raponga, Várzea Redonda, Bent o Pereira, Caj azeiras, Cant o, Car- codé. Frade, For quilha, Guaraciaba, Pacova, Poção, Raposa, Vazant e, Veneza, Cam p o Al e­ gre, Folveiro, Purgol eit e e San t o An t o n i o dos Laj es (41).

c) Out r as at ividades f or am realizadas even­ t ualment e em mais 37 localidades, à pr opor ção que o t r abalho se desenvolveu, para aproveit ar el em ent os t ais com o: pr oxi m idade geográf ica, pedidos de habit ant es e anim ai s silvest res capt u­ rados e que f ossem encont r ados com T. cr uzi .

RESU L T A D O S

Cen so e est u d o d o s f at or es d o am b i ent e

T i p o s d e casa e n co n t r ad as n as ár eas r ecensea-das (Tabel a 1): As casas da área t r abalhada são na quase t ot alidade de t ij ol o ou de barr o (bar ro-bat ido ou t aipa), sendo que 6 9 % são sem reboco. Met ade das casas t em o piso de t ij ol o ou de cim ent o e o rest ant e de barro, excl ui nd o 1, 9% de casas com piso de areia. O t et o é na quase t ot alidade de t elha (99, 5%).

Hab i t an t es n a ár ea r ecensead a — A área recenseada com pr eende 4 0 0 casas (Tabel a 2) onde vive um a popul ação de 2. 462 pessoas, num a média de 6, 16 habit ant es para cada casa.

Com o vem os é um índice elevado, dado que as condições das habit ações não são adequadas. Com o vem os na Tabel a 2, há casas, 20, com mais de 10 e at é 20 moradores. Assi m se obser va um a elevada densidade habit acional (Gr áf ico 1).

A n i m a i s nas h ab i t ações — A Tabel a 3 most ra-nos que nessas casas, além d o hom em, vivem animais, de diversas espécies (m am íf er os e aves) aum ent ando ai nda mai s a densidade, que passará assim a ser de 8, 32 em cada casa. Essa densidade — um a verdadeir a biocenose — t orna possível um a con t ín u a at ração para inset os hem at óf ogos que aí procur ar ão abr igo e alim en­ to.

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gBt os por habit ant e, m enor que a de cies, o inverso d o que com um ent e se observa. Em realidade a razão cão/ hom em deveria ser a de 1:10 que é a média obser vada n o Est ado. Mas se t ivermos em cont a que 4 0 % da área d o Est ado é urbana, onde a razão cão/ hom em cai para menos da met ade da que ref eri m os acima, a compensação deveria ser dada nas regiões rurais, onde a razão com um ent e encont r ada é 1 :5. É o que vam os observar em relação aos gat os cuj a razão agora obser vada é 1 :5,6.

0 espaço dom ést ico é par t il hado t am bém com diversos m am íf er os e aves variadas, com o ref eridos na Tabela 3. Isso f az com que a r azão animal dom ést i co/ hom em chege: a 1:2,8.

A Tabel a 4 most r a-nos, n o ent ant o, que a convivência é na quase met ade das vezes apenas com uma espécie de anim al : cão, gat o ou ave. Na out ra met ade há um a variada com bi nação de espécies.

Foi obser vado t am bém que a popul ação recenseada guarda um vago t em or quant o à exist ência de cães dent ro de casa, o que leva-nos a aceit ar com o verdadeir a a i nf or m ação da inexist ência de cães em 210 das 4 0 0 casas cadast radas, f at o est e que vem expl icar a bai xa densidade de cães.

Tem per at ur a e u m i d ad e n a ár ea - Al gum as medições f or am f eit as para que se possa t er idéia das condições de cl im a que sej am adequa­ das ao desenvolvim ent o de t r iat om íneos.

Em 4 0 localidades, a t emperat ura e a um ida­ de relat iva f or am m edidas em diversas hor as e meses. Essas inf or m ações const am da Tabel a 5. De j aneiro a agost o, medições de t emper at ura f oram f eit as em horas que variaram de 8, 10 às 16, 15, dando as seguint es t emperat uras médias por mês em ° C: 31, 1 — 29, 7 — 29, 6 — 26, 3 — 28, 5 — 28, 4 e 30, 3 (j aneiro a agost o com exceção de f evereiro).

Nos m esm os meses e horas as medidas da um idade relat iva f or am as seguint es: 47, 65, 66, 81, 64, 63 e 48.

Assi m o mês de m ai o é o de m enor t empera­ t ura média e de m aior um idade relat iva. À pr opor ção que a t emperat ura sobe, d i m i nui a umidade relat iva, chegando a ext r em os c om o os verif icados em j anei ro e m aio e agost o (Tabe­ la 6): enauant o a t em perat ura osci l ou de 35 ° C por 25° C e depois subi u para 34 ° C a um idade relat iva var iou de 4 6 % para 9 0 % e depois bai xou para 3 5 % em agost o.

Re su m o d o s f at or es b i ó t i co s e a b i ó t i co s d o

am b i ent e - No am bient e dom ést ico f or am

obser vados, por média de casa, 8, 34 seres vi vos; as casas er am na m aior part e de t aipa, sem

reboco, cobert as de t elha e piso de barro bat ido. A t emperat ura var iou de 25 a 35° C, num a média de 30° C. A um idade relat iva var iou de 3 5 % a 9 0 % com uma média de 6 4 % (Tabela 6).

Est u d o s d o s t r i at o m ín e o s

Di st r i b u i çã o p o r e có t o p o s e f ases evol u t i vas — As capt ur as realizadas na área em est udo deram 1. 290 exem plares de t r i at om íneos de 3 espécies, d os quais f or am exam inados 1. 109, com 225 inf ect ados pel o T. cr u zi ( 20, 3% — Tabel as 7 e 8).

De 6 9 localidades t rabalhadas, 44 apresent a­ ram t r i at om íneos e em 23 das quais havia t r i at om íneos inf ect ados. Dent r e os exemplares adul t os, os m achos se apresent aram em maior número, por ém em t axa de inf ecção m enor que a das f êmeas. Das f ases im at uras (ninf as) f or am encont r ados m aior núm er o de exemplares, po­ rém com m enor t axa de inf ecção. Ent ret ant o, dado o núm er o m ai or de ninf as (78, 8%) vam os veri f icar que elas assumem m aior im por ­ t ância pois, sobre o t ot al de t r iat om íneos inf ect ados, elas represent am 67, 6%.

Em resum o veri f i cam os que a im port ânci a epidem iológica apresent a-se inversament e p r o­ porcional à t axa de inf ecção, t endo em cont a por separado f êmeas, m achos e ninf as, com o se deduz das inf or m ações apresent adas na Tabe­ la 7. ■

No que diz respei t o à dist r ibuição geográf ica de t r i at om íneos n o Muni cíp i o, verif ica-se o seguint e:

a) De 69 localidades t rabalhadas, 44 apre­ sent aram t r i at om íneos (è3, 8%).

b) De 4 4 localidades com t ri at om íneos, 23 apresent aram inf ect ados (52, 3%).

c) Port ant o 33 , 3 % da área apresent aram t r i at om íneos inf ect ados.

Dos ecót opos pesquisados os que apresent a­ ram m aior núm er o de exempl ares f oram as locas de pedra, seguidas d os pol eir os de galinhas e galinheiros, m ont e de t elha, chiqueir os à e cabra, m ont es de m adeir a Vem os ent ão que os ecót opos dom ést icos se apresent aram pouco habit ados.

Quant o às t axas de inf ecção p or ecót opo, os m ont es de t elha, as locas de pedra e os m ont es de madeira f or am os que apresent aram valores mais elevados, pr ovavel ment e porque esses ecó­ t opos er am t am bém habit ados p or m am íf eros inf ect ados. (Gr áf ico 2).

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sobre os t r i at om íneos capt ur ados em locas de pedra, vam os verif icar aí as m esm as t axas observadas globalment e, ist o é, a m ai or i m por ­ t ância das ninf as do p ont o de vist a epidem iolô- gico, por um f enôm eno de massa (Tabelas 8 e 9 e Gráf ico 3).

Di st ân ci a d o s e có t o p o s — Tom ando-se a habit ação hum ana com o cent r o, f or am pesqui­ sados em vol t a mais oi t o(8) t i pos de ecót opos art if iciais e t rês(3) ecót opos nat urais.

Os ecót opos pesquisados dist am da casa at é 200 met ros.

Os ecót opos art if i ciais em vol t a da casa, conf or m e vem os na Tabel a 10 e Gr áf i co 4, são ót im as reservas de ali m ent o para t r iat om íneos, pois abrigam anim ais dom ést icos na sua m aio­ ria, ou m esm o anim ai s silvest res (r oedor es e marsupiais) que se apr oxi m ar am da habit ação hum ana em busca de aliment o.

A n i m a i s q u e h ab i t am as l o ca s d e p ed r a — Um t i po de ecót opos nat ur ais f oi ampl ament e pesquisado, em dist âncias variáveis em relação à habit ação hum ana desde 5 at é 2 0 0 met ros, e a m ai or quant i dade deles se sit uam ent re 10 e 100 met r os (Gr áf ico 4); e com o vem os na

Tabela 11, eram habit ados por m or cegos

(73, 6%), preás (21, 2%) e punarés (5, 2%). Co n ­ vém recordar que esses m am íf er os são t odos conhecidos reser vat órios de cepas de T. cr u zi , conf or m e se verif ica no Ceará dos t r abalhos de Alencar e col abor ador es3, 4' 5.

Háb i t os d as esp éci es

a) Di st r i b u i çã o d e Panst r ongyl us megist us p o r e có t o p o s — Est a espécie de t r i at om íneo não apresent a im por t ância na área est udada pois, com o vem os na Tabel a 12, som ent e um a vez f oi encont rada (doi s exem plares), num chi queir o de cabra. Devem os assinalar, no ent ant o, que esses dois exempl ar es apresent avam inf ecção pelo T. cr u zi ; mas a raridade d o encont r o ret ira-lhe valor epi dem i ol ógico na área.

Di st r i b u i çã o d e Tr iat om a brasil iensis p o r

ecó-t opo - As Tabel as 12 e 13 apresent am os dados

de dist r ibuição d o pr inci pal t r ansm issor d o T. cr u zi no Ceará e n o Nordest e. Os 6 9 2 exem pl a­ res capt ur ados em 31 local idades d i st r i b u í­ ram-se pr inci pal m ent e em ecót opos nat ur ais (58, 2%) e em segundo lugar em ecót opos art if iciais em t or no das habit ações hum anas (33, 2%) e p oucos dent r o das habit ações (7, 9%). Devemos est ar lembrados, n o ent ant o, que m uit o recent ement e f oi desinset izada a região, f at or que deve est ar i n f l ui nd o grandement e na dist ri buição ecol ógica dos t r iat om íneos.

Tam bém as t axas de inf ecção variaram de acor do com o t i po de ecót opo (Tabela 14), apar ecendo t axas elevadas de inf ecção em m on ­ t e de madeira, galinheiros, locas de pedra e m ont es de t elha. Ent r et ant o verif ica-se que apenas um a vez f oi encont r ado m ont e de madeira com t r i at om íneo. Cer t am ent e aí habi­ t ava algum r oedor inf ect ado.

Os dem ais ecót opos f or am assinalados na or dem abaixo (Gr áf ico 4 — 1):

a) Loca de p e d r a . .. . . 25 vezes; b) Ga l i n h e i r o . . . 10 vezes; c) Mont e de t elha . . .. . . .. . . .. . . .. . . . 09 vezes; d) Sala na habit ação . .. . . 08 vezes; e) Chi q uei r o de cabra ... 06 vezes; f) Quar t o na habit ação ... 05 vezes; g) Depósit o na h ab i t aç ã o ... 04 vezes; h) Poleir o de g a l i n h a . . . 02 vezes; i) Al pendr e . . . 02 vezes; j ) Mont e de madeira, m ont e de

t ij olos, cozinha, chi queir o de por co, chi queir o de

ovelha — cada u m . . . 01 vez Vem os, assim, p or ordem de f reqüência os ecót opos pr ef eri dos pela espécie e por suas f ont es de aliment ação. São verdadeir os "n i c h o s nat ur ais".

Di st r i b u i çã o d e Tr iat om a pseudom aculat a p o r e có t o p o — Apresent a-se est a espécie a segunda da área, não m ui t o dist anciada da primeira, mas com um a dist r i buição ecológica dif erent e, bem com o a sua t axa de inf ecção 2, 7% cont r a 3 6 , 3 % (Gr áf ico 4 - 2).

Enq uant o o T. b r asi l i e n si s f oi encont r ado em 31 localidades, e T. p se u d o m acu l at a f oi encon­ t r ado em 27. As Tabel as 15 e 16 m ost r am est a dist ri buição. Verif ica-se pel os dados apresent a­ dos a nít ida pref erência p or ecót opos habit ados por galinhas, únicos onde f or am encont r ados exempl ar es inf ect ados p or T. cr u zi , def inindo-se assim os seus hábit os e sua capacidade ou probabil idade de inf ect ar-se.

Em r esum o é um a espécie de m enor disper ­ são e de m enor densidade que o T. b r asi l i ensi s. Para mant er a mesma densidade deveriam t er sido encont r ados 5 4 6 exempl ar es em vez de 415, com o na realidade f or am encont rados.

CO N CL U SÕ ES

Na área est udada as casas são de t i po adequado à per sist ência de t r iat om íneos, por const i t uír em bons abr igos para eles.

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T A B E L A 1

Ep id em iol ogi a da Doença de Chagas Ti p os de Habit ação em Ár ea Trabalhada

Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova 1974 - 1975

Com ponent e Mat erial Usad o

Casas

N9 %

P Bar r o com reboco 15 3, 7

A Bar r o sem r eboco 160 39, 1

R Ti j ol o com r eboco 103 25, 2

E Ti j ol o sem r eb oco 123 30, 0

D Madeir a 6 1.5

E Palha 2 0, 5

Tot al 4 0 9 100, 0

P Areia 8 1,9

1 Bar r o 190 46, 5

S Cim ent o 57 13, 9

0 Madeir a -

-Ti j ol o 154 37, 7

Tot al 4 0 9 100, 0

T Palha

_

_

E Tel ha 407 99, 5

T Sem t et o 1 0, 25

0 Em const r ução 1 0, 25

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V o l.X I-N ? 1

G R Á F I C O N * l

EST U O O S SO BRE A EPIDEM IO L O CIA D A DO EN ÇA DE CH A O A S D EN SI D A O E H A B I T A C I O N A L

M U N ICÍPIO DE M O RA D A N O V A - EST A O O 0 0 C EA R A 1 9 7 4 - 1 9 7 5

l . o 9 . 1 t t . l l l . 0 l t . 9 *1. 0 i c . a 9.Z t . o « . 9 9 . 0 1 . 9 0 . 9

t 5 4 5 9

: j l| !

10 | ll / t t | l 9/ l4 N Ü M » 0 O t H t t l U N t t I | M C A O A C * 9 A

T A B E L A 2

Epidem iol ogi a da Doença de Chagas Censo de Habit ações em Ár eas Sel ecionadas Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova — Est ado d o Ceará

1974 - 1975

N9 de habit an­ Casas Habit ant es

t es na casa

N° % N9 Média

Observações

1 4 1. 0 4

_

Na área exist em mais

2 21 5. 2 42 — 5 casas desabit adas, 3

3 51 12, 8 153 casas que não f or am

4 44 11, 0 176 — recenseadas e 1 Esco­

5 6 6 16, 5 330 — la.

6 44 11, 0 264 — A área f oi recenseada

7 51 12, 8 357 - para capt ur a de t riat

o-8 37 9, 2 296 - míneos.

9 36 9, 0 324 — Tot al Geral: 4 0 9 ca­

10 26 6, 5 260 — sas.

11 7 1,8 77 —

12 5 1, 2 6 0 —

13 2 0, 5 26 —

14 3 0, 8 42 —

15 1 0, 2 15 _

16 1 0, 2 16 —

20 1 0, 2 20

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T A B E L A 3

Est ud os Sob r e a Epidem iol ogi a da Doença de Chagas Ani m ai s Dom ést i cos na Ár ea Recenseada Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova — Est ado d o Ceará

1974 - 1975

Espécies de Anim ais

Exem plar es em Cada Casa

N9 de Casas

% de Casas

Tot al de Ani m ai s

Médi a de Ani m ai s

em Cada Casa

Observações

Cães 0 210 52, 5 — __ % do t ot al geral — 28, 3

1 147 36, 7 147 —

2 34 8, 5 68 —

3 6 1,5 18 —

4

C 2 0, 5 8

-O

6 1 0, 3 6

_

Tot al 4 0 0 100, 0 247 0, 62

Gat os 0 149 37, 2 — _ % d o t ot al geral — 51, 2

1 157 39, 2 157 —

2 53 13, 2 106 —

3 16 4, 0 48 —

4 6 1, 5 24 —

5 12 3, 0 60 —

6 3 0, 8 18 —

7 2 0, 5 14 —

8 1 0, 3 8 —

9 1 0, 3 9

-Tot al 400 100, 0 444 1, 11

Out r os Cabra 3, Coel ho 15,

Mam íf eros 21 5, 3 37 0, 09 Ovelha 3 Peba 8, Por co

1, Preá 2, Sagüi 5 - % 4,3.

Aves 52 13,1 139 0, 35 Asabr anca 4, Jurit i 1,

Capot e 19, Gal inha 73, Papagaio 22, Peru 5, Pe­ r i qui t o 1, Pom bo 14 — % 15, 9.

Tot al

(8)

32

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

Vol. XI - N? 1

T A B E L A 4

Est ud os Sobr e a Ep id em iol ogi a da Doença de Chagas Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova - Est ado d o Ceará

Convi vência d o Hom em com Ani m ai s 1974 - 1975

Casas com

Espécies de Ani m ai s Convi vendo: Com binações — Observações

N9 %

Caês soment e 54 13, 6

Gat os soment e 116 29, 1

Aves soment e 12 3, 0

Cães e gat os 133 33, 4

Cães e out ros m am íf er os 12 3, 0

Gat os e out r os m am íf er os 17 4, 3

Cães, gat os e out r os m am íf er os 10 2, 5

Cães e aves 32 8, 0

Gat os e aves 33 8, 3

Out r os m am íf er os e aves 4 1, 0

Cães, gat os e aves 25 6, 3

Cães, gat os, out r os m am íf er os e aves 2 0, 5

Out ros m am íf er os 4 1, 0

Tot al 398

_

T A B E L A 6

Est ud os Sob r e a Ep id em iol ogi a da Doença de Chagas Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova — Est ado d o Ceará

Val or es Ext r em os de Tem perat ura e Um i dade Janeir o — Agost o — 1975

Mês Tem perat ura Um idade

Localidade e (° C) Relat iva (%)

Hor a

Máxi m a Mín i m a Máxi m a Mín i m a

Frade Jan. 35

_

46

Âgua Fria Maio-8. 15 25 78

-St o. An t on i o Maio-8. 20 25 90

(9)

Jaa.-Fev., 1977

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

33

T A B E L A 5

Est ud os Sobr e a Ep idem iol ogi a da Doença de Ch a gK Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova - Est ado d o Ceará Tem perat ura e Um i dade Regist radas em Dif erent es H o r a s- 1975

Localidades Mês Hor a Tem per a­

t ura (° C)

Um idade Relat iva

(%>

For qui lha Janeir o 9, 00 28 50

Veneza Janeir o 15, 00 32 46

Frade Janeir o 9, 30 29, 5 46

Frade Janeir o 15, 30 35 46

Caraúbas Mar ço 16, 15 31 55

Uiraponga Mar ço 10, 10 29 67

Ext rema de Baixo Mar ço 11. 10 31 67

Rídra Grande Mar ço 12, 30 30 61

Mot a Mar ço 13, 30 31 58

Pacavira Mar ço 8, 15 27 74

Pocinhos Mar ço 10, 00 29 72

Saco Grande Abr i l 14, 30 33 55

Carcará Abr i l 9, 15 30 68

Pat inhos Ab r i l 8, 30 27 80

Campo Alegre Ab r i l 10, 40 28 80

Conceição Ab r i l 14, 50 29 70

Paulicéia Ab r i l 15, 00 30 55

Açude Novo Abr i l 15, 20 30 52

Sant o An t ô n i o Maio 8, 20 25 90

Cumbe Mai o 14, 00 29 75

Água Fria Mai o 8, 15 25 78

Juazeiro de Bai xo Junho 15, 15 29 60

Quixelê Ju n h o 8, 10 27 70

Mut amba Ju n h o 9, 45 27 70

Coronha Ju n h o 15, 10 30 62

Chile Junho 12, 30 31 50

Trapiá Ju n h o 14, 50 30 54

Jardim Ju n h o 8, 45 27 80

Barbado do Machado Ju n h o 14, 35 3 0 62

Favela Ju n h o 9, 35 27 7 0

Fum as Ju n h o 10, 50 28 65

Laj edo Ju l h o 13, 30 31 58

St o. An t on i o das Laj es Jul ho 9, 30 27 61

Laj es Jul ho 11, 10 30 60

Lagoa Funda Ju l h o 8, 10 25, 5 75

Flor de Liz Agost o 8, 10 27 69

Tabul eir o Grande Agost o 15, 30 34 35

PIMN — Set or 6 Agost o 8, 30 27 50

(10)

T A B E L A 7

Est ud o Sob r e a Epidem iol ogi a da Doença de Chagas Mu n i c íp i o de Mor ada Nova — Est ado do Ceará

Tr i at om íneos Capt ur ados em Treze Ecót op os Ar t if i ciais e Um Nat ural Inf ecção por Ninf as, Machos e Fêmeas - 1974/ 1975

E x a m i n a d o s

Tot al Machos Fêmeas Ni nf as Tot al

Exam. Pos. Exam . Pos. Exam. Pos. Exam . Pos.

Tb

Sala 19 04 01 06 01 07 02 17 04

Quar t o 06 - - 01 01 05 03 06 04

Cozinha 01 01 - - - 01

Depósit o 11 01 - 05 01 05 - 11 01

Al pendr e 24 02 - - - 20 01 22 01 4, 5

Chiquei r o de Cabr a 68 07 02 05 01 56 02 68 05 7, 4

Chiquei r o de Ovelha 02 01 - - 01 - 02 — —

Chiquei r o de Por co 09 01 - - 07 - 08 -

-Gali nheir o 184 34 04 26 07 116 03 176 14 8, 0

Mont e de madeira 40 11 11 08 07 20 19 39 37 94, 9

Mont e de t elha 191 07 02 06 02 128 19 141 23 16, 3

Mont e de t ij olo 32 - 01 - 09 - 10 — —

Pol eir o de galinha 227 22 - 04 02 175 01 201 03 1.5

Loca de pedra 476 50 20 32 11 325 102 407 133 32, 7

Tot al 1. 290 141 40 94 33 874 152 1. 109 225

-% - - 28, 4 - 35, 1 17, 4 — 20, 3 —

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V

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X

(11)

Jan.-Fev., 1977

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

35

T A B E L A 8

Est ud os Sobr e a Ep i d em i ol ogi a da Doença de Chagas Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova - Est ado d o Ceará

Tr i at om íneos Capt ur ados em Locas de Pedra (T. b r asi l i e n si s)

Fases Posit ivos % de posit ivos

Evolut ivas i ^ A d i i m i d U O S N9 % Sobr e o Tot al

Machos 50 2 0 40, 0 4, 9

Fêmeas 32 11 34, 4 2, 7

Ninf as 325 102 31, 4 25, 1

Tot al 407 133 32, 7

T A B E L A 9

Est ud os Sobr e a Ep id em iol ogi a da Doença de Chagas Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova — Est ado d o Ceará

Ecót op os Nat ur ais Pesquisados 1 9 7 4 / 1975

Tipo de Ecót op o N9 Observações

Locas de pedra 38 37 com t r i at om íneos

Ni nhos de pássaro 14 "Casaca de c o u r o " M i n u s sat u r n i n u s

Ocos de pau 6 Ár vor e: Ch o r d i a o n co ca l y x

(12)

36

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

Vol. XI — N? 1

T A B E L A 10

Est ud os Sob r e a Ep id em iol ogi a da Doença de Chagas Est ado d o Ceará — Mu n i c íp i o de Mor ada Nova

Locas de Pedra com Tr i at om íneos Dist ância das Habi t ações

Dist ância das Habi t ações N9 de Vezes %

15 met r os 3 8, 0

1 0 a 20 met ros 12 29, 0

30 a 40 met ros 6 16, 0

50 a 60 met ros 5 16, 0

70 a 80 met r os 1 2, 0

90 a 100 met r os 8 18, 0

1 1 0 a 120 met r os 1 2, 0

130 a 140 met r os

-150 a 160 met ros

170 a 180 inet r os 1 2, 0

190 a 200 met r os 1 2, 0

Tot al 38 100, 0

T A B E L A 11

Est ud os Sobr e a Ep idem iol ogi a da Doença de Chagas Est ado d o Ceará — Mu n i c íp i o de Mor ada Nova

Mam íf er os Present es em Locas de Pedra

Espécie de Mam íf er os Present e N9 de vezes %

Mor cego (sem out r o animal) 11 28, 9

Preá 3 7, 9

Punaré 1 2, 6

Mor cego e punaré 1 2, 6

Mor cego e out r os 16 42, 1

Preá e out r os 6 15, 8

(13)

T A B EL A 12

Est ud os Sobr e a Ep idem iol ogi a da Doença de Chagas Mu n i c íp i o de Mor ada Nova — Est ado d o Ceará

Tr iat om íneos Exam i nad os por Ecót op os ' (Dist r i buição e f ases evolut ivas)

1974 / 1975

T. brasiliensis T. pseudom aculat a P. megist us Tot al

LUt dl ua

Capt ur a

Machos Fêmeas Ninf as Machos Fêmeas Ninf as Machos Fêmeas Ninf as Ex. Pos. %

Ex. Pos. Ex. Pos. Ex. Pos. Ex. Pos. Ex. Pos. Ex. Pos. Ex. Pos. Ex. Pos. Ex. Pos.

Al pendr e 2 20 1 22 1 4, 5

Chiquei r o de cabra 5 1 3 41 2 1 1 15 1 1 1 1 6 8 S 7, 4

Chiquei r o de ovelha 1 - 1 - 2

-Chiquei r o de p or co 1 - 5 - 2 8

-Cozinha 1 - 1

-Depósit o 1 - 5 1 5 11 1

Gali nheiro 5 1 10 3 3 2 29 3 16 4 113 1 176 14 8, 0

Mont e de madeira 1! 11 8 7 20 19 39 37 94, 9

Mont e de t elha 6 2 4 2 94 19 1 - 2 - 34 - 141 23 16, 3

Mont e de t ij olo , - - 1 - 9 - 10

-Pol. de galinha 1 - 1 - 21 4 2 174 1 201 3 1,5

Quar t o 1 1 5 3 6 4

Sala 2 1 6 1 7 2 2 - 17 4

Loca de pedra 50 20 32 11 325 102 407 133 32, 7

Tot al 86 36 70 27 5 36 150 54 3 23 6 338 2 1 1 1 1 1. 109 225 20, 3

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(14)

38 Rev. Soc. Br as. Med . Tr op . Vo l . X I - N ? 1

T A B E L A 13

Est ud os Sobr e Ecol ogi a de Tr i at om íneos Est ado d o Ceará - Mu n i c íp i o de Mor ad a Nova

1974 / 1975

Tr i at om a b r asi l i e n si s Capt ur ados em Diver sos Ecót opos, p or Locali dade

Capt ur ados

Localidade Ecót op o e

Exam i nad os

Posit ivos

Pat os Sal a 01 01

Loca de pedra 07 02

Vazant e Quar t o 02 02

Gir ilândia Mont e de t elha 01 —

Lagoa Grande Gali nheir o 01 01

Tapera Gal i nhei r o 01

-Mont e de t elha 06 —

Cor cunda de Cim a Chi q uei r o de cabra 34

-For qui l ha Mont e de t elha 30 09

Al pendr e 21 01

Sala 06 01

Veneza Depósit o 02

-Sal a 01 —

Chi q uei r o de cabr a 03

-Frade Depósit o 01 01

Loca de pedra 29 16

Chiquei r o de cabr a 07 01

Sal a 02 —

Mont e de madeira 39 37

Mont e de t elha 34

-Loca de pedra 15

-Mont e de t i j olo 10

-Cozi nha 01

-Caraúbas Quar t o 01 01

Loca de pedra 03

-Ext r em a de Bai xo Chi q uei r o de cabra 01 01

Gal i nhei r o 01 01

Loca de pedra 04 01

Pedra Grande Chi q uei r o de cabra 02

-Saco Grande Gali nheir o 01

-Carcará Loca de pedra (50m ) 12 06

Loca de pedra (200m ) 44

-Loca de pedra (100m ) 05 03

Pat inhos Mont e de t elha 11 04

Cam po Alegr e Quar t o 01

-Paulicéia Loca de pedra 10 01

Açude Novo Mont e de t elha em casa desabit ada 13 06

Sala 01 01

Quar t o 01 01

Mont e de t elha 04 02

Açud e Vel ho da Pet a Dep ósit o (na casa) 07

-Gal i nhei r o 01 01

Mont e de t elha 04

(15)

-Jan.-Fev., 1977

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

39

Cont i nuação Tabel a 13 T r íat o m a b r asi l i e n si s

Localidade Ecót op o

Capt ur ados e Exam i nad os

Posit ivos

Açude Novo Loca de pedra 13

_

Açude Vel ho da Pet a Loca de pedra 83 50

(Diver sas dist âncias)

_

Sant o An t on i o Pol eir o de gali nha 01

Chi q uei r o de p or co 06

Cumbe Loca de pedras (15 a 10Om) 53 24

Água Fri a Sal a (casa desabit ada) 02 01

Juazeiro de Baixo Gal i nhei r o 02

Locas de pedras ( 10 a 100m ) 47 10

Quixel ê Mont e de t elha 01

Poleir o de galinha 01

Laj edo Locas de pedra 04

St o. An t on i o dos Laj es Gal i nhei r o 01

Pat os Locas de pedra <30/ 50m ) 51 03

Casas Novas Gal i nhei r o (casa desabit ada) 01

Loca de pedra (30m ) 09 06

Fl or de Liz Gal i nhei r o 09 03

Dep ósit o (15m ) 01

Chi q uei r o de ovel ha Locas de pedra (30/ 100m )

02

Tabuleiro Grande Quar t o 01

Loca de pedra ( 120m ) 04 04

Tabuleiri nho Chiq uei r o de cabra 02 01

Sal a 01

Loca de pedra 03

-Tot al

(16)

40

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

Vol. XI — N? 1

T A B E L A 14

Est u d o Sobr e Ecol ogi a de Tr i at om íneo* Mor ada Nova - Est ado d o Cearà

Ecót op os Pesquisados T r i at om a b r asi l i e n si s

Ecót op o

Tr íat om íneos Capt ur ados Exam i nad os

N9 Posit ivos %

Fo r a da H ab i t ação

Locas de pedra 407 133 32, 7

Gali nheiros 18 06 33, 3

Chiquei r o de cabra 49 03 12, 2

Chiquei r o de por cos 06 -

-Chiquei r o de ovelhas 02 —

-Mont e de t elhas 104 23 22, 1

Mont e de t ij ol os 10 -

-Mont e de madeira 39 37 94, 9

Poleir o de galinha 2 — —

Tot al 637 202 31, 7

N a Hab i t ação

Sala 15 0 4 .

Quar t o 06 04

Al pendr e 22 01 4, 5

Depósit o 11 01

Cozinha 01 — —

Tot al 55 0 18, 2

(17)

Jan.-Fev., 1977

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

T A B E L A 15

Est ud o Sobr e Ecol ogi a de Tr iat om f neos Mor ad a Nova — Est ado do Ceará

1974 - 1975

T r i at om a p seu d om acu l at a Capt ur ados em Di ver sos Ecót opos, por Locali dade

Localidade Ecót op os Capt ur ados Posit ivos

Cast elo Poleir o de Gali nha 02 _

Felipa de Baixo Sala 01 —

Exú Gal i nhei r o 03 02

Exú Chi q uei r o de cabra 01 _

Girilândia Mont e de t elha 01 —

Barro Ver m el ho Gal i nhei r o 16 —

Tigre Gal i nhei r o 01 —

T i y e Sal a 01 —m or t o

Purgoleit e Gal i nhei r o 09 —

Folveiro Poleir o de galinha 01 —

Folveiro Gal i nhei r o 20 04

Exú Mont e de t elha 31 —

Lagoa Nova Mont e de t elha 01 —

Lagoa Nova Gal i nhei r o 19 —

Lagoa Grande Gal i nhei r o 02 ' —

Frei Rem ígio Gal inheir o 39 —

Baixa Gal i nhei r o 20 —

Córrego Cor cunda Poleir o de galinha 11 02

Córrego Cor cunda Chiquei r o de cabr a 13

-Veneza Poleir o de galinha 03

-Veneza Sal a 01 —

Caraúbas Gal i nhei r o 05 _

Ext rema de Bai xo Poleir o de galinha 01 —

Saco Grande Gal i nhei r o 01 _

Conceição Pol eir o de galinha 153 01

Açude Novo Chiq uei r o de cabra 02

-Cumbe Gal i nhei r o 11

-Cumbe Chi q uei r o de cabr a 01

-Açude Novo Gal inheir o 01

-Aç. Vel ho da Pet a Poleir o de galinha 03

-Sant o An t on i o Chi q uei r o de por co 02 —

Mut amba Sala _ _

Coronha Poleir o de galinha 24 _

Trapiá Poleir o de galinha 01

-Flor de Li z Gal i nhei r o 09 02

Flqr de Li z Mont e de t elha 04

-Tabuleir inho Gali nheir o 02 —

Tot al

(18)

42

Rev. Soc. Bras. Med. Ttop.

Vol.XI —N?1

• M â f l C O N « C

T R I A T O M I M C O * C A R T U R A O O S C T R I A T O M I W C O S

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T R I A T O U I N C O S C A R T U R A O O S C T R I A T O M i N C O S

I N F K C T A O O S C M C C O T O R O S N A T U R A I S

M U N I C Í RI O OC M O R A O A N O V A

C S T A O O O O C C A R Á

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(19)

V OL.XI

MAIO-JUNHO, 1977

Nç 43

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T A B E L A 16

Ecót op os Pesquisados Tr i at om a p seu d om acu l at a

Ecót op os

Ecót opos Com Tria-

t om f neos

Tr i at om íneos

Capt ur ados Exam i nad os Posit ivos %

For a das H ab i t açõ es

Poleiro de galinha 12 225 199 03 1,5

Galinhei ro 17 158 158 06 5,1

Chiqueiro de cabr a 04 17 17 — —

Chiqueiro de p or co 01 02 02 - —

Mont e de t elha 04 37 37 -

-Tot al 38 4 3 9 413 11 2, 7

De n t r o da Hab i t ação

Sala 04 04 2 — —

(20)

Jan.-Fev., 1977

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

44

um a população de anim ai s dom ést icos (m am íf e­ ros e aves) que lhes servem de aliment o.

0 cl im a exist ent e na área f oi obser vado ser quent e e seco, na m ai or part e d o t em po de observação.

Doi s t erços das local idades vi sit adas apresen­ t avam t r iat om íneos, das quais a met ade apre­ sent ava t r i at om íneos inf ect ados.

Os ecót opos art if i ciais dom ést icos eram p ou­ co habit ados.

Os ecót opos art if i ciais par a-dom ést icos eram m uit o habit ados.

Dos ecót opos nat urais, as locas de pedra f or am os únicos encont r ados habit ados, com o t ambém o er am por anim ais reservat órios de T.

cr uzi .

0 T. b r asi l i e n si s é a espécie de mai or prevalência e a única que apresent ou t axas signif icat i vas de inf ecção pel o T. cr u zi ; f oi a única encont r ada em ecót opos nat urais, onde apresent a t axas elevadas de inf ecção e podem os considerar a espécie m ais silvest re e m enos domést ica.

0 T. p seu d om acu l at a apresent a n ít i d a pref e­ rência p or ecót opos habit ados por galinhas e f or am aí encont r ados os úni cos exem plares da

espécie que apresent aram inf ecção pel o T.

cr uzi.

Os t r i at om íneos na área per sist em dent r o das habit ações.

SU M M A R Y

The au t h o r s r ep or t i n f o r m a t i o n s a b o u t t h ei r st u d i e s i n M o r a d a No va, Cear á, w her e 6 9 l ocat i es A/ ere sear ch ed f o r t r i at om i n e b u gs; 1 2 9 0 b ú gs w er e f ou n d , 3 3 . 3 % o f t h em i nf ect -e d w i t h T. cruzi. T. brasil iensis w as t he m o st f r eq u en t sp eci es ( 6 5 . 5 %) ; 3 4 . 3 % o f t h e b u gs b el o n ged t o T. pseudom aculat a sp eci es, co n si d e r e d o f l i t t l e i m p o r t an ce i n t he t r an sm i ssi on o f Ch a ga 's d i sease i n t he r egi on ; o n l y 2 sp e ci m e n s o f P. megi st us w er e capt ur ed .

R EF ER ÊN C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

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Referências

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