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O Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (PRODESIN), criado pela Lei nº 5.519, de 20 de julho de 1993, é o principal instrumento de fomento à economia local.

5.7.1 PRODESIN – Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas

Atualmente o PRODESIN é regido pela Lei nº 5.671, de 01 de Fevereiro de 1995, regulamentada pelo Decreto nº 38.394, de 24 de Maio de 2000, e alterações. O mesmo destina-se à promoção de meios e ao oferecimento de estímulos voltados à expansão, ao desenvolvimento e à modernização das indústrias alagoanas, inclusive às de base tecnológica e às micro e pequenas empresas. Sua administração é realizada pela Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (SEIC), tendo como órgão consultivo e deliberativo o Conselho Estadual de Desenvolvimento Integrado (CODIN).

Principais objetivos do programa:

i) Apoiar ações e providências que melhorem a qualidade e aumentem a produtividade turística e industrial, através da modernização tecnológica, do aperfeiçoamento dos recursos humanos e do aprimoramento das atividades de gestão, de modo a assegurar melhores condições de competitividade aos empreendimentos instalados em Alagoas;

ii) Propiciar incentivos financeiros, técnicos, creditícios, locacionais, fiscais, infra- estruturais e de interiorização turística e industrial, visando a expansão, a diversificação e a modernização destes setores;

iii) Estimular a interiorização do processo de desenvolvimento turístico e industrial, especialmente a implantação, a ampliação e a modernização de agroindústrias;

iv) Contribuir na recuperação de empresas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do Estado e incentivar a desconcentração econômica;

v) Fomentar a implantação de indústrias de transformação de matérias-primas disponíveis ou produzidas no próprio Estado;

vi) Promover o desenvolvimento de programas visando controle da poluição e a preservação do meio-ambiente; e

vii) Estimular a implantação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas, através da concessão de incentivos fiscais, e de outros mecanismos capazes de proporcionar condições favoráveis a ampliação deste segmento econômico.

As beneficiárias do PRODESIN são as empresas industriais novas ou já instaladas no Estado. Os incentivos têm aplicação nos casos de: a) empresas já instaladas, para expansão (aumento mínimo de 10% da capacidade instalada em até 24 meses após a fruição), recuperação (reverter a situação de empresa paralisada há pelo menos 06 meses ou com 30% de capacidade ociosa) e modernização; b) instalação de empreendimento novo; e c) nas hipóteses de similaridade de produto.

Incentivos previstos no programa:

 Financeiros: participação do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento de Alagoas (CODEAL), na formação do capital social de novas empresas; subscrição de debêntures conversíveis; financiamento direto, etc;

 Técnico-administrativos: concepção e acompanhamento de execução, a custos subsidiados, de projetos de implantação, de expansão, de modernização e recuperação de empreendimentos industriais e turísticos; disponibilidade, a curto prazo, da mão-de-obra gerencial ou técnico operacional de nível médio e superior, pertencente aos quadros da administração direta e indireta do Estado;

 Creditícios: financiamento, através do Fundo Estadual de Desenvolvimento Integrado (FUNED), do ICMS devido pela empresa ao Estado, excluída a parcela a ser repassada aos municípios, com período de fruição de no máximo 15 (quinze) anos e carência de 02 (dois) anos contados a partir do início das atividades, em se tratando de empreendimento novo, ou a partir da data de concessão do estímulo, no caso de empresa já instalada e em funcionamento. O Financiamento do ICMS corresponderá a 100% (cem por cento) na carência e a 70% (setenta por cento) no restante do período de fruição do incentivo;

 Locacionais: locação, venda ou permuta de terrenos, galpões e equipamentos industriais, com destinação específica voltada para a implantação, ampliação ou relocalização de empreendimentos industriais, procedidos, quando for o caso, a preços subsidiados e condições específicas de pagamentos; construção de galpões industriais em áreas ou terrenos pertencentes às empresas incentivadas, financiadas com recursos do FUNED ou da CODEAL, para pagamento, em condições especiais, em até 05 (cinco) anos, a custos subsidiados;

 Fiscais: a) diferimento do ICMS incidente sobre os bens adquiridos no país e no exterior destinados ao ativo fixo da empresa; b) diferimento do ICMS incidente sobre a matéria-prima adquirida no país ou no exterior, efetivamente utilizada no processo industrial; c) utilização como crédito fiscal a ser diferido para a data do início das atividades operacionais da empresa a ser implantada, ou para a data da concessão do benefício; d) redução em até 50% (cinqüenta por cento) da base de cálculo do ICMS de produtos das empresas beneficiárias do PRODESIN; e) diferimento, para até 360 (trezentos e sessenta) dias, dependendo do ciclo produtivo da empresa, a ser avaliado tecnicamente pela CODEAL, do ICMS a recolher pelo empreendimento incentivado, no caso de empresa localizada no interior do Estado, desde que em municípios que disponham de legislação específica de participação no PRODESIN, ou para as indústrias enquadradas como micro e pequenas empresas;

 Infra-estruturais: execução e custeio de obras de infra-estrutura nos espaços destinados à implantação de empreendimentos, bem como a manutenção de equipamentos de uso comum; e

 Incentivos à interiorização: financiamento, pelo FUNED, de até 50% (cinqüenta por cento) dos investimentos necessários à implantação de empresas que vierem a se instalar nos municípios do interior do Estado ou de até 70% (setenta por cento), na hipótese de empreendimentos agroindustriais. Em ambas as hipóteses, o prazo de amortização é de 05 (cinco) anos com carência de até 02 (dois) anos e taxa de juros de 70% (setenta por cento) daquela praticada no mercado. Este procedimento também se aplica às hipóteses de modernização, ampliação de empreendimentos trabalho-intensivos já existentes.

O PRODESIN também oferece incentivos decorrentes de similaridade (aos empreendimentos, cujos produtos venham a concorrer com similares produzidos em outros Estados nordestinos, assegurar-se-ão os mesmos incentivos de que comprovadamente gozem as empresas concorrentes, nas Unidades Federadas em que estiverem instaladas, inclusive no que se refere à alíquota do ICMS); às micro e pequenas empresas (acréscimo de 15% e 10% sobre os incentivos previstos, respectivamente) e às empresas da indústria do turismo.

O prazo de fruição dos incentivos creditícios e fiscais obedece aos seguintes critérios: - Mínimo de 10 (dez) anos e máximo de 15 (quinze) anos para empresas situadas nas microrregiões do Agreste e do Sertão;

- Mínimo de 08 (oito) anos e máximo de 12 (doze) anos para empreendimentos fora das microrregiões do Agreste e do Sertão; e

- 15 (quinze) anos para empresas consideradas prioritárias para o desenvolvimento sustentável do Estado.

Quando o prazo não for especificado, considerar-se-á: 10 (dez) anos para empreendimentos não situados no Agreste e no Sertão; 15 (quinze) anos para empresas situadas no Agreste e no Sertão e para empresas prioritárias.

Salienta-se que a aplicação dos incentivos não poderá provocar diminuição de arrecadação do conjunto da cadeia produtiva ou do arranjo produtivo local.

No âmbito do PRODESIN, através do Decreto nº 1.753, de 29 de Janeiro de 2004, foi regulamentada a concessão de incentivo para as indústrias do setor químico e de plástico. Este procedimento próprio foi estabelecido considerando os objetivos específicos do PRODESIN e as condições naturais existentes no Estado (reserva de Salgema), bem como a estrutura multifabril de Marechal Deodoro, do distrito Industrial de Major Luiz Cavalcante, do Distrito Industrial de Arapiraca e do Distrito Industrial de Murici, visando o desenvolvimento da indústria de transformação local (aumentar a renda, o emprego e a arrecadação tributária).