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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS

UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

FABIANA BARCELOS DE SOUZA

EXAME PREVENTIVO DE CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:

CONCEPÇÕES E PERFIL DAS MULHERES DE TANGARÁ

DA SERRA-MT

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

FABIANA BARCELOS DE SOUZA

EXAME PREVENTIVO DE CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:

CONCEPÇÕES E PERFIL DAS MULHERES DE TANGARÁ

DA SERRA-MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso- Campus de Tangará da Serra, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem, sob a orientação da Professora Me. Cristiane Ferreira Lopes de Araújo e sob Co-orientação da Professora Enfermeira Fernanda Luiza de Matos Silvestre.

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte

Bibliotecária: Suzette Matos Bolito – CRB1/1945. S729e Souza, Fabiana Barcelos de.

Exame Preventivo de Câncer do Colo do Útero: concepções e perfil das mulheres de Tangará da Serra-MT. – Tangará da Serra - MT / Fabiana Barcelos de Souza. 2011.

46 f.

Orientador(a): Profª Me. Cristiane Ferreira Lopes de Araújo.

Universidade do Estado de Mato Grosso. Campus de Tangará da Serra, Departamento de Enfermagem, 2011.

1. Câncer do Colo Uterino. 2. Perfil e Concepção das Mulheres. I. Título.

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Fabiana Barcelos de Souza

EXAME PREVENTIVO DE CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:

CONCEPÇÕES E PERFIL DAS MULHERES DE TANGARÁ DA

SERRA-MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Tangará da Serra, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Resultado: ___________________________________

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________

Orientadora: Profª Me. Cristiane Ferreira Lopes de Araújo Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra

___________________________________________________________

Examinadora: Quéli A. Kolodzey Carlotto

___________________________________________________________

Examinadora: Juliana Guassu.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao magnífico Deus pelas forças que me foram dadas nesta caminhada e por tornar real mais um de meus sonhos.

A minha família pelo apoio e incentivo. Amo vocês!

A instituição UNEMAT por fornecer o curso e ensino de qualidade.

Ao chefe do departamento de enfermagem (Alex) pelo esforço e por tudo que tem feito pelo curso.

A profª Me Cristiane Ferreira Lopes de Araújo pela orientação, apoio e amizade. A profªenfª Fernanda Luiza Mattos Silvestre pelo carinho e incentivo.

A banca convidada examinadora, profª enfª Quéli A. Kolodzey Carlotto e profª enfª Juliana Guassu.

A todos professores que lecionaram e que aplicaram aulas práticas (estágios) e se esforçaram para nos oferecer ensino de qualidade. Muito obrigada a todos.

Aos meus colegas de turma que estiveram durante toda essa caminhada. Em especial ao meu grupo de estágio, trabalhos, risadas (Ana Paula, Karliane e Patrícia Amorim).

A todas as mulheres que cederam as entrevistas. Muito obrigada a todas vocês. Ao meu noivo pelo companheirismo e sugestões.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 12

CAPÍTULO 1 - REVISÃO LITERÁRIA ... 14

2.1 Localização do útero ... 14

2.2 Câncer e incidências no Mundo e Brasil... 14

2.3 Fatores de Risco ... 15

2.4 Manifestações Clínicas ... 16

2.5 Prevenção e Estratégias... 17

2.6 Tratamento ... 19

2.7 Assistência de enfermagem para com paciente que realizará o exame preventivo ... 19

2.8 Ações de enfermagem perante exame citopatológico alterado ... 21

CAPÍTULO 2 - METODOLOGIA ... 22

3.1 Área de Estudo ... 22

3.2 Sujeitos da Pesquisa ... 22

3.3 Métodos da Pesquisa ... 23

3.4 Técnicas para Coleta de dados ... 23

3.5 Técnicas para a Análise dos Dados ... 23

3.6 Análises dos Dados ... 24

CAPÍTULO 3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 25

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 41

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LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E UNIDADES

DATASUS ... Departamento de Informática do SUS

DNA ... Ácido Desoxirribonucleico

DST ... Doenças Sexualmente Transmissíveis

HPV ... Papilomavírus Humano

IARC ...International Agency for Research on Cancer

INCA ... Instituto Nacional do Câncer

KM2 ... Quilômetros Quadrados

MT ... Mato Grosso

NIC I ... Neoplasia Intra-Epitelial Cervical grau I

NIC II ... Neoplasia Intra-Epitelial Cervical grau II

NIC III ... Neoplasia Intra-Epitelial Cervical grau III

PAISM ...Programa de Assistência Integral da Mulher

PNCC ... Programa Nacional de Combate ao Câncer do Colo do Útero

SIAB ... Sistema de Informação de Atenção Básica

UNEMAT ... Universidade do Estado de Mato Grosso

USF ... Unidade de Saúde da Família

VIA ... Ácido Acético

VILI ...Lugol

360º ... Trezentos e Sessenta Graus

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8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Realização do exame preventivo ... 25

Figura 2 - Renda familiar ... 27

Figura 3 - Nível escolar ... 28

Figura 4 - Utilização de tabaco ... 30

Figura 5 - Número de parceiros sexuais ... 30

Figura 6 - Início da vida sexual ... 32

Figura 7 - Início de vida sexual em relação á realização do exame preventivo ... 32

Figura 8 - Predisposição genética ... 33

Figura 9 - Tipos de câncer acometidos em familiares ... 33

Figura 10 - Consulta ao ginecologista ... 34

Figura 11 - Idade da realização da 1º consulta ginecológica ... 35

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Faixa etária em relação é realização do exame preventivo ... 26

Quadro 2 - Renda familiar em relação á realização do exame preventivo ... 28

Quadro 3 - Nível escolar em relação a realização do exame preventivo ... 29

Quadro 4 - Uso do preservativo comparado ao parceiro fixo das mulheres ... 31

Quadro 5 - Conhecimento sobre o exame preventivo ... 36

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RESUMO

O câncer cérvico-uterino acontece devido a várias transformações intra-epiteliais de forma progressiva e lenta no prazo de 10 a 20 anos. Este câncer é o segundo tipo mais freqüente entre a população feminina e é um dos tumores malignos que pode ser prevenido se for detectado precocemente através do exame preventivo conhecido como “Papanicolaou”, podendo levar a cura em até 100% dos casos. Este trabalho teve como objetivo analisar o perfil e concepção das mulheres em idade fértil com vida sexual ativa, se estas realizam o exame preventivo e se as ações de enfermagem realizam a promoção da saúde destas de forma adequada, no sentido de evitar o desenvolvimento do câncer, contribuindo assim para a redução da morbi-mortalidade e para o progresso nos indicadores de qualidade de vida da mulher. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e qualitativa, cujo local de realização foi os bairros pertencentes a cobertura realizada pela Unidade de Saúde da Família(Cohab-Tarumã) localizado na zona urbana do Município de Tangará da Serra-MT. Para a realização da pesquisa foram realizados levantamentos bibliográficos para a conceituação do câncer e seus valores estimativos no Brasil e no mundo, verificou-se quais ações de enfermagem são preconizadas pelo Ministério da Saúde em relação ao cuidado com a paciente que apresenta fatores de risco, também foi observado como é realizado o rastreamento/ adesão destas mulheres ao Programa Nacional de Combate e Controle de Câncer do Colo do Útero. Foi realizada pesquisa de campo por meio de questionário semi-estruturado, onde foram pesquisadas 100 mulheres com o objetivo de obter dados necessários e reais para traçar um perfil e analisar as concepções das mesmas.

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ABSTRACT

The cervical cancer happens because a lot’s of transformations of intraepithelial is doing gradually and slowly within 10 to 20 years. This cancer is the second most frequent type among women and is one of the malignant tumors that can be prevented if detected early through screening test for cervical cancer that named as "Pap smear test" and can lead to healing by up to 100%. This work aimed to analyze and design the profile of women of childbearing age who had initiated sexual life, if this women realize the preventive examination and if the actions of the nurses promote their health in the right way, to prevent the development of cancer, thus contributing to the reduction of morbidity and mortality and to progress in the indicators of quality of women’s life. This study is of quantitative and qualitative approach, which the venue of the districts belonging to coverage was held by the Family Health Unit (Cohab-Tarumã), located in the urban area of the Municipality of Tangará da Serra, MT. For the research, literature surveys were conducted for the conceptualization of cancer and their estimated values in Brazil and worldwide, there is nursing actions which are recommended by the Ministry of Health regarding the care of the patient presenting risk factors, was also observed as the tracking is done, the accession of these women to the National Program to Fight and Control of Cervical Cancer. Field research was conducted through semi-structured questionnaire, 100 women were research with the object to obtain necessary data and to draw a real profile and analyze the conceptions of women.

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12

INTRODUÇÃO

O câncer do colo uterino apresenta maior incidência em países em desenvolvimento como é o caso da América Latina e Sudeste Asiático, e está sendo apontado como o segundo tipo de câncer mais freqüente entre a população feminina.

No Brasil este tipo de câncer vem sendo um problema de saúde pública por manter uma taxa prevalente de óbitos. Segundo o Ministério da Saúde (2008) este câncer representa o equivalente a 19% de todos os tumores malignos em mulheres.

As ações de controle do câncer ginecológico no Brasil tiveram início em 1983, segundo Fernandes & Narchi (2007) com a implantação do Programa de Assistência Integral da Mulher (PAISM), que objetivou formular uma ampliação que tivesse foco na assistência integral a mulher em que englobasse uma assistência íntegra além do ciclo gravídico-puerperal.

Para o surgimento do câncer de colo do útero observa-se que há fatores associados e fatores de risco que contribuem para tal existência. Os fatores associados são o baixo nível socioeconômico ou mulheres com maior vulnerabilidade social, devido à dificuldade ao acesso à rede de serviços. Os fatores de risco prevalentes nas mulheres estão relacionados à multiplicidade de parceiros, infecções sexualmente transmissíveis como por ex.: o papilomavírus humano (HPV), início de atividade sexual precoce, a multiparidade, o uso de contraceptivos orais, o tabagismo, as condições de higiene e alimentação precária, e mulheres que estão em faixa etária de 25 a 59 anos (FERNANDES & NARCHI, 2007).

Para obter o controle deste câncer é necessário conferir a estratégia de prevenção primária nas Unidades de Saúde da Família (USF), sendo estas: formar grupos educativos que contribuam para a socialização do conhecimento das mulheres, estimulando o autoconhecimento de seu corpo e sensibilizando-as quanto a real importância de se realizar o exame preventivo de câncer do colo uterino com o objetivo de diminuir os fatores de risco (FERNANDES & NARCHI, 2007).

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Devem se submeter ao exame preventivo segundo Brasil apud Davim et. al.(2005)

todas as mulheres em faixa etária de 25 a 59 anos, ou mesmo antes, que já tenham iniciado atividade sexual, realizando este uma vez por ano, assim preconizado pelo Programa Nacional de Combate ao Câncer do Colo do Útero e após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos.

Portanto essa pesquisa analisou o conhecimento da mulher em relação a real importância do exame preventivo e motivo que as levaram a realizar o exame, traçou o perfil das mulheres envolvidas na pesquisa, identificou os fatores que impedem a adesão ao programa de controle de câncer do colo do útero, com o intuito de obter dados que contribuirão para que o profissional de enfermagem, para que a partir destes dados revelados o enfermeiro tenha uma visão real e possa interferir na adesão destas mulheres a realizar o exame preventivo e conseqüentemente contribuir para redução da morbi-mortalidade e ainda para o progresso nos indicadores de qualidade de vida das mulheres sexualmente ativas residentes nos bairros pertencentes a cobertura da Unidade de Saúde (Cohab-Tarumã) do município de Tangará da Serra-MT.

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CAPÍTULO 1 - REVISÃO LITERÁRIA

2.1 Localização do útero

O útero é um dos órgãos pertencentes ao aparelho reprodutor feminino, e este é o local onde ocorre a menstruação, a implantação do óvulo quando este é fertilizado pelo espermatozóide e também é o local onde ocorre o desenvolvimento do feto durante a gestação e o trabalho de parto. Este órgão tem uma forma de pêra invertida e situa-se entre a bexiga urinária e o reto e ainda o útero é dividido em corpo e colo, sendo o colo a porção inferior do útero que se localiza dentro da cavidade vaginal. O câncer do colo do útero acomete a parte do colo, este sofrerá várias transformações intra-epiteliais para que aconteça o câncer do colo do útero propriamente dito (SANTOS, 2006; DANGELO & FATTINI, 2007).

2.2 Câncer e incidências no Mundo e Brasil

De acordo com Brasil¹ (2002) “o câncer não é uma única doença, mas sim um conjunto de mais de 100 doenças diferentes”decorrentes de alterações anormais que ao longo do tempo determinam um crescimento celular desordenado em que o organismo não consegue controlá-lo e conseqüentemente sem quaisquer tratamento pode comprometer os tecidos e órgãos.

O inicio do câncer cérvico-uterino se dá por várias transformações intra-epiteliais de forma progressiva, que pode evoluir de forma lenta na maioria dos casos, para um câncer invasivo ao decorrer de 10 a 20 anos caso não seja diagnosticado e tratado (BRASIL¹, 2002). É importante ressaltar que o câncer do colo uterino pode ser prevenido e que, quando detectado precocemente, pode levar a cura em até 100% dos casos diagnosticados na fase inicial (BRASIL, 2008).

Segundo o Brasil (2009) “a incidência de câncer do colo do útero evidencia-se na faixa etária de 20 a 29 anos e o risco aumenta rapidamente até atingir seu pico, geralmente na faixa etária de 45 a 49 anos”.

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serviço para cuidados relacionados à gravidez (BRASIL¹, 2002). Especialmente, este fato perceptível leva a crer que as mulheres com faixa etária de 35 á 59 anos, idades consideradas de maior risco para o câncer do colo uterino não estão realizando o exame preventivo “Papanicolaou” e isto vem contribuindo com um impacto bastante significativo nas taxas de mortalidade em relação a esse tipo de câncer.

Observa-se que países em desenvolvimento como o Brasil, segundo Davim et. al. (2005) fica responsável por cerca de 80% das mortes por este tipo de câncer, pois sua cobertura não ultrapassa 8% das mulheres com faixa etária superior a 20 anos. No entanto países desenvolvidos trabalham de forma organizada tendo uma cobertura efetiva da população feminina com fatores de risco, obtendo resultados de cobertura de 75% a 80%, apresentando uma redução significativa de mortalidade por câncer do colo do útero entre 17% a 32%. E para que um programa seja efetivo para a redução de taxas de mortalidade por câncer do colo do útero, este deve alcançar uma cobertura de mais de 80%, pois somente assim terá uma perceptível diminuição de 50% de mortalidade por este tipo de câncer (BRASIL¹, 2002).

Segundo Brasil (2008) “o câncer do colo do útero representa o equivalente a 19% de todos os tumores malignos em mulheres”. Estima-se que este tipo de câncer é o segundo tipo de câncer mais freqüente entre a população feminina, com cerca de 500 mil novos casos por ano no mundo, ficando responsável pela mortalidade de, aproximadamente 230 mil mulheres por ano (BRASIL, 2009). Este câncer tem maior taxa de incidência sendo o mais comum e observado em países em desenvolvimento como países da América Latina e do Sudeste Asiático e menores taxas de incidência em países desenvolvidos, ocupando a sexta posição entre os quais estão os países da América do Norte, da Austrália, Norte e Oeste Europeu (BRASIL¹, 2002).

2.3 Fatores de Risco

Os fatores associados que desencadeiam o aparecimento deste tipo de câncer é geralmente, segundo Fernandes & Narchi (2007) o baixo nível socioeconômico ou mulheres com maior vulnerabilidade social, devido a marcante dificuldade ao acesso à rede de serviços para se detectar e iniciar o tratamento precocemente do câncer e de suas lesões precursoras.

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atividade sexual precoce, uso de contraceptivos orais, tabagismo, histórico familiar de câncer, baixa escolaridade e renda, condições de higiene e alimentação precárias, mulheres que estão em faixa etária de 25 a 59 anos (FERNANDES & NARCHI, 2007; BRASIL, 2006; BRASIL, 2008; COELHO et. al. (2008).

Mas o fator que mais se aceita para o surgimento do câncer do colo do útero está relacionado à transmissão sexual do Papiloma Vírus Humano (HPV), segundo Brasil¹(2002) a infecção pelo HPV é essencial, mas não suficiente para a evolução do câncer. Este tipo de infecção recebe uma grande importância quando está associada a fatores de risco como, a multiplicidade de parceiros sexuais e a atividade sexual precoce.

Desde 1992 a Organização Mundial de Saúde reconheceu o HPV como sendo o principal desencadeador do câncer do colo uterino e a partir daí foram aprofundados mais sobre este assunto, em 1996 com parceria da International Agency for Researchon Cancer-IARC. Estudos científicos revelaram que os tipos de HPV 16 e 18 são os principais agentes desencadeadores do câncer do colo uterino, pois podem causar lesões de alto grau com capacidade maligna se assim forem desenvolvidos ao longo do tempo no colo do úteroe não houver nenhum tratamento. A maioria de casos de câncer do colo uterino pode ser atribuída pelo HPV em até 90% dos casos (BRASIL¹, 2002; FERNANDES & NARCHI, 2007).

Os tipos de HPV de número 6, 11, 26, 40, 42, 53-55, 57, 59, 66 e 68 são considerados de baixo risco e estão relacionados a lesões benignas como é o caso do condiloma que é uma das doenças sexualmente transmissíveis, e a Neoplasia Intra-Epitelial Cervical- NIC I. Já os tipos de HPV de número 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56 e 59 são considerados de mais alto risco e estão relacionados a lesões de alto grau - NIC II, III e ao câncer propriamente dito (BRASIL¹, 2002).

2.4 Manifestações Clínicas

Quando não há tratamento ou detecção do câncer do colo uterino precocemente, o mesmo se desenvolverá e apresentará sinais e sintomas compatíveis com seu estágio e lesão. O câncer cervical inicial geralmente produz sintomas pouco perceptíveis como uma fina secreção vaginal aquosa que pode ser notada após ducha e relação sexual. Na fase mais avançada do câncer percebe-se sangramento irregular, dor, sangramento após relação sexual, secreção vaginal aumentada e aquosa de cor escura e fétida (SMELTZER, et. al. 2009).

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membros, produzindo edemaciação extrema juntamente com anemia, febre e abscessos da massa ulcerante e pela formação de fístula no colo do útero, que diminui a taxa de sobrevida significativamente. Este câncer pode levar a cura até 100% quando o caso é detectado precocemente em seu estágio inicial (SMELTZER, et. al. 2009; BRASIL, 2008).

2.5 Prevenção e Estratégias

As ações de controle do câncer ginecológico no Brasil tiveram início em 1983, segundo Fernandes & Narchi (2007) com de implantação do Programa de Assistência Integral da Mulher (PAISM), que objetivou representar uma ampliação do foco de assistência a mulher integral além do ciclo gravídico-puerperal, ou seja, assistência do serviço de exame preventivo somente na gravidez. Em 1996, o Ministério da Saúde com parceria do Instituto Nacional do Câncer (INCA), implantou o Programa Viva Mulher em âmbito nacional, que teve por objetivo detectar e controlar o câncer do colo uterino. A partir da implantação deste programa foi definido os critérios de periodicidade, controle e seguimento das mulheres pelo Programa Nacional de Combate ao Câncer do Colo do Útero (PNCC).

Para o controle deste câncer confere a estratégia de prevenção primária e secundária. Em relação à prevenção primária, a Unidade de Saúde da Família (USF), ou melhor, o profissional de saúde tem uma extrema importância, pois esta identifica segundo Fernandes & Narchi (2007) grupos de mulheres com o perfil de risco para desenvolver o câncer do colo-uterino. A estratégia primária é para evitar o aparecimento do câncer onde o profissional fará intervenção educativa, informando quais os fatores de risco (BRASIL¹, 2002).

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Já a prevenção secundária ou estratégia secundária é baseada na citologia cervical, que é uma técnica descoberta por George Papanicolaou que em 1.941, estudando a morfologia de células atípicas fixadas em esfregaços, células estas que eram oriundas da superfície do colo do útero, George observou que através dessa técnica seria possível então fazer um diagnóstico de câncer do colo do útero (LOPES, 2006; COELHO et. al. 2008).

Esta técnica eficaz e barata é empregada no Brasil. Com esta técnica obtêm a coleta/amostra da parte externa (ectocérvice), e outra da parte interna (endocérvice), realizando esta coleta através dos seguintes materiais: espéculo vaginal, espátula de madeira e uma escovinha endocervical (MERIGHI; HAMANO & CAVALCANTE, 2002; BRASIL, 2006).

Este exame consiste no rastreamento de mulheres sexualmente ativas, sendo aderido desde a década de 50, com o objetivo de identificar lesões pré-cancerosas tratáveis, diminuindo a incidência de carcinoma invasor que por diante pode levar a morte por câncer do colo-uterino (HACKENHAAR; CESAR & DOMINGUES, 2006).

Brasil apud Davim et. al.(2005) preconiza que as mulheres com faixa etária de 25 a 59

anos, ou mesmo antes desta faixa etária, que já tenham iniciado atividade sexual, devem se submeter ao exame preventivo do câncer do colo do útero, com técnica de “Papanicolaou”, realizando este exame anualmente, e conforme, após dois exames preventivos consecutivos se obtiverem resultados negativos para neoplasia do colo do útero, poderá o próximo exame ser realizado após três anos.

Para as mulheres que realizam o exame preventivo, há uma expectativa no qual reduz um percentual do risco cumulativo para evoluir para um possível câncer de colo uterino, após um resultado negativo, a redução percentual será exatamente a mesma quando o exame for realizado anualmente. Segundo Brasil (2006) “quando exame realizado anualmente pode haver uma redução de 93% do risco- ou quando ele é realizado a cada 3 anos a redução será de 91% do risco e a cada 5 anos tem se uma redução de 84% e em cada 10 anos tem uma redução de 64%”.

De acordo com Brasil (2009) existem novos métodos de rastreamento, mas o Ministério da Saúde do Brasil recomenda o exame citopatológico, que é uma técnica eficaz de baixo custo e fácil execução mais conhecida como exame “Papanicolaou” ou por exame preventivo.

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2.6 Tratamento

O tratamento para o câncer ou lesões do colo do útero somente, segundo Brasil (2008) é indicado com base no grau tumoral, ou seja, com base no estágio em que o câncer se encontra, no tipo histológico, e faixa etária da paciente, as condições clínicas apresentadas, se esta mulher deseja ainda ter filhos e recursos disponíveis. De acordo com Brasil (2008) “Os procedimentos variam desde os mais conservadores, como a retirada de lesões, até tratamentos radicais e complexos como cirúrgia, quimioterapia, radioterapia e associações desses tratamentos”.

2.7 Assistência de enfermagem para com paciente que realizará o exame preventivo

Quando a mulher espontaneamente chegar á Unidade de Saúde para realizar o exame preventivo, de preferência no mesmo dia a mesma deve ter acesso ao exame, se não for possível a realização do exame, deve ser agendado o exame o mais rápido possível e estar realizando orientações sobre os devidos cuidados que a mesma deve ter antes da realização da coleta cervical e ainda orientações sobre a busca do resultado do exame (BRASIL², 2002).

De acordo com Brasil (2006) os cuidados que a mulher deve durante as 48 horas que antecedem a realização do exame são: não manter relações sexuais nem mesmo com camisinha; não estar no período menstrual; não realizar ducha vaginal; não utilizar cremes, gel, tampões, vaselina, espumas, medicações vaginais que possam comprometer a análise laboratorial das células do colo do útero e ainda não realizar exames intravaginais, como por exemplo, a ultrasonografia.

O enfermeiro ou profissional de saúde antes a realização do exame da mulher devem acolhe - lá com humanização fornecendo informações sobre o exame e esclarecer possíveis dúvidas da mesma para que não se sintam constrangidas ou ansiosas, fornecer um ambiente adequado, respeitar a privacidade da mulher.

O profissional deve estar capacitado e ter os materiais necessários para realizar o procedimento garantindo uma boa qualidade na assistência prestada, estimulando por fim que esta mulher esteja vindo a busca do resultado e esteja realizando anualmente o exame preventivo (BRASIL², 2002; BRASIL, 2006; LOPES, 2006).

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mulher se a mesma esta grávida ou mesmo suspeita de gravidez, se caso confirmar, deve-se colher material somente ectocervical com espátula de madeira “Ayre”, pois a coleta endocervical com a escovinha poderá causar um possível aborto na mulher gestante (LOPES, 2006).

Deve ainda perguntar se a mulher manteve todos os cuidados das 48 horas que antecedem o exame; se faz uso de anticoncepcional; se já realizou radioterapia pélvica, tratamento hormonal; perguntar a data da última menstruação; se observa sangramento após relação sexual; se já teve filhos por parto de via vaginal, esta pergunta facilita na escolha adequada do espéculo (BRASIL, 2006; FERNANDES & NARCHI, 2007). De acordo com Lopes (2006) “a escolha certa do tamanho do espéculo permite a completa visualização do orifício externo do canal cervical e de toda a ectocérvice”.

O profissional deve fazer todas as anotações cabíveis na requisição de exame citopatológico e no prontuário que fica na Unidade de Saúde e estar realizando a identificação da amostra com as iniciais da cliente e o número de matrícula sendo marcados na extremidade fosca da lâmina de vidro com auxilio de lápis preto, antes da realização da coleta.

Após isso, orientar a cliente para que esvazie a bexiga e vestir o avental, logo auxiliar a mulher a se posicionar de forma ginecológica. Neste momento deve ser introduzido um espéculo vaginal para visualizar o colo uterino. Segundo Lopes (2006) o espéculo pequeno deve ser utilizado nas mulheres que não tiveram filhos por parto normal ou que nunca tiveram filhos. O tamanho grande deve ser utilizado em mulheres que tiveram vários filhos (multíparas) ou que são obesas, já o tamanho médio deve ser utilizado para as demais mulheres.

Com a visualização do colo uterino utiliza-se uma espátula de madeira em que se faz uma raspagem na mucosa ectocervical com movimentos rotativos de 360º e logo será representada na lâmina no sentido transversal, próximo a região fosca.

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2.8 Ações de enfermagem perante exame citopatológico alterado

O enfermeiro deve tomar condutas eficazes perante uma mulher com alterações citopatológicas.Organizar um sistema de registro, controle e seguimento, identificando a população feminina em risco de câncer do colo uterino, ainda informar e orientar a mulher para que ela compreenda qual o significado do rastreamento (exame realizados, alteração evidenciada no exame, seguimento/tratamento de lesões ou câncer do colo do útero, acompanhamento do tratamento evidenciando se há eficácia do mesmo), avaliar rotineiramente o processo e os resultados para que com isso obtenha sucesso no rastreamento dos casos com alterações citológicas, é de extrema importância sistematizar a adequada convocação e reconvocação de mulheres a intervalos preestabelecidos e dispor de recursos adequados para coleta, relatórios, tratamento e seguimento das mulheres com exame alterado (FERNANDES & NARCHI, 2007).

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22

CAPÍTULO 2 - METODOLOGIA

3.1 Área de Estudo

Esta pesquisa foi realizada no município de Tangará da Serra, que está localizado na Região Sudeste do Estado de Mato Grosso, conhecida como Médio Norte, possuindo uma área de 11.556 km². Localiza-se “a uma latitude 14º37’10” sul e “a uma longitude 57º29’09” oeste, estando a uma altitude de 427 metros, está a 240 quilômetros da capital de Cuiabá. Tangará da Serra faz limites com os municípios: Nova Olímpia, Barra do Bugres, Campo Novo dos Parecis, Pontes e Lacerda, Diamantino, Santo Afonso, Nova Marilândia, Sapezal, Campos de Júlio, Denise, Reserva do Cabaçal e Conquista d’ Oeste (PREFEITURA MUNICIPAL DE TANGARÁ DA SERRA-MT, 2007). O presente estudo foi desenvolvido nos bairros pertencentes a cobertura realizada pela Unidade de Saúde da Família (Cohab- Tarumã).

Segundo DATASUS (2010), o município de Tangará da Serra tem crescido continuamente, possuindo até o ano de 2009, 81.957 habitantes, sendo 40.862 mulheres e 41.095 homens.

3.2 Sujeitos da Pesquisa

Os sujeitos da pesquisa foram mulheres com faixa etária de 20 a 59 anos, residentes nos bairros pertencentes a cobertura realizada pela Unidade de Saúde da Família (Cohab-Tarumã) de Tangará da Serra-MT, que se dispuseram a colaborar com o estudo. Esta USF possui 1.138 famílias cadastradas e 1.357 mulheres na faixa etária de 20 a 59 anos (SIAB, 2010).

A anuência das participantes foi através de termo de consentimento livre e esclarecido proposto pelo comitê de ética da UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso).

A pesquisa não ofereceu nenhum tipo de risco para os sujeitos, porém não ofereceu benefício direto, somente social, os sujeitos foram voluntários e as identidades foram preservadas (RESOLUÇÃO CNS 196/96).

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3.3 Métodos da Pesquisa

Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa e quantitativa, cujo local de realização da pesquisa foi os bairros pertencentes a cobertura realizada pela Unidade de Saúde da Família (Cohab-Tarumã) na zona urbana em Tangará da Serra-MT, devido a facilidade de acesso do pesquisador.

Foram realizados levantamentos bibliográficos sobre o tema utilizando-se da base de dados de Manuais de Controle de Atenção Básica, Manual Técnico de Prevenção de Câncer do Colo do Útero, livros, revistas, artigos publicados e anais de enfermagem.

3.4 Técnicas para Coleta de dados

Os dados foram coletados por meio de pesquisa de campo, nas casas onde os sujeitos da pesquisa residiam. Foram elaborados questionários semi-estruturados para verificar as concepções e o perfil das mulheres referentes à importância para as mesmas da realização do exame preventivo de câncer do colo uterino e que se encontra no apêndice A.

3.5 Técnicas para a Análise dos Dados

O questionário semi-estruturado, segundo Minayo (1994) combina perguntas fechadas e abertas em que a pessoa entrevistada poderá discorrer de forma livre e espontânea sem respostas ou condições prefixadas pelo autor da pesquisa.

Segundo Vieira & Zouain (2004) torna-se difícil classificar os métodos de uma pesquisa como qualitativos e quantitativos, pois, constantemente “as informações qualitativas podem ser contadas e informações quantitativas podem ser interpretadas". Por isso, o ideal seria que os problemas fossem investigados a partir de visões tanto qualitativas, como quantitativas.

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3.6 Análises dos Dados

Para análise dos dados foram considerados os critérios: faixa etária, renda familiar, nível escolar, consumo de fumo, número de parceiros sexuais, freqüência do uso de preservativo, existência e incidência de câncer na família, idade de inicio sexual, idade da primeira consulta ginecológica, intervalo de realização do exame preventivo, concepções e motivos sobre o exame preventivo.

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CAPÍTULO 3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram entrevistadas 100 mulheres residentes dos bairros: Jardim Mirante, Cohab Tarumã, Jardim Olímpico, Jardim Santiago, todos bairros da zona urbana, pertencentes a cobertura da USF (Unidade de Saúde da Família)- Cohab Tarumã de Tangará da Serra/MT. A pesquisa foi realizada nos meses de março, abril e maio do ano de 2011. Todas as mulheres concordaram em participar da pesquisa após a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as entrevistadas tinham vida sexual ativa, que foi um critério de inclusão.

Inicialmente foi realizada análise das variáveis considerando fatores associados a realização do exame Papanicolaou, pelas mulheres pertencentes a cobertura feita pela USF-Cohab Tarumã.

Sabe-se que o exame preventivo ou exame Papanicolaou é uma forma eficaz para o rastreamento precoce do câncer de colo uterino. Porém para que o exame seja eficaz este deve ser realizado periodicamente.

Neste estudo foram encontradas mulheres com faixa etária de 20 a 59 anos, idades, segundo Brasil (2008) consideradas de risco para desenvolver um possível câncer de colo uterino.

O ponto de partida para realização das análises foi verificar se as mulheres pesquisadas realizavam o exame preventivo, 93% das mulheres disseram ter aderido ao exame e 07% das mulheres disseram não ter aderido ao exame (Figura 1).

Figura 1 – Realização do exame preventivo nas mulheres da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

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dado demonstra uma efetividade no trabalho realizado pela Unidade de Saúde, com índice considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. Acredita-se que ações como: divulgação (campanhas, mutirões, comunicações televisivas e rádio, etc.) sobre a importância de se realizar o exame preventivo, possam, ter contribuído para este índice, pois 93% das mulheres disseram ter realizado o exame preventivo.

De acordo com Brasil¹ (2002) a Neoplasia Intra-epitelial Cervical (NIC) é uma lesão precursora, que dependendo de sua gravidade, poderá ou não evoluir para câncer.

Mulheres que se encontram na faixa etária de 20 a 29 anos são mais freqüentemente diagnosticadas com lesão NIC I, devido estas mulheres procurarem mais os serviços de saúde antes dos 35 anos de idade para realizar o exame anualmente e devido a natalidade. A incidência de NIC II, III e o câncer propriamente dito, acomete mais as mulheres após os 35 anos, pois, estão menos associadas a natalidade e devido ao fato de que as lesões possuem uma evolução lenta até o aparecimento do câncer, podendo ser evidenciadas a partir desta idade (LOPES, 2006; BRASIL¹, 2002).

Quadro 1–Faixa etária em relação a realização do exame preventivo das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

IDADE REALIZAM % NÃO REALIZAM % TOTAL %

DE 20 A 25 11 73,33 4 26,67 15 15,00

DE 26 A 30 10 100 0 0,00 10 10,00

DE 31 A 35 7 100 0 0,00 7 7,00

DE 36 A 40 16 94,12 1 5,88 17 17,00

DE 41 A 45 16 100 0 0,00 16 16,00

DE 46 A 50 10 90,91 1 9,09 11 11,00

DE 51 A 55 18 94,74 1 5,26 19 19,00

DE 56 A 60 5 100 0 0,00 5 5,00

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5,26% não realizam; e dentre as mulheres com faixa etária de 56 a 60 anos: todas realizam o exame (Quadro 1). Observou-se que mulheres com faixa etária de 20 a 25 anos, realizam menos o exame preventivo. Isto significa que as mulheres que pertencem a faixa etária com maior risco para o câncer do colo do útero, estas, estão aderindo mais ao exame preventivo.

Mulheres que apresentam níveis de privação socioeconômica estão expostas a um maior risco no decorrer do tempo para evoluir um possível câncer do colo do útero, pois estas utilizam com menos freqüência os serviços de saúde. Os serviços de saúde contribuirão para um diagnóstico precoce das lesões no qual haverá um tratamento destas lesões que por conseqüência evitara o câncer de colo do útero (FERNANDES & NARCHI, 2007; NEWMANN & GARNER apud COELHO et. al., 2008).

Figura 2 – Renda familiar das mulheres pesquisadas da cobertura da USF- COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

Em relação a renda familiar, dentre as mulheres investigadas, encontrou-se 22% das mulheres com 1 salário mínimo, 32% das mulheres com 2 salários mínimos, 16% das mulheres com 3 salários mínimos, 30% das mulheres acima de 3 salários mínimos e não foi encontrada neste estudo nenhuma mulher abaixo de 1 salário mínimo (Figura 2).

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Quadro 2 – Renda familiar em relação á realização do exame preventivo das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

Este estudo foi contrário ao estudo realizado em Minas Gerais, por Souza e Fiovarente (2003?) no qual houve uma enorme associação da renda familiar com a realização e a não realização do exame preventivo, foram encontradas 79% das mulheres com renda familiar superior a cinco salários mínimos que realizaram o exame; e 55% das mulheres com renda familiar inferior a 1 salário mínimo, estas não realizaram o exame.

Brasil (2009) considera mulheres que tem menor grau de escolaridade como um fator de risco em relação a não realização do exame preventivo, devido esta classe de mulheres terem mais dificuldade para compreender a importância da realização do exame na vida das mesmas.

No que se refere ao nível escolar das mulheres pesquisadas os dados encontrados foram os seguintes: 2% analfabetas, 38% com ensino fundamental incompleto, 4% com ensino fundamental completo, 9% com ensino médio incompleto, 30% com ensino médio completo, 10% com ensino superior incompleto, 2% com ensino superior completo, 4% com pós graduação e 1% com mestrado (Figura 3).

Figura 3–Nível escolar das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

RENDA FAMILIAR REALIZAM % NÃO REALIZAM % TOTAL %

ABAIXO DE 1 SALARIO 0 0,00 0 0,00 0 0,00

1 SALARIO 21 95,45 1 4,55 22 22,00

2 SALÁRIOS 29 90,63 3 9,38 32 32,00

3 SALÁRIOS 16 100 0 0,00 16 16,00

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A partir da análise de dados foram encontradas, dentre as mulheres analfabetas: todas realizam o exame; dentre as mulheres com ensino fundamental incompleto: 97,37% realizam o exame e 2,63% não realizam; dentre as mulheres com ensino fundamental completo: 75,00% realizam o exame e 25,00% não realizam; dentre as mulheres com ensino médio incompleto: todas realizam o exame; dentre as mulheres com ensino médio completo: 90,00% realizam o exame e 10,00% não realizam; dentre as mulheres com ensino superior incompleto: 80,00% realizam e 20,00% não realizam; dentre as mulheres com ensino superior completo: todas realizam o exame; dentre as mulheres com pós-graduação: todas realizam o exame e dentre as mulheres com mestrado: todas realizam o exame (Quadro 3).

Quadro 3 – Nível escolar em relação a realização do exame preventivo das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

Percebeu-se neste estudo, que houve um grande número de mulheres com menor escolaridade que aderiram a realização do exame preventivo, o que contraria os resultados de estudos realizados com mulheres do estado de Minas Gerais em 2003, segundo Souza e Fiovarente (2003?) que observaram que 84% das mulheres com mais de 12 anos de estudo apresentavam uma maior adesão e que somente 37% das mulheres com menor nível de escolaridade aderiram ao exame.

Segundo Aldrighi, Buchalla & Cardoso (2005), o cigarro possui 4.000 substâncias químicas e destas, 55 substâncias estão comprovadas que causam o desenvolvimento de neoplasias malignas. O fumo é um importante fator de risco, pois, as mulheres que fumam têm menos probabilidade de eliminar o vírus HPV, isso se deve ao fato de que as toxinas do tabaco causam redução na resposta imune do colo uterino, que há uma incorporação de toxinas do tabaco que rompem a regulação celular normal das células do colo do útero, que por conseqüência favorece a persistência do HPV no colo(COELHO et. al., 2008; LOPES, 2006).

NIVEL ESCOLAR REALIZAM % NÃO REALIZAM % TOTAL %

Analfabeta 2 100 0 0 2 2,0

Ensino fundamental

incompleto 37 97,37 1 2,63 38 38,0

Ensino fundamental completo 3 75 1 25 4 4,0

Ensino médio incompleto 9 100 0 0 9 9,0

Ensino médio completo 27 90 3 10 30 30,0

Ensino superior incompleto 8 80 2 20 10 10,0

Ensino superior completo 2 100 0 0 2 2,0

Pós-graduação 4 100 0 0 4 4,0

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Quando perguntadas se fumavam: 16% responderam fumar e 84% responderam não fumar (Figura 4). Neste estudo observou-se, que independente da realização ou não do exame preventivo, mais de 10% das mulheres fumam. Este fator de risco aumenta a possibilidade destas mulheres desenvolverem um câncer de colo do útero, pois como já foi comentado antes, as mulheres que fumam tem menos probabilidade de eliminar o vírus HPV que por conseqüência poderá levar ao câncer do colo do útero.

Figura 4–Utilização de tabaco nas mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

Ao questionar as entrevistadas sobre o número de parceiros encontrou-se 91% com parceiro fixo, 9% não tinham parceiro sexual e nenhuma mulher respondeu ter múltiplos parceiros sexuais (Figura 5). Foi observado que algumas se sentiram constrangidas, isso é devido ao preconceito social inserido neste tópico, o que leva a crer que é possível haver uma não fidedignidade nos relatos.

Figura 5–Número de parceiros sexuais das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

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parceiros. Onde Bezerra, encontrou os seguintes resultados: 6% das mulheres responderam não ter nenhum parceiro e 84% estavam somente com um parceiro.

O uso do preservativo é um método contraceptivo eficaz que evita a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. O HPV que é uma das doenças sexualmente transmissíveis está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero que poderia ser evitado através do ato sexual seguro com o uso do preservativo mesmo para as mulheres que tem parceiro fixo. Este meio é o mais viável de prevenção, pois bloqueia o contato das secreções dos órgãos genitais, evitando a transmissão de possíveis doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo Lopes (2006) as mulheres que têm o teste positivo para HPV são aquelas mulheres que utilizam contraceptivos orais por 5 anos a mais, pois este método contraceptivo não bloqueia as transmissões doenças sexualmente transmissíveis.

A partir desta informação foi realizada análise com mulheres que tinham parceiro fixo quanto ao uso do preservativo. Observou-se que dentre as mulheres com parceiro fixo, 65,93% nunca usam o preservativo nas relações sexuais; 13,20% disseram sempre usar; 15,38% disseram de vez em quando usar e 5,49% disseram raramente usar (Quadro 4). E todas as mulheres que não tem parceiro sexual, não utilizam método contraceptivo devido não manter relacionamento sexual.

Quadro 4 – Uso do preservativo comparado ao parceiro fixo das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

PARCEIRO FIXO %

RARAMENTE 5 5,49

NUNCA USA 60 65,93

DE VEZ EM QUANDO 14 15,38

SEMPRE 12 13,19

TOTAL 91 100

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Mulheres que apresentam falta de conhecimento sobre a doença e também sobre o exame, estas são mais vulneráveis para ter práticas sexuais seguras e aderirem ao exame preventivo (FERNANDES & NARCHI, 2007).

Segundo Bezerra et. al. (2005) antes dos 18 anos, a iniciação para a vida sexual é considerada precoce porque a cérvice ainda não está completamente formada e os níveis hormonais não estão estabilizados, expondo a mulher ao risco de infecções.

Diante desta afirmação, foi investigada a idade de início da vida sexual, encontrou-se 42% responderam ter iniciado entre 12 a 17 anos, 56% responderam entre 18 a 23 anos e 2% responderam entre 24 a 28 anos de idade (Figura 6).

Figura 6 – Inicio da vida sexual das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

Dentre as entrevistadas que realizaram o exame: 43% iniciaram a vida sexual entre 12 a 17 anos de idade, 55% iniciaram entre 18 a 23 anos e 2% entre 24 a 28 anos. Já em relação as que não realizaram o exame, 29% iniciaram entre 12 a 17 anos e 71% entre 18 a 23 anos (Figura 7).

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Segundo Lopes (2006) existem co-fatores ambientais e co-fatores internos que contribuem pra o desenvolvimento da carcinogênese cervical. Os co-fatores internos são: variações que acontecem na resposta imune e variações genéticas. Os co-fatores ambientais estão relacionados a dieta, a co-infecção com outros agentes sexualmente transmissíveis ou mesmo ao HPV, o uso de contraceptivo oral.

Para que ocorra o desenvolvimento do câncer segundo Davim et. al. (2005) pode haver fatores internos e externos, em que os fatores externos são os ambientais e os fatores internos são genéticos.

Figura 8 – Predisposição genética das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

Em relação a predisposição genética, foi verificado entre as mulheres entrevistadas se havia algum tipo de câncer na família, 35% responderam existir algum tipo de câncer na família e 65% disseram não existir algum tipo de câncer na família (Figura 8).

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Dentre estas mulheres cujas famílias tinham histórico de câncer, 14,29% relataram existir mais de um tipo de câncer na família, 2,86% câncer de pele, 2,86% câncer de fígado, 5,70% câncer de garganta, 17,14% câncer de próstata, 2,86% câncer de intestino, 8,57% caso de câncer de estômago, 8,57% caso de câncer de pulmão, 20,00% com caso de câncer do colo do útero, 2,86%caso de câncer de traquéia, 8,57% de mama, 2,86% leucemia e 2,86% de pâncreas (Figura 9).

Neste estudo percebeu-se que há uma maior porcentagem de casos de câncer do colo do útero em relação aos demais tipos identificados.

Para que possa atingir mulheres na faixa etária de risco, uma estratégia de captação das pacientes é através das consultas médicas ou de enfermagem, estes profissionais devem solicitar a colpocitologia cervical para não perder a oportunidade de rastreamento destas mulheres. Os profissionais devem ser capacitados para que esta estratégia seja organizada, garantindo um bom atendimento, fornecendo informações na entrega do resultado e estimulando a periodicidade da realização do exame preventivo (FERNADES & NARCHI, 2007; HACKENHAAR, CESAR & DOMINGUES, 2006).

Figura 10–Consulta ao ginecologista das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

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Figura 11–Idade da realização da 1º consulta ginecológica das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

Quanto a idade na qual foi realizada a primeira consulta ginecológica, dentre as mulheres que haviam se consultado, 4,26% se consultaram antes dos 15 anos; 74,47% se consultaram entre 15 a 25 anos,15,96% se consultaram entre 26 a 35 anos e 4,26% se consultaram entre 36 a 45 anos (Figura 11). O Ministério da Saúde preconiza que todas as mulheres que iniciaram atividade sexual e ainda aquelas que se encaixam com fatores de risco para o câncer devem estar realizando o exame preventivo anualmente.

Em relação a periodicidade na realização do exame verificou-se que; 8,60% realizam de 6 em 6 meses, 55,91% realizam de 1 em 1 ano, 11,83% realizam de 2 em 2 anos e 23,66% realizam de 3 ou mais de 3 anos(Figura 12).

Figura 12–Intervalo dos exames ginecológicos das mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

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Observou-se que a maioria das mulheres realiza o exame, conforme o recomendado pelo Ministério da saúde, mas existem mulheres que realizam o exame precocemente e outras que realizam tardiamente.

Este resultado leva a crer que é importante que o profissional da saúde forneça informações e esclareça a periodicidade necessária para realização do exame entre a população feminina, para que se possa rastrear todas as mulheres, fazer detecção precoce das lesões cervicais diminuindo gastos desnecessários em rastrear mulheres mais de uma vez por ano.

Este estudo foi semelhante ao estudo realizado por Davim et. al. (2005), em que 60% das pesquisadas realizaram o exame conforme Ministério da Saúde e 40% realizaram o exame em períodos não recomendados: 13% precocemente (a cada 6 meses) e 27% tardiamente (a cada 2 anos).

Ao perguntar as entrevistadas se as mesmas tinham conhecimento sobre o exame preventivo, 97% responderam ter conhecimento sobre o exame e 3% disseram não saber. Ao analisar os dados observou-se que dentre as mulheres que afirmaram ter conhecimento sobre o exame preventivo, destas 7 ou (7,22%) das mulheres como foi dito antes no começo da discussão não realizam o exame, porém 3% que disseram não ter conhecimento sobre o exame, estas realizaram o exame.

O controle do câncer de colo do útero é baseado na prevenção, diagnóstico na fase inicial da doença que indicará o tratamento mais adequado. O exame preventivo tem por objetivo a detecção/ precoce das lesões iniciais que possivelmente levará ao desenvolvimento do câncer do colo do útero. Segundo Brasil (2006) apesar das mulheres procurarem muitas vezes este exame devido a queixas ginecológicas, este por sua vez não tem por objetivo identificar DST.

Quadro 5–Conhecimento sobre o exame preventivo nas mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

CONCEPÇÕES SOBRE O EXAME %

Prevenir o câncer 21,65

Detectar doenças (DST) e câncer 36,08 Detectar câncer e infecções 6,19

Evitar infecções 2,06

Detectar DST; 15,46

Identificar DST e infecções 4,12 Identificar câncer, DST e infecções 5,15 Prevenir o câncer, DST e gravidez 1,03

Prevenir feridas e mioma 2,06

Prevenir DST e gravidez 2,06

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Para análise das respostas das mulheres foram interpretadas e logo adaptadas respostas semelhantes umas as outras.

Dentre as mulheres que disseram saber para que serve o exame, estas foram questionadas para exemplificarem para que servia o exame, observamos na análise dos dados que: 21,65% responderam que o exame preventivo serve para prevenir o câncer; 36,08% responderam que o exame preventivo serve para detectar doenças DST e câncer; 6,19% responderam que o exame preventivo serve para detectar câncer e infecções; 15,46% responderam que o exame preventivo serve para detectar DST; 2,06% responderam que o exame preventivo serve para evitar infecções; 4,12% responderam que o exame preventivo serve para identificar DST e infecções; 5,15% responderam que o exame preventivo serve para identificar câncer, DST e infecções; 1,03% responderam que o exame preventivo serve para prevenir o câncer, DST e gravidez; 2,06% responderam que o exame preventivo serve para prevenir feridas e mioma; 2,06% responderam que o exame preventivo serve para prevenir DST e gravidez e 4,12% não souberam responder (Quadro 5). Observou-se que dentre as mulheres que disseram saber da importância do exame, somente 21,65% souberam responder qual real importância do exame. Observou-se, que mais de 75% das mulheres apresentaram uma inconsistência entre o conhecimento do exame, isto leva a crer que é necessário esclarecer de melhor forma a importância do exame na vida das mesmas, para que assim, atitudes como essa, contribuam para diminuir a mortalidade e morbidade por este tipo de câncer.

Em um estudo realizado por Ferreira & Oliveira (2006), encontrou-se uma semelhança com este estudo, em que 43,7% das mulheres disseram que a finalidade do exame preventivo é para prevenção e detecção do câncer do colo do útero, 20,0% disseram que o exame é realizado para prevenir o câncer e outros problemas uterinos e 27,5% disseram que é realizado para detecção de doenças, infecções e feridas.

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Quadro 6-Motivos para realização do exame preventivo nas mulheres pesquisadas da cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011.

Foram observados diante respostas das mulheres que realizaram o exame que: 9,68% realizaram o exame devido o médico ter pedido; 39,78% realizaram devido a rotina, para prevenção; 9,68% realizaram devido ao incentivo de outras pessoas; 15,05% realizaram por apresentarem queixas ginecológicas; 12,90% realizaram por medo do câncer; 5,38% realizaram devido o incentivo das campanhas; 2,15% realizaram devido ter filhos; 1,08% realizaram devido ter se casado e 4,30% realizaram devido ao início da vida sexual (Quadro 6). Mulheres que disseram que realizam o exame por rotina (39,78%) e aquelas que realizam devido ao início da vida sexual (4,30%) estas, estão se cuidando corretamente. Observa-se que as mulheres que realizaram o exame apresentaram vários motivos para realização. Conforme foi dito antes, o Ministério da Saúde preconiza que todas as mulheres que tem vida sexual ativa e que tem de 25 a 59 anos devem se submeter ao exame preventivo como rotina para prevenção do câncer e das lesões cervicais.

MOTIVOS PARA REALIZAÇÃO DO PREVENTIVO %

Pedido médico 9,68

Rotina 39,78

Incentivo de outras pessoas 9,68

Queixa ginecológica 15,05

Medo do Câncer 12,90

Campanhas 5,38

Filhos 2,15

Por ter se casado 1,08

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

De forma organizada o enfermeiro deve trabalhar identificando e minimizando possíveis interferências para a não realização do exame com as seguintes estratégias: formar grupos de mulheres que permitam a interação e o debate sobre temas relacionados a sexualidade no qual aborde práticas sexuais seguras com o uso do preservativo para evitar as doenças sexualmente transmissíveis que possam levar ao desenvolvimento do câncer no colo do útero; ainda fornecer informações necessárias sobre a importância do exame na vida das mesmas, possibilitando com esta atitude uma integração entre profissional e paciente; facilitar o acesso ao serviço de saúde para aquelas mulheres com maior vulnerabilidade (renda familiar baixa), para que este não seja motivo para a não realização; informar sobre a periodicidade necessária para que não tenha repetições de exame com a mesma mulher em um ano, evitando com isto gastos desnecessários aplicados ao exame; informar sobre o retorno para entrega do laudo para que sejam esclarecidas dúvidas sobre DST e câncer; desmistificar medo, preconceitos e angústias na realização do exame.

Pode se comprovar nesta pesquisa que 21,65% das mulheres que disseram saber para que serve o exame, exemplificaram o exame como fator importante para prevenir o câncer e 78,35% das mulheres disseram que o exame é importante para prevenir o câncer e acrescentaram que é importante para outros problemas como doenças sexualmente transmissíveis e problemas uterinos. Constatou-se que 15,05% das mulheres que realizam o exame, somente o realizam quando surgem fatores externos.

Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de evidenciar concepções e traçar um perfil de mulheres residentes da cobertura da Unidade de Saúde (Cohab-Tarumã) sobre a importância de se fazer o exame preventivo de câncer do colo uterino, bem como por meio de referências bibliográficas evidenciar ações de enfermagem que possam interferir para o controle e prevenção do câncer do colo-uterino, objetivo este que foi atendido através de pesquisa com as mulheres residentes nos bairros pertencentes a cobertura da Unidade de Saúde (Cohab-Tarumã).

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PREFEITURA MUNICIPAL DE TANGARÁ DA SERRA/MT, 2007. Localização. Disponível em:< http://www.tangaradaserra.mt.gov.br/cidade.asp>Acesso em: novembro, 2010.

SANTOS, Maria Aparecida Modesto dos. Terminologia em Enfermagem. São Paulo: Martinari, 2006.

SIAB, Sistema de Informação de Atenção Básica. Consolidado das famílias cadastradas no ano de 2010. Secretaria Municipal de Saúde. Disponível em: < http://siab.datasus.gov.br/SIAB > Acesso em: outubro, 2010.

SMELTZER, S. C. et. al. Tratado de enfermagem médico cirúrgica. BRUNNER & SUDDARTH. 11° edição. Volume 3. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2009.

SOUZA. L. M & FIOVARENTE. E. Fatores Associados á Realização do Exame Preventivo Papanicolaou pelas Mulheres do Estado de Minas Gerais em 2003. Tese de Doutorado. Cedeplar/UFMG (2003?).

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APÊNDICE A - Questionário

Este questionário é exclusivo para pesquisa acadêmica do curso de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, com o intuito de saber sobre a adoção de práticas preventivas a ser aplicado as mulheres residentes dos bairros pertencentes a cobertura da Unidade de Saúde (COHAB Tarumã) de Tangará da Serra – MT. Trata-se de um estudo científico e garante-se o total sigilo dos dados informados.

PARTE 1 - IDENTIFICAÇÃO

1. Sua idade se encaixa em que faixa etária?

( ) De 20 a 25 anos ( ) De 46 a 50 anos ( ) De 26 a 30 anos ( ) De 51 a 55 anos ( ) De 31 a 35 anos ( ) De 56 a 60 anos ( ) De 36 a 40 anos

2. Qual sua renda familiar?

( ) Abaixo de 1 salário mínimo ( ) 1 salários mínimo

( ) 2 salários mínimo ( ) 3 salários mínimo

( ) Acima de 3 salários mínimos

4. Qual é o seu nível escolar?

( ) Analfabeta ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino superior

( ) Outros. Qual? ---

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( ) Sim ( ) Não

PARTE 2 - PERGUNTAS RELACIONADAS AO EXAME PREVENTIVO

1. Quanto ao número de parceiros sexuais, você possui:

( ) Parceiro fixo ( ) Múltiplos parceiros ( ) Nenhum parceiro

2.Com que idade você iniciou sua vida sexual?...

3. Existe algum tipo de câncer na família?

( ) Sim. Qual?... ( ) Não

4. Você já se consultou com um ginecologista?Com que idade foi sua primeira consulta?

( ) Sim. Com que idade? ... ( ) Não

5. Você já fez o exame preventivo do câncer do colo uterino? Se a resposta for NÃO vá para a pergunta nº 7.

( ) Sim ( ) Não

6. Com quanto tempo realiza o exame?

( ) De 6 em 6 meses ( ) De 2 em 2 anos

( ) De 1 em 1 ano ( ) De 3 ou mais de 3 anos

7. O que a levou a fazer o exame? Por quê?

...

...

8. Você usa com freqüência preservativo (camisinha)?

( ) Sempre ( ) Raramente

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9. Você sabe para que serve o exame preventivo?

( ) Sim ( ) Não

10. Se a resposta da pergunta 8 for SIM,exemplifique para que serve.

Imagem

Figura  1  –  Realização  do  exame  preventivo  nas  mulheres  da  cobertura  da  USF-COHAB  Tarumã,  Tangará da Serra – MT, maio de 2011
Figura 2 – Renda familiar das mulheres pesquisadas da cobertura da USF- COHAB Tarumã, Tangará da  Serra – MT, maio de 2011
Figura  3–Nível  escolar  das  mulheres  pesquisadas  da  cobertura  da  USF-COHAB  Tarumã,  Tangará  da  Serra – MT, maio de 2011
Figura 7- Início de vida sexual em relação á realização do exame preventivo das mulheres pesquisada da  cobertura da USF-COHAB Tarumã, Tangará da Serra – MT, maio de 2011
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Referências

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