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ANTÔNIO LEONILDE DE OLIVEIRA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DISTÂNCIA

CENTRO DE EDUCAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ANTÔNIO LEONILDE DE OLIVEIRA

CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTADO DA ARTE SOBRE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PARA CRIANÇAS

NATAL - RN 2021

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ANTÔNIO LEONILDE DE OLIVEIRA

CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTADO DA ARTE SOBRE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PARA CRIANÇAS

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao curso superior de

Licenciatura em Pedagogia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Alan Ricardo Costa.

NATAL - RN 2021

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Oliveira, Antonio Leonilde de.

Contribuições para o estado da arte sobre iniciação

científica para crianças / Antonio Leonilde de Oliveira. - 2021. 37 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Educação, Secretaria de Educação a

Distância, Curso de Pedagogia a Distância. Natal, RN, 2021. Orientador: Prof. Dr. Alan Ricardo Costa.

1. Educação Infantil - Iniciação Científica - TCC. 2. Educação Infantil - TCC. 3. Crianças - TCC. I. Costa, Alan Ricardo. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 37-053.2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

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ANTÔNIO LEONILDE DE OLIVEIRA

CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTADO DA ARTE SOBRE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PARA CRIANÇAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso superior em

Licenciatura em Pedagogia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovado em 10/09/2021, pela seguinte Banca Examinadora.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________ Alan Ricardo Costa, Dr. – Presidente Universidade Federal do Rio Grande do Norte

____________________________________ Adriana Aparecida de Souza, Dra. – Examinadora

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________ Carlos Moisés de Oliveira, Dr. – Examinador

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Dedico este trabalho a minha esposa, Tássia Morais, e aos meus filhos, Adrian Lael, Arthur Lucas e André Luiz.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao professor Alan Ricardo, pelo apoio e pelos ensinamentos durante a construção desse trabalho.

Agradeço à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pela oportunidade concedida de poder concluir o curso de Pedagogia EaD, no polo de Marcelino Vieira, aqui pertinho da minha casa.

Agradeço ao presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva, por criar a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e por possibilitar que, mesmo trabalhando, consigamos acessar as universidades públicas e concluir um curso superior.

Agradeço aos amigos Clovis, Emerson, Santana e Paula Anália, pelas parcerias construídas durante os trabalhos das disciplinas do curso de graduação.

Agradeço a minha esposa e aos meus filhos, pelo tempo que fiquei ausente do ambiente familiar, para dedicação ao curso e aos trabalhos das disciplinas.

Agradeço aos meus pais que sempre foram determinantes para que eu pudesse cursar o ensino superior, hoje posso dizer que concluí duas faculdades e o curso de mestrado.

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“Educar pela pesquisa tem como condição primeira que o profissional da educação seja pesquisador, ou seja, maneje a pesquisa como princípio científico e educativo e a tenha como atitude cotidiana” (DEMO, 2018, p. 2).

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RESUMO

O presente trabalho aborda a Iniciação Científica na Educação Infantil, a partir do estado da arte da pesquisa brasileira sobre o tema. O objetivo principal é mapear e analisar a produção científica disponível no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e no Google Acadêmico, a partir do título do trabalho, das palavras-chave e dos resumos (abstracts). O escopo do estudo, portanto, recai sobre a produção acadêmica referente à Iniciação Científica e ao ensino de ciências na Educação Infantil, nos últimos cinco anos. Em termos metodológicos, este estudo, de caráter qualitativo, conta com duas etapas de pesquisa, sendo a primeira uma busca de trabalhos publicados no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, e a segunda o mapeamento de artigos e textos científicos a partir do Google Acadêmico, que permitiu a análise das produções encontradas nas duas primeiras páginas dessa ferramenta de busca (20 artigos). Desse corpus, novamente foi realizada a leitura dos títulos, dos resumos e das palavras-chave, o que nos permitiu propor um estado da arte inicial, que contribui para novas reflexões sobre o tema. De modo geral, os resultados indicam que: (1) nos Programas de Pós-Graduação de universidades brasileiras, possivelmente, não localizamos linhas de pesquisas que tratam dessa temática especificamente; (2) existem alguns estudos publicados em eventos e periódicos que discutem essa temática; (3) é possível explorar mais o assunto, com mais estudos sobre a Iniciação Científica de criança na Educação Infantil. Conclui-se que este estado da arte pode contribuir com a pesquisa sobre Iniciação Científica na Educação Infantil no Brasil.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 8

1. 1 Objetivo Geral... 9

1. 2 Objetivos Específicos ... 10

1. 3 Apresentação do Artigo Monográfico... 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO... 12

2. 1 A Iniciação Científica Com As Crianças Na Educação Infantil: Alguns Apontamentos Teóricos E Nos Documentos Oficiais ... 12

3 METODOLOGIA ... 20

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 22

4. 1 Busca Por Dissertações E Teses Que Tratam Da Iniciação Científica Na Educação Infantil No Banco De Teses Da Capes ... 22

4. 2 Busca Por Publicações Sobre Iniciação Científica Na Educação Infantil No Google Acadêmico ... 24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 31

REFERÊNCIAS ... 33

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1 INTRODUÇÃO

Pesquisas e estudos acerca das práticas pedagógicas adotadas no ensino de ciências têm sido cada vez mais reportados na literatura (AZEVEDO; ABIB; TESTONI, 2018; SOLINO; SASSERON, 2019). Todavia, dentre essas práticas, há um grande número daquelas que privilegiam uma metodologia fundamentalmente expositiva, que - apesar de seu mérito - se coloca significativamente limitada quanto à apropriação de conhecimentos e o desenvolvimento de atitudes e habilidades necessárias aos alunos (SOUZA et al., 2017).

A Educação Infantil é uma etapa de ensino não voltada exclusivamente para aprendizagem, uma vez que nela acontece o trabalho com as crianças (que vai desde o sentido do cuidar, antes mais utilizado, e o ensinar de forma lúdica). Contudo, mesmo na Educação Infantil, a Iniciação Científica pode se configurar como um método que pode gerar no aprendiz todos os aspectos inerentes à aprendizagem e ao método da pesquisa. Tais aspectos são: a curiosidade, a reflexão, a formulação de hipóteses, a experimentação, o pensamento crítico etc. Essa é a ideia de partilhar com as crianças o ato de fazer e de viver a pesquisa e experimentar como ela acontece.

Tendo em vista esse pressuposto, o presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como temática central a potencialidade da Iniciação Científica de crianças. Essa temática surge da importância de estudar tal aspecto com as crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental, por ser esse nível de ensino um período propício para o desabrochar das curiosidades.

A partir dessa curiosidade inerente ao processo de aprendizagem, entende-se que a criança se mostra propensa a aprender e a se desenvolver em termos cognitivos, linguísticos, sociais e culturais com os diversos questionamentos realizados pela pesquisa. Tendo em vista esse pressuposto, o presente TCC parte de uma pesquisa proposta com o objetivo de identificar o estado da arte de estudos relacionados à Iniciação Científica com crianças da Educação Infantil, nos últimos cinco anos no Brasil.

Ademais, outro aspecto a ser considerado quanto ao tema é o que afirma Chassot (2011): a busca pela construção de uma alfabetização científica deve iniciar desde os primeiros momentos da educação básica. É na Educação Infantil que a criança começa a despertar a curiosidade com as exposições dos porquês. Sendo assim, a ideia de utilizar essa curiosidade - que é natural nas crianças - fortalece o

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estudo e justifica a busca de pesquisas e publicações acadêmicas sobre essa temática.

Também é importante destacar que o interesse por essa temática surgiu a partir da minha pesquisa de mestrado (OLIVEIRA, 2017), quando - na oportunidade - pude pesquisar a investigação cooperativa com os estudantes de Química, no Ensino Médio, de uma escola pública, localizada no município de Itaú/RN. Naquele momento, foi possível dialogar com os pares acadêmicos sobre o ensino a partir da estruturação de uma pesquisa, intitulada A investigação cooperativa como metodologia para o ensino de Química: ampliando olhares na Escola Estadual Francisco de Assis Pinheiro (Itaú/RN).

Tal dissertação, defendida em fevereiro de 2017, no âmbito do curso de Mestrado em Ensino da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), constatou que o método da investigação cooperativa demonstrou atitudes positivas dos estudantes (OLIVEIRA, 2017). Isso principalmente no ponto de vista de uma melhor receptibilidade dos alunos em face à disciplina de Química, visto que estes assumiram o papel de protagonistas diante do seu próprio conhecimento.

Sendo assim, esse trabalho diversifica a pesquisa inicial trabalhada na pós-graduação e estende essa perspectiva para outras modalidades de ensino: não mais apenas o Ensino Médio, mas agora incluindo também a Educação Infantil.

Como toda pesquisa surge a partir de um questionamento, o presente trabalho é norteado pela seguinte pergunta: existem estudos nas universidades brasileiras que tratam especificamente da iniciação científica na Educação Infantil? Se sim, quais aspectos são mais considerados? Essa questão norteia a presente pesquisa e possibilita compreender os estudos sobre essa temática, como também dá início a um mapeamento de possíveis universidades e centros acadêmicos do Brasil que possuem pesquisadores que se dedicam ao tema.

Dessa forma, entende-se que este TCC poderá servir de base para futuros pesquisadores da área, ou também para aqueles profissionais da educação que tiverem interesse em iniciar suas pesquisas voltadas para as observações com as crianças, no tocante à Iniciação Científica na Educação Infantil.

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Tendo em vista todo o exposto até aqui, destaca-se o objetivo geral do trabalho, que é: mapear e analisar o estado da arte da produção científica brasileira, no Banco de Teses e Dissertações da CAPES e no Google Acadêmico, a partir do título do trabalho, palavras-chave e resumo, a respeito da Iniciação Científica na Educação Infantil nos últimos cinco anos.

1. 2 Objetivos Específicos

Para dar conta do objetivo geral do estudo, adotaram-se estes objetivos específicos:

 Dialogar sobre o conceito de Iniciação Científica para crianças;

 Identificar diferentes paradigmas da Iniciação Científica na Educação Infantil;

 Apontar contribuições da Iniciação Científica para crianças na Educação Infantil;

 Mapear as produções científicas que retratem a Iniciação Científica na Educação infantil;

 Fazer um levantamento das universidades que dispõem de Programas de Pós-graduação com linhas de pesquisa e pesquisadores que abordam essa temática;

 Exibir dados do estado da arte de pesquisas oriundas de programas de Pós-graduação – coletadas a partir de buscas no Banco de Teses e Dissertações da CAPES e no Google Acadêmico – que relatem discussões sobre a Iniciação Científica na Educação Infantil.

1. 3 Apresentação do Artigo Monográfico

Este artigo monográfico encontra-se estruturado da seguinte forma: inicialmente, neste tópico introdutório, apresenta-se o tema da pesquisa, inerente às minhas inquietações enquanto professor da educação básica que trabalha no Ensino Médio e defende a importância da investigação cooperativa com os alunos na disciplina de Química. Nesse sentido, o tema, a justificativa e os objetivos deste TCC orbitam ao redor da temática o estado da arte sobre Iniciação Científica na Educação Infantil.

Em seguida, na segunda seção, apresenta-se o referencial teórico deste estudo, que é alicerçado por uma breve revisão de literatura da área, pautada principalmente por autores já consagrados, como Piaget e Vygotsky, que abordam as

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relações das crianças com o mundo e como elas aprendem. Ainda nesse segundo capítulo, procura-se definir um conceito para Iniciação Científica, bem como discutir os meios e modos como ela acontece nos ambientes educacionais.

Na terceira seção, explica-se a metodologia da pesquisa, que é inspirada em outros estudos de estado da arte já realizados recentemente.

Os dados levantados na pesquisa, que foram os trabalhos acadêmicos mapeados no Banco de Teses e Dissertações da CAPES e no Google Acadêmico – que relatam discussões sobre a Iniciação Científica na Educação infantil – são apresentados no quarto capítulo.

Finalmente, na quinta e última seção, apresentam-se as considerações finais do estudo, que apontam para a Iniciação Científica com crianças como um método que pode potencializar os questionamentos delas, e lhes proporcionar um caminho para a maturação dos aspectos da observação, repetição, experimentação e análises coletivas construídas no processo de aprendizagem.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2. 1 A Iniciação Científica Com As Crianças Na Educação Infantil: Alguns Apontamentos Teóricos E Nos Documentos Oficiais

A Educação Infantil, que congrega crianças de 0 a 5 anos, durante muito tempo foi tida como espaço para que as crianças pudessem ser cuidadas, pois esse nível tratava dessa dimensão. No entanto, essa dimensão logo foi repensada e aprimorada, e passou a ser trabalhado nesse nível de ensino um outro viés pedagógico, com uma perspectiva diferente, conforme estabelecido nos seguintes preceitos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB:

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996).

Conforme registrado na LDB, a Educação Infantil deve ser uma etapa da educação básica que propicie o desenvolvimento integral da criança, enfatizando também, a parte intelectual, que, por sua vez, pode ser aflorada a partir das diversas perguntas levantadas pelas crianças. Nessa etapa da educação básica, a criança começa a construir os conceitos a partir das experimentações, que vão ocorrendo na sua vida, na escola, na família e na comunidade.

Sendo assim, é muito importante trabalhar práticas pedagógicas diversas, em que esses conceitos vão se constituindo para sua formação intelectual e social. Afirmando essa posição, Vygotsky (2015) relata que o processo de formação e aquisição dos conceitos começa nos primeiros anos de vida, instigado pelas experiências vivenciadas cotidianamente. Para compreender um conceito, a criança experimenta e elabora teorias próprias, intuitivas, sendo estas identificadas como conhecimentos espontâneos.

Já Piaget, para a formação desses conceitos, afirma tratar-se de uma construção individual, singular, que acompanha o ritmo de desenvolvimento do sujeito, envolto de tentativas e erros, com momentos de equilibrações, até que ocorra a assimilação e a acomodação, que juntas promovem a adaptação – momento ápice de

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incorporação dos novos saberes, modificando os esquemas mentais existentes em função das experiências (PIAGET, 2010).

Como relata Lopes (2018), o referido trabalho vislumbra:

À luz da perspectiva socio-histórica, visualiza-se o desenvolvimento infantil com múltiplas possibilidades de interações das crianças nos espaços sociais que vivenciam, buscando compreendê-lo, transformá-lo e se constituir enquanto sujeito social (LOPES, 2018, p. 2).

Dessa forma, a Iniciação Científica das crianças da Educação Infantil, nas salas de aulas espalhadas pelo Brasil, demonstra ser pertinente, tanto pela inquietude das crianças, expressa nos seus desejos incessantes de buscar respostas, como pela curiosidade por algo novo, que ainda não conhecem. Assim, tal curiosidade, vista como natural nessa fase, pode possibilitar aos professores trabalharem a problematização, onde a partir dos questionamentos, expõe-se possibilidades (hipóteses), as quais nesse percurso vão sendo trabalhados conjuntamente com as crianças, e que se constituem conclusões, etapas fundamentais do processo de investigação científica.

Outros pesquisadores, como Sinieghi e demais autores, fazendo referência ao momento em que as crianças vivem nessa fase, a Educação Infantil, afirmam que

É a curiosidade que torna possível um caminho para o aprendizado e que o papel do educador é provocar e instigar essa curiosidade por meio de atividades criativas, investigativas e lúdicas. Nesse contexto, o desafio, a curiosidade, a experimentação, a resolução de problemas e a investigação devem existir em todos os processos escolares que envolvem aprendizes, desde a Educação Infantil à Pós-graduação (SINIEGHI et al., 2020, p. 100).

Nessa perspectiva, este estudo toma por base as ideias de Piaget e Vygotsky para afirmar que a Iniciação Científica é fundamental para ser trabalhada nessa etapa da escolaridade. Para entendermos a congruência das bases desses autores, nesse estudo, dialogamos com as teorias desses autores para mostrar a importância de trabalhar o método científico na fase inicial da educação das crianças. Sendo assim, nos reportaremos às duas teorias para expor nossa proposta e difundir a importância do uso da Iniciação Científica com as crianças na Educação Infantil.

A construção do conhecimento ocorrerá - na visão piagetiana - por uma sucessão de situações de equilibração, desequilibração e reequilibração (PIAGET, 1999). Além disso, também fica evidente nessas teorias que todo conhecimento do

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presente é fruto de um conhecimento passado. Piaget (1975) procura apresentar o processo de aquisição de novos conhecimentos como um processo de equilibração cognitiva que, de certa forma, obriga-nos a assimilar as informações provenientes do mundo a sua volta, acomodando-as em estruturas mentais que são forjadas justamente para refletir esse mundo.

A equilibração se explica pelo fato de que, nas etapas sucessivas, as formas pelas quais os esquemas operam apresentam sempre uma probabilidade crescente em complexidade e plasticidade, tendo em vista os resultados obtidos nas etapas antecedentes. O sistema de equilibração coloca-se como elo entre o desenvolvimento e a aprendizagem, combinando os fatores da ação externa com os fatores de organização interna, inerentes à estrutura cognitiva (PALANGANA, 2001, p. 75-76).

Essa equilibração parte dos elementos que o sujeito já sabe para etapas sucessivas posteriores, ou seja, resultados superiores àquele estado de adaptação do conhecimento que o indivíduo tinha anteriormente e que adquiriu a partir da vivência dessa desequilibração. O equilíbrio, portanto, é tido como uma compensação proveniente das atividades do sujeito em resposta às perturbações do mundo externo, agindo de forma a superar perturbações na relação que se estabelece com esse meio. De acordo com a Figura 01 (a seguir), e baseando-se no caminho teórico de Piaget (1975), realça-se que o processo cognitivo parte do conhecimento do cotidiano, da vivência das crianças, a qual incentiva o aluno através da pergunta (desequilibração), a encontrar respostas conjuntas (com professores e estudantes) para esse problema, propondo situações/encaminhamentos (novamente, com professores e estudantes) e efetuando novos conhecimentos (reequilibração) de forma coletiva e prazerosa.

Nesse percurso o aluno passa por conflitos, acomoda-se e encontra o equilíbrio quando o conhecimento é apreendido, mesmo que de forma simbólica e não sistemática. Assim, ele sai da ação manipulativa para a ação intelectual, como pode ser visto no processo esquematizado na Figura 01.

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Figura 01 – Representação do esquema desequilíbrio-reequilibração proposto por Piaget

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Conforme visto na Figura 01, vê-se com isso que o processo de aprendizagem se dá por um fluxo contínuo experimentado pelo aluno a partir de situações de equilíbrio, desequilíbrio e reequilíbrio das estruturas cognitivas. Ademais, o equilíbrio não é atingido de forma imediata, para tanto, é precedido de uma etapa de preparação, levada pelo questionamento entre as informações que ocorrem e os esquemas que o aluno tem sobre o assunto.

Desse modo, ao se propor um desafio ou problema para a criança, o professor transfere a tarefa da situação e se desloca da posição de mero expositor de informações para o papel de orientador e articulador das possiblidades. Essa passagem possibilita a formalização de ações conjuntas e coletivas, para a construção de modelos e internalização de novas experiências com as crianças. Nessa etapa, o erro é importante, pois é através dele que os alunos tecem conhecimentos - conforme condição piagetiana - para então prosseguirem para a fase de equilíbrio.

Contudo, falar em equilibração implica, também, falar em desequilíbrios. Essas são as fontes de desenvolvimento do conhecimento, onde o indivíduo ultrapassa o estágio de conhecimento em que se encontra. A equilibração, portanto, não conduz ao retorno do equilíbrio anterior, mas conduz, em geral, a um estado melhor em relação àquele do qual partiu, a formas melhores de equilíbrio, ou, como designou Piaget (1975), a equilibrações majorantes.

Complementamos que essas contribuições de Piaget para o desenvolvimento da Iniciação Científica podem favorecer a situação em que uma pergunta pode gerar observações, experimentações e análises coletivas. Vygotsky (2015), em sua teoria, também nos ajuda a mostrar a importância desse método no trabalho com as crianças.

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Nesse cenário, ele define a existência dos níveis de desenvolvimento, quais sejam: o nível de desenvolvimento real, o nível de desenvolvimento proximal e o nível de desenvolvimento potencial, como se percebe na ilustração da figura 02, a seguir, como meio para construção de aprendizagens:

Figura 02 – Representação esquemática entre as relações de saber propostas por Vygotsky

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

De forma didática, Paula, Marques Filho e Cerqueira (2014) explicam que, em sua teoria, Vygotsky teria considerado três níveis de desenvolvimento: o primeiro é o nível de desenvolvimento real, caracterizado como aquilo que o sujeito faz sozinho; o segundo é o nível de desenvolvimento potencial, que se configura como aquilo que se pode realizar com auxílio de pessoas mais experientes, e o terceiro e último o nível de desenvolvimento proximal, o que está em amadurecimento, como consequência da interação entre os outros dois níveis.

Assim, fica ainda mais claro como o desenvolvimento das funções mentais para Vygotsky (2015) é radicado nas relações sociais que estabelecemos. Segundo o autor, a distância entre o desenvolvimento real (saber atual) e o desenvolvimento potencial (saber a ser alcançado) - o que ele chama de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) - só é alcançada a partir de esforços cooperativos.

Essa interação social relaciona a cooperação entre os estudantes, de modo a perceber que eles constroem o conhecimento, compartilha modelos e internaliza situações, a partir do desenvolvimento de ações nas vivências em conjunto, de modo a fortalecer o desenvolvimento e construir o aprendizado. Logo, em metodologias como o ensino por investigação (Iniciação Científica), mesmo que de maneira mais

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gradual, e como a aprendizagens cooperativa, “vão surgindo as tarefas cognitivas em que se engendram e se desenvolvem a percepção, o pensamento, a linguagem e a consciência humana” (ANDRADE; FRANCO, 2006, p. 178).

Isso não decorre somente da interação social, ocasionada pela relação entre o professor e o aluno, “mas também pelo ambiente em que a comunicação ocorre, através da interação do aprendiz com os problemas, assuntos, informações e valores culturais trabalhados na sala de aula”, como complementa Carvalho (2013, p. 4).

Em síntese, é possível perceber - por meio da breve exposição sobre os olhares de Piaget e Vygotsky - como o ensino por investigação (Iniciação Científica) e a aprendizagem cooperativa se inter-relacionam, não apenas como um método ou recurso especialmente útil para uma melhor apreensão do mundo em volta da criança, mas também como um conteúdo curricular que os alunos devem aprender e que, portanto, deve-se ensinar.

A esse respeito, o que aprender e o que se deve ensinar, é importante trazer algumas proposições importantes em relação ao que deve ser trabalhado com as crianças na Educação Infantil, à luz da Referência Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEI) e da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), para fortalecer a importância do trabalho da Iniciação Científica com as crianças. Destacamos possibilidades apreendidas nesses documentos conforme apresentado no Quadro 01 (a seguir).

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Quadro 01 – Práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da EI nos RCNEI, nas DCNEI

e na BNCC RCNEI RCNEI

1. Realizar experiências pontuais de observação de pequenos animais ou plantas; 2. Direcionar atividades para ampliação de experiências das crianças e à construção de conhecimentos científicos sobre o meio natural e social;

3. Possibilitar o contato com as explicações científicas e a possibilidade de conhecer se construir novas formas de pensar;

4. Fazer com que a criança tenha contato com diversos elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo;

5. Permitir o contato das crianças com explicações científicas e a possibilidade de conhecer e construir novas formas de pensar sobre os acontecimentos que as cercam. 6. Apresentar diferentes formas de compreender, explicar e representar elementos do mundo.

DCNEI

1. Favorecer a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;

2. Recriar, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações de espaço temporais;

3. Ampliar a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas; 4. Incentivar a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;

5. Promover a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;

6. Possibilitar a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas e outros recursos tecnológicos e midiáticos.

BNCC

1- Explorar as características de objetos e materiais – odores, sabores, sonoridades, texturas, formas, pesos, tamanhos e posições no espaço.

2- Compartilhar, com outras crianças, situações de cuidado de plantas e animais nos espaços da instituição.

3- Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza e a sua preservação.

4- Observar, descrever e registrar mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações efetuadas sobre eles.

5- Registrar o que observou ou mediu, fazendo uso mais elaborado da linguagem do desenho, da matemática, da escrita, ainda que de forma não convencional, ou utilizando recursos tecnológicos.

6- Fazer observações e descrever elementos e fenômenos naturais como luz solar, vento, chuva, temperatura, mudanças climáticas, relevo e paisagem.

Fonte: BRASIL, 1998, p. 166; BRASIL, 2010, p. 25; BRASIL, 2016, p. 81.

Percebe-se, a partir do Quadro 01, que a Iniciação Científica está presente como método nos três documentos oficiais brasileiros e são elencados retratando a observação, o uso de experiências, a descrição dos fatos e o registro deles pelas

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crianças. Sendo assim, reafirma-se a importância dessa temática para a construção da criança, como um futuro estudante pesquisador.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (BRASIL, 2010, p. 14), a criança é definida como sujeito, que, “nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos [...]”, o que muito a torna interativa e propicia a novas aprendizagens. Mas, o que de fato seria uma Iniciação Científica na Educação Infantil? A Iniciação Científica é, dentre vários conceitos possíveis, um percurso metodológico que pode ser adotado pelo professor, na qual, o mundo a nossa volta pode ser trabalhado com as crianças, a partir da observação, do questionamento, do registro e da formulação de hipóteses conjuntas (professor/criança) com uso simplificado de termos, numa linguagem simples e de fácil compreensão para as crianças.

A Iniciação Científica, que tem o caráter de questionar, terá que perpassar os conceitos de equilibração/desequilibração, além da “zona de desenvolvimento potencial”, reforçando o caráter da construção coletiva, levando as crianças para a construção da base do que está sendo investigado. Desse modo, vê-se a possibilidade de implementação da Iniciação Científica como prática de ensino, não só com o aporte das teorias de Piaget e Vygotsky, mas também com o respaldo do que pode ser visto nos documentos oficiais brasileiros, como possibilidades para o trabalho da Iniciação Científica com as crianças.

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3 METODOLOGIA

Essa pesquisa caracteriza-se como um estudo com foco na investigação de “estado da arte” (FERREIRA, 2002), de natureza básica, com objetivos descritivos e com procedimento de uma pesquisa bibliográfica, a qual estrutura-se a partir de um estudo de trabalhos publicados no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, que é uma plataforma que tem como objetivo facilitar o acesso a informações sobre teses e dissertações defendidas junto a programas de pós-graduação do país, e faz parte do Portal de Periódicos da Instituição1, e no Google Acadêmico, que é um mecanismo de

busca online focado em bibliografia acadêmica (artigos, dissertações, teses, capítulos de livros e outros gêneros acadêmicos).

Em termos metodológicos, portanto, este trabalho apresenta um breve estado da arte referente à Iniciação Científica na Educação Infantil, com base no mapeamento da literatura da área a partir do Banco de Teses e Dissertações da CAPES e do Google Acadêmico. Para realização desta pesquisa, justificamos a escolha por estes dois sistemas de busca com base em estudos prévios de estado da arte (e.g. COSTA et al., 2016; COSTA; SILVA; JACÓBSEN, 2019; REGO; COSTA, 2020).

No que concerne às dissertações de mestrado e às teses de doutorado disponíveis no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, Lima e Lima-Neto (2009, p. 50) argumentam: tal ferramenta de busca cumpre “papel relevante no desenvolvimento, na expansão e na consolidação da pesquisa em todo o Brasil”, sendo o órgão máximo no que diz respeito à “avaliação da pós-graduação stricto sensu”, razão pela qual realizamos buscas nesse sistema, no período de 2016 a 2021, os quais foram usados os termos “iniciação científica” em julho de 2021. No que concerne ao Google Acadêmico, Costa et al. (2016) apontam, com base em estudos prévios, tratar-se do sistema de busca mais popular e elogiado por usuários da internet, principalmente em função de possuir um vasto banco de dados em vários formatos (tais como HTML, PDF, Word, Excel etc.), razão pela qual também realizamos buscas nesse sistema, também em julho e guiados pela mesma palavra-chave: “iniciação científica”.

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Passamos a tratar, a seguir, da primeira etapa de buscas, realizada no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, nos dias 16 e 17 de julho de 2021. Inicialmente foi realizada a busca pela palavra-chave “iniciação científica”, nos títulos, dos resumos e palavras-chave dos trabalhos publicados. A partir disso, foram encontrados 608 resultados, os quais tornavam impossível a leitura e a análise de todos os resumos desses trabalhos no breve tempo possível para a confecção do presente TCC. Dessa forma, foi necessário refinar ainda mais essa busca, acrescentando um recorte temporal, enfocando apenas trabalhos no período de 2016 a junho de 2021.

Com o acréscimo desse novo critério de busca, o número de trabalhos foi reduzido a 250 resultados. Sendo assim, foram necessários o refinamento e a adição de novos critérios, que foi o uso da área de conhecimento: “Educação, Ensino da Matemática e Ciências e Ensino”. Com o uso desse novo filtro, o número de trabalhos foi reduzido a 121 resultados. Esse procedimento, ainda não sendo suficiente, utilizou-se o refinamento da área de concentração para minimizar o número de trabalhos e facilitar a análise.

Dando prosseguimento com a aplicação desse novo filtro (com as áreas de concentração “Educação em Ciências e a temática, Ensino de Ciências Naturais, Ensino de Ciências, Educação em Ciências, Educação em Ciências e Matemática, Educação Básica e Ciências Naturais na Educação Básica”), numa tentativa de maximizar as possibilidades de se conseguir algum artigo sobre a temática em questão, a quantidade de resultados foi reduzida a 16 trabalhos que versam sobre a Iniciação Científica e ensino de ciências no período de 2016 a junho de 2021.

Após esta etapa, procedeu-se a leitura integral de todos os títulos, resumos e palavras-chave das 4 teses e das 12 dissertações encontradas. Para essa análise utilizou-se como base de referência o foco temático “Iniciação Científica” e, como princípio basilar, a “Educação Infantil”. Com a finalização da leitura e análise dos resumos, títulos e palavras-chave, percebeu-se que tal corpus, composto pelas teses e dissertações mapeadas, não versam especificamente sobre a temática almejada neste estudo, isto é, a Iniciação Científica na Educação Infantil.

Esse fato nos fez voltar nossa atenção para a segunda etapa da pesquisa, que consistiu na consulta à plataforma Google Acadêmico. Sendo assim, inseriu-se entre aspas as palavras “iniciação científica” e "Educação Infantil'', em que apareceram 20.400 resultados.

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Desse modo, resolveu-se pesquisar as duas primeiras páginas dessa ferramenta de busca e constatou-se que, ali, encontrava-se 20 artigos, os quais foram lidos os títulos, os resumos e as palavras-chave de todos eles. Esse procedimento foi necessário para encontrarmos quais deles retratavam a Iniciação Científica com crianças, para servirem de base para o nosso estudo. Após feita a leitura de todos os resumos, foi constatado o número de onze artigos que se enquadravam no escopo da nossa pesquisa e serviram de base para nossa análise, visto que nosso foco é a Iniciação Científica com as crianças.

Finalizando esse percurso, foram analisados os 11 artigos, no tocante ao título que congregava as palavras “iniciação cientifica na Educação Infantil”, as palavras-chave “iniciação científica” e “Educação Infantil”. Ademais, para este corpus especificamente, procedeu-se também a leitura do artigo na integra, para possíveis reflexões e análises sobre a relação com nosso interesse de investigação.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4. 1 Busca Por Dissertações E Teses Que Tratam Da Iniciação Científica Na Educação Infantil No Banco De Teses Da Capes

Conforme especificado na metodologia, ao pesquisarmos o termo “iniciação científica” (com os devidos filtros) no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, numa tentativa clara de encontrar alguma tese ou dissertação que tratasse da Iniciação Científica e o ensino de ciências para crianças, não foi encontrado trabalho que versasse sobre o assunto no viés que almejamos neste TCC. Sendo assim, inferimos que há poucos ou nenhum estudo que contemple essas duas temáticas em concomitante e que se enquadrem especificamente no campo “Educação, Ensino da Matemática e Ciências e Ensino”. Nesse sentido, entendemos que ainda não tiveram pesquisas a nível de programas de pós-graduação nas universidades brasileiras sobre o assunto, de acordo com nossa pesquisa, que pode ser vista mais detalhadamente na Figura 03.

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Figura 03 - Pesquisa sobre “iniciação científica”, com o uso de filtros, no Banco de Teses e

Dissertações da CAPES

Fonte: o próprio autor (julho/2021)

Disponível em: https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/

Os resultados detalhados da busca, separados pelas palavras-chave empregadas, são apresentados no Quadro 02.

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Quadro 02 - Busca pelas palavras “iniciação científica" em sentido geral por associação: título,

palavras-chave, linha de pesquisa, área do conhecimento, áreas de concentração e anos de referência: 2016 – 2021.

ANO 2016 2017 2018 2019 2020 2021

D/T 6 3 3 0 4 0

D Total de dissertações, termo iniciação científica: 12

T Total de teses, termo iniciação científica: 4

D/T Total de dissertações e teses, termos iniciação científica, filtro: Educação Infantil: 0

Fonte: o autor

Observa-se nas informações do Quadro 02 que o número das produções ligadas às palavras “iniciação científica” apresentou um maior número de dissertações e teses no ano de 2016 e que, nos anos de 2019 e 2021, as publicações foram zeradas nessa temática.

As buscas por “iniciação científica” vinculada à Educação Infantil, e com os filtros que empregamos, não apresentaram resultados. Nossa pesquisa, conforme foi detalhado na página 20, não nos permitiu encontrar trabalhos com a temática Iniciação Científica no escopo almejado: na seara “Educação, Ensino da Matemática e Ciências e Ensino”, e com foco na Educação Infantil, com o devido registro nos títulos, nos resumos ou nas palavras-chave das publicações.

Dessa forma, em termos de dissertações e teses, não foi encontrado o que estava sendo procurado, o que nos leva a refletir que, talvez, esse tema ainda não tenha sido devidamente abordado em publicações de Programas de Pós-Graduação. Outra reflexão possível é: talvez existam dissertações ou teses relacionados a essa temática, mas que talvez o(s) autor(es) não tenham disponibilizado a publicação para incorporação e/ou divulgação no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, por motivos variados, como, por exemplo, querer publicar o conteúdo da dissertação ou tese em formato de livro.

4. 2 Busca Por Publicações Sobre Iniciação Científica Na Educação Infantil No Google Acadêmico

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Nessa segunda etapa do nosso estudo, ao fazermos a busca no Google Acadêmico, percebemos que existem alguns estudos pontuais sobre a temática da Iniciação Científica na Educação Infantil. No entanto, é importante destacar que foram analisadas apenas as duas primeiras páginas dessa ferramenta de busca2, como

pode ser visto na Figura 04.

Figura 04 - Apresentação das duas páginas do Google Acadêmico com busca sobre iniciação

científica na Educação Infantil

Fonte: o autor (Google Acadêmico, 15 jul. 2021).

Diante dos dados de busca na ferramenta Google Acadêmico, chegamos aos artigos que estão dispostos na tabela abaixo, os quais são apresentados por título e palavras-chave que apresentam os termos “iniciação científica” e “Educação Infantil” escritas de forma integral.

2 Isso se deu em função do breve tempo para a realização deste TCC. Nesse sentido, futuros estudos

podem tratar de aprofundar a pesquisa, dando conta dos demais resultados que não foram contemplados no corpus desta investigação.

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Quadro 02 - Relação de trabalhos encontrados no Google Acadêmico que estão relacionados à

iniciação científica na Educação Infantil

Artigo Título Palavras-Chave

01 Iniciação científica na educação básica: uma atividade mais do que necessária

Iniciação científica, educação básica, educação em ciências.

02 A Produção Científica sobre Educação Infantil no Brasil nos Programas de Pós-graduação em Educação

Não tem palavras-chave.

03 A importância da pesquisa como princípio educativo na atuação pedagógica de professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental

Princípios educativos da pesquisa. Metodologia da Problematização. Educação pela pesquisa. Formação de professores.

04 A iniciação científica na Educação Infantil - possibilidades pedagógicas

Educação Infantil, Iniciação Científica, Aprendizagem.

05 Iniciação científica na Educação Infantil: as dificuldades ao trabalhar pesquisa com os alunos das turmas de jardim de infância

Educação Infantil; Iniciação Científica; Pesquisa como Metodologia.

06 Educação científica: o desafio de ensinar cientificamente no contexto educacional infantil

Educação Científica; Educação Infantil; Criança; Pesquisa.

07 Alfabetização científica na Educação Infantil: quando os pequenos visitam o museu de ciências

Museu de Ciências, Visita Monitorada, Crianças Pequenas.

08 Projeto de iniciação científica discente: relato de projeto de trabalho desenvolvido na Educação Infantil

Projetos de Trabalho. Experiência Didática. Reciclagem.

09 Alfabetização científica na Educação Infantil em uma escola do campo

Aprendizagem Significativa. Educação do Campo. Práticas Educativas. Ensino por Investigação. 10 Construção de foguete de água na

Educação Infantil: possibilidades de iniciação científica

Iniciação Científica. Educação Infantil. Foguete de Água.

(29)

27

Continuação...

Artigo Título Palavras-Chave

11 Diálogos entre as produções acadêmico-científicas da Educação Física e os documentos orientadores da Educação Infantil

Publicações; Estado da Arte; Documentos Legais e Pedagógicos; Infância.

12 A iniciação científica da criança na Educação Infantil pelos caminhos da brincadeira

Educação Infantil; Brincar; Iniciação Científica.

13 Mediação do professor da Educação Infantil frente à iniciação científica

Docência, Educação Infantil, Práticas e Metodologias.

14 Por Amor e por Força: Rotinas na Educação Infantil - Livro

Não tem palavras-chave.

15 Educação em ciências na Amazônia e a iniciação científica na infância: análise das diretrizes legais da Educação Infantil

Educação e Ciências, Amazônia, Educação Infantil, Legislação, Iniciação Científica.

16 A iniciação científica no Brasil e sua propagação no Ensino Médio

Iniciação Científica. Ensino Médio. Documentos de Ensino. CNPq.

17 A iniciação à pesquisa a partir das contribuições da Teoria Histórico-cultural para a Educação Infantil: reflexões sobre o valor das brincadeiras

Educação Infantil; Brincadeiras; Teoria Histórico-cultural.

18 Sistema de apostilamento na Educação Infantil: um debate necessário

Educação Infantil. Sistema Apostilado. Teoria Histórico-cultural.

19 O lúdico no processo pedagógico da Educação Infantil: importante, porém ausente

Jogos e brinquedos. Aprendizagem. Educação Infantil. Planejamento.

20 A iniciação científica: escuta, diálogo e contexto

Educação básica. Iniciação científica. Ensino e aprendizagem.

Total de artigos com o termo iniciação científica: 9

Total de artigos com o termo Educação Infantil: 17

Total de artigos com o termo iniciação científica e Educação Infantil: 6

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Observando o Quadro 02 constatou-se que existem alguns trabalhos que discutem a Iniciação Científica na Educação Infantil e que estes justificam a

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importância de trabalhar esse método com as crianças. Dos trabalhos analisados na primeira e na segunda página do Google Acadêmico, observou-se que dos 20 trabalhos (19 deles, sendo artigos, e 1 livro), apenas 9 apresentam o termo “iniciação científica” no seu título, e 17, o termo “Educação Infantil”.

Já em relação à própria temática aludida nos objetivos desse trabalho, foram observados que há - nessas duas páginas do Google Acadêmico - 6 artigos que mencionam a Iniciação Científica na Educação Infantil. Analisando-os, constatou-se que tais pesquisas apresentam alguns objetivos e argumentos no seu texto que merecem ser citados.

O terceiro artigo apresentado no Quadro 02, que trata da “importância da pesquisa como princípio educativo na atuação pedagógica de professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental”, traz um elemento que vale mencionar:

o educar pela pesquisa promove a (re)construção do conhecimento e aprendizados que superam a reprodução de informações”.

Nesse artigo o autor argumenta que a ação educativa pela pesquisa (Iniciação Científica) ultrapassa a reprodução das informações e assegura a construção e a reconstrução dos aprendizados. Trata-se de um estudo realizado pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas

No quarto e no décimo segundo artigos apresentados na tabela, um deles aborda a iniciação científica na Educação Infantil - possibilidades pedagógicas, da Universidad Internacional Tres Fronteras – Asunción – PY, “consiste em estudo com o propósito de analisar as possibilidades das brincadeiras contribuírem para a iniciação científica nas situações cotidianas escolares da Educação Infantil”.

Já o outro aborda a iniciação científica da criança na Educação Infantil pelos caminhos da brincadeira, também da Universidad Internacional Tres Fronteras – UNINTER e que “apresenta contribuições das atividades de investigação para o desenvolvimento da alfabetização científica na Educação Infantil, em uma escola do campo do Estado de Mato Grosso”.São trabalhos que analisam o lúdico para o uso da Iniciação Científica no cotidiano do trabalho com as crianças.

No texto, é possível ver um trecho que se estima que

a inserção de propostas pedagógicas que incentivem a iniciação científica a partir da Educação Infantil, considerando as singularidades da criança, a peculiaridade de seu pensamento exploratório, com atividades que oportunizem a exploração, compreensão e conhecimento do mundo, saberes necessários para a formação de qualquer cidadão (LOPES, 2017, p. 2)

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O quinto artigo que discute a iniciação científica na Educação Infantil: as dificuldades ao trabalhar pesquisa com os alunos das turmas de jardim de infância, dos professores trata-se de “estudo que busca identificar as principais dificuldades das professoras e discentes do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSUL), de Educação Infantil em utilizar a pesquisa como metodologia de ensino”. A abordagem do referido trabalho é centrada nas dificuldades dos professores para trabalhar a Iniciação Científica como metodologia de ensino no seu dia a dia de sala de aula.

Outro artigo que merece destaque é o sétimo da tabela 5, que trata da alfabetização científica na Educação Infantil: quando os pequenos visitam o museu de ciências dos professores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades – USP. Nesse artigo são descritas as vivências de uma turma de vinte e uma crianças da pré-escola, de uma escola municipal da cidade de São Paulo durante visita ao museu Catavento, realizada em abril de 2010. Os autores durante esse relato vão mostrando a importância do questionamento e a busca das soluções para construção da alfabetização científica das crianças.

Outro artigo que vai na mesma linha é Alfabetização Científica na Educação Infantil em uma escola do campo, por pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso, dos municípios de Barra do Bugres/MT e Cárceres/MT, e esse visa

A iniciação às ciências junto às crianças de Educação Infantil pode desvendar um mundo brilhante aos olhos dos pequeninos, pois essa é a fase das descobertas, cujas primeiras atividades sobre a alfabetização científica poderão ser desenvolvidas vivenciando... (LOMEU; IOCCA, 2016, p. 1404).

O projeto de iniciação científica discente: relato de projeto de trabalho desenvolvido na Educação Infantil, da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia, disposto na linha 8 da tabela 5, enfatiza que “a iniciação científica pode começar a ser realizada de forma sistemática desde o início da escolaridade, facilitando a aprendizagem e instigando a curiosidade das crianças. O presente trabalho aborda o tema da Iniciação Científica na Educação Infantil, relatando uma experiência escolar”.

O décimo artigo descrito na tabela 5 e que aborda a construção de foguete de água na Educação Infantil: possibilidades de iniciação científica, de pesquisadoras da Universidade de São Paulo, enfatiza que é “preciso dar oportunidade à criança de

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usar instrumentos simples para fazer observações, vivenciar suas experiências e encontrar respostas para certas perguntas” (SINIEGHI et al., 2020, p. 101).

O último artigo que precisa ser destacado é o que retrata a iniciação científica: escuta, diálogo e contexto, de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que mostra que “as crianças, por volta dos 3 a 4 anos de idade, começam a fazer perguntas, fase dos “porquês” que, segundo Piaget (1970), corresponde ao período pré-operatório, em que elas não aceitam a casualidade, por isso começam os questionamentos” (LOREZONI; SALGADO, 2019, p. 514).

O artigo acima mencionado dialoga com autores que tratam as abordagens da escuta, do diálogo e do contexto, os quais vai relatando a importância de cada aspecto para a construção da Iniciação Científica com as crianças. Sendo assim, sustenta-se a ideia de que:

1. A pesquisa envolvida pela escuta investigativa, em que o professor possa intermediar junto ao aluno a prática de pesquisa, voltada para a construção conjunta do conhecimento, baseando-se em uma relação dialógica...

2. O aprender pela pesquisa cria e recria condições para que os sujeitos apropriem-se do conhecimento, dando-lhes significados ao aprendizado baseado no protagonismo de professores e alunos, pois essas vozes formam e firmam o discurso, a partir dessa importante interação dialógica...

3. Essa prática metodológica propõe a formação de alunos mais atuantes, pois permite uma participação ativa a partir da associação de conhecimentos significativos entre o contexto escolar e a vida cotidiana, considerando o comprometimento e responsabilidade da instituição escolar em formar sujeitos capacitados para atuar criticamente em seu meio social (LOREZONI; SALGADO, 2019, p. 519).

Diante das análises realizadas nos artigos, fica evidente a importância da Iniciação Científica com as crianças, logo na fase inicial de sua vida estudantil, pois é através dela que a criança constrói e reconstrói seu conhecimento, de forma significativa.

No quesito palavras-chave, na sua grande maioria apresentam a Iniciação Científica e Educação Infantil como termos descritos nas palavras-chave. Também, é importante destacar que já existem alguns estudos pontuais em algumas partes do Brasil, mesmo não sendo tão profundos, como uma dissertação e uma tese, já constam pesquisas que buscam, mesmo que de forma superficial, enfatizar a importância do trabalho de Iniciação Científica com as crianças da Educação Infantil.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista a potencialidade da Iniciação Científica na Educação Infantil, foi desenvolvida a presente pesquisa, cujo objetivo foi mapear e analisar o estado da arte da produção científica brasileira, no Banco de Teses e Dissertações da CAPES e no Google Acadêmico, a partir do título do trabalho, palavras-chave e resumo, a respeito da Iniciação Científica na Educação Infantil nos últimos cinco anos. Tal objetivo pode ser considerado alcançado, na medida que passamos a apresentar os principais resultados desse estudo de estado da arte a seguir.

O mapeamento referente à pesquisa de estado da arte, realizada no Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, fez com que percebêssemos que a temática “Iniciação Científica” talvez não tenha sido devidamente estudada e divulgada nas produções científicas (da área “Educação, Ensino da Matemática e Ciências e Ensino”) em programas de pós-graduação stricto sensu - nível de mestrado e doutorado, de universidades brasileiras, de 2016 a 2021. Nesse sentido, futuros estudos podem tratar de avaliar teses e dissertações em outras áreas, bem como investigar livros e outros gêneros acadêmicos que podem contar com discussões e reflexões pertinentes para a Iniciação Científica na Educação Infantil.

Nesse mesmo sentido, e ainda considerando nossa busca no Banco de Teses e Dissertação da CAPES, entendemos que não foi possível aprofundar um levantamento das universidades que dispõem de Programas de Pós-Graduação com linhas de pesquisa e pesquisadores que abordam essa temática. No melhor do nosso conhecimento, não há linhas de pesquisa de Pós-Graduação que tratam especificamente do nosso escopo de pesquisa neste trabalho, embora caiba ressaltar que as universidades onde atuam os autores dos artigos mapeados possam ser interpretados como centros que pesquisam e realizam investigações sobre o assunto. Recomendamos, nesse sentido, a importante ampliação de estudos da temática mencionada nos Programas de Pós-Graduação do Brasil. Dessa forma, seriam mostrados os avanços e dificuldades dos professores e das crianças ao trabalhar com pesquisa e Iniciação Científica na Educação Infantil.

O mapeamento referente aos resultados obtidos via consultas no Google Acadêmico mostrou-se mais profícuo, e apresenta artigos que contribuem com a agenda de pesquisa sobre Iniciação Científica e Educação Infantil. Também, é

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importante destacar que em alguns desses estudos, a temática da Iniciação Científica se apresenta como uma alternativa, para desde o início da Educação Básica, a criança ter contato com o método científico. O fato é que nesse momento atual de pandemia, em que a ciência vem sendo atacada e negada em nosso país, mais que nunca, evidencia-se a importância de trabalhar com as crianças, esse método, pois uma vivência escolar pautada pela ciência, em muito contribuirá para uma formação cidadã, de postura crítica e participativa.

O estado da arte apresentado neste TCC também permite reafirmar a importância da Iniciação Científica na Educação Infantil. A partir do diálogo sobre o conceito, os paradigmas e a contribuição de Iniciação Científica na Educação Infantil, conforme apontado no referencial teórico deste trabalho, é possível destacar que a obra de Piaget e Vygotsky sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança segue atual, e estão em sinergia com os estudos recentes que tratam do tema.

Finalmente, este estudo evidenciou a necessidade de uma continuidade, para que possamos ampliar o corpus de análise sobre essa temática e verificar se em anos anteriores foram realizados mais estudos sobre a Iniciação Científica na Educação Infantil. Nesse viés, espera-se que o presente trabalho tenha trazido contribuições para o estado da arte sobre Iniciação Científica para crianças, sobretudo no que tange ao apontamento de futuros estudos e caminhos a seguir na pesquisa brasileira.

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Referências

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