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Sintomas depressivos e ansiedade em pacientes com cefaléia do tipo tensional crônica e episódica.

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Arq Neu ro p siq u iat r 2003;61(4):991-994

SINTOM AS DEPRESSIVOS E ANSIEDADE

EM PACIENTES COM CEFALÉIA DO TIPO

TENSIONAL CRÔNICA E EPISÓDICA

André Palma da Cunha M at t a

1

, Pedro F. M oreira Filho

2

RESUMO - Int rodução: A cefa léia d o t ip o t en sio n a l (CTT), d o r cefá lica m a is co m u m , t em m eca n ism o s fisio p a t o ló g ico s, e p id e m io lo g ia e a p re se n t a çã o clín ica p o u co e st u d a d o s. De p re ssã o e a n sie d a d e sã o com orb id ad es esp ecialm ente enfocad as entre seus p ortad ores. Objetivo: Estud ar a ocorrência d e sintom as d ep ressivos e ansied ad e entre p ortad ores d e CTT ep isód ica (CTTE) e crônica (CTTC). Metodologia: Cinq üenta p acientes com CTTE e cinq üenta com CTTC p reencheram os inventários d e d ep ressão e d e ansied ad e d e Beck. Som ente foram consid erad os aq ueles com escores m od erad o ou g rave. Resultados: Entre p ortad ores d e CTTE, ansied ad e e sintom as d ep ressivos foram encontrad os em 60 e 32 % d os p acientes, resp ectivam ente. Em p acientes com CTTC, ansied ad e foi d etectad a em 44 % e sintom as d ep ressivos foram ob servad os em 40 % d a am ostra. Conclusão: am b as as com orb id ad es são im p ortantes em p acientes com CTT. Neg lig enciá-las sig nifica risco d e falência no tratam ento, contrib uind o p ara q ued a na q ualid ad e d e vid a .

PALAVRAS-CHAVE: cefaléia do tipo tensional episódica, cefaléia do tipo tensional crônica, depressão, ansiedade.

Depressive symptoms and anxiety in patients w ith chronic and episodic tension-type headache

ABSTRACT - Background: Tension-type headache (TTH) is recognized as the m ost prevalent type of headache. Despite this, there is a lim ited understanding of the entity’s physiology, epidem iology, and clinical presentation. Anxiety and depression are recognized com orbidities present am ong patients with TTH. Objective: To quantify the prevalence of anxiety and depression am ong patients with episodic and chronic TTH. Method: fifty patients with episodic TTH and fifty patients with chronic TTH com pleted Beck’s anxiety and depression surveys. Only patients presenting with m oderate to severe scores were considered. Results: am ong the patients with episodic TTH, anxiety and depression were observed in 30 (60%) and 16 (32%) patients respectively. Am ong the patients with chronic TTH, anxiety was observed in 22 (44%) patients, and depression was observed in 20 (40%). Conclusion: both com orbidities are im portant am ong patients with episodic and chronic TTH. Neglecting this association m ay result in failure of sym ptom atic and prophylactic treatm ent ultim ately leading to lost quality of life.

KEY WORDS: ep isod ic tension-typ e head ache, chronic tension-typ e head ache, d ep ression, anxiety.

Un iversid ad e Fed eral Flu m in en se ( UFF ) Nit eró i RJ, Brasil: Serviço d e Neu ro lo g ia Ho sp it al Un iversit ário An t ô n io Ped ro ( HUAP): 1Mest re em Neu ro lo g ia p ela UFF; 2Do u t o r em Neu ro lo g ia, Pro fesso r Ad ju n t o 4 d o Serviço d e Neu ro lo g ia d a UFF, Ch efe d o Serviço d e In vest ig ação e Trat am en t o d as Cefaléias d o HUAP .

Receb id o 12 Março 2003, receb id o n a fo rm a fin al 23 Ju n h o 2003. Aceit o 11 Ju lh o 2003.

Dr. André Palma da Cunha M at t a - Rua Rabino Henrique Lemle 389/202 - 22790-040 Rio de Janeiro RJ - Brasil. E-mail: andrepcmat t a@hot mail.com; pmoreira@ism.com.br

A cefaléia d o t ip o t en sio n al (CTT) caract eriza-se, classicam en t e, p o r d o r d e carát er co n st rit ivo (n ão p u lsát il), g eralm en t e b ilat eral, d e in t en sid ad e leve a m o d erad a, n ão ag ravad a p o r at ivid ad es físicas d e ro t in a e co m d u ração variável en t re t rin t a m in u t o s e set e d ias1,2. Seu s crit ério s d iag n ó st ico s at u ais fo ram

est ab elecid o s em 1988 p elo Head ach e Classificat io n Co m m it t e o f Th e In t ern at io n al Head ach e So ciet y2.

Em b ora seja reconhecid a com o a form a m ais com um de dor cefálica, é ainda m uito pouco estudada. Escas-so s são o s co n h ecim en t o s acerca d e seu s m ecan is-m o s fisio p at o ló g ico s3, seu s d ad o s ep id em io ló g ico s,

su as fo rm as d e ap resen t ação e seu t rat am en t o far-m aco ló g ico4. Em d iverso s est u d o s clín ico s e ep id

e-m io ló g ico s, d u as co e-m o rb id ad es são esp eciale-m en t e en fo cad as en t re p acien t es co m CTT: d ep ressão e an -sied ad e. Est as co n d içõ es são m ais freq ü en t es e g ra-ves entre os portadores de cefaléia do que na popula-ção g eral, p rin cip alm en t e se co n sid erarm o s en fer-m o s co fer-m CTT crô n ica (CTTC), cefaléia fer-m ist a (CTT e m ig rân ea) e cefaléia p o r ab u so d e an alg ésico s5,6.

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M ETODO

No p erío d o d e m arço d e 1999 a m arço d e 2000, fo -ram avaliad o s n o Am b u lat ó rio d e Cefaléias d o Serviço d e Ne u ro lo g ia d o Ho sp it a l Un ive rsit á rio An t ô n io Pe d ro (HUAP), 50 p acien t es co m CTTE e 50 co m CTTC. A m aio -ria, 80% d o s p o rt ad o res d e CTTC e 60% d o s p o rt ad o res d e CTTE, teve d em and a esp ontânea, send o os d em ais refe-rid o s ao am b u lat ó rio d e cefaléias p ro ven ien t es d as red es p ú b lica e p rivad a o u d e o u t ro s set o res d o HUAP.

Foram ad otad os com o critérios d e inclusão: id ad e acim a d e 18 anos; exaacim e neurológico noracim al; exaacim es coacim -plem entares(quando necessários) norm ais, incluindo tom o-grafia com p utad orizad a ou ressonância m agnética d o en-céfalo; ausência d e p assad o m igranoso ou critérios d iag-nósticos atuais p ara m igrânea ou outras cefaléias p rim ári-as ou secund áriári-as; p reenchim ento d os critérios d iagnósti-cos p ara CTTC ou CTTE conform e o Head ache Classification Com m itte of The International Head ache Society, 19882.

To d o s o s p acien t es fo ram en t revist ad o s e exam in ad o s p o r u m d o s au t o res. Para avaliar a p resen ça d e sin t o m as d ep ressivo s e d e a n sied a d e, o s en ferm o s p reen ch era m o s in ven t ário s d e d ep ressão e d e an sied ad e d e Beck7. Fo ram

co n sid erad o s p o rt ad o res d est as co n d içõ es aq u eles co m esco res d e m o d era d o a g ra ve.

O est u d o fo i p reviam en t e ap ro vad o p ela Co m issão d e Ét ica q u e reg u lam en t a a p ro d u ção cien t ífica n o Serviço d e Neu ro lo g ia d o HUAP e, p ara serem in clu íd o s n o est u -do, os pacientes forneceram , por ocasião da prim eira entre-vist a, o co n sen t im en t o in fo rm ad o .

Os d ad o s o b t id o s fo ram an alisad o s at ravés d o t est e t

e d o t est e d o q u i-q u ad rad o p ara se verificar seu valo r es-t a es-t íses-t ico , a d o es-t a n d o -se p &les-t; 0 ,0 5 co m o p a râ m e es-t ro d e sig n ificân cia.

RESULTADOS

Do s 50 p acien t es co m CTTE est u d ad o s, 40 (80%) eram d o g ên ero fem in in o e 10 (20%) d o m ascu lin o , o b t en d o se u m a relação 4:1 en t re m u lh eres e h o -m en s. En t re o s p o rt ad o res d e CTTC, 39 era-m d o g ên ero fem iên iên o (78 %) e 11 d o m ascu liên o (22 %), o b -t en d o -se u m a razão m u lh eres / h o m en s d e 3,5: 1. En t re p acien t es co m CTTE, a id ad e p o r o casião d a p esq u isa vario u en t re 18 e 60 an o s, co m m éd ia d e 30 an o s. No s p acien t es co m CTTC, a id ad e vario u en t re 30 e 60 an o s, co m m éd ia d e 42,8 an o s .

No s p acien t es co m CTTE, a an sied ad e e o s sin t o -m as d ep ressivos, confor-m e critérios já -m encionad os, fo ram o b servad o s em 30 (60 %) e em 16 p acien t es (32 %), resp ectivam ente (Tab ela 1). Neste grup o, não h o u ve d iferen ça est at íst ica sig n ificat iva q u an t o ao g ên ero o u faixa et ária p ara am b as co m o rb id ad es (p = 0,110 e p = 0,210, resp ect ivam en t e).

A an sied ad e fo i d et ect ad a em 22 p acien t es (44 %) com CTTC; já os sintom as d ep ressivos foram cons-t acons-t ad o s em 20 p acien cons-t es (40 %)(Tab ela 2). Mais u m a

vez, n ão h o u ve d iferen ça sig n ificat iva en t re o s sexo s n a p revalên cia d e an sied ad e e sin t o m as d ep ressivo s (p = 0,250). Ho u ve t en d ên cia, em b o ra n ão sig n ifica-t iva d o p o n ifica-t o d e visifica-t a esifica-t aifica-t ísifica-t ico , d e p revalecer a an sied ad e n u m a faixa et ária m en o r d o q u e o s sin t o -m as d ep ressivo s (p = 0,070).

At ravés d o t est e t, n ão fo i p o ssível id en t ificar d i-feren ça est at íst ica sig n ificat iva p ara a o co rrên cia d e d ep ressão e an sied ad e n o s d o is g ru p o s (p = 0,410 e p = 0,112, resp ect ivam en t e).

DISCUSSÃO

A CTT fo i d escrit a an t erio rm en t e co m o cefaléia d e o rig em p sico g ên ica. Há m u it o se reco n h ece a as-so ciação en t re q u ad ro s d e an sied ad e e d ep ressão e est a m o d alid ad e d e d o r. O est ad o álg ico m u scu lar e o au m en t o d o t ô n u s d a m u scu lat u ra p ericran ian a, am b os im p licad os na p atogênese d a CTT, foram clas-sicam en t e at rib u íd o s à “reação in d ivid u al ao est res-se”8. A d ep ressão é, um a sínd rom e clínica e não um a

en t id ad e ú n ica. Po d e ser d ivid id a, seg u n d o su a et io -lo g ia, em reacio n al o u en d ó g en a; d e aco rd o co m sin t o m as asso ciad o s, em n eu ró t ica o u p sicó t ica e, p o r seu cu rso evo lu t ivo , em u n i o u b ip o lar, sen il e in vo lu tiva8. In d ep en d en t e d a fo rm a co m o é

classifi-cad a, a d ep ressão é freq ü en t em en t e ab o rd ad a em trabalhos que estudam a dor crônica. Em nosso m eio, p o d em o s citar o estu d o realizad o p o r Martin ez e co -lab o rad o res, q u e en co n t raram p ercen t u al sig n ifica-tivo de depressão (80,0%) em 47 m ulheres com fibro-m ialg ia9. Em n o sso est u d o , rest rin g im o - n o s a d

e-t ece-t ar a p resen ça d e sin ais o u sin e-t o m as d ep ressivo s, evit an d o , p o rt an t o , firm ar d iag n ó st ico d e d ep res-são en t re o s p acien t es en t revist ad o s.

Tabela 1. Ansiedade e sint omas depressivos ent re 50 port adores de CTTE.

Co m o rb id ad e p resen t e au sen t e t o t al

An sied a d e 30 (60%) 20 (40%) 50 (100%) Sin t o m as 16 (32%) 34 (68%) 50 (100%) d ep ressivo s

Tabela 2. Ansiedade e sint omas depressivos ent re 50 port adores de CTTC.

Co m o rb id ad e p resen t e au sen t e t o t al

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A p revalência d e sintom as d ep ressivos na p op ula-ção em g eral est á em t o rn o d e 6 %10. Do p o n to d e

vist a fisio p at o ló g ico , p ro p õ e-se q u e a p ro xim id ad e exist en t e en t re a CTT e a d ep ressão t en h a o rig em n a d isfu n ção d e vias sero t o n in érg icas, p resen t e n est as d u as co n d içõ es11. Do en t es co m CTT ap resen t am n

í-veis p lasm át ico s e co n cen t ração p laq u et ária d e se-ro t o n in a red u zid o s12. Exist e cap t ação m aio r d e

se-rotonina nas p laq uetas d e p ortad ores d e CTTC q uan-d o co m p a ra uan-d o s a m ig ra n o so s e à p o p u la çã o em g eral, o q u e p o d e reflet ir, n o p rim eiro g ru p o , vig ên -cia d e est ad o caren -cial13. No en t an t o , n ão est á claro

se estas alteraçõ es refletem d istú rb io s p eriférico s o u cen t rais d o m et ab o lism o d a sero t o n in a 6. O q u e se

sab e , at é o m o m en t o , é q u e m ed icam en t o s q u e at u am n as vias sero t o n in érg icas cen t rais (sert ralin a, p o r exem p lo ) p o d em cau sar alívio d a d o r n o s d o en -t es co m CTT14.

Est u d o recen t e, realizad o n o Eq u ad o r, p aís co m co n t ext o só cio - eco n ô m ico sem elh an t e ao n o sso , re ve lo u a p re se n ça d e sin t o m a s d e p re ssivo s e m 33,7% d e 89 p o rt ad o res d e CTTC8. Em n o ssa am o

s-t ra en co n s-t ram o s sin s-t o m as d ep ressivo s em 40% d o s p acien t es co m CTTC, o q u e n o s ap ro xim a d o s resu l-tad os d o estud o eq uatoriano. Entretanto, entre p or-t ad o res d e CTTE, a p resen ça d esor-t es sin or-t o m as fo i re-lat ivam en t e alt a, co m 32% d a n o ssa am o st ra. Co m o p ouco se tem p ub licad o acerca d esta associação (d e-p ressão e CTTE), n ão d ise-p o m o s d e d ad o s sig n ificat i-vos na literatura p ara com p aração. Acred itam os q ue fat o res am b ien t ais b ast an t e sig n ificat ivo s em n o ssa casuística, com o d esem p reg o, alcoolism o, b aixos salário s, d esco n t en t am en t o co m a sit u ação p ro fissio -n al e elevad a p revalê-n cia d e a-n sied ad e p o ssam t er co n t rib u íd o p ara est e ach ad o .

A an sied ad e t am b ém p o d e ser co n sid erad a u m a sín d ro m e, co m sin ais e sin t o m as b em d efin id o s. Di-versas d eso rd en s p siq u iát ricas t êm co m o p an o d e fundo a ansiedade; destas as m ais frequentes no con-t excon-t o d e cefaléia são : d iscon-t ú rb io so m acon-t o fo rm e (h iscon-t e-ria), t ran st o rn o o b sessivo - co m p u lsivo e crise d e an sied ad e g en eralizad a8. Em n o sso est u d o , en co n

-t ram o s al-t a p revalên cia d e an sied ad e (60%) en -t re d o en t es co m CTTE e u m a m o d era d a p reva lên cia (44%) en t re aq u eles co m CTTC, n ão h aven d o d ife-ren ça est at íst ica sig n ificat iva en t re o s d o is g ru p o s (p = 0,112). Os va lo res, en t ret a n t o , en co n t ra m -se m ais elevad o s d o s q u e o s referid o s n a lit erat u ra em g eral. No m esm o est u d o eq u at o rian o m en cio n ad o an t erio rm en t e, o b servo u -se q u e 64% d o s caso s d e CTT não se relacionavam com o estresse8. Talvez esta

d iscrep â n cia se d eva a d iferen ça s m et o d o ló g ica s, um a vez q ue o inventário d e ansied ad e d e Beck, ad o-tad o em nosso estud o, tem elevad a sensib ilid ad e p a-ra d et ect ar a p resen ça d est a co n d ição . Mais u m a vez, caract eríst icas só cio - eco n ô m icas d a am o st ra p od em ter colab orad o p ara esses achad os conflitant es. Deve ser valo rizad o co m o p o ssível faconflitant o r an sio -g ên ico o receio freq ü en t em en t e relat ad o p elo s p a-cien t es d e serem , p o rt ad o res d e p at o lo g ias g raves, co m o t u m o res cereb rais o u d o en ças cereb ro vascu -lares. Est e d ad o co n d iz co m ach ad o s d a lit erat u ra, q u e m o st ram q u e 77% d o s p acien t es esp eram d e q u em o s at en d e, em p rim eiro lu g ar, sab er so b re a et io lo g ia d a su a d o r, exclu in d o se assim cau sas p o -t en cialm en -t e g raves15.

Adm ite-se que doentes com CTTE apresentem sin-t o m as d e an sied ad e m ais in sin-t en so s, en q u an sin-t o aq u les co m CTTC t êm sin t o m as d ep ressivo s m ais exu b e-ran t es6,16,17. Tan t o a an sied ad e q u an t o a d ep ressão

p od em atuar em nível central com o facilitad ores d as aferên cias d o lo ro sas, p art icip an d o d est a fo rm a d a p at o g ên ese d a d o r (esp ecialm en t e n a CTTC)16.

Estud o sem elhante ao nosso, realizad o na Coréia, em q u e 49 p acien t es co m CTTC (en t re o u t ro s) fo -ram avaliad o s at ravés d o in ven t ário d e d ep ressão d e Beck, t am b ém n ão en co n t ro u co rrelação p recisa en t re a g ravid ad e d o s sin t o m as d ep ressivo s e a id ad e, a ad u ração , o carát er, a in t en siad aad e e a freq ü ên -cia d a d o r17.

Se a d ep ressão p red o m in a em faixa et ária m éd ia d e 40 an o s e n o g ên ero fem in in o18 e se a an sied ad e

aco n t ece co m m aio r freq ü ên cia n o fin al d a ad o les-cên cia e n o in ício d a id ad e ad u lt a p red o m in an d o t am b ém n o g ên ero fem in in o19, co m o exp licar en t ão

q u e en t re p acien t es co m CTT n ão se rep it a est e p a-d rão ? Não é a-d e se su rp reen a-d er q u e en co n t rem o s ach ad o s d iverso s d aq u eles o b servad o s n a p o p u la-ção em g eral p ara p revalên cia d e d ep ressão p o rq u e lid am o s co m u m g ru p o selecio n ad o d e in d ivíd u o s, co m caract eríst icas p ecu liares d e p erso n alid ad e, h u -m o r, reação ao est resse e, so b ret u d o , d e fu n cio n a-m ento b ioq uía-m ico cereb ral. Acred itaa-m os q ue o a-m es-m o arg u es-m en t o seja válid o p ara a an sied ad e.

CONCLUSÃO

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