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Em 12 de Dezembro de 1975 foi criado o Fundo de Desenvolvimento Comercial e Industrial do Rio Grande do Norte (FDCI), através da Lei nº 4.525, com o objetivo de estimular a implantação, ampliação ou a modernização de estabelecimentos industriais, agroindustriais, comerciais e turísticos localizados no Estado.

Atualmente, os dois principais programas estaduais de desenvolvimento, destinados a empreendimentos nas áreas agrícola, industrial, mineral, agropecuária, agroindustrial, tecnológica e a empreendimentos voltados ao comércio exterior e ao turismo são: o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROADI) e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento das Atividades do Pólo Gás-Sal (PROGÁS).

Para incentivar o consumo e a produção interna, o Estado do Rio Grande do Norte também oferece reduções na base de cálculo de alguns produtos e isenções tributárias (por exemplo, na produção de hortaliças, flores, frutas frescas, animais, produtos agropecuários e produtos extrativos animais e vegetais).

5.4.1 PROADI – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte

O PROADI foi criado pela Lei nº 5.397, de 11 de Outubro de 1985. Atualmente é regido pela Lei nº 7.075, de 17 de Novembro de 1997, e regulamentado pelo Decreto nº 13.723, de 24 de Dezembro de 1997, e alterações.

O programa oferece incentivos econômicos a praticamente todas as empresas industriais que pretendam instalar-se no Estado, seja na realização de novos investimentos, na ampliação das unidades já existentes ou ainda como estímulo à reativações de empresas paralisadas. Seu objetivo é apoiar e incrementar o desenvolvimento industrial do Estado através do financiamento do ICMS.

A Secretaria do Estado da Indústria, do Comércio, da Ciência e Tecnologia (SINTEC) é o órgão gestor do PROADI e a Agência de Fomento do Rio Grande do Norte S.A. (AGFRN) é seu órgão executor. Destaca-se também o papel do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), como seu agente consultivo e de supervisão.

Os beneficiários do PROADI são as empresas novas (fase de implantação, funcionando há no máximo 06 meses); as empresas já existentes no Estado, desde que ampliem sua capacidade de produção em pelo menos 50% (cinqüenta por cento), mediante a realização de novos investimentos fixos e circulantes; as empresas paralisadas há pelo menos 12 (doze) meses, ou com capacidade ociosa de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) da capacidade instalada total; e as empresas produtoras de cerâmica, que passarem a utilizar gás natural como combustível em substituição a lenha. O PROADI privilegiará empreendimentos localizados no interior do Estado, especialmente aqueles que integrem programas e ações prioritários, assim definidos pelo CDE.

O financiamento com recursos do PROADI terá por base o valor do ICMS incidente a partir do início das operações do empreendimento, apurado mensalmente pelo beneficiário, de acordo com os limites máximos a seguir, não podendo, em nenhuma hipótese, ser superior a 10% (dez por cento) do faturamento da empresa:

 Projetos localizados na Região Metropolitana de Natal (Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, Macaíba e Extremoz): 60% (sessenta por cento) do ICMS devido;

 Nos demais municípios e em distritos industriais: 75% (setenta e cinco por cento) do ICMS devido; e

 Para investimentos superiores a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de Reais) também na Região de Metropolitana de Natal: 75% (setenta e cinco por cento).

Na análise dos projetos apresentados para obtenção do incentivo do PROADI serão considerados os seguintes fatores: volume de absorção de mão-de-obra; aproveitamento de matéria-prima, material secundário e outros insumos produzidos na região; aumento de capacidade de geração de tributos estaduais; modernização tecnológica de processos e equipamentos industriais; e montante de investimentos a serem aplicados no projeto.

O prazo do incentivo é de no máximo 10 (dez) anos, com 03 (três) anos de carência. Este prazo pode ser prorrogado por igual período, uma única vez, a juízo do chefe do Poder Executivo, na hipótese de ampliação, em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento), da produção da empresa e após a utilização do crédito do incentivo, com a aprovação do CDE.

Os encargos financeiros referem-se a 3% a.a. (três por cento ao ano) sobre o saldo devedor, atualizado monetariamente em cada semestre, sendo 1% (um por cento) destinado a AGFRN, como remuneração pelos serviços prestados e 2% (dois por cento) a SINTEC, a ser repassado à Conta do FDCI, com vista ao desenvolvimento de programas voltados ao setor industrial.

O reembolso do principal do financiamento é efetuado em parcelas, em número e valor iguais aos desembolsos exigíveis a partir do primeiro mês subseqüente ao período de carência, com redução de até 99% (noventa e nove por cento) de acordo com os critérios estabelecidos na legislação do incentivo.

Por meio do Decreto nº 14.898, de 17 de Maio de 2000, foi aprovado o regulamento adicional do PROADI, relacionado aos incentivos às empresas de petróleo e gás natural, que produzem querosene de aviação: o benefício terá prazo de 15 (quinze) anos e 03 (três) meses de carência; cada parcela a ser amortizada terá seu valor reduzido em 99% (noventa e nove por cento); juros de 3% a.a. (três por cento ao ano) sobre o saldo devedor em cada semestre. O limite estabelecido para o financiamento será igual ao valor necessário à operação da unidade fabril beneficiária, sendo este valor estabelecido pela análise de estudo detalhado apresentado pela empresa.

5.4.2 PROGÁS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento das Atividades do Pólo Gás-Sal

Criado pela Lei nº 7.059, de 18 de Setembro de 1997 e regulamentado pelo Decreto nº 13.957, de 11 de Maio de 1998, e alterações, com vistas a dar suporte à política de alavancagem da industrialização e captação de investimentos no Rio Grande do Norte.

O objetivo do programa é fomentar o desenvolvimento industrial do Estado, ao atrair e incentivar a implantação de novas indústrias, além da ampliação das já existentes. O mesmo destina-se a concessão de incentivos sob a forma de tarifas diferenciadas às indústrias que utilizem o gás natural como fonte de energia em sua atividade produtiva, possibilitando a diminuição de seus custos operacionais (subsídio no preço de venda do gás natural às empresas consideradas prioritárias ao desenvolvimento do Estado).

O prazo máximo do benefício é de 05 (cinco) anos, podendo ser prorrogado até 02 (duas) vezes por igual período. O período de carência é de 06 (seis) meses. O nível de redução da tarifa é de 48,8% (quarenta e oito inteiros e oito décimos por cento).

Beneficiárias do programa: empresas novas (projetos de implantação); empresas já existentes que aumentem em pelo menos 50% (cinqüenta por cento) sua capacidade produtiva; e empresas paralisadas há pelo menos 12 (doze) meses, com capacidade ociosa de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) da capacidade instalada total.

As seguintes empresas são consideradas possíveis beneficiárias do PROGÁS: shoppings centers; supermercados; cooperativas; hospitais; equipamentos turísticos; hotéis; restaurantes; casas de show; projetos de irrigação; estabelecimentos de ensino; praças de esportes; sociedades de economia mista e empresas públicas, integrantes da administração pública estadual, prestadora de serviços considerados essenciais. Estas empresas poderão ser usufruir o incentivo, no caso em que não prejudiquem o fornecimento de gás natural às empresas industriais. O prazo para estes estabelecimentos vai até 2005, podendo ser prorrogado.

O órgão gestor do PROGÁS é a SINTEC e a Companhia Potiguar de Gás (POTIGÁS) é seu órgão executor.