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CS - DIREITO PROCESSUAL MILITAR 2019.1.pdf

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CS

CS de de PROCESSO PROCESSO PENAL PENAL MILITAR MILITAR 2019.1 2019.1 11

DIRE

DIRE

ITO PROC

ITO PROC

ESSUAL PENA

ESSUAL PENA

L

L

MILITAR

MILITAR

2019.1

2019.1

APRE

APRESENTASENTAÇÃO ÇÃO ... ... 99

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ... .. 1010 1. 1. IDENTIDADE COM O PROCESSO PENAL COMUM ... 10IDENTIDADE COM O PROCESSO PENAL COMUM ... 10

2. 2. SEMELHANÇAS COM O PROCESSO PENAL COMUM SEMELHANÇAS COM O PROCESSO PENAL COMUM ... 10... 10

3. 3. INSTITUTOS DO DIREITO INSTITUTOS DO DIREITO PENAL COMUM INEXISTES NO DIREITO PENAL COMUM INEXISTES NO DIREITO PENAL MILITAR .... PENAL MILITAR .... 1010 4. 4. INSTITUTOS DO DIREITO INSTITUTOS DO DIREITO PENAL MILITAR INEXISTES NO DIREITO PENAL COMUM .... 1PENAL MILITAR INEXISTES NO DIREITO PENAL COMUM .... 111

5. 5. LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL MILITAR ... 11LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL MILITAR ... 11

6. 6. OBSEROBSERVAÇÕEVAÇÕES S ... ... 1111 APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR... 12

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR... 12

1. 1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ... 12PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ... 12

PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO PENAL MILITAR ... 12

PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO PENAL MILITAR ... 12

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE E DA EXTRATERRITORIALIDADE ... PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE E DA EXTRATERRITORIALIDADE ... 1... 133

2. 2. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR NO APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR NO TEMPO TEMPO ... . 1313 REGRA REGRA GERAL ...GERAL ... ... 1313 EXCEÇÕ EXCEÇÕES ES ... ... 1313 2.2.1. 2.2.1. Leis mistas ou híbridas ... 14Leis mistas ou híbridas ... 14

2.2.2. 2.2.2. Leis sobre prisão cautelares, liberdade provisória e Leis sobre prisão cautelares, liberdade provisória e menagem menagem ... 14... 14

3. 3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR A APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR A DETERMINADAS PESSOASDETERMINADAS PESSOAS (PRERROGATIVAS DE FORO) ... 14 (PRERROGATIVAS DE FORO) ... 14 COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF ... 14 COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF ... 14 COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STJ ... 14 COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STJ ... 14 COMPETENCIA ORIGINÁRIA DO STM ... 15 COMPETENCIA ORIGINÁRIA DO STM ... 15

COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRF’S COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRF’S ... ... 1515 COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TJ’STJ’S ... ... 1515 4. 4. INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR ... 16INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR ... 16

INTERPRETAÇÃO LITERAL ... 16

INTERPRETAÇÃO LITERAL ... 16

INTERPRETAÇÃO NÃO-LITERAL ... 16

INTERPRETAÇÃO NÃO-LITERAL ... 16

PROIBIÇÃO DE INTERPRETAÇÃO NÃO-LITERAL ... 16

PROIBIÇÃO DE INTERPRETAÇÃO NÃO-LITERAL ... 16

SUPRIMENTO DE LACUNAS ... 16

SUPRIMENTO DE LACUNAS ... 16

4.4.1. 4.4.1. Legislação ProLegislação Processual Penal Comum cessual Penal Comum ... ... 1717 4.4.2. 4.4.2. Jurisprudência ... 18Jurisprudência ... 18

4.4.3. 4.4.3. Usos e costumes militares ... 18Usos e costumes militares ... 18

4.4.4. 4.4.4. Princípios gerais de direito ... 18Princípios gerais de direito ... 18

4.4.5. 4.4.5. AnalAnalogia ogia ... ... 1818 INVESTIGAÇÃO CRIMINAL MILITAR ... 19

INVESTIGAÇÃO CRIMINAL MILITAR ... 19

1. 1. CONSIDCONSIDERAÇÕEERAÇÕES S INICIAIINICIAIS S ... ... 1919 2. 2. PERSEPERSECUTIO CUTIO CRIMINCRIMINIS IS ... ... 1919 EXTRA EXTRAJUDICIUJUDICIUM M ... ... 1919 2.1.1. 2.1.1. Inquérito policial militar (IPM) ... 19Inquérito policial militar (IPM) ... 19

2.1.2. 2.1.2. Auto de prisão em flagrante (APF) ... 19Auto de prisão em flagrante (APF) ... 19

2.1.3. 2.1.3. Instrução provisória de deserção (IPD) ... 20Instrução provisória de deserção (IPD) ... 20

2.1.4. 2.1.4. Instrução provisória de insubmissão (IPI) ... 20Instrução provisória de insubmissão (IPI) ... 20

2.1.5. 2.1.5. Ministério Público Militar ... 20Ministério Público Militar ... 20

IN IN JUDICIJUDICIUM UM ... ... 2020 3. 3. INQUÉRITO POLICIAL MILITAR ... 20INQUÉRITO POLICIAL MILITAR ... 20

CONCEIT

CONCEITO O ... ... 2020 FINALI

(4)

CS

CS de de PROCESSO PROCESSO PENAL PENAL MILITAR MILITAR 2019.1 2019.1 22

POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR ... 21

POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR ... 21

CARAC CARACTERÍSTITERÍSTICAS CAS DO DO IPM ...IPM ... ... 2222 3.4.1. 3.4.1. Procedimento escrito ... 22Procedimento escrito ... 22

3.4.2. 3.4.2. SigiSigilosilosidade dade ... ... 2222 3.4.3. 3.4.3. OficiOficialidalidade ade ... ... 2222 3.4.4. 3.4.4. Dispensabilidade ... 25Dispensabilidade ... 25

PRESIDÊNCIA DO IPM E INVESTIGAÇÃO PELO MPM ... 25

PRESIDÊNCIA DO IPM E INVESTIGAÇÃO PELO MPM ... 25

VÍCIOS VÍCIOS DO DO IPM ...IPM ... 25... 25

4. 4. NOTITINOTITIA A CRIMICRIMINIS ...NIS ... ... 2525 CONCEIT CONCEITO O ... ... 2525 ESPÉ ESPÉCIES CIES ... ... 2525 4.2.1. 4.2.1. Imediata ou espontânea ... 25Imediata ou espontânea ... 25

4.2.2. 4.2.2. MedMediata iata ... ... 2626 4.2.3. 4.2.3. CoercCoercitivitiva...a... ... 2626 NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA ... 26

NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA ... 26

5. 5. INSTAUINSTAURAÇÃO RAÇÃO DO DO IPM IPM ... ... 2626 CRIME DE AÇÃO PENAL CRIME DE AÇÃO PENAL MILITAR PÚBLICA INCONDICIONADA MILITAR PÚBLICA INCONDICIONADA ... ... 2626 CRIME DE AÇÃO PENAL MINLITAR CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO CRIME DE AÇÃO PENAL MINLITAR CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO GOVERN GOVERNO O FEDERFEDERAL ...AL ... ... 2626 6. 6. AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE ... 27AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE ... 27

7. 7. DILIGÊNCIAS POLICIAIS MILITARES ... 27DILIGÊNCIAS POLICIAIS MILITARES ... 27

GENERA GENERALIDADLIDADES ES ... ... 2727 PROVIDÊNCIAS ANTES DO IPM ... 29

PROVIDÊNCIAS ANTES DO IPM ... 29

PROVIDÊNCIAS DURANTE O IPM ... 29

PROVIDÊNCIAS DURANTE O IPM ... 29

8. 8. CONCLUCONCLUSÃO SÃO DO DO IPM IPM ... 30... 30

PRAZO PARA CONCLUSÃO ... 30

PRAZO PARA CONCLUSÃO ... 30

RELATÓRIO, SOLUÇÃO, AVOCAÇÃO E REMESSA DO RELATÓRIO, SOLUÇÃO, AVOCAÇÃO E REMESSA DO IPM IPM ... .. 3030 8.2.1. 8.2.1. RelaRelatório tório ... ... 3131 8.2.2. 8.2.2. SoluSolução ção ... ... 3131 8.2.3. 8.2.3. AvocAvocação ação ... ... 3131 8.2.4. 8.2.4. Remessa do inquérito à Auditoria da CircunscriçRemessa do inquérito à Auditoria da Circunscrição ão ... .. 3131 SISTEM SISTEMATIZANATIZANDO DO ... ... 3131 9. 9. ATUAÇÃATUAÇÃO O DO DO MP ...MP ... ... 3232 OFERECIMENTO DA DENÚNCIA ... 32 OFERECIMENTO DA DENÚNCIA ... 32 REQUISIÇÃO DE DILIGÊNCIAS ... 32 REQUISIÇÃO DE DILIGÊNCIAS ... 32 ARQUIV ARQUIVAMEAMENTO NTO ... ... 3232 10. 10. ARQUIVAMENTO DO IPM/APF/IPD/IPI ... 33ARQUIVAMENTO DO IPM/APF/IPD/IPI ... 33

NATURE NATUREZA ZA JURÍDICJURÍDICA A ... ... 3333 HIPÓTESES DE CABIMENTO ... 33

HIPÓTESES DE CABIMENTO ... 33

ARQUIVAMENTO NO MPM ... 33

ARQUIVAMENTO NO MPM ... 33

10.3.1. 10.3.1. Juiz-Auditor defere o arquivamento ... 33Juiz-Auditor defere o arquivamento ... 33

10.3.2. 10.3.2. Juiz-Auditor indJuiz-Auditor indefere o arquivamenefere o arquivamento to ... ... 3434 ARQUIVAMENTO INDIRETO ... 34

ARQUIVAMENTO INDIRETO ... 34

ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO ... 34

ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO ... 34

DESAR DESARQUIVAMQUIVAMENTO ENTO ... ... 3434 11. 11. QUESTÕES ESPECIAIS ... 35QUESTÕES ESPECIAIS ... 35

VALOR PROBATÓRIO DO IPM ... 35

VALOR PROBATÓRIO DO IPM ... 35 INCOM

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CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 3

RECURSOS ... 35

DETENÇÃO DO INDICIADO ... 35

12. IPD – INSTRUÇÃO PROVISÓRIA DE DESERÇÃO ... 36

CONSIDERAÇÕES GERAIS ... 36

SUJEITOS ATIVOS ... 36

12.2.1. Desertor praça sem estabilidade ... 36

12.2.2. Desertor praça com estabilidade ... 37

12.2.3. Desertor oficial ... 37

13. INSTRUÇÃO PROVISÓRIA DE INSUBMISSÃO (IPI) ... 37

14. SISTEMATIZANDO: IPD E IPI ... 38

AÇÃO PENAL MILITAR ... 39

2. CONDIÇÕES GERAIS (GENÉRICAS) DA AÇÃO PENAL MILITAR ... 39

LEGITIMIDADE AD CAUSAM ... 39

POSSIBILIDADE JURÍDICA ... 39

INTERESSE DE AGIR ... 40

JUSTA CAUSA ... 40

3. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA AÇÃO PENAL MILITAR ... 40

REQUISIÇÃO DO GOVERNO FEDERAL ... 40

QUALIDADE DE MILITAR ... 40 4. PRINCÍPIOS ... 40 OFICIALIDADE ... 40 OBRIGATORIEDADE ... 40 OFICIOSIDADE ... 41 DIVISIBILIDADE ... 41 INDISPONIBILIDADE ... 41 INTRANSCENDÊNCIA ... 41

5. CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL MILITAR ... 41

ABORDAGEM DO TEMA ... 41

INEXISTÊNCIA DA AÇÃO PENAL PRIVADA E DA AÇÃO PENAL CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO ... 41

AÇÃO PENAL MILITAR SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA ... 41

AÇÃO PENAL MILITAR PÚBLICA INCONDICIONADA ... 42

AÇÃO PENAL MILITAR CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL ... 42 5.5.1. Ministro da Justiça ... 42 5.5.2. Ministro da Defesa ... 42 5.5.3. Presidente da República ... 42 DESERÇÃO ... 42 INSUBMISSÃO ... 43 6. DENÚNCIA ... 43 LEGITIMIDADE ... 43

PRAZO PARA OFERECIMENTO ... 43

6.2.1. Tempo de paz ... 43

6.2.2. Tempo de guerra ... 44

REQUISITOS... 44

REJEIÇÃO ... 44

6.4.1. Por falta de requisito do art. 77 do CPPM ... 45

(6)

CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 4

6.4.3. Extinta a punibilidade ... 45

6.4.4. Por incompetência do juízo ou do órgão acusador ... 45

7. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ... 46

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR ... 47

2. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO/FEDERAL ... 47

3. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DOS ESTADOS E DO DF ... 48

4. PESSOAS SUBMETIDAS AO FORO MILITAR ... 49

5. FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA ... 50

DE MODO GERAL ... 50

5.1.1. Pelo lugar da infração ... 50

5.1.2. Pela residência ou domicílio do acusado ... 51

5.1.3. Pela prevenção ... 51

DE MODO ESPECIAL ... 51

6. FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA DENTRO DA CJM ... 51

7. MODIFICAÇÃO DE COMPETENCIA ... 52

8. COMPETÊNCIA SINGULAR DOS JUÍSES-AUDITORES ... 52

PROCEDIMENTOS INQUISITORIAIS ... 52

CARTAS PRECATÓRIAS ... 52

EXECUÇÃO PENAL ... 52

NOMEAÇÃO DE PERITOS ... 52

AÇÕES JUDICIAIS DISCIPLINARES ... 53

CRIMES MILITARES ESTADUAIS CONTRA CIVIS ... 53

RECEBIMENTO DA DENÚNCIA ... 53

9. COMPETÊNCIA DOS CONSELHO DE JUSTIÇA... 53

CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA ... 53

CONSELHOR PERMANENTE DE JUSTIÇA ... 54

10. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STM ... 54

11. ÓRGÃOS DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO EM TEMPO DE GUERRA ... 55

JUIZ-AUDITOR MILITAR DA UNIÃO ... 55

CONSELHO DE JUSTIÇA ... 55

CONSELHO SUPERIOR DE JUSTIÇA... 55

SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR... 56

12. CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA ... 56

ANÁLISE DO INCISO I DO NOVO § 2º DO ART. 9º ... 57

ANÁLISE DO INCISO II DO NOVO § 2º DO ART. 9º ... 58

ANÁLISE DO INCISO III DO NOVO § 2º DO ART. 9º ... 59

12.3.1. Lei nº 7.565/86 (Código Brasileiro de Aeronáutica): ... 59

12.3.2. Lei Complementar nº 97/99: ... 60

12.3.3. Decreto-Lei nº 1.002/69 - Código de Processo Penal Militar: ... 61

12.3.4. Lei nº 4.737/65 - Código Eleitoral:... 61

13. CRIME MILITAR ENTRE ESTADUAL E FEDERAL ... 61

14. INCOMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS ... 62

15. SÚMULAS DO STJ ... 62

16. SÚMULAS DO STM ... 63

17. COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO ... 63

LUGAR DA INFRAÇÃO ... 63

A BORDO DE NAVIOS ... 64

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CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 5

18. COMPETÊNCIA PELA RESIDENCIA OU DOMÍCILIO DO ACUSADO ... 65

19. COMPETÊNCIA PELA PREVENÇÃO ... 65

20. COMPETÊNCIA PELO LUGAR DO SERVIÇO ... 65

21. DISTRIBUIÇÃO ... 66

22. CONEXÃO E CONTINÊNCIA ... 66

REGRAS PARA DETERMINAÇÃO ... 67

PROROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA ... 68

UNIDADE E SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE PROCESSOS ... 68

22.3.1. Separação facultativa de processos ... 68

22.3.2. Separação obrigatória de julgamentos ... 69

AVOCAÇÃO DE PROCESSOS ... 69 23. DESAFORAMENTO ... 69 RITOS PROCESSUAIS NO CPPM ... 71 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 71 2. INEXISTÊNCIA NO CPPM ... 71 3. RITO ORDINÁRIO ... 71 DENÚNCIA ... 71 3.1.1. Oferecimento ... 71 3.1.2. Recebimento e rejeição ... 72 INSTRUÇÃO CRIMINAL ... 72 DILIGÊNCIAS ... 73 ALEGAÇÕES ESCRITAS ... 73 SESSÃO DE JULGAMENTO ... 74

4. RITO ESPECIAL DE DESERÇÃO E DE INSUBMISSÃO ... 74

DENÚNCIA ... 74 INSTRUÇÃO CRIMINAL ... 74 DILIGÊNCIAS ... 75 SESSÃO DE JULGAMENTO ... 75 5. SENTENÇA ... 75 6. RECURSOS ... 75

CONTRA AS DECISÕES DOS CONSELHOS ... 75

6.1.1. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA ... 75

6.1.2. SENTENÇA E DECISÃO COM FORÇA DE DEFINITIVA ... 76

CONTRA DECISÃO DO TJ/TJM ... 76

CONTRA DECISÃO DO STM ... 76

SUJEITOS PROCESSUAIS ... 77

1. INTRODUÇÃO ... 77

2. JUIZ ... 77

FUNÇÃO DO JUIZ E SUA INDEPENDÊNCIA ... 77

CASOS DE IMPEDIMENTOS ... 78

CASOS DE SUSPEIÇÃO ... 78

3. AUXILIARES DO JUIZ ... 79

4. PERITOS E INTÉRPRETES ... 80

5. MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR ... 81

PRINCÍPIOS, ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA E GENERALIDADES... 81

IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO ... 82

6. ASSITENTE ... 83

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CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 6

6.1.1. Conceito e habilitação... 83

6.1.2. Competência, oportunidade e decisão sobre a admissão ... 83

6.1.3. Corréu como assistente ... 83

6.1.4. Intervenção do assistente ... 84

LEGITIMIDADE ... 84

ATOS PROCESSUAIS PERMITIDOS ... 84

ATOS PROCESSUAIS VEDADOS ... 85

RECURSO ... 85

7. ACUSADO ... 86

8. DEFENSOR ... 86

PRISÕES CAUTELARES, LIBERDADE PROVISÓRIA E MENAGEM ... 88

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 88

2. PRISÕES MILITARES SEM ORDEM JUDCIAL ... 88

3. PRISÕES MILITARES COM ORDEM JUDICIAL ... 88

4. MENAGEM ... 89

5. PRISÃO EM FLAGRANTE ... 89

PREVISÃO LEGAL ... 89

FUNDAMENTO DA CAUTELARIDADE ... 89

PECULIARIDADES ... 89

5.3.1. Desnecessidade de ordem judicial... 89

5.3.2. Flagrante facultativo e flagrante compulsório ... 89

5.3.3. Momento e lugar da realização e indistinção da natureza da infração ... 89

SUJEITOS DO FLAGRANTE ... 90

ESPÉCIES DE FLAGRANTES ... 90

5.5.1. Próprio ou Real (a e b) ... 90

5.5.2. Impróprio, Irreal ou Quase-Flagrante (c) ... 90

5.5.3. 4.3. Ficto ou Presumido (d). ... 90

CLASSIFICAÇÃO ... 90

5.6.1. Preparado/Provocado/“Crime de Ensaio”... 90

5.6.2. Forjado ... 91

5.6.3. Esperado ... 91

5.6.4. Diferido / Dilatado / Prorrogado / Protelado (“Ação Controlada”)  ... 91

COMUNICAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE ... 91

DECISÃO DO JUIZ-AUDITOR ... 91

6. PRISÃO PELO ENCARREGADO DO IPM ... 91

7. PRISÃO PREVENTIVA ... 92

PREVISÃO LEGAL ... 92

FUNDAMENTO DA CAUTELARIDADE ... 92

REQUISITOS... 92

PRESSUPOSTOS ... 92

7.4.1. Fumus commissi delicti ... 92

7.4.2. Periculum libertatis ... 92

FORMAS DE DECRETAÇÃO ... 93

MOMENTO DE DECRETAÇÃO ... 93

REVOGAÇÃO... 93

VIA JUDICIAL CONTRA ... 94

APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA ... 94

(9)

CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 7 9. MENAGEM ... 94 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 94 COMPETÊNCIA E REQUISITOS ... 95 LUGAR DA MENAGEM ... 95 9.3.1. Menagem a militar ... 95 9.3.2. Menagem a civil ... 95 PARECER DO MP ... 95

CASSAÇÃO E CESSAÇÃO DA MENAGEM ... 96

MENAGEM A INSUBMISSO ... 96

CONTAGEM PARA PENA ... 96

REINCIDÊNCIA ... 96

RECURSOS CRIMINAIS NA JUSTIÇA MILITAR ... 97

1. TEORIA GERAL DOS RECURSOS ... 97

2. RECURSO EX OFFICIO ... 97

HIPÓSES DE CABIMENTO ... 97

2.1.1. Separação facultativa de processos ... 97

2.1.2. Reconhecimento de coisa julgada ... 97

2.1.3. Concessão de reabilitação ... 97

2.1.4. Em tempo de guerra ... 98

3. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO... 98

CABIMENTO ... 98 PRAZOS ... 98 LEGITIMIDADE ... 99 COMPETÊNCIA ... 99 EFEITOS ... 99 4. APELAÇÃO ... 99 CABIMENTO ... 99 PRAZOS ... 100 LEGITIMIDADE ... 100 COMPETÊNCIA ... 100 EFEITOS ... 100

SITUAÇÕES NÃO RECEPCIONADAS PELA CF ... 101

4.6.1. Recolhimento à prisão (art. 527) ... 101

4.6.2. Recurso sobrestado no caso de fuga do réu (art. 528) ... 101

4.6.3. Julgamento secreto (art. 535, §6º) ... 101

5. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ... 101 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 101 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ... 101 CABIMENTO (CPPM, ARTS. 538 E 539) ... 101 PRAZO ... 102 LEGITIMIDADE ... 102 COMPETÊNCIA ... 102 EFEITOS ... 102 RITO ... 102

6. EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE ... 102

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ... 102

CABIMENTO ... 102

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CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 8

LEGITIMIDADE ... 103

COMPETÊNCIA ... 103

EFEITOS ... 103

7. CORREIÇÃO PARCIAL (CPPM, ART. 498) ... 103

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ... 103 CABIMENTO ... 103 PRAZO ... 103 LEGITIMIDADE ... 103 COMPETÊNCIA ... 103 EFEITOS ... 104

(11)

CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 9

APRESENTAÇÃO

Olá!

Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja útil na sua preparação, em todas as fases. A grande maioria dos concurseiros possui o hábito de trocar o material de estudo constantemente, principalmente, em razão da variedade que se tem hoje, cada dia surge algo novo. Porém, o ideal é você utilizar sempre a mesma fonte, fazendo a complementação necessária, eis que quanto mais contato temos com determinada fonte de estudo, mais familiarizados ficamos, o que se torna primordial na hora da prova.

O Caderno Sistematizado de Direito Penal Militar possui como base as aulas do Prof. Guilherme Rocha (CERS), curso de 10 horas.

Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito (www.dizerodireito.com.br ), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). Destacamos é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da semana para ler no site do Dizer o Direito.

Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina + informativos + + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma boa prova.

Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito importante!! As bancas costumam repetir certos temas.

Vamos juntos!! Bons estudos!! Equipe Cadernos Sistematizados. .

(12)

CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 10

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

MILITAR

1. IDENTIDADE COM O PROCESSO PENAL COMUM

Há no Direito Processual Penal Militar alguns institutos que são idênticos aos institutos do Direito Processual Penal Comum, são eles:

a) Sujeitos processuais: juiz, MP, serventuários da justiça, acusado, defensor, assistente do MP, peritos e interpretes;

b) Normas sobre suspensão e impedimento (quase todas);

c) Princípios (quase todos) – aqui, aplicam-se todos os princípios constitucionais; d) Ação penal pública incondicionada

e) Prisão em flagrante

f) Questões prejudiciais e incidentes

2. SEMELHANÇAS COM O PROCESSO PENAL COMUM

Há, igualmente, institutos que se assemelham nos dois ramos, são eles: a) Competência

b) Inquérito

c) Teoria Geral dos Recursos d) Rejeição da denúncia

3. INSTITUTOS DO DIREITO PENAL COMUM INEXISTES NO DIREITO PENAL MILITAR Alguns institutos do Direito Processual Penal não existem no Direito Processual Militar, são eles:

a) Carta testemunhável b) Fiança

c) Suspensão do processo no caso de citado por edital (art. 366)

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CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 11

e) Medias cautelares alternativas a prisão

4. INSTITUTOS DO DIREITO PENAL MILITAR INEXISTES NO DIREITO PENAL COMUM Por fim, o Direito Penal Militar possui institutos que não existem no Direito Penal Comum, são eles:

a) Prisão pelo encarregado do IPM; b) Menagem;

c) Desaforamento para crimes não dolosos contra a vida; d) Conselhos de Justiça Militar;

e) Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Defesa e à Requisição do Presidente da República.

5. LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL MILITAR

Destaca-se que nem toda legislação aplicação ao processo penal militar encontra-se disciplinada no CPPM (Decreto-Lei 1.002/69). Há matérias dispostas, por exemplo, na Lei de Organização Judiciária Militar da União (Lei 8.457/92), bem como se aplicam diversos dispositivos previstos no Código de Processo Penal Comum.

6. OBSERVAÇÕES

Existe forte tendência do STF em restringir a competência da Justiça Castrense, notadamente nas hipóteses do art. 9º, II, a (crime cometido por militar da ativa contra militar da ativa), III (crime praticado por civil), e parágrafo único, do CPM (crimes dolosos contra a vida de civil), do CPM.

O STF tem decidido que são crimes comuns os praticados:

1. Por militar da ativa contra militar da ativa por motivos estritamente pessoais, ambos não estando de serviço e ambos fora de lugar sujeito à administração militar;

2. Por Civil que atinge apenas reflexamente interesse das instituições militares; 3. Dolosamente contra a Vida de Civil, seja o agente militar federal ou estadual.

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CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 12

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR

1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO PENAL MILITAR

Aplicam-se os princípios do Direito Processual Penal Comum ao Direito Processual Penal Militar, a exemplo do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, dentre outros (princípios do inquérito penal policial).

Destaca-se que não há no processo penal militar a aplicação do princípio da identidade física do juiz.

Obs.: Há doutrina que defende a aplicação de tal princípio por analogia, em razão do disposto no art. 3º, alinhas “a” e “e”. Ficar atento para provas objetivas, tendo em vista que pela literalidade do CPPM não é possível.

TEMA CORRELATO

ATENÇÃO - É o que ocorre com o art. 366 do CPPM, não há previsão no CPPM. Embora a DPU já tenha recorrido ao STM e ao STF para que seja aplicado não obteve êxito.

Diferente foi o caso do interrogatório do acusado, em que a DPU conseguiu que fosse aplicado o CPP, a fim de que seja o último ato do processo (Info 816).

Vale ressaltar que, antes deste julgamento, o Tribunal estava dividido. Por conta disso, o STF, por questões de segurança jurídica, afirmou que a tese fixada (interrogatório como último ato da instrução no processo penal militar) só se tornou obrigatória a partir da data de publicação da ata deste julgamento (10/03/2016). Logo, os interrogatórios realizados antes de tal data são válidos, ainda que não tenham observado o art. 400 do CPP, ou seja, ainda que tenham sido realizados como primeiro ato da instrução.

E quanto à Lei de Drogas? Durante os debates, os Ministros assinalaram que, no procedimento da Lei de Drogas e no processo de crimes eleitorais, o interrogatório também deverá ser o último ato da instrução mesmo não havendo previsão legal neste sentido. Assim, quando o

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STF for novamente chamado a se manifestar sobre esses casos, ele deverá afirmar isso expressamente.

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE E DA EXTRATERRITORIALIDADE

O CPPM, aqui, está em perfeita sintonia com o CPP. Portanto, a regra é a territorialidade, sendo a extraterritorialidade da lei processual penal militar uma exceção.

Imagine os seguintes casos hipotéticos de extraterritorialidade:

CASO 1: Brasil celebra tratado com Portugal, segundo o qual será possível aplicar o CPPM quando um brasileiro (militar) praticar um crime militar em Portugal, bem como será aplicado o Direito Processual Penal Militar português, no Brasil, quando um militar lusitano praticar crime em território nacional.

CASO 2: Brasil está em guerra com determinado país. No espaço em que as tropas brasileiras já tiverem ocupadas será aplicado o CPPM.

No art. 1º do CPP está disposto que as normas serão aplicadas quando não estiverem em conflitos com os tratados e convenções internacionais. Havendo conflito irá prevalecer as normas internacionais, o mesmo ocorre no Direito Processual Penal Militar.

2. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR NO TEMPO REGRA GERAL

Segue o mesmo regramento do CPP comum.

O art. 2º do CPP traz o princípio da imediatidade da aplicação da lei processual ou princípio do tempus regit actum, segundo o qual a lei processual penal será aplicada aos processos que serão iniciados, bem como aos processos que estão em andamento, sem prejuízo dos atos que já foram praticados e concluídos.

Obviamente, não será aplicada aos processos findos, aqueles em que já ocorreram o trânsito em julgado.

O CPPM, em seu art. 5º, disciplina da mesma forma, vejamos:

 Art. 5º As normas deste Código aplicar-se-ão a partir da sua vigência, inclusive nos processos pendentes, ressalvados os casos previstos no art. 711, e sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

Destaca-se que tanto no CPPM quanto no CPP não há aplicação da dos princípios da extratividade benévola e da extratividade gravosa.

IRRETOATIVIDADE + ULTRATIVIDADE = PRINCÍPIO DA EXTRATIVIDADE EXCEÇÕES

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2.2.1. Leis mistas ou híbridas

As leis mistas ou híbridas são aquelas que possuem matérias de direito penal e de direito processual penal, a exemplo do instituto da ação penal que está previsto tanto no CPM quanto no CPPM.

Assim, serão pautadas pelos princípios da extratividade benévola e da não extratividade gravosa, ou seja, lei processual penal híbrida mais severa não irá retroagir, sendo mais benéfica retroagirá.

2.2.2. Leis sobre prisão cautelares, liberdade provis ória e menagem

As leis que disciplinarem prisão cautelares, liberdade provisória e menagem irão retroagir se for mais benéfica ao réu.

3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR A DETERMINADAS PESSOAS (PRERROGATIVAS DE FORO)

COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF

Prevista no art. 102, I, b e c da CF e na Lei 8.038/90 (estabelece o rito especial para processar as autoridades com foro por prerrogativa no STF, STJ, TRF e TJ).

 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da  Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;

Todas as autoridades públicas das alinhas “a” e “c” serão julgadas pelo STF, mesmo quando praticarem crimes militares.

COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STJ

Prevista no art. 105, I, a da CF e na Lei 8.038/90.

 Art. 105, I, a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

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Igualmente, as autoridades serão julgadas pelo STJ no caso de crimes militares.

Obs.: Quando a CF confere competência originária ao STF e ao STJ as autoridades, mesmo praticando crime militar, não serão julgadas pelo STM.

COMPETENCIA ORIGINÁRIA DO STM

Prevista no art. 6º, I, a da Lei de Organização Judiciária Militar da União:

 Art. 6° Compete ao Superior Tribunal Militar: I - processar e julgar originariamente:

a) os oficiais generais das Forças Armadas, nos crimes militares definidos em lei;

O STM irá julgar, POR CRIME MILITAR, apenas os oficiais gerais das Forças Armadas, são eles:

a) MARINHA – contra-almirante, vice-almirante, almirante-de-esquadra e almirante (tempo de guerra)

b) EXÉRCITO  – general-de-brigada, general-de-divisão e general-de-exército, marechal (tempo de guerra)

c) AERONÁUTICA  –  brigadeiro, major-brigadeiro do ar, tenente-brigadeiro-do-ar, marechal-do-ar (tempo de guerra).

As demais autoridades não serão julgadas pelo STM, a exemplo de juízes militares, promotores militares.

OBS.: Os comandantes da Marinha (almirante-de-esquadra), Exército (general-de-exército) e Aeronáutica (tenente-brigadeiro) sempre serão processados e julgados pelo STF.

COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRF’S Prevista no art. 108, I, a da CF e na Lei 8.038/90.

 Art. 108, a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TJ’S

Prevista no art. 27, §1º (deputados estaduais e distritais), art. 29, X (prefeitos), art. 32, §3º e art. 96, III todos da CF e na Lei 8.038/90.

Há precedente do STM afirmando que prefeitos, quando cometem crime militar federal, serão julgados pelo próprio STM.

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4. INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR INTERPRETAÇÃO LITERAL

As normas do CPPM, em regra, devem ser interpretadas de forma literal, nos termos do art. 2º:

 Art. 2º A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões. Os termos técnicos hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se evidentemente empregados com outra significação.

INTERPRETAÇÃO NÃO-LITERAL

Trata-se de exceção, são casos em que se admite a interpretação extensiva e a interpretação restritiva, nos termos do art. 2º, §1º do CPPM:

 Art. 2º, § 1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.

PROIBIÇÃO DE INTERPRETAÇÃO NÃO-LITERAL Aqui, temos a exceção da exceção (§ 2º do art. 2º):

 Art. 2º, § 2º Não é, porém, admissível qualquer dessas interpretações, quando:

a) cercear a defesa pessoal do acusado;

b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza;

c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.

São casos em que o CPPM proíbe que sejam feitas interpretações extensivas ou restritivas, quando:

a) Cercear a defesa pessoal do acusado;

b) Prejudicar ou alterar curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza. c) Desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo.

SUPRIMENTO DE LACUNAS

O art. 3º do CPPM dispõe sobre a forma que as lacunas serão tratadas, quando o CPPM for omisso, vejamos:

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 Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:

a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar;

b) pela jurisprudência;

c) pelos usos e costumes militares; d) pelos princípios gerais de Direito; e) pela analogia.

A Doutrina sustenta que se deve seguir a ordem do art. 3º. 4.4.1. Legislação Processual Penal Comum

É a primeira solução que deve ser dada para resolver as lacunas.

Um exemplo da aplicação do CPP ao Direito Processual Militar é o interrogatório do réu feito por carta precatória. Nesse sentindo, o Info 824 do STF (Dizer o Direito):

João, militar do Exército, estava respondendo a processo por crime militar na 12ª Circunscrição Judiciária Militar, que fica sediada em Manaus (AM). Ocorre que João estava morando em São Gabriel da Cachoeira, município do Amazonas muito distante da Capital. Vale ressaltar que nesta cidade do interior não existe Justiça Militar, nem mesmo vara federal.

Diante disso, o Juiz Auditor expediu carta precatória para que João fosse ouvido em São Gabriel da Cachoeira na Justiça Estadual. O Juiz de Direito cumpriu a carta precatória e realizou o interrogatório do réu. Importante destacar que estava presente no ato o Promotor de Justiça e um advogado ad hoc, ou seja, designado para fazer a defesa do acusado naquele ato.

Ao final, o réu foi condenado e a defesa alegou a nulidade do processo a partir do interrogatório, considerando que não haveria previsão legal no CPPM para a realização de interrogatório por meio de carta precatória. Apontava que ocorreu indevidamente a flexibilização do princípio da identidade física do juiz.

A tese da defesa foi aceita pelo STF? NÃO. No processo penal militar não há nulidade na realização de interrogatório do réu por meio de carta precatória.

O réu respondia o processo em liberdade. Uma vez solto, não é ônus do Estado providenciar o seu transporte até a sede do órgão julgador para lá ser interrogado.

É verdade que o Código de Processo Penal Militar não prevê a possibilidade de expedição de carta precatória para inquirir acusado. No entanto, o CPPM também não veda esta prática. Diante dessa lacuna, é possível a aplicação subsidiária do Código de Processo Penal Comum (CPP), conforme autoriza o art. 3º, “a”, do CPPM.

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4.4.2. Jurisprudência

A jurisprudência é a segunda tentativa de solução das lacunas, quando não encontrada solução na legislação penal comum.

4.4.3. Usos e costumes militares

Os usos e os costumes militares poderão ser utilizados para que as lacunas sejam supridas. 4.4.4. Princípios gerais de direito

Igualmente, o aplicador do direito poderá se valer dos princípios gerais do direito em caso de omissão.

4.4.5. Analogia

É a última tentativa para solucionar a lacuna, admite-se tanto a analogia in bonam partem quanto em malam partem.

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INVESTIGAÇÃO CRIMINAL MILITAR

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

É um tema de grande incidência em concursos públicos, por isso será abordado de forma detalhada.

Cerca de 25% das questões de processo penal militar versam sobre investigação criminal militar.

2. PERSECUTIO CRIMINIS

A persecução penal militar é uma atividade que possui duas fases, assim como ocorre no Direito Processual Penal Comum. A seguir veremos cada uma delas.

EXTRAJUDICIUM

Trata-se da persecução penal extrajudicial, ou seja, da investigação criminal.

No Processo Penal Comum poderá ocorrer no inquérito policial (polícia civil e polícia federal), instaurado por portaria (quando não houver flagrante) ou mediante a lavratura de um auto de prisão em flagrante (APF), bem como nas infrações de menor potencial ofensivo por meio de TCO. Além disso, será possível que a investigação seja iniciada pelo Ministério Público, por meio do procedimento de investigação criminal (PIC).

Obs.: A polícia civil e a polícia federal não possuem atribuições para apuração dos crimes militares. No Processo Penal Militar a competência para investigar os crimes militares é das Instituições Militares que podem ser:

• Federal: Marinha, Exército e Aeronáutica irão investigar os crimes de competência da JMU;

• Estadual/Distrital: Policias Militares e Corpo de Bombeiro Militar dos Estados quando os crimes forem de competência da Justiça Militar dos Estados e do DF.

Destaca-se que na Justiça Federal e Estadual Comum há apenas inquérito policial e o TCO (termo circunstanciado). Na Polícia Judiciária Militar há quatro procedimentos de investigação, a seguir veremos cada um deles, brevemente:

2.1.1. Inquérito policial mil itar (IPM)

É um procedimento inquisitorial que visa apuração de crimes militares, salvo deserção e insubmissão, sem que tenha havido prisão em flagrante.

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É um procedimento inquisitorial que visa apuração de crimes militares, salvo deserção e insubmissão, nos casos em que ocorrer a prisão em flagrante.

2.1.3. Instr ução p rovi sória de deserção (IPD)

É um procedimento inquisitorial que visa apurar o crime de deserção. OBS.: IPM, APF e IPD podem ser instaurados por qualquer instituição militar.

2.1.4. Instr ução provisória de insu bmissão (IPI)

É um procedimento inquisitorial que visa apurar o crime de insubmissão.

Apenas no âmbito das forças armadas, pois não há insubmissão de civil frente as demais instituições militares.

2.1.5. Ministério Públic o Militar

O MPM poderá exercer a investigação militar, assim com o MPE e o MPF. IN JUDICIUM

É a persecução criminal judicial, materializa-se APENAS por meio de ação penal militar, pouco importa se estamos em tempo de paz ou de guerra.

3. INQUÉRITO POLICIAL MILITAR CONCEITO

Possui as mesmas características do inquérito policial comum.

É um procedimento inquisitorial administrativo, de caráter informativo, sem contraditório e ampla defesa, visando a apuração de crimes militares e de sua autoria.

FINALIDADE

Apurar a autoria e a materialidade dos crimes militares, a fim de trazer elementos para a propositura da ação penal.

 Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.

Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às formalidades previstas neste Código.

OBS: a transgressão militar é apurada por meio de procedimento administrativo. Aqui, há contraditório e ampla defesa.

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Salienta-se que a denúncia poderá ser oferecida sem que tenha havido o IPM, APF, IPD ou IPI.

POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR

A polícia judiciária militar possui sua competência disciplinada no art. 8º do CPPM, vejamos:

 Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar:

a) apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão sujeitos à jurisdição militar 1 (não recepcionada pela CF/88), e sua autoria;

b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros do Ministério Público as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos, bem como realizar as diligências que por eles lhe forem requisitadas;2

c) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar;3

d) representar a autoridades judiciárias militares acerca da prisão preventiva e da insanidade mental do indiciado;4

e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos sob sua guarda e responsabilidade, bem como as demais prescrições deste Código, nesse sentido;5

f) solicitar das autoridades civis as informações e medidas que julgar úteis à elucidação das infrações penais, que esteja a seu cargo;6

g) requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e exames necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial militar;7

h) atender, com observância dos regulamentos militares, a pedido de apresentação de militar ou funcionário de repartição militar à autoridade civil competente, desde que legal e fundamentado o pedido

1. Tratava-se da Lei de Segurança Nacional (7.170/83) segundo a qual a apuração de crimes contra a segurança nacional (crimes políticos para a CF) caberia às formas armadas por meio de IPM. A parte riscada não foi recepcionada pela CF, pois são crimes de competência da Justiça Federal, a investigação será feita pela Polícia Federal.

2. Toda informação útil a ser prestada à Justiça Militar ou ao MPM será de incumbência da Polícia Militar, mesmo que não requisitadas. Além disso, deverá realizar as diligências que lhe forem requisitas.

3. Não há prisão temporária como disciplinada no DPPC. Alguns doutrinadores chamam a prisão do art. 18 do CPPM de prisão temporária (professor discorda, pois não é uma prisão expedida pela Justiça Militar). Há prisão em flagrante, prisão preventiva e o menagem (restrição de liberdade, não é prisão).

 Art. 18. Independentemente de flagrante delito, o indiciado poderá ficar detido, durante as investigações policiais, até trinta dias, comunicando-se a detenção à autoridade judiciária competente. Esse prazo poderá ser prorrogado, por mais vinte dias, pelo comandante da Região, Distrito Naval ou Zona Aérea, mediante solicitação fundamentada do encarregado do inquérito e por via hierárquica.

4. O encarregado do IPM pode fazer pedido de decretação de prisão preventiva ou de instauração de incidente de sanidade mental.

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5. São obrigados a cumprir todas as determinações da Justiça Militar, a exemplo da escolta de presos.

6. O encarregado do IPM pode solicitar informações de órgãos públicos (municipais, estaduais e federais), das polícias federal e civil.

7. Durante o IPM é possível solicitar que as perícias sejam realizadas pela PC ou pela PF, a finalidade é instruir o IPM.

CARACTERÍSTICAS DO IPM 3.4.1. Procedimento escrito

Assim como ocorre no IP comum é um procedimento escrito, nos termos do art. 22 do CPPM.

 Art. 22. O inquérito será encerrado com minucioso relatório, em que o seu encarregado mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos, com indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato delituoso. Em conclusão, dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de crime, pronunciando-se, neste último caso, justificadamente, sobre a conveniência da prisão preventiva do indiciado, nos termos legais.

3.4.2. Sigilosidade

É um procedimento sigiloso, conforme disposto no art. 16 do CPPM.

 Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhecimento o advogado do indiciado.

Ressalva-se que, aqui, não se opõe o sigilo ao advogado do investigado, aplicando-se a SV 14 do STF.

SV 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

3.4.3. Ofici alidade

Não é qualquer autoridade pública que poderá instaurar, presidir e relatar IPM, APF, IPD e o IPI.

No PP Comum, a autoridade é do delegado de polícia. No processo penal militar, a autoridade é chamada de encarregado.

O CPPM preocupa-se com duas figuras: o encarregado (art. 15) e o escrivão do IPM (art. 11).

 Art. 15. Será encarregado do inquérito, sempre que possível, oficial de posto não inferior ao de capitão ou capitão-tenente; e, em se tratando de infração penal contra a segurança nacional, sê-lo-á, sempre que possível, oficial superior, atendida, em cada caso, a sua hierarquia, se oficial o indiciado.

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 Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá ao respectivo encarregado, se não tiver sido feita pela autoridade que lhe deu delegação para aquele fim, recaindo em segundo ou primeiro-tenente, se o indiciado for oficial, e em sargento, subtenente ou suboficial, nos demais casos.

A designação dependerá da pessoa investigada (observar a hierarquia), nos termos do art. 7º do CPPM:

 Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, conforme as respectivas jurisdições:

a) pelos ministros (COMANDANTE) da Marinha, do Exército e da  Aeronáutica, em todo o território nacional e fora dele, em relação às forças e

órgãos que constituem seus Ministérios, bem como a militares que, neste caráter, desempenhem missão oficial, permanente ou transitória, em país estrangeiro;

b) pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, em relação a entidades que, por disposição legal, estejam sob sua jurisdição;

c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-geral da Marinha, nos órgãos, forças e unidades que lhes são subordinados;

d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante-chefe da Esquadra, nos órgãos, forças e unidades compreendidos no âmbito da respectiva ação de comando;

e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea, nos órgãos e unidades dos respectivos territórios;

f) pelo secretário do Ministério do Exército e pelo chefe de Gabinete do Ministério da Aeronáutica, nos órgãos e serviços que lhes são subordinados; g) pelos diretores e chefes de órgãos, repartições, estabelecimentos ou serviços previstos nas leis de organização básica da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;

h) pelos comandantes de forças, unidades ou navios;

Os comandantes poderão delegar o poder de investigação para oficiais subordinados a eles. Caso não seja possível delegar a um oficial de posto superior, delega-se ao mais antigo do mesmo posto.

Delegação do exercício

§ 1º Obedecidas as normas regulamentares de jurisdição, hierarquia e comando, as atribuições enumeradas neste artigo poderão ser delegadas a oficiais da ativa, para fins especificados e por tempo limitado.

§ 2º Em se tratando de delegação para instauração de inquérito policial militar, deverá aquela recair em oficial de posto superior ao do indiciado, seja este oficial da ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.

§ 3º Não sendo possível a designação de oficial de posto superior ao do indiciado, poderá ser feita a de oficial do mesmo posto, desde que mais antigo.

Quando o investigado for da reserva ou reformado prevalecerá a hierarquia para investigação. Aqui, contudo, poderá ser do mesmo posto sem observar a antiguidade. Por exemplo, um Major da ativa poderá investigar um Major da reserva ou reformado.

Questão de Prova: Um oficial de mesmo porto para investigar SEMPRE precisa ser mais antigo. ERRADA! Quando o investigado estiver na reserva não precisa ser o mais antigo.

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§ 4º Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não prevalece, para a delegação, a antiguidade de posto.

Nas forças armadas quase nunca ocorre a incidência do §5º.

Designação de delegado e avocamento de inquérito p elo minist ro

§ 5º Se o posto e a antiguidade de oficial da ativa excluírem, de modo absoluto, a existência de outro oficial da ativa nas condições do § 3º, caberá ao ministro competente a designação de oficial da reserva de posto mais elevado para a instauração do inquérito policial militar; e, se este estiver iniciado, avocá-lo, para tomar essa providência.

Suponha que o investigado da ativa do IPM seja um Vice-Almirante, o encarregado poderá ser um Esquadra ou um Vice-Almirante mais antigo. Caso seja um Almirante-de-Esquadra, por exemplo, só poderá ser investigado por outro Almirante-de-Esquadra mais antigo no posto. Contudo, se o investigado for o Almirante-de-Esquadra mais antigo no Brasil caberá ao Ministro (1ªC  –  Ministro da Defesa; 2ªC  –  Comandante da Marinha, Exército ou Aeronáutica) competente designar um Almirante-de-Esquadra da reserva para ser o encarregado do IPM.

Parte da doutrina de PP Militar defende que este dispositivo não possui aplicação prática. Obs.: a questão da hierarquia aplica-se também ao APF, ao IPD e ao IPI. Não é exclusivo do IPM.

A seguir analisaremos os possíveis encarregados e escrivães de acordo com o investigado: a) Investigado civil ou praça

• Encarregado: preferencialmente, Capitão. Nada impede que seja um Tenente. Os aspirantes a oficial, os guardas, os cadetes não podem ser encarregados, pois não são oficiais.

• Escrivão: subtenente, suboficial ou sargento b) Investigado oficial

• Encarregado: oficial de posto superior ou oficial mais antigo do mesmo posto.

• Escrivão: no mínimo, segundo tenente. Não precisa ser de posto superior e nem o mais antigo no mesmo posto.

c) Investigado oficial de posto superior ou mais antigo que o encarregado

 Art. 10, § 5º Se, no curso do inquérito, o seu encarregado verificar a existência de indícios contra oficial de posto superior ao seu, ou mais antigo, tomará as providências necessárias para que as suas funções sejam delegadas a outro oficial, nos termos do § 2° do art. 7º.

Quando o encarregado, no curso do IPM, descobre envolvimento de oficial de posto superior ao seu ou mais antigo no mesmo posto, não poderá continuar nas investigações. Deve informar seu superior para que continue ou delegue a um oficial superior ao investigado ou mais antigo se no mesmo posto.

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CS

CS de de PROCESSO PROCESSO PENAL PENAL MILITAR MILITAR 2019.1 2019.1 2525

O fato deve ser comunicado ao Ministro da Defesa (1ªC) ou Comandante (2ªC) para que O fato deve ser comunicado ao Ministro da Defesa (1ªC) ou Comandante (2ªC) para que tome providências.

tome providências.

 Art. 10,

 Art. 10, § 4º § 4º Se o Se o infrator for infrator for oficial general, oficial general, será sempre será sempre comunicado o comunicado o fatofato

ao ministro e ao chefe de Estado-Maior competentes, obedecidos os trâmites

ao ministro e ao chefe de Estado-Maior competentes, obedecidos os trâmites

regulamentares.

regulamentares.

3.4

3.4.4. D.4. Disispensabilpensabil idadeidade

Assim como ocorre no IP comum, o IPM também é dispensável. Ou seja, a ação penal Assim como ocorre no IP comum, o IPM também é dispensável. Ou seja, a ação penal poderá ocorrer independentemente da existência de um IPM, nos termos do art. 28 do CPPM. poderá ocorrer independentemente da existência de um IPM, nos termos do art. 28 do CPPM.

 Art.

 Art. 28. 28. O O inquérito inquérito poderá poderá ser ser dispensado, dispensado, sem sem prejuízo prejuízo de de diligênciadiligência

requisitada pelo Ministério Público:

requisitada pelo Ministério Público:

a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou

a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou

outras provas materiais;

outras provas materiais;

b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação,

b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação,

cujo autor esteja identificado;

cujo autor esteja identificado;

c) nos crimes previstos nos

c) nos crimes previstos nos arts. 341arts. 341 ee349 do Código Penal Militar 349 do Código Penal Militar ..

A doutrina e a jurisprudência entendem que o IPM será dispensável em qualquer hipótese, A doutrina e a jurisprudência entendem que o IPM será dispensável em qualquer hipótese, não apenas nos casos do art. 28.

não apenas nos casos do art. 28.

PRESIDÊNCIA DO IPM E INVESTIGAÇÃO PELO MPM PRESIDÊNCIA DO IPM E INVESTIGAÇÃO PELO MPM

A presidência do IPM será sempre do encarregado, tratando-se de autoridade militar da ativa A presidência do IPM será sempre do encarregado, tratando-se de autoridade militar da ativa (salvo o caso citado do §5º).

(salvo o caso citado do §5º).

Como já vimos acima, o MPM possui poder de investigação militar. Inclusive, por promotor Como já vimos acima, o MPM possui poder de investigação militar. Inclusive, por promotor de justiça estadual que exerça atividade junto a auditória militar estadual ou distrital.

de justiça estadual que exerça atividade junto a auditória militar estadual ou distrital. VÍCIOS DO IPM

VÍCIOS DO IPM

Eventuais vícios no IPM não contaminam futura ação penal, desde que a justa causa não Eventuais vícios no IPM não contaminam futura ação penal, desde que a justa causa não seja viciada.

seja viciada.

4.

4. NOTITIA NOTITIA CRIMINISCRIMINIS CONCEITO CONCEITO

É a comunicação de um crime militar à autoridade competente. É a comunicação de um crime militar à autoridade competente.

ESPÉCIES ESPÉCIES 4.2

4.2.1. .1. Imediata Imediata ou ou espontespont âneaânea

Alguém dentro da própria instituição militar toma conhecimento da prática do delito militar. Alguém dentro da própria instituição militar toma conhecimento da prática do delito militar.

(28)

CS

CS de de PROCESSO PROCESSO PENAL PENAL MILITAR MILITAR 2019.1 2019.1 2626

4.2.2

4.2.2. Medi. Medi ataata

O comandante toma conhecimento do delito por alguém de fora da instituição militar. Por O comandante toma conhecimento do delito por alguém de fora da instituição militar. Por exemplo, o MPM

exemplo, o MPM requisita investigação.requisita investigação. 4.2

4.2.3. Coercit.3. Coercitivaiva

Ocorre quando o agente é preso em flagrante. Ocorre quando o agente é preso em flagrante.

NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA

Trata-se da denúncia anônima. É o mesmo procedimento do Processo Penal Comum. Trata-se da denúncia anônima. É o mesmo procedimento do Processo Penal Comum.

5.

5. INSTAURAÇÃINSTAURAÇÃO O DO DO IPMIPM No DPP Comum o

No DPP Comum o IP pode ser instaurado por portaria (quando não há flagrante) ou atravésIP pode ser instaurado por portaria (quando não há flagrante) ou através de um APF (quando há flagrante).

de um APF (quando há flagrante).

Como vimos acima, o IPM será instaurado apenas quando não houver situação de Como vimos acima, o IPM será instaurado apenas quando não houver situação de flagrância, desde que não seja crime de deserção e de insubmissão, por meio de portaria.

flagrância, desde que não seja crime de deserção e de insubmissão, por meio de portaria. CRIM

CRIME DE AÇÃO E DE AÇÃO PENAL MILPENAL MILITAR PÚBLICA ITAR PÚBLICA INCONINCONDICIODICIONADANADA

Destaca-se que nos crimes militares não existe ação penal privada e nem crimes de ação Destaca-se que nos crimes militares não existe ação penal privada e nem crimes de ação penal pública condicionada à representação do ofendido ou de seu representante legal.

penal pública condicionada à representação do ofendido ou de seu representante legal. Aqui, tanto os crimes contra a

Aqui, tanto os crimes contra a honra quanto os crimes de dano simples serão de ação penalhonra quanto os crimes de dano simples serão de ação penal pública incondicionada.

pública incondicionada. Assim, o IPM poderá

Assim, o IPM poderá ser instaurado:ser instaurado: •

• Ex officioEx officio •

• RequisiçãRequisição o do do MPMMPM

No CPP há previsão de requisição de instauração de IP pelo juiz (embora haja discussão No CPP há previsão de requisição de instauração de IP pelo juiz (embora haja discussão acerca da recepção), não há tal possibilidade no CPPM.

acerca da recepção), não há tal possibilidade no CPPM.

CRIME DE AÇÃO PENAL MINLITAR CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO CRIME DE AÇÃO PENAL MINLITAR CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL

GOVERNO FEDERAL

A representação federal poderá ser feita pelo

A representação federal poderá ser feita pelo Ministro da Justiça, pelo Ministro da Ministro da Justiça, pelo Ministro da Defesa eDefesa e pelo Presidente da República, a depender do caso concreto, nos termos do art. 31 do CPMM. pelo Presidente da República, a depender do caso concreto, nos termos do art. 31 do CPMM.

 Art. 31.

 Art. 31. Nos crimes Nos crimes previstos nosprevistos nos arts. 136 a 141 do Código Penal Militar arts. 136 a 141 do Código Penal Militar ,, a a

ação penal; quando o agente for militar ou assemelhado, depende de

ação penal; quando o agente for militar ou assemelhado, depende de

requisição, que será feita ao procurador-geral da Justiça Militar, pelo

requisição, que será feita ao procurador-geral da Justiça Militar, pelo

Ministério a que o agente estiver subordinado; no caso do

(29)

CS

CS de de PROCESSO PROCESSO PENAL PENAL MILITAR MILITAR 2019.1 2019.1 2727

Código, quando o agente for civil e não houver coautor militar, a requisição

Código, quando o agente for civil e não houver coautor militar, a requisição

será do Ministério da Justiça.

será do Ministério da Justiça.

.

.

O IPM será

O IPM será instaurado, deveninstaurado, devendo comunicar ao PGJM que do comunicar ao PGJM que irá comunicar ao PGR.irá comunicar ao PGR.

6.

6. AUTO AUTO DE DE PRISÃO PRISÃO EM EM FLAFLAGRANTEGRANTE

É o procedimento instaurando para investigar um crime militar quando o agente estiver em É o procedimento instaurando para investigar um crime militar quando o agente estiver em situação de flagrância, independente do agente (civil ou militar, ativa ou na reserva), salvo nos casos situação de flagrância, independente do agente (civil ou militar, ativa ou na reserva), salvo nos casos de deserção e insubmissão.

de deserção e insubmissão.

 Art. 27. Se, por si só, for suficiente para a elucidação do fato e sua autor

 Art. 27. Se, por si só, for suficiente para a elucidação do fato e sua autoria, oia, o

auto de flagrante delito constituirá o inquérito, dispensando outras diligências,

auto de flagrante delito constituirá o inquérito, dispensando outras diligências,

salvo o exame de corpo de

salvo o exame de corpo de delito no crime que deixe vestígios, a delito no crime que deixe vestígios, a identificaçãoidentificação

da coisa e a sua avaliação, quando o seu valor influir na aplicação da pena.

da coisa e a sua avaliação, quando o seu valor influir na aplicação da pena.

 A remessa

 A remessa dos autos, dos autos, com com breve rbreve relatório delatório da autoria autoridade policial dade policial militar, farmilitar, far-

-se-á sem demora ao juiz competente, nos termos do art. 20.

se-á sem demora ao juiz competente, nos termos do art. 20.

Não há lavratura de TCO, bem como não se aplica os institutos da Lei 9.099/95, nos termos Não há lavratura de TCO, bem como não se aplica os institutos da Lei 9.099/95, nos termos do art. 90-A da própria lei, vejamos:

do art. 90-A da própria lei, vejamos:

 Art. 90-A.

 Art. 90-A. As As disposições disposições desta desta Lei Lei não não se se aplicam aplicam no no âmbito âmbito da da JustiçaJustiça

Militar.

Militar.

Sabe-se que os civis podem ser processados e julgados pela Justiça Militar, o APF será Sabe-se que os civis podem ser processados e julgados pela Justiça Militar, o APF será lavrado pela instituição militar. Contudo, a prisão cautelar será em estabelecimento penal comum. lavrado pela instituição militar. Contudo, a prisão cautelar será em estabelecimento penal comum. OBS.: Civil pode cometer crime contra a Justiça

OBS.: Civil pode cometer crime contra a Justiça Militar Federal, será julgadMilitar Federal, será julgado por ela. Por o por ela. Por outro lado,outro lado, mesmo não podendo ser processado e

mesmo não podendo ser processado e julgado pela Justiça Militar Estadual poderá cometer crimesjulgado pela Justiça Militar Estadual poderá cometer crimes militar contra as instituições militares estaduais e distrital, oportunidade em que será processado e militar contra as instituições militares estaduais e distrital, oportunidade em que será processado e  julgado pela Justiça

 julgado pela Justiça Comum Estadual, nos Comum Estadual, nos termos da termos da Súmula 53 Súmula 53 do STJ. do STJ. Por fim, Por fim, a investigaçãoa investigação será feita pela PM ou pelo Corpo de Bombeiros.

será feita pela PM ou pelo Corpo de Bombeiros.

Súmula 53 STJ - compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil

Súmula 53 STJ - compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil

acusado de pratica de crime contra instituições militares estaduais.

acusado de pratica de crime contra instituições militares estaduais.

7.

7. DILIGÊNCDILIGÊNCIAS IAS POLICIAIS POLICIAIS MILITARESMILITARES GENERALIDADES

GENERALIDADES

As diligências são realizadas pelo encarregado (de ofício e

As diligências são realizadas pelo encarregado (de ofício e de forma discricionária) do IPM,de forma discricionária) do IPM, a exemplo da oitiva de testemunhas, de eventuais vítimas, bem como acareações, reconhecimento a exemplo da oitiva de testemunhas, de eventuais vítimas, bem como acareações, reconhecimento de pessoas e coisas, reconstituição do crime (reconstituição similar dos fatos),

de pessoas e coisas, reconstituição do crime (reconstituição similar dos fatos), nos termos dos arts.nos termos dos arts. 12 e 13 do CPPM.

12 e 13 do CPPM.

 Art.

 Art. 12. 12. Logo Logo que que tiver tiver conhecimento conhecimento da da prática prática de de infração infração penal penal militar,militar,

verificável na ocasião, a autoridade a que se refere o § 2º do art. 10 deverá,

verificável na ocasião, a autoridade a que se refere o § 2º do art. 10 deverá,

se possível:

(30)

CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 28

a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e a situação das coisas, enquanto necessário;

b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato;

c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244;

d) colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias.

Formação do inqu érito

 Art. 13. O encarregado do inquérito deverá, para a formação deste:

 At ri bu iç ão d o s eu en car reg ado

a) tomar as medidas previstas no art. 12, se ainda não o tiverem sido; b) ouvir o ofendido;

c) ouvir o indiciado; d) ouvir testemunhas;

e) proceder a reconhecimento de pessoas e coisas, e acareações;

f) determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outros exames e perícias;

g) determinar a avaliação e identificação da coisa subtraída, desviada, destruída ou danificada, ou da qual houve indébita apropriação;

h) proceder a buscas e apreensões, nos termos dos arts. 172 a 184 e 185 a 189;

i) tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou do ofendido, quando coactos ou ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de depor, ou a independência para a realização de perícias ou exames.

Reconstituição dos fatos

Parágrafo único. Para verificar a possibilidade de haver sido a infração praticada de determinado modo, o encarregado do inquérito poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública, nem atente contra a hierarquia ou a disciplina militar.

Inclusive solicitar autorização para interceptação telefônica (reserva de jurisdição), desde que o crime seja apenado com reclusão.

Obs.: Cabe prisão preventiva no DPP Militar, contudo não cabe prisão temporária. O art. 18 do CPPM deve ser interpretado à luz da CF, assim caberá a prisão para os crimes propriamente militar, mesmo que praticado por civil (não há limitação).

Quando a diligência for requisitada pelo Juiz ou pelo MP, o encarregado está obrigado a realizá-la.

Destaca-se que algumas diligências se submetem a cláusula de reserva de jurisdição, assim precisam ser autorizadas pelo juiz. Cita-se, como exemplo, a prisão preventiva, o menagem (salvo no caso de insubmissão), instauração de incidente de sanidade mental, busca e apreensão domiciliar (a pessoal dispensa autorização), interceptações telefônicas e quebra de sigilo.

Por fim, importante consignar que é possível que o encarregado realize outras diligências não previstas nos arts. 12 e 13 do CPPM.

OBS.: Em tese, é cabível os institutos da Lei 12.850/13 aos crimes militares perpetrados por alguma organização criminosa, eis que não há vedação legal.

(31)

CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 29

PROVIDÊNCIAS ANTES DO IPM

Antes da instauração do IPM, a autoridade deverá se dirigir ao local do fato, apreender instrumentos e objetos relacionados ao fato, efetuar a prisão em flagrante (se cabível) e colher todas as provas para elucidar o fato, nos termos do art. 12 do CPPM.

 Art. 12. Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar, verificável na ocasião, a autoridade a que se refere o § 2º do art. 10 deverá, se possível:

a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e a situação das coisas, enquanto necessário;

b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato;

c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244;

d) colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias.

PROVIDÊNCIAS DURANTE O IPM

Após a instauração do IPM, o encarregado deverá tomar as medidas cabíveis antes de se instaurar o IPM (quando não houver sido feitas), providenciar as oitivas do ofendido, do indiciado e de eventuais testemunhas, bem como realizar acareações e exames periciais, conforme disposto no art. 13 do CPPM.

 Art. 13. O encarregado do inquérito deverá, para a formação deste:

 At ri bu iç ão d o s eu en car reg ado

a) tomar as medidas previstas no art. 12, se ainda não o tiverem sido; b) ouvir o ofendido;

c) ouvir o indiciado; d) ouvir testemunhas;

e) proceder a reconhecimento de pessoas e coisas, e acareações;

f) determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outros exames e perícias;

g) determinar a avaliação e identificação da coisa subtraída, desviada, destruída ou danificada, ou da qual houve indébita apropriação;

h) proceder a buscas e apreensões, nos termos dos arts. 172 a 184 e 185 a 189;

i) tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou do ofendido, quando coactos ou ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de depor, ou a independência para a realização de perícias ou exames.1

Reconstituição dos fatos

Parágrafo único. Para verificar a possibilidade de haver sido a infração praticada de determinado modo, o encarregado do inquérito poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública,nem atente contr a a hierarquia ou a discipl ina militar .

1) Não encontra correspondência no CPP Comum. Como exemplo podemos imaginar um crime praticado por um Coronel, em que há três soldados como testemunhas, o encarregado poderá providenciar a proteção dos soldados.

(32)

CS de PROCESSO PENAL MILITAR 2019.1 30

8. CONCLUSÃO DO IPM

PRAZO PARA CONCLUSÃO

CPP COMUM CPP MILITAR

Polícia Civil

a) Solto: 30 dias (prorrogável) b) Preso: 10 dias (improrrogável)

Polícia Federal:

a) Solto: 30 dias (prorrogável sucessivamente)

b) Preso: 15 dias (prorrogável por mais 15 dias)

Tempo de paz (art. 20): a) Solto: 40 dias

• 1ª Prorrogação – 20 dias (realizada pelo próprio Comandante)

• 2ª Prorrogação em diante  – apenas com ordem judicial, que irá fixar o prazo analisando o caso concreto. b) Preso: 20 dias (improrrogável)

Tempo de guerra (art. 675, §1º)

• Prazo de cinco dias, podendo haver uma prorrogação por mais três dias, seja indiciado preso ou solto.

 Art. 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se instaurar o inquérito.

§ 1º Este último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade militar superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciadas, ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato. O pedido de prorrogação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes da terminação do prazo.

Diligências não concluídas até o inquérito

§ 2º Não haverá mais prorrogação, além da prevista no § 1º, salvo dificuldade insuperável, a juízo do ministro de Estado competente. Os laudos de perícias ou exames não concluídos nessa prorrogação, bem como os documentos colhidos depois dela, serão posteriormente remetidos ao juiz, para a juntada ao processo. Ainda, no seu relatório, poderá o encarregado do inquérito indicar, mencionando, se possível, o lugar onde se encontram as testemunhas que deixaram de ser ouvidas, por qualquer impedimento.

Dedução em favor dos pr azos

§ 3º São deduzidas dos prazos referidos neste artigo as interrupções pelo motivo previsto no § 5º do art. 10.

 Art. 675, § 1º O prazo para a conclusão do inquérito é de cinco dias, podendo, por motivo excepcional, ser prorrogado por mais três dias.

Obs.: os prazos são aplicados tanto para o investigado militar quanto para o investigado civil, bem como independe do crime praticado.

Referências

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