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Políticas de desenvolvimento Regional no Brasil: evolução recente dos mecanismos Nacionais e Estaduais - O caso do Nordeste

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CCSA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA – PIMES. ANA CAROLINA DA CRUZ LIMA. POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO BRASIL: EVOLUÇÃO RECENTE DOS MECANISMOS NACIONAIS E ESTADUAIS – O CASO DO NORDESTE. Recife 2008.

(2) ANA CAROLINA DA CRUZ LIMA. POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO BRASIL: EVOLUÇÃO RECENTE DOS MECANISMOS NACIONAIS E ESTADUAIS – O CASO DO NORDESTE. Dissertação. apresentada. à. Universidade. Federal de Pernambuco como um dos prérequisitos para obtenção do grau de mestre em Economia.. Orientador:. Prof.. Rodrigues Lima. Recife 2008. Dr.. João. Policarpo.

(3) Lima, Ana Carolina da Cruz Políticas de desenvolvimento Regional no Brasil : evolução recente dos mecanismos Nacionais e Estaduais – O caso do Nordeste / Ana Carolina da Cruz Lima. – Recife : O Autor, 2008. 176 folhas : fig. tab. e quadro. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCSA. Economia, 2008. Inclui bibliografia, apêndice e anexo. 1. Economia Regional – Nordeste Brasileiro. 2. Política Fiscal. 3. ICMS. 4. Política Governamental de desenvolvimento – Brasil. I. Título. 338.1 330. CDU (1997) CDD (22.ed.). UFPE CSA2008-011.

(4) UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCAIS APLICADAS - CCSA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA - PIMES. PARECER DA COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE. ANA CAROLINA DA CRUZ LIMA. “POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO BRASIL: EVOLUÇÃO RECENTE DOS MECANISMOS NACIONAIS E ESTADUAIS – O CASO DO NORDESTE”. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ECONOMIA REGIONAL. A comissão examinadora composta pelos professores abaixo, sob a presidência do primeiro, considera a candidata ANA CAROLINA DA CRUZ LIMA _________________.. Recife, ____de Janeiro de 2008.. ___________________________________________________________ Prof. Dr. João Policarpo Rodrigues Lima – Orientador (PIMES/UFPE). ______________________________________________________________ Prof. Dr. Raul da Mota Silveira Neto – Examinador Interno (PIMES/UFPE). ________________________________________________________________ Profa. Dra. Ana Cristina Fernandes – Examinador Externo (Geografia/UFPE).

(5) AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por todas as bênçãos que tem derramado em minha vida. À minha família, que tanto amo e que está sempre ao meu lado. Ao meu professor orientador, João Policarpo Rodrigues Lima, com respeito e admiração. Aproveito a oportunidade para agradecer às seguintes instituições/órgãos estaduais, que forneceram dados relativos aos seus respectivos programas, contribuindo para o desenvolvimento do trabalho: Comissão de Incentivos Fiscais – Piauí, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará, Coordenadoria de Desenvolvimento Industrial da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Companhia de Desenvolvimento da Paraíba, Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco, Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe. Por fim, agradeço a todos, professores, funcionários e amigos do Programa de PósGraduação em Economia da Universidade Federal de Pernambuco, que contribuíram direta ou indiretamente para o desenvolvimento deste trabalho..

(6) RESUMO LIMA, Ana Carolina da Cruz. Políticas de Desenvolvimento Regional no Brasil: evolução recente dos mecanismos nacionais e estaduais – o caso do Nordeste, 2008, 175. Mestrado em Economia. Universidade Federal de Pernambuco, Recife. O Governo Federal desempenhou papel fundamental no processo de desenvolvimento recente da economia brasileira. Entretanto, com a adoção, nos anos 90, das políticas neoliberais sugeridas pelos organismos internacionais (FMI e Banco Mundial), houve um esvaziamento do papel do Estado na economia, inclusive em relação à elaboração e aplicação de políticas de desenvolvimento regional. Este espaço deixado pelo governo central foi gradativamente substituído por iniciativas estaduais: esferas sub-nacionais de governo passaram a elaborar seus próprios programas de desenvolvimento, baseados principalmente na concessão de incentivos fiscais relativos ao ICMS, principal imposto sobre o valor adicionado do Brasil, com o intuito de atrair novas plantas industriais para seus respectivos territórios. A utilização destes instrumentos se intensificou no decorrer da década de 90, fenômeno que ficou conhecido como guerra fiscal. Este trabalho analisa os principais programas de desenvolvimento elaborados pelos Estados que compõem a região Nordeste do Brasil, pois esta é a região para qual a atenção sempre se volta quando se trata de política regional no país. O objetivo do trabalho é analisar se há alguma influência entre a concessão de incentivos fiscais e a dinâmica da indústria de transformação e extrativa mineral local, em termos de emprego, interiorização e adensamento das cadeias produtivas. Nos dois últimos casos é calculado o Quociente Locacional, a partir dos dados da RAIS/MTE, para avaliar os níveis de especialização industrial na região. A análise dos dados referentes aos programas estaduais e da RAIS/MTE parece indicar que há uma relação positiva entre o crescimento do emprego, a interiorização e a diversificação das atividades industriais, mesmo que não muito significativa, o que pode ter contribuído para a dinâmica industrial da região no período 19952005. Os dados evidenciam que os programas estaduais baseados em incentivos fiscais e financeiros não são capazes, por si só, de alterar significativamente a dinâmica econômica local, visto que os incentivos não são os únicos fatores determinantes da atratividade local. Assim, torna-se clara a necessidade da adoção de outras medidas, de caráter mais duradouro e estrutural, para estimular as áreas menos dinâmicas do país, criando um ambiente econômico e institucional mais favorável ao desenvolvimento de atividades produtivas. Palavras-chave: Políticas de Desenvolvimento Regional; Guerra Fiscal; ICMS..

(7) ABSTRACT LIMA, Ana Carolina da Cruz. Regional development policies in Brazil: recent evolution of state and national mechanisms – Northeastern region case, 2008, 175. Masters in Economics. Universidade Federal de Pernambuco, Recife. The federal government has performed an important role in the development of the Brazilian economy. With the adoption of neoliberal policies in the 1990´s suggested by international organs such as IMF and World Bank however, the State intervention in the economy was strongly reduced, specially planning and application of regional development policies. This area previously occupied by the central government has gradually been replaced by initiatives from subnational spheres of government, which started assuming their own development programs based essentially on fiscal incentives related to sales taxes. The usage of these tools increased since the 1990´s, a phenomenon that is known as ‘fiscal war’. This study analyses the main developing programs elaborated by the Brazilian northeastern states, since this region is always on the spotlight whereas the regional policy of the country is concerned. The study also aims at examining the influence of fiscal incentives on the industrial sector, concerning jobs, internalization and diversification of productive chains. In the last two cases the locational quotient is calculated, from the RAIS/MTE data, so that the industrial specialization levels in the region can be evaluated. The data analysis referring to the state programs seems to indicate that there is a positive relation among the increasing of job offers, internalization and diversification of industrial activities. The relation is not very meaningful, but the fiscal war may have contributed to the industrial dynamic of the region throughout 1995-2005. Despite that, the data show that the state programs based on fiscal and financial incentives are not capable on their own to change significantly the local economical dynamic, since the incentives are not the only determining factors of local attractiveness. Thus, it becomes clear the importance of adopting everlasting and structural measures to stimulate less dynamic areas in the country, building up an economical and institutional environment more propitious to the development of productive activities. Keywords: Regional development policies, Fiscal war, Sales Tax..

(8) LISTA DE SIGLAS ADDiper. Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco S.A.. ADENE. Agência de Desenvolvimento do Nordeste.. AGFRN. Agência de Fomento do Rio Grande do Norte S.A.. APL. Arranjos Produtivos Locais.. BAHIAPLAST. Programa Estadual de Desenvolvimento da Indústria de Transformação Plástica.. BANESE. Banco do Estado de Sergipe.. BEC. Banco do Estado do Ceará S.A.. BNB. Banco do Nordeste do Brasil S/A.. CDE. Conselho de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Norte.. CDI. Conselho de Desenvolvimento Industrial de Sergipe.. CEDIN. Conselho Estadual de Desenvolvimento Industrial do Ceará.. CEPAL. Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe.. CIF. Comissão de Incentivos Fiscais do Piauí.. CINEP. Companhia de Desenvolvimento da Paraíba.. CODEAL. Companhia de Desenvolvimento de Alagoas.. CODEN. Conselho de Desenvolvimento Econômico do Piauí.. CODIN. Conselho Estadual de Desenvolvimento Integrado – Alagoas.. CODISE. Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe.. CONDEX. Conselho Deliberativo do SINCOEX (Maranhão).. CONDIC. Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (Pernambuco).. CONFAZ. Conselho Nacional de Política Fazendária.. CONVIVER. Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Semi-Árido.. DESENBANCO. Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia.. DESENVOLVE. Programa de Desenvolvimento Industrial e de integração Econômica do Estado da Bahia.. EBT’s. Empresas Cearenses de Base Tecnológica.. ECEX’s. Empresas Especializadas em Comércio Exterior (Maranhão).. EIA’s. Empresas Industriais e Agroindustriais (Maranhão)..

(9) EUA. Estados Unidos da América.. FAI. Fundo de Apoio à Industrialização do Estado de Sergipe.. FAIN. Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial da Paraíba.. FCO. Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste.. FDCI. Fundo de Desenvolvimento Comercial e Industrial do Rio Grande do Norte.. FDI. Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará.. FINOR. Fundo de Investimentos do Nordeste.. FNE. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste.. FNO. Fundo Constitucional de Financiamento do Norte.. FOB. Free on Board.. FPE. Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal.. FPM. Fundo de Participação dos Municípios.. FUNDESE. Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico do Estado da Bahia.. FUNED. Fundo Estadual de Desenvolvimento Integrado (Alagoas).. GTDN. Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste.. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.. ICMS. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.. IDH. Índice de Desenvolvimento Humano.. IED. Investimento Externo Direto.. IGPM. Índice Geral de Preços de Mercado.. II PND. II Plano Nacional de Desenvolvimento.. INOVATEC. Programa Estadual de Incentivos à Inovação Tecnológica (Bahia).. IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.. IPI. Imposto Sobre Produtos Industrializados.. ISI. Industrialização por Substituição de Importações.. MI. Ministério da Integração Nacional.. PAEG. Plano de Ação Econômica do Governo.. PAS. Plano Amazônia Sustentável.. PDCI. Programa de Desenvolvimento no Comércio Internacional e das Atividades Portuárias e Aeroportuárias do Ceará.. PDCO. Plano de Desenvolvimento do Centro-Oeste.. PDNE. Plano de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste..

(10) PDSA. Plano Estratégico de Desenvolvimento do Semi-Árido.. PERPART. Pernambuco Participações e Investimentos S.A.. PIB. Produto Interno Bruto.. PND. Plano Nacional de Desestatização.. PNDR. Política Nacional de Desenvolvimento Regional.. POTIGÁS. Companhia Potiguar de Gás.. PPA. Plano Plurianual.. PROADI. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte.. PROAUTO. Programa Especial de Incentivo ao Setor Automotivo da Bahia.. PROBAHIA. Promoção do Desenvolvimento do Estado da Bahia.. PROBATEC. Programa de Apoio às Empresas de Base Tecnológica (Pernambuco).. PROCAP. Programa de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas (Ceará).. PROCOBRE. Programa Estadual de Desenvolvimento da Mineração, da Metalurgia e da Transformação do Cobre (Bahia).. PROCOMEX. Programa de Incentivo ao Comércio Exterior (Bahia).. PRODECIPEC. Programa de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário de Pecém e da Economia do Ceará.. PRODEPE. Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco.. PRODESIN. Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas.. PRODETUR. Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste.. PRODINPE. Programa de Desenvolvimento da Indústria Naval e de Mecânica Pesada Associada ao Estado de Pernambuco.. PRODUZIR. Organização Produtiva de Comunidades Pobres.. PROGÁS. Programa de Apoio ao Desenvolvimento das Atividades do Pólo Gás-Sal do Rio Grande do Norte.. PROINEX. Programa de Incentivo à Industrialização de Produtos para Exportação no Estado do Ceará.. PROMESO. Promoção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais.. PROMOVER. Promoção e Inserção Econômica de Sub-regiões.. PROVIN. Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Industrial do Ceará.. PSDI. Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial.. QL. Quociente Locacional..

(11) RAIS/MTE. Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego.. RMF. Região Metropolitana de Fortaleza.. RMR. Região Metropolitana de Recife.. RMS. Região Metropolitana de Salvador.. SDE. Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará.. SECEX. Setor de Comércio Exterior do Banco do Brasil S/A.. SECTI. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia.. SEDEC/CODIT. Coordenação. de. Desenvolvimento. Industrial. da. Secretaria. de. Desenvolvimento Econômico do Estado de Sergipe. SEFAZ. Secretaria da Fazenda do Estado do Piauí.. SEIC. Secretária da Indústria e do Comércio do Estado de Sergipe.. SEIC. Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços do Estado de Alagoas.. SEPLAN. Secretaria do Planejamento do Estado do Piauí.. SICM. Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia. SINC. Secretaria do Estado da Indústria e Comércio do Maranhão.. SINCOEX. Sistema de Apoio à Indústria e ao Comércio Exterior do Estado do Maranhão.. SINTEC. Secretaria do Estado da Indústria, do Comércio, da Ciência e Tecnologia (Rio Grande do Norte).. SRD. Secretaria de Políticas Regionais.. STN. Secretaria do Tesouro Nacional.. SUDENE. Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste.. TJPL. Taxa de Juros de Longo Prazo..

(12) LISTA DE TABELAS Tabela 2.1. Participação das Grandes Regiões e Estados selecionados no PIB do Brasil - 1994-2004......................................................................................... Tabela 2.2. Brasil - PIB per capita, por Grandes Regiões e Estados selecionados – 1994 - 2004 - R$ de 2006.............................................................................. Tabela 2.3. 31. Brasil - Taxa de mortalidade infantil por Grandes Regiões e Estados selecionados –1990/2004............................................................................... Tabela 2.4. 30. 32. Brasil - Analfabetismo - Pessoas 15 anos e mais (%) por Grandes Regiões e Estados selecionados - 1990/2005.............................................................. 32. Tabela 2.5. Brasil - Pessoas que vivem em domicílios com instalações adequadas de esgoto (%) por Grandes Regiões e Estados selecionados 1990/2005............ Tabela 2.6. 33. Brasil - Pessoas que vivem em domicílios com energia elétrica por Grandes Regiões e Estados selecionados (%) - 1991 e 2000........................ 34. Tabela 2.7. Brasil - Renda desigualdade - Índice de Gini – Grandes Regiões e Estados selecionados - 1990/2005.............................................................................. 34. Tabela 2.8. Brasil – Pessoas com renda domiciliar per capita inferior à linha de pobreza por Grandes Regiões e Estados selecionados (%) - 1990/2005....... Tabela 2.9. Brasil – Índice de Desenvolvimento Humano por Estados - 1991 e 2000............................................................................................................... Tabela 4.1. 69. Brasil - Receita das macrorregiões e estados selecionados (Fluxos) Transferências da União - 1995-2006............................................................ Tabela 6.1. 36. Distribuição percentual (%) das Transferências da União às Grandes Regiões e aos Estados – 1995-2006............................................................... Tabela 4.2. 35. 70. Maranhão – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005.......................................... 113. Tabela 6.2. Maranhão – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005.................. 113. Tabela 6.3. Maranhão – Padrão de especialização municipal por mesorregião – 1995 e 2005............................................................................................................... Tabela 6.4. Piauí – Investimento privado realizado no âmbito da Comissão de Incentivos Fiscais - 1994-2006...................................................................... Tabela 6.5. 114. 115. Piauí – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005.......................................... 118.

(13) Tabela 6.6. Piauí – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005.......................... 118. Tabela 6.7. Piauí – Padrão de especialização municipal por mesorregião – 1995 e 2005............................................................................................................... Tabela 6.8. Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará (FDI) - Investimento privado por setor econômico – 1994-2006.................................................... Tabela 6.9. 120. Ceará – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005.......................................... Tabela 6.10. 119. 123. Ceará – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005......................... 124. Tabela 6.11. Ceará – Padrão de especialização municipal por região – 1995 e 2005........ Tabela 6.12. Rio Grande do Norte – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005...................... Tabela 6.13. 124. 127. Rio Grande do Norte – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005............................................................................................................... 128. Tabela 6.14. Rio Grande do Norte – Padrão de especialização municipal por mesorregião – 1995 e 2005............................................................................ Tabela 6.15. 128. Paraíba – FAIN – Investimento privado por setor econômico - 19952006............................................................................................................... 129. Tabela 6.16. Paraíba – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005.......................................... 132. Tabela 6.17. Paraíba – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005....................... 133. Tabela 6.18. Paraíba – Padrão de especialização municipal por região – 1995 e 2005..... 134. Tabela 6.19. Pernambuco – PRODEPE – Investimento por setor econômico - 19962006............................................................................................................... 135. Tabela 6.20. Pernambuco – PRODEPE – Uso dos incentivos fiscais por segmentos econômicos – 1999-2006............................................................................... Tabela 6.21. 138. Pernambuco – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005.......................................... 139. Tabela 6.22. Pernambuco – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005............... 140. Tabela 6.23. Pernambuco – Padrão de especialização municipal por região – 1995 e 2005............................................................................................................... 141. Tabela 6.24. Alagoas – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005.......................................... 142.

(14) Tabela 6.25. Alagoas – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005...................... Tabela 6.26. Alagoas – Padrão de especialização municipal por região – 1995 e. 142. 2005............................................................................................................... 143 Tabela 6.27. Sergipe – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005.......................................... 146. Tabela 6.28. Sergipe – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005...................... 146. Tabela 6.29. Sergipe – Padrão de especialização municipal por mesorregião – 1995 e 2005............................................................................................................... 147. Tabela 6.30. Bahia – Empresas implantadas e em implantação – investimento privado – 2003-2006................................................................................................... Tabela 6.31. 148. Bahia – Emprego e estabelecimentos em atividade na indústria de transformação e extrativa mineral – 1995 e 2005.......................................... 149. Tabela 6.32. Bahia – Padrão de especialização municipal – 1995 e 2005......................... 150. Tabela 6.33. Bahia – Padrão de especialização municipal por mesorregião – 1995 e 2005............................................................................................................... 150. Tabela 01. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) – Repasses anuais. da. Secretaria. do. Tesouro. Nacional. –. 1995-. 2006............................................................................................................... 166 Tabela 02. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – Contratações por porte de tomadores – 1995-2006............................................................. Tabela 03. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - Contratações por Unidade da Federação - 1995-2006......................................................... Tabela A.1. 167. Pernambuco – PRODEPE – Incentivos fiscais por segmentos econômicos – Arrecadação – 1999-2006........................................................................... Tabela A.2. 166. 173. Pernambuco – PRODEPE – Incentivos fiscais por segmentos econômicos – Faturamento – 1999-2006........................................................................... 174.

(15) LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 4.1. Repasses da Secretaria do Tesouro Nacional ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – 1995-2006....................................... Gráfico 4.2. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – Valor Contratado por Porte de Tomadores (%) – 1995-2006............................ Gráfico 4.3. 67. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – Valor Contratado por Porte Estado (%) – 1995-2006........................................ Gráfico 6.1. 66. 68. Piauí – Finalidade dos Empreendimentos Incentivados no Período 1994-2006................................................................................................ 115. Gráfico 6.2. Piauí – Número de Empresas Incentivadas por Região – 1994-2006...... Gráfico 6.3. Piauí – Número de Empresas Incentivadas pela Comissão de Incentivos Fiscais – 1994-2006................................................................ Gráfico 6.4. 116. Piauí – Emprego Direto Gerado pelas Empresas Incentivadas – 19942006.......................................................................................................... Gráfico 6.5. 116. 117. Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará – Finalidade dos Empreendimentos Incentivados no Período 1994-2006.......................... 120. Gráfico 6.6. Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará – Empresas Beneficiadas por Região no Período 1994-2006...................................... Gráfico 6.7. Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará – Número de Empresas Incentivadas – 1994-2006........................................................ Gráfico 6.8. 121. 122. Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará – Emprego Direto Gerado – 1994-2006................................................................................ 122. Gráfico 6.9. Rio Grande do Norte/PROADI – Número de Empresas Incentivadas 1986/2006................................................................................................ 125. Gráfico 6.10. Rio Grande do Norte/PROADI – Emprego Direto Gerado – 1986/2006................................................................................................ 126. Gráfico 6.11. Rio Grande do Norte /PROADI – Investimentos Privados – 1995/2006 126. Gráfico 6.12. Rio Grande do Norte/PROADI – Evolução do Incentivo (Renúncia Fiscal) – 2002-2006................................................................................. 126. Gráfico 6.13. Paraíba/FAIN – Finalidade dos Empreendimentos Incentivados no Período 1995-2006................................................................................... 130.

(16) Gráfico 6.14. Paraíba/FAIN. –. Empresas. Beneficiadas. por. Região. Geo-. Administrativa – 1994-2006.................................................................... 130 Gráfico 6.15. Paraíba/FAIN – Número de Empresas Incentivadas – 1995-2006.......... 131. Gráfico 6.16. Paraíba/FAIN – Emprego Direto Gerado – 1995-2006........................... 132. Gráfico 6.17. Pernambuco/PRODEPE. –. Finalidade. dos. Empreendimentos. Incentivados –1996-2006........................................................................ Gráfico 6.18. Pernambuco/PRODEPE – Empresas Beneficiadas por Região no Período – 1996-2006................................................................................ Gráfico 6.19. 136. 136. Pernambuco/PRODEPE – Número de Empresas Incentivadas – 19962006.......................................................................................................... 137. Gráfico 6.20. Pernambuco/PRODEPE – Emprego Direto Gerado – 1996-2006........... 137. Gráfico 6.21. Sergipe/PSDI – Situação dos Projetos Incentivados – 1991-2006........... 144. Gráfico 6.22. Sergipe/PSDI – Empresas Incentivadas por Região – 1991-2006........... 144. Gráfico 6.23. Sergipe/PSDI – Número de Empresas Incentivadas – 1991-2007........... 145. Gráfico 6.24. Bahia – Empresas Implantadas e em Implantação por Mesorregião no Período 2003-2006................................................................................... Gráfico A.1. Piauí – Número de Empresas Incentivadas por Setor Econômico no Período 1994-2006................................................................................... Gráfico A.2. 171. Paraíba/FAIN – Número de Empresas Incentivadas por Setor Econômico no Período 1995-2006........................................................... Gráfico A.7. 170. Rio Grande do Norte/PROADI – Principais Segmentos Beneficiados – 2003 - Maio/2007..................................................................................... Gráfico A.6. 170. Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará – Emprego Direto Gerado por Setor Econômico Período 1994-2006................................... Gráfico A.5. 169. Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará – Número de Empresas Incentivadas por Setor Econômico no Período 1994-2006..... Gráfico A.4. 169. Piauí – Emprego Direto Gerado por Setor Econômico pelas Empresas Incentivadas no Período 1994-2006......................................................... Gráfico A.3. 149. 171. Paraíba/FAIN – Emprego Direto Gerado por Setor Econômico – 1995-2006................................................................................................ 172. Gráfico A.8. Pernambuco/PRODEPE – Número de Empresas Beneficiadas por Segmento Econômico no Período 1996-2006.......................................... Gráfico A.9. Pernambuco/PRODEPE – Emprego Direto Gerado por Setor. 172.

(17) Econômico no Período 1996-2006........................................................... 173. Gráfico A.10 Sergipe/PSDI – Número de Empresas Incentivadas por Setor Econômico –1991-2006........................................................................... 174. Gráfico A.11 Sergipe/PSDI – Emprego Direto Gerado por Setor Econômico – 19912006.......................................................................................................... 175. Gráfico A.12 Bahia – Número de Empresas Implantadas e em Implantação por Setor Econômico no Período 2003-2006................................................. 175. Gráfico A.13 Bahia – Emprego Gerado pelas Empresas Implantadas e em Implantação por Setor Econômico no Período 2003-2006...................... 176.

(18) LISTA DE QUADROS Quadro 5.1. Maranhão – Incentivo para empresa industrial e agroindustrial – prazo, limite e emprego gerado................................................................ 73. Quadro 5.2. Ceará – Metodologia para cálculo do benefício....................................... 78. Quadro 5.3. Ceará – Prazo do benefício...................................................................... 80. Quadro 5.4. Ceará – Retorno do principal e encargos................................................. 80. Quadro 5.5. Bahia – Crédito presumido de ICMS....................................................... 104. Quadro 5.6. BAHIAPLAST – Percentual de redução do ICMS.................................. 106.

(19) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 22. 2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 25. 2.1 Desenvolvimento Recente da Economia Brasileira........................................... 25. 2.2 Desigualdades Regionais...................................................................................... 29. 2.2.1 Produto Interno Bruto (PIB)......................................................................... 29. 2.2.2 Indicadores Sociais....................................................................................... 31. 2.3 Política Fiscal e Desenvolvimento....................................................................... 37. 2.3.1 O Estado e os Instrumentos de Política Fiscal.............................................. 37. 2.3.2 Política Econômica Ativa ou Passiva?......................................................... 39 2.3.3 Política Fiscal no Brasil................................................................................ 41. 2.4 A Guerra Fiscal no Brasil.................................................................................... 42. 2.4.1 Condicionantes para a Intensificação da Guerra Fiscal................................ 43. 2.4.2 A Guerra Fiscal como Política de Desenvolvimento Regional.................... 46 2.4.3 Aspectos negativos da Guerra Fiscal............................................................ 47. 2.4.4 Características Recentes da Guerra Fiscal.................................................... 48. 3 POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL: TENDÊNCIAS MUNDIAIS................................................................................................................. 51. 3.1 Instrumentos de Política Regional...................................................................... 51. 3.2 Novos Rumos para a Política de Desenvolvimento Regional........................... 53 3.3 Considerações Finais........................................................................................... 4 INSTRUMENTOS. NACIONAIS. DE. POLÍTICAS. 54. DE. DESENVOLVIMENTO REGIONAL..................................................................... 56 4.1 Plano Plurianual (PPA)....................................................................................... 57 4.1.1 PPA 1996-1999: Brasil em Ação.................................................................. 57. 4.1.2 PPA 2000-2003: Avança Brasil.................................................................... 59. 4.1.3 PPA 2004-2007: Plano Brasil – Participação e Inclusão.............................. 60. 4.2 Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR)................................. 62. 4.3 Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)....................... 65. 4.4 Transferências Constitucionais........................................................................... 68. 4.5 Considerações Finais............................................................................................ 70. 5 INSTRUMENTOS. ESTADUAIS. DE. POLÍTICAS. DE. DESENVOLVIMENTO LOCAL............................................................................. 72.

(20) 5.1 Maranhão.............................................................................................................. 72. 5.1.1 SINCOEX – Sistema de Apoio à Indústria e ao Comércio Exterior do Estado do Maranhão.............................................................................................. 72 5.2 Piauí....................................................................................................................... 74. 5.2.1 Lei 4.859, de 27 de Agosto de 1996, aplicada por intermédio do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Piauí (CODEN)........................... 75 5.3 Ceará..................................................................................................................... 76 5.3.1 FDI – Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará................................ 77. 5.3.2 PRODECIPEC – Programa de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário de Pecém e da Economia do Ceará..................................................... 81 5.3.3 PROINEX – Programa de Incentivo à Industrialização de Produtos para Exportação no Estado do Ceará............................................................................. 82. 5.3.4 Sistema de Leilão.......................................................................................... 83. 5.4 Rio Grande do Norte............................................................................................ 83. 5.4.1 PROADI – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte..................................................................................................... 84. 5.4.2 PROGÁS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento das Atividades do Pólo Gás-Sal.......................................................................................................... 85 5.5 Paraíba.................................................................................................................. 86 5.5.1 FAIN – Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial da Paraíba........... 87. 5.6 Pernambuco.......................................................................................................... 89. 5.6.1 PRODEPE – Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco.... 89 5.6.2 PROBATEC – Programa de Apoio às Empresas de Base Tecnológica....... 92. 5.6.3 PRODINPE – Programa de Desenvolvimento da Indústria Naval e de Mecânica Pesada Associada ao Estado de Pernambuco........................................ 92. 5.7 Alagoas.................................................................................................................. 93 5.7.1 PRODESIN – Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas.................................................................................................................. 93 5.8 Sergipe................................................................................................................... 96. 5.8.1 PSDI – Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial....................... 96. 5.9 Bahia...................................................................................................................... 98. 5.9.1 PROBAHA – Promoção do Desenvolvimento do Estado da Bahia............. 99. 5.9.2 PROCOMEX – Programa de Incentivo ao Comércio Exterior.................... 99.

(21) 5.9.3 PROCOBRE – Programa Estadual de Desenvolvimento da Mineração, da Metalurgia e da Transformação do Cobre............................................................. 100 5.9.4 FUNDESE – Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico do Estado da Bahia................................................................................................................. 100 5.9.5 DESENVOLVE – Programa de Desenvolvimento Industrial e de integração Econômica do Estado da Bahia............................................................ 101. 5.9.6 PROTURISMO............................................................................................. 102. 5.9.7 Decreto n° 4.316, de 19 de Junho de 1995 e alterações................................ 103. 5.9.8 Crédito Presumido de ICMS – Decreto nº 6.734, de 09 de Setembro de 1997....................................................................................................................... 104 5.9.9 BAHIAPLAST – Programa Estadual de Desenvolvimento da Indústria de Transformação Plástica.......................................................................................... 105. 5.9.10 INOVATEC – Programa Estadual de Incentivos à Inovação Tecnológica............................................................................................................ 106. 5.9.11 PROAUTO – Programa Especial de Incentivo ao Setor Automotivo da Bahia...................................................................................................................... 106. 5.10 Considerações Finais.......................................................................................... 108. 6 ANÁLISE DOS PROGRAMAS ESTADUAIS DE INCENTIVOS FISCAIS...... 110. 6.1 Metodologia.......................................................................................................... 111 6.2 Análise dos Dados................................................................................................. 112. 6.2.1 Maranhão...................................................................................................... 112. 6.2.2 Piauí.............................................................................................................. 114. 6.2.3 Ceará............................................................................................................. 119. 6.2.4 Rio Grande do Norte..................................................................................... 125. 6.2.5 Paraíba.......................................................................................................... 129 6.2.6 Pernambuco.................................................................................................. 134 6.2.7 Alagoas......................................................................................................... 141 6.2.8 Sergipe.......................................................................................................... 143. 6.2.9 Bahia............................................................................................................. 147. 6.3 Considerações Finais............................................................................................ 151. 7 CONCLUSÕES.......................................................................................................... 153 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 158.

(22) ANEXO. A. –. TABELAS. COMPLEMENTARES. SOBRE. O. FUNDO. CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORDESTE (FNE)......................... 166. APÊNDICE A – GRÁFICOS E TABELAS COM INFORMAÇÕES SETORIAIS DOS PROGRAMAS ESTADUAIS DE INCENTIVO À INDUSTRIALIZAÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO................................................................................................................. 169.

(23) 22. 1. INTRODUÇÃO. Nos últimos anos, a utilização de incentivos fiscais como instrumento de política econômica, cujo objetivo é atrair novas plantas industriais para uma determinada localidade, tem sido bastante discutida. Este fato está relacionado às transformações ocorridas na economia brasileira desde meados da década de 80 quando as políticas de ajustamento, interno e externo, adotadas no período, consolidaram a necessidade de promover reformas na economia. Estas, implementadas e consolidadas nos anos 90, foram influenciadas por uma visão ortodoxa, como conseqüência das experiências bem-sucedidas das economias emergentes do sudeste asiático, e seguiram as instruções do “Consenso de Washington”: liberalização financeira, comercial e desregulamentação da economia. A adoção destas políticas, sugeridas por organismos internacionais – Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial –, iniciou um intenso processo de liberalização da economia brasileira, acompanhado da estabilização de preços, via Plano Real, e do esvaziamento da intervenção estatal na economia, com redução dos mecanismos de políticas de desenvolvimento regional elaborados pelo governo central. Estes fatos deixaram praticamente a cargo dos Estados a responsabilidade pela aplicação de medidas de estímulo à dinâmica econômica local. Como conseqüência, a disputa por investimentos produtivos entre as unidades federadas, através da concessão de incentivos fiscais, tornou-se o principal instrumento de política de desenvolvimento, o que valorizou excessivamente o desenvolvimento local, em detrimento das demandas nacionais. Este fenômeno, conhecido como guerra fiscal, tem se intensificado nos últimos anos, principalmente no período pós-95, o que abriu espaço para a discussão dos possíveis benefícios e/ou prejuízos que o mesmo pode trazer para os Estados em particular e para o país como um todo. Vários autores desenvolveram abordagens sobre este tema, com ênfases diferentes, ora priorizando os aspectos negativos deste instrumento (Varsano, 1997; Diniz, 2001; Dulci, 2002.), ora enfatizando a utilização do mesmo como alternativa à ausência de políticas nacionais de desenvolvimento regional (Prado, 1999). Mesmo com focos distintos, estas abordagens indicam que a estratégia estadual é um meio de atrair novas indústrias para auxiliar o desenvolvimento e estimular a competitividade local no cenário nacional e internacional. Por isso, naturalmente se estabelece uma relação entre o desenvolvimento de um Estado e o desempenho de seus instrumentos de política econômica, de tal forma que alguns autores consideram a utilização de incentivos fiscais elemento responsável ao menos.

(24) 23. pela manutenção das taxas de crescimento de determinados Estados (Soares et al., 2007; Rocha et al., 2006). Assim, dada a ausência do poder central na elaboração e implementação de políticas de desenvolvimento regional no país, o objetivo deste trabalho é analisar a evolução dos programas estaduais de incentivo ao desenvolvimento local (a partir de 1990), elaborados pelos Estados da região Nordeste do Brasil, pois “[...]esta é a região para a qual a atenção sempre se volta quando se fala em política regional no país” (DINIZ, 2001, p.15). Para tanto são analisados dados relativos às empresas incentivadas pelos programas estaduais, no que concerne ao investimento realizado, emprego direto gerado, localização e finalidade do empreendimento, fornecidos pelos órgãos estaduais administradores dos respectivos programas. Também são analisados dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE), para observar em que medida o aumento do emprego e dos estabelecimentos na indústria de transformação e extrativa mineral na região Nordeste foi afetado pelos programas estaduais, bem como a diversificação e a interiorização das atividades industriais. É importante ressaltar que o enfoque dado à indústria na política de desenvolvimento regional reside no fato de ainda haver no país a idéia de que o caminho mais rápido para o desenvolvimento é a industrialização (devido aos seus possíveis efeitos de encadeamento e também como herança dos ensinamentos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL1). Desta forma a análise das políticas de desenvolvimento regional ocorre em torno deste setor. Porém, antes de entrar na análise do tema em si, é feita breve análise do processo de desenvolvimento recente da economia brasileira e das desigualdades (econômicas e sociais) existentes entre suas regiões, como forma de contextualizar o leitor. Como o presente trabalho analisa programas de desenvolvimento baseados em incentivos fiscais, o papel da política fiscal como instrumento de estímulo/desestímulo a dinâmica econômica também é brevemente analisado e, por último, é realizado um retrospecto da guerra fiscal, salientando os fatores que impulsionaram a utilização destes instrumentos, seus aspectos positivos e negativos, do ponto de vista estadual e nacional. Estas informações são objeto da seção 2 deste trabalho (Referencial Teórico). Na seção 3 são brevemente analisadas as principais tendências mundiais em relação à política de desenvolvimento regional, no sentido de demonstrar em que direção os governos. 1. Deterioração dos termos de troca nas relações entre centro e periferia (MANTEGA, 1987)..

(25) 24. devem trabalhar para estimular, de forma mais consistente, o desenvolvimento de suas regiões menos dinâmicas. Em seguida, na seção 4, são analisados os principais instrumentos de planejamento e desenvolvimento regional na esfera federal utilizados no período pós-90 – Planos Plurianuais, Fundos Constitucionais de Financiamento e Transferências Constitucionais, enfatizando as medidas direcionadas para a região Nordeste. Os principais programas estaduais de desenvolvimento local elaborados pelos Estados nordestinos são detalhados na seção 5 e seus dados são analisados na seção seguinte. É preciso destacar que, apesar dos esforços para conseguir dados relativos a todos os programas implementados na região Nordeste, não foram disponibilizadas informações referentes aos programas dos Estados do Maranhão, Alagoas e Bahia. Todavia, isto não compromete a avaliação realizada, visto que parcela significativa da amostra forneceu as informações necessárias para a análise. Na seção 7 são expostas as conclusões do trabalho..

(26) 25. 2. REFERENCIAL TEÓRICO. 2.1. Desenvolvimento Recente da Economia Brasileira. O século XX marca uma época de profundas transformações na economia brasileira. Em um período relativamente curto, foi instalada no país uma estrutura industrial diversificada, simultaneamente à integração do mercado nacional, tendo este processo contado com participação ativa do Estado. Até a década de 30, o desempenho da economia nacional dependia quase que exclusivamente de suas exportações (commodities agrícolas), o que tornava o país dependente do mercado externo e, conseqüentemente, muito vulnerável às condições internacionais. Ao mesmo tempo, os problemas históricos de distribuição de renda e propriedade no país se agravavam, pois o modelo de desenvolvimento adotado (agroexportador) tinha como característica a concentração de recursos, naturais e financeiros, nas mãos dos empresários do setor exportador. A crise de 1929, aliada à superprodução das commodities agrícolas, “constituiu um momento de ruptura no desenvolvimento brasileiro”, ou seja, o esgotamento do modelo agroexportador evidenciou a necessidade de adotar medidas que visassem superar o subdesenvolvimento e os constrangimentos externos. O resultado foi a definição de um novo projeto nacional de desenvolvimento, que tinha como principal objetivo a industrialização do país. O período subseqüente (1930-60) foi fundamental para a industrialização do Brasil. O modelo de desenvolvimento adotado foi o de Industrialização por Substituição de Importações (ISI), que iniciou uma fase de forte avanço industrial, voltado para o mercado interno, com elevado grau de proteção em relação aos concorrentes externos (industrialização fechada). O auge da industrialização ocorreu durante o Plano de Metas no Governo de Juscelino Kubitschek (1956-60), com altos níveis de crescimento do produto e ampliação/diversificação da estrutura industrial brasileira. Entretanto, o modelo ISI era concentrador e acentuava as contradições existentes na economia, pois os investimentos se concentravam no setor industrial e eram intensivos em capital/poupadores de mão-de-obra. Destaca-se o aumento da participação do Estado na economia, tanto no que diz respeito ao planejamento e financiamento, quanto ao investimento direto em infraestrutura e insumos básicos. Nos anos 60, a situação econômica do país se reverteu, como conseqüência dos desequilíbrios do período anterior: as taxas de crescimento e os investimentos diminuíram,.

(27) 26. acompanhados da aceleração da inflação. Em 1964, o Golpe Militar surge como solução para a instabilidade política (crise do populismo) e como pré-condição para a superação da crise econômica. No final deste ano foi implementado o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), que tinha como objetivo acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico, conter o processo inflacionário, aumentar o investimento e o emprego, corrigir a tendência ao desequilíbrio externo e atenuar os desequilíbrios setoriais e regionais2. Como resultado, entre 1968-73, o Brasil experimentou o chamado “Milagre Econômico”, no qual foram verificadas as maiores taxas de crescimento do produto, com relativa estabilidade de preços, devido, principalmente, a ocupação da capacidade ociosa do período anterior e a recuperação mundial. A intervenção estatal foi significativa neste processo, através de investimentos em infra-estrutura, em empresas públicas e do aumento da concessão de incentivos fiscais e financeiros. Neste período, também ocorreu a primeira onda de endividamento externo, com ampla entrada de recursos (excesso de liquidez internacional) e aumento da vulnerabilidade. Contudo, apesar de ter ocorrido uma pequena descentralização dos investimentos em favor das regiões (Nordeste, principalmente) e dos setores (agrícolas) menos favorecidos, a concentração de renda ainda era vista como necessária para aumentar a capacidade de poupança, financiar o investimento e, conseqüentemente, o crescimento. Na década de 70, optou-se, mais uma vez, pela continuidade do desenvolvimento, com a implantação, em 1974, do II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND). Este consistia em uma estratégia de financiamento, ao mesmo tempo em que promovia um ajuste na oferta de longo prazo (para diminuir a necessidade de importar e aumentar a capacidade de exportar) e a manutenção do crescimento, redirecionando a atividade industrial para o setor de meios de produção. O Estado concentrou o plano em si e foi o principal agente das transformações, via empresas estatais e endividamento externo (estatização da dívida externa). Foi na década de 70 que ocorreu de forma mais intensa a descentralização espacial dos projetos de investimento, devido principalmente às pressões pela modernização das regiões menos industrializadas, como destacado por Guimarães Neto (1995, p.17):. 2. No final da década de 50, a questão regional vinha ganhando espaço no cenário nacional, devido ao desigual desenvolvimento econômico e social que se observava, principalmente entre o Sudeste (em plena expansão industrial) e o Nordeste (estagnado). Com o intuito de promover o desenvolvimento regional, foi criado ainda no governo JK o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN). A industrialização era vista como a solução para que o Nordeste pudesse voltar a crescer e, por este motivo, deveria ser criado nesta região um centro autônomo de expansão manufatureira, mediante o incentivo às indústrias de base e àquelas que aproveitassem as matérias-primas regionais. Porém, foi apenas a partir de 1960 que o Nordeste entrou em uma nova fase de desenvolvimento, através, principalmente, de incentivos fiscais (FINOR – Sistema 34/18, isenção do Imposto de Renda, etc.) e financeiros (investimentos de estatais, crédito público, etc.), com a implantação de atividades urbano-industriais, responsáveis pela mudança na dinâmica da região..

(28) 27. [...] apesar da grande heterogeneidade e desigualdade ainda existentes na economia brasileira, há, durante a década de 70, maior convergência das unidades federadas em torno da média nacional no que se refere ao produto Interno Bruto (PIB) por habitante, bem como se verifica desconcentração inter e intra-regional.. O Nordeste, por exemplo, experimentou uma rápida expansão industrial, com melhorias em seu parque industrial e diversificação da produção3. Todavia, este processo ocorreu de forma concentrada e seletiva, tanto do ponto de vista setorial quanto espacial (Affonso e Silva, 1995; Guimarães Neto, 1995; Diniz, 2001) e o centro de decisões dos grandes grupos econômicos existentes no país continuou concentrado no Sudeste, onde as estratégias eram definidas. Alguns fatores foram essenciais para a desconcentração da atividade produtiva: a desaceleração da economia mundial, que atingiu de forma mais intensa as regiões mais industrializadas do país; as deseconomias de aglomeração nestas mesmas regiões; e a ação estatal, que impulsionou o surgimento de vantagens locacionais e a possibilidade de exploração de recursos naturais em novas áreas do país, graças ao investimento em infraestrutura de comunicações e transportes, e às suas políticas setoriais e de desenvolvimento regional, que consistiam em incentivos fiscais e financeiros, oferecidos pelos órgãos regionais de desenvolvimento (Superintendências e Bancos de Desenvolvimento Regional, etc.). Embora a atuação do Governo Brasileiro não tenha sido estrategicamente planejada, tendo. contado,. inclusive,. com. políticas. macroeconômicas,. setoriais. e. espaciais. freqüentemente contraditórias, não se pode deixar de enfatizar a importância do mesmo para o processo de desconcentração. Como resultado, no final da década, o que se verifica é a deterioração da capacidade de financiamento do Estado (seus gastos eram altos e os mecanismos de financiamento eram cada vez menos favoráveis), o que modificaria a ação estatal nos anos seguintes. Com o segundo choque do petróleo em 1979 e a reversão das condições de financiamento internacional (elevação das taxas de juros e, mais tarde, o rompimento completo do fluxo de recursos voluntários para os países em desenvolvimento), observa-se a piora da situação fiscal do Estado brasileiro (redução da base tributável, aumento das transferências, etc.), traduzida em desequilíbrios externos e pressões inflacionárias. Por estes 3. A indústria instalada na região Nordeste tinha duas características fundamentais: i) dependência em relação à expansão industrial brasileira, liderada pelo Sudeste, devido a origem extra-regional dos recursos investidos no Nordeste; e ii) tendência à complementaridade entre os segmentos industriais destas regiões. Esta indústria também se caracterizava pelo alto grau de concentração espacial, nos Estados da Bahia, Ceará e Pernambuco (50% dos complexos industriais localizados na região no final dos anos 80 tinham sede nestes Estados), o que diminuía os efeitos dinâmicos sobre a própria região, e a mesma tinha pequena ligação com a base de recursos locais, exceção feita aos Pólos de Desenvolvimento Local. (ARAÚJO, 2000)..

(29) 28. motivos, as atenções do governo voltaram-se à necessidade de gerar superávits para fazer frente aos serviços da dívida externa e ao controle da inflação. Os anos seguintes foram marcados pela redemocratização do país e por grandes oscilações nas taxas de inflação e no produto real, com a adoção de uma política econômica que tinha como objetivo principal a estabilização dos preços, acompanhada da diminuição dos gastos públicos (principalmente investimentos), aumento da taxa de juros interna e restrição ao crédito. Assim, o Estado deixou de ser o principal financiador e implementador das políticas de desenvolvimento regional, preocupando-se apenas com questões de política econômica, ou seja, a crise da dívida da década de 80 enfraqueceu a intervenção produtiva do Estado, reduzindo sua capacidade de implementar políticas sociais, econômicas e de desenvolvimento regional. O gasto social público tornou-se mais descentralizado, com Estados e municípios assumindo parcela cada vez mais significativa dos mesmos, movimento que foi confirmado pela Constituição Federal de 1988 (aumentou a autonomia dos Estados para fixar, por leis próprias, as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, incidentes sobre as operações internas). A economia brasileira chegou à década de 90 em uma situação não muito favorável, devido, principalmente, às políticas de ajustamento interno e externo do período anterior, que, aliadas às restrições externas, terminaram por consolidar a necessidade de promover reformas na economia. Estas, por sua vez, foram influenciadas por uma visão ortodoxa, como conseqüência das experiências bem-sucedidas das economias emergentes do sudeste asiático (esta era a forma de voltar ao fluxo internacional de recursos voluntários), e seguiram as instruções. do. “Consenso. de. Washington”:. liberalização. financeira,. comercial. e. desregulamentação da economia. A adoção das políticas liberais sugeridas pelos organismos internacionais (FMI e Banco Mundial) iniciou um intenso processo de liberalização da economia nacional, acompanhado da estabilização de preços, via Plano Real, e do esvaziamento da intervenção estatal na economia (política do Estado mínimo), com redução dos mecanismos de políticas de desenvolvimento regional elaborados pelo Governo Central. Estes fatos, desestimularam, em alguma medida, o processo de desconcentração da atividade industrial4, e deixaram praticamente a cargo dos Estados a responsabilidade pela aplicação de políticas de desenvolvimento local. A disputa por investimentos produtivos (principalmente 4. Por exemplo, Guimarães Neto (1995, p. 37) destaca que: a interrupção do processo de desconcentração espacial, ou ao menos a redução de sua intensidade, pode ser creditada ao aprofundamento da crise e da instabilidade no final dos anos 80 e, sobretudo, à intensificação da crise fiscal e financeira do setor público, o qual, através dos seus gastos, de sua capacidade de financiamento e do seu poder de articulação das distintas frações do capital, foi o elemento indutor das grandes transformações ocorridas no país desde o início de sua industrialização..

(30) 29. por Investimento Externo Direto – IED) entre as unidades federadas, através da concessão de incentivos fiscais, tornou-se o principal instrumento de política econômica, com valorização excessiva do desenvolvimento local, em detrimento das demandas nacionais, promovendo, assim, um desenvolvimento com baixos níveis de integração. Este fenômeno, conhecido como guerra fiscal, tem se intensificado nos últimos anos, o que abriu espaço para a discussão dos possíveis benefícios e/ou prejuízos que o mesmo pode trazer para os Estados em particular e para o país como um todo, bem como a implicação da falta de mecanismos nacionais de desenvolvimento regional. Antes de tratar do fenômeno em si, serão analisados alguns indicadores econômicos e sociais, que evidenciam a distância ainda existente entre as regiões brasileiras.. 2.2. Desigualdades Regionais. O processo de desenvolvimento brasileiro sempre apresentou caráter regional. As primeiras atividades econômicas aqui desenvolvidas (cana-de-açúcar, ouro, café, etc.) beneficiaram determinadas regiões, que funcionavam como arquipélagos econômicos, articulados aos mercados consumidores dos países centrais. No processo de desenvolvimento industrial recente da economia brasileira, pode-se observar a continuidade desta característica, uma vez que os investimentos realizados foram destinados, em sua maioria, às áreas que apresentavam maior dinâmica no início do processo (regiões Sudeste e Sul), uma vez que o fraco desempenho da economia periférica nacional impediu-lhe maior expansão industrial. É a partir deste período (de integração do mercado nacional e deslocamento do centro dinâmico para o setor industrial) que se observa o agravamento da concentração industrial no país, apesar das iniciativas adotadas pelo Governo Central, principalmente a partir de 1960, no sentido de descentralizar a produção industrial no país. A sociedade brasileira, já marcada pelas desigualdades regionais e sociais, vê este movimento se acentuar, visto que este não era o foco principal das políticas econômicas adotadas pelos sucessivos governos. Nas tabelas 2.1 a 2.9 são apresentados alguns indicadores, sociais e econômicos, que evidenciam a distância, ainda existente, entre as regiões do país. Os dados consultados foram divulgados, principalmente, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).. 2.2.1 Produto Interno Bruto (PIB).

(31) 30. Durante o período analisado, a região Sudeste, principal responsável pela dinâmica econômica do país, teve pequena redução em sua participação relativa no PIB nacional, que caiu de 57,27% em 1994 para 54,82% em 2004 (variação negativa de 4,1%). A segunda posição é ocupada, desde 1994, pela região Sul, sendo esta responsável por 18,2% do PIB nacional em 2004, percentual praticamente igual ao verificado no início do período. Em seguida vem a região Nordeste com 14,06% do PIB nacional em 2004, percentual superior ao observado em 1994 (12,87%), que vem crescendo desde 2000 (variou 9,2% no período). A participação relativa da região Centro-Oeste cresceu durante quase todo o período, estabelecendo-se em 7,51% em 2004 (região que teve maior taxa de variação do PIB – 23,1%). A região Norte é a que menos contribui para a formação do PIB nacional (5,29%), posição ocupada desde 1994. Em relação aos Estados nordestinos, Bahia, Ceará e Pernambuco são aqueles que mais contribuem para a formação do PIB nacional, entretanto, suas participações mantiveram-se praticamente constantes durante o período (a participação conjunta dos mesmos aumentou de 8,77% em 1994 para 9,5% em 2004, mas o Ceará obteve taxa de variação ligeiramente negativa). Os demais Estados, exceto Alagoas, aumentaram suas participações, com destaque para Rio Grande do Norte e Sergipe que ganharam posições relativas no cenário regional, mas vale destacar que estes Estados representavam apenas 3,91% do PIB nacional em 2004. Os dados podem ser visualizados na tabela 2.1.. Tabela 2.1 Participação das Grandes Regiões e Estados selecionados no PIB do Brasil - 1994-2004 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Variação (%) SUDESTE 57,27 58,72 58,07 58,57 58,16 58,25 57,79 57,12 56,34 55,18 54,92 -4,1 SUL 18,67 17,89 18,03 17,68 17,48 17,75 17,57 17,8 17,66 18,59 18,21 -2,5 NORDESTE 12,87 12,78 13,17 13,09 13,05 13,11 13,09 13,12 13,52 13,79 14,06 9,2 Bahia Pernambuco Ceará Maranhão Rio Grande do Norte Paraíba Sergipe Alagoas Piauí CENTRO-OESTE NORTE. 4,29 2,59 1,89 0,82 0,75 0,81 0,58 0,68 0,46 6,1 5,09. 4,14 2,7 1,93 0,78 0,73 0,82 0,55 0,62 0,49 5,98 4,64. 4,24 2,75 2,01 0,88 0,75 0,84 0,55 0,65 0,5 6,08 4,64. 4,25 2,69 2,02 0,85 0,77 0,8 0,56 0,66 0,49 6,25 4,42. 4,24 2,71 2,06 0,79 0,75 0,79 0,55 0,67 0,48 6,84 4,48. 4,32 2,67 2,0 0,81 0,79 0,81 0,56 0,66 0,49 6,45 4,45. 4,38 2,64 1,89 0,84 0,84 0,84 0,54 0,64 0,48 6,95 4,6. 4,36 2,65 1,8 0,86 0,82 0,86 0,68 0,63 0,47 7,2 4,76. 4,61 2,71 1,8 0,85 0,86 0,86 0,71 0,65 0,46 7,44 5,04. 4,7 2,72 1,83 0,9 0,88 0,88 0,75 0,66 0,47 7,47 4,98. 4,92 2,7 1,88 0,94 0,9 0,84 0,74 0,65 0,49 7,51 5,29. 14,7 4,2 -0,5 14,6 20,0 3,7 27,6 -4,4 6,5 23,1 3,9. BRASIL. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 100. 0,0. Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.. A tabela 2.2 evidencia que o PIB per capita cresceu em todas as regiões brasileiras (taxas de variação positivas no período, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, que ficaram acima da média brasileira). As regiões Sudeste e Sul lideram as estatísticas e.

Referências

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