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LasVegas: SSN

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Texto

(1)

PET

Conheça

um

pouco

mai

s

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dos

si

st

emas

de

saúde

mai

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Vol

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XXI

-

2012

I

SSN

-

1982

-

5595

Farmáci

a

Faculdade de Ciências Farmacêuticas Campus Araraquara

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Você

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Tudo

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Farmacêuti

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(2)

Tutor:Prof.Dr.João Aristeu da Rosa

Pe anos:Adriana MidoriAmamura (Gomen),Amanda Bonicontro Paglione (Máfia), Pe anos:Adriana MidoriAmamura (Gomen),Amanda Bonicontro Paglione (Máfia), Bárbara Oliveira (BaO),Bianca Taíse Roim Varo o,Bruna Crisna Ulian Silva,Camila Feitosa de Castro,CesarHiroyukiMomosaki(Mini-Mim),Flávia Beninida

Rocha Silva,Janaína Oliveira de Barros,Joyce Corrêa Ferreira,Juliane Vicen no Ferreira da Silva,Lenita Kazuko Tomita,Luan Seabra Mialick (Pimpão),Luiza, Marina Soares Straci,Matheus RossiAvelar(Pudico),Natália Prudente de Mello (Mel),Nathália Vieira dos Santos,RafaelLuizBianchi(Zeitona),Renan Willian Alves (Presto),Roberta Mingote,Thais Taira e Vanessa de Oliveira

Alves (Presto),Roberta Mingote,Thais Taira e Vanessa de Oliveira E-maildo grupo:pet-farmacia-unesp@googlegroups.com

Site do grupo:www.pe armacia.com.br

Outras edições da revista estão disponíveis no site do grupo

Capa (idealização)/Arte final/Edição:Joyce Corrêa Ferreira,Juliane Vicen no Ferreira da Silva e Lenita Kazuko Tomita

Triagem:800 exemplares Corretor:Glauco Fa ore Peridiocidade:Semestral Volume XXI– Setembro 2012

(3)

E

DITORIAL

Q

ueridos Leitores,

Sejam bem vindos a mais uma edição da

Revista PET Farmácia!

Nesta 21ª edição falaremos de um tema que

envolve a todos nós, o

Sistema Único de Saúde –

SUS.

Aqui vocês poderão saber como e

quan-do ele foi criaquan-do, como ele funciona, suas

diretrizes e perspectivas futuras. É de extrema

im-portância que nós brasileiros, e principalmente,

profissionais da saúde compreendamos o fun-

cionamento do SUS e todos os nossos direitos e

deveres para com o sistema. Aqui também

apre-sentaremos as diversas maneiras que possibilitam

a participação pública na gestão do sistema e a

importância em acompanhar e contribuir na admi-

nistração pública da saúde do país.

Além disso, contamos com as divertidas

charges e jogos do caderno de entretenimento,

tex-tos inteligentes e interativos dos demais cadernos

da revista, com atualidades do mundo econômico,

do meio ambiente, da nossa história e muito mais!

Não deixem de conferir todos!

Agradecemos a todos aqueles que

con-tribuíram para a composição da revista, pela

dedi-cação, carinho e confiança em nosso trabalho.

Ótima leitura a todos!

Joyce Corrêa Ferreira

Juliane Vicentino Ferreira da Silva

Lenita Kazuko Tomita

(4)

Tutor:Prof.Dr.João Aristeu da Rosa

Pe anos:Adriana MidoriAmamura (Gomen),Amanda Bonicontro Paglione (Máfia), Pe anos:Adriana MidoriAmamura (Gomen),Amanda Bonicontro Paglione (Máfia), Bárbara Oliveira (BaO),Bianca Taíse Roim Varo o,Bruna Crisna Ulian Silva,Camila Feitosa de Castro,CesarHiroyukiMomosaki(Mini-Mim),Flávia Beninida

Rocha Silva,Janaína Oliveira de Barros,Joyce Corrêa Ferreira,Juliane Vicen no Ferreira da Silva,Lenita Kazuko Tomita,Luan Seabra Mialick (Pimpão),Luiza, Marina Soares Straci,Matheus RossiAvelar(Pudico),Natália Prudente de Mello (Mel),Nathália Vieira dos Santos,RafaelLuizBianchi(Zeitona),Renan Willian Alves (Presto),Roberta Mingote,Thais Taira e Vanessa de Oliveira

Alves (Presto),Roberta Mingote,Thais Taira e Vanessa de Oliveira E-maildo grupo:pet-farmacia-unesp@googlegroups.com

Site do grupo:www.pe armacia.com.br

Outras edições da revista estão disponíveis no site do grupo

Capa (idealização)/Arte final/Edição:Joyce Corrêa Ferreira,Juliane Vicen no Ferreira da Silva e Lenita Kazuko Tomita

Triagem:800 exemplares Corretor:Glauco Fa ore Peridiocidade:Semestral Volume XXI– Setembro 2012

(5)

SESSAO

DESTAQUE

Flávia

Benini

da

Rocha

Silva

Renan

Willian

(Presto)

Alves

Marina

Soares

Straci

s

INDICE

I

E AÍ,

TUT

OR?

Prof. Dr

. João

Aristeu da Rosa

Extensão

4

D

e PET a PET

Paulo Alexandre da Silva

Ferramentas da web e redes sociais ajudam na integração entre os grupos PET Alípio Souza Educação como a “chave” para o desenvolvimento econômico

7

Entr

evista

Dr

. José Luiz Riani Costa

10

Cultural

Bianca

Taíse Roim V

arotto

Voluntariado Bárbara Oliveira Jovens: mesmos sonhos (ou O mesmo sonho ou mesmos sonhos)

37

SOltando a Lingua

Bárbara Scoralick V

illela

Science Without Borders

35

I

De olho na

História

Camila Feitosa de Castro As grandes epidemias que assolaram a humanidade Rafael Luiz Bianchi História que vale ouro: a trajetória dos Jogos Olímpicos

45

Cultural

Douglas Delgado Uma breve análise sobre os góticos Nathália Santos Costa E então eis que surge a escrita, e assim começa a história

(6)

28

Meio Ambiente

Amanda Bonicontro Paglione Créditos de Carbono Matheus

Rossi A

velar

Rio + 20

13

Giro Economico

Márcio Barczyszyn W

eiss

Indestrutíveis

17

v

Volta ao mundo

Janaína Oliveira de Barros Las V

egas, tudo para todos!

Nathalia V

ieira dos Santos

Rússia: muito mais do que neve e vodka

20

Cientifico

Luan Seabra Mialick Sinestesia, uma mescla de sensações Roberta Mingote Cafeína, o novo protetor solar?

24

I

A

gend

a PET

Adriana Midori Amamura

57

Fala F

armacêutico

Bruna Cristina Ulian Silva Assintência Farmacêutcia: por que tão necessária? Natalia Mello Automedicação “consciente”

50

Entretenimento

Luiza de Oliveira Mota Vanessa de Oliveira

54

Ag

radecimentos

(7)

Extensão

Prof. Dr. João Aristeu da Rosa - Tutor do PET Farmácia da UNESP

No decorrer do XVII Encontro Nacional dos grupos do Programa de Educação Tutorial – ENAPET,

sob o lema: novos rumos, novas fronteiras, realizado na Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São

Luís, participamos do grupo de discussão, GD 1: Assistencialismo X Extensão Universitária. Dessa

partici-pação ocorrida em 25/07/2012 é que nos veio a idéia para redigir este artigo.

A

extensão, o ensino e a pesquisa com-preendem os três principais pilares que norteiam as ações das universidades brasileiras, sendo que o ensino e a pesquisa já se estabeleceram em pata-mares bem consolidados.

O ensino é a atividade primeira que se es-tabelece quando é fundada uma Instituição de En-sino Superior – IES, no entanto essa ação é desde sempre muito questionada, discutida, modificada e

em pesquisas pode ser citado o Instituto Oswaldo Cruz que foi fundado em 1900, e que nove anos após, já em 1909, teve entre seus pesquisadores o ilustre Carlos Chagas, cientista que descreveu o protozoário Trypanosoma cruzi, bem como toda a cadeia epidemiológica da doença que recebeu seu nome. Justificar os investimentos em pesquisa por meios dos avanços científicos não é tarefa das mais árduas, nas diferentes áreas do conhecimento.

Uma das dificuldades das universidades brasileiras tem sido aliar ensino, pesquisa e exten-são de modo a melhor qualificar os seus alunos.

Por um longo período, as universidades brasileiras tiveram a necessidade de implementar a pesquisa científica no país e, em decorrência disso, deu-se grande ênfase à ela. Muitas pesquisas cientí-ficas resultam em avanços tecnológicos que impac-tam a vida das pessoas e, por isso, são amplamente

em assumir devidamete a extensão está a alta visi-bilidade dos avanços tecnológicos que impactam positivamente o cotidiano das pessoas, avanços es-ses decorrentes das pesquisas científicas. Devido a isso, implementar a extensão, isto é, chegar às comunidades e poder dialogar com elas sobre os avanços advindos das pesquisas e poder associar a sabedoria popular ao conhecimento científico, tem sido uma tarefa não praticada a contento.

adaptada em distintas épocas e situ-ações de modo a contemplar pro-gramas de aprendizado com maior efetividade.

Entre as três atividades, a pesquisa sempre amealhou mais recursos no âmbito universitário brasileiro e muito provavelmente nos demais países. Os resultados obti-dos pelas pesquisas têm resolvido muitas das nossas dificuldades, bem como alavancado o avanço tecnológico nas mais diversas áreas e sem dúvida alguma os investi-mentos têm trazido o retorno espe-rado. Para se ter um parâmetro dos retornos oriundos de investimentos

divulgadas pela mídia, o que dá grande visibilidade à pesquisa. No entanto, há resultados de pesqui-sas que ficam restritos ao domínio acadêmico. A extensão é uma forma de fazer com que esse conhecimento atinja e beneficie a população. No entanto, o contato dos acadêmicos com a comunidade não pode dar-se de modo impositivo, mas, como bem mostra Paulo Freire (1921-1997), é preciso haver uma troca de saberes e é isso que tem dificultado esse inter-câmbio, pois não é fácil encontrar a forma adequada de realizar isso. Como referido acima, provavelmente entre as causas das dificuldades

E AÍ, TUTOR?

(8)

A Academia tem focado a atividade intelec-tual, o exercício da busca, a pesquisa. Em conse-quência, a extensão, a troca de saberes com a popu-lação afeta ao dia a dia de afazeres de atividades acaba não sendo devidamente implementada no âmbito acadêmico.

Desse modo a extensão tem sido considerada como de mais difícil execução, isto é, ainda não foi devi-damente assumida em todas as IES, muito embora esse conceito tenha sofrido mudanças, principal-mente a partir de 1990.

Assim, em decorrência da valorização acadêmica da extensão foi instituído o Plano Nacio-nal de Extensão Universitária que tem sido revisto periodicamente, assim como norteado as ações dessa vertente, o que denota a tendência de as-sumir essa área de atuação acoplada ao ensino e à pesquisa, de modo a dar condições para que tenhamos não somente profissionais competentes, mas cidadãos comprometidos com o nosso desen-volvimento humanístico.

Na UNESP, a Pró-Reitoria de Extensão Uni-versitária tem trabalhado no sentido de ampliar os recursos financeiros de modo a valorizar trabalhos nessa modalidade, esse esforço se faz notar, por exemplo, a partir de 2001 quando foi realizado o I Congresso de Extensão Universitária da UNESP, e que está sendo realizado bianualmente. A cada ano aumentam as solicitações para financiamentos de projetos de extensão pelas distintas unidades uni-versitárias e consequentemente a qualificação das propostas também tem avançado.

A qualificação das propostas de extensão claramente tem sido pautada pela associação com conhecimento científico, fugindo assim do assis-tencialismo. A extensão assumida como atividade emancipadora, como dito pelo Tutor do PET História de Franca, professor Pedro Tosi. Nessa discussão cabe ressaltar o que foi dito pelo Prof. Woiski do PET Engenharia da Mecânica de Ilha Solteira e referido pelo Prof. Tosi: o assistencialismo mantém a pes-soa subalterna, ao passo que a extensão propõe a emancipação do indivíduo.

Sem dúvida que o nosso educador Paulo Freire colaborou decisivamente para entendermos que a extensão deve ser praticada no contexto de emancipar o ser humano. Isto é, entender o meio social, conhecer e dar-se a conhecer para as pes-soas e então iniciar o processo educativo, de modo a colaborar para promover o homem como senhor do seu destino, sem amarras, sem dependências.

No intuito de contribuir para a reflexão a res-peito de como conduzir a extensão universitária an-examos a figura obtida do Jornal da Ciência, 20 de julho/2012, ano XXV, nº 718.

Nessa vertente emancipadora do ser huma-no é que o programa PET tem atuado neste huma-nosso Brasil, pois propõe que trabalhemos o ensino, a pes-quisa e a extensão de forma conjunta, de modo a partilharmos com a sociedade o conhecimento auferido. Partilhar, trocar saberes com os cidadãos de modo a não sermos vistos apenas como deten-tores do saber, mas como pessoas que buscam emancipar o outro e valorizar as suas qualificações.

Nesse sentido cabe registrar o trabalho de ex-tensão desenvolvido pelo PET Farmácia no decorrer de 2011, que serviu a duas comunidades: os agen-tes de saúde de Boa Esperança do Sul e os internos da Fundação Casa de Araraquara. Esse trabalho contou com o apoio efetivo da professora Cleópa-tra da Silva Planeta, do Fábio Cardoso Cruz, petiano egresso do PET Farmácia e de Maicon Petrônio, aluno da pós-graduação. O assunto abordado foi as drogas de abuso, tema que afligia os agentes de saúde que se sentiam despreparados para abordar tal problemática com a população. Nos encontros com os agentes a professora Cleópatra e o Fábio esclareceram as dúvidas e os ajudaram a entender sobre a ação das drogas no organismo humano, por outro lado os integrantes do PET Farmácia tam-bém participaram desses encontros e puderam se preparar para tratar desse tema com os internos da Fundação Casa.

Como a abordagem do tema drogas de abuso

E aí, Tutor?

(9)

com menores infratores e internos gerou muitas incertezas sobre a forma adequada de abordar o assunto, buscamos apoio do Professor Ronaldo Laranjeira da UNIFESP, durante a SBPC em Goiâ-nia/2011, assim como num encontro promovido pela Secretaria de Saúde de Araraquara. Também conta-mos com o apoio do senhor Samuel de Oliveira, pai do Thales que trabalha no Fórum de Franca.

Devidamente preparados os integrantes do PET Farmácia corresponderam às expectativas dos internos, bem como dos coordenadores da Funda-ção Casa e o trabalho teve continuidade em janeiro/ fevereiro/2012. E muito, além disso, ficou a possi-bilidade de os internos poderem perceber o valor e as benesses decorrentes da postura desses jovens universitários junto à sociedade. Assim, para os in-ternos ficou o incentivo para optarem por assumir uma forma de vida longe da contravenção, pois têm em comum com os universitários o entusiasmo e o vigor, que são atributos próprios dessa fase da vida. Aos petianos ficou o conhecimento auferido na

busca pela qualificação no assunto sobre drogas, a comunicação, o exercício de uma ação cidadã, bem como a experiência em tratar com jovens internos num sistema prisional.

Não poderíamos encerrar este texto sem nos referir à Bárbara (Barbinha), Gabriela (Gabi), Juliana (Pimenta), e o Thales que permaneceram unidos ao PET Farmácia desde o ingresso no curso. Embora com tempo mais curto no grupo, Lucas (Barata), De-nise (Sula), Camila e Mayara também nos deixaram. Sem dúvida alguma nos legaram exemplos de dedi-cação, empenho, seriedade, comprometimento e, sobretudo, de amizade e consideração. Que vocês continuem com esse espírito em suas atividades profissionais. Sejam felizes. Para Amanda, Renan, Joyce, César e Roberta que iniciam as atividades como bolsistas, as nossas boas vindas, que sigam conosco na busca por um ensino universitário mais comprometido com a busca de dignidade para o povo brasileiro.

Um abraço.

E aí, Tutor?

(10)

Ferramentas da web e redes sociais ajudam

na integração entre os grupos PET

Paulo Alexandre da Silva - PET Engenharia Agronômica [2010] - UNESP Jaboticabal

O seu PET usa a web para o seu desenvolvimento e crescimento?

H

oje o mundo está intensamente globaliza-do, as informações chegam de forma muito rápida e dinâmica às pessoas. Essas notícias chegam princi-palmente através dos meios de comunicação como a televisão, o radio, telefone. Porém existe uma que merece um destaque especial e que será discutida nesse texto: a internet.

Com o avanço dessas tecnologias e a maior acessibilidade oferecida pelo mercado, muitos gru-pos PET de todo o Brasil vêm utilizando essas fer-ramentas para divulgarem e ampliarem a sua visibili-dade, tanto na própria faculvisibili-dade, como também fora da instituição.

Dentre essas ferramentas da rede utiliza-das pelos grupos PET, pode-se destacar o e-mail, uma das ferramentas mais usadas para comunica-ção entre os grupos. Além dessa, podemos citar os blogs, em que os grupos postam as suas principais informações e promovem cursos e atividades. Há também o Facebook, uma das redes sociais mais usadas no mundo, graças à sua grande versatilidade e aplicativos que entretém os seus usuários. Por úl-timo não se deve deixar de fora o twitter, a novidade da internet. Este permite a comunicação de forma rápida e direta entre os grupos e seus seguidores. Logo abaixo podemos observar as suas principais utilidades, ver como auxiliam no andamento das atividades dentro dos grupos PET e como ajudam na interação dos grupos e de seus membros.

O que seria dos PETs sem o e-mail? Se-gundo dados tirados do IBOPE Niesen Online cerca de 80 milhões de brasileiros possui pelo menos um endereço eletrônico. O resultado disso confirma o fato de que essa é a ferramenta mais usada e dis-sipada entre os grupos. Hoje a maioria dos petia-nos possui e-mail, o que favorece na resolução de problemas, permite uma maior integração entre os seus usuários com a utilização do MSN, além de ser o principal meio de contato dos seus usuários e de possíveis colaboradores.

Além do e-mail, tem-se o blog. Local onde os grupos postam as suas principais informações e pro-movem cursos e atividades. Nele é possível postar vídeos, imagens, textos, animações, reportagens, ou seja, tudo que o administrador tem interesse em divulgar. Geralmente essas postagens estão relacio-nadas com a área do seu PET. Também é possível você seguir outros blogs e alguns sites da área, des-sa forma você estará direcionando o conteúdo ao seu público. É muito interessante, pois se for bem administrado pode expandir a sua visibilidade e au-mentar o seu reconhecimento.

Você já checou o seu facebook hoje? Se-gundo a Social Bakers (site de pesquisa e análise do marketing de aplicativos da internet), cerca de 50 milhões de brasileiros possuem facebook. Hoje é uma das redes sociais mais usadas no mundo devido às possibilidades oferecidas e aplicativos que entretém os seus usuários. Com os petianos não é diferente, essa é a principal rede social usada entre os petianos. É comum encontrarmos perfis dos gru-pos PET neste tipo de página. A sua principal vanta-gem é que é um canal praticamente completo! Faz tudo os que as outras fazem juntas. E apresen-ta uma característica basapresen-tante marcante, que é a sua grande acessibilidade e usuários que possuem, além de ser muito dinâmico. Usado comumente na divulgação de trabalhos, cursos e atividades não só do grupo, como também de seus membros.

Uma febre entre os jovens, e que está aos

DE PET

A PET

(11)

poucos sendo incorporado no dia-a-dia dos grupos PET, é o Twitter. Ele permite a comunicação de forma rápida e direta entre os grupos e seus seguidores. Talvez seja a ferramenta mais usada em um futuro próximo. Proporciona a comunicação direta de suas atividades, além de ser um meio de realização de pesquisa de mercado sobre os possíveis cursos e também de proporcionar uma rede de pessoas interessadas no trabalho do grupo.

Dessa forma observa-se que as ferramentas que estão disponíveis na web, ligadas ao avanço tec-nológico oferecidos nesses anos apresentam uma

grande importância para o desenvolvimento e a realização das atividades dos grupos PET, pois auxiliam no crescimento interno e externo do grupo, além de ajudar no processo de interação entre o tripé de pesquisa, ensino e extensão que regem o funcio-namento do PET e também proporciona uma maior integração entre os grupos PET, os seus membros, possíveis colaboradores e pessoas que estejam in-teressadas no trabalho realizado. Vendo tudo isso eu te pergunto: O seu PET usa a web para o seu desenvolvimento e crescimento?

De PET a PET

Educação como a “chave” para

o desenvolvimento econômico

Alípio Souza - PET Ciência e Economia - UNIFAL Vargínia

Existem algumas questões essenciais à compreensão do processo de (sub)desenvolvimento econômico

em nosso país e que permanecem em destaque na pauta nacional, em especial a educação, o que será exposto

de forma sucinta a seguir.

A

motivação para o aprofundamento do estudo da Economia está diretamente relacionada à necessidade de estudar a avaliação de oportuni-dades das pessoas no desenvolvimento da quali-dade de vida e as influências que causam a geração dessas oportunidades. A necessidade do debate so-bre o investimento em políticas sociais para o de-senvolvimento econômico brasileiro é essencial. Através da Política, o processo de mediatiza-ção entre o Estado e a sociedade civil é desenvolvido, para a concretização de programas e ações gover-namentais com o fim de atender às determinadas demandas e interesses sociais. A realização de políticas sociais no Brasil vive em constante destaque no debate político pelo fato de responder por uma fração considerável do gasto público brasileiro, tornando alvo de disputas acir-radas na repartição dos recursos orçamentários no Brasil. A construção das oportunidades sociais é es-sencial como garantia do desenvolvimento humano, econômico e social dos seres. Amartya Sem, ganha-dor do Nobel de Economia de 1998, explicita de forma muito clara a importância desse conceito. Oportuni-dades sociais são as disposições que a sociedade estabelece nas áreas de educação, saúde etc., as quais influenciam a liberdade de o indivíduo viver em melhores condições. O desenvolvimento des-sas facilidades pelas nas áreas de educação, saúde

etc., as quais influenciam a liberdade de o indivíduo

mento econômico é produto não só pelo aumento das rendas privadas, mas também pela interven-ção governamental ativa. O crescimento econômi-co deve ser analisado por duas variáveis: pelo au-mento das rendas privadas e pela expansão dos serviços sociais. Não se trata mais de enxergar o crescimento pela ótica clássica do desenvolvi-mento da riqueza privada. Agora, precisamos ob-servar que a criação de oportunidades sociais por meio de serviços como saúde, educação pública e o desenvolvimento de uma imprensa livre e ativa “pode contribuir para o desenvolvimento econômi-co e para uma redução significativa das taxas de mortalidade”. Quando analisamos o Leste Asiático (começando com o Japão) com economias em de senvolvimento, observamos a ênfase dada pelas pri-meiras na expansão de uma política social de suma viver em melhores condições. O desen-volvimento dessas facilidades pelas políticas públicas é importante para uma participação mais efetiva em ati-vidades econômicas e políticas. O

cresci-DE PET

A PET

(12)

importância: a educação, e mais tarde, também os serviços de saúde, e fizeram isso, antes de sua saída nos índices de pobreza. Outro exemplo tam-bém merece ser destacado. A China em seu con-texto pré-reforma deu seu principal passo para o de-senvolvimento antes de 1979, em grande parte na política maoista. A política maoista se baseou em ali-cerces essenciais para o desenvolvimento econômi-co capitalista: a expansão da alfabetização, a re-forma agrária, ampliação dos serviços públicos de saúde etc. A partir desses mecanismos, a economia chinesa conseguiu elevar seu capital humano, pro-movendo o crescimento econômico. Através dessas atitudes, os países da economia do Leste Asiático contribuíram significativamente para o desenvolvi- mento das capacidades humanas e da qualidade de vida da população; o que os levaram ao posterior de-senvolvimento econômico. A expansão das oportuni-dades sociais facilitou o desenvolvimento econômico com alto nível de emprego, criando circunstâncias favoráveis para a redução da mortalidade e o au-mento da expectativa de vida. A educação merece o destaque na construção das oportunidades sociais, já que ela é o mecanismo principal de elevação e de-senvolvimento cultural e intelectual. Após o advento da Revolução Industrial ao longo do século XIX e o desenvolvimento das tecnologias conjunto com as cisões e novas construções nas formas de ensino, principalmente no século XX, observamos outros fa-tos que marcaram a influências nessa dinamicidade do processo educacional; são os casos da formação de novas redes de organizações e a globalização da economia. O conhecimento ganha um novo contex-to, mais amplo, exigindo a formação multidisciplinar, abrangente, o que coloca em pauta as políticas de educação; os movimentos de descentralização, desconcentração do sistema arcaico de ensino an-teriormente posto e as novas formas de gestão es-colar que permitam uma formação docente no novo padrão de qualidade. Através dessa necessidade, conseguimos visualizar a avaliação do sistema de políticas educacionais necessários ao desenvolvi-mento dos estudantes em todos os níveis. As dis-cussões perpassam desde a elevação da qualidade do ensino bem como os mecanismos que garantam a permanência dos estudantes, o que implica uma análise do todo, abarcando as condições de saúde, transporte, infraestrutura, tornando a discussão am-pliada aos outros setores necessários ao mínimo ne-cessário às reformas nos diferentes níveis, global, nacional, regional e local; compondo a necessidade

de construção do pacto entre Estado e sociedade. O fundador da Economia, Adam Smith já demonstrava excessiva preocupação e frustração com o baixo dispêndio público na educação, “Com um gasto ir-risório o governo pode facilitar, pode incentivar e pode até mesmo impor a quase todo o povo a ne-cessidade de adquirir as partes mais essenciais da educação”(SEN apud SMITH, p.154).

Se tratando de educação, estudos feitos pelo IPEA mostram que um gasto equivalente a 1% do PIB faz com que o próprio PIB cresça 1,85% e (faz) com que a renda das famílias aumente 1,67%. O gasto com a educação, portanto, é o que apresenta maior efeito entre todas as outras formas de gasto sobre o crescimento do PIB. O acesso à educação e o papel da mulher também merecem um grande destaque. A mulher passa a ter uma autonomia decisória em detrimento de sua autonomia financeira e intelec-tual, aumentando seu prestígio social, seu potencial para ser independente, seu poder de expressão ar-ticulada, seu conhecimento sobre o mundo além dos arredores de seu lar, sua habilidade de influenciar as decisões do grupo, etc. O texto aqui apresentado procurou identificar e analisar as percepções acerca das políticas públicas, especificamente, da educa-ção, como forma de desenvolvimento econômico e social. Enquanto economistas, farmacêuticos, médi-cos, enfim, enquanto estudantes; nós somos os responsáveis pela construção do país que deseja-mos morar. A economia não existe sem a política, já que é através das decisões políticas e econômi-cas adotadas que atendemos às necessidades e aos anseios do povo. Não existe desenvolvimento sem educação, como diria Paulo Freire, “Ninguém nasce feito, vamos nos fazendo aos poucos, na prática social de que tornamos parte”, e é através da construção do conhecimento, com uma educação de qualidade, que conseguimos atingir uma evolução social holística e condizente com a de países de pri-meiro mundo.

Referências Bibliográficas

FREIRE, Paulo. Extensão e Comunicação.

IPEA. Emergência do desenvolvimento social. In: Perspectivas para o desenvolvimento Brasileiro, Vol. 10. Brasília, 2010. MATTOS, Maria Jose Viana M. Reformas, Mudanças e Inova-ções Educacionais e o Papel do Estado: Dilemas para a Melho-ria da Qualidade do Ensino.

SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. Tradução por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

WELLEN, Héricka. “O dia mais feliz da minha vida”: a entrada na universidade segundo os alunos recém-ingressos no curso de Pedagogia da UFRN(2004.1).2005.

De PET a PET

DE PET

A PET

(13)

Confira a entrevista concedida

pelo Dr. José Luiz Riani Costa

D

urante o curso de graduação em medi-cina na UNICAMP (1972 a 1977) pude observar as precárias condições de vida de uma grande parcela da população e as consequências no seu estado de saúde, constituindo uma primeira aproximação com a saúde pública. Nos últimos anos do curso fui moni-tor no Departamento de Medicina Preventiva e So-cial e estagiário na Prefeitura Municipal de Campinas e outras da região. Em 1978, comecei a trabalhar como médico junto à Secretaria de Saúde de Campi-nas, na periferia da cidade, em uma das experiên-cias pioneiras no processo de municipalização da saúde. Em 1979, fiz o Curso de Especialização em Medicina do Trabalho e fui contratado como docente na Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Em 1983, conclui o Mestrado em Medicina, com dis-sertação sobre uma doença profissional, e em 1984, fui para um cargo na Medicina do Trabalho no Minis-tério do Trabalho, em Brasília (DF). No ano seguinte, fui professor do Departamento de Saúde Pública, na Faculdade de Medicina da UNESP, em Botucatu, e em 1986, voltei a trabalhar em Brasília, no Ministé-rio do Trabalho, desta vez para ocupar o cargo de Secretário de Segurança e Medicina do Trabalho. Paralelamente, tive a oportunidade de acom-panhar os trabalhos da Assembleia Nacional Consti-tuinte, vivenciando as lutas de diferentes setores da sociedade, que na tentativa de garantir seus direitos e a pressão exercida por setores econômicos para manter ou ampliar seus privilégios, demonstrou as faces da luta democrática em uma realidade com tantas diferenças. Ao sair do Ministério do Trabalho, em 1988, fui docente do Departamento de Saúde Coletiva, da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB. A seguir ingressei na carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, exercendo minhas funções no Ministério da Saúde. Em 1992, passei a atuar junto ao Laboratório de Planejamento Municipal, da UNESP, em Rio Claro, e no Curso de Administração Pública, em Araraquara. Depois fui Secretário Municipal de Saúde de Rio Claro

(1997/98) e mais tarde passei a atuar junto ao De-partamento de Educação Física da UNESP, em Rio Claro, trabalhando especialmente com a popu-lação idosa. Em 2002 conclui meu Doutorado na UNICAMP, sobre políticas públicas municipais volta-das à população idosa. Entre 2005 e 2008 exerci cargos no Ministério da Saúde e depois retornei à UNESP em Rio Claro. Assim, tem sido gratificante poder, neste momento de minha carreira, compar-tilhar com os alunos toda a experiência acumulada ao longo da vida, permitindo que o conteúdo teórico seja ilustrado com situações concretas que pude vi-venciar.

1. O sistema de saúde pública do Brasil é considerado referência mundi-al, assim como o da Inglaterra, França e Cuba, por ser um sistema gratuito e de amplo atendimento. Outros países, como os Estados Unidos da América, contam apenas como sistema privado, excluin-do uma parcela da população, apesar de grande poderio econômico e tecnológico. Levando em consideração os diferentes sistemas existentes no mundo, faça uma análise comparativa entre eles e o SUS, apontando as vantagens e desvantagens.

A proposta original do SUS teve como referên-cia os sistemas do Canadá, da Inglaterra e de Cuba. Portanto, há muitas semelhanças, como o caráter público, a universalidade, a integralidade, a regio-nalização e a hierarquização. Mas temos diferenças, pois a Inglaterra e Canadá têm um volume de recur-sos financeiros e materiais bem superior ao nosso, enquanto que em Cuba o modelo econômico é bas-tante diferente. Por outro lado, o SUS tem uma marca muito importante que é a participação da população e dos trabalhadores da saúde na definição das dire-trizes da política de saúde e do acompanhamento da execução, por meio dos Conselhos e das

Conferên-Entrevista

(14)

cias de Saúde. Neste sentido, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde promoveram a in- clusão digital dos Conselhos estaduais e municipais e vem efetivando a educação permanente dos con-selheiros, melhorando ainda mais o controle social das políticas de saúde.

2. A Lei Orgânica da Saúde, cria-da em 1990, com base no artigo 196 cria-da Constituição Federal de 1988, estabelece que a saúde é um direito para todos, ca-bendo ao Sistema Único de Saúde (SUS) executá-la de forma igualitária, universal e integral. Entretanto, esses princípios não são realizados plenamente na prática. Discuta as principais diferenças entre os direitos garantidos e os cumpridos pelo SUS.

Se fizermos uma analogia entre o SUS e a vida de uma pessoa, poderíamos dizer que o SUS tem uma boa carga genética, mas a inanição na pri-meira infância (representada pelo subfinanciamento crônico), as doenças do crescimento (em que a ex-pansão de algumas estruturas não é acompanhada pelas demais) e os efeitos adversos de alguns trata-mentos prescritos (como terceirização, privatização e precarização do trabalho), ele ainda não desen-volveu toda sua potencialidade. Mas ainda há re-médio! Assim, infelizmente, alguns dos direitos não são realizados plenamente na prática. Em relação à universalidade, pode-se dizer que nas ações de proteção à saúde, como na vigilância sanitária, na vigilância epidemiológica e nas campanhas de vaci-nação, ela acontece. Mesmo em algumas áreas da assistência médica, como na Aids, nos transplan-tes, no tratamento do câncer e na hemodiálise, a cobertura é praticamente universal. Também é ver-dade que há uma parcela da população que não se utiliza regularmente da assistência ambulatorial, laboratorial e hospitalar do SUS, por ter plano de saúde. Mas muitos acabam recorrendo ao SUS quan-do as carências ou limitações quan-dos planos excluem o acesso a diversos procedimentos. Mesmo nestes casos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ligada ao Ministério da Saúde, tem um papel importante na defesa dos direitos dos segurados. Com relação ao acesso igualitário, como vivemos em uma sociedade profundamente desigual, deve prevalecer o princípio da equidade, que consiste em tratar diferentemente os desiguais, para que tenham

acesso igual ao direito. Dito de outra forma: dar mais aos que mais precisam.

3. Por ser um sistema novo e levan-do em consideração a dificuldade de gestão, o SUS tem encontrado muitos empecilhos para atingir seus objetivos. Partindo dessa afirmação, cite algumas das falhas na gestão do SUS e apresente possíveis soluções.

Com a ampliação da cobertura, alguns gar-galos ficaram evidentes, como os exames de maior complexidade, o atendimento especializado e a atenção hospitalar. Um dos desafios que precisa ser enfrentado é a organização da atenção à saúde, que precisa superar o modelo curativo, individual e cen-trado na figura do médico. O sistema foi historica-mente subfinanciado, mas além dos recursos serem insuficientes, existem problemas na eficiência da gestão. Modestamente, pude contribuir neste esfor-ço de qualificação da gestão do SUS, ao participar, entre 2005 e 2008, da implantação do Departamento de Monitoramento e Avaliação da Gestão do SUS e da direção do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, junto à Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, no Ministério da Saúde.

4. Segundo o Censo 2010, realizado pelo IBGE, a população idosa (acima de 60 anos) representa cerca de 12% de toda população brasileira. Dado que esse per-centual tende a crescer alterando o perfil demográfico, quais são os atuais desafi-os do SUS para garantir desafi-os recursdesafi-os ne-cessários às ações de saúde?

O rápido processo de envelhecimento da população representa um grande desafio, tanto para o Estado como para a sociedade, exigindo a formula-ção de políticas públicas que atendam suas necessi-dades, nas três esferas de governo, devendo contar com a participação da própria população idosa. Para o SUS, o desafio é ainda maior, pois, paralelamente à transição demográfica, vem ocorrendo a transição epidemiológica, com predomínio de doenças crônico-degenerativas e de incapacidades funcionais, resul-tando em maior e mais prolongado uso de serviços de saúde. Neste cenário, devem ganhar destaque as ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças e de outros agravos, realizadas por equipes

Entrevista

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multiprofissionais, que incluam pessoas com for-mação das áreas de geriatria e gerontologia. As equipes de saúde da família têm um papel muito importante a desempenhar, inclusive descobrindo e trazendo para a cena os idosos “invisíveis”, que existem em diversos lugares. Para isso, foi revisada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, com posterior elaboração do Caderno de Atenção Básica sobre “Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento” e o volume 12 da Série Pactos pela Saúde sobre “Atenção à Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimen-to”, implantada a “Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa” e implementado um programa de capacitação dos profissionais da atenção básica, especialmente para as áreas mais críticas. Mas esta ampliação do acesso precisa contar com Centros de Referência em Saúde do Idoso, que ainda são insuficientes.

5. Discorra sobre a evolução do SUS ao longo dos anos e o que se espera de avanços para esse sistema no futuro.

O Pacto pela Saúde, firmado em 2006 entre gestores das três esferas de governo, foi um passo importante na efetivação do SUS. Entre as priori-dades pactuadas estão: Fortalecimento da Aten-ção Básica (com ênfase na Estratégia Saúde da Família); Promoção da Saúde (com ênfase na práti-ca de atividades físipráti-cas e a alimentação saudável); Saúde do Idoso; Controle de doenças emergentes e reemergentes e Redução da Mortalidade Materna e Infantil. No campo das urgências e emergências, aconteceu a implantação da rede de atendimento móvel (SAMU) e de pronto atendimento (UPA). Tam-bém aconteceu, depois de muitos anos de tramita-ção, a regulamentação do financiamento das ações de saúde e, mais recentemente, a regulamentação da Lei Orgânica do SUS. Estas medidas, entre outras, e algumas iniciativas na qualificação da gestão, na humanização do atendimento e na edu-cação permanente dos trabalhadores da saúde, vêm melhorando o desempenho do sistema, mas ainda há muita coisa a fazer.

6. Diante da grande importância da atuação dos profissionais de saúde no SUS, como esse tema deveria ser aborda-do e relacionaaborda-do com os cursos de gradu-ação da área da saúde?

A política de saúde é umas das que mais

de-pendem dos trabalhadores, os quais precisam ter re-muneração digna, adequadas condições de trabalho e qualificação profissional. Para aqueles que já estão inseridos nos serviços, há necessidade de ampliar as ações de educação permanente, tanto em termos técnicos, quanto na humanização do atendimento.

Em relação aos futuros profissionais, o Minis-tério da Saúde e o MinisMinis-tério da Educação vêm se articulando para garantir a qualidade dos cursos de graduação da área da saúde, incluindo a produção de material bibliográfico, parcerias com serviços da rede de saúde para atividades práticas e modali-dades diferenciadas de bolsas, como o PET-Saúde. Infelizmente, em alguns cursos da área da saúde, o profissional forma-se sem ter acesso aos conhe-cimentos sobre saúde pública ou coletiva e menos ainda sobre o SUS, evidenciando uma lacuna que precisa ser urgentemente sanada. Além do apoio ao curso de graduação, há necessidade de incentivar Especializações, Residências Multiprofissionais e Mestrados Profissionais, para minorar os vazios as-sistenciais.

7. Considerações Finais.

Em minhas aulas sobre políticas de saúde, costumo fazer um exercício com os alunos, pedindo que cada um escreva uma palavra sobre “O SUS que temos”, e outra sobre “O SUS que queremos”. Geralmente, a primeira resposta é negativa, mui-tas vezes reproduzindo a imagem veiculada pelos órgãos de comunicação, embora sempre exista al-guém que, por ser usuário do SUS integralmente, ou por ter parentes ou amigos que trabalham no SUS, dando o máximo de si para que o sistema dê certo, reconhecem seus méritos. A imagem que todos que-rem é muito parecida com os melhores sistemas de saúde do mundo. Então eu faço mais uma pergunta: “O que você se compromete a fazer para transfor-mar o SUS que temos no SUS que queremos?”. De-pois de um tempo de reflexão, todos percebem que têm um papel a cumprir nesta missão, seja como tra-balhador da saúde, como usuário ou como cidadão, consciente de seus direitos e com energia para lu-tar por eles, como conselheiro ou eleitor, escolhendo bem seus representantes e cobrando deles as me-didas necessárias para que, de fato, a saúde seja direito de todos e dever do Estado.

Entrevista

(16)

O

planeta Terra passa por mudanças climáticas desde sua origem, enfrentando eras glaciais (frias) e interglaciais (quentes), como mostram estudos de paleoclimatografia (estudo das variações climáticas ao longo da história da Terra). Cada um desses ciclos climáticos pode so-frer oscilações de temperatura, já que os fatores ambientais nem sempre são os mesmos, como perturbações na órbita da Terra, força dos raios solares, atividades vulcânicas e quedas de mete-oros. Outro fator que também ocasiona essas os-cilações, porém de forma mais acentuada e em um ritmo preocupante, são as atividades antrópicas, ou seja, atividades provocadas pela ação do homem.

Desde o começo da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, até os dias de hoje foi sem dúvida o intervalo de tempo que mais se degradou o meio em que vivemos. Com vista na expansão da produção industrial que ocorreu em grande parte do mundo, a utilização dos recursos naturais fez-se notar de forma mais acentuada e com isso o impacto sobre a qualidade de vida da população também foi altera-do. Não se pode negar que inicialmente esse proces-so representou o desenvolvimento de novas tecno-logias e contribuiu para o crescimento populacional, mas tudo isso à custa de um processo prejudicial à natureza que a longo prazo começa a mostrar sinais de exaustão do planeta frente a demanda de recur-sos impulsionada pela necessidade de crescimento. As alterações provocadas pelo homem po-dem ocasionar mudanças nos ciclos climáticos, principalmente pela modificação na composição da atmosfera terrestre que é composta em média por 99% de nitrogênio e oxigênio. Essa composição pode vir a ser alterada com o aumento desenfreado de poluentes liberados no ar, podendo assim oca-sionar mudanças na temperatura terrestre. O dió-

xido de carbono, que faz parte dos gases que pro-vocam o efeito estufa, é hoje nosso principal vilão. Por ser liberado na queima de material orgânico é inevitável que esse poluente deixe de ser emitido, já que o desenvolvimento atual depende principal-mente da utilização de combustíveis fósseis, ainda que haja métodos alternativos como as chamadas energias limpas ou energias verdes, porém para a utilização das mesmas ainda são encontradas algumas barreiras, tais quais o custo elevado de produção e a falta de interesse dos agentes econômi-cos envolvidos no setor energético. Assim é gerada uma contradição, pois para se desenvolver é preciso destruir e quanto mais se provoca alterações no meio no qual habitamos mais acentuado será o impacto na qualidade de vida da população como um todo.

Na tentativa de amenizar os impactos provo-cados ao meio ambiente uma alternativa que surge, utilizando-se o método de incentivos econômicos, são os créditos de carbono. Porém, o que vem a ser o crédito de carbono? Crédito de carbono é

Créditos de Carbono

Amanda Bonicontro Paglione (Máfia) – 2º Ano Integral – Farmácia UNESP

O Brasil nesse mercado.

Meio

Ambiente

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seja possível ver o mercado de créditos de carbo-no como uma realidade e não apenas como uma promessa que chegou próxima de ser cumprida.

Para que possamos garantir um de-senvolvimento sustentável com vista no fu-turo da espécie humana é imprescindível que se faça a utilização dos mais variados mecanismos que possibilitem o alcance dessa meta.

Colocada essa questão acima, a utilização dos créditos de carbono é importante nesse senti-do. Ela não vem a ser a solução de todos os prob-lemas de poluição, mas tampouco seu efeito pode ser desprezado. Deve ser estimulada através do me-canismo que ela é, ou seja, de incentivos econômi-cos, mas o ganho não pode ficar apenas restrito à essa esfera. Os ganhos ultrapassam as fronteiras estritamente financeiras e podem colaborar conjun-tamente com a utilização de quaisquer outros me-canismos, com vista na melhoria do meio ambiente, e políticas ambientais para que haja uma mudança no paradigma de crescimento econômico desen-freado para o de crescimento econômico sustentável.

Referencias Bibliográficas:

Créditos de carbono e meio ambiente: perspectivas para o Brasil. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Ciências Econômicas) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Orientador: Luciana Togeiro de Almeida. http://www.infoescola.com/clima/paleoclimatologia/

um documento escritural validado por órgãos com-petentes após uma rigorosa aferição dos detalhes técnicos, de forma a comprovar que realmente houve a redução de emissão por parte da empresa interessada em obtê-los. Um crédito de carbono é equivalente a uma tonelada métrica de dióxido de carbono (CO2). Após a obtenção desses créditos

os mesmos podem ser vendidos aos países desen-volvidos os quais têm metas de redução acordadas pelo Protocolo de Quioto. Com isso, os países do Anexo I (signatários do Protocolo de Quioto, sendo em sua grande maioria países desenvolvidos) con-seguem alcançar suas metas e em contrapartida países em desenvolvimento se beneficiam com a venda desses créditos obtendo divisas, uma vez que os mesmos não têm a obrigação acordada pelo Protocolo de reduzir seus níveis de emissão. No caso brasileiro, há um grande entrave que impossibilita a consolidação desse merca-do, que é a ausência de uma definição jurídica que possibilite a padronização de seus aspec-tos legais de forma a ocorrer uma tributação adequada à natureza que lhe for determinada.

É importante que haja um esforço conjunto, tanto por parte do Governo, quanto do setor empre-sarial representado por suas federações e associa-ções além do meio acadêmico, para que ocorra a uniformização de seus mais variados aspectos e, conseqüentemente, a propulsão desse mercado, já que o Brasil ocupa uma posição estratégica den-tro das perspectivas do avanço devido à sua ex-tensão territorial que é passível de ser usada para gerar grandes quantidades de créditos de carbono.

É necessário que se faça a utilização dessa vantagem que são os créditos de carbono, baseada nas características físicas do Brasil, e aliá-las às perspectivas do setor empresarial. Essa união não é fácil, mas cabe diretamente ao Governo o fomento desse mecanismo para que em um futuro próximo

Meio Ambiente

(18)

E

m junho deste ano, o Brasil foi sede da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvi-mento Sustentável, mais conhecida como Rio+20. O evento foi realizado na cidade do Rio de Janeiro e teve o intuito de reunir todos os líderes dos 193 países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e seus representantes de seus vários setores para discutir sobre a renovação do compro-misso político com o desenvolvimento sustentável.

O evento gerou grandes expectativas sobre o futuro, quais seriam as metas a serem colocadas e o nível de comprometimento que os líderes dos países estão dispostos a estabelecer com o meio ambiente. Contudo, o resultado não foi o esperado, o que ge- rou grandes frustrações naqueles que acreditavam na chance do mundo tomar um rumo melhor.

O evento recebeu este nome em razão à Eco92, a Conferência internacional para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespei-tar o meio ambiente, realizada 20 anos atrás também na cidade do Rio de Janeiro. A Conferência ficou fa-mosa pelo discurso feito pela garota Severn Suzuki, de apenas 12 anos de idade, que se mostrou mais adulta em relação aos problblemasmas ambientais do que muitos ali presentes.

O futuro que queremos

O resultado de toda a Conferência foi o docu-mento “The Future we Want”, contendo a visão co-mum dos líderes e representantes, a renovação do compromisso político com o meio ambiente, tópicos sobre a economia verde no contexto do

desenvolvi-mento sustentável e a erradicação da pobreza, o quadro institucional para o desenvolvimento susten-tável e as metas a serem seguidas: erradicação da pobreza; segurança alimentar e nutricional e

agricultura sustentável; saneamento básico; ener-gia; turismo, transporte, cidades e assentamentos sustentáveis; saúde; empregos decentes; proteção aos oceanos e mares; florestas e muito mais. Pode-se imaginar a extensão deste documento (cerca de 50 páginas), entretanto, quantidade não é qualidade.

O documento final da Rio + 20 foi, e ainda está sendo, altamente criticado pela sua falta de metas claras ou do comprometimento político com a causa. As avaliações feitas por organizações não governamentais (ONGs) como Greenpeace, WWF e Oxfam e especialistas presentes no evento, não são otimistas. Questões polêmicas que apresenta-ram qualquer resistência no consenso geral foapresenta-ram simplesmente deixadas de lado sem resolvê-las, e muitas que tiveram o consenso, foram forçadas, ge-rando insatisfação por certas partes. Todos esses pontos enfraqueceram a validade da Conferência e do documento final, questionando se todo o evento foi apenas um gasto de tempo

e re

cursos ou se foi possível obter algum avanço.

Vinte anos e alguma mudança?

Olhando para trás, para a Eco92, houve al-guma mudança significativa em resultado ao evento e o que podemos esperar de avanços em resposta a Rio + 20?

Meio Ambiente

Rio + 20

Matheus Rossi Avelar (Pudico) – 2º Ano Integral – Farmácia UNESP

O que o evento trouxe de perspectivas e frustrações

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consolidação do compromisso dos países com o desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento em si. Sempre existirá alguém para dizer que não é possível mudar ou que o lucro diminuirá. Todos temos de abrir mão de algo para que possamos continuar crescendo e que seja possível manter sete bilhões de pessoas vivendo nas condições básicas de sobrevivência.

O que é possível levar da Rio + 20?

Ainda é cedo para fazer uma previsão, mas é possível observar que ainda há uma força que une os países para fazer a diferença, mesmo que essa força esteja comprometida por interesses “mais importantes”. Como na Eco92, não houve mudanças imediatas, a humanidade caminha a passos lentos para algum aperfeiçoamento significativo, entretanto não podemos ficar esperando de braços cruzados. O evento mostrou que ainda não podemos depositar confiança no compromisso da política, tão influenciada pelo interesse econômico, em favor do desenvolvimento sustentável.

A mudança, principalmente, é feita por cada um, a cada ato feito, que tivermos e deixar de lado nossa zona de conforto e até mesmo hábitos simples. Não podemos ais nos atrelar no pensamento de deixar um mundo melhor para as futuras gerações, sta é a futura geração e o momento de mudar é agora.

Referências Bibliográficas:

http://www1.folha.uol.com.br/especial/2012/rio20/ http://pt.wikipedia.org/wiki/ECO-92

Revista Piauí ed. 68 - Maio

No ano de 1992, os problemas que relacio-navam o meio ambiente ao desenvolvimento do planeta já haviam sido detectados, mas até então a palavra “sustentável” era desconhecida, e começava a criar a necessidade do estabelecimento de parâ-metros nos quais poderíamos nos guiar e deixar um mundo melhor para as próximas gerações. A Con-ferência foi um dos momentos mais importantes da diplomacia, mostrou a todos que o rumo e a priori-dade das relações entre os povos se alteraram. A Eco92 mostrou a importância desse debate que, cin-co anos depois em Kyoto, foi aprofundado, criando-se o mundialmente conhecido: Protocolo de Kyoto, que estabelece metas e prazos para a redução da emissão de carbono.

Países que adotaram a preocupação com o ecossistema, aos poucos, mudaram e ainda tentam, de várias formas, melhorar. Estudos surgem a todo momento desacreditando todo um conhecimento já consolidado e aos poucos a nossa maneira de viver converge ao sustentável. Infelizmente esse pensa- mento de mudança não é geral, os grandes emisso-res de carbono e poluentes não se comprometeram em qualquer momento a melhorar ou realizar qual-quer sacrifício pelo bem de todos.

Eu não vivi a época anterior à Rio92 para fazer uma comparação pessoal, entretanto, desde que tenho a memória, percebi que a preocupação com a preservação do meio ambiente tornou-se algo do nosso dia-a-dia. Nossos pais e avós não tinham com o que se preocupar, como se ao invés de ir trabalhar de carro, fossem a pé, estariam protegendo o planeta, mas tudo isso mudou, o perigo que já existia agora só foi comprovado.

A preocupação com a segurança do planeta que vemos hoje é inigualável em comparação com a de vinte anos atrás [quais são os parâmetros de comparação?], mas não é o suficiente. Como foi visto na Conferência, o principal problema na

Meio Ambiente

(20)

A

partir do instante em que um novo anti-biótico é lançado no mercado, seu tempo de vida útil começa a diminuir. Desde a descoberta há setenta anos, antibióticos foram as principais armas no trata-mento de infecções bacterianas, incluindo infecções hospitalares. Era freqüente a prescrição rotineira dessas drogas, muitas vezes de forma inapropria-da; antibióticossão utilizados inclusive na alimen-tação animal para prevenir doenças e promover o seu crescimento. Agora algumas bactérias estão se tornando um sério problema de saúde pública. Ocorrendo a seleção ao acaso de uma bactéria re-sistente auma droga,há então promoção e o surgi-mento das cepas resistentes aos antibióticos, sen-do que algumas vezes surgem cepas resistentes a mais de uma classe diferente desses fármacos, como o MRSA, Staphylococcus aureus meticilina

resistente e o VRSA Staphylococcus aureus van- comicina resistente (vancomicina é conhecido tam-bém como antibiótico de último recurso), que são as cepas bacterianas mais comuns em infecções hospitalares. De acordo com a OMS o MRSA

causa mais mortes por ano do que o HIV. Antes problemas exclusivos de hospitais e asilos devido à pessoas mais susceptíveis em decorrência do siste-ma imunológico deprimido, o MRSA afeta agora in-divíduos normais e saudáveis em tarefas cotidianas. Infecções causadas por microorganismos resis-tentes muitas vezes não respondem aos tratamentos padrões, engrandecendo o risco de morte. A interna-ção de uma pessoa que contrai as cepas resistentes aumenta os custos do tratamento em US$ 30 mil de acordo com o FDA (Food and Drugs Administration). Os gastos do governo americano atingem US$ 3 bi a US$ 4 bi ao ano. Esse é um quadro que se vê não só nos EUA, mas também em 64 países que já relataram a ocorrência de MRSA, inclusive o Brasil.

Entre as décadas de 30 e 60 houve o “boom” nas descobertas de novas classes de antibióticos. A partir desse período o que se observou foi um vazio nas descobertas, com pouquíssimas novas clas- ses introduzidas. A falta de incentivo econômico por parte das indústrias farmacêuticas nas pesquisas de novos fármacos é determinante, devido ao risco de uma pequena margem de lucro para tamanho investimento,em relação, se em comparação com as drogas de estilo de vida, como anti-hipertensivos, anti-depressivose anti-diabéticos, drogas que de-vem ser tomadas por um longo período de tempo. Os antibióticos são administrados em curtos perío-dos de tempo e comercializaperío-dos a uma parcela da população menor em relação aos medicamentos de estilo de vida. Hoje, apenas duas grandes compa- nhias farmacêuticas a GlaxoSmithKline e a AstraZe- neca mantém pesquisas e programas de desenvolvi-mento fortes e ativos em relação aos antibióticos, de acordo com a Sociedade de Doenças Infecciosas dos EUA. Estamos perdendo a guerra contra as bac-térias, Guerra que outrora foi considerada ganha. Isso por causa deuma urgência de pesquisas e in-vestimentos, a concentração de esforços nas áreas

Giro

Economico

Indestrutíveis

Márcio Barczyszyn Weiss (Purê) – 3º Ano Integral – Farmácia UNESP

Seres microscópicos, problemas gigantescos.

Streptococcus

v

(21)

Um antibiótico deve eliminar as bactérias (bactericida) ou impedir o seu crescimento (bac-teriostático). A resistência aos antibióticos é um mecanismo natural e esperado e se refere a uma situação na qual não há mais nenhum tipo de modifi-cação no micro-organismo, por parte desses fárma-cos. Os antibióticos também foram encontrados no ambiente, por exemplo, em algumas fontes de água, produzidos por bactérias. Como foi dada a desco- berta dos antibióticos por Alexander Fleming em 1928, a molécula de penincilina produzida pelo fungo do gênero Penicillium, muitas das bactérias e fungos produzem antibióticos naturalmente, e secretam-nos em baixas concentrações, possivelmente como for-ma de comunicação e forfor-ma de alerta contra outras espécies de microorganismos. Bactérias que produ-zem essas moléculas de antibióticos possuem genes de resistência contra elas, para que o microorganis-mo não seja atacado pelo próprio sistema de defesa. A transmissão e disseminação de bactérias ou genes que carregam a informação de resistên-cia podem ocorrer em hospitais, na comunidade e através da cadeia alimentar. Esses genes são trans-feridos também por diferentes bactérias por meio de plasmídeos. Entre os genes codificadores de antibióticos existem os genes de resistência, que foram surgindo por mutações ao acaso ou induzi-dos por alguma substância química exógena (como os próprios antibióticos), e se tornaram selvagens (dominantes). Esses pedaços de material gené-tico também podem ser encontrados no ambiente e transferidos à bactérias diferentes por meio de plasmídeos, transposons e conjugação, por exem-plo, assim bactérias que nunca tiveram contato com antibióticos e nem sequer os produzem adquirem resistência. Esporos de bactérias podem ser leva-dos à grandes distâncias e sobreviver por longos períodos de tempo, levando a resistência aos anti-bióticos ao redor do mundo muitas vezes, quando essas bactérias voltarem à forma ativa. É alarmante como a situação pode ser agravar com o passar do tempo. A seleção artificial provocada pelo homem e essa disseminação natural por parte das bac-térias tornam o problema difícil de ser enfrentado. De um gasto superior a US $ 1,5 bilhões em medicamentos avançados para o tratamento de doenças causadas por bactérias resistentes. Se não forem tomadas medidas, a situação será um tanto pior, com gastos certamente aumentados, e devido a instabilidade econômica mundial, fragi-de marketing, agilizando testes clínicos, tentando

di-minuir o tempo em etapas no desenvolvimento e tria-gem clínica;uma verdadeira corrida contra a seleção artificial de acordo com especialistas do FDA.

A meticilina derivada da penincilina foi in-troduzida no mercado em 1959 devido à perda da eficiência no tratamento com penincilina. Cerca de 2 anos depois já haviam algumas poucas cepas resistentes,como S. aureus e S. pneumoniae. Ob-serva-se com isso a grande rapidez com que as bactérias adquirem resistência, no que a possibi-lidade de solução é o foco em pesquisa, além da conscientização de médicos e profissionais de saúde, boas práticas de higienização e o tratamen-to corretratamen-to por parte da população. Algumas cepas adquirem resistência inclusive à substâncias quími-cas desinfetantes. Margaret Hamburg ,uma das au-toridades do FDA, defendeu o desenvolvimento de novas vacinas que possam reduzir a necessidade de mais antibióticos, diminuindo o custo total, partindo do princípio que a produção de vacinas teria um custo menor ao governo do que internações longas, e seriam ao mesmo tempo rentáveis aos gigantes farmacêuticos por ser uma terapia de longa duração, sendo fonte constante de lucros. Políticas de com-bate ao crescente problema da resistência aos medi-camentos devem ser lançadas, e algumas já podem ser vistas pela população, como a venda de anti-bióticos apenas sob prescrição médica por exemplo.

Giro Econômico

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lidade monetária como o dólar em baixa tendem a subir mais os custos dos tratamentos ao redor do mundo, principalmente de medicações importa-das, são poucasas alternativas e altamente cus-tosas, consequência da falta de incentivos e gas-tos com pesquisa e desenvolvimento. Um novo relatório de acompanhamento do Center for Global Development’s Drug Resistance Working Group diz que as análises de resistência às drogas e a capaci-dades de vigilância são insuficientes. Pontos fracos na cadeia de abastecimento e instalações inadequa-das ajudam a resistência às drogas, pois a regula-ção de medicamentos é fraca e incerta. O relatório procura estimular as empresas farmacêuticas, go-vernos, doadores, instituições de saúde globais, pro-vedores de saúde e pacientes, para coletivamente e imediatamente enfrentar a ameaça global de saúde através do emprego de quatro ações-chave: Cole-tar e compartilhar informações através de redes de hospitais e centros de saúde; proteger a cadeia de fornecimento de medicamentos para garantir produ-tos de qualidade; fortalecer as autoridades nacio-nais regulatórias de medicamentos nos países em desenvolvimento; catalisar investigação e inovação para acelerar o desenvolvimento de tecnologias para o combate desses microorganismos resistentes.

O relatório foi elaborado por um grupo de trabalho criado em 2007 e composto por

represen-Giro Econômico

19

tantes de governos, fundações não governamen-tais, instituições de saúde, indústria farmacêutica e universidades.Em épocas assim deve-se pesar qual o custo maior, se é o financeiro e monetário, ou o preço da vida de milhares de pacientes vitimados pelo MRSA e outras cepas resistentes. É o custo de internação, tratamento de pacientes contra o custo da pesquisa de desenvolvimento de novos fárma-cos. O que deve ser avaliado como prioridade além do lucro, é a cura e saúde da população, antes que o prejuízo seja grande demais para ser reparado, e as extensões dos danos sejam maiores do que já são. Referências Bibliográficas:

Agência EFE- http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/06/ bacteria-resistente-a-antibioticos-e-detectada-em-humanos-e-vacas.html

David Ross. Developing Drugs for resistant pathogens: Prob-lems and possibilities. Anti-Infective Drugs Advisory Committee. 2002

G1 – http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/06/novo-tipo-de-bacteria-superresistente-e-identificado-na-gra-bretanha. html

Scientific American, ed. 87 p. 38-45. 2009

Reuters - http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/04/oms-aler-ta-que-mau-uso-de-remedios-afeta-combate-a-doencas.html Reuters - http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/ desenvolvimento-de-superbacterias-ameaca-futuro-da-medici-na.html

WHO Media Center. Antimicrobial resistance p. 194. 2012 WHO The Race Against Drug Resistance 2010

(23)

M

uitas pessoas, se não chegaram a co-nhecer Las Vegas propriamente dita, ao menos ou-viram falar sobre ela ou então sabem que lá é o lugar onde nada é proibido. A famosa Sin City - Cidade dos Pecados. Se nunca ouviu, esta é a oportunidade para conhecer e se apaixonar por ela.

Para começar, poucas pessoas devem pen-sar no significado de “Las Vegas”, porque o que ele nos remete são os brilhantes cassinos, hotéis e as luzes que vislumbram os nossos olhos e pensamen-tos. Para analisarmos o seu significado, não pode- mos deixar de retornar ao passado e à história, pois data dos tempos de 1800 a origem desse termo, que é conhecido por todo o mundo.

Las Vegas está localizada no estado de Ne-vada – Estados Unidos e foi descoberta por uma ca- ravana de espanhóis liderada por Antonio Armijo que seguia em direção a Los Angeles pelo antigo trilho espanhol em 1829. Um dos membros desse grupo, Rafael Rivera, se aventurou por descobrir novos caminhos e foi então que se deparou com um ver-dadeiro oásis, coberto por uma extensa área verde ou prados, em espanhol vegas. Surge então o nome

Las Vegas (Os Prados).

Mais tarde em 1855, quando a área passou a ser posse dos Estados Unidos, um grupo de mór-mons liderados por William Bringhurst viajou para a Las Vegas Valley a fim de converter a população in-dígena que lá residia ao mormonismo. Os mórmons lá se estabeleceram, porém em 1857 a abandona- ram. Em 1900 foram construídas estradas de ferro com destino a Las Vegas e assim, foi criada uma vila ferroviária que começou a crescer e se desen-volver até que em 1911, Las Vegas tornou-se uma cidade incorporada. No entanto, sua fama só se es-tabeleceu a partir de 1931, quando a Legislação de Nevada legalizou o jogo.

A partir disso, muitas mentes começaram a investir nesse comércio. Em 1946 foi inaugurado o Flamingo Hotel a partir do qual formou-se a mais fa-mosa avenida de Las Vegas, a Las Vegas Boulevard ou The Strip. Essa é a avenida que se concentra não toda, mas a maior parte dos hotéis e cassinos, bem como todo o glamour da cidade dos pecados. A era dos cassinos, entretanto, deu início com a abertura do The Mirage.

Quer ir à Las Vegas para desfrutar das vinte e quatro horas de luxo e riqueza dos cassinos? Pri-meiro, nos Estados Unidos, a maioridade é alcan-çada apenas aos 21 anos, então se o seu intuito for gambling saiba que menores de 21 não têm per-missão para jogar e nem se hospedar nos cassi-nos. No entanto, existem hotéis nos quais pessoas menores de idade ou aquelas que não querem a loucura dos cassinos podem se hospedar. Segundo, prepare-se para andar, e muito! A The Strip possui nada mais nada menos do que 6,7 quilômetros de extensão e com certeza é digna de ser explorada do começo ao fim. Logicamente, se preferir, pode-se andar de carro (lembre-pode-se do trânsito) ou pegar os ônibus, que incrivelmente se parecem com os

Las Vegas, tudo para todos!

Janaína Oliveira de Barros – 3º Ano Integral – Farmácia UNESP

Será que tudo o que acontece em Vegas, permanece em Vegas?

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