• Nenhum resultado encontrado

Dieta de Micoureus demerarae (Thomas) (Mammalia, Didelphidae) associada às florestas contíguas de mangue e terra firme em Bragança, Pará, Brasil.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Dieta de Micoureus demerarae (Thomas) (Mammalia, Didelphidae) associada às florestas contíguas de mangue e terra firme em Bragança, Pará, Brasil."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

De acordo com FERNANDES (2000), existem cerca de 111 es-p écies es-p erten cen tes a 14 ord en s d e m am íferos em áreas d e m an guezal ao redor do m un do, o que represen ta 7,5% do total de 1.467 espécies de vertebrados registrados n esse ecossistem a. Os m arsupiais, por exem plo, correspon dem a 3,6% desse total com apen as quatro espécies: Param eles sp; Isoodon sp.; Trichosurus arnhem ensis Collett, 1897 e W allabiabicolor Lesson , 1828, per-ten cen tes a três fam ílias, con stituin do o sétim o grupo m ais di-verso n as florestas de m an gue da Ásia, Ocean ia, Am éricas e Áfri-ca, m uito em bora seja con siderado o terceiro grupo m ais diver-so da classe Mam m alia (NOWACK 1999).

No trabalh o de ANDRADE & FERNANDES (2005) são acrescen -tados m ais três táxon s associados ao ecossistem a m an gu ezal, p ert en cen t es à fam ília Did elp h id ae: D idelph is m arsu pialis Lin n aeu s, 1758, Philanderopossum Lin n aeu s, 1758 e Micoureus dem erarae (Th om as, 1905). Esta ú ltim a espécie é con siderada a m aior espécie desse gên ero, an tes classificada com o Marm osa cinerea (Tem m in ck, 1843). Micoureusdem erarae p ossu i distribu

ição geográfica am pla n a Am érica do Su l, ocorren do da Colôm -bia ao Paragu ai (GARDNER 1993), além de todo o território brasi-leiro (EISENBERG & REDFORD 1999).

É u m m am ífero de h ábito arborícola (CHARLES-DOMINIQUE etal. 1981, LEITEetal. 1996, VOSS & EMMONS 1996, GRELLE 2003). Su a alim en tação é bastan te variada, poden do in clu ir in setos e fru tos, iten s já en con trados n o con teú do estom acal de espéci-m es cap tu rad os n a Ven ezu ela e n a Mata Atlân tica n o Brasil (O’CONNELL 1979, LEITEet al. 1994, 1996). Néctar e flores tam -bém já foram registrados com o parte da dieta de espécim es es-tu dados n a Gu ian a Fran cesa (CHARLES-DOMINIQUE 1983). Por isso, este táxon tem sido con siderado, por algu n s au tores, com o u m a espécie de h ábitos alim en tares diversificados, poden do se ali-m en tar de fru tos e in setos (NOWAK 1999, LEITEetal. 1994), m as predom in an tem en te de in setos (PINHEIROetal. 2002).

Devido aos poucos estudos sobre a associação de m am ífe-ros às florestas de m an gue (FERNANDES 2000, ANDRADE & FERNANDES 2005), o registro das espécies e as atividades por elas desen

volvi-ffffflor

lor

lor

lorestas contíguas de mangue e ter

lor

estas contíguas de mangue e ter

estas contíguas de mangue e ter

estas contíguas de mangue e terrrrrra f

estas contíguas de mangue e ter

a f

a f

a f

a fir

ir

ir

ir

irme em Br

me em Bragança,

me em Br

me em Br

me em Br

agança,

agança,

agança,

agança, Pará,

Pará,

Pará, Br

Pará,

Pará,

Br

Br

Br

Brasil

asil

asil

asil

asil

M arcus E. B. Fernandes

1

; Fernanda A. G. Andrade

1

& José de S. e Silva Júnior

2

1 Laboratório de Ecologia de M anguezal, Universidade Federal do Pará. 68600-000 Bragança, Pará, Brasil.

E-mail: mebf@ufpa.br, atanaena@ufpa.br

2 Departamento de Zoologia, M useu Paraense Emílio Goeldi. Caixa Postal 399, 66040-170 Belém, Pará, Brasil. E-mail: cazuza@museu-goeldi.br

ABSTRACT... DietDietDietDietDiet ofofof ofof MicoreusMicoreusMicoreusMicoreusMicoreusdemerdemerdemerardemerdemerararararaeaeaeaeae (T(Thomas)(T(T(Thomas)homas)homas)homas) (Mammalia(Mammalia(Mammalia(Mammalia(Mammalia, Didelphidae)Didelphidae)Didelphidae)Didelphidae)Didelphidae) associatedassociatedassociatedassociatedassociated withwithwithwithwith contiguouscontiguouscontiguouscontiguouscontiguous ffffforororor

or---ests ests ests ests

ests ofof mangrofofofmangrmangrmangrmangrovovovovoveeeee andand terandandandterterterterrrrrraaaaa fffffiririririrmememe inmemeinininin BrBrBrBrBragançaagançaagançaagançaagança, ParáPará, BrParáParáPará BrBrBrBrazil.azil.azil.azil.azil. The diet of Micoureusdemerarae (Thomas, 1905) was

studied in mangrove and terra firme stands by using stomachal and faecal samples. The number of captured individuals was inversely proportional to availability of fruits and insects, being Coleoptera and Hemiptera the most consumed arthropod orders and Passifloraceae and Arecaceae the most ingested fruits. Thus, either fruits variability or their high yield during the dry season seem to explain the increase of captured animals in the terra firme stands, where they originally come from. The food items suggest that this species has an omnivorous diet, independently of the seasonality or distribution of available resources.

KEY WORDS. Amazon coastline; food items; omnivory; woolly mouse opossum.

RESUMO. A dieta de Micoureus demerarae (Thomas, 1905) foi estudada em bosques de mangue e terra firme

(2)

das n esse ecossistem a são quase descon h ecidos. Sen do assim , o presen te trabalh o objetivou n ão só con tribu ir para o m elh or con h ecim en to da com posição da dieta de M.dem erarae, m as tam -bém defin ir a possível existên cia de preferên cias alim en tares dessa espécie, quan do associada ao ecossistem a de m an guezal.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de Estudo

A área de estu do está localizada n a propriedade particu -lar den om in ada “Fazen da das Salin as” (FS), n o m u n icípio de Br a ga n ça , Pa r á , e n t r e a s co o r d e n a d a s 0 4 6 °4 0 ’2 0 ,4 ” W e 0°55’26,7”S (Fig. 1). Esta fazen da possu i u m a paisagem com -posta por cam pos salin os, m an ch as de terra firm e (in u n dadas pelas m arés de sizígia por m en os de 28 dias/ an o – LARA & COHEN 2003) e exten sas áreas de m an gu ezal dom in adas por Rhizophora m angle (Lin n aeu s), Avicen n ia germ inans (Lin n aeu s) Stearn . e Lagunculariaracem osa (Lin n aeu s) Gaertn . f.

As florestas de terra firm e são form adas por algum as “ilh as” de com posição vegetal h eterogên ea, com presen ça de espécies arbustivas e arbóreas, que represen tam um a vegetação-relíquia, m an tida apesar da tran sgressão dos m an guezais e dos cam pos salin os em direção à terra firm e (BEHLINGetal. 2001). A com posi-ção vegetal dessas m an ch as (ilh as) de terra firm e in clui espécies das fam ílias Sim aroubaceae, Myrtaceae, Sapin daceae, Lecyth i-daceae, Arecaceae, Burseraceae, Ericaceae e Cecropiaceae (M.M.O. Ab reu d ad o s n ão p u b licad o s), sen d o est a ú lt im a u m fo rt e in dicativo de m ata secun dária.

Trabalho de Campo

Qu atro n oites con secu tivas de cam po foram destin adas às coletas realizadas em m eses altern ados du ran te o período de n ovem bro/ 2002 a setem bro/ 2003. Para tan to, foram u tilizadas 160 arm adilh as do tipo Tom ah awk de 30 x 12 x 12 cm , distri-b u íd as ao lo n go d e d u as t ran secçõ es d e 800 m cad a (T1: 046°40’11,5”W, 0°55’21,3”S e T2: 046°40’14,4”W, 0°55’33,4”S), em in tervalos de 10 m , sen do qu e 40 pon tos de cada tran secção estavam localizad os n os bosq u es d e terra firm e e ou tros 40 pon tos em bosq u es de m an gu e con tígu os à terra firm e. Na ter-ra firm e, 40 arm adilh as foter-ram colocadas sobre o ch ão da flo-resta, próxim o aos tron cos caídos, e 40 arm adilh as a três m etros do solo, fixadas em galh os de árvores. No m an gu ezal as arm a-dilh as foram fixadas som en te em árvores, devido a este sistem a possu ir solo de fu n do in con solidado e regu larsistem en te in u n -dado pelas m arés. Pedaços de abacaxi e/ ou m istu ra de pasta de am en doim , bacon e aveia serviram com o iscas.

Após a captu ra, os an im ais foram m an tidos in dividu al-m en te eal-m sacolas de pan o, por u al-m a h ora, para a obten ção de am ostras fecais e an otação das segu in tes in form ações: local de captu ra, idade, iden tificação taxon ôm ica, peso, sexo e con di-ção reprodu tiva.. Após o m an u seio, os in divídu os foram tatu ados e liberaados para a obten ção de in form ações para u m estu -d o m ais -d etalh a-d o sobre os p arâm etros -d em ográficos -d essas p op u lações.

As fezes dos an im ais foram acon dicion adas em frascos p lást ico s et iq u et ad o s, fixad as em so lu ção d e glicerin a 50% (BERNARD 2002), com form ol (5%) e águ a destilada (45%), para an álise posterior em laboratório.

A com posição da dieta tam bém foi determ in ada através da an álise do con teú do estom acal. Parte dos in divídu os captu -rados (aproxim adam en te 60%) foram u tilizados para a retirada do con teú do estom acal. No laboratório, o con teú do estom acal de cada espécim e foi im ediatam en te rem ovido e dissolvido em 20 m l de águ a destilada em placa de Petri. O m esm o procedi-m en to laboratorial foi adotado n o trataprocedi-m en to do procedi-m aterial fecal. O m aterial estom acal e fecal foi an alisado com o au xílio de u m m icroscópio estereoscópico e divididos em categorias. Os iten s en con trados n os con teú dos fecal e estom acal foram divididos em cin co categorias: Fragm en to de In seto, Miscelân ea, Sem en -te, Fragm en to Vegetal e Pêlo. As categorias Miscelân ea e Frag-m en to Vegetal refereFrag-m -se a todo Frag-m aterial de origeFrag-m an iFrag-m al e veget al q u e n ão p o d e ser id en t ificad o em q u alq u er n ível taxon ôm ico. Para a categoria den om in ada Fragm en to de In se-to, os artrópodes da ordem Hym en optera (Form icidae) só fo-ram con siderados com o u m item da dieta qu an do du as ou m ais esp écies eram iden tificadas. Freq u en tem en te, as iscas u tiliza-das n as arm adilh as de captu ra são con su m itiliza-das por form igas de u m a ú n ica espécie. Este procedim en to foi adotado n a ten tativa de evitar a su perestim ativa dessa categoria e do item perse n a dieta de M.dem erarae (PINHEIROetal. 2002).

De acordo com MESERVE & LÊ BOULENGÉ (1987), a classe etária de cada in divídu o foi defin ida pelo peso do corpo, sen do qu e fêm eas com m en os de 62 g e m ach os com peso m en or qu e 65 g foram classificados com o su badu ltos.

Os dados sobre a flu tu ação m en sal de fru tos e de in setos Figura 1. Localização da área de estudo na península de Ajuruteua, mostrando a Fazenda das Salinas, Bragança, Pará. M odificado de

(3)

n a Fazen da das Salin as foram cedidos por R.E.S. Nascim en to e S.J. Soares, Un iversidade Federal do Pará, Cam pu s de Bragan ça (dados n ão pu blicados), respectivam en te. É im portan te ressal-tar q u e am bos os estu dos foram desen volvidos n o m esm o perí-o d perí-o d a realizaçãperí-o d perí-o p resen t e t rabalh perí-o , sen d perí-o perí-o est u d perí-o d e fru tificação de dezem bro/ 02 a m aio/ 04 e o estu do de in setos de n ovem bro/ 2002 a ju n h o/ 2003, com exceção do m ês de abril.

A con firm ação da iden tificação de M.dem erarae foi reali-zada através da com paração dos espécim es coletados com os exem plares dispon íveis n a Coleção de Mastozoologia da Coor-d en ação Coor-d e Zoologia Coor-d o Mu seu Paraen se Em ílio GoelCoor-d i. Os an im ais captu rados para o presen te estu do foram devidam en te t axid erm izad o s e d ep o sit ad o s n a Co leção d e Zo o lo gia d o Cam pu s de Bragan ça (CZB) (Tab. I).

Análise dos dados

O teste G foi u sado para com parar os iten s en con trados n a categoria Fragm en to de In seto com as variáveis: sexo e ida-d e. A an álise ida-d e regressão lin ear (coeficien te ida-d e Pearson ) foi u sada para correlacion ar a flu tu ação m en sal da abu n dân cia dos in d ivíd u o s co m as variáveis: d isp o n ib ilid ad e d e in set o s e fru tificação n a área de estu do. O teste de Lilliefors foi u tilizado para testar a n orm alidade do con ju n to dos dados bru tos para a an álise de regressão. Todas as an álises foram realizadas n o pa-cote estatístico BioEstat 3.0 (AYRESetal. 2003).

RESULTADOS

Dos 57 espécim es capturados n a área de estudo foram ob-tidas 23 am ostras de m aterial fecal e 34 de m aterial estom acal.

De m an eira geral, a categoria Fragm en to de In seto foi a m ais freqüen te n a dieta desses m arsupiais (Tab. II). Todas as es-truturas iden tificadas n essa categoria perten ciam aos in divíduos adultos de quatro orden s (Coleoptera, Hem iptera, Hym en optera e Diptera), sen do as duas prim eiras as orden s que apresen taram m aio r freq ü ên cia (65,0%) e (19,3%). Dessas o rd en s fo ram id en t ificad as ap en as o it o fam ílias d e in set o s (Fo rm icid ae, Ten ebrion idae, Carabidae, Scarabaeidae, Scolytidae, Cu rcu lio-n idae, Cleridae e Ceratopogolio-n idae), selio-n do 68% do m aterial sem con dições de iden tificação n esse n ível taxon ôm ico. As categorias Sem en te e Fragm en to Vegetal represen taram o m en or percen -tual dos iten s an alisados, cerca de 14% do total, sen do 7,1% para cada um a das categorias (Tab. II).

A an álise com parativa dos iten s en con trados n a catego-ria Fragm en to d e In seto n ão m ostrou d iferen ça sign ificativa q u an do os fatores sexo e idade dos espécim es de M. dem erarae foram con siderados (G = 0,465, p > 0,05 e G = 0,962; p > 0,05, resp ectivam en te).

Na relação en tre o n ú m ero de in divídu os captu rados e a dispon ibilidade de in setos foi observada u m a ten dên cia n a in versão das cu rvas (Fig. 2). O m esm o resu ltado foi obtido q u an -do o n ú m ero de in divídu os captu ra-dos foi com para-do com o período de fru tificação n a área de estu do. Con tu do, a an álise de regressão m ostrou q u e n ão h ou ve diferen ça sign ificativa (p > 0,05) en tre essas variáveis ao lon go do período m on itorado.

DISCUSSÃO

De m odo geral, in setos foram os iten s m ais com u n s n a dieta de M.dem erarae. Este é o padrão esperado, pois tal distri-bu ição n a adistri-bu n dân cia relativa, com exceção da q u an tificação m aior do gru po Hem iptera (19,3%) sobrepon do Hym en optera (8,7%), é a u su alm en t e en co n t rad a em am bien t es n at u rais (MAGURRAN 1988), o q u e n ão con firm a n ecessariam en te a sele-ção da espécie pelo alim en to. De fato, o gru po m ais abu n dan te foi Coleoptera (65%), q u e é con siderado por m u itos trabalh os a ordem m ais rica em espécies da classe In secta (ARNETT 1985, BORRORet al. 1992, DALYet al. 1998). Esta é u m a característica essen cial para tran sform ar o gru po Coleoptera n o m ais freqü en -te da dieta de M.dem erarae, até m esm o con sideran do a au sên cia de q u alq u er seleção por esse m arsu pial. Con tu do, o presen -te trabalh o con corda com a proposta de PINHEIROet al. (2002), sobre a alta abu n dân cia relativa de besou ros em am ostras fecais, com o decorrên cia das características estru tu rais corpóreas pre-sen tes n esses in setos com o, por exem plo, os élitros, os q u ais são resisten tes à tritu ração du ran te a digestão, torn an do-se m ais facilm en te d etectad os d o q u e ou tras estru tu ras m orfológicas das dem ais orden s de in setos.

Ou tros iten s de origem an im al, resisten tes à digestão, são tam bém im portan tes in dícios para a avaliação de u m a dieta. A p resen ça d e p êlos n os con teú d os estom acais an alisad os, p or exem plo, deve ser con siderada com o aciden tal em fu n ção da au sên cia de ou tros iten s de origem an im al, com o den tes e os-sos, os q u ais poderiam con firm ar a in gestão de presas do gru po dos vertebrados. Portan to, é m u ito provável, q u e a in gestão de p êlos p or esta esp écie de cu íca esteja relacion ada som en te à

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

N/02 D/02 J/03 F/03 M/03 A/03 M/03 J/03 J/03 A/03 S/03 Mês/Ano Quantificação de insetos Frutos (g . mês ) -2 -1 Número de capturas Número de capturas 0 10 20 30 40 50 Frutificação Capturas FS 0 500 1000 1500 2000 2500 3000

N/02 D/02 J/03 F/03 M/03 A/03 M/03 J/03 J/03 A/03 S/03 0 10 20 30 40 50 Disponibilidade de insetos

Capturas FS

Figura 2. Número de capturas de indivíduos de M .demerarae na

(4)

lim peza do próprio an im al ou à atividade de lim peza social. De acordo com PINHEIROetal. (2002), M.dem erarae apresen ta con stân cia n os iten s de su a dieta. No en tan to, a con stân -cia de u m a dieta pode estar relacion ada com diferen tes fatores, com o, por exem plo, as respostas de com portam en to da espécie em relação ao ecossistem a q u e h abita.

Na área de estu do a paisagem é com posta, em su a m aio-ria, por m an gu ezal. FERNANDES (2000), an alisan do a relação m a-m ífero/ a-m an gu ezal, ressalta q u e a a-m aioria dos a-m aa-m íferos ter-restres tem relações lim itadas com este ecossistem a, sen do os an im ais p roven ien tes d as florestas ad jacen tes p oten ciais ex-ploradores dos recu rsos ali dispon íveis. Assim , m u itos m am ífe-ros qu e en tram em áreas de m an gu e em bu sca de alim en to e/ ou abrigo, apresen tam u m tem po de residên cia m ais parcial ou

esporádico do q u e de form a sazon al ou de lon ga du ração. Por-tan to, é de se esperar q u e a con sPor-tan te presen ça de M.dem erarae n os m an gu ezais da Fazen da Salin as (Fig. 3), possa prom over tal con stân cia n a su a dieta.

LEITEetal. (1996), trabalh an do n os bosques de Mata Atlân -tica, en con trou artrópodes em 87% das am ostras fecais, in di-can do q u e o an im al seria prin cipalm en te in setívoro. A m esm a ten dên cia à in setivoria tam bém foi en con trada n o presen te es-tu d o. Para PINHEIRO et al. (2002), os fru tos n orm alm en te são digeridos e passam m u ito m ais rapidam en te pelo trato digestivo do q u e in setos. Por isso, in setos podem ser m u ito m ais en -con trados em am ostras fecais do q u e os fru tos, fato q u e pode levar a u m a su bestim ativa n a freq ü ên cia de fru tos n a com posi-ção da dieta desses an im ais. No en tan to, é im portan te ressaltar

Tabela I.Espécimes de M icoreusdemerarae coletados na Fazenda das Salinas e depositados na Coleção Zoológica do Campus de Bragança

(CZB), Pará.

Registro Hábitat Coletor Data de coleta Registro Hábitat Coletor Data de coleta

CZB2 M anguezal V.C.M . 25.IX.2002 CZB194 Ilha de Terra Firme G.B.L. 4.I.2003

CZB4 M anguezal V.C.M . 25.IX.2002 CZB196 M anguezal S.A.C.B. 4.I.2003

CZB6 Ilha de Terra Firme V.C.M . 26.IX.2002 CZB197 M anguezal V.C.M . 4.I.2003

CZB7 Ilha de Terra Firme V.C.M . 26.IX.2002 CZB199 Ilha de Terra Firme F.A.G.A. 4.I.2003

CZB8 Ilha de Terra Firme V.C.M . 26.IX.2002 CZB200 M anguezal G.B.L. 4.I.2003

CZB9 Ilha de Terra Firme V.C.M . 26.IX.2002 CZB201 M anguezal F.A.G.A. 4.I.2003

CZB10 Ilha de Terra Firme F.A.G.A. 26.IX.2002 CZB202 M anguezal S.A.C.B. 5.I.2003

CZB11 Ilha de Terra Firme F.A.G.A. 26.IX.2002 CZB204 M anguezal V.C.M . 5.I.2003

CZB12 Ilha de Terra Firme F.A.G.A. 26.IX.2002 CZB205 Ilha de Terra Firme S.A.C.B. 5.I.2003

CZB13 M anguezal F.A.G.A. 26.IX.2002 CZB206 Ilha de Terra Firme V.C.M . 5.I.2003

CZB14 M anguezal F.A.G.A. 26.IX.2002 CZB208 Ilha de Terra Firme G.B.L. 7.I.2003

CZB15 Ilha de Terra Firme V.C.M . 26.IX.2002 CZB209 M anguezal G.B.L. 7.I.2003

CZB16 Ilha de Terra Firme V.C.M . 26.IX.2002 CZB312 Ilha de Terra Firme F.A.G.A. 13.V.2003

CZB17 Ilha de Terra Firme V.C.M . 26.IX.2002 CZB313 Ilha de Terra Firme S.A.C.B. 13.V.2003

CZB19 Ilha de Terra Firme V.C.M . 26.IX.2002 CZB314 Ilha de Terra Firme V.C.M . 13.V.2003

CZB20 Ilha de Terra Firme V.C.M . 27.IX.2002 CZB315 M anguezal F.A.G.A. 13.V.2003

CZB22 M anguezal V.C.M . 27.IX.2002 CZB316 M anguezal F.A.G.A. 13.V.2003

CZB23 M anguezal V.C.M . 28.IX.2002 CZB317 Ilha de Terra Firme G.B.L. 13.V.2003

CZB24 Ilha de Terra Firme V.C.M . 12.XI.2002 CZB318 M anguezal F.A.G.A. 13.V.2003

CZB25 Ilha de Terra Firme V.C.M . 12.XI.2002 CZB320 M anguezal F.A.G.A. 14.V.2003

CZB28 Ilha de Terra Firme V.C.M . 14.XI.2002 CZB357 Ilha de Terra Firme F.A.G.A. 14.V.2003

CZB30 Ilha de Terra Firme V.C.M . 15.XI.2002 CZB358 Ilha de Terra Firme S.A.C.B. 15.VII.2003

CZB103 M anguezal G.B.L. 14.I.2003 CZB359 M anguezal F.A.G.A. 16.VII.2003

CZB105 M anguezal F.A.G.A. 14.I.2003 CZB360 M anguezal S.A.C.B. 16.VII.2003

CZB107 M anguezal S.A.C.B. 15.I.2003 CZB361 Ilha de Terra Firme V.C.M . 16.VII.2003

CZB108 M anguezal V.C.M . 15.I.2003 CZB364 M anguezal V.C.M . 16.VII.2003

CZB110 M anguezal G.B.L. 15.I.2003 CZB365 Ilha de Terra Firme G.B.L. 16.VII.2003

CZB113 M anguezal F.A.G.A. 3.I.2003 CZB366 Ilha de Terra Firme F.A.G.A. 16.VII.2003

Continua na coluna ao lado CZB368 Ilha de Terra Firme F.A.G.A. 17.VII.2003

(5)

q u e a an álise da dieta dos espécim es de M.dem erarae da Fazen -da -das Salin as foi realiza-da tan to a partir do m aterial do trato digestivo q u an to fecal, n a ten tativa de abarcar todas as fases do processo de digestão.

MEDELLIN (1994), GRELLE & GARCIA (1999) e CÁCERES (2002) n otaram q u e os d id elfíd eos p od em ser im p ortan tes agen tes dispersores de sem en tes de plan tas pion eiras em florestas tro-picais. A presen ça de apen as 8,45% de sem en tes associadas à dieta de M. dem erarae m ostra su a baixa associação com u m a dieta baseada em fru tos (sem en tes), fato este q u e pode se refle-tir n a dim in u ição da su a capacidade com o agen te dispersor de sem en tes n as “ilh as” de terra firm e da Fazen da das Salin as. No en tan to, a su a eficiên cia com o agen te dispersor só poderia ser an alisada a partir de correlações com in form ações sobre o des-locam en to dos an im ais em relação à plan ta-m ãe, local de de-p osição d as fezes e viabilid ad e d as sem en tes, o q u e n ão é o objeto do presen te estu do. Além do m ais, é im portan te ressal-tar qu e esses an im ais n ão atu am com o dispersores de sem en tes n o m an guezal, h aja vista a sín drom e de dispersão de propágulos e sem en tes n esse sistem a ser a h idrocoria, m as n ão elim in a a p o ssib ilid ad e d e at u arem co m o p red ad o res d e sem en t es/

p rop águ los p oten ciais, com o já foi registrado p ara Dasyprocta agouti e Agoutipaca p or FERNANDES (2000).

Para FERNANDES (2003), o m an guezal é um a floresta de alta produtividade prim ária, m as de baixa diversidade de espécies botân icas, fato este que dim in ui a oferta de iten s vegetais para esta espécie de m arsupial. Além do m ais, as sem en tes e propágu-los produzidos possuem elevados teores de com postos secun dá-rios (ex. tan in o), prin cipalm en te o gên ero Rhizophora, o que os torn am m en os palatáveis para o con sum o (TOMLINSON 1986). É n otório que a dieta de M.dem erarae n os bosques de m an gue é caracterizada pelo con sum o de in setos, prin cipalm en te por n ão terem sido registrados, duran te o presen te estudo, iten s alim en tares relativos aos propágulos e sem en tes das espécies de m an -gue, m as apen as da vegetação característica das “ilh as” de terra firm e. Assim , é razoável assum ir que esta espécie de m arsupial utiliza as florestas de m an gue com o um a im portan te e regular fon te de recursos (in setos) ao lon go do ciclo an ual, além do seu uso com o fon te de abrigo e proteção con tra predadores.

AGRADECIMENTOS

Ao Pro jet o Milên io e à Un iversid ad e Fed eral d o Pará (UFPA); ao CNPq , pelas bolsas con cedidas a Elain e E. N. Ch a-gas e Stélio A. Brito; e a Alfredo Lan gu th (UFPB).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, F.A.G. & M.E.B. FERNANDES. 2005. Mam íferos terrestres e voadores, p. 103-126. In: M.E.B. FERNANDES (Ed.). Osm an -guezaisdaco sta n o rtebrasileira. São Lu is, Fu n dação Rio Bacan ga, vol. II, 156p.

ARNETT JR, R.H. 1985. Am erican in sects: a h an dbook of th e in sects o f Am érica No rth o f Mex ico . New York, Van Nostran d Rein h old, 850p.

AYRES, M.; M. AYRES JUNIOR & A.S. SANTOS. 2003. Bio Estat 3 .0 : ap licaçõ es estatísticas n as áreas d as ciên cias bio ló gicas e m éd icas. Belém , Sociedade Civil Mam irau á, 290p.

BEHLING, H.; M.C.L. COHEN & R.J. LARA. 2001. Studies on Holocen e m an grove ecosystem dyn am ics of th e Bragan ça Pen in su la in n orth -eastern Pará, Brazil. Paleo geo grap h y, Paleo c li-m ato lo gy, Palaeo eco lo gy, Holan da, 1 6 7: 225-242.

BERNARD, E. 2002. Diet, activity an d reprodu ction of bats species (Mam m alia, Ch irop tera) in Cen tral Am azôn ia, Brazil. Re-v istaBrasileiradeZo o lo gia, Cu ritiba, 1 9 (1): 173-188. BORROR, T.J; C.A. TRIPLEHORN & N.F. JOHNSON. 1992. An in tro

duc-tio n toth estudy o fin sects. Orlan do, Harcou rt, 875p.

CÁCERES, N.C. 2002. Food h abits an d seed dispersal by th e wh ite-eared o p o ssu m Didelph is albaven tris (Mam m alia: Marsu -p ialia) in sou th er Brazil. Stud ieso nNeo tro picalFaun aan d En v iro n m en t, Lisse, 3 7: 97-104.

CHARLES-DOMINIQUE, P. 1983. Ecology an d social adaptation s in didelph id m arsu pials: com parison with eu th erian s of sim i-lar ecology, p. 395-422. In: J.F. EISENBERG & D.G. KLEIMAN (Eds).

Ad v an cesinth estudyo fm am m alianbeh av io r. Pen n

syl-Tabela II. Categorias que compõem a dieta de M . demererae na Fazenda das Salinas, Bragança, Pará. (FA) Freqüência absoluta, (FR) freqüência relativa.

Categoria Táxon FA FR (%)

Fragmento de Inseto Coleoptera 37 65,0

Hemiptera 11 19,3

Hymenoptera 5 8,7

Diptera 4 7,0

SubTotal 57 100,0

Fragmento de Inseto 57 67,9

M iscelânea Não identificado 15 17,9

Semente Arecaceae/ Passifloraceae 6 7,1

Fragmento Vegetal Não identificado 6 7,1

Total 84 100,0

Figura 3. Número de capturas de M .demerarae nas “ ilhas” de Terra

Firme (TF) e M anguezais (M ) na Fazenda das Salinas, Bragança, Pará, novembro de 2002 (N/ 02) a setembro de 2003 (S/ 03).

0 10 20 30 40 50

N/02 D/02 J/03 F/03 M/03 A/03 M/03 J/03 J/03 A/03 S/03

Mês/Ano Capturas (Ilhas de Terra Firme) Capturas (Manguezais)

Número

de

(6)

van ia, Am erican Society of Mam m alogy Special Pu blication 7, 753p.

CHARLES-DOMINIQUE, P.; M. ATRAMENTOW ICZ; M. CHARLES-DOMINIQUE; H. GERARD; C.M. HLADIK & M.F. PRÉVOST. 1981. Les m am m iferes fru givo res arbo rico les n o ct u rn es d ’u n e fo rêt gu yan aises: in ter-relation s plan tes-an im au x. Rev ued ’Eco lo gieTerreet laVie, Paris, 3 5: 341-435

DALY, V.H.; J.T. DOYEN & A.H. PURCELL III. 1998. In tro d uctio nto in sectbio lo gyan dd iv ersity. New York, Oxford Un iversity

Press, 2n d ed., 680p.

EISENBERG, J.F. & K.H. REDFORD. 1999. Mam m als o f th e n eo tro pics. Th e cen tral n eo tro pics: Ecuado r, Peru, Bo livia, Brazil. Ch i-cago, Th e Un iversity of Ch icago Press, 609p.

FERNANDES, M.E.B. 2000. Association of m am m als with m an grove forests: a world wid e review. Bo letim d o Labo rató rio d e Hid ro bio lo gia, São Lu ís, 1 3: 83-108.

FERNANDES, M.E.B. 2003. Produ ção prim ária: serrapilh eira, p.61-77. In: M.E.B. Fern an d es (Ed .). Osm an gu ezais da co sta n o rtebrasileira. São Lu ís, Fu n dação Rio Bacan ga, 142p.

GARDNER, A.L. 1993. Order Didelph im orph ia, p.15-23. In: D.E. WILSON & D.M. REEDER (Eds). Mam m alspecieso fth eWo rld:

Atax o n o m i c an d g e o g rap h i c re fe re n c e . Wash in gt o n , Sm ith son ian In stitu tion Press, 1312p.

GRELLE, C.E.V. 2003. Forest structure an d vertical stratification of sm all m am m als in a secon dary Atlan tic Forest, south eastern Brazil. Studies o n Neo tro pical Faun a an d En v iro n m en t, Lisse, 35: 1-9.

GRELLE, C.E.V. & Q.S. GARCIA. 1999. Poten tial dispersal of Cecropia hololeuca by th e com m on opossum (Dideplhisaurita) in Atlan tc Forest, south eastern Brazil. Revued’Eco lo gieTerreetlaVie,

Paris, 54: 327-332.

KRAUSE, G.; D SCHORIES.; M. GLAUSER & K. DIELE. 2001. Spatial Pattern s of Man groves Ecosystem s: th e Bragan tin ian Man groves of North ern Brazil (Bragan ca,Pará). Eco tro pica, Ulm , 7: 93-107.

LARA, R.J. & M.C.L. COHEN. 2003. Sen soriam en to rem oto, p. 11-28. In: M.E.B. FERNANDES (Ed.). Osm an guezaisdaco stan o

r-tebrasileira. São Lu ís, Fu n dação Rio Bacan ga, 142p. LEITE, Y.L.R.; J.R. STALLINGS & L.P. COSTA. 1994. Partição de recu

r-sos en tre espécies sim pátricas de m arsu piais n a Reserva Bio-lógica de Poços das An tas, Rio de Jan eiro. Rev ista Brasilei-radeZo o lo gia, Cu ritiba, 5 4: 525-536.

LEITE, Y.L.R.; L.P. COSTA & J.R. STALLINGS. 1996. Diet an d vertical space u se of th ree sym patric opossu m in a Brazilian Atlan tic Forest reserve. Jo urn alo fTro picalEco lo gy, Cam bridge, 1 2: 435-440.

MAGURRAN, A. E. 1988. Eco lo gicalDiv ersity an d Its Measure-m en t. Prin ceton , Prin ceton Un iversity Press, 179p . MEDELLÍN, R.A. 1994. Seed disperal of Cecropiaobtusifolia by two

species of opossu m s in th e Selva Lacan don a, Ch iapas, Mé-xico. Bio tro pica, Lawren ce, 2 6: 400-407.

MESERVÉ, P.L. & E. LE BOULEGÉ. 1987. Population dyn am ics an d ecology of sm all m am m als in th e North ern Ch ilean sem iarid region , p. 413-431. In: B.D. PATTERSON & R.M. TIMM (Eds). Studies in Neo tro p ical m am m alo gy : essay in h o n o r o f Ph ilip Hersh ko vitz. Ch icago, Fieldian a Zoology New Series 39, 506p.

NOWAK, R.M. 1999. Walker’sm am m also fth ew o rld. Baltim ore,

Th e Joh n s Hopkin s Un iversity Press, vol. 1, 6th ed., 836p. O’CONNELL, M.A. 1979. Ecology of diddelph id m arsu pials from

N o rt h ern Ven ezu ela , p . 7 3 -8 7 . In: J.F. EISEN BERG (Ed ).

Ve rt e b ra t e Ec o l o g y i n t h e N o rt h e rn N e o t ro p i c s.

Wash igton , Sm ith son ian In stitu tion Press, 271p.

PINHEIRO, O.S.; F.M.V. CARVALHO; F.A.Z. FERNANDEZ & J.L. NESSIMIAN. 2002. Diet of th e Marsu p ial Micoureusdem erarae in Sm all Fragm en ts of Atlan tic Forest in Sou th eastern Brazil. Stud ies o n Neo tro pical Faun aan d En v iro n m en t, Lisse, 3 7:

213-218.

TOMLINSON, P.B. 1986. Th e bo tan y o f m an gro v e. Cam bridge, Un iversity Press, 413p.

VO SS, R.S. & L.H . EM M O N S. 1 9 9 6 . M am m alian d iversit y in Neotropical lowlan d rain forests: a prelim in ary assessm en t.

Bulletino fth eAm ericanMuseumo fNaturalHisto ry, New

York, 2 3 0: 1-115.

Imagem

Figura 2. Número de capturas de indivíduos de  M . demerarae  na Fazenda das Salinas (FS), Bragança, Pará, correlacionado com a disponibilidade de insetos (A) e a Frutificação (B), novembro de 2002 (N/ 02) a setembro de 2003 (S/ 03).
Figura 3. Número de capturas de  M . demerarae  nas “ ilhas”  de Terra Firme (TF) e M anguezais (M ) na Fazenda das Salinas, Bragança, Pará, novembro de 2002 (N/ 02) a setembro de 2003 (S/ 03).

Referências

Documentos relacionados

Bryophytes in fragments of Terra Firme forest on the great curve of the Xingu River, Pará state, Brazil 1..

In th is sen se, th e article exam in es th e in tersection of a series of elem en ts in th e above-m en tion ed cou n tries in ord er to exp lore h ow th ese diagn ostic tools

p ylori in - fection is accep ted tod ay as th e m ost com m on cau se of gastritis an d th erefore th e in itiator of th e ch ain of even ts th at lead s to gastric

Ameerega trivittata in an area of terra firme forest in the eastern Amazon basin, and (2) characterize the use of microhabitats by calling males, as well as recording (3) the

The correlation was significant (p = 0.0225) among the abundance of arthropods (Coleoptera, Orthoptera, Hy- menoptera, Diplopoda) present in the diet and the number of subjects

The present article is based on the theoretical assumption that within the complex field of disputes in the process of establishing Nutrition as a scientific (Science) and

To obtain data, there were exploratory visits to the websites of the following institutions: (1) Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas (Federal and Regional

Based on th e cataly tic results and ch aracterization of th e solids, w e arg ue th at cataly st ef iciency is m ore related to F ePor disp ersion on th e sup p ort th an to th