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RESUMO PÚBLICO / 2015

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RESUMO PÚBLICO

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APRESENTAÇÃO

O GRUPO JARI que atua nos setores de celulose e agroflorestal, tem a sustentabilidade como estratégia de negócios. As empresas do grupo atuam de forma integrada com o conceito internacional dos 3Ps (people–pessoas, profit-lucro e planet-planeta), incorporando modelos de ação socialmente justos, economicamente viáveis e ambientalmente corretos. Sua visão ampliada da sustentabilidade busca a melhoria do país como um todo, preocupando-se com o efeito de seus negócios em toda cadeia econômica, social e ambiental.

QUEM SOMOS

A Jari Florestal é responsável pelo manejo de 715 mil hectares na Amazônia, onde são aplicadas técnicas de operação de baixo impacto para o meio ambiente. Tais técnicas permitem conciliar o uso da floresta com sua conservação, o que torna a empresa referência mundial em manejo sustentável. A madeira serrada e beneficiada é 100% certificada pelo selo de manejo florestal mais reconhecido do mundo, o FSC®.

LOCALIZAÇÃO

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Página: 3 / 22 A área operacional do Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) da Jari Florestal S.A está localizada no estado do Pará, delimitada ao norte pela Estação Ecológica do Jari (EE Jari), ao leste pelo Rio Jari, ao sul pelo Rio Amazonas e ao oeste pelo Rio Paru, e no estado do Amapá.

OBJETIVOS

O Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) tem objetivo de extrair os recursos florestais de forma racional, utilizando sistemas de exploração de baixo impacto com responsabilidade socioambiental, adequação ao equilíbrio ecológico e eficiência econômica.

Objetivos Técnicos e Ambientais

• Garantir a sustentabilidade e a perpetuidade da produção ao longo dos ciclos de corte com a máxima eficiência, eficácia e segurança;

• Melhorar e aumentar a capacidade produtiva do ecossistema florestal; • Efetuar uma operação de baixo impacto ambiental;

• Aproveitar o resíduo gerado pelo abate das árvores selecionadas para corte e aproveitar o resíduo florestal oriundo da abertura de estradas e pátios;

• Desenvolver o manejo de produtos florestais não-madeireiros junto às comunidades; • Atualizar periodicamente os procedimentos operacionais com avanços técnicos e tecnológicos, considerando as mudanças na legislação e resultados de pesquisas.

Objetivos Econômicos

• Gerar matéria-prima para abastecimento da unidade de beneficiamento de madeira, com baixo custo;

• Valorizar o ativo florestal do Grupo na região do Jari, assegurando sua perpetuidade.

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE MANEJO FLORESTAL

Meio Físico

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Figura 1 Mapa de relevo da AMF JARI FLORESTAL

A maioria dos solos são latossolos amarelos, cambissolos e podzólicos, outros tipos ocorrem em menor quantidade, como a terra roxa estruturada e os plintossolos.

O clima na região é Equatorial Quente Úmido, com duas estações bem definidas: período chuvoso, nos meses de janeiro a julho e período seco nos meses de agosto a dezembro. As temperaturas mensais têm média de 26º C, com máxima de 34º C e mínima de 22º C.

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Figura 2 Mapa da hidrografia da AMF JARI FLORESTAL

Meio Biótico

Dominada pela Floresta Ombrófila Densa, a região é caracterizada por um clima ombrotérmico sem período biologicamente seco. Há dominância de árvores de 25m a 50m de altura e são várias as espécies endêmicas. Nesta formação, estão incluídas as duas formações florestais regionalmente conhecidas como Matas de Várzea (periodicamente inundadas) e Matas de Igapó (permanentemente inundadas).

A vegetação com influência fluvial reflete os efeitos das cheias dos rios nas épocas chuvosas ou das depressões alagáveis todos os anos.

Quanto a fauna, através de levantamentos bibliográficos e de campo, foi observado nos registros 215 espécies de aves, 38 de mamíferos, 33 de répteis e 6 de anfíbios.

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Página: 6 / 22 macaco mais abundante na área é o calitrixídeo. Entre os carnívoros maiores, estão a onça pintada e a sussuarana, que são encontrados com regularidade nas matas mais afastadas dos núcleos urbanos. Em relação à herpetofauna destacam-se ofídeos peçonhentos dos gêneros Micrurus e Botrops. Durante os levantamentos constatou-se a ocorrência de jacarés.

Meio Socioeconômico

A empresa atua nos Municípios de Laranjal do Jari (AP), Vitória do Jari (AP), Almeirim e o distrito Monte Dourado (PA). Laranjal e Vitória são considerados os núcleos habitacionais mais influenciados pelos efeitos de implantação e desenvolvimento.

Com cerca de 40 mil habitantes, Laranjal teve início na década de 1970, com a população motivada pela especulação comercial e pela facilidade de ocupação. As moradias foram edificadas à margem do rio Jari sobre palafitas, de forma crescente e desordenada. O município integra área de proteção ambiental (APA), onde está o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, agregando potencial turístico junto à Estação Ecológica do Jari, Reserva Extrativista do rio Cajari e Reserva do Desenvolvimento Sustentável do rio Iratapurú.

As principais atividades econômicas do município são: criação de gado bubalino e agricultura; fabricação de palmito de açaí, extração de óleo de castanha-do-pará e movelaria; e comércio varejista. Isso nos setores primário, secundário e terciário, respectivamente.

O mais novo município do Amapá, Vitória, criada em 1994, que tem mais de 10 mil habitantes, enfrenta basicamente os mesmos problemas de Laranjal: enchentes, desemprego e condições precárias de moradia. E tem economia similar.

O município de Almeirim, com cerca de 30 mil habitantes, tem a economia dividida em três setores: agricultura, pecuária e extração vegetal. Com destaque ao cultivo de mandioca, rebanho de bovinos e extração de açaí, madeira e castanha-do-pará.

ATIVIDADES DO MANEJO FLORESTAL RESPONSÁVEL

O manejo florestal envolve além das atividades de produção e de tecnologias de madeiras o planejamento do uso dos recursos florestais, buscando uma produção contínua, sem deteriorar os demais recursos e benefícios envolvidos.

O planejamento do PMFS da Jari Florestal S.A é baseado nos seguintes fundamentos: • Ciclo de corte de 30 anos, com perpetuidade da colheita nos ciclos subsequentes; • Tipologias de vegetação existentes;

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Página: 7 / 22 • Composição e volume de espécies comerciais;

• Planejamento minucioso das atividades e operações florestais • Controle da cadeia de custódia

• Técnicas de colheita de baixo impacto;

• Monitoramento das atividades e gestão da qualidade;

• Incorporação de novos conceitos e procedimentos (pesquisas e inovações tecnológicas); • Abastecimento das unidades industriais da empresa (demanda de matéria-prima).

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Tabela 1 Espécies comerciais para exploração.

Nome Cientifico Nome Vulgar

Vouacapoua americana Aubl. Acapu Minguartia guianensis Aubl. Acariquara Brosimum parinarioides Ducke Amapá-doce Hymenolobium sericeum Ducke Angelim

Hymenolobium excelsium Ducke Angelim-da-mata Hymenolobium petraeum Ducke Angelim-pedra Dinizi excelsa Ducke Angelim-vermelho Aspidosperma desmanthum Benth ex Mull.Arg. Araracanga Astronium lecointei Ducke Aroeira

Lecythis pisonis Cambess Castanha-sapucaia Erisma uncinatum Warm. Cedrinho

Dipteryx magnifica Ducke Cumaru Dypterix odorata (Aubl.) Wild. Cumaru-rosa Goupia glabra Aubl. Cupiuba Mezilaurus lindaviana Schwacke & Mez Itaúba-amarela Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez Itaúba-preta Lecythis poiteaui O Berg. Jarana Hymenaea courbaril L. Jatobá Hymenaea intermedia Ducke Jutaí-mirim Manilkara huberi (Ducke) Chevalier Maçaranduba

Qualea paraensis Ducke Mandioqueira-escamosa Manilkara bidentata (A. DC) Chevalier Maparajuba

Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth. Orelha-de-macaco Caryocar villosum (Aubl.) Pers. Pequiá

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Como funciona o manejo

A área total de 545 mil há no estado do Pará, foi dividida em 30 (trinta) Unidades de Produção Anuais (UPAs). Cada UPA representa a área de floresta a ser manejada a cada ano, estas voltam a ser manejadas após 30 anos, iniciando um novo ciclo.

A área de manejo é dividida por uma malha imaginária de quadrantes, o que facilita a localização das árvores dentro de cada UPA. A malha é formada pelos Blocos e Parcelas. Os Blocos são quadrados de 1.600ha (4.000m x 4.000m), são subdivididos em 160 Parcelas, áreas retangulares de 10ha (250m x 400m), menor unidade de trabalho na área de manejo. Cada parcela será dividida em 08 faixas de 50 em 50 metros. Nos vértices dos blocos serão instaladas placas indicativas, facilitando assim a localização das equipes de exploração, sendo coletada suas coordenadas geográficas facilitando assim a reconstrução desses blocos caso seus vértices venham a desaparecer.

O mapa abaixo nos mostra como as UPAs da área de manejo florestal estão distribuídas.

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Atividades Pré Colheita Inventário Florestal

Inicialmente é realizado o mapeamento das áreas identificando áreas operacionais, áreas com restrições e áreas onde não ocorrerá operação como, por exemplo: Área de Preservação Permanente – APP, rios, estradas, infra-estruturas, etc.

Com o mapeamento definido passa-se para o censo florestal, fase em que todas as árvores classificadas como comerciais e potencialmente comerciais dentro das áreas operacionais de cada UPA com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) superior a 40cm são registradas e coletadas as informações de Circunferência a Altura do Peito (CAP), altura comercial, espécie, qualidade fuste (para aproveitamento na serraria), coordenadas de sua localização na parcela e identificadas por uma numeração sequencial em plaquetas de alumínio.

Essas informações são essenciais para conhecer as características da floresta em áreas específicas e realizar o planejamento, evitando que árvores raras sejam cortadas. A identificação é o primeiro passo da rastreabilidade de origem da madeira. A numeração da árvore servirá para controle da cadeia de custódia, registrando o caminha da floresta até o produto final.

Na etapa inventário florestal também é efetuado o corte de cipós, quando necessário, pois evita que árvores fiquem engatadas umas as outras através de cipós vivos na hora da derruba e assim minimizar o risco de queda de galhos sobre operadores.

A atividade de pré-colheita consiste na verificação prévia das árvores denominadas como “Selecionadas para corte”. De modo a garantir a eficácia da atividade de derruba, com ganho em eficiência, evitando o deslocamento do motosserrista para árvores que, em virtude de diversos motivos (oco, risco a segurança, risco de queda em APP, entre outros), podem não estar dentro dos critérios de derruba.

Plano operacional anual

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Página: 11 / 22 Também, é feita a lista de espécies a serem colhidas na safra, avaliando o que oferece a floresta em espécies e quantidades às demandas do mercado. A lista é feita em conjunto com as áreas de Planejamento Florestal, Comercial e Operacionais do Manejo e Serraria. Pela relevância do documento, além de todos os gestores e técnicos da Jari Florestal S.A junto, as empresas parceiras discutem os procedimentos operacionais e possíveis necessidades de mudanças.

Os critérios para escolha das espécies de cada Plano Operacional Anual (POA) são: • Não ser espécie com restrição legal de corte (ameaçada ou perigo de extinção); • Não ser espécie com baixa densidade na área (não caracterizada como espécie rara); • Possuir alto volume disponível (obtida pela análise dos dados de inventário florestal);e • Ser uma espécie comercializada preferencialmente de alto valor no mercado.

Entre as árvores aptas para corte de cada espécie é preservado no mínimo 10% de indivíduos para servirem como árvores matrizes. Essas árvores, juntamente com o total remanescente das árvores para corte têm a finalidade de garantir a manutenção da área de abrangência de determinada espécie.

O POA é enviado para análise e avaliação do órgão ambiental competente. E as operações de campo só podem ter início após aprovação, que é comprovada pela Autorização de Exploração Florestal – AUTEF.

Atividades de Colheita

A atividade de colheita inicia-se com a derruba. Primeiramente, realiza-se o teste do oco, este teste é realizado conforme definido pela legislação específica para avaliar se o tronco da árvore está deteriorado e, em caso afirmativo a árvore é deixada em pé como remanescente.

A etapa seguinte é o planejamento do corte das árvores, quando é avaliado o sentido de queda da árvore, visando causar menor impacto, diminuir riscos operacionais, e não atingir áreas de preservação permanente.

A derruba é feita com motosserra, sempre utilizando quesitos de segurança como o uso de entalhe direcional, filete de ruptura (espoleta), filete de segurança (dobradiça) e caminhos de fuga. Essas técnicas garantem que a árvore caia no local escolhido pelo operador.

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Página: 12 / 22 número da árvore, e depois da atividade do traçamento das toras é também adicionado o código da tora.

A atividade seguinte é o traçamento, quando as árvores são fracionadas em toras de menor comprimento. A medida de comprimento é limitante para atender as exigências da serraria e a viabilidade de transporte, por isso segue padrões internos. A tora, então, recebe pintura definitiva do seu número de custódia.

O planejamento das trilhas de arraste é fundamental para reduzir impactos durante retirada das toras, tais como compactação de solo, sulcos e danos nas árvores remanescentes. Neste planejamento é pré-definido o trajeto a ser percorrido pelas máquinas que entrarão na floresta, nesse trajeto não pode haver curvas acentuadas. Para diminuir o comprimento e os impactos destas trilhas é utilizado o sistema de “espinha de peixe”: uma trilha central e trilhas secundárias.

O trajeto é demarcado em campo através de fitas coloridas e desenhado nos mapas operacionais, assim o trator segue as fitas e abre as trilhas, evitando erros. Em seguida as toras são arrastadas pelo trator (skidder) até os pátios florestais onde é feita a pintura das informações de custódia. Os principais modelos de máquinas utilizadas são o skidder com pneu e o trackskidder. Finalizado o arraste, estas toras são transportadas ao pátio da serraria.

A busca por minimizar impactos está em todas as etapas, por isso, antes de cada operação os colaboradores diretos e prestadores de serviço são treinados. Isso garante que todos conhecerão a melhor maneira de executar suas atividades, o que também diminui riscos. O conteúdo de cada treinamento inclui Manejo Sustentável, Segurança do Trabalho, Procedimentos SGA (Sistema de Gestão Ambiental), Certificação FSC® e de Cadeia de Custódia,

além de detalhamento dos procedimentos específicos de cada área de atuação. O treinamento pode conter ainda atividades práticas e testes para avaliação.

Planejamento de estradas florestais

O planejamento tem por princípio a prevenção de impactos ambientais, e para atender a esse princípio, a Jari Florestal S.A estruturou uma equipe multidisciplinar formada por colaboradores das áreas de Geoprocessamento, Planejamento Florestal, Transporte e Estradas Florestais que elaboram o planejamento estratégico como suporte para execução da abertura de estradas nas áreas de manejo florestal.

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Página: 13 / 22 Para isso, inicialmente é feito um estudo de topografia, relevo, vegetação e potencial madeireiro das áreas, através dessas informações é feita a proposta de uma estrada planejada em escritório. A partir dessa proposta é feita a implantação em campo e a equipe acompanha, fazendo adequações , quando necessário, de acordo com as características de cada local.

A figura abaixo ilustra um mapa utilizado no planejamento de estradas florestais.

Figura 4 Mapa da divisão da AMF em UPA's

Malha viária

Existem três tipos de estradas dentro da área de plano de manejo.

Estradas principais: são estradas de maior leito (largura), são revestidas e constituem a principal ligação entre as áreas, são utilizadas durante todo período de atividade na UPA.

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Página: 14 / 22 Estradas terciárias – São estradas de leito reduzido, não revestidas, utilizadas apenas no momento de extração em determinada área.

Monitoramento ambiental

Paralelamente às operações, todas as atividades são avaliadas quanto a sua adequação aos Princípios e Critérios do FSC e qualidade, este monitoramento é feito por uma equipe especializada que avalia as atividades específicas de acordo com seus aspectos operacionais, ambientais e de segurança ocupacional de acordo com os procedimentos específicos de cada atividade. Para isso, os especialistas circulam ativamente nas áreas durante a época da safra e intercedem com notificações quando encontram quaisquer irregularidades e não conformidades. Semanalmente são confeccionados relatórios para acompanhamento do desempenho operacional das equipes de campo, ferramenta para melhoria das atividades diárias.

Atividades Pós-Colheita

Encerrada as atividades da safra, há um acompanhamento e avaliação do incremento da área manejada através de parcelas permanentes, medindo o crescimento das árvores.

A primeira medição da parcela é realizada um ano antes das operações, a segunda é feita um ano depois para avaliar e quantificar se houve os danos causados e estabelecer tratamentos silviculturais. A terceira medição é feita no terceiro ano após a exploração para verificar as respostas dos tratamentos silviculturais aplicados, assim, indicar ou não novos tratamentos. Após o quinto ano, as avaliações são de 5 e 5 anos, em contínua avaliação do incremento da área manejada as respostas dos tratamentos.

Os dados levantados são analisados na Universidade Federal de Viçosa-MG. Além disso, a Jari Florestal S.A mantém uma pesquisa em convênio com a Embrapa sobre Manejo de espécies florestais via regeneração natural e artificial em clareiras formadas pela colheita florestal.

PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS

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Fundação Jari

Empresa social do Grupo Jari é uma instituição sem fins lucrativos que desenvolve programas e projetos nas áreas de educação, saúde, garantia de direitos humanos, meio ambiente, cultura e geração de emprego e renda. Está alinhada com a filosofia da organização, que incorpora modelos de atuação baseados no conceito internacional dos 3Ps (people, profit and planet).

Com atuação nacional, promove o fortalecimento de políticas públicas e contribui para o crescimento sustentável de uma sociedade mais justa e equilibrada.

As empresas do Grupo atuam integrando as comunidades e parceiros para desenvolver e identificar mercados de produtos não madeireiros na região, assim todos compartilham dos benefícios de forma economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa.

Para o desenvolvimento de negócios sustentáveis no Vale do Jari, os produtos com potencial para o mercado são: castanha-do-pará, cipó titica, óleo de copaíba, óleo de andiroba, pracaxi e buriti. O fomento de negócios agrícolas e florestais, iniciado em 2006, incentiva manejo integrado de sistemas agroflorestais de eucalipto, mandioca, fruticultura e grãos. Esse modelo evita áreas de desmatamento, pois os plantios são feitos em áreas degradadas, e é um incremento a renda familiar e segurança alimentar.

Por serem de interesse como fonte de extrativismo para as comunidades, espécies madeireiras como a andiroba e a copaíba não são incluídas no Plano Operacional Anual (POA) da JARI FLORESTAL S/A. Bem como é permitido na UMF a coleta de sementes, frutos, entre outros produtos não madeireiros pelas comunidades tradicionais. Como exemplo cita-se o auxílio dado a partir do POA-09, na localização dos castanhais pelo censo florestal para a identificação de novas comunidades, bem como liberação de informações de novos castanhais para a coleta dessas comunidades.

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FLORESTA DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO

Floresta de Alto Valor de Conservação (AAVC) são áreas que têm importância extrema ou crítica por alguma característica particular como concentração significativa de biodiversidade, ecossistemas ameaçados ou em perigo, serviços ambientais, presença de espécies raras, valores culturais ou sociais, entre outros.

O Guia de Boas Práticas para Avaliações de Altos Valores para Conservação estabelecido pelo ProForest, dita 06 atributos que podem ser considerados para avaliação de altos valores de conservação, como sendo floresta ou área que possua um ou mais dos seguintes atributos:

AVC 1 Áreas contendo concentrações significativas de valores referentes a biodiversidade em nível global, regional ou nacional.

AVC 2 Áreas extensas de florestas, na escala, de relevância global, regional ou nacional onde populações viáveis da maioria ou de todas as espécies naturais ocorram em padrões naturais de distribuição e abundância.

AVC 3 Áreas inseridas ou que contenham ecossistemas raros, ameaçados ou em perigo de extinção.

AVC 4 Áreas que prestem serviços ambientais básicos em situações de extrema importância.

AVC 5 Áreas essenciais para suprir as necessidades básicas de comunidades locais. AVC 6 Áreas de extrema importância para a identidade cultural tradicional de comunidades locais (áreas de importância cultural, ecológica, econômica ou religiosa, identificadas em conjunto com essas comunidades).

Com base nesses critérios para avaliação e identificação dessas áreas de AAVC está sendo colocado em prática a consulta pública, que visa identificar essas áreas com a ajuda das próprias comunidades, na medida em que as atividades florestais avançam em nossas áreas. Abaixo estão listados os passos a serem utilizados para a determinação dessas AAVC.

PASSOS PARA A INDENTIFICAÇÃO DE UMA AAVC

1. Consulta pública (Interna e Externa - colaboradores da própria empresa, pesquisadores, órgãos ambientais, comunidade potencialmente afetada);

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Página: 17 / 22 3. Levantamento de informações (AVCs 5 e 6) e/ou dados resultantes de pesquisas

(AVCs 1,2,3 e 4) realizados nas áreas de abrangência das possíveis AAVC;

4. Validar o processo através de consulta pública junto as partes afetadas e especialistas do setor.

Após a validação comprovada de uma Área de Alto Valor de Conservação, se faz necessário cuidados específicos direcionados para essas áreas, afim de se manter, incrementar e proteger os atributos de Alto Valor de Conservação presentes nas mesmas. Portanto, temos que:

• Demarcar e sinalizar essas áreas, estabelecendo medidas de proteção para mitigar a ocorrência de atividades ilegais e ações que possam comprometer a integridade da AAVC (Ex.: caça e pesca predatória, invasões, desmatamentos, erosões, incêndios, etc.);

• Realizar atividades para conscientizar as comunidades sobre a existência de AAVC no entorno;

• Estabelecer os indicadores para monitoramento dos atributos considerados da AAVC;

• Fiscalizar periodicamente a integridade da área definida;

• Monitorar periodicamente, de acordo com os indicadores pré definidos, para avaliar a manutenção dos atributos específicos de cada área;

• Elaborar novas ações que visem manter os atributos em função dos resultados obtidos através desse monitoramento.

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Fragmento de cerrado em área de manejo de nativa

Tipo de HCV

HCV 3 - 5 Objetivo da HCV

Com o objetivo da conservação de atributos biológicos e ecológicos raros dentro da área do Plano de Manejo Florestal da Jari Florestal foi delimitada um fragmento de cerrado como Floresta de Alto Valor de Conservação.

Descrição da

HCV O fragmento de Cerrado localizado na área 100 apresenta variações

fitofisionômicas, isto implica na incidência de diferentes indivíduos, espécies, porte das árvores e outras características edafobioclimáticas que estabelecem as áreas de Cerrado e as faixas de transição entre o Cerrado e a Floresta Ombrófila.

Atributos

considerados Áreas que contenham ecossistemas a nível de paisagem raros, ameaçados ou

em perigo de extinção.

Justificativas

Assegurar a conservação e manutenção das características raras de solo, vegetação e fauna deste fragmento de cerrado, ao saber que este fragmento de cerrado está inserido dentro de um contexto de floresta amazônica, tornando-se raro e de relevante importância para conservação ambiental.

Forma de avaliação

Mapas de macrozoneamento da propriedade identificando através de imagens de satélite as áreas de ocorrência de vegetações consideradas raras ou endêmicas para a região.

Visita ao local.

Consulta pública à comunidade local.

Consulta á instituições de pesquisa e especialistas da área.

Medida de

proteção Placas, fiscalização rotineira pela equipe de gestão fundiária, treinamentos e palestras. Monitoramento

Monitorar a manutenção da integridade dos atributos identificados como alto valor de conservação avaliando a ocorrência de incêndios, desmatamentos, invasões.

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ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA PROTEÇÃO

O Vale do Jari apresenta algumas áreas protegidas pela Lei 9.985 de 18 de julho de 2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), entre elas a Estação Ecológica do Jari (EE Jari) localizada a 80 km ao norte de Monte Dourado nas áreas de influência direta de atuação da Jari Florestal S.A.

Essas áreas foram definidas como áreas prioritárias para proteção dentro do plano de manejo da empresa, veja a seguir algumas práticas que minimizam os impactos e garantir que as funções ecológicas das áreas operacionais sejam mantidas.

Medidas mitigadoras para operação em áreas prioritárias de proteção

Impacto: Perturbação da fauna

Medida mitigadora: A fauna é monitorada pelo projeto de pesquisa “Estudo do valor biológico e funcional de florestas primárias, secundárias e monocultivadas na Amazônia” em convênio com as Universidades de Lancaster e Cambridge, ambas da Inglaterra, que quantifica o valor ecológico das florestas, a diversidade de animais e serviços chaves desse ecossistema, estudando 14 grupos taxonômicos de fauna. Resultado: gerou-se uma base de dados para elaboração do plano de monitoramento e conservação da fauna que será aplicada nas áreas circundantes da EE Jari.

Impacto: Redução de cobertura florestal e abertura de clareiras

Medida mitigadora: Parcelas permanentes serão instaladas para acompanhar a regeneração natural da floresta nas áreas manejadas. No caso de abertura de clareiras significativas após as operações, serão feitos tratamentos silviculturais, incluindo plantio de espécies nativas. Para isso a empresa mantém um viveiro particular com plantas nativas de sementes regionais.

Impacto: Processos erosivos

Medida mitigadora: Há diferentes técnicas para minimizar os processos erosivos: · Construção de estradas e outras áreas de apoio nas dimensões mínimas;

· Construções das estradas seguirão sempre as cristas dos morros; · Construção de rasantes para facilitar o deságue;

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Página: 20 / 22 Essas atividades serão desenvolvidas pela equipe de planejamento de abertura de estradas, incluindo as equipes de geoprocessamento e topografia. Além disso, as estradas terão um programa de conservação para mantê-las em boas condições de trafegabilidade.

Impacto: Caça predatória

Medida mitigadora: Caças predatórias serão inibidas por rondas de equipes

especializadas em segurança patrimonial, que contam com veículos por terra e por rios e são treinados para registrar infrações, que posteriormente são denunciadas ao órgão competente.

Impacto: Comunidades (lixo, fogo, caça)

Medida mitigadora:As comunidades geram diversos tipos de resíduos que não recebem destinação adequada. Para evitar a poluição, a Fundação Jari coleta resíduos perigosos, como pilhas e baterias. Além disso, há um programa de educação ambiental a comunidade sobre lixo, água, uso do fogo e prevenção de incêndios, caça e outros temas ambientais.

SUSTENTABILIDADE DO MANEJO FLORESTAL

Por acreditar que o desenvolvimento sustentável é o resultado do equilíbrio entre lucro, as pessoas e o planeta, o Grupo tem a sustentabilidade como estratégia de negócios. O compromisso da Jari Florestal S.A com a sustentabilidade no uso de recursos florestais é expresso pela certificação reconhecida internacionalmente que ela obteve e mantém.

Plano de investimentos e gastos operacionais

O plano de investimentos a nível estratégico é elaborado e acompanhado pela diretoria do Grupo.

O orçamento operacional é elaborado anualmente de acordo com a natureza das despesas por centro de custo e nas contas orçamentárias que visam classificar todos os gastos, elaborados com base na programação de produção e/ou na estimativa de recursos físicos e econômicos a serem aplicados direta ou indiretamente no processo produtivo, na formação de floresta e nas despesas indiretas necessárias às atividades de apoio.

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Forest Stewardship Concil

A Jari Florestal S.A é certificada pelo FSC® (Forest Stewardship Concil), desde 2004. Este

selo é internacionalmente reconhecido e tem o objetivo de assegurar o manejo responsável da floresta nos aspectos econômico, ambiental e social. Para obter esta certificação é necessário cumprir os seguintes Princípios e Critérios:

¨ Princípio 1 – Obediência às leis e aos princípios do FSC®;

¨ Princípio 2 – Responsabilidades e direitos de posse e uso da terra; ¨ Princípio 3 – Direito dos povos indígenas;

¨ Princípio 4 – Direito dos trabalhadores e relações com as comunidades; ¨ Princípio 5 – Benefícios da floresta;

¨ Princípio 6 – Impacto Ambiental; ¨ Princípio 7 – Plano de manejo;

¨ Princípio 8 – Monitoramento e avaliação;

¨ Princípio 9 – Manutenção de florestas de alto valor de conservação.

CONVÊNIOS DE PESQUISA

O compromisso com a sustentabilidade requer apoio da atividade de pesquisa e desenvolvimento para gerar conhecimentos e tecnologias que levem ao uso racional da biodiversidade do Vale do Jari. As linhas de desenvolvimento de pesquisa voltadas para manejo florestal sustentável visam melhores práticas de manejo, qualidade e identidade do produto.

Com este objetivo, a Jari Florestal S.A estabeleceu parcerias com diferentes instituições reconhecidas internacionalmente:

• EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; • JBRJ – Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro; • Museu Paraense Emílio Goeldi;

• University of Lancaster (Inglaterra); • University of Cambridge (Inglaterra); • University of Freiburg (Alemanha); • Universidade Federal de Viçosa (UFV);

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SOBRE O RESUMO PÚBLICO

As informações contidas neste documento são referentes às operações de manejo florestal da Jari Florestal S.A.

CONTATO

Sugestões e comentários a respeito deste documento ou das atividades da empresa, favor entrar em contato com o setor de Relações Institucionais pelo telefone (93) 3736-6230 ou diretamente com o setor de Meio Ambiente pelo telefone (93) 3736-6291/6292.

Jari Florestal S.A. Vila Munguba, s/nº Monte Dourado-PA CEP 68240-000

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