z ze' ” ' ' 'f"/ Í “ < * 1 ‹ / _ . -v z › * _ _ 1 - _ '__' ' ' . zz. _- '-=~` /; z _ -" _' _ 4, , _ _ _ , .IL _ _ .I . / , ¡ ~ .- _ / .r .z
f¿UNIVERSIDADE
.FEDERAL
DE
SANTA
CATÁRINA"
, ,_ ‹- _ ..._ V ` ' I. K. _ _ I-› -_ _. -_ I _ _ _ _ A ,rw _ ._ _‹ sr
.'
E YcE.NTRo
' ,DE
clENciAsíAGRARÍ|As
_ , 1 V. _ _ .V , _ _ ADEPARTAMENTO
DE ZOOTECNIA
4 . z * À \ i ¡ ' -V ' ` _ ei - .v‹.~ _ _ ¡ _ ›_` __; \ _ I _ J _ 3 :Q I il I . ,QQ A YiDesenvioIv|mehto
Part|'e|pativo,
a
'Transição
Tecnológica
no»Municípiolde
São
Jgsé
do
Cemto;
-iúw.-‹¡1»-wiwzfi. _ _f'. × ' ` ` . _ _/ ' ` _,.z--' À _ ` . -. › _ . _ ` › \. _ - Relatório
de
Eâtágio
Í ' _/" _ _ , __ _ _ z - _ » / __
Claudinéi Chalíto
da
Silva
_ Trabalho Sie Estágio' `Supervisior\ado
" apresentado
como
um' 'dos requisitospara
a
obtençãodo
títulode
Engenheiro ‹iAgrõnomo. _ ' ` Í ~- Fuoziádópóliš(Sc),*¡u|nó ;i¢199_7. 1/_»
_ r -- ,`- - - ._ ~ ' _ « u , ¡ _ . .fi. Ú . . . 'S ' ._ _ __ _. lv _ 'ø ›__ ~ ' ` ¡ _ _ ‹ _ . . , ., _ _' O Úaii Y “K ‹ë¬~_..,.-_ ~ 4 .;::t_¬:---Í Ii li i J L 1 Í li É i.
uN|vERs|DAnE
PEDE
a
Transição Tecnológica
no
Município
de
São
ii
ii
mS
S
í
às
S
S
m
m
~
,_ 283.02 O 2 II Q U) LI. D J › -¬~- _- ~.--».~‹-‹-Í i J z -¬_.-._-¿<.-=-- 4. -àz... T _` F là T _.)-:_-_¬,_ `_..._ 1 `iRAL
DE
SANTA
CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
AGRÁRIAS
-DEPARTAMENTO
DE'
ZOOTECNIA
Desenvolvimento
Participativo;
A
José
do
Cerrito
Relatório
de
Estágio
AClaudinei
Chalito
da
Silva
Trabalho de Estágio Supervisionado apresentado
como
um
dos requisitospara a obtenção
do
titulo de EngenheiroAgrônomo.
~ V
Éiorianópólis (sc), julho
de
1991.wésâw
|DENT||=|cAçÃo
Título:
Desenvolvimento
Local;A
Transição Tecnológica no
Município
de
São
José do
CerritoAcadêmico:
Claudinei
Chalitoda
SilvaÁrea:
Desenvolvimento
Rural
`Núcleo
Temático: Desenvolvimento
Local
Orientador:
Prof.Wilson
Schmidt
Supervisor:
Eng.
Agr. NatalJoão
Magnanti
Local
de
Estágio:
São
José.do
Cerrito/SC
Período:
27
de
fevereiroà
27 de março
de
1997
Banca
de
defesa:
Professora
LíciaBrancher
-
Professor
José
Carlos
Fiad PadillhaAo
observar *o comportamento de paz/oscom
cos-ƒzzmes dzfimnƒes dos nossos, tendemos ajulga'-/os
4
AG
RADECIMEN.TOS
Este estágio representou para
mim
um
grande encontrode
tudoque
vivi eque
con-tribuiu- para
minha
formação enquanto cidadão em profissional.Devo
aoMovimento
Estu-dantil. da Agronomia, através da.
FEAB,
do
CentroAcadêmico
de Agronomia,ao
Núcleo deTrabalho
Permanente
SobreMovimentos
Sociais (NTP/MS); aoMovimento
EstudantilGe-
ral na Universidade Federal de Santa Catarina, principalmente ao
Movimento
dos Estu-dantes
Preocupados
com
a Universidade.'Devo na preparação e desenvolvimento deste estágio, a- grande dedicação do pro-
fessor Orientador Wilson Schmidt.
Suporte à campo:
:-> Centro Vianei de
Educação
Popular: Oscar Rover, Natal Magnanti, Selênio Sar- tori, 'Zeferinoe
Loreno Siega.E
:> Sindicato dos Trabalhadores Rurais: Darceu Correa, Antônia Ribeiro Rodrigues
(Toninha),
Eva
Izabel Gonçalves;1-.>
CREDICARU:
CarlosRamos
(Carlinhos) e Zilda, Marcelo Medeiros Correa,Mo-
acir Correa Pinho;
:>
Comunidade
de Santo Antônio dos Pinhos: Anazilba e José Nelci Munis, Cassi-miro Gonçalves Dias, Jaime Munis Xavier, José
Mateus
Correa, Maria Prazeres Correa (Marisa), Lauro RogérioRamos, Madalena
Albuquerque, Estanislau Pra-zeres da Cruz (Di-lau),
'
:> Joveifis: Luciani
Ramos,
Nilcéa Gonçalves, RosângelaSouza
Pinho, Saulo Ra-mos,.Vandel
Ramos.
.:> igreja: irmã Nilza, Padre Geraldo, Padre Paulo.
'
:> Lideranças comunitárias e Organizações Populares: Judite Ribeiro Rodrigues,
Celso de Oliveira Branco, José Inácio de Oliveira (“Tio Zé”).
e a
todos
que
os
lutam porum
mundo sem
a explorações entreos
seressuMÁR|o
suMÁR|o
... ._lNTRoDuçÃo
... U1)
OS
MODELOS
DE AGRICULTURA
E
O DESENVOLVIMENTO
RURAL
NO
BRASIL... 1.1)O
Modelo
Tradicional ... ..1.2)
O
Modelo
Agroquímico ... ..1.3)
O
Modelo
Agroecológico ... ..2)
TRANSIÇÃO
... ..2.1)
A
posturado
Técnico na Transição ... ..2.2)
A
Educação
Popular na Transição ... ..2.3)
A
Transiçãoem
São
José do Cerrito ... ._3)
o
MuNiciPio
DE
sÃo
José
oo
cERRiTo
... ..3.1) Aspectos Físicos e Geográficos ... ._
3.2) Aspectos Históricos ... ..
3.3) Aspectos Demográficos ... ._
3.4) Aspectos Produtivos ... _.
3.5)
O
Planode
Desenvolvimento Local ... ..3.6) Alguns problemas
do
municipio ... ..3.6.1) Comercialização ... ._
3.6.2)
A
crise conjuntural e a renda ... ..3.6.3) Fatores culturais ... ..
3.6.3.1) Perda de hábitos solidários ... ..
3.6.3.2)
Educação
Familiar ... ..3.6.4)
O
Enfraquecimento das Organizações Populares ... ..3.7)
A
Herança Política ... _.3.8)
Alguma
inovações ocorridas no município ... ..3.9) Concentração e exclusão provocada pelo
PDL
... ..4)
CONCLUSÕES
...REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..ANEXOS
... ..Anexo
O1 - Carta Aberta à População ... ..Anexo
O2 -Mandato
doFórum
doPDL
... ..Anexo
O3 - Interessados no Desenvolvimento deSão
José do Cerrito ... ..Anexo
04 - Expectativas dos Principais Interessados ... ..Anexo
O5 - Missão doFórum
doPDL
... ..Anexo
O6 - Análise do Ambiente Externo ... ..\l\I(DO'I 9 .'lO .13 .15 .16 .17 .19 .19 .22 .22 .23 .27 .34 .34 .37 .39 .39 .4O .41 .43 .44 .5O .52 .55 .58 .59 .61 .63 .65 .68 .7O
Anexo
O7 - Análise do Ambiente Interno ... .. 726
INTRODUÇÃO
Este relatório de Estágio de Conclusão
de
Curso,com
opção
pela áreade
"Desen-volvimento Rural", procura levantar algumas reflexões
com
relaçãoao
municipiode
São
José do Cerrito e às suas características de “Desenvolvimento Local".
O
objetivo inicial do estágio era ode
observar a aplicação de tecnologiasadequa-
das aos
pequenos
produtores rurais, através dos trabalhosque
o Centro Vianei de Educa-ção- Popular desenvolve no município de
São
Josédo
Cerrito. Esta Organizaçãonão Go-
vernamental
(ONG)
desenvolve, já há algum tempo, trabalhosem
“Desenvolvimento Local"com
base
nos principios da Agroecologia.A
concentração das atividades do estágio ocor- reu nacomunidade
de Santo Antônio dos Pinhos.A
metodologia dos trabalhos é denomi-nada
de “área de concentração", e é nesta localidadeque
se dão as articulaçõesde
um
conjunto de ações técnico-produtivas e político-pedagógicas.'
O
Centro Vianei deEducação
Popular foi criadoem
1985, por influéncia da Igreja Católica.Suas
atividadesderam
continuidade aoque
já vinhasendo
desenvolvido pela igreja no município e na região.A
comunidade
do município deSão
Josédo
Cerritovem
se organizando,desde
1995, para a elaboração de
um
Plano de Desenvolvimento Local - PDL. Participaramde
sua elaboração cerca de 35 representantes das diversas entidades e instituições munici-
pais e do poder público municipal. Estas pessoas definiram o
PDL
como
sendo
“o docu-mento que
representaum
trabalho coletivo, resultado da integração e articulação dossegmentos
organizados da sociedade cerritense". Durante o estágio, este plano já estava na fase de aplicação das ações estratégicas.Tendo
em
vista a mobilização da sociedadeem
torno dele, o plano teveuma
importância muito grandeem
nossas atividades.O
estágioque
aqui apresentamos, ocorreu durante omès
demarço
de 1997 e tevetrès fases distintas: a) até dia O9/03, conversas/entrevistas
com
agricultores da comunida-de de Santo Antônio dos Pinhos, envolvidos pelas atividades desenvolvidas pelo Vianei; b)
de 10/03 a 20/O3, conversas/entrevistas
com
as entidadesque
participaram da elaboração doPDL
eacompanhamento
de reuniões referente a este tema; c) de 21/O3 a 27/03, tra-balhos na sede do Vianei.
Neste relatório, apresentaremos, inicialmente,
uma
breve revisão bibliográfica sobreos
modelos
de agricultura no Brasil,bem
como
sobre anoção
de transição.À
seguir, fa-remos
um
diagnóstico do municipio,com
baseem
alguns materiais bibliográficos,mas
principalmente a partir das observações feitas por nos durante o estágio. Discutiremos al-
guns resultados do diagnóstico, considerando
que
o município passa poruma
transição e1)
OS
MODELOS
DE
AGRICULTURA
E
O DESENVOLVIMENTO
RURAL
NO
BRASIL
'Durante toda a sua história, a agricultura brasileira foi sofrendo transformações.
Mais recentemente, além da substituição das técnicas agrícolas tradicionalmente utilizadas
pelas
chamadas
técnicas “modernas”, ocorreu,também,
modificações na organizaçãoda
produção,com
transformaçõesem
dois níveis: o técnico e o social (Graziano Neto, 1986).Em
nível técnico encontra-se a substituição, por exemplo, da enxada, do estrume eda
tra-ção animal, pelo trator, pelo arado e pelos insumos químicos.
A
nível social, há a intensifi-cação do uso
do
“bóia-fria”, a mão-de-obra passa a ser assalariada e ocorre a expropria- ção dospequenos
produtores, parceiros ou posseiros,dando
lugar,em
certas regiões, à organização da produçãoem
moldes empresariais.Amin
&
Vergopoulos (1986), caracterizam esta transformaçãocomo
uma
subordina-ção da agricultura ao capitalismo, considerando ainda,
que
esta subordinação ocorreem
escala mundial. Referindo-se ao camponês, acrescentamque
ele “não é mais, narealida-de,
um
produtor mercantil livre que produz oque
quer ecomo
quer, em depoisvende
uma
parte disso".
Definem
a condição destecamponês como
“pro/etários à domicí/io”.,Em ou-tras palavras, poderíamos dizer
que
essa transformação exigiu (e continua a exigir) o usointensivo do capital para a produção. Neste sentido, a agricultura brasileira convive
com
très situações
bem
distintas: oque
restou das forma tradicionaisde
produção; oque
foimodificado e subordinado ao capital; e as propostas alternativas de produção e desenvol-
vimento. Essestrès
modelos
são caracterizado porWeid
(1994), respectivamente,como
os modelos tradicional, agroquímico e agroecológico.
_ 1.1)
O
Modelo
TradicionalSegundo
Altieri (1989), este tipo de agricultura desenvolveu-seem
meio a evolução cultural e biológica através dos séculos. Assim, os sistemas de produção foram desenvol-vidos ou herdados pelos
pequenos
produtores, de forma complexa, adaptando-se às con-fertilizan-8
tes químicos. Estes sistemas
de
produção geralmente consistemem
uma
combinação de
atividades
de
produção e consumo.Weid
(1994),aflrma
ser esteum
modelo
característico dospequenos
produtorespobres. Utiliza a mão-de-obra familiar e
pouco
ounenhuma
mecanização,mesmo
à traçãoanimal. Conta
com
o uso dos recursos naturais ecom
aação
da natureza para a sua re-composição.
As
sementes são oriundas das variedades locais, produzidas na propriedade.Há
acúmulo
deum
conhecimento refinado das potencialidades e limitações dos re-cursos naturais,
quando
ospequenos
produtores temuma
presença estável por muitas ge-rações na sua região. Assim há
um
desenvolvimentode
sistemas complexos, otimizandoresultados e minimizando riscos,
embora
com
produtividadesmenores do
queas
obtidascom
omodelo
agroquimico.Quanto
ao crédito, sua utilização é muito restrita.O
agricultor tradicional é, muitasvezes, dependente do crédito informal e não recorre aos bancos.
Na
maioria das vezes ocrédito está relacionado
com
a comercialização, tantodo que
é produzido, quanto dos bensque
a família necessita. Muitos destes produtoresfazem
ascompras
de insumos ede produtos de
consumo
domésticoem
cerealistas e ou casas comerciais, endividando-se durante a safra. Assim, ficam dependentes destes intermediários, tendoque
como
paga-mento
entregar seus produtos, submetendo-se aos baixos preços.Estas e outras expropriações, “empurraram”, dentro
de
um
processo histórico, ospequenos
produtores tradicionais para os ecossistemas” mais vulneráveis e adversos.Processo
que
ef agravado pela subdivisão daspequenas
propriedades,que
ocorrede
ge-ração
em
geração, reduzindo as áreas para módulos cada vez menores.'
A
agricultura tradicionalvem
sendo
inviabilizada, assim, pela fragmentação das pro-priedades e pela fragilidade dos ecossistemas.
O
uso constante de solos, que setomam
cada vez mais pobres
em
nutrientes, e a impossibilidade de recomposição natural, devidoao
pequeno tamanho
das áreas, está inviabilizando este sistema.Os
produtorestradicio-nais estão
passando
poruma
condição de extrema pobreza,tomando-se
até miseráveis.Estes impactos fazem
com
que
busquem
alternativas fora de unidade produtiva, oque
pode
se dar pelo trabalhoem
propriedades vizinhas, por migrações temporárias, pormu-
danças para outras regiões, ou até pelo
abandono
do campo.1
Ecossistema é qualquer unidade (biossistema) que abranja todos os organismos que funcionam
em
con-junto(a comunidade biótica) numa dada área, interagindo com o ambiente fisico de tal forma que
um
fluxode energia produza estnuturas biótlca claramente e uma ciclagem de materials entre as partes vivas e não-
1.2)
O
Modelo
Agroquímico
Este modelo,
segundo
Weid
(1994),vem
dominando desde
os anos 60.Teve
suasbases desenvolvidas nos Estados Unidos e na Europa e depois foi trazido ao Brasil e aos demais países
do
TerceiroMundo.
Procura dominar a natureza ecom
isto desenvolveu formas de artificializar as condições de forma a poder controla-las e a eliminar os fatoresnaturais (nutrientes, temperatura; umidade; insolação; pragas,
doenças
e invasoras pas-sam
a ser controladas artificialmente).O
Brasil passou poruma
estruturação industrial (in-dústrias de
adubos
químicos, estufas, irrigação, pesticidas, fungicidas, herbicidas, outrosbiocidas e sementes), a fim de satisfazer a implementação deste novo
modelo
que, se-gundo
Graziano Neto, 1989, teve início nos primeiros anos dadécada
de 60 epode
serchamado
de
industrialização da agricultura. 'O
processo de transformação da agricultura fezcom
que
o agricultor de subsistên-cia, "cedesse lugar às
empresas
rurais, capitalistas,onde
as determinaçõesdo mercado
ea racionalidade
do
lucro são os condicionantes fundamentaisdo
processode
produção”(Graziano da Silva, 1989).
Uma
característicabem
marcante destemodelo
é a monocultura.Weid
(1984) fazuma
analogia das propriedades agrícolas desenvolvidas pelo sistema agroquímico, basea-do no monocultivo,
com
uma
fábrica, “que busca produzirum
produto único,com
caracte-rísticas tão
homogëneas como
possível”. Graziano Neto (1986)chama
a este processo de“sistemas de fábricas”,
onde
despreza-se e ignora-se condicionantes fundamentaisda
na-tureza. lsto traztrágicos resultados ecológicos. Citando José Lutzemberger, ele descreve a
monocultura
como uma
radical simplificação do ecossistema agrícola:"Um
ecossistema étanto mais vulnerável quanto maior a sua simplificação.
Um
desequilíbrio traz outros e ini-cia-se
um
ciclo diabólico que leva a agressõessempre
mais violentas".Como
conseqüên-
cia, surgiram pragas e doenças antes desconhecidas, exigindo doses de
venenos cada
vez mais altas, desequilibrando ainda mais o ecossistema e
comprometendo
toda a produ-ção.
Apareceram
ainda, problemas de conservação de solo.Este
modelo
de desenvolvimento agravou ainda mais os problemaseconomicos
esociais no Brasil. Graziano da Silva (1989) descreve
que
estaexpansão
“destruiu outros milhares depequenas
unidades de produção;onde
o trabalhador rural obtinhanão apenas
parte da sua propria alimentação,
como também
alguns produtos que vendia nas-cidades.confli-10
tos entre grileiros e posseiros, fazendeiros e índios, e
que
concentrou ainda mais a propri-edade
da terra".Apesar de melhorar a vida de uns poucos privilegiados, os problemas deixados por
este
modelo
(que ainda continuamsendo
gerados), são muito grande e os mais nefastospossiveis.
Segundo
Graziano Neto (1986), deum
lado estão os problemas sociais, eco-nõmicos e políticos, representado pelo
abandono do
campo, miséria no campo, conflitosdos sem-terra
com
os latifundiários, analfabetismo, mortalidade infantil; e do outro, os pro-blemas ecológicos,
como
a contaminação dos alimentos, destruição dos solos, intoxicaçãode trabalhadores, descontrole das pragas e doenças, alterações climáticas, etc. Frente a
isso, é imprescindível,
não
sóum
repensar,mas
que
setenham
bases tecnológicas e so- ciais que viabilizem a transição paraum
modelo
seguro socialmente,sendo
sustentávelde
forma ampla. Tal
modelo que
se propõe a ser alternativo é a Agroecologia.1.3)
O
Modelo
Agroecológico
Weid
(1994)define
Agroecologiacomo
sendo_“a aplicação dos princípios e /eisda
ecologia aos sistemas
de
produção agrícola". Para Altieri (1989) a Agroecologia “éuma
disciplina clentifica
que
se aproximade
uma
perspectiva ecológica, e é definidacomo
uma
estrutura teórica, destinada a
compreender
os processos agrícolasda
maisampla
manei-ra”.
Uma
perspectiva mais ampla, incorpora preocupações sociais acerca da agricultura,atendo-se não
apenas
á produção. Já outra, mais restrita, “se refereao
estudode fenôme-
nos puramenteecológlcos
que
ocorrem noscampos
das
culturas, taiscomo
relação pre-dador/predado,
ou
competição culturafinvasoras" (Altieri, 1989).Altieri (1989) valoriza o conhecimento localmente desenvolvido,
afirmando que
estáno centro da realização contínua dos sistemas de produção. Ferrari (1994)
afirma que
paradesenvolver
uma
agricultura sustentávelcom
base na Agroecologianão
pode existir pa-cotes: cada caso vai exigir soluções especificas. Mostra ainda que, na busca
de
propostastecnicas
que respondessem
aos princípios da Agroecologia, a maioria das respostas foiobtida na prática dos agricultores.
Além
da valorização do conhecimento local, Ferrari(1994)
chama
a atenção para a atuação do técnico junto às comunidades. Estedeve
ven-cer algumas barreiras metodológicas e colocar-se
com
uma
nova postura: a de colega eco-nhecimento
do
agricultor tradicional, diferindo, porém, domodelo
de
agricultura tradicionalpor incorporar inúmeras inovações
que
revolucionam o padrão de produção do agricultor.O
usodo
termo Agroecologiavem
dos anos 70. Jesus (1996) citaque
o termoAgroecologia foi adotado no Brasil pela rede de
ONGs
que atuam
nesta área, por elas o considerarem mais completo e precisodo
que
“agricultura alternativa”.O
modelo
agroecológico no Brasil, foi construídocom
bases nomovimento de
Agri-cultura Alternativa, iniciado na
década
de 70. Veiocomo
contraponto ao projetode moder-
nização conservadora na agricultura brasileira. Este
movimento
teve seu primeiro grandemomento
políticoquando
realizou-se o l Encontro Brasileiro de Agricultura Altemativa - IEBAA,
em
1981, na cidade de Curitiba. Após, ocorreram mais très encontros: IlEBAA
-Petrópolis/RJ,
em
1984; lllEBAA
- Cuiabá/MT,em
1987; IVEBAA
- Porto Alegre/RS,em
1989.
Weid
(1997) acrescenta que,quando
surgiram osmovimentos de
Agricultura Alter- nativa,não
tinham suporte técnicoque
desse base às implementações destenovo
modelo.No
início estemovimento
surgiu unicamente poruma
preocupação social.As
preocupa- ções ecológicas e outras técnicas foram surgindo e se agregando às reivindicações algunsanos mais tarde. Considerava-se
que
omodelo
agroquímiconão
estavasendo
viávelaos
pequenos
agricultores, porque suas tecnologiasnão eram
a eles acessíveis.O
encami- nhamento, então, foi se contrapor aos pacotes agroquímicos, só que, muitas vezes,com
pacotes alternativos. Já existiam na Europa
movimentos
de Agricultura Orgânica e Agri-cultura Biodinãmica.
A
adequação
destes ao Brasil, encontrava, porém, fortes dificuldades.A
soluçãoque passaram
a visualizar, foi de buscar informações inerentes às condiçõesbrasileiras.
Na
busca destas informações, surgiuem
1983, o Projeto de Tecnologias Alternati-vas - PTA, junto à Federação de
Órgãos
para Assistência Social e Educacional -FASE.
Este projeto
chamou-se PTA-FASE,
e manteve-se até 1990. Apos, foi criado a Assessoriaem
Serviços a Projetoem
Agricultura Alternativa -AS-PTA.
Esta última, presta assessorias auma
rede de23
ONGs
em
todo o Brasil. Entre asONGs
e entidades envolvidas nomo-
vimento, para buscar as informações alternativas, surgiram duas vertentes:
uma
que
bus-cava as informações no conhecimento do agricultor e a outra
que
buscava nas inovaçõestecnológicas.
A
primeira vertente esbarrou logoem
alguns problemas imediatos: a tradiçãonão era
uma
base segura para criar as informações. lsto porque os agricultores tradicio-nais carregam hábitos aos quais
também
se buscava informações alternativas, enão
so-mente
aomodelo
agroquímico.Como
exemplo
das alternativasque
se buscavaestavam
as queimadas. Alguns anos mais tarde, ainda durante os anos 80,passaram
a considerar12
como
"maluquice" o fatode
tornar a tradiçãocomo
referência.Além
de tomarcomo
base
atradição, tiveram outros grandes problemas,
que
foi ode
criar ofertas, para encontrar pos-teriormente as
demandas;
visavam atingir de forma irrestritaum
público difuso,sem
consi-derar especificidades locais, visto as grandes diferenças de
uma
comunidade
para outra;as implantações das
ONGs
muitas vezes sederam não
considerando a região, o agroe-cossistema e as especificidades locais;
não
existiam metodologias de diagnósticoque
fos-sem
adequadas, oque
só se superou por voltade
1990.“A
AS-PTA
considera at Agroecologiacomo
um
novo paradigma, aindaem
constru-ção, o qual, apoiando-se
em
recentes descobertas científicas e incorporando os conheci-mentos
tradicionais dos agricultores, buscaum
desenvolvimento harmônico, ecologica-mente
equilibrado e estável, justo socialmente, democráticoe
participativo,no
qual o tra-balho dos agentes, baseia-se no diálogo
com
ascomunidades
rurais” (Jesus, 1996). Rover (1997)define
très pressupostosda
Agroecologia:o
Geração
participativa da tecnologia; . insumos internos;0 Baixo impacto ambiental.
O
Centro Vianeide Educação
Popular adota os seguintes princípios:ø Diversidade vegetallanimal-; _
o Reciclagem da matéria orgânica e otimização da utilização denutrientes;
o
Geração de
condições Ótimas de cultivo, estimulando os microorganismos; o Evitar perdas deágua
e solo;ø
Medidas
preventivas para controle de pragas e doenças;o Implantação dosinergismo entre plantas, animais e
homem;
.0
Máxima
integraçãode
fatores produtivos presentes na propriedade e nacomuni-á
dade;
o Melhor 'aproveitamento possível dos recursos naturais,
humanos
e financeiros dis-2")
TRANSIÇÃO
O
municípiode
São
José do Cerrito apresenta de forma predominante omodelo
tradicional, porém,
com
algumas
influëncias - maiores oumenores
-dependendo
da pro-priedade, do
modelo
agroquimico.A
tipologia que utilizamos na classificação dos modelos,em
tradicional, agroquímico e agroecológico, nos auxiliou didaticamente. Trata-se, porém,de
um
recurso analítico,onde
na prática dificilmenteuma
propriedade se apresentade
forma pura
em
um
dos modelos. lsto significa que,mesmo
que tenhamos
classificadouma
propriedadecomo
tradicional, estapode
eventualmente usaradubos
químicos, agrotóxi-cos, maquinários, e outros.
Weid
(1997), esclareceque
a ação dasONGs
que fazem
parte da redeAS-PTA
játrouxeram muitas inovações aos agricultores. Porém, se a atividade de
algumas
destasconseguiu
que
algumas técnicas fossemmaciçamente
adotadas, omodelo permaneceu
omesmo.
O
Dicionário Aurélio apresenta a “transição”como
a"passagem de
um
lugar,de
um
assunto, de
um
tom,de
um
tratamento, etc., para outro".-
A
“transição”pode
ser trabalhadaem
nível internacional,
com
as conseqüências dospaíses de
uma
região formando blocos económicos, aqueda do Muro
de Berlin, a conver-são da União Soviética, etc.
Pode
ser trabalhadaem
nível nacional,com
a implementação de planos econômicos (porexemplo
os implementados após ogovemo
Collor) e. as con-seqüências internas do
MERCOSUL.
Finalmente,podem
ser considerados asmudanças
locais. Esse "espaço local" é citado por
Dowbor
(1994)como
sendo
o município, conside- radocomo
a "unidade básica de organização social". Mas,pode
ser, ainda,um
bairro,um
quarteirão, a
comunidade onde
se mora.Queremos
mostrarque
num
período de transiçãoé muito diferente de quaisquer outros periodos
que
não envolvam mudanças.A
intenção do Plano de Desenvolvimento Local - PDL, recentemente elaboradono
município, defende a busca do desenvolvimento sustentável, tendo
como
base a Agroe-cologia. Esta passagem, seja do
modelo
tradicional, seja do agroquímico, para omodelo
Agroecológico,chamaremos
de “trans¡ção".Observando
os agricultores deSão
José do Cerrito,notamos que
grande parte de-les persistem no
modelo
tradicional.O
município apresenta pouca influènciado modelo
agroquimico. Verificamostambém,
que aqueles agricultoresque
tiveramum
envolvimento14
com
base na Agroecologia.As
principais criticas destes agricultores à agroquímica estão relacionadasao
perigo do “veneno"(agrotÓxicos) e aos altos preços dos insumos.Weid
(1994) indica, no entanto,uma
tendência diferente. Para ele, ospequenos
produtores tradicionais apresentam
uma
mais rápidaadoção
de tecnologias agroecológi- casdo
que
os produtores agroquímicos. Acrescentaque
ospequenos
produtores tradicio-nais correm
menores
riscos nestaadoção
eque
a lógicada
Agroecologia é mais próximadaquela
que
eles tem.Santos (1997), contudo, fortalece nossa afirmação.
Segundo
ele, é mais fácil con-vencer
um
agricultor a produzirsem
o uso de agrotóxicos, se este já sentiu os efeitos ne-gativos
em
sua saúde.Usa
oexemplo
do agricultor Delvino Magro, no municipiode
lpè,no
Rio
Grande do
Sul. Este agricultor,que
também
é técnico agricola, foi o responsável técni-co pela introdução
da maçã
naquela região-, noano
de 1974. Até 1985, ele utilizou e reco-mendou
todo o pacote agroquímico. Atualmente, ele possuium
sítio ecológico,onde
rece-be visitas e presta várias atividades na defesa de
uma
agriculturasem
produtos químico-sintéticos. Este agricultor defende que,
em um
processoque busque
convencer agriculto-res para esta nova prática, deve se dar prioridade àqueles
que
maisavançaram
nomodelo
agroquímico. Canci (1997)também
compartilha esta posição, ao defenderque
a dificulda-de é maior para
os
agricultores tradicionais, por estesnão
terem ainda experimentado amudança.
Cabe, ressaltar
que
os proprietáriosque
pagam
para outros fazerem as atividadesmais perigosas
não sentem
o efeito sobre sua saúde. Assim,mesmo
que
em
sua proprie-dade
se use os agrotóxicosde
forma exagerada,não
são
eles os mais propensos a estamudança,
mas
sim, os peões.Ressaltamos, aqui, que a transição não ocorre
de
maneira expontãnea, natural. Elaenvolve todo
um
trabalhode
organização da sociedade, reorganização da extensão rural eum
redirecionamento tecnológico para o novo modelo. Para Beroldt (1994), muito alémda
simplesmudança
domodelo
tecnológico, deve passar por novo juízo de valores;um
outroparadigma da agricultura;
uma
novaopção
de vida.Weid
(1994) considera que os conhe-cimentos agroecológicos
adequados
nunca estão prontos paraserem
utilizados. 'Ao con-trário, eles
devem
ser adaptados para cada situação específica.Com
isso, a transforma-ção integral de
um
sistemaem
agroecológico é paulatina. Por isso, incorporamos anoção
de transição.A
mudança
para o agroecológico, independente domodelo
em
que
sepossa
estar, envolve
um
certotempo
para adaptação dos agricultores às práticas propostas,como:
manejo
cuidadoso do solo; utilização deadubos
verdes; a multiplicação das se-ado-ção destas práticas envolvem a necessidade de capacitação ou reeducação dos agriculto-
res, o redirecionamento das políticas públicas,
uma
reorganização domercado
e princi- palmente a nivel organizacional.Nos
pareceu difícil precisarquando
começou
o processo de transiçãono
municípiode
São
José do Cerrito. Pelo visto, teve origem por voltade
1985,com
as mobilizações re-alizadas por diversos
segmentos
sociais (jovens, pastorais, Sindicato dos TrabalhadoresRurais, etc.).
SÓ
que, naépoca
havia dependências muito grande do poder público munici-pal
e
este estava muito fechadoem
si, centralizado nasmãos
de
uns poucos.Estas
mudanças
não
ocorreram de forma pontuais.Começou
por influència muitoforte, principalmente
do
Centro Vianei deEducação
Popular e da Igreja Católicado
muni-cipio. Esta
ONG
atuou principalmentecom
formação/capacitação, através de cursos, ge-ralmente
em
sua sede na cidade de Lages,sendo temas
tanto técnicoscomo
de
organiza-ção sindical, político e outros.
No campo
técnico, ressalte-se que, durante o estágioobservamos
uma
sériede
inovações tecnológicas
que
já tinham sido praticadas. Entre estaspodemos
citar: melho-ramentos
de sementes de
milho, gestão de propriedades, condomíniode
suínos, alimenta-ção animal, indústrias caseiras, controle biológico,
saúde
(alimentação e água potável).2.1)
A
posturado
Técnico na
TransiçãoVisando esta
mudança,
ou a transição para a Agroecologia, se buscaum
repensarna postura do técnico,
havendo
algumasconcepções
em
relação a este tema.Podemos
citar Ferrari (1994),
que
consideraque
o técnico deve assumir a posturade
colega e con-sultor do agricultor.
CONCRAB
(1997), concluique
o técnico deve se desprender desem-
pre querer ensinar,
mas
sim, disponibilizar seus conhecimentos cientificos, e ter ocom-
prometimentocom
a mudança.O
progresso deve se darem
conjunto: o técnico e o agri-cultor, acrescentando
que
“será melhor errarcom
eles (com os agricultores),do que
acer-tar sozinho". Cortez (1997) diz
que
o técnico que atua junto ao agricultor deve estar intei-rado ao processo educativo, cujo objetivo é
que
os individuos (os agricultores)pensem
eeste pensar
oslevem
a transformar a realidade. Isso nos traz algumas indagações.Se
considerarmos
que
os técnicos voltados a implementação domodelo
capitalista (o agro-químico),
também
querem
ser “colega”do
agricultor; o respeitam (com limites); valorizam16 processo de diálogo; trocam experiências;
aprendem
com
o agricultor; etc.,mas
apenas
buscando
eficiência para melhor persuadir; entãodevemos
perguntar: oque
sedeve
terde
diferente daqueles técnicos cujos objetivos são
apenas
osde
extorquir o agricultor?Como
resposta., Cortèz (1997) diz
que
aconcepção
deve “transcendermeras
mudanças
pontu-ais, e ter sim,
uma
visão de consciência de classes,buscando sempre
tomar o agricultorprotagonista de sua própria história”-.
Para esse
mesmo
autor, háquem
defenda - principalmentealgumas
entidades, al-guns agricultores e até
mesmo
técnicos -uma
relaçãode
igual-para-igual entre o técnico eo agricultor,
como
sendo
um
meiode
resolver a hierarquizaçãoque
se faz entre estes dois.Na
sua visão, osque
tem estepensamento
culpam o técnicoquando
alguns projetosnão
são
bem
sucedidos, associando a algum "erro" de posturado
técnico.Acha
que isto cons-titui
um
erro demétodo
muito sério, culpando o técnico e o separando completamentedo
modelo. Significa limitar as análises
somente
para as conseqüências,não
ligandocom
ascausas. Ele acha impossível essa atuação de igual-para-igual, pois, o técnico possui sua
identidade e, por maior
que
seja o seu esforço, continuarásendo
um
agente externo. Poristo, a diferença deve ser assumida,
não
significandoque
com
isso a relaçãodeva
se darem
níveis hierárquicos diferentes.Mesmo
que não
se queira, o tratamento diferenciado já existe, e não sóem
relação ao profissional da áreade
Ciências Agrárias, mas,também,
a qualquer outro agente externoque venha
até o agricultor,como
um
médico,um
advogado,um
político, etc.É
portanto,um
problema de toda a sociedade,que
induzuma
hierarquiza-ção
de
valores, e muitas vezes o agricultor até seassume
como
um
“colono grosso", igno-rante, considerando que
como
"o técnico éque
é estudado”, portanto,“quem
sabe".2.2)
A
Egucação
Popularna
TransiçãoUma
postura clássica de desenvolvimento rural, geralmente ligada aos Órgãos ofici-ais, chamaria este tema, ao invés de “Educação Popular” de "Extensão Rural”. Contudo,
trataremos aqui a
Educação
Popularcomo
uma
ferramenta principal para esta transição. Oliveira (1985) cita várias expressões utilizadas na Extensão Rural no Brasil. Estaprocura se autodefinir
como
"modalidade informal de educação"; “tipo informalde
educa- ção”; “processo de ajuda ao povo"; “processobaseado
em
principios educacionais"; “pro-cesso de
educação
informal”; “sistema deeducação
informal", “sistema educativo infor-Piza (1988), porém, questiona o caráter educativo da Extensão Rural,
quando
esta emite conceitos indefinidos a partir das quais sepode
concluir oque
se quiser. Este acres-centa
que
se elaboramum
silogismo cuja premissadeve
ser suposta verdadeira, no caso,que
"e×tensão rural é educação", eacabam
concluindo que: "fomento é extensão, logo fo-mento
é educação; investimento (financeiro) é extensão, logo investimento é educação".Paulo Freire (1983) acrescenta
que
“a expressão 'extensão educativa' sótem
senti-do se se
toma
aeducação
como
prática da 'domesticação'. Educar e educar-se, na práticada liberdade,
não
é estender algodesde
a 'sededo
saber”, até a 'sededa
ignorância' para'sa/vai”,
com
este saber, osque
habitam nesta". Neste sentido, utilizamos a terminologia"Educação Popular”, por
acharmos que
melhor representa o conteúdoque estamos
tratan-do. -
Contudo, o fato de atuar junto as organizações populares
não
significaque
estejaocorrendo
Educação
Popular. Para Paulo Freire (1983), “no processo de aprendizagem, sóaprende verdadeiramente aquele
que
se apropria do aprendido, transformando-oem
apre-endido,
com
oque
pode, por istomesmo,
reinventã-lo; aqueleque
é capazde
aplicar oaprendido-apreendido a situações existenciais concretas”.
Cortès (1997)
chama
a atenção que, se aeducação
for só “para” as classes sociais,o estado faz, só
que
tem a “intencionalidadede
cumprircom
uma
carência ou resolverum
problema económico, político ou social
que
está lhe incomodando". lsto leva a procurar re-solver os problemas sociais por setores, pois afetam o projeto central
do
governo”. Para oautor, a
“Educação
Popular” é aquela que ocorre 'para', 'com' e 'das' classes populares”. Oliveira j1985) citaque
o uso de novas tecnologias tende a estabelecernovos
pa- drões de relacionamento do agricultorcom
a natureza ecom
a própria sociedadeem
que
vive. Por flm, a incorporação de recursos, o qual refletirá
em
construções, aquisição debens, etc., delirjeia
um
novo ambiente de trabalho para a produção.2.3)
A
Transiçãoem
São
José
do
CerritoRessalternos, agora, ao entrar no estudo do município e do processo
de
desenvol-vimento
que
seus moradores pretendem, sistematizado através do Plano de Desenvolvi-mento
Local - PDL. Eles já definiramque
querem mudar
eque
essamudança
terácomo
base à Agroecologia.
~ 18 Pretendem, para isto, ir buscar as oportunidades (ver
anexo
6)que
possuem
e es- tão fora do município e melhor se utilizar dos pontos fortes internos (ver anexo 7).Só
que,para esta
mudança
se apresentamtambém
váriasameaças
externas e muitos pontos fra- cos internos, inerentes à organização. Por isso, tanto o métodoz quanto a metodologia de-vem
ter a melhor definição possível para superar estes obstáculos. Recorde-se que, como,Souto-Maior (s.d.)
chama
a atenção,O
Planejamento Estratégico e Participativo (PEP) eoutras formas
de
planejamentonão
resolvem os conflitos distributivos.Ou
que,como
alertaCortez (1997), o “metodo
não
transforma: oque
transforma são as atividadesque
se fa-zem
junto às entidades, junto ao povo", no sentido de aumentar sua consciência política”.Por isso, deverá haver
uma
articulação - a melhor possivel - entre o poder público munici-pal e a sociedade civil.
O
que, aliás, já está previsto no “mandato” doFórum de
Desenvol-vimento Local do município (ver item 3.5).
Em
nosso estágioobservamos
alguns dos problemas do processo de planejamento. Eles serão relatados adiante no item 3.6 - "Alguns problemas enfrentados no município".Relataremos,
também, algumas
implementações já ocorridas,com
relação às inovaçõestecnológicas e/ou linhas técnicas de atuação.
2
Método: a forma de desenvolver cada ação. baseada no contexto; metodologia: a estratégia que conduz do
princípio- ao fim o objetivo: que parte da realidade concreta e vai se transformando ao longo do processo -
3)
o
Município
DE
sAo
JosÉ
Do
cERRiTo
3.1)
Aspectos
Físicos eGeográficos
O
municípiode
São
Josédo
Cerrito localiza-se na Microrregião Serrana de SantaCatarina, na latitude
de
27°39'45"S e longitude 50°34'48"W.A
distância até Florianópolis éde 280
Km.O
centro polarizador da Microrregião Serrana ê- Lages, localizado a33 Km.
O
principal acesso até o município é a BR-282.
Nenhum
acesso é asfaltado, e as condições de conservação são péssimas (conforme fotografia O1) trazendo inúmeros problemasde
transportes ao município.
A
áreado
município éde
912Km?
Localiza-se auma
altitudede
879
metros.O
cli-ma,
segundo
classificaçãode
Köppen, é mesotérmico úmido,com
verões quentes, apre-sentando temperatura média anual de 15,9°C e
uma
precipitação total anual entre1300
e1500
mm.
A
constituiçãodo
relevo éde
planalto de superfícies planas, onduladas e monta-nhosas.
Os
principais riosque
banham
o município são o rioCanoas
e os seus afluentes:Rio Caveiras,
Passo
Fundo,Amola
Faca, Lajeado Goiabeira e Lajeado Rolante.V
Conforme
Uberti (1997), o municipio possui dois tipos de solos.O
predominante é osolo de Terra Bruna Estruturada. Este tem o basalto
como
material de origem, são profun-dos e
bem
drenados, de consistência argilosa. Possui baixa disponibilidade de nutrientes ede caráter ãlico.
Tem
seqüências de horizontes “A -B
- C" e de cores brunadas.São
muitopedregosos.
São
utilizados parapastagem
e para as culturas anuais,como
o milho e o feijão.Em
trechos próximos ao rioCanoas
ocorrem outro tipode
solo: o litólico. Este pos-sui seqüência incompleta de horizontes (A -
C
- R).São
usados
principalmente para pas- tagens.O
centro polarizador da Microrregião Serrana é Lages, localizado a 33Km.:São
Jo-se do Cerrito faz parte da Associação dos Municípios da Região Serrana -
AMURES,
com-
ESTADO
DE
SANTA
CATARINA
W,
Q lr;~
Í _ .tw 5, ,__ zfl, °., V; ?`. "* ,›,‹“¡¡‹¡¢ i r. .› ak‹
› .à _ rn _ S z' az zf ',;.g_,z,_zf'f." ` -.,‹.-;t._ f .~. ifh .fim1
\
sit:
Q' s . Í ,ir/J z",,;z'.~, ; __‹.‹"Ê ' 'T'-"dci « '2--`;.«‹-MT 4 ' 1 , ;4‹_MAPA
1 - Localização da Microrregião Serranade
Santa Catarina.MICRORREGIÃO
SERRANA
DE
SANTA
CATARINA
.¬,
i celso Ra `.*\‹Í`› Bom Remo * - 8°' -to
já
í
¢São Joaquim Bom
Jardim da Serra
Fotografia 01 - Condições
da
BR-282,na
alturada
Comunidade de
Santo Antôniodos
Pi-22
3.2)
Aspectos
HistóricosA
colonizaçãode
São
José do Cerrito iniciou-se por bandeirantes paulistas há maisde
um
século. Ocorreu próximo ao rio Caveiras, cujo local atualmente édenominado Ca-
pela
Säo
José. Esta capela deunome
ao município.O
aglomeradoem
torno dela, porém,não se transformou
em
sua sede.Em
1927 surgiu a capelade
São
Pedro, cujo local eraconhecido
como
“Caru",onde
foi instalado a sededo
distrito, então pertencendo a Lages.Entre os anos de 1943 e 1953, ainda
como
distrito,chamou-se
“Caru",que
significa“terra fértil” na lingua indígena.
O
nome
voltou a serSão
José do Cerrito porque a expres-são “Carli” era
usado
de forma pejorativa por moradoresde
outras localidadesda
região.A
emancipação
política do município deu-seem
1961.3.3)
Aspectos
Demográficos
A
maior parte da população é de origem cabocla.São
descendentes dos índiosque
existiam na região, dos portugueses colonizadores e dos negros.
Os
costumes e tradiçõescultivados até atualmente são atribuídos às primeiras famílias que ali se instalaram.
Segundo
estimativas do PDL, o município possuiaem
1996,18%
dos habitantesno
meio urbano e
82%
no meio rural.Demonstra
com
isso serum
município essencialmenteagrícola.
Tabela 01 - População
do
município deSão
Josédo
Cerrito, nos anos de 1970, 1980,1991 e 1996.
População
15.039 13.368
11.596 10.281 íAno
`1970
`1930
ä 1991 E 1996* UFonte: Censos Demográflcos do IBGE - 1970, 1980. 1991 e 1996.
*Dados definitivos, mas ainda não publicados.
Se
considerarmos osdados
doIBGE
(conforme tabela 01),veremos que desde
1970 a população veio diminuindo gradativamente. Durante todo este
tempo
ocorreu oêxodo
da população rural para centros urbanos, principalmente para Jaraguá do Sul e Blumenau,ambas
em
Santa Catarina.A
maior parte desse fluxo de pessoas foide
jovens,que,
não
vendo
perspectivas no município, partiramem
busca de melhores condiçõesde
23
Segundo
o pároco da igreja católica da sededo
município, cerca de95%
ou
mais da população é católica.Em
todas as 35comunidades
há pelomenos
uma
igreja para oscultos e missas.
3.4)
Aspectos
ProdutivosSão
Josédo
Cerrito mostrapouca
presença domodelo
agroquímico.A
maioriados
agricultores pratica ainda, o
modelo
tradicional. Ressalte-seque
mesmo
osque
estão apli-cando
hoje práticas altemativas apresentam traços significativosdo
modelo
tradicional (verfotografia 02).
Segundo
informações prestadas por alguns agricultores, a batatinha (Sola-num
tuberosum) foiuma
das primeiras culturas a consumiradubos
químicos e agrotóxicos.Os
agricultores misturavam Aldrin3 noadubo
(N-P-K) para colocar na batatinha.A
venda
desses produtos
começou
por volta de 1975,com
um
bodegueiro deSão
Josédo
Cerritoque
foi o incentivador do seu uso.Os
agricultorescomeçaram
a usa-lostambém
no feijãoquando
apareceu a variedade carioca, já no início dos anos 80. Outro fatoque
contribuiu aimplementação do uso de agrotóxicos e
adubos
químicos foi a entrada dasempresas
fu-mageiras. Muitos agricultores
passaram
a plantar fumo, principalmente para aSouza
Cruz,seguindo as exigências da empresa, ou seja, dentro
de
um
modelo
agroquímico.Após
isto,eles
passaram
a utilizar agrotóxicos eadubos
químicostambém
nasdemais
plantas.Apesar de
alguns agricultoresusarem
produtos químicos e outros produtos caracte-risticos de
um
modelo
agroquímico, oque
ainda caracteriza o município são as formas tra-dicionais de produção.
As
principais culturas económicas são o feijão e o milho e,em
menor
escala, o alho,a batata, o tomate, o repolho, o
fumo
e o mel.Na
pecuária as principais criações são asde
bovino de corte,
com
26.700 cabeças, e de leite,com
3.500 cabeças.A
principal atividadeeconômica do
município é, justamente, o cultivo do milho edo
feijão (consorciados ou não).
A
mão-de-obra utilizada no processos produtivo é a familiar e amecanização não
e muito intensa.As sementes
do feijão são,em
geral, produzidas naspropriedades. Já para o milho, mais freqüentemente são adquiridas sementes híbridas no
mercado.
No
municipio é cultivado anualmenteem
torno de 9.190 hectaresde
feijão e8.650 hectares de milho.
O
feijão cultivado é principalmente o carioca.Os
grãos são ven-didos, a baixo preço, imediatamente após a colheita, para as cerealistas
do
município.O
milho é
consumido
na propriedade eapenas
oque
sobra é destinado ao comércio. Geral-mente não
ocorrenenhum
beneficiamentocom
o usode
secadores artificiais, limpeza e3
Aldrin é
um
inseticida organo-clorado, altamente tóxico e acumulativo, proibido no Brasil, após 02 de se-24
embalagem
dos produtos.É
comum
asecagem
dos grãosem
lonas ao solo, conforme fo-tografia O3.
Tanto a produção
como
o rendimento dos principais produtos são relativamentebaixos, tendo, inclusive, caido gradativamente nos últimos anos.
O
rendimentodo
feijão edo milho são relativamente baixos, se
comparados
com
as médias catarinense. Outra ca-racterística
que
noschama
a atenção é a grande flutuação no rendimentodas
culturas,tanto
do
milho quanto do feijão, conforme figuras O1 e O2.Figura O1 -
Rendimento
da cultura do milho entre os anos de 1982 e 1994em
Santa Cata-rina e
São
Josédo
Cerrito.S 3 M 9 d'mento (Kg/ha) Ren 9 ,_ É O-§::_°`"
"
" ' » \ 1800 1 woo 1259 ' 10'. 'O 2644 3o§5'Q ~.. \¬-í+--¬~-
----z»--‹ -- `o -...,§,.___ã_._ *son Y |" (O ‹- O...--O 1800 8 § -I-Cen'ito " ;9_;:_S_°._ __ j._._-._ i--- i 1%2 1%5 1%7 19% 1991 1992 1993 1994Anos
Fonte:
IBGE
- Produção Agrícola Municipal de Santa Catarina. 1983-1995.Figura 02 -
Rendimento
da cultura do feijão entre os anos de 1982 e 1994em
Santa Cata-rina e
São
Josédo
Cerrito.Rendimento ‹KgIha) IM 1938 I l | | | | l Qod u à à ~ ~ ___--- §__-
`8
8°"
`“ 3 r~ _o____ 0695 ¬-O _ _ _ _M8
u c u 1 \ol_š ~s_3_.
u. I 0. 974 ê-*_
Cerrito _fi~ _ A _ _ _ _ _ _ _ __'--O--SC
200 i i 'W 1%21%
1%? 1%) 1%1 1@2 1%3 1%4Anos
25
O
rendimento da cultura do feijão tem influëncias principalmente pelas condiçõesclimáticas. Por exemplo, o
ano
de 1992, as condições climáticas foram favoráveisem
pra-ticamente todo o ciclo da cultura, e o resultados foi, tanto para o rendimento quanto para a
produção as maiores dos últimos dez anos. Outra condição
que observamos
em
nosso
estágio, que influencia no baixo rendimento é a
não
aplicação de alguns cuidados princi- palmentecom
o solo (cobertura do solo,adubação
verde) e rotação de culturas.Ao
nosso
ver, os agricultores estão desestimulados a aplicar estas técnicas, devido principalmente
aos baixos preços recebidos pelos produtos nos últimos anos.
Os
baixos preços,segundo
o ICEPA/SC, são resultantes principalmente
do
excesso de ofertaem
safras anteriores.Em
outras ocasiões, os preços minimos são fixadosem
patamares muito baixos ou a re-Fotografia
02
-Uso
de cargueiros para o transportena
propriedade. izzzlx z. › Ê h ‹« Th. "ff-Í°“;›~›@.--..r-¿«-.›â'=¬;» "-;› ¬.:í;.~_,‹_~¿- V f-›'...v*°*.- í~"'_ÂJl`› \ ' . â~ _, _ -zz‹:~›z.zz-›. ._ _ .à .vz ~_ ›*,,~ ~Fotografia
03
-Secagem
de
feijão-agree sol._ 1 ^.,.›¡_ Ê, . ze, 4. ` . . 'v fz › _› ~.‹..f.¡_ › ,e ›~_. ._ ;:_ ' I 'ek ' ø , V 3 . _.Í¿,'-ü* V _
27
3.5)
O
Planode Desenvolvimento
LocalPara buscar resolver os problemas do município, foi elaborado o Plano de
Desen-
volvimento Local - PDL. Este
Planoé
um
guia a longo prazo para toda a sociedadedo mu-
nicípio de
São
José do Cerrito, envolvendo o Poder Público Municipal e a Sociedade Civil.Até o
ano
de 1995, todas as entidades e instituições queatuavam
no município o faziam de forma isolada.O
S/entro Vianei deEducação
Popular,que
trabalhava no municí-pio principalmente
com
educação
popular, fezuma
propostaem um
dos cursosque
ofere-ceu para lideranças comunitárias: as entidades, por eles representadas se integrariam
para elaborar
um
plano de ação, dentro de propostas agroecológicas. Estas entidadesgostaram
da
proposta.Cabe
salientarque
a elaboração doPDL
desenvolveu-se junto aconcepção
de“desenvolvimento /oca/”.
Como
“poder local”,Dowbor
(1994) definecomo
“a capacidade de criar no municipio osmecanismos
de autotransformaçäoeconômica
e social".São
as deci-sões
que
acomunidade
toma para resolver os seus problemas, tornando-a melhor paraquem
nela vive e não aoque
é melhor às politicas do estado, danação
ou parauma
cor-poraçáoprivada. ~
` _
'
Cada
comunidade, cada municipio possuimodelo
de organização própria.Será
di-ferente
de
um
lugar para outrodependendo
das características políticas, culturais, nivelde
conscientização, condições econômicas, etc. Assim,
São
José do Cerrito buscou sua for-ma
de
atuar.O
PDL
envolve o planejamento das atividades das organizações edo
poderpúblico
em
conjunto. Esbarrou-seem
problemas, dificuldades, algumas delas internas,mais fáceis de resolver, porém, há aquelas
que
seimpõem
a nível de conjuntura nacionale
alguma
até internacional,ficando
difícil de contornar.A
elaboração do "Plano de Desenvolvimento Local" (PDL) teve inícioem
julhode
1996 e contou
com
o suporte deuma
metodologia operacional, constituindo-senum
ins-trumento
de
ajuda às decisões. Esta metodologia denomina-se “Planejamento EstratégicoParticipativo” (PEP) e teve
como
coordenador o Centro dePromoção
das Agriculturade
Grupo
(CEPAGRO),
uma
Organização não Governamental(ONG) com
sedeem
Florianó-polls.
Segundo
Souto-Maior (s.d.),um
dos idealizadores do PEP, este “éuma
metodologiaque
permite aum
Governo
Municipal, auma
organização pública ou privadasem
fins lu-crativos ou a
uma
comunidade, implementar disciplinada e participativamenteum
conjuntode estratégias, decisões e ações fundamentais, não só para sua sobrevivência,
mas
cruci-. \ 1 ~ . . ,¡ - -
in-28
corpora técnicasde
participação,que
são adaptadas às características sociais, econômi- cas e, sobretudo, culturais do Brasil.Foi criado o
Fórum
de Desenvolvimento Local, à partir dos representantes das enti-dades, organizações governamentais e
não
governamentais, cuja finalidade principal “é abusca 'do desenvolvimento sustentável e a transformação da sociedade, a partir
de
linhasde ação estratégicas,
que
visem o crescimento interno e social".O
processode
planeja-mento
do desenvolvimento local foi elaborado por este Fórum, o qual definiucomo
formade
trabalho as sete fases, à seguir:l
Lage
- ContatoX
Contrato ll _E_a_sg - Diagnósticodo
territórioIll
í
- Elaboraçãodo
Planode
Desenvolvimento LocalEtapa I - Definição do
mandato
doFórum
Etapa ll z- Identificação dos interessados no Desenvolvimento
de
São
Josédo
Cerrito' Etapa lll - Definição das expectativas dos principais interessados
Etapa IV - Definição da missão
Etapa
V
- Análisedo
ambiente externoEtapa Vl - Análise do ambiente interno
Etapa Vll - Questões estratégicas
_
Etapa Vlll -
Ações
estratégicas para viabilizar as propostas estratégicas eremover os obstáculos
IV E_a§§ -' Restituição para
a. população
V
Egg
-Grupos
de trabalhoVl
Fase
¬_*`FormaçãoVll
Fase
5Acompanhamento
e avaliaçãoI
Fase
-Contato
X
ContratoEsta etapa constituiu-se nas primeiras discussões entre os organismos ligados
ao
poder publico municipal e à sociedade civil. Foi constituído
um
grupo de animação, cujasfinalidades foi
de
assessorar as diversas etapas-de todo o processo de elaboraçãodo
PDL. Este grupo definiu
como
meta o fornecimento de informações e o esclarecimento so-bre as possibilidades e dificuldades
do
processoque
sebuscou
instalar.Ocorreram várias atividades no intuito de sensibilizar os grupos a serem envolvidos sobre a importância da participação destes, como: elaboração e envio de
documentos
in-j¡