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PROFESSOR: Daniel. ALUNO (a): Data da prova: 09/05/15

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Academic year: 2021

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LISTA DE EXERCÍCIOS – P1 2° BIMESTRE

O Barroco - a arte que predominou no século XVII - registra um momento de crise espiritual na cultura ocidental. Nesse momento histórico, convivem duas mentalidades, duas formas distintas de ver o mundo: de um lado o paganismo e o sensualismo do Renascimento; de outro, a forte onda de religiosidade que faz lembrar o teocentrismo medieval.

Não só no período barroco, mas em várias outras épocas, a literatura serviu como veículo para expressar sentimentos de religiosidade e comunhão entre o homem e Deus. Em alguns casos, também para criticar a Igreja e suas relações com o poder. Procure refletir sobre essa questão a partir da análise dos textos que seguem:

Texto I

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido,

Porque quanto mais tenho delinqüido, Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido, Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida, e já cobrada Glória tal, e prazer tão repentino

GOIÂNIA, ____ / ____ / 2015 PROFESSOR: Daniel

DISCIPLINA: Literatura SÉRIE: 2° ano ALUNO (a):_______________________________ Data da prova: 09/05/15

No Anhanguera você é + Enem

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vos deu, como afirmais na Sacra História:

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. Gregório de Matos

01. Que justificativa utiliza o pecador para não desistir da piedade divina, embora tenha pecado tanto? 02. Explique com suas palavras o argumento apresentado no sétimo e no oitavo versos.

03. Quem é o interlocutor do “eu-lírico” ?

O pecador exibe, nos tercetos, suas qualidades de advogado, procurando provar os argumentos paradoxais utilizados nos quartetos. Para isso, ele cita, em seu favor, as palavras do próprio Cristo, a quem procura convencer.

04. Qual é a afirmação de Cristo utilizada por ele? 05. Qual é o argumento final do pecador?

Texto II

Sermão vigésimo sétimo

Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimas da servidão e espetáculos da extrema miséria. Ó Deus! Quantas graças devemos à fé que nos destes, porque ela só nos cativa o entendimento, para que, à vista destas desigualdades, reconheçamos contudo vossa justiça e providência! Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem, como os nossos? Não respiram com o mesmo ar? Não os cobre o mesmo céu? Não os aquenta o mesmo sol?

Padre Antônio Vieira (Barroco – século XVII)

06. O autor enfatiza a igualdade entre escravos e senhores a partir de uma concepção cristã do mundo. Relacione essa afirmativa com o texto.

07. A figura de linguagem mais utilizada nesse sermão é a antítese ( aproximação de palavras com idéias opostas ). Identifique alguns trechos em se utiliza essa figura.

08. Por que a antítese é uma ferramenta importante para a argumentação que o autor quer fazer? Explique.

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09. Nas quatro últimas linhas do texto, que tipo de frase Vieira emprega para despertar a consciência de seus ouvintes?

10. De que forma o autor concebe a importância da fé para os cristãos? Texto 3

Guerra santa

Ele diz que tem, que tem como abrir o portão do céu Ele promete a salvação

Ele chuta a imagem da santa, fica louco-pinel Mas não rasga dinheiro, não

Ele diz que faz, que faz tudo isso em nome de Deus Como um Papa da Inquisição

Nem se lembra do horror da noite de São Bartolomeu Não, não lembra de nada não

Não lembra de nada, é louco Mas não rasga dinheiro Promete a mansão no paraíso Contanto que você pague primeiro Que você primeiro pague o dinheiro Dê sua doação, e entre no céu

Levado pelo bom ladrão

Ele pensa que faz do amor sua profissão de fé Só que faz da fé profissão

Aliás em matéria de vender paz, amor e axé Ele não está sozinho, não

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Eu até compreendo os salvadores profissionais Sua feira de ilusões

Só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz Deixa o outro vender limões

Um vende limões, o outro Vende o peixe que quer

O nome de Deus pode ser Oxalá Jeová, Tupã, Jesus, Maomé Maomé, Jesus, Tupã, Jeová Oxalá e tantos mais

Sons diferentes, sim, para sons iguais. Gilberto Gil

Em relação à canção de Gilberto Gil, assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) para as afirmações abaixo, justificando sua resposta.

11. ( ) A canção faz uma análise sobre a postura e o comportamento de líderes religiosos. 12. ( ) A canção retrata um problema atual que era muito comum na Idade Média e que agora se verifica sob outras formas: as indulgências

13. ( ) Não se pode dizer que a temática da canção tenha relação com a nossa realidade atual 14. ( ) A expressão “salvadores profissionais” se refere aos fiéis das religiões

15. ( ) No trecho “ Só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz / Deixa o outro vender limões / Um vende limões, o outro / Vende o peixe que quer” , podemos ter a seguinte interpretação: assim como o limão e o peixe se completam e coexistem, pois aquele pode ser tempero e refresco para este, as religiões devem respeitar-se mutuamente, com cada uma reconhecendo a existência e os direitos da outra.

16. ( ) Conforme se deduz da leitura da última estrofe, o mesmo Deus pode ter vários nomes diferentes, idéia esta aceita por todas as religiões difundidas pelo mundo.

17. ( ) A canção critica a religiosidade do povo e procura ressaltar como as diferenças entre as religiões são inconciliáveis.

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Identifique a religião que se relaciona a cada um dos nomes citados: 18. Oxalá 19. Jeová 20. Tupã 21. Jesus 22. Maomé

23. Explique com suas palavras o título do texto. Texto 4

Rifoneiro divino

Responde, por favor: Deus é quem sabe? Sabe Deus o que faz?

Deus dá o pão, não amassa a farinha? Deus o dá, Deus o leva?

Pertence-lhe o futuro?

Deus te dá saúde? Deus ajuda a quem cedo madruga? Será que Deus não dorme?

E é Deus por todos, cada um por si? Deus consente, mas nem sempre? Deus perdoa, Deus castiga? Deus me livra ou salva?

Deus vê o que o Diabo esconde? De hora em hora Deus melhora? Mas é se Deus quiser?

E Deus quer?

Deus está em nós? E nós, responde, estamos nele?

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Carlos Drummond de Andrade

24. Como é elaborado esse texto? Que tipo de expressão ele utiliza? 25. A quem são dirigidas essas perguntas?

26. Pode-se dizer que o autor está questionando ou duvidando de algumas destas frases, tão comuns no dia-a-dia ? Explique.

27. Drummond parece questionar a influência divina em nossas vidas. Por quê?

28. Elabore uma “lista” de outros provérbios e expressões que se referem a Deus, na linguagem popular.

Texto 5

SE EU QUISER FALAR COM DEUS Se eu quiser falar com Deus

Tenho que ficar a sós Tenho que apagar a luz Tenho que calar a voz Tenho que encontrar a paz Tenho que folgar os nós Dos sapatos, da gravata Dos desejos, dos receios Tenho que esquecer a data Tenho que perder a conta Tenho que ter mãos vazias Ter a alma e o corpo nus Se eu quiser falar com Deus Tenho que aceitar a dor Tenho que comer o pão Que o diabo amassou Tenho que virar um cão Tenho que lamber o chão Dos palácios, dos castelos Suntuosos do meu sonho Tenho que me ver tristonho Tenho que me achar medonho E apesar de um mal tamanho Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus Tenho que me aventurar Tenho que subir aos céus Sem cordas pra segurar Tenho que dizer adeus Dar as costas, caminhar

(7)

Decidido, pela estrada

Que ao findar vai dar em nada Nada, nada, nada, nada

Nada, nada, nada, nada Nada, nada, nada, nada

Do que eu pensava encontrar

Gilberto Gil

29. De acordo com o sentido do texto, que postura é necessária para “falar com Deus”?

Comparando a letra dessa música ao “Texto 1” da lista, escrito por Gregório de Matos, o que se pode perceber:

30. Quanto à linguagem de cada texto? 31. Quanto à intenção de cada “eu-lírico” ? 32. Quanto à imagem que se faz de Deus?

Os dois textos foram escritos em épocas muito diferentes: o de Gregório de Matos é do século XVII; o de Gilberto Gil é contemporâneo (século XX). Sobre a relação do homem com Deus , comente:

33. Essa relação era diferente em cada época focalizada nos textos? 34. Qual era a definição que se tinha do que era “pecado” ?

Referências

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