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eBook INGLÊS PARA MAIORES - PALAVRÕES

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Inglês:

Tudo o que você

quer saber, mas

tem vergonha de

perguntar

(ou talvez o seu professor tenha vergonha de dizer)

Denilso de Lima

http://denilsodelima.blogspot.com

Um pequeno manual sobre

palavões e sobre os palavrões

mais usados em inglês

(2)

Este livro é dedicado a

todos

os

curiosos

e

curiosas sobre a obscura

área

de

palavrões

da

língua inglesa. E também a

todos aqueles que querem

melhorar sempre e sempre!

(3)

A

VISO

O autor e a editora não recomendam o

uso

das

palavras

e

expressões

encontradas

neste

livro

em

textos

escritos ou mesmo em diálogos com

falantes nativos da língua inglesa.

Muitos

americanos,

ingleses,

australianos,

etc

consideram

muitos

dos

termos

aqui

apresentados

extremamente

ofensivos.

Nosso

objetivo, porém, é que você tenha

conhecimento do que não se pode dizer

em inglês. Em nenhum momento você

leitor, ou leitora, será encorajado a

fazer uso deste infame vocabulário.

Assim sendo, ressaltamos que nós não

nos

responsabilizamos

por

qualquer

complicação física ou legal que possa

advir caso algum leitor ou leitora

decidir,

por

sua

própria

conta

e

risco, fazer uso de algumas destas

palavras

em

países

onde

a

língua

(4)

S

UMÁRIO

Agradecimentos

Por que um livro sobre palavrões?

Palavrões: tudo o que você sempre quis saber, mas tinha vergonha de perguntar

Por que as pessoas usam palavrões?

Será que alguma língua do mundo não possui palavrões?

O que faz uma palavra se tornar um palavrão? Quem usa palavrões?

Os anjos da guarda! Os palavrões em inglês Classificando os palavrões

Por que não posso dizer palavrões em inglês?

Os termos e expressões proibidas em inglês

arse ass asshole bitch bloody blow job breasts brown-noser bulldiker bullshit cheat on someone come damn

(5)

dick extras fag fart

flip the bird fuck

fucking

give a flying fuck God

goose horny

in the middle of fucking nowhere jerk off

kinky on the rag pain in the ass piss pussy shit son of a bitch suck the fuck tramp turd up yours!

Muito mais do que você consegue imaginar

ânus bordel

copulação (ato sexual)

copular (ter relações sexuais) defecar

deflorar (tirar a virgindade) ereção

(6)

fazer sexo anal

fazer sexo oral (cunilíngua) fazer sexo oral (felação) flatulências

homossexual masculino idiota

masturbar-se (masturbação masculina) masturbar-se (masturbação feminina) menstruação nádegas pênis puta seios sêmen testículos urina urinar vagina Referências Bibliográficas

(7)

A

GRADECIMENTOS

Sou extremamente grato às várias pessoas que contribuíram com seus e-mails, comentários e informações. Dados estes que foram utilizados para dar volume a esta obra tão (acredito) audaciosa e inovadora. Se não fosse pela colaboração constante de vocês todos (é impossível citar aqui o nome de todo mundo) desde o ano de 2000, eu não teria formado a minha pequena coleção de palavras obscenas em português e inglês. A todos estes colaboradores desejo todo sucesso do mundo.

Algumas pessoas me aconselharam daqui, outras me desaconselharam dali. Alguns conselhos eram bem moderados e motivadores; outros, bastante duros, taxativos e desanimadores. A estes amigos que muitos conselhos deram eu também sou muito grato. Espero que continuem tendo paciência comigo e com o meu trabalho. Vocês são realmente muito importantes para mim.

Teve uma pessoa apenas que me incentivou a tomar coragem e levar a idéia deste livro adiante. Este livro é dedicado especialmente a ela. Espero que suas conclusões e expectativas com relação a esta obra se tornem realidade, para que assim algumas outras muitas coisas também se tornem realidade. A esta pessoa que tanto prezo, estimo, admiro (e perco a paciência

(8)

às vezes) quero agradecer do fundo do meu coração (se as coisas complicarem espero que você continue do meu lado!).

Agradeço também ao pessoal da editora que, assim como eu, foram corajosos e destemidos em levar esta incrível idéia à diante. Todo o trabalho que tiveram desde a análise inicial do material até o seu lançamento foi realmente espetacular. A todos vocês meus mais sinceros agradecimentos.

Além destes tenho que reconhecer ainda os pesquisadores (sério

gente, tem lingüistas aí pra fora que se dedicam ao assunto) de

outros países que contribuíram com grande estilo para que a primeira seção deste livro tomasse forma. Vocês contribuíram muito para que um livro sobre palavrões não tivesse um aspecto tão vulgar, mas (lingüisticamente falando) uma cara meio que científica sobre o tema. Obrigado pelos materiais cedidos e pela permissão que deram para o seu uso.

É óbvio, que não posso esquecer de agradecer a você que adquiriu este pequeno manual de vocabulário impróprio. Espero que tire tanto proveito dele quanto outros já tiraram e continuam tirando (eu acho!). Lembre-se de ler tudo o que está nele. Não vá direto aos palavrões. Procure antes enriquecer a sua cultura sabendo um pouco mais sobre os palavrões do ponto de vista da lingüística.

(9)

A

PRESENTAÇÃO

Inglês: tudo o que você quer saber, mas tem vergonha de perguntar é um livro simples e descomplicado. Nele você vai

aprender o que não dizer em inglês e porquê. É claro que para não ficar algo muito direto o autor procurou ser o mais, digamos, científico possível. Espero que você – leitor ou leitora – concorde com esta opinião.

Não pense que este livro seja um dicionário de palavrões e expressões vulgares da língua inglesa. Muito pelo contrário! É um livro que você poderá ler, reler e ler novamente quantas vezes quiser. Você agora vai entender de uma vez por todas porque o seu professor ou professora torcem o nariz quando você faz uso de algumas palavras que você aprende em filmes, músicas, Internet e até mesmo em conversas com alguns gringos que você encontra pelo caminho.

Inglês: tudo o que você quer saber, mas tem vergonha de perguntar está organizado em três seções. Veja abaixo do que se

trata cada uma destas seções:

Seção 01 – Palavrões: tudo o que você sempre quis saber (ou

(10)

Nesta seção você terá uma idéia sobre algumas perguntas levantada pelos lingüista no mundo todo sobre um grupo de palavras tão menosprezado pelo campo científico do nosso país. Você alguma vez já se perguntou o porquê de uma palavra como “caralho” ser um palavrão. O que fez com que tal palavra ganhasse um sentido tão pejorativo? Será que em alguma língua do mundo não há palavrões? Que tipo de pessoas fazem uso de palavrões? São perguntas como estas que serão abordadas nesta primeira seção. Eu aconselho você a lê-la, afinal de contas ela é bastante curiosa e deu o maior trabalho escrevê-la.

Seção 02 – Os termos e expressões proibidas da língua inglesa

Acho que é aqui (infelizmente!) que a maioria vai ficar mais interessada, pois nesta seção encontram-se aqueles palavrões e expressões capazes de deixar qualquer vovó surda e puritana toda arrepiada. Embora muitos não acreditem a intenção desta seção é educar aqueles que estão aprendendo inglês. Digo educar porque não gostaria que nenhum de vocês fosse considerado mal educado por fazer uso de palavras e expressões de baixo de calão na língua inglesa. A idéia desta seção é simplesmente ensinar a todos os que estão aprendendo ou que já falam inglês o porquê de não se usar palavras que aparecem freqüentemente em filmes e músicas. Devo admitir que há exemplos para mostrar o uso das palavras e há ainda as equivalências – traduções – de algumas das palavras para a língua portuguesa. Se você se assustar com alguma coisa, me desculpe a intenção não é ofender ninguém.

Seção 03 – Muito mais do que você consegue imaginar

Esta seção é uma espécie de compêndio de palavras e expressões usadas para fazer referências a várias coisas, desde determinadas partes do corpo humano até

(11)

atividades que não são ditas abertamente em público. Enfim, trata-se de uma seção repleta de termos, tanto em inglês como em português, para definir, por exemplo, o pênis, a vagina, a menstruação, o ato sexual, etc. É uma seção extremamente curiosa e digna de atenção. Você poderá se divertir muito com ela (assim eu espero, pois

eu ri muito ao compilá-la).

Tenho de admitir que ri muito escrevendo o livro todo. Afinal de contas, é cada coisa hilária que se diz neste imenso Brasil e pelos povos falantes da língua inglesa que é impossível não dar uma risadinha, mesmo que meio contida entre os dentes. Espero que você também se divirta com este livro e aprenda muita coisa.

(12)

P

OR QUE UM LIVRO SOBRE

PALAVRÕES

?

Antes que alguém bem intencionado resolva querer tirar satisfações por eu ter escrito um livro sobre assunto tão controverso, e ao mesmo tempo tão fascinante, quero ressaltar que a minha intenção é PURAMENTE EDUCACIONAL. Você

talvez não acredite no que acabei de dizer, mas acredite eu só quero que você aprenda o que não dizer em inglês e o porquê. Caso alguém desacredite a pergunta continua: por que é que este sujeito resolveu escrever um livro sobre palavrões? Convido você a continuar lendo para encontrar a resposta.

Em primeiro lugar, sou professor de língua inglesa há cerca de dez anos. Durante este tempo todo eu ouvi muitos alunos e alunas dizerem coisas legais e coisas absurdas. Tive alunos que me perguntavam coisas curiosas e interessantes e outros que me faziam perguntas extremamente cabeludas. Perguntas do tipo:

(13)

Como professor tinha de ficar de bico calado por causa do (suposto) puritanismo das salas de aulas. Confesso que lá de vez em quando eu satisfazia a curiosidade de um aluno ou outro. Porém, sempre ficava com certo peso na consciência. Na maioria das vezes eu não respondia a tais perguntas.

Parece incrível, mas o interessante é que se nós, professores, não ensinamos os tais dos palavrões na sala de aula, os alunos irão aprender de um jeito ou de outro (acredite!). Para isto basta eles pegarem um filminho na locadora, comprarem um CD (tipo

aqueles do rapper americano Eminem), ou darem uma rápida

navegada pela Internet para aprender um monte de palavras e expressões extremamente proibidas em inglês.

O grande problema disto tudo é que quando estes alunos e alunas aprendem os palavrões que escutam em filmes, por exemplo, eles não aprendem que apesar daquela determinada expressão estar no filme não quer dizer que aqueles palavrões devam ser usados como se fossem simples palavras de uma língua estrangeira.

Trocando em miúdos o disse acima é o seguinte: creio que a maioria que está lendo este livro agora já assistiu ao filme Cidade de Deus. Pois bem, se você fosse professor de língua portuguesa para estrangeiros você recomendaria o vocabulário do filme em questão aos seus alunos? Com certeza a sua resposta será um sonoro não! E se o seu aluno estrangeiro assistisse ao filme e resolvesse fazer uso do vocabulário das personagens do filme? O que você faria?

Foi pensando nisto que resolvi escrever este pequeno manual de palavras e expressões proibidas em inglês. Se você estiver realmente interessado em saber o que, determinantemente, não se pode dizer em inglês, bem como o motivo, este será de agora em diante o seu guia.

(14)

Espero que o amigo leitor e a amada leitora não o encare como algo extremamente péssimo e de tremendo mau gosto, mas sim como uma ajudinha especial para enriquecer o seu conhecimento da língua inglesa. Como eu já disse (e você

provavelmente está custando a acreditar) a minha intenção é

puramente educacional.

Não veja este livro (acho que já disse isto anteriormente) como se fosse um dicionário, mas sim como um manual de instruções divertido que o ajudará a entender porque certas coisas não devem ser ditas em inglês. Não importando se você ouviu aquela palavra em um filme de ação ou outro ou mesmo por um amigo seu que seja americano. Aos estrangeiros que moram no Brasil este livro pode também servir de ajuda, pois estes indiretamente saberão o que não devem dizer em português.

O meu desejo é que você realmente se divirta com as expressões e com os exemplos (sim, há exemplos também) que ilustram um pouco mais aquilo que você estará aprendendo a não fazer uso. E por último: cuide-se para não ser espancado por algum gringo que venha a cruzar o seu caminho e você inadvertidamente resolva verificar se o que foi dito aqui é verdade ou não.

Boa leitura e um excelente aprendizado para você.

Denilso de Lima

(15)

S

EÇÃO

01

P

ALAVRÕES

:

TUDO O QUE VOCÊ

SEMPRE QUIS SABER

(

OU TALVEZ

NÃO

!)

Já deixei bem claro anteriormente que neste livro tenho a intenção de transmitir conhecimentos educacionais para aqueles que precisam se comunicar em inglês. Não quero que pensem que a minha real intenção seja a de ensinar palavrões da língua inglesa às pessoas (não quero nem mesmo ser acusado por tal

ação).

Na minha consciência (si eu tenho consciência!) impera o seguinte pensamento: “estou apenas ensinando às pessoas o

que elas não devem dizer em inglês e o porquê”. Assim sendo,

não me sentirei nenhum pouquinho responsável, caso algum leitor engraçadinho e desavisado faça uso destes termos por aí e resolva dizer que fui eu que ensinei.

Pronto, agora já posso começar. Como todo mundo sabe os palavrões fazem parte do processo natural de se aprender e falar uma língua. Eles fazem parte da cultura de cada país, de cada língua, da cada povo, de cada grupo étnico, de cada grupo

(16)

social, etc. Querendo ou não uma hora ou outra você irá ouvir alguém xingando (por mais desagradável que isto possa

parecer). Você, também, (in)conscientemente acabará dizendo

um a qualquer momento (às vezes, você fala sem perceber

mesmo). Porém, é preciso muita cautela para não se meter em

perrengues e confusões por causa destas palavras e expressões que simplesmente fazemos questão de deixar guardadas em algum canto da mente.

Antes de passar para as palavras e expressões eu tenho que escrever algumas coisas sérias a respeito dos palavrões. É justamente isto que irei fazer aqui nesta primeira seção do livro. Você sabia que em alguns campos científicos há teses de doutorado sobre este assunto? Pois é, eu também me espantei quando descobri isto! Nesta primeira seção vamos dar uma olhada bem rápida sobre o que estes cientistas (malucos e

desocupados, no ponto de vista do Jô Soares) dizem a respeito

deste grupo tão infame de palavras.

Palavrões devem ser levados a série, pois eles causam um grande impacto na sociedade. Algumas perguntas são feitas em torno deles e muito gente simplesmente nem ao menos percebe isto.

Recentemente, um grupo de amigos estava discutindo sobre o porque de uma palavra como caralho ser um palavrão. Não contentes com isto eles passaram a se questionar sobre o fato de se dizer naturalmente e sem pudor algum vagina (ou vulva), mas se dizer periquita, bacurinha, xana, xoxota já se torna algo vexatório. Um destes amigos resolveu ir mais longe e perguntou porque é que palavras como bacurinha, xana, periquita são até certo ponto engraçadinhas e aceitas por todo mundo, mas b*ceta já é extremamente proibido.

Você já se viu de diante de questões filosóficas como estas? Já discutiu isto com algum grupo de amigos? Já se perguntou

(17)

porque motivos as pessoas usam palavrões? Já imaginou o que faz com que uma determinada palavra em algum momento de sua história se torne um palavrão?

Enfim, há um grande número de perguntas e fatos curiosos que rondam tão polêmico assunto lexical. Portanto, é nesta seção que algumas destas questões tão fundamentais à nossa existência serão respondidas.

Algumas perguntas não foram ainda muito bem respondidas pelos cientistas, mas garanto a você que todo o esforço necessário está sendo feito para que uma hora ou outra uma luz nos ilumine e nos dê mais tranqüilidade com relação a assunto tão perturbador.

(18)

P

OR QUE AS PESSOAS USAM PALAVRÕES

?

Esta pergunta parece, a princípio, sem nenhuma objetividade, mas se você continuar lendo vai aprender algumas coisas interessantes sobre o fato de as pessoas usarem palavrões e até mesmo, indiretamente, sobre as razões pelas quais os palavrões existem.

Pare para pensar um pouquinho só nos palavrões que temos na língua portuguesa (por favor, não vá pensar em voz alta!). Pronto! Agora que você pensou em alguns palavrões, procure dar uma razão pela qual você acha que estes termos que acabou de pensar são usadas por quase todas as pessoas? Que razões levariam você, em especial, a usá-los?

Os estudiosos de tão interessante assunto (são raras as pessoas

que se dedicam à sua pesquisa; o Jô Soares ainda não os descobriu, mas quando descobrir...) dizem que, sem qualquer

sombra de dúvidas, há fortes razões para que as pessoas, em algum momento, soltem um palavrão.

As razões mais convincentes estão enumeradas abaixo, veja se você concorda com elas. Caso não concorde, não se preocupe. O fato é que os palavrões existem e são usados e se isto ocorre é porque deve haver algum motivo, embora muito intrínseca, para isto.

01. As pessoas usam palavrões devido a uma incrível e estranha necessidade de desejarem extravasar quando estão muito zangadas (ou para fazer uso dos palavrões:

quando as pessoas estão putas da vida) com alguém, com

alguma coisa ou com alguma situação que as esteja incomodando muito. Se algo está dando errado elas soltam um palavrão. Se alguém as irrita provavelmente

(19)

irão dizer um palavrão. Enfim, basta estar com cabeça extremamente quente para que o processo de maledicência seja iniciado. Acredite se quiser, mas no meio científico já foi sugerido que os palavrões são um importante fator na redução do estresse do cotidiano (o que alguns psicólogos

dizem é que se você se sentir estressado durante algum momento do dia, trancafie-se em alguma sala e comece a gritar alguns palavrões com bastante vontade; confesso que já experimentei e, por mais absurdo que pareça, funcionou).

Alguns exemplos:

“Puta que o pariu, você não faz nada certo!” “Caralho, está bosta de fila parece que não anda!” “O filho da puta do motor não quer pegar de novo.”

02. Os palavrões também são usados para insultar as outras pessoas. A agressão verbal talvez seja a razão mais óbvia que explique a existência dos palavrões e o uso dos mesmos. É neste momento – o momento do insulto – que os palavrões ganham muito mais força, muito mais significado e peso. É aqui também que as brigas violentas e bate-bocas acirrados podem começar e resultar, até mesmo, em mortes.

Mais alguns pequenos exemplos:

“Cala a boca, seu filho da puta”

“Se aquela puta sem-vergonha vir aqui de novo, vou encher a cara dela de porrada”.

“Repete se tu for homem, seu baitola de merda”

03. Podemos dizer ainda (embora, alguns possam rejeitar

veementemente esta razão) que as pessoas fazem uso

destes termos tão proibidos para serem engraçadas em determinados momentos. Tem gente que até usa palavrões entre os seus amigos de forma bastante natural e não se preocupam com as regras de proibição impostas pela sociedade. Afinal de contas, como todo mundo sabe, entre

(20)

amigos não tem frescura, não é verdade? Às vezes, as pessoas podem também soltar um palavrão para dar mais graça e colorido ao que elas estão dizendo. É claro que isto só é aceitável entre pessoas que você conhece muito bem.

Que tal alguns exemplos?

“Porra, Miguel. Tu é um viado mesmo, né? Como é que tu me traz a merda da peça errada?”

“Sai já daqui sua vaca, quero usar o computador.” “Sai sua bicha, num tá vendo que tô ocupado.”

04. Continuando neste tema de por que as pessoas usam palavrões há um que é também bastante óbvio. Palavrões são, de certa forma, uma maneira de indicar que quem fala exerce, ou deseja exercer, certo poder sobre quem ouve. Ou seja, como os palavrões são ameaçadores algumas pessoas, que se sentem (in)conscientemente inferiorizadas por alguma razão, usam palavrões na tentativa de ganhar ou demonstrar poder. Estas pessoas procuram intimidar outras fazendo uso de todos os palavrões que elas conhecem.

Sem exemplos, neste caso!

05. Os palavrões também podem ser usados para expressar surpresa. E é aqui que eles beiram o lado cômico. Imagine que o goleiro do seu time de futebol preferido fez um gol contra. A sua surpresa pode ser tão forte que há certa probabilidade que você diga algo como “caralho, não

acredito que este filho da puta fez este gol!”. O mais

curioso é que os torcedores do outro time poderão dizer a mesmíssima coisa, porém com um sentimento de alegria e não de surpresa e frustração

Enfim, procurar identificar o porquê dos palavrões serem usados (suas funções e usos) é algo realmente complexo, pois eles são formas lingüísticas muito curiosas.

(21)

Aparentemente, estas são (até o momento) as cinco razões mais óbvias que levam as pessoas a fazer uso dos palavrões e, conseqüentemente, para que os palavrões existam. Resumindo as cinco pode-se afirmar que palavrões são geralmente usados como uma reação a alguma experiência negativa muito forte. É sempre bom lembrar que é necessária muita cautela ao fazer uso de palavrões, quer seja por um motivo ou por outro. Isto porque a diferença entre usar um palavrão para expressar incômodo, insultar alguém, dar colorido e graça ao que se diz e para expressar surpresa ou frustação está na forma como o palavrão é dito.

Ou seja, o segredo todo está naquilo que nós chamamos cientificamente de entonação e que o povo leigo chama de tom de voz ou, simplesmente, o jeito de falar. Infelizmente, é difícil para nós, que temos o português como língua materna, percebermos esta diferença em outra língua (o inglês, por

exemplo). Pois se trata de uma diferença muito leve, muito sutil.

É por isto que nós, falantes da língua portuguesa, não devemos fazer uso de palavrões em alguma outra língua que estejamos aprendendo.

Tente imaginar, por um instante, um gringo com um sotaque bem carregado falando algumas das expressões que foram colocadas acima como exemplos. Você acha que este gringo estaria sendo natural? Você acha que pegaria bem para o estrangeiro em questão falar palavrões? Ou seja, você deverá concordar que palavrão na boca de um estrangeiro não tem graça nenhuma.

(22)

S

ERÁ QUE ALGUMA LÍNGUA NO MUNDO NÃO

POSSUI PALAVRÕES

?

Esta é uma pergunta bastante interessante. Quer você acredite ou não muitas pessoas já se questionaram sobre isto e até enviaram perguntas a especialistas no assunto.

Bem, até onde se sabe (pelo menos até onde eu fiquei sabendo;

infelizmente não tive como verificar estas informações)

discute-se a existência real e genuína dos palavrões em algumas línguas. Alguns dizem que algumas línguas não têm seus próprios palavrões e, portanto, tomam emprestados os palavrões de uma outra língua.

Alguns dizem que outras línguas e povos não têm nem mesmo um palavrão sequer. Ou seja, não há unanimidade, no mundo científico, quanto a isto. Só sei de uma coisa: passar um dia inteiro sem expressar a sua ira por meio de um único palavrão deve ser um tédio tremendo para muita gente (não sei se você

concorda, mas esta é a minha opinião).

Entre uma destas línguas que se acreditava não ter palavrões estava a língua japonesa. Embora, você possa ser rude e grosseiro em japonês, alguns afirmavam até pouco tempo (inclusive eu) que os japoneses não têm uma palavra sequer para xingar alguém, por exemplo.

Tudo isto não passa de um mito, pois, conforme um japonês me disse, além de tomarem palavrões emprestados de outras línguas (principalmente da língua inglesa), há sim palavrões próprios do

nihongo (a língua japonesa). Muitos japoneses, no entanto, ao

que tudo indica, preferem fazer uso de termos estrangeiros para serem rudes.

(23)

Esta confusão só me foi esclarecida quando uma aluna minha que fala japonês (ela morou e estudou lá por alguns anos) me disse que japonês tem palavrões e até me deu alguns exemplos:

yariman (puta), sensuru (punheta), manzuru (masturbação feminina, alguns dizem siririca), ketsu (bunda), wakamezake suru (não tenho coragem de traduzir; por favor perguntem a algum japonês; mulheres aconselho vocês a não perguntarem nada!), chinko (pica, caralho), kintama (ovos), manko (b*ceta, dá pra entender, não dá?) kusou! (expressão de desabafo: que merda!). Depois destes exemplos eu fiquei mais tranqüilo, pois

japonês tem sim palavrões. Diante de tais exemplos fiquei até com certa vontade de aprender japonês.

Japonês à parte, vamos passar agora ao idioma basco. Caso você não saiba este é um idioma falado na Espanha. Você já deve ter ouvido falar no grupo separatista ETA. Aquele grupo que supostamente teria colocado bombas nos metrôs de Madri em 11 de março de 2004. Enfim, eles lutam em prol do país Basco (acho que você já se encontrou e sabe agora de que língua eu

estou falando). Afirma-se que este idioma também não possui

palavrões. E aí eu me pergunto: como é que os membros do ETA fazem para xingar aqueles que eles tanto odeiam? Parece que eles fazem uso de palavrões emprestados da língua espanhola. Mais uma pergunta inútil: se eles lutam para terem seu próprio país estabelecido, não deveriam também lutar para ter os seus próprios palavrões?

Acreditava-se também que o idioma finlandês não tinha palavrões. Faziam-se até mesmo brincadeiras a respeito deste fato. Mas a verdade é que este mito também caiu por terra. De acordo com um finlandês, na língua deles há palavrões excepcionais indo desde as genitálias até as criaturas do inferno. Não sei bem o que ele quis dizer com isto, pois quando perguntei, ele respondeu em finlandês. Acho que estava me xingando e mandando para algum lugar que eu não gostaria de ir.

(24)

Resumindo toda esta conversa, a verdade é que todas as línguas do mundo têm expressões e palavras consideradas rudes e proibidas por seus falantes. Não tem esta de língua nenhuma não ter palavrões (imagine a chatice que deve ser!). Algumas línguas no mundo possuem mais palavrões do que outras, mas, no geral, palavrões são uma característica universal em todas as línguas. Aliás, para que não haja palavrões em uma língua, é necessário que os falantes de tal língua sejam 100% amigos uns dos outros. Como tal fato é praticamente impossível, a gente já sabe onde isto vai dar.

Espero ter ajudado você a se divertir um pouco mais com assunto tão nobre. A título de curiosidade vale dizer que os idiomas mais criativos em xingamentos e expressões de maledicência são o árabe e o turco. Até onde fui informado dizer que alguém é pai de sessenta cães ou que alguém cavalga em uma camela é algo extremamente rude para estes povos. Sabe-se lá porquê!

O

QUE FAZ UMA PALAVRINHA SE TORNAR UM

PALAVRÃO

?

No universo de quem se dedica ao estudo dos palavrões esta talvez seja a grande incógnita de todas. Antes vale dizer que caso você não saiba há cientistas que dedicam tempo e esforços fazendo estudos sobre os palavrões, seus usos, origens, características, implicações sociológicas, etc. Estes cientistas são em sua grande maioria lingüistas.

No entanto, alguns psicólogos também já fizeram estudos sobre o efeito que os palavrões causam nas pessoas, tanto em quem

(25)

usa quanto em quem ouve. No Brasil, a moda de estudar palavrões do ponto de vista lingüístico parece não ter pego ainda, mas (esperamos!) há de ganhar muito mais força com o tempo (caso haja o interesse, é claro). Só que nós não estamos aqui para discutir o assunto de forma tão científica o quanto parece. Estamos aqui para nos divertir e saber um pouco mais sobre este campo lexical tão esquecido pelos estudiosos brasileiros.

A pergunta agora é mais ou menos a seguinte: o que faz com que a palavra puta seja considerada uma palavra proibida na nossa língua?

Quando resolvi falar sobre isto neste livro eu tinha plena certeza de que os etimologistas (pessoas que se dedicam a identificar a

origem das palavras e seus usos ao longo da história) poderiam

me lançar uma luz sobre esta pergunta, mas infelizmente não foram.

Eles, os etimologistas, concordam unanimamente que putta é o feminino latino de puttus (menino, jovem). Logo, puta significava, originalmente, menina, moça. Com o passar dos tempos o termo foi perdendo este sentindo tão puro e ingênuo e passou a significar prostituta, meretriz, etc. E hoje, é uma das palavras mais fortes para nos referirmos a uma mulher, seja ela verdadeiramente uma prostituta ou não. O curioso é que nem mesmo as prostitutas aceitam a alcunha de puta.

O que tem de tão ruim nesta palavra que a torna extremamente proibida? Aparentemente, ninguém sabe ao certo quais foram os motivos que levaram não só a palavra puta, mas também muitas outras, que tiveram uma origem nobre, a cair na desgraça de serem proibidas. Ao que tudo indica o povo (sim, nós o povo, em

geral) é quem parece exercer uma grandiosa influência neste

fenômeno. Encontrar uma explicação plausível que satisfaça definitivamente a esta pergunta é tarefa extremamente difícil.

(26)

Então, preferimos aceitar a de que o povo é sim o maior responsável para que uma palavra seja tida como proibida e, portanto, banida de determinadas conversas e situações.

Um exemplo etimológico em inglês é o caso de shit (merda,

bosta). No inglês arcaico o termo era scitte e significava,

simplesmente, diarréia. No início era um termo muito comum e bastante usado (inclusive os nobres, reis e rainhas usavam-na). Não tinha problema nenhum em fazer uso da palavra shit, afinal de contas ela não tinha uma conotação vulgar. Porém, mais uma vez, o tempo fez com que esta simples palavrinha se tornasse em um grande palavrão. Com o tempo o povo (mais uma vez) foi se encarregando de dar a ela a conotação pejorativa que tem hoje. Se atribuirmos culpa ao povo, teremos de afirmar que este fenômeno seria, de certa forma, psicológico. Alguém, ou algum grupo social, em determinado momento decidiu excluir certa palavra de suas conversas formais, deixando-as apenas para conversas com pessoas mais íntimas, e conversas mais banais. Assim, o fenômeno psicológico foi sendo imposto e passado de geração a geração, isto acarretou na suposta proibição do uso de algumas palavras.

Alguns sugerem, ainda, que a possível resposta talvez esteja no simples fato sobre o que as palavras se referem. Ou seja, se uma palavra que faz referência a alguma parte muito íntima do corpo humano (pica, por exemplo) acaba se tornando um termo proibido. É o que ocorre também com a palavra cu. Mas, eis que algum leitor espertinho ou leitora atenta pode vir a perguntar o porquê de palavras como ânus e pênis não serem considerados termos proibidos.

Talvez, porque os dois primeiros (pica e cu) são termos freqüentemente usados pelo povão, ou seja, têm seus usos (com

ressalvas, é claro) entre as camadas sociais mais baixas. Os dois

(27)

momentos e situações onde se exigem mais seriedade por parte dos falantes. Devo acrescentar aqui que estou apenas especulando. Eu, particularmente, não tenho a resposta definitiva.

Mas espera aí! Se uma palavra tem alta aceitação pelos membros de grupos inferiores da sociedade (os ditos pobres), quer dizer então que os membros das classes mais altas (os

chamados de ricos) não vão querer se igualar àqueles,

lingüisticamente falando?

Nós sabemos que tanto os pobres quanto os ricos usam termos proibidos. Uns talvez mais que os outros! Agora daí concluir que só porque o pobre fala uma coisa e o rico não, já é preconceito.

Para concluir este tópico vale notar que no livro An Introduction

to Language (Introdução à Linguagem) os autores afirmam que

não há nenhuma razão lingüística para que a palavra vagina seja considerada uma palavra neutra e ter seu uso liberado enquanto que b*ceta seja vulgar.

Ou seja, nem mesmo os estudiosos sabem o porquê de uma palavra se tornar um palavrão e outras não. A conclusão mais certa a que podemos chegar é a de que tudo está na nossa mente. O que faz uma palavra se tornar um palavrão – termo proibido – somos nós mesmo.

A língua em si não exerce nenhum poder sobre este fenômeno. Caso você não tenha ficado muito satisfeito com a resposta sugerido, vamos ter de esperar que alguém mais à frente nos ilumine com uma resposta mais plausível; pois, por enquanto, só há especulações e nada conclusivo.

(28)

Q

UEM USA PALAVRÕES

?

Pense você mesmo na resposta a esta pergunta. Na sua mais sincera opinião, que tipo de pessoas você acha que usa palavrões?

Talvez você responda que somente pessoas muito desbocadas e mal educadas irão fazer uso de tais termos, não é verdade? Se esta for a sua opinião, eu te faço a seguinte pergunta: você mesmo nunca disse um palavrão em toda a sua vida? Nunca teve nem mesmo aquela tremenda vontade de dizer um palavrão que seja? Se a sua resposta for sim a pelo menos uma destas perguntas, vou te fazer outra pergunta: você se considera uma pessoa desbocada e mal educada? Com certeza, não!

O fato verdadeiro é que todo mundo, seja lá quem for, usa palavrões. Alguns talvez até digam que não, mas... Enfim, não adianta esconder. Mesmo quando você está sozinho ou sozinha, você pode acabar dizendo um. Pode até ser algo pensando apenas. Ou, às vezes, você fala sem nem perceber.

Temos de admitir, é claro, que não usamos palavrões de forma indiscriminada. Não estou afirmando aqui que todo mundo usa palavrões como se fossem a coisa mais natural do mundo. Não é isto! Estou ciente de que todos nós temos aquele tal de bom senso. Mas quem será que usa mais palavrões: os homens ou as mulheres?

Estudos lingüísticos mostram (e acho que nem precisava fazer

estudos para saber disto) que os homens fazem mais uso de

termos vulgares do que as mulheres. O que é realmente incrível entre homens e mulheres é saber que determinados palavrões soam muito mais naturalmente na boca de um homem do que na de uma mulher.

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Imagine uma amiga sua falando um palavrão bem escabroso. Imaginou? Agora imagine um amigo. Pronto! Qual é mais natural? Acredito que a imaginação que você teve do seu amigo tenha sido a mais aceitável. Ou seja, além de palavrões serem encontrados com mais freqüência nas bocas masculinas, há palavrões que não ficam legais se forem ditos por uma mulher. Agora, qual faixa etária faz mais uso de palavrões?

Esta é facílima de responder. Basta parar e escutar as pessoas falando ao seu redor que você saberá que idades praguejam mais. Caso você esteja sem tempo, vou te ajudar. Está comprovado que os adolescentes (já a partir dos 11 anos) e os jovens (até uns 24 ou 26 anos) falam muito mais palavrões. Os demais a partir de certa idade diminuem o uso destes termos, pois começam a ter consciência do impacto que eles provocam na imagem de cada pessoa.

Chega um momento na vida de todo mundo que os palavrões ficam restritos apenas a conversas entre amigos, familiares, colegas de trabalho, etc. É o momento em que todo mundo parece compreender que palavrões são realmente uma bomba na imagem de cada um.

Um outro fato interessante a ser dito aqui sobre os palavrões é que não há um ser humano capaz de saber todos os palavrões existentes em uma única língua. Quer dizer, você que mora aí no Rio Grande do Sul pode saber uns palavrões que o pessoal lá em Rondônia não faz a menor idéia do que seja. É sério! Descobri isso enquanto levantava os termos para a Seção 03 deste livro. Você sabia que só para o órgão sexual feminino – a vagina – a mais de 300 termos e expressões em português? Com certeza você não sabe todas elas.

Em inglês, ocorre o mesmo. Às vezes, um palavrão é conhecido nos Estados Unidos, mas na Inglaterra e na Austrália não.

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Outras vezes ele é comum em Nova Iorque, mas na Flórida não. Isto só serve para provar que cada região tem o direito de ser diferente e criar seus próprios termos. Cada grupo social, cada classe trabalhadora, cada grupo etário, grupo étnico, rico ou pobre, homens ou mulheres têm o direito de usar ou criar um palavrão ou outro. Não há barreiras para isto. Nada nos impede de usá-los e de criar outros que são entendidos apenas por algumas pessoas.

Concluindo, todo mundo usa palavrões. Uns talvez mais que os outros. Ou quem sabe falam sem ter medo do que possam pensar a respeito deles. Alguns apenas pensam o palavrão em determinado momento, mas não o falam descaradamente. Enfim, o grupo de palavras proibidas em uma língua existe e se existe e são conhecidos é porque os falantes daquela língua os usam com freqüência.

P

OR QUE SENTIMOS UMA REAÇÃO ESTRANHA AO OUVIRMOS UM PALAVRÃO EM NOSSA LÍNGUA E

OUTRA QUANDO EM UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA

?

Muito bem! Por que será que quando ouvimos (ou lemos) um palavrão em português nos sentimos um tanto quanto incomodados? Por que motivos uma lampadinha vermelha parece acender dentro de nossa cabeça indicando certa insatisfação diante de um palavrão? E Por que será que quando eu ouço um palavrão em inglês eu acho engraçado e, portanto, quero fazer uso dele embora eu saiba que seja um palavrão? Estas são mais algumas perguntas um tanto quanto difíceis de serem respondidas. Vamos procurar a resposta em dois campos científicos que até certo ponto são parecidos – neurociência e

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neurolingüística. Os estudiosos destes campos não oferecem nada que seja explicitamente relacionado aos palavrões. Porém, se lermos com detida atenção alguns artigos e estudos publicados podemos tirar algumas conclusões.

Uma destas conclusões é que nossos sentimentos em relação aos palavrões estão ligados ao nosso cérebro emotivo. Trocando em miúdos é o seguinte: todas as palavras e expressões que aprendemos (sejam elas vulgares ou não) estão ligadas às nossas emoções (é deste fato que os aficionados em Programação

Neurolingüística depositam parte de suas experiências).

Lembre-se disto: palavras e emoções estão intimamente ligadas. Se você estiver extremamente feliz o seu vocabulário será predominantemente de palavras com conotações mais positivas; por outro lado, se você estiver deprimido ou estressado o seu vocabulário conterá palavras mais negativas. Portanto, as palavras estão sempre carregadas de emoções.

O que é que isto tem a ver com os palavrões na nossa língua e em uma outra língua?

Os cientistas afirmam que quando aprendemos uma outra língua nós a aprendemos de uma forma bem diferente daquela que aprendemos a nossa própria língua. Enquanto estamos aprendendo a língua portuguesa (desde crianças) nós aprendemos inconscientemente as nuances por trás das palavras. Assim, se (enquanto crianças) falamos um palavrão com certeza alguém (um adulto) irá nos repreender por isto.

No momento da repreensão a nossa memória automaticamente registra aquela palavra ou expressão como algo proibido, devido à sua conotação pejorativa ou o grau de ofensa que ela possui. A partir do momento que tal informação é registrada, nós aprendemos que aquela palavra não deve ser usada em determinados contextos. Nem ao menos nos damos o trabalho de

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nos questionarmos o porquê. Nós simplesmente aprendemos isto e pronto.

Ao aprendermos outra língua, por mais absurdo que possa parecer, nós aprendemos as palavras de uma forma um tanto quanto superficial. Ou seja, nós somos incapazes de compreender as nuances por trás das palavras.

Por exemplo, nós aqui no Brasil aprendemos que a palavra nice significa simpático, bacana, legal, atencioso, amável, bonito,

atraente (conforme o dicionário que tenho em mãos). Mas para

a grande maioria dos falantes nativos de língua inglesa a palavra

nice não é a palavra com a qual eles gostariam de ser descritos

(tenho uma amiga inglesa que tem “repulsa” a esta palavra,

acredite se quiser). Não que nice seja um palavrão, não é isto. O

problema é que para eles este termo é, por assim dizer, sem sal, sem graça. Nós não aprendemos esta conotação nos livros, nas escolas ou com nossos professores. Aprendemos com o tempo, com a vivência da língua inglesa.

Voltando ao palavrões! O que foi dito no parágrafo acima tem tudo a ver com os palavrões da língua inglesa. Nós, ao ouvirmos um palavrão em um filme, aprendemos apenas a pronúncia e o significado do palavrão. Nós não aprendemos a conotação, a nuance que está por trás do palavrão. Aprendemos e não os ligamos a emoção alguma. Aprendemos palavrões como se fossem mais uma palavra e ponto final.

Para exemplificar possa pegar o termo shit. Para muita gente que está aprendendo inglês usar esta palavra é natural, pois ela serve para expressar insatisfação com alguma coisa ou situação. Basta a pessoa (o estudante de inglês) estar extremamente insatisfeita para dizer “shit!”.

No entanto, a conotação que está por trás desta palavra é praticamente imperceptível para nós. A não ser é claro que

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alguém nos repreenda por usá-la e dê algumas explicações a mais sobre o porquê da repreensão. Caso isto aconteça, a nossa memória, mais uma vez, irá registrar esta palavra como pejorativa e de conotação negativa, restringindo o seu uso. É por causa da nossa mente e das nossas emoções que reagimos de maneiras diferentes ao ouvirmos um palavrão em nossa própria língua e em outra língua que estivermos aprendendo. Quando ouvimos um palavrão em português nos sentimos incomodados e, às vezes, até mesmo nos espantamos. No entanto, quando ouvimos e aprendemos o mesmo palavrão em outra língua nossa primeira atitude é de curiosidade e de riso. Estas reações diferentes nos fazem querer aprender palavrões em outra língua e se for o caso até mesmo usá-los, não importando o que poderá acontecer.

O

S ANJOS DA GUARDA

Não, eu não endoidei! Os palavrões definitivamente não serão os seus anjos da guarda. Resolvi por este subtítulo aí apenas para falar dos eufemismos.

Eufemismos são termos que dão a entender o palavrão que supostamente diríamos (embora, isto ocorra em um nível muito

inconsciente, ninguém, até certo ponto, se ofende com eles). É o

caso, por exemplo, de dizermos “caramba!” no lugar de

“caralho!”, ou “vá pro inferno!” ao invés de “vá tomar no c*!”, “vá pra puta que o pariu” ou “vá se foder”, e ainda de “afogar o ganso” no lugar de “foder”. Caramba, “vá pro inferno” e “afogar o ganso” são, portanto, eufemismos na

(34)

Ou seja, os eufemismos escondem a realidade por trás dos fatos. Eles obscurecem o sentido original das palavras. Ou ainda, eufemismos são expressões e termos que camuflam o palavrão através da modificação fonética (exemplo, poxa ao invés de

porra) ou pela substituição de uma palavra diferente, mas que

esteja relacionada (exemplo, cacete por caralho).

Os eufemismos são sociavelmente aceitáveis onde em muitas situções os palavrões não são permitidos. O problema é que, dependendo do ponto de vista de algumas pessoas, até mesmo o uso dos eufemismos pode ser considerado algo grosseiro e rude. Portanto, é recriminado por alguns membros mais puritanos e racatados da sociedade.

Nós, no entanto, recorremos ao uso dos eufemismos para aliviar a força da expressão e até mesmo para contermos um pouco os ânimos em determinadas situações. Se não usarmos os eufemismos a coisa pode esquentar e uma briga ou um bate-boca se generalizar.

Um fato bastante curioso é que quando se trata de eufemismos os adultos, geralmente, recorrem a termos que são freqüentemente usados por crianças ou que eles usaram na infância. Assim alguns termos vulgares são trocados por uma versão infantil considerada muito mais light e, portanto, mais aceitável e não causando desconforto a ninguém.

Vulgar Eufemismo

bosta caca, caquinha, cocô

pica pimba, pingolim, piu-piu, passarinho cagar fazer cocô, fazer caquinha

peido pum, vento

peidar soltar um pum

b*ceta perereca, bacurinha, xaninha culhões saco,ovos

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Pode parecer que não, mas todos os termos considerados ofensivos e vulgares em uma língua possui os seus eufemismos equivalentes. Se não tiver as pessoas acabam inventando, quer seja no momento da fala ou não. Alguns eufemismos são realmente curiosos e engraçados, às vezes para ser entendido é necessário certa dose de imaginação. Veja só alguns exemplos bem humorados:

Vulgar Eufemismo

mijar molhar a parede, tirar água do joelho

porra (esperma) baba de quiabo, mela cueca, rama de aboboreira estar de pau duro estar piçudo, ficar com a cueca engomada fazer um boquete tocar uma flauta, botar a boca no trombone pentelho escovão, saromba,, barba-de-barata puta laranja caída na estrada, abre-abre pica lingüiça, ferramenta, cipó

estar naqueles dias chorar sangue, estar de chico, pagar prestação punheta (masturbação) bronha, cinco-contra-um, gloriosa

bater punheta dar no macaco, fazer o palhaço chorar, matutar cabaço (hímem) selo, selo de garantia, casca de laranja peidar estar de escapamento aberto

peido bufa, traque, trovão de barriga, descuido tirar o cabaço (a virgindade) roer o cupim, quebrar a castanha, furar, embilar foder afogar o ganso, molhar o biscoito, varrer a casa

Como você já deve ter percebido são vários os eufemismos usados para um palavrão ou uma expressão que seja considerada proibida. Alguns deles, você talvez nunca tenha ouvido. Mas o fato real é que eles existem. Por isto, é bom tomar muito cuidado com o que as pessoas dizem até mesmo em português. Afinal de contas, a pessoa pode estar falando uma coisa que não tem nada a ver com o sentido literal das palavras usadas.

Ao aprender outra língua a dica é que você dê mais atenção ao aprendizado e uso dos eufemismos. Mesmo assim é necessário todo o cuidado possível para não se ver diante de apuros. Outra dica bem mais importante que esta é a seguinte: se você estiver em outro país, seja qual for a língua falada por lá, e sinta uma tremenda vontade de xingar alguém ou

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de extravasar em determinado momento faça uso da sua própria língua; isto mesmo, xingue, mas xingue em português. Assim você não correrá o risco de ser espancado pelas pessoas.

O

S PALAVRÕES EM INGLÊS

Na língua inglesa os termos tidos como vulgares e proibidos fazem praticamente referência às mesmas coisas que os termos da língua portuguesa (ou à maioria das línguas existentens). Em outras palavras, toda e qualquer palavra que faça referência ao ato sexual, às partes íntimas do corpo e às necessidades físicas são consideradas palavras obscenas e de baixo calão (salvo é claro as palavras aceitas pela sociedade em geral). Logo, não devem fazer parte do vocabulário ativo de uma pessoa de boa índole e reputação.

Em inglês, porém, ocorre algo extremamente curioso e que muita gente não acredita. Para muitos deles – ingleses, americanos, australianos, etc – os termos religiosos (God, Jesus,

etc) são, também, considerados termos proibidos. Não que

alguém vá te matar por usá-los, mas entre alguns gringos não é nada legal ficar usando termos religiosos para xingamentos e coisas parecidas.

Visto que devemos ser o mais educado possível ao falar outra língua, devemos ter em mente que não queremos estragar nossa amizade com alguém por causa de algo tão banal assim. Caso contrário, poderemos causar problemas grandiosos para nós mesmos (ou quem sabe até mesmo para o nosso país).

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O engraçado é que quando falo isto, as pessoas acham que é muita santidade da minha parte e se defendem dizendo “mas no

filme tal o ator fulano fala assim, sem problemas”. Minha

resposta: “no filme Cidade de Deus a gente também ouve um

monte de obscenidades e nem por isto sai repetindo o que os atores dizem”.

Então, lembre-se do que você leu até aqui. Os grupos de palavrões, em inglês, são formados por palavras que fazem referência:

• à atividade sexual

• às partes íntimas do corpo

• às necessidade físicas

• aos termos religiosos

(e mais recentemente) à nacionalidade e raça de alguém

Com relação aos termos religiosos vale dizer que hoje em dia a geração mais jovem não se preocupa muito em se é correto ou não tomar o nome de Deus em vão. Eles usam e abusam de expressões nas quais os termos religiosos se fazem presente. O meu conselho é que você – como estrangeiro e falante não nativo da língua inglesa – os evite a todo custo, a não ser, é claro, que você tenha uma amizade muito próxima com as pessoas com quem está falando e observe também o nível de religiosidade delas.

Vale acrescentar aqui que as coisas mudam e muito com o passar dos tempos. A mais ou menos quarenta ou cinqüenta anos atrás, palavras como “fuck” (foder), “motherfucker” (filho da

puta), “bitch” (puta), “cunt” (b*ceta) e outras do gênero não

podiam ser publicadas em jornais e revistas ou ao menos serem ditas em programas de rádio, filmes, seriados, novelas (enfim, na

televisão, de modo geral). Hoje, alguns termos ainda são tidos

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equivalente em português – b*ceta – causa enorme constrangimento) outros por sua vez já aparecem com mais

freqüência e, portanto, são amplamente usados. É claro, que algumas pessoas ainda se sentem mal ao ouvi-las, mas devido à tal da liberdade de expressão elas não podem fazer absolutamente nada.

No Reino Unido (Inglaterra,

País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) a rede de

televisão BBC realiza a cada dois anos uma pesquisa entre o público para saber quais palavras e expressões eles consideram como as mais infames e, que, portanto, não devem, em hipótese alguma, ser ditas na televisão. Veja no quadro ao o resultado da pesquisa realizada em dezembro de 2002 (como

muitos destes termos não são tão proibidos assim você irá encontrar neste livro apenas aqueles mais cabeludos).

Observe no resultado da pesquisa termos que para nós são completamente inocentes, como: God e Jesus Christ. Não pense que isto é um fato isolado e só os britânicos consideram ofensivo o uso de termos religiosos como palavrões. Os americanos, pelo menos uma pequena porcentagem deles, também não gostam de ouvir estas palavras sendo usadas em vão. Portanto, é valido repetir mais uma vez que todo cuidado é pouco. PALAVRÃO PORCENTAGEM* Cunt 83% Motherfucker 79% Fuck 71% Wanker 37% Bastard 33% Shag 27% Bitch 26% Whore 26% Twat 26% Prick 26% Bollocks 25% Arsehole 22% Slag 19% Piss off 18% Shit 16% Dickhead 16% Pissed off 14% Jesus Christ 14% Balls 11% God 10% Arse 10% Bugger 9% Sod 7% Crap 5% Bloody 3%

* de britânicos que consideram esta palavra ofensiva.

(39)

C

LASSIFICANDO OS PALAVRÕES EM INGLÊS

Em inglês, os termos proibidos são conhecidos por taboo words ou foul language. Outras “categorias” são swearwords e, em alguns casos, four-letter words. No fundo é tudo a mesma coisa (ou seja, é tudo proibido, pois é tudo palavrão mesmo), mas é preciso entender um pouco mais de cada categoria para não se sentir desorientado.

Taboo words ou Foul language

Estas são as palavras tabus. Você não sabe o que significa tabu? Tudo bem, ai vai uma ajudinha: no meu dicionário uma das acepções – significados – diz que tabu é uma “proibição

imposta por costume social ou como medida protetora”.

Assim, podemos entender que palavras tabus (taboo words) são palavras consideradas de mau gosto e de baixo calão por algumas pessoas. Visto que por imposição de costumes sociais elas são proibidas. Posso até acrescentar que esta proibição é uma medida protetora (protege quem pensa em usá-los e os

ouvidos de quem não pretende ouvi-los).

Imagine que você esteja na fila de um banco e escuta alguém falando bem alto “puta que pariu!”. Como você se sentiria? Ou como você acha que as pessoas reagiriam se ouvissem você falando isto?

Devido a esta repulsa à expressão “puta que pariu!” em determinados ambiente, concluímos que esta é uma expressão tabu na nossa língua. É claro que se esta expressão faz parte do seu vocabulário ativo (ou seja, é uma expressão que você usa lá

uma vez ou outra), você só irá usá-la entre um grupo de amigos

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sentirá realmente à vontade para usá-la, não é verdade? Se bem que o correto é não usar, mas como a gente nem sempre se contém...

Swearwords

Estes são os termos usados para os xingamentos em geral. Caso você nunca tenha se perguntado o que significa xingar e agora está pensando aí vai a resposta: xingar significa agredir alguém por meio de palavras insultuosas e injuriosas; ofender alguém verbalmente.

Os xingamentos (swearwords) não podem, sob nenhuma hipótese, ser interpretados literalmente. Isto é, se alguém diz “vá

se foder!” subentende-se que o que a sentença significa é “saia já daqui”, “cai fora”, “suma”, “desapareça”, etc. Não se deve

levar literalmente a sério o que a pessoa ordena, não é verdade? As swearwords, assim como em português, são usadas como força de expressão, para demonstrar raiva, impaciência, ódio, indignação, desabafo, etc em determinado momento insuportável da vida ou com algumas pessoas que nos tiram por completo do sério.

Four-letter words

Estas são palavras escritas com apenas quatro letrinhas e que são tremendos palavrões em inglês. É o caso de “fuck” (foder),

“piss” (mijar), “slut” (puta), “shit” (merda, bosta), “cunt”

(b*ceta) e algumas outras. Observe que todas elas são pequenas no tamanho (quatro letras apenas) e enormes na agressividade. Talvez esta seja a categoria mais conhecida e mais difundida de palavrões ingleses ao redor do mundo. Basta alguém aprender

(41)

uma palavra desta categoria que já quer sair usando. É incrível como as pessoas as aprendem com grande facilidade e rapidez. Porém, para aprenderem coisas mais sérias e mais salutares levam muito mais tempo.

Digo isto porque alguns alunos que tive, enquanto aguardavam o início da aula, assistiam a um filme na sala de espera da escola. No filme o ator disse “suck my dick”, eles ouviram e leram o significado na legenda. Ao entrarem na sala de aula tiveram uma grande dificuldade em repetir uma expressão que estava no livro, porém repetiam com grande facilidade a expressão ouvida apenas uma única vez no filme.

Não posso deixar de mencionar que a pronúncia deles para repetir a tal expressão era perfeita, porém para repetir a que fazia parte da lição...

Resumindo o que foi dito acima posso te garantir que todas as

swearwords e four-letter words são taboo words em inglês.

Porém, nem todas swearwords são four-letter words e vice versa.

P

OR QUE NÃO POSSO DIZER PALAVRÕES EM

INGLÊS

?

A verdade é que você não pode dizer palavrões em língua nenhuma. Afinal de contas você é uma pessoa muito bem educada, culta, de boas maneiras. Portanto, deve evitar a todo custo o uso de termos e expressões de baixo calão. Em inglês (ou em qualquer outra língua que você esteja aprendendo) não é nada bonito ficar dizendo palavrões. Se você aprendeu um palavrão em inglês deve tomar muito cuidado ao pensar em usá-lo.

(42)

Todos nós sabemos que o modo como falamos (o vocabulário

que a gente usa) é muito afetado pela “pressão” do grupo com

o qual convivemos. Ou seja, com o passar do tempo a gente acaba incorporando palavras e expressões que são comum no dia-a-dia das pessoas que estão sempre por perto de nós – familiares, colegas de trabalho, colegas de faculdade, colegas de escola, etc. Desta forma, alguns palavrões acabam sendo incorporados ao nosso modo de falar.

Fora do ambiente deste grupo os palavrões são percebidos como um desvio da conversa educada normal. Uma pessoa que faz uso de palavrões (em sua própria língua) em momentos inadequados e com pessoas não muito íntimas demonstram, de acordo com os psicólogos, três coisas:

1. uma enorme falta de habilidade social;

2. total falta de respeito e consideração para com os outros; 3. muita raiva naquele instante ou são incapazes de controlar

as suas emoções.

Usar palavrões quando se está zangado é considerado, até certo ponto, normal (dependendo do grau da ira, é claro). Como já dissemos anteriormente (e apoiado por psicólogos) dizer palavrões em momentos de tensão pode até nos desestressar, nos acalmar, nos transmitir uma sensação de alívio (não é poque

você sabe disto agora que vai começar a exagerar também).

Não é fácil para nós, estudantes de uma outra língua, sabermos com exatidão a força que um palavrão tem em uma língua estrangeira. Por exemplo, ao usarmos um termo como fuck ao falarmos com um americano, não sabemos o impacto que iremos causar na pessoa, não temos a menor idéia da impressão que a outra pessoa terá da gente e assim por diante.

Porém, quando você está diante de um grupo com o qual você já desenvolveu uma boa amizade e dose de respeito os palavrões

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podem ser ditos naturalmente desde que todos façam uso dos mesmos palavrões. É claro que nem todos os palavrões serão aceitos pelo grupo. Por isto. É bom prestar muita atenção ao que eles dizem, para só então se arriscar a dizer também.

Para um estrangeiro este é um ponto bastante complicado. Três coisas devem ser observadas aqui:

1. O estrangeiro não é um falante nativo do outro idioma. Ou seja, você é brasileiro e fala português, você não é americano ou cidadão britânico, logo o seu inglês ainda não é lá estas coisas;

2. Como você é um estrangeiro ainda não está enturmado. Visto que você não faz parte de nenhum grupinho social ainda, você será encarado como persona non grata até que seja aceito pela turma; e,

3. Você até que pode falar um palavrão, mas não terá a menor idéia do que aquilo realmente significa. Quer dizer, você aprende um palavrão em uma música e resolve usar só porque achou engraçado. O problema é que quem ouve pode não achar tão engraçado assim.

São por simples razões como estas que você não deve usar os palavrões que aprende em filmes, Internet, músicas, etc. Se você usar um palavrão, mesmo um que seja aparentemente inocente, você poderá se ver diante de situações embaraçosas. As pessoas não te aceitarão como uma pessoa bem educada e coisas do tipo. Portanto, não use palavrões para mostrar que sabe inglês. Comporte-se e cuidado com o que fala. Eu mesmo já tive experiências desagradáveis no início da minha carreira como falante de língua inglesa por achar que uma simples palavrinha como shit não fosse algo tão abominável assim.

Você como visitante no país dos outros não quer ser mal visto e mal interpretado. Não seja responsável por incidentes

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diplomáticos. Já não basta dois jovens “inteligentes” terem fingido ter uma bomba na bagagem no aeroporto de Miami. Imagine se você fica retido em algum lugar por ter ofendido um policial estressado. Lembram do dedo médio em riste do piloto americano no Brasil? Então... Todo cuidado é pouco!

(45)

S

EÇÃO

02

O

S

TERMOS

E

EXPRESSÕES

PROIBIDAS EM INGLÊS

Nesta seção você irá saber quais são as expressões e os termos proibidos que ganharam repercussão internacional e que são ouvidos quase que freqüentemente. Caso você tenha pulado o primeiro capítulo recomendo que você o leia, ele é bastante esclarecedor sobre porque razões estas palavras devem ser mantidas em segredo. Caso você relute em não querer ler, então, eu aproveito o ensejo para em cada expressão abaixo explicar um pouco sobre a razão de serem proibidas.

Além dos termos e expressões bastante conhecidas você encontrará também algumas nem tão conhecidas assim para nós, mas que para eles são. Como a intenção do livro é de ajudar a aprender o que não dizer em inglês é bom também acrescentar algumas coisas que você provavelmente irá ouvir.

Quando for possível o equivalente do termo em inglês na língua portuguesa é colocado. Mas, quando um equivalente na nossa língua não existir, não se preocupe, tentarei deixar o mais claro possível para que você o entenda.

Em alguns casos há também exemplos, uma forma de você ver como é o uso do palavrão na prática. No caso de palavras com

(46)

um grande número de sinônimos, apenas alguns serão usados para ilustrar os termos em inglês. Caso você queira saber todos os possíveis sinônimos para um determinado termo, vá para a Seção 03 do livro e eduque-se (ou melhor, divirta-se).

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