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Aula 00. Administração Pública. Administração Pública Evolução da Administração Pública Professor: Marcelo Camacho

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Aula 00

Administração Pública

Evolução da Administração Pública Professor: Marcelo Camacho

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Olá, pessoal!

Estou aqui para estudar com vocês o conteúdo de NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO para o concurso de AGENTE PENITENCIÁRIO- MA. Meu nome é Marcelo Camacho, sou Sociólogo e Tecnólogo em Recursos Humanos. Tenho 45 anos e atuo na área de Recursos Humanos há 19 anos. Atualmente exerço o cargo de Analista de Gestão em Saúde, perfil Gestão do Trabalho, na FIOCRUZ, aqui no Rio de Janeiro. Também já exerci o cargo de Analista de Ciência & Tecnologia, perfil Recursos Humanos, no Instituto Nacional do Câncer (INCA).

O concurso será organizado pela FUNCAB e a prova será realizada no dia 24/04/2016. Já é hora de iniciar a preparação! Resolveremos questões da FUNCAB e de outras bancas como FCC e ESAF também. Isto vai garantir que estejamos afiados com estes itens para a prova. As questões trabalhadas serão sempre as mais recentes.

Conseguir a aprovação em um concurso disputado, com bons salários, como este exige muita dedicação e atenção em detalhes.

Adoto a seguinte dinâmica nos meus cursos: apresento alguns pontos teóricos e veremos como as bancas cobraram estes assuntos em provas recentes. Além de comentar a resposta adequada para cada questão, irei também tecer comentários sobre as respostas consideradas erradas. No final da aula eu apresento a lista de questões e o gabarito.

“Ah, Marcelo, mas tem uma parte teórica muito chata e ás vezes extensa!!!”. Camaradas, não tem jeito, para dar conta de algumas afirmações precisamos entender conceitos. E para isto, precisamos estudar!! Estamos aqui para isto!

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Administração, Marcelo?”

Pessoal, o diferencial do curso é justamente trazer as perspectivas de diferentes autores num único lugar focando as questões da FUNCAB.

Recomendo que após o estudo das aulas, refaçam as questões sem consultar os gabaritos. A repetição é a mãe da retenção.

Então, animados?

Sempre digo que é necessário estudo e persistência pra conseguir aprovação em concursos públicos!

O conteúdo do curso e o cronograma das aulas será o seguinte:

Aula Conteúdo Programático Data

00 Patrimonialismo, Administração Burocrática,

Administração Gerencial (introdução) 03/02 01

Ética e Moral na Administração Pública. Conceito de Administração Pública e Serviço Público. Redes e

Parcerias. Estado em Rede

22/02

02 Patrimonialismo, Administração Burocrática,

Administração Gerencial 29/02

03

Finanças Públicas: atividade financeira do Estado; Planejamento e leis orçamentárias (Iniciativa, Elaboração, Apreciação e Votação dos projetos; prazos de apresentação e a vigência das Leis Orçamentárias);

Princípios Orçamentários

07/03

04

Gestão documental: manuseio de documentos e processos, documentos oficiais, segurança da

informação documental

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Sumário

1. Administração Pública: do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático. ... 5

1.1. Paradigma Pós-burocrático ou Administração Gerencial ... 20

2. Lista de Questões ... 39

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1. Administração Pública: do modelo racional-legal ao paradigma

pós-burocrático.

Segundo Bresser Pereira a administração pública em nosso país passou por três modelos diferentes: a administração patrimonialista, a administração burocrática e a administração gerencial.

Registre-se que o argumento de Bresser Pereira está fortemente influenciado pela teoria weberiana (Max Weber), que também influenciou outro autor brasileiro, Raimundo Faoro, que escreveu o livro “Os donos do poder”. Neste livro, Faoro, na mesma perspectiva weberiana, demonstra as etapas de administração patrimonialista e burocrática.

Essas modalidades surgiram sucessivamente ao longo do tempo, não significando, porém, que alguma delas tenha sido definitivamente abandonada.

Na administração pública patrimonialista, própria dos Estados absolutistas europeus do século XVIII, o aparelho do Estado é a extensão do próprio poder do governante e os seus funcionários são considerados como membros da nobreza. O patrimônio do Estado confunde-se com o patrimônio do soberano e os cargos são tidos como prebendas (ocupações rendosas e de pouco trabalho). A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. Segundo o Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, de Bresser Pereira:

No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas. A res publica não é diferenciada das res principis. Em

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conseqüência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo momento histórico, a administração patrimonialista torna-se uma excrescência inaceitável.

A administração pública burocrática surge para combater a corrupção e o nepotismo do modelo anterior, do Patrimonialismo. São princípios inerentes a este tipo de administração a impessoalidade, o formalismo, a hierarquia funcional, a idéia de carreira pública e a profissionalização do servidor, consubstanciando a idéia de poder racional-legal.

Max Weber, sociólogo alemão, estudou a sociedade de classes oriunda da Revolução Industrial e sua forma de organização, a burocracia. A burocracia, de acordo com Weber, seria uma forma de dominação, possuindo um ethos racional oriundo da cultura protestante, que teria causado uma influência decisiva na evolução da sociedade moderna. Um conceito central no trabalho de Weber é o de Dominação.

Segundo o autor, Dominação significa a probabilidade de encontrar obediência para ordens específicas (ou todas) dentro de determinado grupo de pessoas sendo definida, em seu aspecto sociológico, como:

uma situação de fato, em que uma vontade manifesta (‘mandado’) do ‘dominador’ ou dos ‘dominadores’ quer influenciar as ações de outras pessoas (do ‘dominado’ ou dos ‘dominados’), e de fato as influencia de tal modo que estas ações, num grau socialmente relevante, se realizam como se os dominados tivessem feito do próprio conteúdo do mandado a máxima de suas ações (‘obediência’).

Weber fala que “há três tipos puros de dominação legítima”. Quando ele fala em “puros”, ele se refere a “tipos-ideais”, ou seja, uma abstração teórica que não existe no plano concreto, na realidade. Ideal não quer dizer que é bom, mas que contém as características essenciais do conceito em análise.

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legitimidade, que pode ser, primordialmente:

a) dominação racional (legal): baseada na crença na legitimidade das ordens estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, estão nomeados para exercer a dominação;

b) dominação tradicional: baseada na crença cotidiana na santidade das tradições vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que, em virtude dessas tradições, representam a autoridade;

c) dominação carismática: baseada na veneração extracotidiana da santidade, do poder heróico ou do caráter exemplar de uma pessoa e das ordens por esta reveladas ou criadas.

Vejamos em detalhes cada um destes tipos de dominação

Dominação Tradicional: o critério para a aceitação da dominação é a tradição, ou seja, os valores e crenças que se perpetuam ao longo de gerações. O Rei governa o Estado porque seu pai era rei, assim como seu avô, seu bisavô, etc. Fundamenta-se na crença da inviolabilidade daquilo que foi assim desde sempre, a crença na rotina de todos os dias como uma inviolável norma de conduta.

É um tipo de dominação extremamente conservador. Aquele que exerce a dominação tradicional não é simplesmente um superior hierárquico, mas um “senhor”, e seus subordinados, que constituem seu quadro administrativo, não

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são “funcionários”, mas servidores, entre os quais encontramos os nobres, os empregados domésticos, os escravos, os colonos, os servos, os vassalos, os favoritos, etc.

Não se obedece a estatutos, mas à pessoa indicada pela tradição ou pelo senhor tradicionalmente determinado. As ordens são legítimas de dois modos:

1- em parte em virtude da tradição que determina inequivocamente o conteúdo das ordens, e da crença no sentido e alcance destas, cujo abalo por transgressão dos limites tradicionais poderia pôr em perigo a posição tradicional do próprio senhor.

2- em parte em virtude do arbítrio do senhor, ao qual a tradição deixa espaço correspondente.

Dominação Carismática: é a que tem por origem o “carisma”, uma qualidade extraordinária e indefinível de uma pessoa. Weber define carisma como:

Uma qualidade pessoal considerada extracotidiana e em virtude da qual se atribuem a uma pessoa poderes ou qualidades sobrenaturais, sobrehumanos ou, pelo menos, extracotidianos específicos ou então se a toma como enviada por Deus, como exemplar e, portanto, como líder.

O critério da legitimação é o da lealdade, uma devoção afetiva do grupo para com o líder carismático. Há algo de misterioso e mágico na pessoa que lhe confere poder. O grande líder político, o herói, o chefe de expedições pioneiras são freqüentemente pessoas com poder carismático.

A dominação carismática é um poder sem base racional. É instável, arbitrário e facilmente adquire características revolucionárias. Sua instabilidade deriva da fluidez de suas bases. O líder carismático mantém seu poder enquanto seus

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reconhecimento pode desaparecer a qualquer momento. O carisma só pode ser “despertado” e “provado”, e não “aprendido” ou “inculcado”.

O quadro administrativo do senhor carismático não é um grupo de funcionários profissionais, e muito menos ainda têm formação profissional. Não é selecionado segundo critérios de dependência doméstica ou pessoal, mas segundo qualidades carismáticas: ao “profeta” correspondem os “discípulos”; ao “príncipe guerreiro”, o “séquito”; ao “líder” em geral, os “homens de confiança”.

Dominação Racional-Legal: o critério da dominação é a lei, o estatuto criado com base na razão. Obedece-se às regras e não à pessoa. A burocracia moderna, para Weber, é a forma de organização do Estado própria dos regimes em que predomina a dominação racional-legal. Segundo Weber:

No caso da dominação baseada em estatutos, obedece-se à ordem impessoal, objetiva e legalmente estatuída e aos superiores por ela determinados, em virtude da legalidade formal de suas disposições e dentro do âmbito de vigência destas. No caso da dominação tradicional, obedece-se à pessoa do senhor nomeada ela tradição e vinculada a esta. (dentro do âmbito de vigência dela), em virtude de devoção aos hábitos costumeiros. No caso da dominação carismática, obedece-se ao líder carismaticamente qualificado como tal, em virtude da confiança pessoal em revelação, heroísmo ou exemplaridade dentro do âmbito da crença nesse seu carisma.

As características fundamentais da dominação racional são:

1. um exercício contínuo, vinculado a determinadas regras, de funções oficiais, dentro de

2. determinada competência, o que significa:

a. um âmbito objetivamente limitado, em virtude da distribuição dos serviços, de serviços obrigatórios;

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcelo Camacho 10 b. com atribuição dos poderes de mando eventualmente requeridos e;

c. limitação fixa dos meios coercitivos eventualmente admissíveis e das condições de sua aplicação.

3. o princípio da hierarquia oficial, isto é, de organização de instâncias fixas de controle e supervisão para cada autoridade institucional;

4. as regras segundo as quais se procede podem ser: regras técnicas e normas. A um exercício organizado dessa forma, Weber dá o nome de “autoridade institucional”.

A dominação racional-legal ou burocrática surgiu no século XIX, como uma forma superior de dominação, legitimada pelo uso da lei, em contraposição ao poder tradicional (divino) e arbitrário dos príncipes e ao afeto das lideranças carismáticas. As teorias iniciais do modelo burocrático foram inspiradas a partir da visão de Weber sobre o modo de estruturação da Igreja e do exército, especificamente o exército prussiano.

Além disso, outro fator que teria motivado Weber a definir seu modelo de dominação burocrático seria a necessidade de separação (1) entre o político e o administrador e, fiel ao ethos liberal, (2) entre a política e a economia.

O modelo burocrático visava também a separação entre o interesse público e o privado, numa sociedade democrática. O ethos do bureau - sua aderência impessoal a regras, à especialização, à hierarquização das relações sociais; o apego a procedimentos regularizados e rotineiros - estaria vinculado a comportamentos capazes de garantirem a não-influência de interesses políticos e compromissos particulares.

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Weber sustentava que o tipo mais puro de dominação legal seria aquele exercido por meio de um quadro administrativo burocrático, cujas características básicas seriam:

a) atribuições de funcionários fixadas oficialmente por regras ou disposições administrativas;

b) hierarquia e funções integradas em um sistema de mando, de tal modo que, em todos os níveis, haja uma supervisão dos inferiores pelos superiores;

c) atividades administrativas se manifestam e se baseiam em documentos escritos;

d) as funções pressupõem aprendizado profissional, com treinamento especializado;

e) o trabalho do funcionário exige que ele se consagre inteiramente ao cargo que ocupa (dedicação plena e tarefas específicas);

f) acesso à profissão é ao mesmo tempo acesso a uma tecnologia particular.

Ao se falar em burocracia, deve-se ressaltar os princípios weberianos acerca da resolução de conflitos por meio do uso do poder. No caso da burocracia, entendida como o staff administrativo do Estado, ganha destaque a autoridade legal, baseada na crença racional da legalidade dos padrões das regras normativas e no direito de determinar o que deve ser feito por aqueles elevados à condição de “autoridades” por meio dessas regras. Weber destaca que, no caso da autoridade legal, em contraposição a outros tipos de autoridade por ele definidos - como a tradicional e a carismática -, a obediência é devida à ordem

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Weber claramente definiu a burocracia como o tipo ideal de organização que aplica, em sua forma mais pura, a autoridade racional-legal. O que define uma burocracia enquanto tal, no sentido weberiano, seria a adoção de modos de autoridade racional-legal. Burocracia seria igual a organização: um sistema racional seria aquele em que a divisão de trabalho dar-se-ia racionalmente com vista a determinados fins. Seria a forma mais racional de exercício de dominação, pois nela se alcançaria tecnicamente o máximo de rendimento em virtude de precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiabilidade. A burocracia surgiria como uma expressão dessa racionalidade e se caracterizaria pelo predomínio do formalismo.

Segundo Bresser Pereira, “Organização Burocrática” é:

Se adotarmos uma definição curta e perfeitamente enquadrada dentro dos moldes da filosofia aristotélica, diremos que uma organização ou burocracia é um sistema social racional, ou um sistema social em que a divisão do trabalho é racionalmente realizada tendo em vista os fins visados.

Segundo a definição, o que diferencia o ato racional do irracional é sua coerência em relação aos fins visados. Um ato será racional na medida em que representar o meio mais adaptado para se atingir determinado objetivo, na medida em que sua coerência em relação a seus objetivos se traduzir na exigência de um mínimo de esforços para se chegar a esses objetivos. Isso significa que a burocracia evoluiu como uma forma de se buscar maior eficiência nas organizações.

Isso mesmo! Apesar de considerarmos o termo “burocrático” quase como um antônimo de eficiência, no seu cerne ele nasceu como a racionalização das atividades com o objetivo de aumentar a eficiência.

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A partir disto, Bresser elabora outra definição de burocracia:

É o sistema social em que a divisão do trabalho é sistemática e coerentemente realizada, tendo em vista os fins visados; é o sistema social em que há procura deliberada de economizar os meios para se atingir os objetivos.

Para Weber, do ponto de vista social, a dominação burocrática significa:

• A tendência ao nivelamento no interesse da possibilidade de recrutamento universal a partir dos profissionalmente mais qualificados;

• A tendência à plutocratização (elitização das posições profissionais mais qualificadas) no interesse de um processo muito extenso de qualificação profissional (freqüentemente quase até o fim da terceira década de vida);

• A dominação da impessoalidade formalista: sine ira et studio, sem ódio e paixão, e portanto, sem amor e entusiasmo, sob a pressão de simples conceitos de dever, sem considerações pessoais, de modo formalmente igual para “cada qual”, isto é, cada qual dos interessados que efetivamente se encontram em situação igual.

Bresser e Motta, procurando reduzir as organizações à sua expressão mais simples, afirmam que:

São três as características básicas que traduzem o seu caráter racional: são sistemas sociais (1) formais, (2) impessoais, (3) dirigidos por administradores profissionais, que tendem a controlá-los cada vez mais completamente.

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Vamos ver mais detalhadamente cada uma dessas características:

Formalidade

O formalismo da burocracia se expressa no fato de que a autoridade deriva de um sistema de normas racionais, escritas e exaustivas, que definem com precisão as relações de mando e subordinação, distribuindo as atividades a serem executadas de forma sistemática, tendo em vista os fins visados. Sua administração é formalmente planejada, organizada, e sua execução se realiza por meio de documentos escritos. Apesar de a norma garantir tais meios coercitivos, esta autoridade é estritamente limitada pela norma legal.

Impessoalidade

O caráter impessoal das organizações é a segunda forma básica pela qual elas expressam sua racionalidade. A administração burocrática é realizada sem consideração a pessoas. Burocracia significa, etimologicamente, “governo de escritório”. É, portanto, o sistema social em que, por uma abstração, os escritórios ou os cargos governam.

Um aspecto essencial através do qual se expressa o caráter impessoal das burocracias refere-se à forma de escolha dos funcionários. Nos sistemas sociais não burocráticos, os administradores são escolhidos de acordo com critérios eminentemente irracionais. Fatores como linhagem, prestígio social e relações pessoais determinarão a escolha. Já nas organizações burocráticas, os administradores são profissionais, que fazem uso do conhecimento técnico especializado, obtido geralmente através de treinamento especial

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcelo Camacho 15 Administradores Profissionais

As organizações são dirigidas por administradores profissionais. Administrar, para o funcionário burocrata, é sua profissão. Existem alguns traços que distinguem o administrador profissional.

Ele é, antes de tudo, um especialista. Esta é uma característica fundamental. As burocracias são sistemas sociais geralmente de grandes dimensões, nos quais o uso do conhecimento especializado é essencial para o funcionamento eficiente. São necessários homens treinados para exercer as diversas funções criadas a partir do processo de divisão do trabalho.

Em segundo lugar, o administrador profissional tem em seu cargo sua única ou principal atividade. Ele não é administrador por acidente, subsidiariamente, como o eram os nobres dentro da administração palaciana.

Em terceiro lugar, o administrador burocrático não possui os meios de administração e produção. Ele administra em nome de terceiros: em nome de cidadãos, quando se trata de administrar o Estado, ou em nome dos acionistas, quando se trata de administrar uma sociedade anônima.

ITEM 1. (FCC/2009/MPE-SE/Analista do Ministério Público/Administração)

NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber,

a) utilização de critérios eminentemente políticos para contratação e promoção de funcionários, em detrimento da avaliação por mérito.

b) ênfase na ideia de carreira e profissionalização do corpo funcional público.

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d) rigidez do controle dos processos, com predominância do controle da legalidade como critério de avaliação da ação administrativa (due process).

e) rotinas e procedimentos segundo regras definidas a priori, em detrimento da avaliação por resultados.

Pessoal, o comando da questão pede assinalar qual das alternativas não é característica da Burocracia, segundo Max Weber. Vimos que as características da administração burocrática de Max Weber são a competência técnica e a meritocracia . A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais . Alternativa B correta.

A burocracia também se caracteriza pela hierarquia, impessoalidade e formalismo. Alternativa C correta.

Forte controle dos procedimentos ( a priori), através do estabelecimentos de regras e normas a serem seguidos por todos. Alternativas D e E corretas.

A seleção, a admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios de avaliação e classificação válidos para toda a organização e não em critérios particulares e arbitrários . Esses critérios universais são racionais e levam em conta a competência, o mérito e a capacidade do funcionário em relação ao cargo . Daí a necessidade de exames, concursos, testes e títulos para a admissão e promoção dos funcionários . Portanto, a alternativa A está ERRADA e é o gabarito.

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Deve-se relembrar que a burocracia surgiu no Século XIX conjuntamente com o Estado liberal, como uma forma de defender a coisa pública contra o patrimonialismo. Na medida, porém, que o Estado assumia a responsabilidade pela defesa dos direitos sociais e crescia em dimensão, foi-se percebendo que os custos dessa defesa poderiam ser mais altos que os benefícios do controle.

Numa conjuntura de freqüente ocorrência de transformações e mudanças, a rigidez do modelo burocrático começou a provocar ineficiências. O modelo burocrático passou a não atender, em sua totalidade, às demandas sociais de um estado mais eficiente e voltado para o cidadão.

Tendo sido associada à ineficiência, ineficácia, atrasos, confusão, autoritarismo, privilégios, além de outros atributos negativos, a burocracia assumiu, na grande maioria das vezes, uma conotação pejorativa.

Com o passar do tempo, a implementação do modelo sofreu adaptações

históricas, dependendo do contexto econômico-social e do local de implementação, bem como dos sistemas cultural e institucional da sociedade na qual havia sido instalado. Essas adaptações do modelo inicialmente imaginado por Weber levaram às chamadas disfunções do modelo burocrático, ou seja, verificou-se que a burocracia possuía limitações que traziam prejuízos à gestão das organizações públicas.

No momento em que o pequeno Estado liberal do século XIX deu definitivamente lugar ao grande Estado social e econômico do século XX, verificou-se que não garantia nem rapidez, nem boa qualidade nem custo baixo para os serviços prestados ao público. Na verdade, a administração

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcelo Camacho 18 burocrática é lenta, cara, auto-referida, pouco ou nada orientada para o atendimento das demandas dos cidadãos.

Com a crise do petróleo em 1973, foi posto em xeque o antigo modelo de intervenção estatal, quando se abateu sobre o mundo uma grave crise econômica, resultando na crise fiscal dos Estados. A maioria dos governos não tinha mais como financiar seus déficits, e os problemas fiscais tendiam a se agravar, na medida em que as sociedades se voltavam contra as altas cargas tributárias, principalmente porque não enxergavam uma relação direta entre o acréscimo de recursos governamentais e uma melhora nos serviços públicos.

Além disso, houve uma internacionalização e enfraquecimento do poder estatal. A globalização do capital e a interdependência dos mercados financeiros tornaram o Estado mais frágil perante o capital internacional. Além das mudanças no papel do Estado, também ocorreram mudanças tecnológicas e produtivas, que exigem um Estado mais ágil e eficiente. Também podemos observar mudanças sociais e culturais, como o envelhecimento da população, a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, aumento da escolaridade média, a urbanização, entre outas, aumentaram as demandas por direitos e novas políticas estatais, com melhor qualidade na provisão

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Com relação à administração pública burocrática considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo.

III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas.

IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I, II, III e V.

c) II, III e IV.

d) II e V.

e) III, IV e V.

Pessoal, vamos analisar as afirmativas.

I. CERTO. O modelo de administração burocrático, de fato, surge no

século XIX, para combater os males do modelo patrimonialista.

II. CERTO. São características do modelo burocrático a impessoalidade e

a formalidade.

III. ERRADO. A burocracia parte da desconfiança a priori. Quem deposita confiança limitada é o modelo da Administração Gerencial, que veremos a seguir.

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IV. ERRADO. Cuidado. Esta é uma disfunção da Burocracia, não uma

característica deste modelo de administração pública.

V. ERRADO. A administração burocrática tem como qualidade a

efetividade no controle dos abusos

Desta Forma, o gabarito da questão é a alternativa A.

1.1. Paradigma Pós-burocrático ou Administração Gerencial

Vimos que a burocracia entra em crise junto com o Estado de Bem-Estar Social, principalmente em virtude da crise fiscal que se instalou no mundo após as crises do petróleo da década de 1970.

Segundo Bresser Pereira,

A administração pública gerencial emergiu, na segunda metade deste século, como resposta à crise do Estado; como modo de enfrentar a crise fiscal; como estratégia para reduzir custos e tornar mais eficiente a administração dos imensos serviços que cabem ao Estado; e como um instrumento para proteger o patrimônio público contra os interesses do rent-seeking ou da corrupção aberta. Mais especificamente, desde os anos 60 ou, pelo menos, desde o início da década dos 70, crescia uma insatisfação, amplamente disseminada, em relação à administração pública burocrática.

Ao sentimento antiburocrático aliava-se a crença de que o setor privado possuía o modelo ideal de gestão. Por isso o uso do termo gerencialismo, que tem uma ligação estreita com a adoção de práticas da administração privada na gestão das organizações públicas. É com esse espírito que o setor público assume o discurso da modernização, da orientação para os clientes, da flexibilidade, da estrutura enxuta e desburocratizada. As modernas ferramentas de gestão, como qualidade total, planejamento estratégico, reengenharia downsizing,

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dos gestores públicos do momento.

No entanto a Administração Gerencial não significa a negação total dos princípios do modelo burocrático. Veja o que diz Bresser Pereira, no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado:

A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio fundamental.

Assim, muitos dos princípios defendidos pela administração burocrática permanecem na administração gerencial. Como afirma o PDRAE, a administração gerencial pode até ser considerada um rompimento, mas princípios como a impessoalidade, a divisão do trabalho, a avaliação de desempenho são mantidos.

Vimos que a burocracia entra em crise juntamente com o Estado de Bem-Estar. Como soluções, são apresentados ao mesmo tempo o gerencialismo e o neoliberalismo. As duas doutrinas nascem muito próximas uma da outra e são, em muitos casos, confundidas.

A reforma gerencial foi adotada inicialmente na Grã-Bretanha, com Margareth Tatcher, e nos Estados Unidos, com Ronald Reagan, e, depois, de forma generalizada, em diversos outros países, principalmente da Commonwealth,

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com ligação com o Reino Unido, e os países escandinavos, como a Suécia. Contudo, foi na Grã-Bretanha que o gerencialismo foi aplicado ao serviço público logo após a posse do novo governo e levou a uma reforma administrativa profunda e bem-sucedida, recebendo o nome de Managerialism. A reforma ficou conhecida como a Nova Gestão Pública, ou New Public Management (NPM), que pode ser definida como um “conjunto de argumentos e filosofias administrativas aceitas em determinados contextos e propostas como novo paradigma de gestão pública a partir da emergência dos temas crise e reforma do Estado, nos anos 80”.

Apesar de a Grã-Bretanha ter sido um dos primeiros países a aplicar este enfoque, ele não foi criado por eles. Não há um pai da administração gerencial. Ela surgiu em um processo longo, em que foram feitas contribuições de diversos atores. Segundo Abrúcio:

Embora tenha surgido em governos de cunho neoliberal (Thatcher e Reagan), o modelo gerencial e o debate em torno dele não podem ser circunscritos apenas a este contexto. Pelo contrário, toda a discussão sobre a utilização do managerialism na administração pública faz parte de um contexto maior, caracterizado pela prioridade dada ao tema da reforma administrativa, seja na Europa ocidental, seja no Leste europeu ou ainda no Terceiro Mundo. O modelo gerencial e suas aplicações foram e estão sendo discutidos em toda parte.

Na década de 1980, as primeiras reformas gerenciais eram marcadas pelo ideário neoliberal. Contudo, percebeu-se que o ajuste estrutural não era suficiente para que houvesse a retomada do crescimento. Ocorreram ganhos positivos, como o fato da balança de pagamentos voltar a um relativo controle, por toda a parte caíram as taxas de inflação, os países recuperaram pelo menos alguma credibilidade. Mas não se retomou o crescimento. A partir daí as reformas gerenciais entenderam que o Estado Mínimo não é algo concreto, a ser buscado. Bresser Pereira considerava irrealista a idéia de um Estado Mínimo. Vamos ver outra passagem do autor:

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcelo Camacho 23 O pressuposto neoliberal que estava por trás das reformas – o pressuposto de que o ideal era um Estado mínimo, ao qual caberia apenas garantir os direitos de propriedade, deixando ao mercado a total coordenação da economia - provou ser irrealista. Em primeiro lugar porque, apesar do predomínio ideológico alcançado pelo credo neoconservador, em país algum - desenvolvido ou em desenvolvimento - este Estado mínimo tem legitimidade política. Não há sequer apoio político para um Estado que apenas acrescente às suas funções as de prover a educação, dar atenção à saúde e às políticas sociais compensatórias: os cidadãos continuam a exigir mais do Estado.

Portanto, apesar de, no início, as reformas gerenciais estarem muito ligadas ao neoliberalismo, não podemos defender que elas defendiam o Estado Mínimo. Apesar de as reformas gerenciais não considerarem mais o Estado Mínimo, também não podemos dizer que não haja relação delas com o neoliberalismo. A redução do Estado ainda permanece nas reformas gerenciais. Segundo Bresser:

Ora, se a proposta de um Estado mínimo não é realista, e se o fator básico que subjaz à crise econômica é a crise do Estado, a conclusão só pode ser uma: a solução não é provocar o definhamento do Estado, mas o reconstruir, reformá-lo. A reforma provavelmente significará reduzir o Estado, limitar suas funções como produtor de bens e serviços e, em menor extensão, como regulador, mas

implicará provavelmente em ampliar suas funções no financiamento de atividades nas quais externalidades ou direitos humanos básicos estejam envolvidos, e na promoção da competitividade internacional das indústrias locais.

Portanto, as reformas gerenciais não defendem o Estado Mínimo, mas pregam sim a redução do Estado, a sua retirada de atividades que podem ser desempenhadas pela iniciativa privada.

O motivo de citarmos muitas vezes o Bresser Pereira é que a maioria das questões sobre reforma do Estado e modelos de gestão pública usam seus textos. Sobre a estratégia da reforma ele diz:

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcelo Camacho 24 Uma estratégia essencial ao se reformar o aparelho do Estado é reforçar o núcleo estratégico e o fazer ocupar por servidores públicos altamente competentes, bem treinados e bem pagos.

O neoliberalismo não defende o fortalecimento dos servidores, mas sim a redução dos gastos com pessoal. Segundo Bresser Pereira:

A administração pública gerencial é freqüentemente identificada com as idéias neoliberais por outra razão. As técnicas de gerenciamento são quase sempre introduzidas ao mesmo tempo em que se implantam programas de ajuste estrutural que visam enfrentar a crise fiscal do Estado.

Como as técnicas de gerenciamento são quase sempre introduzidas ao mesmo temo em que se implantam programas de ajuste estrutural que visam enfrentar a crise fiscal do Estado, em virtude da impossibilidade de se manter o modelo burocrático de gestão, as reformas gerenciais estão intimamente associadas com as reformas que buscavam a reestruturação do Estado, como as neoliberais, inclusive porque a sua aplicação, no início, tinha um caráter quase que somente de redução de custos, enxugamento de pessoal e aumento da eficiência, com clara definição das responsabilidades dos funcionários, dos objetivos organizacionais e maior consciência acerca do valor dos recursos públicos. Este período ficou conhecido como gerencialismo puro.

Esses novos modelos, identificados como gerenciais, deveriam dar maior

agilidade às ações dos governos, tendo, como gênese, uma preocupação central com as crises fiscais que impuseram sérias limitações às ações das administrações públicas. Osborne e Gaebler descreveram esses avanços advindos da administração de empresas a partir de experiências em municípios e condados americanos. Os relatos dos autores sobre as iniciativas de governos locais dos Estados Unidos seriam o embrião de um novo paradigma na condução das ações dos governos, ou, ainda, de uma nova forma de

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seria referente ao desafio de realizar programas direcionados ao aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado. Para Abrucio, o gerencialismo seria um “pluralismo organizacional sob bases pós-burocráticas vinculadas aos padrões históricos (institucionais e culturais) de cada nação”, não se constituindo num novo paradigma capaz de substituir por completo o antigo padrão burocrático weberiano.

Ferlie e outros delinearam quatro modelos básicos da Nova Administração Pública, representando um movimento evolutivo a partir da administração pública tradicional:

a) NAP – Modelo 1: dirigido à eficiência, pois considerava o serviço público tradicional lento, burocrático e ineficiente;

b) NAP – Modelo 2: voltado a movimentos de downsizing e descentralização, buscando redução de gastos governamentais e formas mais flexíveis de gestão (redes organizacionais);

c) NAP – Modelo 3: a busca da excelência seria o principal objetivo desse modelo, com especial interesse na gestão da mudança e inovação na esfera pública, além de considerar a cultura organizacional como um importante fator a ser considerado;

d) NAP – Modelo 4: Orientação ao Serviço Público, nesse modelo, representa uma fusão de idéias gerenciais advindas da administração privada para aplicação em organismos públicos, com preocupações como qualidade dos serviços prestados, oportunidade de participação dos usuários nas decisões de gestão pública e construção dos conceitos de cidadania e accountability.

Fernando Abrúcio, por outro lado, elaborou uma outra classificação da evolução dos modelos da Administração Gerencial, conforme o quadro a seguir:

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Gerencialismo Puro Economia / eficiência -

Consumerism Contribuintes Clientes /

consumidores Cidadãos

Public Service Orientation (PSO produtividade Efetividade / qualidade Accountability / eqüidade

A constatação mais importante é que as classificações apresentam uma mesma linha de raciocínio lógico, e que entre os tipos de cada uma das classificações, há incorporações dos aspectos positivos de cada teoria

Com relação ao último modelo, o Serviço Orientado ao cidadão, uma noção importante é a de accountability. Trata-se da relação da burocracia e das elites políticas com a sociedade e o controle que esta deve exercer sobre os administradores públicos. Sua tradução para o português englobaria as idéias de transparência na condução das ações, efetiva prestação de contas na utilização dos recursos públicos e responsabilização dos gestores públicos, tanto por suas ações como omissões. O conceito “envolve a existência de mecanismos que assegurem que os servidores públicos e os líderes políticos sejam responsáveis por suas ações e pelo uso de recursos públicos, e que irão requerer um governo transparente e uma imprensa livre”, segundo Minogue. O modelo de administração pública gerencial implica, em suma, no entendimento de que o aparelho de Estado deve ser responsável pela formulação e regulação de políticas públicas, não necessariamente por sua execução.

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Na gestão do setor público, a incorporação do paradigma do cidadão como cliente

a) foi rejeitada, pois as burocracias públicas não têm como missão atender clientelas, mas alcançar resultados orientados pelo princípio da razão de Estado.

b) deve ser compatibilizada com o dever de atender a todos os cidadãos, independentemente de sua condição financeira, e com as limitações de recursos orçamentários públicos.

c) é incompatível com o princípio da universalização dos serviços públicos, que impõe o atendimento prioritário a todos, independentemente da sua qualidade.

d) será alcançada à medida que avançar o processo de privatização do setor público, pois seu sucesso depende da eliminação do modelo burocrático de gestão.

e) é de difícil implementação, pois depende da retirada de princípios constitucionais da administração pública, como a impessoalidade, a equidade e a universalidade

Pessoal , a incorporação do paradigma do cidadão como cliente acontece num segundo momento da Administração Pública Gerencial. Nesta perspectiva cada cidadão deve ser atendido em suas demandas, pois é um contribuinte. O PSO avança neste conceito pois adiciona o conceito de equidade e acountabillity. Naturalmente todos serão atendidos, mas dentro das limitações de recursos públicos. Lembrem-se que o surgimento da administração pública gerencial se deu em um momento de crise fiscal do Estado e crise de financiamento do Estado de Bem-Estar social. Portanto o gabarito é a alternativa B.

ITEM 4. (FCC/ 2010/ BAHIAGÁS/ANALISTA DE PROCESSOS / ADMINISTRAÇÃO)

Na administração do Estado moderno, reforma administrativa burocrática trata-se

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b) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano.

c) da gestão do processo de transição da Administração Pública tradicionalista para o Estado gerencial patrimonial.

d) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o Estado patrimonial.

e) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades destinadas à execução de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade.

Pessoal, cuidado com o enunciado das questões. O modelo de administração burocrático foi implantado para substituir o modelo patrimonialista, pois este não servia ao capitalismo moderno, ao Estado Moderno. Portanto trata-se da substituição do modelo patrimonialista pelo modelo burocrátivo Weberiano. Assim, o gabarito é a alternativa B.

ITEM 5. (FCC/2010/ AL-SP/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/GESTÃO DE PROJETOS)

O modelo de administração pública gerencial

a) prioriza o atendimento das demandas do cidadão.

b) identifica o interesse público com a afirmação do poder do Estado.

c) identifica o interesse da coletividade com o do Mercado.

d) baseia-se na competência técnica dos servidores e na centralização da decisão.

e) enfatiza o controle dos processos formais, visando à punição exemplar dos incompetentes.

Analisemos as alternativas:

A) CERTO. A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte

de impostos e como cliente dos seus serviços.Os resultados da ação do Estado são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros, como quer a administração pública burocrática, mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas.

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freqüentemente identificado com a afirmação do poder do Estado. Ao atuarem sob esse princípio, os administradores públicos terminam por direcionar uma parte substancial das atividades e dos recursos do Estado para o atendimento das necessidades da própria burocracia, identificada com o poder do Estado. C) ERRADO. A administração pública gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público.

D) ERRADO. O modelo gerencial tornou-se realidade no mundo desenvolvido quando, através da definição clara de objetivos para cada unidade da administração, da descentralização, da mudança de estruturas organizacionais e da adoção de valores e de comportamentos modernos no interior do Estado. A reforma do aparelho do Estado no Brasil significará, fundamentalmente, a introdução na administração pública da cultura e das técnicas gerenciais modernas.

E) ERRADO. A administração pública gerencial está fundamentada na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos ( a priori) para concentrar-se nos resultados (a posteriore). A profissionalização da administração pública continua sendo um princípio fundamental.

Portanto, o gabarito é a alternativa A.

ITEM 6.(FCC/2010/AL-SP/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/GESTÃO DE PROJETOS )

Segundo o paradigma pós-burocrático, os governos devem ser

a) flexibilizados por meio das práticas de comissionamento e nomeação dos cargos do núcleo estratégico.

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b) controlados diretamente pelos cidadãos-clientes, por meio de mecanismos de gestão corporativa, como Conselhos Populares.

c) reduzidos ao mínimo necessário, utilizando a terceirização de serviços básicos e contratos de gestão com empresas privadas.

d) orientados para o mercado, empreendedores e basicamente prestadores de serviços, com ênfase para o cidadão-cliente.

e) fortalecidos nos níveis operacionais, implementando concursos públicos e aumentando os controles prévios de eficiência.

Pessoal, o paradigma pós-burocrático é a administração gerencial. A administração gerencial baseia-se nos modelos de gestão da área privada. Uma das idéias presentes na administração gerencial é a de que os serviços do Estado devem ser transferidos para a iniciativa privada, portanto devem ter forte orientação do mercado.

Adicionalmente, o paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralizações de funções, incentivos a criatividade . Contrapõe-se a ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional . A avaliação sistemática a recompensa pelo desempenho e a capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, é acrescida dos princípios da orientação para o cidadão-cliente, do controle por resultados e da competência administrada.

Vamos então às alternativas:

A) ERRADO. Não se fala em comissionamento dos cargos do núcleo

estratégico (governo), que devem ainda preservar características do modelo burocrático.

B) ERRADO. Os conselhos são sugeridos no modelo da administração

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eficiente.

D) CERTO. Deve ser orientado para o mercado no sentido de se estimular a

competição entre os órgãos público e provados que executam funções públicas na busca pela eficiência e atendimento das demandas dos cidadãos.

E) ERRADO. O modelo gerencial não preconiza o aumento da

operacionalização, muito menos do controle prévio. O controle de vê ser a posteriore, de resultados.

Portanto, o gabarito é a alternativa D.

ITEM 7. (FCC/2010/TRT-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Sobre as características da administração pública gerencial considere:

I. No plano da estrutura organizacional tornam-se essenciais a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos.

II. Tem como princípios orientadores do seu desenvolvimento o poder racional-legal.

III. O cidadão é visto como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços.

IV. Sua estratégia volta-se para a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade.

V. Os cargos são considerados prebendas.

É correto o que consta APENAS em

a) I e V.

b) I e II.

c) II, III e IV.

d) I, III e IV.

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Antes de analisarmos as alternativas, vejam a seguinte frase do Bresser no no Plano Diretor da Reforma do Estado :

"A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços. Os resultados da ação do Estado são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros, como quer a administração pública burocrática, mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas."

Agora voltemos à Análise das alternativas:

I. CERTA. Esta é a afirmação do Bresser no Plano Diretor da Reforma do Estado.

II. ERRADA. A administração Gerencial está orientada para obtenção de resultados.

III. CERTA. De novo, é a afirmação do Bresser no Plano Diretor da Reforma do Estado)

IV. CERTA. São os interesses do cidadão que importam.

V. ERRADA. A administração gerencial Combate o nepotismo e a corrupção. É o patrimonialismo que trata os cargos como prebenda (ocupações rendosas). Sendo assim, o gabarito é a alternativa D.

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Do ponto de vista do servidor público, a Administração Gerencial prioriza

a) o fortalecimento das carreiras formalmente estabelecidas, com garantia de ascensão preferencial dos servidores mais antigos.

b) o abandono de modelos clássicos de carreira, estruturada em níveis, por evolução funcional horizontal, com acréscimos salariais decorrentes de participação nos resultados e gratificações por funções.

c) o recrutamento por concurso público para carreiras eminentemente técnicas e por métodos de seleção diferenciados para profissionais que ocupem funções de liderança.

d) o recrutamento e a promoção por avaliação de desempenho e o permanente controle de resultados aliado à autonomia dos servidores.

e) a remuneração por desempenho, a constante capacitação e o sistema de promoção por mérito.

Pessoal, atenção para o comando da questão: Pede-se aquilo que a administração gerencial prioriza, portanto aquilo que é mais importante para o modelo. Vejamos:

A) ERRADA. Modelo Burocrático.

B) ERRADA. A administração gerencial não preconiza o abandono dos modelos de estruturação de carreiras, mas sua modelagem para um sistema voltado para resultados.

C) ERRADA. O modelo gerencial também defende a admissão pelo mérito, portanto não nega o concurso público.

D) ERRADA. A frase começou com o equivoco de afirmar o recrutamento por avaliação de desempenho.

E) CERTA. O paradigma gerencial contemporâneo está fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. À avaliação sistemática, à recompensa

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pelo desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição administrada.

Portanto, o gabarito é a alternativa E.

ITEM 9. (FCC/2010/TCM-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO)

Com relação às características próprias da administração pública gerencial, considere:

I. As decisões tomadas pelo governo devem ser submetidas à aprovação dos beneficiários, por meio do voto popular, antes de serem implementadas.

II. A gestão é orientada por critérios de mérito e impessoalidade.

III. Um dos objetivos principais da administração pública gerencial é a autonomia gerencial, sendo o contrato de gestão o instrumento de controle dos administradores públicos.

IV. A administração gerencial é orientada para a satisfação das demandas dos cidadãos.

V. A administração gerencial orienta-se principalmente para a obtenção de resultados.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

b) I, II, III, IV.

c) II, III e V.

d) II, III, IV e V.

e) IV e V.

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as ações do governo. O que ela defende é a descentralização dos serviços e o atendimento pleno dos cidadãos, de suas demandas.

II-CERTO. Mérito e Impessoalidade. Mérito envolve seleção por concurso e promoção baseada no desempenho – compatíveis com a administração gerencial.

III- CERTO. Autonomia gerencial e contrato de gestão. Maior autonomia aos gerentes para alcançarem os resultados. Contrato de Gestão, em que se negociam previamente objetivos a serem atingidos e que serve como forma de controle para cobrar resultados – compatíveis com a administração gerencial. IV- CERTO. Satisfação das necessidades dos cidadãos – é uma das grandes idéias da administração gerencial e indicador de qualidade dos serviços públicos.

V- CERTO. Resultados. Sim, a administração gerencial foca-se nos resultados e não nos meios ou processos internos.

Portanto, o gabarito é a alternativa D.

ITEM 10. (FCC/2009/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/ADMINISTRAÇÃO)

O modelo de Administração Pública Gerencial tem como principais características

a) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais e supressão dos mecanismos de controle de processos.

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b) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão-cliente.

c) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles formais de processos e ênfase no cidadão-cliente.

d) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis superiores e aumento dos inferiores, que passam a ser dotados de total autonomia decisória.

e) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra todo o poder decisório

Boa questão esta pessoal! Há erros sutis nas afirmativas aos quais devemos ficar atentos.

A) ERRADA. Não há supressão dos mecanismos de controle. Pode-se afirmar, porém, que há uma redução, uma mudança do foco, se analisada comparativamente com o modelo burocrático de administração.

B) CORRETA. Descentralização, redução de hierarquias, competição interna e ênfase no cidadão são características da administração gerencial.

C) ERRADA. Não há concentração, ao contrário ocorre a descentralização. D) ERRADA. Cuidado pessoal, Pressupor confiança, delegar atribuições, não significa dar autonomia total.

E) ERRADA. O modelo gerencial prega a redução de níveis hierárquicos, a descentralização de atribuições etc.

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ITEM 11. (FCC/2012/PREFEITURA DE SÃO PAULO/ SP/ AUDITOR FISCAL)

Com relação à introdução do paradigma pós-burocrático na administração pública brasileira, considere:

I. A partir de meados dos anos 1990 houve flexibilização e, posteriormente, ruptura do modelo burocrático, tendo em vista que as organizações públicas abandonaram a racionalidade formal como paradigma de ação.

II. Apesar de todas as mudanças recentes, as organizações ditas pós-burocráticas ainda estão vinculadas à lógica racional-legal, base do modelo criado por Max Weber.

III. A organização pós-burocrática teria como principais características a centralização e a estruturação em redes hierarquizadas articuladas por fluxos verticais de informação.

IV. As organizações pós-burocráticas podem ser caracterizadas como orientadas para a solução de conflitos e problemas, e estão baseadas na participação, confiança e compromisso de todos em torno de resultados.

V. O tipo organizacional pós-burocrático é construído em torno de processos tecnologicamente intensivos, fortemente preocupados pela formação de consensos baseados no personalismo.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) III e V.

c) I, II e III.

d) III, IV e V.

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Analisemos as afirmativas

I. ERRADO. O modelo gerencial foi implementado em meados de 1995,e

veio para se apoiar nos pilares da burocracia, quais sejam os de formalismo, profissionalismo e impessoalidade, então não se pode falar que a administração publica abandonou a racionalidade formal.

II. CERTO. Como dito, o nosso sistema ainda retem muitos traços caracteristicos da burocracia.

III. ERRADO. O Gerencialismo e marcado por sua descentralização, delegando mais responsabilidade e autonomia.

IV. CERTO: Traço marcante, buscar eficiencia sem perder qualidade, solução para conflitos e mais participação do cidadão, essas qualidades só surgirão na 3° fase do gerencialismo o qual e chamado de public service orientation.

V. ERRADO: A grande diferença e que o gerencialismo se preocupa com os resultados, voltados para o cidadão, de forma que este possa a vir a ajudar na forma de administrar, nada tem a ver com processos tecnologicos intensivos voltados para o personalismo.

Portanto, o gabarito é a alternativa A.

Na aula 2 irei apresentar a perspectiva teórica da nova gestão pública e o plano diretor da reforma do aparelho do estado, associadas à administração gerencial no Brasil.

Bem, pessoal, fico por aqui espero encontrá-los na aula 1. Até lá!

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2. Lista de Questões

ITEM 1. (FCC/2009/MPE-SE/Analista do Ministério Público/Administração)

NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber,

a) utilização de critérios eminentemente políticos para contratação e promoção de funcionários, em detrimento da avaliação por mérito.

b) ênfase na ideia de carreira e profissionalização do corpo funcional público.

c) estrutura hierárquica fortemente verticalizada, impessoalidade e formalismo.

d) rigidez do controle dos processos, com predominância do controle da legalidade como critério de avaliação da ação administrativa (due process).

e) rotinas e procedimentos segundo regras definidas a priori, em detrimento da avaliação por resultados.

ITEM 2. (FCC/ 2010/ AL-SP/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/ GESTÃO DE PROJETOS)

Com relação à administração pública burocrática considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo.

III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas.

IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em

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b) I, II, III e V.

c) II, III e IV.

d) II e V.

e) III, IV e V.

ITEM 3. (FCC /2010/ TCE-RO/ AUDITOR )

Na gestão do setor público, a incorporação do paradigma do cidadão como cliente

a) foi rejeitada, pois as burocracias públicas não têm como missão atender clientelas, mas alcançar resultados orientados pelo princípio da razão de Estado.

b) deve ser compatibilizada com o dever de atender a todos os cidadãos, independentemente de sua condição financeira, e com as limitações de recursos orçamentários públicos.

c) é incompatível com o princípio da universalização dos serviços públicos, que impõe o atendimento prioritário a todos, independentemente da sua qualidade.

d) será alcançada à medida que avançar o processo de privatização do setor público, pois seu sucesso depende da eliminação do modelo burocrático de gestão.

e) é de difícil implementação, pois depende da retirada de princípios constitucionais da administração pública, como a impessoalidade, a equidade e a universalidade

ITEM 4. (FCC/ 2010/ BAHIAGÁS/ANALISTA DE PROCESSOS / ADMINISTRAÇÃO)

Na administração do Estado moderno, reforma administrativa burocrática trata-se

a) da orientação da transição do Estado burocrático para o Estado gerencial.

b) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano.

c) da gestão do processo de transição da Administração Pública tradicionalista para o Estado gerencial patrimonial.

d) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o Estado patrimonial.

e) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades destinadas à execução de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade.

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ITEM 5 (FCC/2010/ AL-SP/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/GESTÃO DE PROJETOS)

O modelo de administração pública gerencial

a) prioriza o atendimento das demandas do cidadão.

b) identifica o interesse público com a afirmação do poder do Estado.

c) identifica o interesse da coletividade com o do Mercado.

d) baseia-se na competência técnica dos servidores e na centralização da decisão.

e) enfatiza o controle dos processos formais, visando à punição exemplar dos incompetentes.

ITEM 6.(FCC/2010/AL-SP/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/GESTÃO DE PROJETOS )

Segundo o paradigma pós-burocrático, os governos devem ser

a) flexibilizados por meio das práticas de comissionamento e nomeação dos cargos do núcleo estratégico.

b) controlados diretamente pelos cidadãos-clientes, por meio de mecanismos de gestão corporativa, como Conselhos Populares.

c) reduzidos ao mínimo necessário, utilizando a terceirização de serviços básicos e contratos de gestão com empresas privadas.

d) orientados para o mercado, empreendedores e basicamente prestadores de serviços, com ênfase para o cidadão-cliente.

e) fortalecidos nos níveis operacionais, implementando concursos públicos e aumentando os controles prévios de eficiência.

ITEM 7. (FCC/2010/TRT-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Sobre as características da administração pública gerencial considere:

I. No plano da estrutura organizacional tornam-se essenciais a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos.

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III. O cidadão é visto como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços.

IV. Sua estratégia volta-se para a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade.

V. Os cargos são considerados prebendas.

É correto o que consta APENAS em

a) I e V.

b) I e II.

c) II, III e IV.

d) I, III e IV.

e) II, III e V.

ITEM 8. (FCC/2009/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/ADMINISTRAÇÃO)

Do ponto de vista do servidor público, a Administração Gerencial prioriza

a) o fortalecimento das carreiras formalmente estabelecidas, com garantia de ascensão preferencial dos servidores mais antigos.

b) o abandono de modelos clássicos de carreira, estruturada em níveis, por evolução funcional horizontal, com acréscimos salariais decorrentes de participação nos resultados e gratificações por funções.

c) o recrutamento por concurso público para carreiras eminentemente técnicas e por métodos de seleção diferenciados para profissionais que ocupem funções de liderança.

d) o recrutamento e a promoção por avaliação de desempenho e o permanente controle de resultados aliado à autonomia dos servidores.

e) a remuneração por desempenho, a constante capacitação e o sistema de promoção por mérito.

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