ÉPOCA DE SEMEADURA NOS TEORES DE ÕLEO E PROTEÍNA DE DOIS CULTIVARES D E SOJA, U F V- 1 E I A C- 7 , DE CICLOS
TARDIOS DE M A T U R I D A D E *
S.S.S. N O G U E I R A * * H.P. H A A G * * * M . A . C . M I R A N D A * *
RESUMO
Estudou-se os efeitos de épocas ante c l p a d a s , normais e retardadas de se-m e a d u r a , nos teores de óleo e prote_^ na da semente de dois culti vares da soja, U F V- 1 e I A C- 7 , de ciclos tar-dios de m a t u r i d a d e .
0 trabalho foi conduzido em condições de c a m p o , no município de C a m p i n a s ,
* Parte da tese apresentada à E.S.A. "Luiz de Q u e i r o z " pelo primeiro autor.
Entregue para publicação em 1 5 / 1 2 / 8 3 .
** Instituto A g r ô m i c o do Estado de São Paulo, C a m p i n a s , SP.
S.P., e m um Latossolo Roxo eutrófico, durante os anos agrícolas de 1979/80 e I98O/8I, s e n d o as s e m e a d u r a s a c a da vinte dias no primeiro a n o e m e n -s a i -s , ã partir d e 17/09, no -segundo a n o , sendo consideradas oito e sete épocas respectivamente a cada a n o . A época d e semeadura a f e t o u o teor de óleo d o s c u l t i v a r e s , n o s dois a -nos d o e x p e r i m e n t o . Os teores de
ó-leo a p r e s e n t a r a m maior v a r i a ç ã o c o m o a n o a g r í c o l a d o q u e c o m a época d e s e m e a d u r a . Dentro d o m e s m o a n o , a v a r i a ç ã o através d a s épocas foi alea_ tór ia.
A época de semeadura afetou o teor de proteína da semente apenas do c u l t i var IAC7, nos dois a n o s . A v a r i a ção n ã o a p r e s e n t o u tendência d e f i n i -da através d a s é p o c a s .
Nas épocas antecipadas e normais de s e m e a d u r a , a composição q u í m i c a da s e m e n t e , c o m relação aos teores de ó leo e proteína n ã o diferiu nos dois a n o s , para os dois c u l t i v a r e s . As di
ferenças a p a r e c e r a m e m épocas retar-dadas .
INTRODUÇÃO
zendo um grande volume de d i v i s a s .
De m a n e i r a geral e x i s t e m épocas adequadas de semea^ dura para cada c u l t i v a r , nas quais a produção é poten-c i a l m e n t e m a i o r . A m a i o r i a dos poten-cultivares adaptados ao nosso meio produzem, bem em novembro (MASCARENHAS et a l i i ,
I 9 6 8 ) . Observações tem m o s t r a d o que a antecipação da se_ m e a d u r a para setembro ou o u t u b r o não afeta a produção
(BERLATO e W E S T P H A L E N , 1 9 7 1 ; A R A N T E S e G U I M A R Ã E S , 1 9 7 9 ; A R A N T E S , 1 9 7 9 ; REZENDE e A R A N T E S , 1 9 8 1 ) , porém o atraso a c a r r e t a uma queda na produção (BERGAMASCHI et alii, 1 9 7 9 ; E M P I N O T T I , 1 9 7 5 ; MILANEZ et alii , 1 9 7 8 ) .
0 a l t o custo da produção agrícola faz c o m que o agricultor utilize no inverno, c o m trigo ou outra c u l t u -r a , a m e s m a á-rea c u l t i v a d a com s o j a , -razão pela qual tem -se procurado antecipar as épocas de s e m e a d u r a .
Como a cultura de soja tornou-se importante devido ã sua c o m p o s i ç ã o q u í m i c a , e s p e c i f i c a m e n t e os teores de ó leo e p r o t e í n a , muitas pesquisas tem sfdo realizadas com a finalidade de verificar a influência do ambiente na com posição q u í m i c a , sendo a época de semeadura a variável mais utilizada para aquilatar diferenças a m b i e n t a i s . Por tanto é do interesse do agricultor aliar a p r o d u ç ã o , com posição q u í m i c a e possibilidade de duplo cultivo a n u a l .
A semente dos cultivares comerciais do Brasil apre s e n t a m de 18 a 2h% de óleo e 35 a **2% de proteína bruta
(MIRANDA et alii, 1982) .
Segundo HANSON et alii ( 1 9 6 1 ) , os dois produtos c o m p e t e m pelos mesmos esqueletos carbônicos provenientes da f o t o s s í n t e s e , como alicerces para a m b o s . 0 controle dá d i s t r i b u i ç ã o do material carbônico para formação de 5
HART-WING e C O L L I N S , 1962; JOHNSON e BERNARD, 1963; KWON e T O R R I E , 196*4; CALWELL et a l i i , 1969; SHANNON et a l i i ,
1972).
A maior parte das pesquisas para v e r i f i c a ç ã o da i£ fluência da época de plantio na composição q u í m i c a da S Í Í mente tem sido realizada em outros países.
FEASTER (19^9) e s t u d o u o c o m p o r t a m e n t o de cinco cultivares d u r a n t e quatro anos c o n s e c u t i v o s , semeados e m cinco épocas d i f e r e n t e s (20/04; 10/05; 0 1 / 0 6 ; 20/06 e 10/07) no estado de M i s s o u r i , EUA. Observou que o teor de óleo foi a f e t a d o apenas na última época de s e m e a d u r a .
DIMMOCK e W A R R E N (1953) e s t u d a n d o dois c u l t i v a r e s em cinco épocas de s e m e a d u r a , o b s e r v a r a m q u e o c o r r e u um d e c r é s c i m o no teor de óleo c o m atraso na semeadura e que o mesmo foi maior em a n o mais frio, o c o r r e n d o tendência
inversa para o teor de p r o t e í n a .
OSLER e CARTER (195*0 e m semeaduras de 0 1 / 0 5 a 12/ / 0 6 , em dois anos c o n s e c u t i v o s , o b s e r v a r a m q u e o teor mais alto de ó l e o o c o r r e u na primeira época de semeadura, decrescendo p r o g r e s s i v a m e n t e desta até a última. 0 teor de proteína variou inversamente.
T O R R I E e BRIGGS (1955) v a r i a n d o as épocas de semea dura o b s e r v a r a m que nio o c o r r e r a m variações no teor de o 1eo com o atraso na s e m e a d u r a , para os cultivares preco-ces. Os tardios a p r e s e n t a r a m d i m i n u i ç ã o pequena e pro-g r e s s i v a . 0 teor de proteína n ã o foi afetado pela época de s e m e a d u r a .
CARTER e HARTWING (1962) revisaram o efeito de épo ca de semeadura na síntese de óleo e proteína e c i t a r a m que o atraso na semeadura leva normalmente ã d i m i n u i ç ã o de óleo e pequeno a u m e n t o no teor protélco, devido ã o-corrência de temperaturas mais b a i x a s .
-m e a d u r a s -mensais durante todo o ano e v e r i f i c a r a -m que os teores de proteína e óleo não foram afetados pela época de s e m e a d u r a , no cultivar H a r d e e .
GRAVES et a l i i (1972) durante três a n o s , no T e n e s s e e , EUA, em semeaduras efetuadas de 15/04 a 1 7 / 0 7 , o b -s e r v a r a m que apena-s a-s época-s extrema-s produziram -semeji tes c o m maior teor de proteína e menor de óleo.
NAKAGAWA (1981) o b s e r v o u o comportamento de três c u l t i v a r e s de s o j a , P a r a n á , Santa Rosa e U F V- 1 , semeados de o u t u b r o a j a n e i r o , em B o t u c a t u , SP. Concluiu que o teor de ó l e o sofreu efeito de época de semeadura apenas em um dos anos de e x p e r i m e n t o , na semeadura de janeiro. 0 teor de proteína sofreu efeito de época em dois a n o s , nos plantios de dezembro e j a n e i r o , com diminuição nos teores para os cultivares Paraná e Santa Rosa. 0 c u l t i -var U F V- 1 a p r e s e n t o u variações não tendenciosas.
YAMAUCHI ( 1 9 7 1 ) estudou 20 cultivares durante sete anos no J a p ã o e v e r i f i c o u que o clima afetou muito menos o teor de proteína e de óleo do que a produção.
Alguns autores a f i r m a r a m que o atraso na semeadura reduziu o teor de óleo e não influenciou o teor de pro-teína (HARVEY e BRIGHAM, 1 9 7 1 ; C A R T E R , 197*0, enquanto que o u t r o s pesquisadores o b s e r v a r a m que o atraso na se-m e a d u r a d i se-m i n u i u o teor de óleo e ause-mentou o de proteína
(CONSTABLE, 1 9 7 7 ; V A L D I V I A , 1 9 7 9 ) .
Para a m a i o r i a dos autores c i t a d o s , o teor de óleo parece sofrer mais influência da época de semeadura do que o teor de p r o t e í n a . A e x p l i c a ç ã o está no fato da va_ riação na temperatura exercer maior efeito na síntese de óleo do que na de p r o t e í n a . As temperaturas altas aumeji
tam o c o n t e ú d o de ó l e o sem influir no de p r o t e í n a .
da semente tiveram maior efeito no teor de óleo do que as dos demais p e r í o d o s .
A disponibilidade de água parece nio afetar o teor de proteína e óleo da cultura de s o j a , segundo LUTZ e JONES (1975) que o b s e r v a r a m que a irrigação aumentou a produção, mas não os teores de óleo e proteína da s e m e n -te.
Em 1 9 7 9 , o Instituto A g r o n ô m i c o do Estado de São Paulo lançou o cultivar IAC-7 tardio, de ciclo e produtj_ vidade semelhante ao cultivar U F V- 1 , já de d i s t r i b u i ç ã o generalizada e comercial desde 1 9 7 3 . Para efeito de com paração destes dois c u l t i v a r e s , idealizou-se este traba-lho, cujos principais objetivos foram:
a) verificar se a época de semeadura influi no te-or de óleo e proteína da semente dos cultivares UFV- 1 e
IAC
-7-b) verificar se os cultivares diferem quanto ã com posição química nas diferentes épocas e s t u d a d a s .
MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento foi conduzido durante dois anos agrí colas ( 1 9 7 9 / 8 0 e 1 9 8 0 / 8 1) , em duas glebas limítrofes, lõ calizadas no Centro Experimental de C a m p i n a s , p e r t e n c e n -te ao Instituto A g r o n ô m i c o .do Estado de São Paulo, num Latossolo Roxo e u t r ó f i c o , de textura a r g i l o s a , relevo plano e fertilidade adequada ã c u l t u r a .
Foram testado:, os cultivares UFV-l e I A C- 7 , ambos de ciclo tardio quanto ã m a t u r i d a d e .
s e m e a d u r a , idênticas para os dois cultivares. As épocas anteriores a 15 de outubro foram consideradas a n t e c i p a -das e as posteriores de 01 de dezembro, retarda-das, em
relação aquelas consideradas c o n v e n c i o n a i s , o u s e j a , de 16 de o u t u b r o a 30 de novembro. As datas de semeadura no p r i m e i r o a n o (1979/80) foram: 05/10; 25/ 1 0 ; 14/11; 0 6 / / 1 2 ; 27/ 1 2 ; 17/01; 07/02; 29/02. No segundo ano ( 1 9 8 0 / /81) a n t e c i p o u - s e um pouco a primeira época com relação ao ano anterior e espaçou-se as demais. As datas de se-meadura foram: 1 7/09; 17/10; 17/11; 1 7/ 1 2 ; 17/01; 17/02;
1 7/03 e 1 7/ 0 4 .
No segundo ano do e x p e r i m e n t o , o tratamento c o r r e ^ ponde ã última data de semeadura (17/04) foi inutilizada devido ã o c o r r ê n c i a de g e a d a .
A instalação do experimento foi idêntica nos dois a n o s .
0 preparo do solo constou de uma aração e duas gra d a g e n s .
Demarca ram-se oito faixas de comprimento, corres-pondendo cada faixa a uma época de semeadura. As faixas e r a m separadas de dois m e t r o s . Cada faixa foi subdividj_ da em dez canteiros de cinco metros de c o m p r i m e n t o , cor-respondentes ãs cinco repetições para cada cultivar em cada é p o c a .
Cada canteiro era composto de cinco linhas de plan^ tio, espaçadas de 0,70 m e t r o s , com 25~30 plantas por m e -tro linear. A linha central de cada canteiro foi utili-zada para colheita de sementes m a d u r a s .
bruta = 6,25 x % n i t r o g ê n i o ) , d e t e r m i n a d o na Seção de FJ^ siologia do mesmo Instituto.
U t i l i z o u - s e u m d e l i n e a m e n t o experimental inteira-mente c a s u a l i z a d o c o m parcelas s u b d i v i d i d a s . As
parce-las r e p r e s e n t a v a m as épocas e as s u b p a r c e l a s , os dois c u l t i v a r e s , c o m cinco repetições para cada c u l t i v a r , e m cada é p o c a .
Foi feita a n á l i s e de variincia para épocas e para cultivares em cada ano de e x p e r i m e n t o . As médias para épocas comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabi1i d a d e .
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os teores de ó l e o da semente dos dois c u l t i v a r e s em estudo UFV-1 e IAC-7 sio a p r e s e n t a d o s nas tabelas 1 e 2 e os teores de p r o t e í n a , nas tabelas 3 e k.
O c o r r e r a m d i f e r e n ç a s nos teores de óleo em função da época de s e m e a d u r a , nos dois a n o s , para os dois cult_i_ v a r e s , de forma não t e n d e n c i o s a . Para o cultivar IAC-7, o teor da última época nos dois a n o s , diferiu daqueles dos d e m a i s , sendo mais b a i x a . Para o cultivar UFV-1, tam bém o c o r r e r a m m a i o r e s d i f e r e n ç a s entre os teores da últ_i_ ma época e dos d e m a i s , nos dois a n o s . A temperatura mais baixa no período de e n c h i m e n t o de v a g e m deve ter ijn fluenciado a síntese de ó l e o , como o c o r r e u em trabalhos de HOWELL e CARTER ( 1 9 5 8 ), "CARTER e HATWING (1962) e CONS T A B L E ( 1 9 7 7 ) .
dois cultivares nio v a r i a r a m nessas é p o c a s . Os resulta-dos sio concordantes com CARTER e HOPPER ( 1 9 ^ 2 ) ; FEASTER
A comparação entre cultivares mostrou que os m e s -mos d i f e r i r a m numa época de semeadura ( 1 7 / 1 0 ) no primei-ro a n o . No segundo a n o , o cultivar IAC-7 diferiu de UFV-- 1 , a p r e s e n t a n d o teores mais altos nas épocas convencioUFV-- convencio-nais de semeadura ( 1 7 / 0 9 ; 1 7 / 1 0 e 1 7 / 1 1 ) e teores infe-r i o infe-r e s , em duas épocas tainfe-rdias ( 1 7 / 0 1 e 1 7 / 0 3 ) .
Embora os resultados dos dois anos não tenham sido c o m p a r a d o s , verificamos que os teores obtidos no primei-ro ano são m u i t o mais altos do que os do segundo, suge-rindo q u e o ano agrícola tem maior influência no teor de ó l e o do que a época de semeadura e que as diferenças e n -tre cultivares podem aparecer em anos menos favoráveis à de ó l e o . Os resultados o b t i d o s sugerem que o cultivar
IAC-7 possa ser melhor produtor de óleo que U F V- 1 , o que é citado por MIRANDA et a l i i ( 1 9 8 2 ) . A comprovação def_i_ nitiva deverá ser feita em estudos de campo de mais lon-ga duração ou em ambientes c o m condições c o n t r o l a d a s .
NAKAGAWA (1981) não encontrou diferenças no teor de óleo do cultivar U F V 1 , em épocas de plantio c o m p r e e n d i -das entre 12 de o u t u b r o e 28 de d e z e m b r o , durante três anos c o n s e c u t i v o s , em B o t u c a t u , SP. No e n t a n t o , e n c o n -trou variação no teor m é d i o , com o ano a g r í c o l a , à seme-lhança com o fato o c o r r i d o neste experimento.
Os teores de ó l e o obtidos no primeiro ano são bem mais e l e v a d o s , em ambos cultivares do que aqueles c i t a -dos como médios por MIRANDA et a l i i ( 1 9 8 2 ) , ou seja, de 20,5¾ para o cultivar U F V- 1 e 2 1 , 2 ¾ para I A C- 7 , r e f o r ç a ^ do o fato do ano agrícola exercer grande influência na síntese de óleo.
0 cultivar U F V- 1 não foi afetado no teor protéico da semente pela época de s e m e a d u r a , nos dois anos do ex-perimento.
los maiores teores, diferentes das demais.
Considerando as épocas convencionais com relação a produção, o teor de proteína não variou com a época de plantio, para os dois c u l t i v a r e s . Neste c a s o , os resultados concordaram com vários pesquisadores que o b s e r v a -ram que a época de semeadura não afeta o teor de proteí-na da soja (TORRIE e B R I G G S , 1 9 5 5 ; LEFFEL, 1 9 6 1 a ; HARVEY e BRIGHAM, 1 9 7 1 ; GRAVES et a l i i , 1 9 7 2 ; SILVA et a l i i ,
1 9 7 2 , C A R T E R , 197*0.
Comparando-se os c u l t i v a r e s , observou-se que diferiram apenas em duas épocas em cada a n o , sendo essas d i ferenças inconsistentes para indicação de diferença e n -tre c u1 1 i var.
Embora não tenham sido c o m p a r a d o s , v e r i f i c o u - s e que os teores de proteína não v a r i a r a m nos dois a n o s , em ambos c u l t i v a r e s . HARVEY e BRUGHAM (1 9 7 1) e CARTER (197*0 o b s e r v a r a m que a síntese de proteína é pouco sensível a condições a m b i e n t a i s .
MIRANDA et a l i i (1982) citam o cultivar U F V- 1 como tendo em média 40,6¾ de proteína na semente e o I A C- 7 , 36,8¾. Neste experimento os teores obtidos pelo culti-var U F V- 1 a s s e m e l h a m - s e ao c i t a d o , porém os de IAC-7 são ma i s a 1 tos.
m i c a , uma vez que nas épocas retardadas nunca é efetuado o plantio devido ã baixa produção de sementes.
C O N C L U S Õ E S
A época de semeadura influi no teor de ambos cultj_ v a r e s .
Os teores de ó l e o a p r e s e n t a m maiores variações de-vido ao ano agrícola do que ã época de semeadura.
Existe uma indicação que o cultivar IAC7 seja m e -lhor produtor de óleo que U F V - 1 , nas épocas antecipadas e normais de s e m e a d u r a .
Dentre as épocas antecipadas e normais de semeadu-ra, todas podem ser indicadas quanto ao teor de óleo na s e m e n t e , para ambos c u l t i v a r e s .
A época de semeadura influi no teor protéico ape-nas do cultivar I A C - 7 .
0 teor de proteína não é afetado pelo ano agrícola e é pouco afetado pela época de s e m e a d u r a .
Os cultivares não diferem quanto ao teor de proteí na da semente.
SUMMARY
A study was made on e a r l y , normal and delayed plaji ting on the oil protein content of the seeds of two late varieties of s o y b e a n , UFV-I and I A C -7 .
The field experiment was carried out at Campinas Experimental Station in e u t r o p h i c Latosolo R o x o , during the years 1979/80 and 1 9 8 0 / 8 1. In the first year w e r e made every twenty days starting from October 5 and in
the second year every thirty days starting from Septem-ber 1 7 , the total being eight and seven in the consecut_[_ ve y e a r s .
The planting date affect the oil content in both years and v a r i e t i e s . T h e biggest variations w e r e due the year. Though the planting d a t e s , the variation was a 1e a t o r y .
The planting date a f f e c t e d only the protein c o n -tent of the I A C -7 variety in both y e a r s . T he v a r i a t i o n w a s not tendentious thought the planting d a t e s .
On early and normal plantings the oil and protein content of the seeds didn't differ for both the varie-ties .
LITERATURA CITADA
A R A N T E S , N . E . , 1 9 7 9 . Estudo de época de plantio e da a-d a p t a b i1i d a d e da cultura da soja em Rio Paranaiba e Minas N o v a s , M . G . A n o A g r í c o l a 1 9 7 6 / 7 7 . Projeto So-j a : relatório 7 6 / 7 7 . Belo H o r i z o n t e , 2 : 7 3 ~ 7 6 .
BERGAMASCHI , H.A.; BERLATO, M. A. e W E S T P H A L E N , S L., 1977. Épocas de semeadura de soja no Rio Grande do S u l : ava
liação e interpretação dos ensaios ecológicos da so-ja. IPAGRO inf. Porto A l e g r e , 1 8 .1 6 - ) 8
B E R L A T O , M. e W E S T P H A L E N , S., 1 9 7 1 . Resultados prelimi-nares do ensaio ecológico da soja (Período 1967/68
-1 9 7 0 / 7 -1 ) : In: Secretaria da A g r i c u l t u r a . Reunião da Comissão Técnica da Soja. Porto A l e g r e , p. 87-122. B Y T H , D . E . , C A L D W E L L , B . E . e W E B E R , C.R., 1969- Specific
and n o n - s p e c i f i c index selection in soybeans. Crop Sci M a d i n s o n ,
9:702-705-C A L D W E L L , B . E . ; W E B E R , 9:702-705-C R . e BYTH, D.E., 1966. Selection value of phenotypics a t t r i b u t e s in s o y b e a n s . Crop Sci. 6: 2 4 9- 2 5 1 .
CARTER, J.L., 1 9 7 4 . Detailed yield ana 1ysis of the effect of different planting dates o n seven soybean
varie-ties. Iowa St. J.Res. 4 8: 2 9 1 - 3 1 0 .
C A R T E R , J.L. e H O P P E R , T . H . , 1 9 4 2 . InfIuence of variety, environment and fertility level on chemical
composi-tion of soybean seed. U5DA T e c h . Bull. 787. 66 p. C A R T E R , J L. e H A R T W I N G , E . E . , 1962. The management of
soybean. A d v . A g r o n . 1 4:359-412.
C O N S T A B L E , G.A., 1977- Effect of planting date o n soy-beans in the Namoi V a l l e y , New South W a l e s . A u s t . J . Exp. A g r i c . Husb. 17
:148-155-DIMMOCK, F. e W A R R E N , F.S., 1953- The influence of time of planting o n the yield a n d composition of soybean seed. C a n . J . A g r i c . S c i . 33:550-558.
zonas fisiográficas do Estado. Estação Experimental de P a l o t i n a . C i r c . S e c r e t . Agr. P a r a n á , 16 p. 68-69-FEASTER, C.V., 1949. Influence of planting d a t e o n yield
and other c h a r a c t e r i s t i c s os soybean grown in southeast M i s s o u r i . A g r o n . J. * Ü : 5 7 ~ 6 2 .
G R A V E S , C.R.; O V E R T O N , J.R.; M O R G A N , H. e SKOLD, L.N., 1972. S o y b e a n : variety date of planting study. Bull. T e n n . A g r i c . Exp. Stn. 496. 52 p.
HANSON, W . E . ; L E F F E L , R.C. e H O W E L L , R.W., 1961. Genetic analysis of energy production in the soybean. Crop. Sci. 1:121-126.
H A R T W I G , E.E. e C O L L I N S , F.I., 1962. Evaluation of density c l a s s i f i c a t i o n as a selection technique in breeding soybean for protein and o i l . C r o p . Sci. 2 :
159-162.
HARVEY, C. e B R I G H A M , R.D., 1971. Response of soybean on planting date in southern High Plain of T e x a s . Texas A g r i c . Exp. Sten. pubis. MP 944. 4 p.
H O W E L L , R.W. e C A R T E R , J.L., 1953- Physiological factors affecting c o m p o s i t i o n of soybeans. I. C o r r e l a -tion of temperatures during certain por-tions of the pod filling Stage w i t h oil porcentage in nature beans. A g r o n . J. 4 5:526-528.
H O W E L L , R.W. e C A R T E R , J.L., 1958. Physiological factors a f f e c t i n g c o m p o s i t i o n of soybeans. II. R e s p o n -se of oil and other constituents of soybeans to tempe rature under c o n t r o l l e d c o n d i t i o n s . A g r o n . J. 50: 664-667.
J O H N S O N , H.W. e BERNARD, R . L . , I 9 6 3 . Soybean genetics and breeding. I n : N O R M A N , A . G . ed. The soybean. New York. A c a d e m i c P r e s s , p. 1 - 7 3 .
K W O N , S.H. e T O R R I E , J.H., 1964. Heriability of and Interelationships among traits of two soybean popula-tions. Crop Sci. 4 : 1 9 6 - 1 9 8 .
L E F F E L , R . C . , I 9 6 I . Planting date and varietal effects o n agronomic and seed compositional characters in s o y b e a n s . Maryland A g r i c . Exp. Stn. Bull. A —1 1 7 - 69
P-LUTZ J r . , J.A. e J O N E S , G.D., 1 9 7 5 . Effect of irrigat ion, lime and fertility treatments on the yield and chemi-cal c o m p o s i t i o n of soybeans. A g r o n . J . 6 7: 5 2 3 ~ 5 2 6 .
M A S C A R E N H A S , H.A.A.; M I Y A S A K A , S.; KIHL, R.A.S. e D E -M A T T E , J.D., I968. Instruções para a cultura de so-j a . Boi. T e c . Inst. A g r o n . 2 2 . C a m p i n a s , kS p. M I L A N E Z , D.; FONSECA, W . F . e PACOVA, B.E.V., 1978.
Pes-quisa e experimentação com soja (Glycine max (L.) Me_r ril) no Estado do Espírito Santo. II. Estudo de épo ca de plantio. Ceres. 2 5: 3 6 - ^ 1 .
MIRANDA, M . A . C . ; MIYASAKA, S. e M A S C A R E N H A S , H.A.A., I 9 8 2 . In: Fundação C a r g i l l . A soja no Brasil C e n -tral. 2a
e d . cap. I I I .
NAKAGAWA, J . , 1 9 8 1. Efeitos de época de semeadura na produção e qual idade de sementes de soja (Glycine max
(L.) M e r r i l ) . Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. B o t u c a t u , 208 p. (Tese de Livre Docênc ia).
O S L E R , R.D. e C A R T E R , J.L., 195*4. Effect of planting
R E Z E N D E , A M e A R A N T E S , A . M . , 1981 Estudo de época de semeadura de soja (G7.y *ine max (L.) Merril) em Unaí -Minas G e r a i s . Resumos do Seminário Nacional de Pes-quisas de S o j a - 2 . L o n d r i n a . 15 p.
S H A N N O N , J.G., W I L C O X , J.R. e PROBST, A . H . , 1972. Esti-m a t e d gains froEsti-m selection for protein and yield in
the Fi, g e n e r a t i o n of sic soybean p o p u l a t i o n . Crop Sci. 12:824-828.
SILVA, S.; V I N C E N T - C H A N D L E R , J . , A B R U N A , F. e R O D R I G U E Z , J.A., 1972. Effect of season and planting spacing on yield of intensively m a n a g e d soybean under tropical conditions J. A g r i c Univ. P Rico. 56
:365~369-T O R R I E , J.H. e B R I G G S , G.M., 1955. Effect of planting date on yield and other characteristics of soybean. A g r o n . J. 4 7:210-212.
T R I E B O L D , H.O. e A U R A N D , L.N., 1963- Fat on fat products. In: VAN N O S T R A N D , REINHOLD. e d . Food c o m p o s i t i o n and a n a l y s i s . Leiton Educational Publishing Inc. p. 9 5 - 1 8 9 .
V A L D I V I A , B.V.A. e M A D A R I A G A , L.C., 1968. Influencia de la primeira época de siembra sobre el rendimiento y otros caracteres de la soya. A g r i c u l t u r e T e e n . 2 8 :
158-161
Y A M A U C H I , F., 1971. Physiological aspects of grain y i e l d . A n n . Rev. Plant. P h y s i o l . 2 3 : 4 3 7 - 4 6 4 .
W E B E R , C R . e M O O R T H Y , B.R., 1952. Heritable and non--heritable relationships and variability of oil content and a g r o n o m i c characters in the F2 generation