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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS E FLORESTAIS CURSO DE AGRONOMIA ILMARA BEATRIZ MENEZES SILVA

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS E FLORESTAIS CURSO DE AGRONOMIA

ILMARA BEATRIZ MENEZES SILVA

EFEITOS DA APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NO CRESCIMENTO INICIAL DA CULTURA DO MELÃO

MOSSORÓ

2019

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ILMARA BEATRIZ MENEZES SILVA

EFEITOS DA APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NO CRESCIMENTO INICIAL DA CULTURA DO MELÃO

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Agronomia.

Orientador: Prof. Dr. Daniel Valadão Silva

MOSSORÓ

2019

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©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais: Lei nº 9.610/1998. O conteúdo desta obra tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.

Setor de Informação e Referência

Bibliotecário-Documentalista

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

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ILMARA BEATRIZ MENEZES SILVA

EFEITOS DA APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NO CRESCIMENTO INICIAL DA CULTURA DO MELÃO

Monografia apresentada a Universidade

Federal Rural do Semi-Árido como requisito

para obtenção do título de Bacharel em

Agronomia.

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Aos meu pais Márcia Andréa Menezes de Queiroz e Ilmar Tavares da Silva Filho, que tanto se esforçaram para me dar a melhor educação que eu pude ter.

DEDICO

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por sua misericórdia divina e bondade. Por cuidar sempre de mim e por ter me amparado em todas as vezes que eu pensei em desistir;

Agradeço a minha mãe, Márcia Andréa Menezes de Queiroz por ser essa mulher forte e batalhadora, meu exemplo e razão da minha vida;

Ao meu pai, Ilmar Tavares da Silva Filho, por cuidar de mim e por todos os ensinamentos;

À minha avó Itacira Menezes de Queiroz, por ser minha segunda mãe, por todo o cuidado e todas as orações;

À Universidade Federal Rural do Semi-Árido pela oportunidade de aqui cursar minha graduação;

Ao Prof. Dr. Daniel pela orientação e atenção ao longo desses anos;

Aos membros da banca por toda a disponibilidade e considerações;

Ao meu eterno professor e amigo Leandro Furtado por todos os ensinamentos, caronas e amizade construída ao longo desses anos;

A Maurício Sekiguchi – “Japonês do Paraguai” – pela amizade, por me entender e por acreditar em mim mesmo quando eu não acreditava mais;

À Taliane Teófilo pela amizade, força, preocupação e disponibilidade de sempre;

Aos integrantes do NOMATO, por todos os momentos em que estivemos juntos, aventuras e aprendizado, me sinto muito feliz e honrada em fazer parte desse grupo tão especial;

Aos meus amigos do LABHAV, Tati, Prof. Juliana, Bárbara, Valéria e Sérvulo, por todo o tempo em que estivemos juntos e pela companhia em todas as noites intermináveis quando fazíamos coleta;

A todos os professores, professoras e equipe técnica da Universidade por terem

contribuído com a minha formação;

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À Aninha, Diêgo, Gilson, Hohana e Thaysa por todos os momentos em que estivemos juntos, na alegria ou na tristeza;

Aos que se fizeram presentes ao longo dessa jornada universitária, em especial a Gaby Viégas, Leodécio, Paulo Guerra, Rodolpho, Caio, Victor, Mariana, Lara, Nando, Hudson, Ricardo Jr, Valesca e Vanessa, por fazerem parte da minha vida e pela amizade de vocês;

A Carlos Silveira, pela amizade e acolhida sempre que precisei de uma casa para ficar durante a correria da graduação;

À minha amada Cia Junina Lume da Fogueira, nas pessoas de Liana Duarte, Rafaela Duarte e Yasmim Duarte, por serem uma parte importante da minha vida e pelo apoio todas as vezes em que precisei me ausentar por conta da faculdade;

À minha Cia Bela Trupe, por todos os momentos mágicos que já vivemos;

A todos e todas que não foram aqui mencionados, mas que fazem parte da minha vida.

Muito obrigada!!!

(8)

Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, Ele é tudo o que eu preciso.

(Salmo 73. 26)

(9)

RESUMO

O controle de plantas daninhas em cultivos do meloeiro é dificultado pela falta de informações de herbicidas seletivos para a cultura. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de herbicidas em pré-emergência em duas cultivares de melão (amarelo e pele-de-sapo). Dois experimentos (um para cada cultivar) foram realizados em casa de vegetação no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos pela aplicação dos herbicidas em pré-emergência: flumioxazin (0,14 l ha -1 ), ametrina (0,5 l ha -1 ), sulfrentrazone (0,5 l ha -1 ), diuron (3,2 l ha -1 ), metribuzin (0,75 l ha -1 ), clomazone (0,5 l ha -1 ), s- metholochlor (1,5 l ha -1 ), oxyfluorfen (2,0 l ha -1 ) oxadiazon (3,0 l ha -1 ) e linuron (1,0 l ha -1 );

mais uma testemunha sem aplicação. As avaliações visuais de fitotoxicidade foram realizadas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA), utilizando escalas de porcentagem, variando de 0% a 100%. As avaliações de número de folhas, altura da planta, área foliar, e matéria seca total foram realizadas aos 28 DAA. Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância pelo teste F e, em caso de significância os dados foram comparados pelo teste de Scott-Knott a 0,05 de probabilidade. Para as análises estatísticas foi utilizado o software Sisvar 5.6. Os herbicidas diuron, ametrina e oxadiazon influenciaram negativamente no crescimento inicial do melão amarelo. Os herbicidas metribuzin, diuron e ametrina influenciaram negativamente no crescimento inicial do melão pele-de-sapo. Os herbicidas clomazone e oxyfluorfen não alteraram o crescimento inicial do melão amarelo e do melão pele-de-sapo apresentando grande potencial para testes de seletividade.

Palavras-chave: Plantas daninhas. Controle químico. Cucumis melo L.

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ABSTRACT

The control of weeds in melon crops is hampered by the lack of selective herbicide information for the crop. The objective of this work was to evaluate the effect of pre-emergence herbicide application on two melon cultivars (yellow and christmas melon). Two experiments (one for each cultivar) were carried out in a greenhouse in a completely randomized design, with four replications. The treatments were composed of pre-emergence herbicides: flumioxazin (0.14 l ha -1 ), ametryn (0.5 l ha -1 ), sulfrentrazone (0.5 l ha -1 ), diuron ha -1 ), metribuzin (0.75 l ha -1 ), clomazone (0.5 l ha -1 ), s-metholochlor (1.5 l ha -1 ), oxyfluorfen (2.0 l ha -1 ) oxadiazon (3.0 l ha -

1 ) and linuron (1.0 l ha -1 ); another witness without application. Visual evaluations of phytotoxicity were performed at 7, 14, 21 and 28 days after application (DAA), using percentage scales ranging from 0% to 100%. The leaf number, plant height, leaf area, and total dry matter evaluations were performed at 28 DAA. The results were submitted to analysis of variance by the F test and, in case of significance, the data were compared by the Scott-Knott test at 0.05 probability. For the statistical analysis, the software Sisvar 5.6 was used. The herbicides diuron, ametrina and oxadiazon had a negative influence on the initial growth of the yellow melon. The herbicides metribuzin, diuron and ametrine had a negative influence on the initial growth of the christmas melon melon. The herbicides clomazone and oxyfluorfen did not alter the initial growth of yellow melon and christmas melon melon, presenting great potential for selectivity tests.

Keywords: Weeds. Chemical control. Cucumis melo L..

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fitointoxicação em plantas de melão Cucumis melo var. inodorus grupo amarelo

(AM) sob aplicação de herbicidas em pré-emergência...30

Figura 2 – Fitointoxicação em plantas de melão Cucumis melo var. inodorus grupo pele-de-

sapo (PS) sob aplicação de herbicidas em pré-emergência...33

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Escala de fitotoxicidade segundo Frans et al., (1986) ...28

Tabela 2 – Número de folhas (NF), altura das plantas (AP), área foliar (AF) e acumulo de massa

seca total (MST) de plantas de melão Cucumis melo var. inodorus grupo amarelo (AM)

...31

Tabela 3 – Número de folhas (NF), altura das plantas (AP), área foliar (AF) e acumulo de massa

seca total (MST) de plantas de melão Cucumis melo var. inodorus grupo pele-de-sapo (PS)

...34

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

FSII Fotossistema II

ACCase Acetil-CoA Carboxilase AF Área foliar

AM Melão amarelo AP Altura de planta DAA Dias após aplicação

DXS 1-deoxi-D-xilulose-5p-sintase FDS Fitoeno dessaturase

FSI Fotossistema I

HPPH 4-hidroxifenil-piruvato oxigenasse MST Massa seca total

NF Número de folhas PQ Plastoquinona

PROTOX Protoporfirinogen oxidase

PS Melão pele-de-sapo

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 15

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 17

2.1. Aspectos gerais da cultura do melão ... 17

2.2. Controle de plantas daninhas na cultura do melão ... 18

2.3. Seletividade de herbicidas ... 20

2.4. Herbicidas aplicados em pré-emergência... 21

2.4.1. Herbicidas inibidores do Fotossistema II ... 21

2.4.2. Herbicidas inibidores de PROTOX ... 23

2.4.3. Herbicidas inibidores da síntese de ácidos nucléicos e de proteínas ... 24

2.4.4. Herbicidas inibidores da biossíntese de carotenoides ... 25

3. MATERIAL E MÉTODOS ... 27

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 29

4.1. Melão amarelo ... 29

4.2. Melão pele-de-sapo ... 32

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 35

REFERÊNCIAS... 36

(15)

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1. INTRODUÇÃO

O maior potencial de produção de melão no Brasil está situado na região nordeste, principalmente em áreas semiáridas, onde há predomínio de altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar (SILVA, 2015) e precipitação pluviométrica. Estas condições climáticas são ideais para maior produtividade da cultura e produção de frutos com ótima qualidade (PEDROSA, 1997).

O melhor desempenho agronômico de uma espécie cultivada pode ser obtido pelo aprimoramento de técnicas de cultivo ou de introdução de novas tecnologias. Entre os fatores que interferem negativamente e contribui para a redução da produtividade na cultura destaca- se o manejo inadequado das plantas daninhas (SANTOS et al., 2015).

No cultivo do meloeiro, necessita-se controlar as plantas daninhas pelo menos durante o período crítico, para o melão não existem dados definitivos a respeito do período crítico, mas estima-se que esse período seja semelhante ao das outras hortaliças, ocorrendo entre 25% e 50%

do seu ciclo vegetativo (PEREIRA, 2003; DE AQUINO & CAJAZEIRA, 2008). Esse controle vem sendo realizado por vários métodos, que varia de acordo com o nível tecnológico e a capacidade de investimento do produtor, sendo utilizada com maior frequência o uso de polietileno, que, além de promover o controle das plantas daninhas, reduz a perda de água por evaporação (TEÓFILO et al., 2012).

Outro método de controle que pode ser utilizado é o químico, por meio do uso de herbicidas, é o método de controle mais prático e econômico de manejo de plantas daninhas, principalmente para cultivos mais tecnificados de grandes áreas ( MACIEL et al., 2014), além de possuir várias vantagens: menor dependência da mão-de-obra, eficiência mesmo em épocas chuvosas, controla as plantas daninhas na linha de plantio, não afeta o sistema radicular das culturas, permite o cultivo mínimo ou plantio direto e é eficiente, porque evita a propagação vegetativa (FREITAS et al., 2009), porém o uso inapropriado e desregular destes produtos pode causar resistência à seleção em espécies de plantas daninhas.

Apesar da importância da cultura no cenário de produção de frutas frescas, há poucas

opções de herbicidas seletivos para o melão. Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e

Abastecimento (AGROFIT, 2019), há apenas dois herbicidas registrados, Podium EW (Inibidor

da ACCase) e Profit (Inibidor da Biossintese de carotenóides). Rodrigues e Almeida (1995),

Lorenzi (1994) e Durigan (1992), recomendam o uso do DCPA (Dacthal) que é um inibidor da

divisão celular na cultura do melão.

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A seletividade é uma das características que condicionam a escolha de um herbicida e sua eficácia. É possível afirmar que a seletividade é influenciada pela interação entre os fatores inerentes às plantas (absorção, translocação, metabolização e estágio de crescimento), à molécula herbicida (dose, formulação, modo de aplicação e propriedades físico-químicas da molécula) e às condições ambientais (textura e água disponível no solo, temperatura e umidade relativa do ar, velocidade do vento e luminosidade), em que o conhecimento da influência desses fatores e uma diagnose precoce de sua ocorrência possibilitarão um maior êxito no manejo das plantas daninhas associado ao menor impacto ambiental (AZANIA; AZANIA, 2014).

O termo seletividade não é absoluto, porque depende da dose do herbicida, das

condições ambientais e do modo de aplicação (HARRISON; LOUX, 1995; OLIVEIRA JR. et

al., 2011). A seletividade dos herbicidas pode variar de uma espécie para outra e entre cultivares

dentro da mesma espécie, o que sugere o estudo da seletividade dos herbicidas para cada

variedade cultivada (MESQUITA, 2011). Na literatura, são praticamente inexistentes estudos

que comprovem a viabilidade de herbicidas aplicados em pré-emergência do melão. Por

conseguinte, objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito da aplicação de herbicidas em pré-

emergência para o melão amarelo e pele-de-sapo.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Aspectos gerais da cultura do melão

O melão (Cucumis melo L.) é uma das principais olerícolas cultivadas no mundo, em 2017 a área cultivada foi de aproximadamente 1,22 milhões de ha, com produção de 32,0 milhões de toneladas, o que proporcionou um rendimento médio de 19 t/ha. O maior produtor mundial é a China, responsável por cerca de 53% da produção mundial, sendo também o país que apresenta a maior área cultivada (490.327 ha). O Brasil ocupa a décima terceira posição no ranking mundial de produção desse fruto (FAO, 2019).

No Brasil, a produção de melão concentra-se principalmente nos Estados da região Nordeste, onde se produz cerca de 95% do melão produzido no país. Sendo uma das principais atividades agrícolas no semiárido brasileiro, com destaque para os estados do Rio Grande do Norte (RN) e Ceará (CE), maiores produtores e exportadores nacionais de melão, com uma produção de aproximadamente 62,13% e 13,07%, respectivamente, sendo o agropólo Mossoró- Assu (RN) com uma produção de 61,42% do total produzido na região Nordeste (APEX, 2014;

IBGE, 2017). A maior parte dos melões produzidos nesses estados é destinada a países da União Europeia, que se constitui em um mercado exigente por frutos de tamanho uniforme, polpa firme e, principalmente, com elevado teor de sólidos solúveis totais (ºBrix) (SALES JUNIOR et al., 2006; APEX, 2014).

Os principais melões produzidos comercialmente no Brasil pertencem a dois grupos: C.

melo inodorus Naud. e C. melo cantaloupensis Naud., sendo os tipos Amarelo, Orange Flesh e Pele-de-Sapo, os representantes do grupo inodorus; e os tipos Cantaloupe, Charentais e Gália os representantes do grupo cantaloupensis (NEGREIROS, 2015). Os frutos do primeiro grupo caracterizam-se por apresentar casca lisa ou levemente enrugada, coloração amarela, branca ou verde-escura. Os do segundo grupo apresentam frutos com superfície rendilhada, verrugosa ou escamosa, podendo ou não apresentar gomos, polpa aromática e de coloração alaranjada, salmão ou verde (CRISÓSTOMO et al., 2007).

A concentração da produção de melão na região Nordeste se dá pelas condições

edafoclimáticas favoráveis e localização geográfica privilegiada, a qual favorece exportação de

seus produtos para Europa e América do Norte (FERNANDES, 2010). Embora possua muitas

características favoráveis, existem muitos fatores que interferem negativamente a produtividade

do meloeiro nessa região, com destaque para as plantas daninhas.

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As plantas daninhas competem com a cultura por água, luz e nutrientes, hospedando pragas e doenças, além de dificultar a realização dos tratos culturais e colheita dos frutos podendo causar perdas de até 100% na produtividade de frutos comercializáveis de melão (TOMAZ, 2008).

2.2. Controle de plantas daninhas na cultura do melão

O controle de plantas daninhas nos campos de produção de melão vem sendo realizado principalmente através do controle químico, associado ao uso do filme de polietileno (mulching). A eficiência do mulching se dá pelo recobrimento do solo, suprimindo as plantas daninhas, e pela redução da perda de água por evaporação. Contudo foi verificada a ineficiência de controle das plantas daninhas na região próxima a planta, devido a exposição da cultura à incidência luminosa, permitindo o crescimento de plantas daninhas (TEÓFILO et al., 2012).

O controle químico consiste na aplicação de produtos químicos, naturais ou sintéticos, com propriedades herbicidas, e é uma técnica que visa interferir nos processos bioquímicos e fisiológicos das plantas daninhas, acarretando sua morte e/ou redução do seu desenvolvimento.

Dentre as vantagens do uso do controle químico com herbicidas, destacam-se: a eficiência e praticidade de controle, sendo considerado um método prático, rápido, mesmo considerando-se grandes áreas; tem menor dependência da mão de obra; evita interferência das plantas daninhas desde o início do ciclo da cultura; é seletivo para as culturas quando utilizado na dosagem recomendada (MACIEL, 2014).

O uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas na cultura do meloeiro tem sido bastante cogitado pelos pesquisadores, em resposta à elevada eficácia no controle e na redução de custos de produção. As informações encontradas, utilizadas pelos produtores referem-se a outras espécies Cucurbitáceas com o uso dos herbicidas DCPA e trifuralin em Cucurbita spp.

e Cucumis sativus. Os herbicidas DCPA e napropamide são registrados em outros países para controlar espécies daninhas na cultura da melancia sendo poucas referências encontradas no Brasil (OLIVEIRA et al., 2013; SONNENBERG, 1985; RODRIGUES E ALMEIDA, 1995).

A utilização de herbicidas constitui uma medida eficiente no controle das plantas

daninhas. No entanto, na cultura do melão trata-se de um método muito limitado, uma vez que

atualmente, no Brasil, tem-se apenas dois herbicidas registrados para a cultura, o Podium EW ®

(fenoxaprop-P-etílico), que controla exclusivamente gramíneas e o Profit ® (clomazona +

carfentrazona etílica) que é indicado unicamente para o controle de Bidens pilosa (AGROFIT,

2019).

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De maneira geral, antes da utilização dos herbicidas, todas as recomendações do rótulo de cada produto deverão ser consideradas e seguidas, sob cuidados de orientação técnica especializada. Após esse procedimento será determinada a estratégia para escolha da melhor dose e época de aplicação, uma vez que o planejamento inadequado pode inviabilizar o desenvolvimento da cultura, seja pela ineficiência do controle das plantas daninhas e/ou por fitointoxiação à cultura causada pelo próprio herbicida. O que realmente motivou a utilização massiva pelos agricultores em todo o mundo é a sua extraordinária característica de poder ser seletivo para várias culturas. Além disso, é importante ressaltar que os herbicidas podem sofrer interferência de fatores externos de difícil controle, como, por exemplo, época de aplicação, clima, solo e densidade de infestação (OLIVEIRA JR., 2011; SILVA et al., 2007; DEUBER, 2003).

Quanto à época de aplicação, herbicidas seletivos ou não, podem ser utilizados no controle da infestação das plantas daninhas antes do plantio e/ou semeadura da cultura, operação, denominada de dessecação, assim como para herbicidas seletivos em pré-plantio incorporado, pré-emergência da cultura e das plantas daninhas e em pós-emergência da cultura e plantas daninhas. Em alguns casos também existe a possibilidade de realizar a aplicação de herbicidas não seletivos em jato dirigido nas entrelinhas da cultura (MACIEL, 2014).

Os herbicidas pré-emergentes são aplicados no solo, antes da germinação das sementes das plantas daninhas, ou da emergência das plantas da cultura. Alguns dos herbicidas pré- emergentes necessitam ser incorporados ao solo. Esses herbicidas são, também, denominados residuais, porque deixam de ser resíduos no solo. Herbicidas pós emergentes seletivos à cultura são aplicados após a emergência das plantas e das plantas daninhas, e têm como objetivo controlar pequenas plântulas emergentes de plantas daninhas (SOMERVILLE et al., 2017).

A aplicação em pós-emergência pode ser ineficaz em áreas com elevados níveis de infestação inicial, podendo significar um controle tardio em virtude do estádio avançado de crescimento da planta daninha e da elevada sensibilidade da cultura à competição inicial (SILVA et al., 2015). Além disso, estudos demonstram que, em vários sistemas agrícolas, a evolução da resistência a herbicidas tem ocorrido mais rapidamente nos herbicidas aplicados em pós emergência que nos herbicidas de pré-emergência, e alguns herbicidas de pré- emergência permaneceram amplamente eficazes, mesmo que, em alguns casos, após décadas de uso frequente em áreas extensas (BROSTER, et al., 2011; BOUTSALIS et al., 2012; BUSI, 2014; OWEN et al., 2014).

Para escolha e aplicação desses produtos torna-se necessário ter conhecimento sobre o

histórico de ocorrência de plantas daninhas na área. O uso de herbicidas em pré-emergência

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oferece a vantagem do controle de plantas daninhas antes que possam competir com a cultura e provocar redução no rendimento da cultura. Assim, pesquisas voltadas à seletividade dos herbicidas aplicados em pré-emergência devem ser desenvolvidas a fim de favorecer a ampliação de alternativas ou estratégias de controle de plantas daninhas na cultura do meloeiro de forma a possibilitar o aumento da eficiência produtiva da cultura.

2.3. Seletividade de herbicidas

A seletividade expressa a capacidade de uma molécula herbicida matar ou retardar o crescimento das plantas daninhas de uma ou mais espécies e, em concomitância, de não prejudicar outras plantas de interesse comercial. Para uma mesma dose, os herbicidas seletivos são usados como ferramentas para matar as plantas daninhas ou ao menos retardar seu crescimento até que a cultura se torne dominante. O herbicida seletivo é aquele que controla plantas daninhas sem prejudicar severamente a cultura e os não seletivos são aqueles que afetam tanto as plantas daninhas quanto as cultivadas (KLINGMAN et al., 1975; DEUBER, 2003;

OLIVEIRA JR. et al., 2011).

A seletividade é um fator relativo e particularmente característico para uma complexa interação entre a planta, o herbicida e o meio ambiente no qual a planta se desenvolve, estando relacionada à tolerância diferencial. Por tratamento seletivo, entende-se aquele que controla plantas daninhas sem afetar a cultura que são de interesse, onde a seletividade do herbicida para a cultura ocorre até certo limite de dose. É considerada como uma medida da resposta diferencial de diversas espécies de plantas a um determinado herbicida. Na produção agrícola a seletividade é a base para o sucesso do controle químico de plantas daninhas (OLIVEIRA JR., 2001).

Mesmo quando aplicados na dose recomendada, os herbicidas podem ser considerados como pouco seletivos às culturas nos primeiros dias após a aplicação. É importante destacar que, mesmo causando danos num primeiro instante, o herbicida ainda pode ser considerado seletivo, desde que não prejudique o produto final (produção, teor de açúcar, % de óleo nas sementes, por exemplo (AZANIA; AZANIA, 2014).

Os efeitos fitotóxicos sobre a fisiologia da planta variam em função da quantidade de

herbicida absorvido e que chega às enzimas ou proteínas específicas, podendo ser o suficiente

ou não para que a fitointoxicação se manifeste. Plantas tolerantes a herbicidas possuem rotas

metabólicas específicas que previnem possíveis danos causados por esses produtos químicos

(YUAN et al., 2006).

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O herbicida seletivo, depois de aplicado, entra em contato com as plantas daninhas e cultura simultaneamente e passa a ser influenciado pelo metabolismo de cada espécie. Por sua vez, fica sujeito à capacidade específica de cada planta em absorver; translocar e metabolizá- los, além da influência do estágio de crescimento e das condições climáticas (GALON et al., 2009). O somatório de todos os fatores determina a tolerância de cada espécie, e aquelas que não sofrem injúrias são consideradas plantas tolerantes e as que sofrem são as suscetíveis (OLIVEIRA JR et al., 2011).

Após a emergência das plantas, a idade da planta daninha ou cultura poderá determinar a seletividade do herbicida, já que, geralmente, nas plantas mais jovens a ação do herbicida é mais rápida que nas plantas mais velhas. Nas plantas jovens há menor quantidade de tecidos especializados e intensa atividade enzimática que favorecem a dinâmica do herbicida (DEUBER, 2003).

A menor quantidade de tecidos especializados implica estruturas anato-morfológicas pouco definidas, o que favorece a mais rápida absorção e a translocação das moléculas do herbicida no interior da planta. Os herbicidas são mais tóxicos em plantas de crescimento rápido pelo fato de estas apresentarem maior porcentagem de tecidos novos que ainda não se diferenciaram (KLINGMAN et al., 1975).

2.4. Herbicidas aplicados em pré-emergência

As cucurbitáceas são culturas sensíveis que apresentam tolerância moderada a um número limitado de famílias de herbicidas (WILLS; PUTMAN, 1986). Dentre os herbicidas que apresentam potencial para uso em pré-emergência na cultura do meloeiro destacam-se diuron, linuron, ametrin e metribuzin (inibidores de fotossistema II), flumioxazin, oxyfluorfen, sulfentrazone, oxadiazon (inibidores de Protox), S-Metolachlor (inibidores da síntese de ácidos nucléicos e proteínas) e clomazone (inibidor da síntese de carotenoides).

2.4.1. Herbicidas inibidores do Fotossistema II

O grupo dos inibidores do FSII engloba alguns dos herbicidas mais antigos em uso. A ação seletiva dos herbicidas inibidores do fotossistema II (FSII) foi descoberta na década e 1950 e compreende nos dias atuais um dos grupos de herbicidas mais utilizados mundialmente para controle de plantas daninhas (VIDAL; MEROTTO JR., 2001).

As propriedades de adsorção ao solo dos inibidores de FSII são variáveis e dependentes

do pH e do teor de matéria orgânica do solo. A adsorção de atrazine e da cianazine aumenta

com a acidez do solo e com o teor de matéria orgânica. Já o metribuzin é pouco móvel em solo

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com alto teor de matéria orgânica, porém sua mobilidade aumenta em solos com pH alto.

Alguns dos herbicidas inibidores do FSII, como a atrazine, estão sujeitos à fotodecomposição na superfície do solo. A volatilidade desses compostos em geral é baixa, tanto na superfície do solo como nas plantas (ROMAN et al., 2007)

Os pigmentos, as proteínas e outras substâncias químicas envolvidas na reação da fotossíntese estão localizados nos cloroplastos. Os herbicidas inibidores do FSII atuam como análogos as plastoquinonas, competindo com as próprias plastoquinonas para se ligarem a proteína D1 do FSII no sítio de ligação QB. Consequentemente, o transporte de elétrons é inibido, pois embora a QA esteja reduzida mediante a iluminação, esta não pode ser oxidada pela plastoquinona (QB), pois o sítio de ligação está ocupado pelo herbicida. Por fim, resulta na paralisação de produção de NADPH e ATP e interrompe a fixação de carbono, levando a inanição de carboidratos e ao estresse oxidativo (FERREIRA, et al., 2005; JONES, 2005;

POWLES; YU, 2010).

No processo de transporte de elétrons entre os FSII e fotossistema I (FSI), a plastoquinona desempenha um papel chave. Em condições normais a plastoquinona se liga em seu sítio específico na proteína D1 do FSII, denominado de sítio QB, e com a sua ligação procede- se o fluxo de elétrons normalmente entre o FSII e o complexo do citocromo b6f. No entanto, este sítio de ligação QB na proteína D1 no FSII é considerado não seletivo, pois podem acomodar várias outras substâncias inibidoras do FSII, como é o caso de alguns herbicidas (DAYAN & ZACCARO, 2012).

Para uma boa atuação de um herbicida no controle de plantas, é necessário que o ingrediente ativo alcance o local de ação na planta em concentração suficiente para que ocorra o controle. Baixas concentrações de um herbicida no local de ação podem ocorrer em virtude da redução no tempo de retenção do herbicida pela superfície da folha e redução da absorção e/ou translocação do herbicida pela planta, ou por causa da ocorrência de fenômenos de sequestração em organelas celulares onde o herbicida permanece metabolicamente inativo (POWLES; HOLTUM, 1994). A deficiência de movimentação do herbicida na planta, em razão da absorção e/ou translocação reduzidas, pode ser a causa da tolerância ou seletividade em inúmeras culturas e plantas daninhas (LADLIE, 1991).

Plantas daninhas aspergidas pelos inibidores do FS II morrem pela inibição da reação

luminosa da fotossíntese. Entretanto, o efeito que as leva à morte parece ser mais pronunciado

quando as plantas estão na presença de luz do que quanto pulverizadas e mantidas no escuro. A

clorose foliar observada após a aspersão do herbicida se deve ao dano à membrana das células

causado pela peroxidação de lipídios (SENSEMAN, 2007).

(23)

23

Os herbicidas são aplicados normalmente no solo, deve-se procurar por plântulas que emergiram para tentar identificar os seguintes sintomas. Quando os herbicidas inibidores de FSII são aspergidos em plântulas, os sintomas são identificados primeiramente em folhas mais velhas. Eles se caracterizam por necrose nas internervuras e nas bordas foliares (escurecimento) que progridem, da borda para o centro, levando à paralisação do crescimento e posterior morte da planta. Em geral, as margens externas das folhas inferiores são mais afetadas e, se a folha inteira se tornar amarela, algumas nervuras podem permanecer verdes e pode-se observar inibição do crescimento das plantas, como consequência secundária da inibição da fotossíntese (VIDAL; MEROTTO JR., 2000).

2.4.2. Herbicidas inibidores de PROTOX

Os herbicidas inibidores da enzima protoporfirinogen oxidase (PROTOX) perfazem quase uma dezena de ingredientes ativos comercializados no Brasil. A Protox encontra-se nos cloroplastos e mitocôndrias das células vegetais e é a última enzima comum às rotas de produção da síntese da clorofila e de compostos heme. Sendo assim, sua inibição é capaz de afetar a produção dos compostos de ambas as rotas. Quando no interior das células, esses herbicidas causam o acúmulo de compostos que interagem com luz e oxigênio (compostos fotodinâmicos) para sintetizar espécies altamente reativas de oxigênio, principalmente oxigênio singleto. (VIDAL et al., 2014)

Inicialmente, descobriu-se que a ação dos compostos fotodinâmicos estava relacionada à geração de radicais livres, já que a adição de substâncias varredoras de radicais livres (scavengers), como o α-tocoferol, reduzia a eficácia dos herbicidas. De acordo com Hess (2000), a descoberta do mecanismo de ação do grupo químico difeniléter, o mais antigo dos herbicidas inibidores da Protox, ocorreu no transcorrer de muitos anos e envolveu várias etapas e muitas descobertas científicas.

Depois de várias pesquisas, descobriu-se que a acumulação do tetrapirrole denominado protoporfirina IX era a chave para entender o mecanismo de ação dos inibidores da Protox. A enzima Protox converte a protoporfirinogen IX em protoporfirina IX (MARTRINGE et al., 1989).

A inibição de Protox é competitiva e se dá de forma reversível, ou seja, pode ser

revertida com aumento da concentração do substrato. Os vários inibidores da Protox se

sobrepõem no sítio de ação da enzima, com capacidade de deslocarem uns aos outros

(MARTRINGE, 1992).

(24)

24

Na maior parte das plantas intactas, a luz estimula o acúmulo de protoporfirina IX após a aplicação de inibidores da Protox (BECERRIL et al., 1992). A protoporfirina IX acumulada no citoplasma reage com luz e oxigênio molecular para produzir elevados níveis de formas reativas de oxigênio, principalmente o oxigênio singleto ( 1 O 2 ), o ânion superóxido (O 2 - ) e o peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ). Essas formas reativas de oxigênio promovem o estresse oxidativo, com extravasamento de água e íons, interrupção da fotossíntese e branqueamento de pigmentos dos cloroplastos (MATSUMOTO, 2002).

Os sintomas da ação dos inibidores da Protox são decorrentes dos efeitos desencadeados pelas formas reativas de oxigênio. Os sintomas são rápido branqueamento, dessecação e necrose de tecidos das plantas. A evolução dos sintomas geralmente ocorre em até dois dias após a aplicação dos herbicidas. O desencadeamento de necrose pelas formas reativas de oxigênio não está bem esclarecida, podendo se dever a uma rápida destruição de todas as membranas das células, provocando, portanto, a morte celular, ou também em virtude da indução de apoptose (KILINC et al., 2009).

Os sintomas são variáveis ainda em função da espécie vegetal, pois espécies distintas desenvolvem mecanismos de tolerância diferenciados aos herbicidas. Também dependem de condições de ambiente como a disponibilidade de radiação solar, pois são herbicidas dependentes de luz, sendo variáveis ainda em função da concentração que atinge o alvo. A aplicação de subdoses de inibidores da Protox gera branqueamento foliar sem gerar a morte da planta, enquanto a aplicação de dose ótima leva à rápida necrose e morte (FAUSEY; RENNER, 2000; KILINC et al., 2009).

2.4.3. Herbicidas inibidores da síntese de ácidos nucléicos e de proteínas

Os herbicidas de acetamidas são usados em pré-emergência ou com incorporação pouco profunda para controlar gramíneas anuais e algumas plantas daninhas de folhas largas em uma série de culturas. As acetamidas não controlam plantas que já tenham emergido. O sítio primário de ação desses herbicidas, nas espécies de folhas largas, são as raízes, enquanto o sítio primário de absorção e ação em gramíneas é a parte aérea emergente. As acetamidas não são prontamente translocadas na planta, logo o local de aplicação do herbicida e sua disponibilidade são pontos importantes. Assim como ocorre com os carbamotioatos, o mecanismo de ação das acetamidas não é bem conhecido, mas parece ser similar àquele. Esses herbicidas afetam vários processos bioquímicos na planta e interferem no desenvolvimento foliar (PETERSON et al., 2001)

A ação fitotóxica desses herbicidas acontece pela inibição da síntese de proteínas nos

meristemas apicais da parte aérea e das raízes em espécies suscetíveis. Essa inibição resulta na

(25)

25

paralisação do desenvolvimento e da divisão celular, no aumento de tamanho das células, causando a inibição do crescimento da raiz e da parte aérea. Também afetam a elongação foliar, a síntese de lipídeos e a formação da cutícula foliar. (University of Minnesota, 2009).

As cloroacetamidas controlam plântulas de muitas gramíneas anuais e algumas dicotiledôneas antes ou logo após a emergência. Aplicadas isoladamente, apresentam controle insuficiente de dicotiledôneas. Em áreas tratadas com cloroacetamidas, as sementes das plantas sensíveis iniciam o processo germinativo, mas não chegam a emergir e, quando o fazem, apresentam deformações. A absorção desses produtos é, aparentemente, pelas raízes em dicotiledôneas, e pelo epicótilo, em gramíneas.

2.4.4. Herbicidas inibidores da biossíntese de carotenoides

Os carotenoides são pigmentos importantes na formação do sistema de “antena”

presente no cloroplasto para a captura de energia luminosa, com isso absorvem o excesso de luz protegendo a clorofila da fotoxidação e bloqueando parte do transporte de elétrons da fotossíntese, em nível de fotossistema II (DALL'OSTO et al., 2007; AOCS, 2019). Além disso, eles apresentam ação fotoprotetora importante para a clorofila e diversas proteínas presentes no cloroplasto. O herbicida clomazone inibe a enzima DXS a qual é uma das primeiras etapas da rota de síntese dos carotenoides no cloroplasto das plantas, onde a rota é muito extensa e envolve quase duas dúzias de enzimas (KRUSE, 2001; SENSEMAN, 2007).

Quando os carotenoides estão ausentes e as plantas são expostas à luz, o excesso de energia não adequadamente dissipada produzem espécies reativas de oxigênio e clorofilas no estado triplet, o que causa danos às plantas devido a peroxidação de lipídios das membranas celulares, podendo provocar até mesmo a morte das plantas (DARWISH et al., 2015).

Por atuarem diretamente na enzima DXS ou por inibirem as enzimas HPPH e indiretamente a enzima FDS, os herbicidas inibem a síntese de carotenoides. Senseman (2007) afirma que os carotenoides são necessários para absorverem o excesso de energia da clorofila, após a excitação pela luz. A partir dos carotenoides, os vegetais sintetizam dois importantes reguladores de crescimento: giberelina e ácido abscísico. A partir dos produtos da HPPH é originada a vitamina E.

É importante frisar que a ausência de carotenoides também favorece a formação de

radicais livres. A enzima HPPH converte um subproduto do aminoácido tirosina e produz os

precursores de plastoquinona que é um cofator da ação da enzima FDS. Na ausência de PQ, a

enzima FDS tem a sua atividade reduzida, o que impacta a sequência da rota de síntese de

(26)

26

carotenoides, por impedir as dessaturações (perda de um próton e formação de duplas ligações) das moléculas de fitoeno (HESS, 2000; VIDAL et al, 2014).

A ação dos herbicidas inibidores da síntese de carotenoides ocasiona diversos distúrbios

nos vegetais. Todavia, sem carotenoides, em tecidos vegetais jovens ocorre fotodegradação da

clorofila. As plantas suscetíveis, quando tratadas com esses herbicidas, produzem folhas

albinas, ou seja, perdem a cor verde. O crescimento das plantas tratadas com os herbicidas

inibidores de pigmentos continua por alguns dias; contudo, devido à falta de clorofila, as plantas

não conseguem se manter. Assim, o crescimento cessa e começam a surgir manchas necróticas

(HESS; BRIDGES, 2003; SENSEMAN, 2007).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) em Mossoró-RN no período de outubro a novembro de 2016. O clima da região é classificado como seco e muito quente segundo a classificação Köppen (BSwh’), com uma estação chuvosa de fevereiro a maio e a estação seca que vai geralmente de junho a janeiro (CARMO FILHO et al., 1991). Durante a execução dos experimentos a temperatura média foi de 28,5 °C, a umidade relativa do ar 65% e a precipitação de 2 mm de chuva (INMET, 2016).

Os experimentos foram realizados no delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições, 2x11, sendo os tratamentos constituídos por dois tipos de melões Cucumis melo var.

inodorus Naud., grupos varietais amarelo e pele-de-sapo e 10 herbicidas aplicados em pré- transplantio das mudas, mais uma testemunha sem aplicação.

Em vasos com 2,0 dm³ de solo foram aplicados os herbicidas flumioxazin (0,14 l ha -1 ), ametryn (0,5 l ha -1 ), sulfrentrazone (0,5 l ha -1 ), diuron (3,2 l ha -1 ), metribuzin (0,75 l ha -1 ), clomazone (0,5 l ha -1 ), s-metholochlor (1,5 l ha -1 ), oxyfluorfen (2,0 l ha -1 ) oxadiazon (3,0 l ha -

1 ) e linuron (1,0 l ha -1 ). Para a aplicação foi utilizado um pulverizador costal pressurizado com CO 2, munido de uma barra com duas pontas XR 110 02, espaçadas em 50 cm. A pressão de aplicação foi de 0,25 Mpa e o volume de calda utilizado de 160 l ha -1 . As mudas foram produzidas em bandejas de poliestireno com 200 células, utilizando substrato a base de fibra de coco e aos 10 dias após a emergência foram transplantadas nos vasos, 48 horas após a aplicação dos herbicidas.

Aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação foram realizadas avaliações visuais de

fitointoxicação nas plantas de melão utilizando-se uma escala de notas variando de 0 a 100, em

que zero correspondeu a ausência de sintomas característicos dos herbicidas e cem a morte das

plantas (FRANS et al. 1986) (Tabela 1). Aos 28 dias as plantas foram colhidas, e realizadas as

avaliações do número de folhas e altura de plantas, área foliar e massa seca.

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Tabela 1 - Escala de fitotoxicidade segundo Frans et al., (1986).

Escala Injúrias

0% Nenhuma

10% Leve descoloração

20% Alguma descoloração

30% Pronunciada, porém não permanente descoloração

40% Geralmente recupera-se

50% Recuperação lenta

60% Não recuperável

70% Grandes perdas na densidade

80% Planta quase destruída

90% Sobrevivem algumas plantas

100% Morte total da cultura

A altura das plantas foi medida com o auxílio de um paquímetro digital e uma fita métrica de 100 cm. Para aferição da área foliar foi utilizado o método dos discos foliares, que com o auxílio de um vazador de 0,9 cm de diâmetro (1,06 cm² de área) foram retirados 10 discos aleatoriamente de todas as folhas de uma planta, descartando-se as áreas de nervura mais espessa. As folhas e os discos levados à estufa a 65 ° C para determinação da massa. Os valores obtidos da massa seca das folhas e dos discos foram aplicados na formula AF = [(PF + PD) x AD]/PD, a qual AF foi a área foliar estimada (cm2 ), PF a massa seca da folha (g), PD a massa seca dos discos (g) e AD a área conhecida do disco retirado da folha (1,06 cm 2 ) (SOUZA et al., 2012). Para a obtenção da massa seca, as raízes, os caules e as folhas foram levados à estufa com circulação forçada de ar a 65 ° C durante 72 horas até a obtenção de massa seca constante.

Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância pelo teste F e, em caso de significância os dados foram comparados pelo teste de Scott-Knott a 0,05 de probabilidade.

Para os casos de significância da interação entre os fatores estudados realizaram-se os

desdobramentos das interações entre os grupos varietais e os herbicidas aplicados. Para as

análises estatísticas foi utilizado o software Sisvar 5.6 (FERREIRA, 2011).

(29)

29

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Melão amarelo

Aos 7 DAA os herbicidas clomazone, oxyfluorfen, linuron e flumioxazim causaram baixa fitointoxicação, com taxas inferiores a 20%, entretanto os herbicidas diuron, ametrina e oxadiazon causaram às plantas de melão amarelo aos sete dias após a aplicação (DAA) índices superiores a 90% (Figura 1). A fitointoxicação das plantas de melão amarelo foram aumentando ao longo do desenvolvimento da cultura.

Esses resultados corroboram com Carvalho et al. (2012) no qual o herbicida hexazinone, que é um herbicida inibidor do FSII, assim como os herbicidas diuron e ametrina, causou aproximadamente noventa por cento de fitointoxicação em Cucumis sativus. Resultado semelhante foi encontrado por El-Nahhal e Hamdona (2015), quando estudando a fitotoxicidade do diuron no Triticum, Cucumis melo e Corchorus olitorius, constataram que o herbicida resultou em maior nível de fitotoxicidade na cultura do melão.

A fitointoxicação ocasionada pelo herbicida oxadiazon por ser um herbicida inibidor da PROTOX, causa rápido branqueamento, dessecação e necrose de tecidos das plantas. Esse resultado corrobora com Vidal et al. (2000) que em experimento com Cucumis melo e Cucumis sativus foram observados sintomas de manchas necróticas nas folhas, assemelhando-se aos herbicidas de ação tópica, como os produzidos como inibidores de PROTOX.

Aos 14 e aos 21 dias DAA, constatou-se que o herbicida clomazone foi o que apresentou

menor fitointoxicação, seguido de oxyfluorfen e sulfentrazone, com percentuais de

aproximadamente 10% e 15%; 40% e 45%; 60% e 65%, respectivamente (Figura 1). No

entanto, o índice de fitointoxicação dos herbicidas S-metholachlor, flumioxazin, metribuzin e

linuron cresceram junto com o desenvolvimento da cultura, com taxas superiores a 90% (Figura

1). Resultado semelhante foi encontrado por Lagoke et al. (1983), onde, o linuron controlou as

plantas daninhas, mas o melão não foi tolerante e Cantamutto et al. (1996) constatou que o

metribuzin não é recomendado para aplicação em pré-transplantio do melão devido ao seu

efeito fitotóxico severo.

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30

Figura 1 - Fitointoxicação em plantas de melão Cucumis melo var. inodorus grupo amarelo (AM) sob aplicação de herbicidas em pré-emergência.

C lo m a zo n e Ox y flu o rfe n S u lfen tra zo n e L in u ro n M e tri b u zi m S -M e tol a ch lo r D iu ro n A m e tri n a Ox a d ia zo n Fl u m io xa zi n

F itointox icação (%)

0 20 40 60 80 100

120 7 DAA

14 DAA 21 DAA 28 DAA

Na avaliação aos 28 DAA, os herbicidas clomazone, oxyfluorfen e sulfentrazone mantiveram os menores índices de fitotoxicidade com aproximadamente 20%, 50% e 75%, respectivamente. Esses produtos apresentaram maior potencial seletivo para o melão amarelo, porém os altos níveis de intoxicação vistos para o oxyfluorfen e sulfentrazone indicam que a dose precisa ser reduzida para o uso desses produtos na cultura (Figura 1). Resultados similares foram encontrados por Bellinder et al. (1993), em avaliação da eficiência do oxyfluorfen para controlar plantas daninhas em cucurbitáceas, em que verificou que o melão apresentou tolerância ao herbicida em questão em todas as doses testadas.

O número de folhas por planta apresentou resultados semelhantes para o tratamento com

oxyfluorfen, quando comparados com a testemunha. Já para os tratamentos com sulfentrazone

e clomazone verificou-se valores inferiores a testemunha, devido a ação desses herbicidas sob

a cultura. A altura das plantas não foi afetada pelos tratamentos em questão, ou seja, não diferiu

estatisticamente da testemunha. Pôde-se observar que a área foliar encontrada nos tratamentos

(31)

31

de sulfentrazone, oxyfluorfen e clomazone obteve maiores valores que a testemunha. Entretanto a massa seca encontrada obteve valores menores que a testemunha, um reflexo da intoxicação causada pelos herbicidas, cujo o baixo teor de matéria seca pode estar relacionada aos efeitos dos herbicidas inibidores da PROTOX (sulfentrazone e oxyfluorfen) com efeito direto na síntese de clorofila (Tabela 2). Os danos causados pelos inibidores da Protoporfirinogênio Oxidase podem não ter afetado a estrutura celular devido à produção de espécies reativas de oxigênio (LANGARO, et al., 2017).

Tabela 2 - Número de folhas (NF), altura das plantas (AP), área foliar (AF) e acumulo de massa seca total (MST) de plantas de melão Cucumis melo var. inodorus grupo amarelo (AM).

Mossoró, RN, UFERSA, 2019.

Tratamentos

Número de folhas (nº planta -1 )

Altura de planta (cm)

Área foliar (cm²)

Massa seca de plantas (g

planta -1 )

Linuron 0,00 c* 0,00 b 0,00 b 0,00 c

Metribuzin 0,00 c 0,00 b 0,00 b 0,00 c

S-Metolhoclor 0,00 c 0,00 b 0,00 b 0,00 c

Diuron 0,00 c 0,00 b 0,00 b 0,00 c

Ametrina 0,00 c 0,00 b 0,00 b 0,00 c

Oxadiazon 0,00 c 0,00 b 0,00 b 0,00 c

Flumioxazim 0,00 c 0,00 b 0,00 b 0,00 c

Sulfentrazone 6,20 b 8,90 a 0,9420 a 0,525 b

Oxyfluorfen 8,0 a 10,10 a 0,8788 a 0,918 b

Clomazone 6,40 b 11,50 a 0,7935 a 0,629 b

Testemunha 8,4 a 9,80 a 0,3325b 2,207 a

C.V. (%) 23,58 24,85 16,53 14,54

*Médias seguidas de mesmas letras não diferiram pelo teste de Scott-Knott a 0,05 de probabilidade. Médias

transformadas por raiz √𝑥 + 0,5. CV: coeficiente de variação.

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32

4.2. Melão pele-de-sapo

Os herbicidas metribuzin e ametrina causaram altos índices de fitointoxicação em melão pele-de-sapo aos 7 DAA, com taxas de aproximadamente 90%; o herbicida diuron, ocasionou morte das plantas de melão pele-de-sapo no mesmo período, com uma taxa de fitointoxicação de 100% (Figura 2). Esses resultados corroboram com Cantamutto et al. (1996), em que foi verificado que o herbicida metribuzin ocasionou elevados graus de fitointoxicação na cultura do melão transplantado e com Rocha et al. (2013) que foram obtidos elevados índices de injúrias causadas por diuron em (Cucumis sativus). Por ficarem em um maior grau de atividade no solo, o diuron é mais resistente à biodegradação em sistemas de solo e água, causando maiores danos às plantas sensíveis (SAFI et al., 2014).

Os herbicidas S-metholochlor, oxadiazon, sulfentrazone e oxyfluorfen causaram danos moderados, com taxas entre 40% e 50%, sendo observadas clorose e necrose nas folhas. Os tratamentos com linuron, flumioxazin e clomazone causaram baixa intoxicação nesta avaliação (Figura 2). Segundo Bellinder et al., (1993) as injúrias causadas por oxyflorfen são mais pronunciadas em cucurbitáceas quando as plantas são transplantadas ainda com as folhas cotiledonares.

Na avaliação dos 14 e dos 21 DAA os tratamentos com metribuzin, diuron, S-

metholochlor, ametrina e linuron causaram injúrias entre 90% e 100% onde causaram a morte

das plantas. Já os tratamentos com flumioxazin, oxyfluorfen e clomazone não causaram a morte

das plantas para esta avaliação, porém aos 28 DAA a taxa de intoxicação por esses herbicidas

teve um crescimento de aproximadamente 20% em relação às avaliações anteriores. A partir da

avaliação dos 14 DAA, o tratamento com sulfentrazone causou fitointoxicações elevadas, entre

80% e 100% (Figura 2). Os dados obtidos estão de acordo com Cohen et al. (2008), em que foi

verificado que o sulfentrazone afetou muito o desenvolvimento de plantas de Citrullus lanatus,

não sendo indicado para o uso em cucurbitáceas. Os resultados encontrados estão em

conformidade com Nosratti (2017) onde a aplicação de metribuzin no solo reduziu

significativamente o crescimento das espécies de Curcubita spp. examinadas.

(33)

33

Figura 2 - Fitointoxicação em plantas de melão Cucumis melo var. inodorus grupo pele-de- sapo (PS) sob aplicação de herbicidas em pré-emergência.

C lo ma zon e O xy fluo rfen Su lfen tra zon e L in u ro n Me trib u zim S- Me tola chlo r D iu ro n Ame trin a O xad ia zon Flu mio xazin

Fit oint ox icação (% )

0 20 40 60 80 100

120 7 DAA

14 DAA 21 DAA 28 DAA

Para as plantas de melão pele-de-sapo que apresentaram seletividade para os herbicidas

analisados, observou-se que, o número de folhas foi influenciado pelos tratamentos com

aplicação dos herbicidas oxadiazon, sulfentrazone, flumioxazin e clomazone, com valores

inferiores à testemunha, cuja a redução pode ser explicada pela queda das folhas à ação dos

produtos. Já para o tratamento com oxyfluorfen, não foi verificada diferença estatística quando

comparada a testemunha. A área foliar das plantas submetidas a tratamento com herbicidas se

manteve inalterada em relação à testemunha, com exceção do sulfentrazone que resultou em

uma AF menor que as demais, diferindo estatisticamente da testemunha (Tabela 3).

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Tabela 3 - Número de folhas (NF), altura das plantas (AP), área foliar (AF) e acúmulo de massa seca total (MST) de plantas de melão Cucumis melo var. inodorus grupo pele-de-sapo (PS).

Mossoró, RN, UFERSA, 2019.

Tratamentos

Número de folhas (nº planta -1 )

Altura de planta (cm)

Área foliar (cm²)

Massa seca de plantas (g

planta -1 )

Linuron 0,00 e* 0,00 e 0,0000 b 0,000 e

Metribuzin 0,00 e 0,00 e 0,0000 b 0,000 e

S-Metolachlor 0,00 e 0,00 e 0,0000 b 0,000 e

Diuron 0,00 e 0,00 e 0,0000 b 0,000 e

Ametrina 0,00 e 0,00 e 0,0000 b 0,000 e

Oxadiazon 5,00d 6,50 d 0,3249 a 0,632 d

Flumioxazim 7,00 b 9,00 c 0,3407 a 0,978 c

Sulfentrazone 5,60 d 7,80 c 0,1121 b 0,538 d

Oxyfluorfen 8,00 a 10,20 b 0,5291 a 1,078 c

Clomazone 7,20 b 14,00 a 0,2078 a 2,225 b

Testemunha 8,80 a 11,10 b 0,3325 a 3,554 a

C.V. (%) 18,67 10,18 18,76 13,20

*Médias seguidas de mesmas letras não diferiram pelo teste de Scott-Knott a 0,05 de probabilidade. Médias transformadas por raiz √𝑥 + 0,5. CV: coeficiente de variação.

Em comparação com a testemunha sem aplicação de herbicida, os tratamentos com os herbicidas oxadiazon, sulfentrazone e flumioxazin causaram redução na altura e massa seca total das plantas de melão pele-de-sapo, com exceção do clomazone que causou uma altura de planta maior que a testemunha, onde foi atestado que mesmo que o herbicida tenha causado quedas nas folhas, isso não interferiu diretamente no crescimento das plantas (Tabela 3).

Schreiber et al. (2013) comprovaram em testes com plantas de Cucumis melo e Cucumis sativus

que após a aplicação de clomazone em diversas formulações, não houve redução da biomassa

dessas plantas, ressaltando a tolerância diferenciada das cucurbitáceas.

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35

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os tratamentos com sulfentrazone, oxyfluorfen e clomazone possuem potencial seletivo para a cultura onde compreenderam as menores interferências no crescimento inicial nas plantas de melão amarelo, sendo necessária a adequação das doses de aplicação para serem empregados em testes de seletividade.

Os herbicidas clomazone e oxyfluorfen foram os melhores tratamentos diante dos

testados, com grande potencial para testes de seletividade, pois ocasionaram menor ingerência

sobre o crescimento inicial das plantas de melão pele-de-sapo.

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REFERÊNCIAS

AGÊNCIA BRASILEIRA DE PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES E INVESTIMENTOS – APEX BRASIL. Perfil Exportador de Melões Brasileiros. 2014. 49p.

AGROFIT, AGROFIT. Sistema de agrotóxicos fitossanitários. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento., 2019. Disponível em:

<http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons> Acesso em 14/02/2019.

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http://lipidlibrary.aocs.org/Biochemistry/content.cfm?ItemNumber=40302 >. Acesso em: 14- 02-2019.

AZANIA, C. A. M.; AZANIA, A. A. P. M. Seletividade de Herbicidas. In: MONQUERO, P.

A. (Org). Aspectos da Biologia e Manejo das Plantas Daninhas. São Carlos – SP: RiMa, 2014. p. 217-233.

BECERRIL, J. M.; DUKE, M. V.; DUKE, S. O. Light controlo of porphyrin accumulation in acifluorfen-methyl-treated Lemna pausicostata. Physiol. Plant., v. 86, n. 1, p. 6-16, 1992.

BELLINDER, R. R; BINNING, L. K; YOURSTONE, K. S; BONANNO, A. R; GORSKI, S.

F; MAJEK, B. A; NEARY, P. E; BARON, J. J; HOLMDAL, J; WALLAC, R. W.

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