• Nenhum resultado encontrado

CONSIDERAÇÕES. SODRE mm mi * ; ' lt" TUES! POR. Se o homem chegar a descobrir um remedio. efficaz contra a phthisica pulmonar, será sem

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONSIDERAÇÕES. SODRE mm mi * ; ' lt" TUES! POR. Se o homem chegar a descobrir um remedio. efficaz contra a phthisica pulmonar, será sem"

Copied!
30
0
0

Texto

(1)

/#

CONSIDERA

ÇÕES

SODRE

m

m

m

i

*

; ' í

S

g

<

*

lT"

EO METIIODOMAISCONVENIENTEDE ATRATAR

.

TUES

!

QUE FOIÀTRESENTADA AFACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO E SUSTENTADA EM 9 DEDEZEMURO DE 1816,

POR

Doutoremmedicinapelamesma Faculdade

,

Professor de PhilosophiaRacional c Moral noSeminárioEpiscopal deS

.

José,Sociocorrespondente

doInstitutoHistorico e Geographico Brasileiro

,

etc

.

,

etc

.

,

NATURALDA CIDADE DE CAMPOS,

F1LU0LEGITIMODEJOSÉMARQUESDE CARVALUO

.

Seohomemchegara descobrirum remedio

efficaz contraaphthisica pulmonar,serásem duvidaentreassubstancias, que podemser

appliçadas directamente aopulmãoporvia da inspiração

.

Mascagni

.

TTf,DOOSTENSOHBRASILEIRO

,

DEJ

.

J

.

MOREIRA

.

(2)

DIKKCTOK

.

OSr.Dr

.

JoseMarlins daCrut Jobini

.

Li:\m PROFIUETAHIOS» OsSrs

.

Doutores:

l

.

°Asso

.

Physica Medica

.

Bot

.

-

micaMedica,c princí pioselementaresde Zoologia

.

Francisco de Paula Cândido

.

Francisco FreireAllemão

t

2

.

° Asso

.

JoaquimVicenteTorres Ilomcm ,Examinador

.

.|

JoséMaurí cioNunesGarcia

ChymicaMedica,eprincípioselementaresde Mineralogia

.

Anatomiageral, cdescriptiva.

3

.

'Asso

.

JoséMaurício Nunes Garcia

.

. .

.

I.oureuçodeAssisPereira daCunha

Anatomia geral, edescriptiva. Physiologie

.

4

.

°Asso. LuizFrancisco Ferreira,Examinador

.

.

JoaquimJosé daSilva, Presidente

.

.

. .

João Joséde Carvalho

Pathologiaexterna

.

Palhologiainterna

.

Pharmacia,Materia Medica, especialmentea Brasileira,Therapculica, eArte de formular.

í

3

.

°Asso

.

Operações,Anal,topograph

.

,eApparelhos

.

Partos,Moléstias das mulheres pejadascpa

-ridas,cdemeninosrcceui

-

nascidos

.

CândidollurgcsMonteiro

.

Francisco Julio Xavier

.

í

6

.

°Asso

.

ThomazGomes dosSantos

.

. .

JoséMartinsdaCruzJobim.

. .

MedicinaHygiene,eLegalHistoria

.

daMedicina.

2

.

®ao4

.

»ManoelFelicianoPereiradeCarvalho

.

Clinicaexterna,e Anal,palholog

.

respective

.

3

.

°aoU

.

"ManoeldoValladuoPimentel

.

.

.

.

Clinicainterna,eAnal.palholog

.

respectiva.

LENTES &|BMTITUTOS

.

* *

\

SecçãodasSeiendes accessorias

.

'

I

Secção Medica

.

'

j

Secção Cirúrgica

.

gECRETAUlO

.

FranciscoGabrielda Rocha Freire

. .

.

AntonioMaria de MirandaCastro

.

. .

JoséBentodaRoza

Antonio FelixMartins

.

Examinador

.

.

Domingo*MarinhodeAzevedoAmericano

.

.

I

.

uizdaCunhaFeijó,Eiíaminador Dr

.

Luiz Carlos da Fonceco

.

N

.

II

.

Em virtude deumaresoluçãosua,n Faculdadenãoapprova ,nemdesapprovaasopiniões

(3)

Weo Prezado

Pai.

Offere

ço

-

vos estaminhathese : bem sabeis quanto vos amo crespeito

,

uào era preciso quevosdéssed'istoumpublico testemunho.Vós me ensi

-nasteisna minha infanda a amar

-

vos c a respeitar

-

vos

,

esse sentimento

gravadono intimode minha almame acompanhará aotumulo

.

Tendode dar osprimeirospassosnacarreiramedica cu invoco avossa

bênção,porquecilacomo abênção doCéomedaráluzc conforto

.

Vosso obediente filho

jfM*

Jf

,tfe

c

\

(4)

tumulo

.

Não ê sem um aíflictivo pesadelo quemeditamos sobre aquellas que o homem recebecomavida, cilas são aherançado infeliz predesti

-nado: entre essasa phthisica éamaisrespeitável , ella encheode terror as maisremotasgerações, queembaldetentarão suspendersuacarreira, ellatematravessadocom umamarcha lugubree pesada todos ospovosdo mundo ,deixando após de si umsem

-

numero decadaveres! Como uma maldiçãodoCeo cabe sobreumafamilia inteira,e implacávelem suasiras persegue

,

c consomeaté osmaisremotos descendentes:ellaacompanhao homem como asombradamorte, c o atormentaatéoultimo suspiro

.

Aquelle, que sesente tocado desemelhantemal, conta os seos dias comooavarooseooiro : nãohasobre a terra nenhummeio que o possa salvar, suamorteéinfallivcl

.

A phthisica é mortal,dizem todos

,

einfe

-lizmentea experiência demuitosséculos confirmaestejuizo commun)

.

Contraesta

terr

ível moléstia, contra estejuizosecularnosrevoltamos, edeumponto doespaço levantamosnossafraca voz; prazaaosCeos

,

que umdiaellarepercuta nosângulos daterra

.

O Creador da natureza pòz ã disposiçãodo homem os meiosdecombateraphthisica,resta, que a in

-tclligencia humana faça maisalgunsesforços

,

eentãoalcanç

ar

á um pleno triumpho sobreesse fiagcllo da humanidade

.

(5)

C

03

KTSIDER

ÍVÇ0

ES

SOBRK

A

PIITIIISICA E 0

METHOD

!

}

MAIS C0

\

VE

\

ïE

\

TE DE

A

TR

ATAR

.

Sieohonicrn chegaradescobrir um remédio

eflicaz contraaphthlsicapulmonar,serásem

duvidaentreassubstancias, que podemser applicadasdirectainedte aopulmãopor viada inspiração

.

Mascagni

.

Phthisicaé o cmraagrecimcnto excessivo acompanhado algumas vezesde

syniptoniasfebris, eíVeilosde umaphlegmasiachronica, segundo Bayle c outros,que a distinguiâoem diflerentes espccics com relaçãoaosorgãos, que eràoa sédc dainllammação, assimera pulmonar, laringiana , hepá

-tica

.

gastrica,&c.

,

ousegundoa especiededesorganisaçào

,

em tubercu

-losa

.

granulosa,calculosa ,mellanosa,&c

.

Ospráticos modernos reduzirão,e simplificarão essasdifférentes especies de phlhisicas , Laennec, c Amiral só considcrão phthisica

a consu

-mição pulmonar produzida pelo desenvolvimento tuberculoso no mesmo orgào

;én’este sentido, queigualmcntcaconsideramos. Esta moléstia tem sido.dividida, eestudadaemdiflerentes periodos, osquacs sãohem assignaladospelosmedicos , quese tem occupadodesta materia

.

A nosso verestaenfermidade insidiosa poupa em principio alguns orgãos; porisso manifestão

-

sesó certos gruposdesyinptomas , osquaessãoaugmentados logoque a enfermidade invade uma nova serie de orgãos, c pervertesuas funeções; em seo ultimo periodo ainvasão égeral, todos os orgãos, c funeções do apparellio respiratório são alterados, então uma desordem geralsemanifestacmtodo o organismo: porque as diflerentesseries de orgãosqueocompõem tem sidomodificadasgravementeem umpontoonde seexercemfuneções fundamcutacsda economia animal

.

Seguiremosomesmomcthodo atéaqui adoptado porlodos os práticos, quetemestudadoaphthisica, c tratado d’ella em seoscscriptos; dividi

-remos

a

sua

marcha

em

trèsperfodos

,

c notaremos os diflerentes grupos

(6)

PRIMEIRO

PEIUODO.

Em algunscasososprimeiros symptomas da phthisica sào!àofracos, c detãopoucaimportância, que não despertào a attençãododoente, que está bemlonge dc cuidar na gravidadedomal,que se occulta cm um dos orgâosesscnciaes á vida : o germen da phthisica vai pouco a pouco desen

-volvendo

-

se , e os seossyniptoiuassevãoapresentando francamente

.

No primeiro periodo a phthisicaseannuncia porumatossesecca, abatimento dcforças, pallideznorosto , olhos enternecidos

,

muita somnolencia,dif

ficuldadc na respiração, pequenadôrepesodeum ladodothorax

,

pulso frequente,pelleseccanodia ,c humedecidaparaa noite,algumcalornas palmas dasmãos, cnaplanta dos pés, muitas vezes calefriosseguidosde suorincommodo,osomnonãoé reparador, pelo contrarioéinterrompido pelatosse, que sobrevemaodoentelogoquevoltapara olado correspon

-denteádor

.

A tosse aprincipiosecca bem depressa ésucccdidadeuma expectoraçãoglutinosatransparente,contendo muitas bolhas de ar, e al

-gumasvezesraios de sangue , estaexpectoraçãonãose faz sem algumadôr acompanhadade calor intensoespecialmente no lado correspondente ao de

-senvolvimentotuberculoso

.

Üdoente temfastio,c muita sède,os sentidos seenfraquecem ,suainlclligenciadiminue

.

Muitasvezesé bemdillicil distinguir ossignacsphysicos d'estamoléstia pelapercussão e escutarão, acongestão tuberculosa acha

-

semuitoconcen

-tradaemalguns casos, e entãonãose ouvemos differentessons ,proprios damoléstia; comtudo na maior parte dos doentes percutindo

-

se

-

lhesas differentesregiões thoraxicasouve

-

se um somobscuro,cspecialmente nas regiõessubclaviculares, applicando

-

se

-

lhes o ouvido nas mesmasregiões nota

-

se

queemalgunspontos o pulmãoéimpermeávelaoar , em outros ouve

-

seumacrepitação bem dislincta da respiração visicular do estado physiologico

.

Muitasvezeslodosestessymptomas esignaesdaphthisicatuberculosase maniieslãosemnenhumacausa precedente conhecida; mas gcralmenteal

-gumascondiçõespathologicas tem precedidoaeste estado

.

O estudo dos precedentes variados que apresentaaphthisica pulmonar deveserconside

-radocomomuitoimportante

,

dizoprofessorAmiral; poisque é princi

-palmcntenosprimeiros tempos da moléstia,quandoapenassepôdetemer a invasão,de queaílirmaraexistência,que pôdeser prevenida, ouem

-baraçada emsuamarcha

.

Jásevô ,que estamos de accordocomo illustre professor froncez,quandoaflirmamos, que emmuitoscasos osprimeiros ensaios daphthisica nãodespertão amesmaattenção do doente

.

Emuma epocha

.

em queoestudo da anatomia pathologica tem sido tãoapreciado “por todos ospráticos,queo considerãoindispensávelao medico quequer

(7)

5

estudar com

fundamento

a

marcha cestragosproduzidos pelas moléstias

internas

,

nos parece bem cabidaaqui a notadossignaesquea phtliisica tuberculosaapresentano apparclhorespiratório.

Quando a phtliisicatuberculosa seacha noprimeiroperiodo

,

segundo affirma o professor Andral, algunslobulospulmonares onde existe acon

-gestãosanguínea tuberculosaapresentâo uma eòr avermelhada , ouarro

-xada,que contrastacom osoutros lobulossàos, porsua consistênciatam

-bém sedistinguem d’aquelles lobulosque não forào invadidos pela mo

-léstia

.

Encontrâo

-

senointerior dos lobulosatTectados pequenospontos es

-branquiçados, alguns formados por uma matéria glutinosa semelhante a umapequena gotta de pus, osquaes facilmentesedcstacâo comas costas deumescalpello

,

outrosd’estespontostem umamaiorconsistência,apre

-sentâooaspectode materia tuberculosa,arredondados,de uma eòr branca amarcllada: algumasvezesesses lobulosachão

-

scinfiltrados de umasero

-sidadeamarella. Quando aphtliisica vai passando do primeiro paraose

-gundoperiodonotão

-

scprofundas depressõesnos lobulosaíTectadoseopa

-renchyma pulmonar vai apresentando uma côrcinzenta, eas massastu

-berculosas vão

-

se tornando bem distinctas

.

SEGUNDO

PERIODO

.

Todosossymptomasque notá mos no primeiro periodo se apresentâo mais pronunciados

.

A tosse é teimosa e muito frequente, a expecto

-racfioabundante,osescarrossão deuma côramarclladacontendomuitos tubérculos, emuitasvezessão acompanhadosdefragmentos

cascosos

, ha dyspnea, dòr c pesoem um doslados do thorax , grande enunagrcci

-mento,considerável abatimentodeforças , o rosto apresentamuitasvezes umapallidez interrompida por algumas manchas avermelhadas, os olhos profundos

,

oslábios vermelhos, ouarroxados; emmuitos doentes a vozà rouca , a linguarosaceaapresentando alguns botõessalientes na parte pos

-

. terior

,

osdentes sãoescarnados, a pelle é aspera cscccaduranteo «lia , para a noitevema febre etílicaseguidade suorcopioso,osomnoéattri

-hulado einterrompidoconstantemente pelatosse, o doente tem sède e muito fastio

.

Percutindo

-

seas differentes regiõesthoraxicas, algumas dão um somclaro

,

que contrasta perfcilamentecom o som obscuro, que se ouve em outrasregiões;escutando

-

se ouve

-

se perfeitamenteumgargarejo,

-que sedistingue da bulha produzida pela respiração do homem são

.

Os catharrostuberculosos juntos aestes signaes

,

deque acabamosdefaliar, nosannuncià oaphtliisica nosegundo periodo

.

N’esteperiodotem

-

se obser

-vado pelas analysesanatómicas, que asmassas tuberculosasvãomudando acôrcinzenta:ahepatisaçàovermelhaapresenta

-

semaisoumenosfranca

.

(8)

LacUliéediz

,

quedequalquer maneira

, que

os tubérculos

cr

û

s sejo for

-mados, elles acabào nofini de certo tempo(cuja duraçãoévariavel) por amollccer

-

se

c liquificar

-

se

.

Oamollecimcnto

,

diz o

mesmo

pratico froncez

,

eoincçapelo centro decada nma massatuberculosa

,

ondeostubérculos se tornâo de(lia

cm

dia maismolles , mais húmidos, calgumas

vezes

casei

-formes; depois adquiremviscosidade cfluidoz depus. O amollecimcnto ganhapoucoapoucoacircunferência, eveinascr cmiimcoiu|>leto.

Quandoamateria tuberculosaest

á

amollecida, ellaabre uma passagem poralgum doscanacsbronchicos mais visinhos

.

Sendoesta abertura mais estreita,doquea

escava

ção , coma qual ellasecommunica, uma e outra ficàonecessariamentefistulosas , mesmodepois da evacuaçãocompleta da matériatuberculosa. O professorAndraldiz, que sendo a escavação tu

-berculosa visinha daparede thoraxica

,

póde aomesmotempo,que seabre para umdos bronchicos, communicar

-

selambemparaoexterior por uma outra maneira

.

Euvi, diz eile, umindivíduo

,

no qualuniafistula, que tinha por séde umespaçointercostal ,penetraraté umavastacaverna,cuja parede anterioreraformada portecidocellular e pelas mesmascostellas

.

Este indivíduo viveomuitos mezes comestafistula, atravez da qual se ouvia o ruídodo ar, que se escapavadurantea respiração

.

(3 Ur

.

James Clarckno seotratado da consumiçãopulmonar diz :

acircunstancia, que tem sidoconsiderada comoindicante da transiçãodo primeiro ao segundo gráu da phthisica, éumamudançanotável, quetem lugarnamateria da expcctoraçào

.

Olluidoclaro e escumoso

,

que eraprimeiro cxpcctorado

,

contemalgunspontos deumamateriaopaca

,

de um brancoamarellado

,

cujaquantidade augmentandogradualmente forma pequenas massas en

-voltasem umlluidotransparente

no

meio do qualcilas parecem ihicluar. N’esta cpoclia observa

-

se frequentemente ligeiros pontos ou strias de sanguenamatériadeexpcctoraçào

.

Tendo

-

se

operado estas mudanças nasmatérias expcctoradas,todosos outrossymplomassão augmentados

,

c tornão

-

scpor issomesmomaissensíveis : elles são acompanhados demu

-dançascorrespondentes ao estado dos pulmões; continua omesmopratico inglez : odepositotuberculosotem

sot

í

rido a modificação que os autores designào sobonomedeamollecimcnto: istoé, temsido amollecido pelos tinidossecrctados pelo tecido pulmonar subjacente, oque é sulliciente

-menteindicadopelas mudanças ,quesobrevém á expcctoraçào

,

mudanças,

quercsullào dapassagem da materia tuberculosa amollecidaatravéz dos canacsbronchicos

.

Noentretanto, que esses phenomenos se passã

o

nos depositostuberculososmais antigos

,

a pleura, que fó

rra

as porções do pulmãohepatisado

,

contrahe cmgeraladhcrencias

com

apleuracostalcor

-respondente , pela eflusã

o

deumliquidolymphulico

,

que

sc couverte

em tecido

cellular

.

(9)

TERCEIRO

PERÍODO

.

Pôdeodoenteconservar

-

se alguns dias , algunsInezes, c atéannos ,

no

segundo grau daphlhisica, semexperimentaralgum accidentegrave , no entretantoqueamoléstia continua comalgumas interrupções

,

que appa

-rentãoumarapida convalescença, c algumas vezes até mesmoestadode saude

.

Uma faltade regimen ,umaalteraçãoalmosphcrica,umsentimento doloroso, despertãorepentinamente a moléstia,que parecia estaradorme

-cida : odoenteprincipia a soffreralterações graves,todos os symptomas nianifestàoumadesorganisação total

,

que bemse distingue dos outrospe

-ríodos. Atosse é frequente acompanhada de uma cxpcctoraçãoempostas purulentas de umacòr amarellaescura

,

com striasdesanguecmuitos tu

-bérculos;a transpiraçãoé copiosa eaugmenla

-

scparaa noite; o lialito é fétido , a diarrhea colicativa muito frequente :as matériasevacuadas são niucosidadc,algumasvezesemlongas strias;asourinas avermelhadas efétidas; umaconsiderável dyspnéaallligc odoente ;ospés e esmalleolos aprcsentäo

-

scedematosos

.

A percussão dá um som obscuro, n'aquellas partes onde a hepatísaçãotuberculosanão ten« passado portodos os pro

-cessosda desorganisação; dá umclaronoslugarescorrespondentesásca

-vernas; nolào

-

sealgumasvezesdepressão das costellas,e mudançaconside

-rávelnafôrmaexterior do thorax,que sevai achatando;os omoplatas se in

-clinàopara aparleanterior;as clavículas tornáo

-

seproeminentes eapre

-sentãogrande sulco entre ellas e as primeiras costellas

.

Pelaescutarão

.

observa

-

se queosopro respiratório éprofundoeemalgumas partes quasi nullo; noentretanto queem outras[»artes é perfeitamenteclaro;mascom

ocaracterbronchial cavernoso deLacnncc; ouve

-

se em muitos pontos o estertormucoso;seodoente tosse,temlugarogargarejo,eapcctoriquia éalgumas vezes distincta

.

Nasultimassemanasdavida aboca se cobrede aphlas, os olhosencovados se tornãoespantadiços,e em algunsdoentes odelírio sobrevém, cmoutrosas faculdadesintcllcctuaescabem emtorpor ebem depressa se manifestãoossymptomasgeraes da morte

.

A phlhisica se manifesta,comoacabamosdever, porumcomplexo de phenomenosmuidistinclos, quese vão tornando maissensíveis á pro

-porçãoqueo mal vaiinvadindo certos orgãos

,

que entrào na estructura do apparelhorespiratório

.

Nãonosparece fóra deprojmsilo oanalvsarmos essecomplexo, tratando de cada um phenomeno emparticular:segui

-remospoisestaidéa

.

A tosse

.

A tosse é emgeralo primeiro symptoma da alteraçãopulmonar,da luucçaodo apparelho respiratório

,

no

»

primeirosdiasé algumas

.

vezes

li

(10)

-gciraa ponto dclião

causar

suspeitas

,

vaiaugmentando

,

c

passado

algum tempo éacompanhada decatharroescunioso, no quai se notâo algumas

granulações

.

A tosse vai

crescendo

gradualmente c tornando

-

se teimosa

,

principalmentc depois deumaturadoexercíciodefallar

,

1er

,

ou marchar

,

&c

.

,

augmentacom os estragos, queo desenvolvimento tuberculosovai produzindo no pulmão

.

Qualseráacausa d’estephenomenomorbidó?Será devido áperversãodanutrição ,da circulação ,dasecreção

,

daenervarão? Poderíamos analysai* cada uma d’

essas

grandes funeçõesdaeconomia

animal; mas

nos

afastarí

amos

muito donossoproposito: por tanto estrei

-taremosas

nossas

investigações

.

A tosse dá cmresultadoumacxpectoraçào mais oumenosabundante, que nos parece serfornecida aprincipio pela mucosa

,

que forra aarvorebronchica : portanto nos parece que aalte

-raçãoéproduzidanasecreção

.

Logoque por umaperversãodc funeções, amucosa

,

que fórra asparedes doscanacsbronchicos desdeosmais no

-táveisaté as maispequenasvisiculas

,

secretatantamucosidade, que não pódc serexpcllida pela excitação natural dos mesmosbronchicos, cila se vai agglomerando nas visiculas c noscanacsadjacentes, c assim torna o ponto impermeável ao ar,e irrita as partes onde se demora produzindo a tosse: o sangue

venoso

nãorecebendo aacçào do ar n’esseponto vai

-

se também accumulando

,

e promovendo a congestão

,

que maisfacilmente se

eíTcctuará nospontos onde o pulmãonão se achava perfeitamente desen

-volvido , oujátinha algumapartemortificada,ponto ondeexistia ogermen tuberculoso,segundo a opiniãode algunsautores: dada acongestão, os vasoscapillarcssão fortementedestendidos pelo sangue n’elles retido

,

o qual emfimreílue paraas visiculasbronchicas c canacsadjacentes; d’aqui asemopthysis: póde o sangue arterial evenosocoagular

-

sesimplesmente em

nm

ponto ecomprimir os bronchicossem sederramarn’elles,d’aquia tossesccca , quedepois é acompanhada de tubérculos, queseformão pelo adianteem consequênciada perversão de algumas funeções. Póde a tosse principiar pelaperversãodacirculação do apparelho respiratório,oupela perversãodasecreçãobronchica

.

Origem c formaçãodos tubérculos.

AlgunspráticoscomoMortonpretendem, que a origem dos tubérculos existecm umadepravaçãodo sangue

,

outros pensãoque existenotecido cellular do pulmão , alguns querem

,

que exista nosvasoslymphaticos, outros emfimpretendem , que os tubérculos tem sua origem namucosa bronchial

.

As razões que os defensoresd’essasdifférentes opiniõesapre

-sentãosão mais ou menosvaliosas;mas não são tão claras, queterminem completamentca questão; oque sabemos aocerto

,

é queprecedeaode

-senvolvimentotuberculosoalgumasvezes umasimplesinflanunaçâoda

cosa

bronchial , outras

vezes umapneumonia aguda; cmalguns

casos

uma

(11)

-—

9

pneumonia chronica,cm outrosumacmopthysis

,

cmfim um calliarropul

-monar , um abscesso

,

&c

.

,

precedem muitasvezes, ou dctcrminao um desenvolvimentotuberculoso

.

Seráotubérculo

desenvolvido

de prclcmnia

nosystems lymphalico ou nosystema capillararterial c

venoso

Eoque nos parece dillicil de resolver; comtudo nos parece fóra de duvida que essesdois systemas de orgáos sãoosquefornecem amatéria primitivado tubérculo

.

Sãoestesosdois systemas de orgãos

,

queclaborâo

constantc

-menteosprincípios nutritivos,princí pios estesque devem

concorrer

para vivificaroorganismo ouque devemconcorrerpara formaruma substancia anómala, quedeveirritareperverterasfuncçOes domesmo organismo

.

O professorAmiraldiz,que sedeveexplicar odesenvolvimento tuberculosoe seo amollccimcnto por uma inllammaçãodotecido no seiodo qual se acliào depositados ostubérculos,inllammaçãoque conduza suppuração,cquetem poreflVitodefinitivo a eliminaçãoda materiatuberculosa

.

Lacnnecpensa, queotubérculoéconstituído por um tecido vivo,que possuo emsimesmo as causas das mudanças queexperimenta, cque amollccendo depois de ter sido duro, nãofaz mais doque submetter

-

seá lei da mortalidadeim

-postaá todo o vivente

.

O l)r

.

Kulmtendosubmettido á inspecção mi

-croscópica tubérculos aindaemseo primeiro periodoannunciouquetinha encontrado umatextura toda particular,ellestinhãoum aspecto mamello

-nado,segundoesseautor , e parcciãoconstituídos por uma agglomeraçào de corpúsculos irregulares amareilos, unidos entre si porfilamentos de umaextrema tenuidade, aque elle deo o nome de tecido luberoso, que tinha por base fios hyalinosmuito delicados de apparcneia gelatinosa, ramificadosou nnaslomosadosentresi ,contidos emuma espccic de en

-voltoriomuco

-

meinbranoso

.

Apenaslemosobservado os tubérculos aolhos mis : por issonão temosncnlmmarazãoparaapprovarou contrariar a opi

-niãodo 1)%Kulm

.

Atéondealcançouanossa vista observámosqueotubérculoéumcorpo defórma mameilonada,terminando cmuma extremidade por uma pequena hasteasinha ou afinadoparaasextremidades,constituído porduassubstan

-cias , umagelatinosac outra membranosa, que contema primeira,apre

-sentandooaspecto fusiforme,deque falíamos

.

Aque serádevida essa fórmaalongada dotubérculo ?

Nospontos pouco permeáveis ao ar asvisiculas e canaes bronchicos adjacentessão muito adelgaçados, e facilmente se obstróem de matéria tuberculosa aindapoucodesenvolvida,aqual élançada fó

ra

pelaexcitação natural, centãoéapenas uma substanciagranulosa quasi do volume de grãodemostardacom um pontoumpouco aniarclloescuroenvolvido cm

substancia transparentecôr de pérola;essa granulação vai crescendo c tomaumafórma«longada, pois já lorãoaspequenasvisiculas destruídas oucommunicadasumascom as outras, e os

canaes

bronchicos de um maior diâmetrofornecem a expectoração granulosae alongada, alguns

(12)

fragmentos

caseosos

vãoapparcccndo c uma

pequena

caverna

vai

-

se

r

-mando nolugardondesaliíràoasmassasgranulosasefragmentoscaseosos

.

\s visieulas c canaes bronchicos immediatos aclião

-

se obslruidos por um novosupplemento demateria tuberculosa , a qualsendo comprimida pela systole pulmonar élançadapelasextremidadesvisiculares parao loco tu

-berculoso

,

levando a tenuíssima membrana visicular

,

que lhe serve de envoltorio ;fica assim adhérenteá parede dacavernae engrossa a extre

-midade inferior; masnão a superior

,

queestá limitada ao pequeno diâ

-metrodocanal bronchico

.

Eis aquicomo pensamos que se deve explicar a formação dosproductostuberculososcseo aspectofusiforme

.

E

.

vpcclavarão do pus

.

Ordinariamente oscanaes bronchicos não se habiluão a essa funeção anormal de tuberculisarasmucosidadcs

,

suasparedes acostumadas

á

exci

-taçãodoar eapresença do sanguevenoso , que sederraman’essatenu ís

-simarede capillar

,

ondese effectua a cmathose

,

dando

-

sealem d’isto muitas outras perversõesfunccionacsnoapparelho da respiração,osmesmosbron

-chicos inllammão

-

se e alterãotambémos tecidosadjacentes, eem vezde excretarsimplices mucosidades,excreta pelassuas extremidades pus

,

pro

-vindoda inflammaçãoexistente notecido parenchymatoso, o qualpusse vai agglonierandonosantigosfócos tuberculosos

,

enas cavernas;d’ahi in

-fillra

-

seporoutroslobulos do pulmão ,ondesevão formandonovosfócos, epassadopoucotempo o pulmão estátodo viciado de pus tuberculoso

,

entãoareacçãoé geral, egeralaperversãode todasasfuneções

.

Dyspnea

.

Tendo

-

sea aflecçáo tuberculosapropagadoemquasi todo o pulmão

,

elle

(icacm todasessaspartes mais oumenosimpermeávelaoar:porissonão sóembaraçaarespiração , maslambem produzopeso e a dò

r

,que expe

-rimentão osphthisicos

.

O organismo esforça

-

se

pararestituir ao apparelho respiratórioseoestado primitivo; mas oarinspirado penetraapenas uma

parledopulmão;por isso as inspiraçõ

es

tornão

-

sccurtascfrequentestanto quanto maisobslruidosliçãooscanaes bronchicose cellulasacrcas

.

Quando adesorganisaçãoélenta, a dyspnéa épouconotável , e nãoseráestranho queodoente

,

apesardos grandesestragos tuberculosos

,

não tenha lido dyspnéa ,cspecialmentcsetem uma vida muitoregular efaz poucoexer

-«cicio

.

Muitas vezes adyspnéa

succ

édé aum ataquede cmoplhysis c se prolongapormuitotempo

.

Seráadyspnéa devidaá congestões sanguí

neas,

como

pensa James Clarck?Ou ápresença de grandesmassas tuberculosas filtradasdepus

, como

querLacnnec? Nosparecemaisrasoavcl aopinião d)praticofranccz;

a

dyspn

é

a

dos phthisicos

n

ã

o

se deve

confundir

com

(13)

11

aquclla que apparece cm algunscasosde emphysema pulmonar

,

c

coma

dyspnea tão frequente nos docnles astlimalicos.

A febre cthica

.

Chegando o sangue venoso ás ultimas ramificaçõesbronchicas , a tea capillar afim de receber aacção doar atmospiicrico nesses tenuissimos ramoscapillaries se põe emcontactocom o pustuberculoso, que tem in

-filtrado oparenchyma pulmonar

,

facilmente esse pus perverte nãosó a funeção da ematliose, maslambem vicia omesmosangue,oqual assim al

-terado irrita todo o systcmavascular; a respiração é imperfeita, aema

-tlioscalteradase fazcommorosidade em longosinlcrvallos quemarcão a iutermiltcnciada febre cthica :sco apparelho respiratório tem sidocom

-plctamente invadido, então aemathoseétambém completamente viciada;

osystcmavascular se resentetotalmenteca febreécontinua: liauma cs

-pccie de luta entreoorganismo c oelemento reparador,que viciadocomo seacha diOicilmente é assimilado, da perversão d estafuneçãoseguc

-

sca transpiraçãocopiosa de um fluido,quescachaigualmcntcalterado, c que produz umasensaçãoincommodana excreção

.

Magreza eincharão

.

Osangueem pequenaquantidade e viciado nãopódcreparar asperdus doorganismo, perdas tanto mais consideráveis, quanto mais exageradas

costuniãoserasexcreções de todos osorgãos, cspecialmente a excreção

broncliica ,quecrescecom oprogresso da consumiçãopulmonar

,

a qual consumição seatôa aosoutros orgàos, quejáliamuito resentidosnão erâo reanimados e facilmentecnlrão noprocessoda désorganisât;ào; por fim o

sangue nãoeliega ásextremidades,os mallcoloseospésvão

-

se tornando edematosos; este symptoma éindicio da proximidade da morte

.

Aede

-macia não selimitasóaospés, e algumas vezes apparccenas

m

ãos e no rosto

.

Aphtas e rouquidão

.

Nosúltimos dias quando a consumiçãotuberculosatemestragadotod( pulmão

,

as substancias cxpcctoradas estão de tal sorte corrompidas,que nãopodemserimpunemente retidasna boca,aient dequea irritação bron

-chicascestende e propagaatéaboca: por issonãoéraro o

ver

rebentar muitas apldas nos phtliisicos

,

que seachão naultima

semana

da vida

.

Os

m

úsculoslaringia.nosenfraquecem

-

se

e diflicilmentc

seprestãoaoexercício dafalia

.

Em geraltodos osphtliisicoslornão

-

se quasi impercepliveisnos

últimos diasduvida

.

(14)

Expiração fétida

.

0

ar

inspiradopenetra até asultimascellulas

acreas

c

occupa as<

a

-cuias paredesestão ulceradas c cm decomposição

constante,

eere

-lido ahi poralgum tempo, até que uma

nova

inspiração venhasubstituir esse

ar

jásaturadodaexhalação dasmatérias

tuberculosas

cpurulentas

.

Substancia

caseosa

.

Algunspráticos pensão que sãofragmentos detubérculos fundidos; mas

como essas substancias

caseosas apparcccm

noprimeiro

per

íodo daplitlii

sica,

s pensamos que são

pequenos

fragmentos do parenchymapulmonar adjacenteaos

canaes

bronchicòs compromettidos nadecomposição culce

-ração, que se vaidiluindo e convertendo em pus

.

Diarrhea colicatica

.

Km geralnosprimeiros periodos da pblliisica asfuneçõesdigestivas se fazemcomalguma regularidade

,

masnão assim noultimoperiodo :porque amucosagastro

-

intestinalrcsentc

-

scdas alteraçõesdo pulmão : o fastioé extremo,eo doentechegaa um estadodefraqueza tal, que nãotem forças bastantesparaexpcllir as postas purulentas arrancadasdas cavernas e ra

-mificaçõesbronchicas : ellas sãoengulidaspelo doente, que aslança em continuadas dejecções; até que o f

ó

copurulento seesgote: hauma pe

-quena inlermiltencia

na

diarrhéacolicativa, repete

-

se de novo commais frequência, ultimamcnteécontinuac espontânea: as ourinassão em pe

-quenaporção;porqueatranspiraçãocopiosadesviaesseliquido, cilas são avermelhadas de um cheiro activoeextremamente incommodo.

vernas

Do delirio

.

No ultimo periodo da consumiçãopulmonar osorgàos

fundamenlaes

da vida achão

-

sclesados, suasfuneções pervertidas, e uma desordem geral annuncia a proximidade da morte,o organismo tem sidointeiramentedes

-conjuntado, as faculdades intellectuaes n’estaterrívelenfermidade são as ultimasforças que abandonàoodoente , que apenas conserva uma sombra pavorosadoquefoi, então

[se

trava

uma

horrorosa luta nas bordasdo tu

-mulo: aintelligencia, que tantas vezes tinha

-

se mostrado sobranceira ás revoluções doorganismo, não se pódc manter firme cm seos domínios, após umavertigemdolorosa o doente se envolve em

aparta para

sempre

d’estemundo. uma nuvem

,

(15)

13

CAUSAS EFFICIENT!

«

DA PHTIIIS1CA

TUBERCULOSA

.

Muito sc temditoaesterespeito,enósapenas repetiremosuma crença universal:a plithisica ehereditaria ou adquirida.Os pais legão aosfilhos uma constituiçãotuberculosa : tem

-

se vistofamíliasinteirassuccumbireni á consumiçãopulmonar; algumas vezes só parlilhão destemal osfilhos que nascerãodepoisqueos pais enlisicá rào

.

Um pouco nosafastamos da crençauniversal; porque não acreditamosque necessariamente soílra de tubérculos o filho de paisplithisicos, pelo contrario acreditamosque se for subtrahidoaoshábitos antigos deseospais ,ofilho poderáganharuma nova constituição,e assim isentar

-

scdomáu fadodospais

.

Nãoterminaremos este artigosem lembraralgumascautelas, que se devem tomarparaevitar afunesta herançadospais tuberculosos.

I

.

"O aleitamento deve ser feitoporumamulher muitosadia, robusta,cdeuni temperamentodiverso do damài

.

2

.

*O filho deveser submettidoa uma atmospbera dilferente d aquella em que vivemos pais

.

3

.

*Os alimentos devemsernutrientes e lonicos

.

'

i

.

*O filho deveestar sempre emconti

-nuadoexercício

.

5

.

*Finalmentedeve viajar

.

Comestasprovidencias se evitaráqueofilho succombacomo ospaisáconsumiçãotuberculosa

.

DASCAUSASACCIDENTALS DA PIIT1IISICA TUBERCULOSA

.

Muitas causas podemoccasional* a plithisicanaquellesindivíduos que

paracila não tinliào predisposição

.

O aleitamento viciado, o ar impuro,

arepentina mudançaatmospherica,a vida enclausurada,certasprofissões,

oabuso de alimentos e bebidas , osvestidos incommodos,acopulaçào ex

-cessiva,oonanismo, aspaixões deprimentes

.

( )aleitamentoviciado

.

O leite daamatuberculosa não é reparador,a criança torna

-

sepallida, suascarnesamollcccm,seos membrosdefinhão,a barriga seentumece,as dejccçõoslornão

-

se frequentese fétidas, termina emfim pela morte

.

I impure:adoaraímosp/irrico, r a repentinamudança detemperatura

.

Ospráticos consideràocomouma das principaescausas da phthisieaa impureza doarrespirado;comclfeilonasgrandescidades, onde os odi

-licie

.s s

ãodeumaextraordinária altura, oarnão pódecçrrer livremente,c

(16)

:

sendo

Oap

-(ípeiocontrariodecompostocalterado

com

mil combinai,

parelhorespiralarioviolenlamcntc irritado

,

algumas vezes por princípios estranhos ao ar, e outras

vezes

sendo excitado por uma colunma de ar muito pobre deoxigeneo

,

uaturalmculc deve sollrer algumas alterações nocivas,

que

mais tarde podemdar cm resultado um desenvolvimentotu

-berculoso

.

O professor Amiral dizque aplithisica é menosfrequente nos paizesfrios:caleula

-

se ,diz elle,que

na

capital da Suécia em1,000mortos siloapenas 03 phthisicos , no entanto que em Londres em 1,000mortos conta

-

se comotermo medio23G phthisicos.

Nas regiõestemperadas da Europacomprcliendidasentreos 50 c

45

gráus de latitude norte,aphthisicaé mais frequente doquealem de 50grá us.Em todaa Allemanha

,

especialmenteem Berlim

,

Mimike Vienna , aphthisica assalta a mais indivíduos do que emS

.

Pctcrsburgo c Stockholmo. Em Londres cemParizella é maisfrc|(ucnte;assim,em quantoem \iennae

emMimik ella produzacercadeumundécimo ou um decimo dos mortose em Berlimumdecimo quinto

,

cm Londresella produz mais deumquinto dos mortos, assim como também em Pariz

.

Nas partes meridionacs da Europa de

li

5 grá

us

a 35 de latitude norte a phthisica pulmonar é uma moléstiacommurn;ha lugares ondea phthisica é mais frequente doque ao norte, emMarseille produz um quarto dos mortos, emGenova um sexto, em Nápoles um oitavo. Em Borna pelo contrario situada quasi que na mesmalatitude que Nápoles, mas que apresenta outras condiçõestopo

-graphicas, dá um resultado ditrerente, umvigésimo dosmortos

.

Destas observações feitas pelo professor Andral podemos concluir que aphthisica ë mais frequente nas cidades populosas onde ha muita actividadc c in

-dustria;poisnãosóo

ar

é decomposto pela respiraçãode milhares de indi

-víduos, mastambémpelas immcnsasfabricas emanufacturas

.

O professor Andral dizquenãoé a temperaturabaixa oualtaquepromove a phthisica, massim amudançarepentina do calorparao frio,e vice

-

versa

.

Qualserá a causa daphthisicatãofrequente no Bio de Janeiro? Os práticos antigos nosasseverão que esta moléstia cmoutrotemponãoera tãocommurn:o nosso illustradoprofessor dc pathologia interna,o Sr. Dr

.

J

.

J

.

da Silva,

nos asseverouissomesmo

,

e alem de outrasmuitasobservaçõesquenos fez

,

notou a diflerença que havia nasconslrucçòesde hoje

,

osembaraços quecautelosamente se costumapôr hojeálivre corrente do

ar

; assimos envidraçamenlos, os fó

rros ,

as pinturas, &c.

,

são algumasdasmuitas

causas

da phthisica entre nós

.

O Bio dcJaneiroacha

-

sc collocado posição tal

,

quenosparecedeveserconsideradocomouma cidademuito sadia

,

suaposição lopographica é excellente; collocada

oes

emuma em um espaçoso valic

,

ellaórefrescada

constantemente

pelonordestee pelo terral;achâo

-

se

cm grande parte aterrados os lugares paludososque lição ao oeste, o vento que

vem

do

mar

éfresco c puro

,

algumasemanaçõespaludosas são desvanecidaspela viraçãoquasi

constante

.

As aguaspotáveis

s

ã

o

muilim

(17)

-—

15

immcuso leito

montanhoso

formado

formados cm

pulas c

puras

, sàoconduzidas por um

Je

seixos c granito:por issosào muitobatidas c

ventiladas

.

Osbosques,que bordãoacidade do Rio deJaneiro

,

sao

geral dc

arvores

fruetiferas, comosào as mangueiras, laraiigeiras, os<<

*

-jueiros,as bananeiras, palmeiras, &c

.

, arvoresestas muitoprópriaspara purificarem oar;osanimacsempregados nos trabalhos domésticos cruraes sào osbois, oscavallos , asbestas,&c.,animaes muitoloriesepoueo su

-jeitos ámoléstias; o mercado é abastecido de carnes Irestasem geral muito sadias,opeixeé emgrandequantidade, ashortaliças , oslegumes eas Cructas sãomuifrescas, cmgrandeahundancia,cpropriasparaaes

-tarão

.

A vista do que acabamos dcobservar

,

comrazão dissemos queaci

-cadc do Rio de Janeirodevesermuito saudavel. Como explicaremos pois a frequência dcuma moléstiatãoperigosacomoa phlhisica no Rio de Ja

-neiro ?ConcordamoscomoillustreprofessorfiancezMr.Amiral, quenão éas mudanças da temperatura atinosplierica uma das priiicipaescausas da plithisica : osindivíduosque rcsenlcin

-

sc(fessasmudanças já seachào

mais oumenos affect ados do mal

.

Procuremos acausa(fessaenfermidade

,

tào frequente no Rio de Janeiro

,

cm outra parte

.

Em algunsdias dos niezesdeverão no RiodeJaneiro o ar é abafado, quente c impuro, es

-pccialmcntcnas principacsruasdaeidade; porque ahi se aelia reunido umgrandenumerode indivíduos; porque em uma só rua, equasi que emum só lugar,se reúnem todasas casas publicasdocommercio,c então naoadmira queotliermonielro marque 80 a85graus, equeos indivíduos que passàotodoodiaenvoltoscmumaalmosphcratãoabafada,tào quente cimpura, soflrão do apparelho respiratório

.

O Rio de Janeiro mantém re

-laçõescommerciaescomquasi todas asnações domundo, espccialmenlc com as daEuropa; sua populaçãoparticipa de seoshábitos e scos

lumes, cigualmentedesuas moléstias

.

As vestimentas dos Europeos pro

-prias paraaquecerocorpo, devião ser proscriptas pelos habitâ

mes

do Rio de Janeiro,que estãosujeitosaumaatmospherainteiramenteopposta. Os vestidos muito justos aocorposegundo o costume dos Europeosó uma dascausasda phlhisicanoRio dc Janeiro

.

Oabusodochá , os repetidos saráos comprejuízodosomnoe repouso, sãooutras tantascausasda phlhisica

.

Nào são estas ascausas fundamentaesda phlhisica no Riode Janeiro; anosso vercilas

concorrem

dealgumasorte;mas sua influencia nãoétào perigosa

-

,

que não possa ser facilmenteprevenida c modificada. A causa fundamentalda phlhisicanoRio deJaneiro, é, segundoanossa humilde opinião, a immoralidadc e a corrupçãodoscostumes

,

paixões desordenadas

.

Nos parecephilosopbicocmaisracionalexplicara frequência da nliihi

-sican o R i o dcJaneiropelosvicios sociaes

,

do que pelos inconvenientes

d

°

lugare doclima

,

que éhello ,

ameno

e

fecundo

.

Era preciso muito

,

era

precisoestampar

na

nossa

these os

vicios

dcuma

cidade

COS

-OS

excessos

e as

(18)

a

causa

de uma moléstiaicnivel

,

que faz

: isto

nos

daria muito|>

csar

; basta que conhe

çamos esse

abonoda

verdade

nos

parece

maisdevido

aos

Estrangeiros nos trazem as

suas mercadorias

c quenos todas as

nossas

forças afimde podermosexplicar

tantos estragosi

defeito (que em

detilodifferentesnações

,

que

inoculüoosseosv ícios

)

c que

empreguemos

evitar quanto forpossível essecontagiomoral, que lavra por todas as classes dasociedade. A julgarmos peloconhecimento quetemosdatopo

-graphia do lugar,das aguas,dos ventos,da Mora,cdazoologia,dirianms

que ohomemnatural do Rio de Janeiro deviaserbemapessoado

,

lorle c vigoroso, c de muita intclligcncia; infeliznientc as condiçocs sociaos o

temlançadopara muito longe do lugarque

a

natureza lhe destinou entre os maisserescreados

.

DOMETHODO MAIS

PROVEITOSO DE

CURAR A

PHTIILSICA

.

( I

Ühomem acha

-

semergulhado n’este immenso mar almospherico, que em ondaseleva

-

sesobresua cabeça

,

comoaquelles viventesquehabilào asprofundidades do

oceano

.

Ohabito de respirar oar purofazesquecer aohomem aimportância d’esseelemento eminentemente vital

.

Saberia bem aprecial

-

o aqucllcque tivesse soilVido os tormentos da aspliyxia : esse ele

-mento,assimcomoéessencial alodosos viventes, assim comoéa fonte davida, assim como refresca c vivifica pcrennementc oorganismo; assim tambémémuitasvezes ovehiculo, que conduz ao centro do organismo princípios de destruição

.

Oapparelho

,

queestá emconstante relaçãocom asforçasdanatureza, está por isso mesmo mais exposto a alterar suas funeções por um excessoproduzido emsi, ou emoutroorgão que reflua sobre elle

.

Pensamos como Lacnncc , que o apparelho respiratório está mais quenenhumoutro sujeito aseralterado

.

Comoexplicaremosumaal

-teração,que principiandonoapparelho respiratório propaga

-

serapidamente atodoocorpo, «piando todas as funeçõesorganicassecxcrcião regular

-mente ? Sem duvida, algumaforçaexistentenanaturezaactuoufortemente sobre o apparelho respiratório

.

Se algumas forças deletcrias podem ser inspiradas,c modificar gravemente oapparelho da respiração pervertendo suasfuneções , também algumas forças medicamentosaspoderáò serinspi

-radas,c modificaroapparelho da respiraçãoc

suas

funeçõ

es

, deum modo salutarcreparador

.

Todasasmoléstias queaflectãoasfuneções,callerão osorgà

os

do apparelho respiratório devem principalmentc ser combatidas

com

forças medicamentosasinspiradas

,

c talvez outras muitas moléstias

I; Pensam»«

.

que nâo «5«Irsarcrloodarmosumnomeaomclliodo , quevamosindicar*a

-

wim

(19)

possfioainda ser

combalidas com van

lagern

,

seguindo

-

se

o

methodo Ins

-piratorio

.

Nilo sc pode negar que atécertoponto liamuita semelhança

entre asfuneções dosdois appareilles,digestivocrespiratório

.

Assimcomo

o appareilledigestivoelabora oselementos, que mais tardesãoassimilados aoorganismo; assim lambem o appareille respiratório elaboraprincípios quesãoidentificados aomesmo organismo

.

O apparellio respiratóriore

-clamaconstantemente danatureza o ar respirável

,

que é scoalimento

,

assim como o apparellio digestivoreclama assubstanciasalimentares. No homemsão,seassubstancias alimentaresingeridasnoapparellio di

-gestivo

n

ão se achão em bom estado, seestãoemfermentação pútrida, se contem algum principio toxicoou medicamentoso , logo as parlesorgâ

-nicasque se acliào cm contacto resentem

-

sc da acção nociva de tacs substancias, ccsforção

-

sc emrepellir esses elementos nocivosaoorga

-nismo : mas essaforca repcllentcnãò é sufliciertc paraexonerar o orga

-nismod’essassubstancias,ellas são maisou menosabsorvidas

,

são quiliíi

-cadas eultimamente lançadasnatorrente arterial, e cm vezdelubrificar e vivificar os orgãoscomo principio reparador, irritão

os, inllammão

-

os, eosdestroem : porque sãocontrarias áorganisação

.

Semelliantcmcnteo apparellio respiratóriorecebe pela inspiraçãoumaquantidade dear , oqual contemquasi sempre em decomposição substancias animaes

,

vcgetaes e mineraes,quesão rcpcllidas pela força instinrtiva do olfacto; mas essa força repellente não ébastante para eliminarabsolutamente todas essas substanciasnocivas,ellas penctrão até as ultimas ramificaçõesbronclliças,

enhiem

contacto

comas paredes visicularesdo pulmão,são maisonmenos

absorvidas, cexercem sua acção nociva sobre o organismo em umponto muitodelicado : as fézesdessassubstanciassãoeliminadas

,

á semelhança doapparellio digestivo, pela mucosa bronchica; mas sua parte essencial éidentificada cprincipia a actuar sobreoorganismo

.

A que sãodevidas asfebres intermittentes, as febres perniciosas tãofrequentes entre nós?? Dizem todos ospráticos:ásemanaçõespaludosas, que vidão ein grande extensão oaratinospherico

.

Qual a funeção , que primeiro põe todo o organismo animal sob ainfluencianociva(fessa atmosphera paludosa ? Sem

duvidaarespiração;pois oapparellio respiratório é o primeiro aser af

-fcctadodo mal

.

Scoapparellio respiratórioctão susccptivelásinfluencias maléficas

,

porque nãoser

á

tambémás forças medicamentosas? Se noap

-parelho respiratório sc effectua tãoviolenta epromptamenteumaperversão total

na

circulaçã

o

, porque não obrará»sobre elle asforças medicamen

-tosas ,

produzindo

ou suscitando uma

reac

çãosalutar ?

Seo

ar

é tão faeilvehiculo de substancias toxicas

, porque

não será lambem vehiculodesubstancias medicamentosas ?

Nos

casos,

em quealgumasmoléstiasresistem a todos os tratamentos,

ecedemporfunsimplesmente

á

mudanças de

ares

; a que

ser

á

devida

essa

reac

çãosalutar ?Sem

duvida

ao

apparelliorespiratório

.

(20)

ruraliro racional?'

O

que

ser

á necess

ário

para principiarmos um

Mobasta indagar, oconheceracausa occasionalda moléstia,oremovel

-

a; elíeilocilacontinuaaactual*sobreoorganismo.Ouando omal se tem

secom

propagado,elle continua

mesmo

depois deremovidaacausa

.

Devemos exa

-minar

quaes

são as funcçò

es

organicasalteradas. Dequemodoprincipiarão aser; porqueassim chegaremos aoprincipiodalòaurdida contra avida

.

<

'

Julies

asconsiderações,

que

devemos1

er

/arsenics quandotivermos

deprincipiarocurativo?

Anatureza está em uma constante reparaçãodo organismo, n’essespro

-cessos constantes de eliminação eassimilação desubstancias levadas ao centrodo organismo

,

é suspensa ou modificada uma funeção organiea, issonão importa umalesão scnsivel no organismo : mas a reaoção vem logo, c o vicio é eliminado do organismo, não acontece issosempre,

outrasvezes a naturezaorganiea emprega todos osesforços , asmodifi

-caçõesrcpclcm

-

sc

,

as reacçòes se succedem umas ás outras, e porfim d’esses excessos um orgào principia a detcriorar

-

sc , omesmo onde se passãoessestrabalhos, ou umcomo qual esse estámaisem relação, ou

antescomaquelle, que por seo tecido está maiscmrelaçãocom o tecido afleclado;osembaraçosproseguem, o malcontinua a ostentar

-

seem outro orgão:porque acausaefficiente ou o principio da moléstia existe

.

Ü que devemos pois ter em vista? A primeira funeção alterada, e o modocomo foi,paraempregarnossosesforçospara rcstabelecel

-

a; porque assim te

-remos feito cessarsuas consequências

.

Reacçâo salutar

.

K mais convenienteaomedico oconhecer bem a reacçâo, doque tragos da moléstia

.

I

ma

substancia nociva ao organismo produz sobreelle uma acçãoorganieamuitasvezesscnsivel, e depois deserassimilada uma acçàodynamica, emíim adcsorganisaçâo ouperversão organiea

.

O orga

-nismo por suapartereagelogo na primeira impressão , reage na assimi

-la çãodynamica,éessaareacçâo salutar,quecumpre aomedico conhecer bem,para a animar e sustentar por meio de algummedicamento

,

enãoa confundir como elementomorbido , que a vá combater

.

Com essa

reac

çâo salutar o organismoesforç

a

-

sc para cxpcllir de sio

elemento

morbido,

que será eliminadocmfim seoorganismoestiver em boas circunstancias

.

Tino medico,eliminação mórbida

.

Duranteessa luta entreo elemento morbido eforç

as

vilães

,

as

reac

çòes

(21)

-—

10

sucrcdcm

-

scunias«isouïras,eoorganismo vaiganhandocreparando suas

forças, ou perdendo cdcslruindo

-

sc

.

Km um caso dado nemlodos os

orgãos são capazes ou propriosparaeliminar o elementomorbido

.

o que

faráomedico?Kscolherá oorgãoouapparelho,que mais esforçoslaz

.

que

maisreage, «jne porsuaeslruelura c suasfunrçõosseacha em melhor

circunstancia de cxpellir oelementomorhido, e purificar oorganismo

.

Para isso é preciso umconhecimento daacçàoespecial do medicamento,

que actua de preferencia mais sobre um orgáo , que sobre

.

outro , que

contecomacçàoorganica, com a assimilação , que não se laz desaper

-cebidaparaoorganismo, que conte cinfim com sua acçào vital tão pre

-conisada por certos autores (aponto de a confundirem com a rcacçào

organica),phenoroeno esse devido á força medica triz danatureza. Pen

-samos,queo praticoatilado aproveitaráa rcacçào salutar,e ajudaráhem a natureza mcdicatrizescolhendo de preferencia um orgão

.

no qual mais

facilmente se dè essarcacçào, que mais propria seja para eliminar o

principio morhido , e escolherá uni medicamento, que actue com es

-pecialidade sobre talorgão

.

Comolevaremosa forramedicamentosa à economiaanimal'

.

'

Emdiluição ,em pilulasoucmpósingeridos noestomago,empomadas,

loções feitas sobre otecido tcguincntario, eeminspirações gazosas, cm

vapores,& c. ,

Assubstanciasmedicamentosasingeridasnoapparelho digestivo d pois

dcproduzir sua acçào mcchanica clocal passa a ser absorvida

.

elabo

-rada ,cporfim assimilada , então produzsuaacçàovital deaccordocoma

rcacçàoorganica

.

Os medicamentos applicadossobre ostecidos tegumen

-tariossão igualmcnte absorvidoscm pequena quantidadee obrão lenta

-mento

.

Osmedicamentos inspiradosemgazes ou vapores são introduzidos

logonaeconomiaanimal; porque sendo levados ásccllulas acreas pul

-monaresasmaispequenas visiculas,aili empresença dosangue siãoda hematose nãopodem deixardesermisturados com elle, e primi

-piardesde logoa obrar sobre o organismo

.

Com razão todosospráticos

temdirigidosuasvistaspara o systemnvascular,quandose trata decom

-bater uma enfermidade,éosangueoelementoreparadordas forças vilães

é elletambémque muitas vezes contem cmsielementosdedesordem que

erobaração as funeçõesvitaes

,

é o sangue qnc deveser diminuído *

se

-gundooillustre pratico froncez Mr.Broussais, que em vez

de reparar is

forças vitaes, elleasperturba,éosanguequedeveser modificado

-

*di’mi

-imindo

-

sc

-

lbe alguns princípiosImmoraes, segundo oshumoristas nnlim todosdirigemsuasvistasparaosysleniavascular

.

Sc quizermosmodificar

osangueem algumdeseosprincípiosimmédiates , se quizermosassimilar

promptamenteao sangue uma substancia

medicamentosa ,

o

faremos imnie

(22)

-dialameniepeloapparelhorespiratório

, servindo

-

nos do ar on de para sco veliieulo

.

Tratando espccialmenlc da lltcrapeutica do pulmào , nào conhecemos

nenhum mcthodomais racional , do que

o

inspiratorio

.

Nos

parece

dc

summaimportância para a c u r a , levar o medicamento ao orgâolesado;

porqueelle reage constanlemenle

,

e as forças medicamentosaspodem aiii

maisfacilmenteauxiliar areacçào, alem deser favoravelaacção mecha

-nica

.

Se apalhologiapulmonar temsidohem

estudada

,

sesãohem conhe

-cidasasmoléstias do pulmão;seosbrilhantes tratadosescriptosporBayle

,

Buis

,

Lacnnec ,tem lançado muitaluz sobreas alfeccõespulmonares;seé

facil hoje diagnosticarumamoléstia pulmonar, nào acontece o

respeito da therapeutical

n

’essaparlereinaaindamuitaobscuridade, bai

-lando das medicações do’apparellio respiratório

,

dizRostan: eu conheço

poucos medicamentos,que obrem direclamcute sobreoapparelho respira

-tóriocsobreosactos d este apparelho

.

Nãoésenãosccundariamcntc, que a iuíluencia decertosmeiosseexerce sobrelaesorgâos

.

Assim ostonicos toruão osmovimentos respiratórios mais fortes

,

mais energicos; os exci

-tantescosdiflfusivos os tornâomaisrápidos

,

ao mesmo tempoa hematose

émaisou menosperfeita

,

a respiração e pespiração pulmonar maisou

menosabundantes, a expectoracão mais ou menosfacil, & c

.

; mas em

todososagentesnão haum,que obre especialmente sobreopulmào,e sobre

a respiração

.

Mesmo asangria,que rouba o sangue rapidamenteaopulmão

nàopoderá serconsideradacomomeiodireclo, pois nào obra senão por

intermédio da circulação

.

Resta|>oisas inspirações dosvapores ou doar

dotado dc certas propriedades: mas a iu íluencia d’esseagente,que nós

presumimosdeverserpoderoso

,

nãoé quasi empregado cmmedicina,e a

escolha quealgumasvezes setemfeito dos lugares,e climasnasmoléstias

chronicas,émaisummeio hygienico, doque tberapeutico

.

Assim clara

-menteRostan reconhece a ignorânciada lherapeutica pulmonar

.

Seosprá

-ticos tem tirado tanto proveito de certas condiçõesbygienicas, que dizem

respeitoaoclima eaoar; porque

n

àoaproveitarão essaindicaçãoda natu

-reza? Porquenàoactivaremos

essas

forças medicamentosas d o a r? Espe

-cialmentenasmoléstias do apparelho respiratórioas inspiraçõesdoar

dicamentosooude gazes, evapores tem sidoensaiadas com muito proveito,

sojào novamente experimentadas outras substancias, e algumas luzes se

derramaráõ na lherapeutica pulmonar

.

Nbcorpohumanose exercem1resactosfundamenlaes, acirculaçãoca

-pillar,a nutrição,e a secreção,estestrèsactossão dominadospela

vaçào

.

A alteração da circulaçãoproduza byperaemia e anaemia,as al

-terações danutriçãoproduzem hypcrtropbia, e atrophia, a alteraçãodas secreçõesproduclosaiiormaesnasuperficieou nointeriordos tecidos

,

íim as alteraçõesdaenervarãoproduzem acoma ou odelirio, tal é a di

-visão , queo illustreprofessorfrancez Mr

.

Amiral fazem sua anatomia

mesmoa

1110

-encr

-em pa

(23)

-—

21

thologtcadas

altera

çõ

es

organicas; cila

nos parece natural c

verdadeira

; porque se analysarmos os differentesgratisdemua moléstia,

e

a

success

«*»

de plienomenos morbidos

,

especialincute ii’aquclla em

que

se

conhece

claramente que uniprincipiomorbilicotem invadido oorganismo

,

obser

-varemos que ossyslemasvãoexperimentando a acçãonociva , e vâo rea

-gindosucccssivainente; o principio deletério vai

atravessando

os

nossos

tecidos e as roaoçòosvào

-

senotando

.

Ossymptoinas

nervosos

,

ostremores

,

resfriamentosdo corpo , cephalalgia

,

delirios,vertigens,dor

-mências,movimentosconvulsivos , &c

.

; oque prova , queoagenteinor

-bido jáloi absorvido

,

e queosystema nervoso se resenliod'elle

,

depois

deumpequeno espaçodetempo

necess

árioparaaelaboração seguc

-

scuma

nova ordem de symptoinas, alteração do pulso

,

o calor da pelle,

outro systema foiinvadido

,

o systema vascular

,

o agente continua sua marchaemais facilmente; porque atorrente sanguínea oleva atodas as partes do organismo

;

uma sede intonsa, um calor interno, dores agudas pelo ventre,o apparelhogastro

-

intestinal foi atacado: ourinas vermelhas equentes,o apparelho secretor

e

excrelordaourina:aanciedade, o ap

-parelhorespiratório:sobresaltos econlorsões

,

o systema muscular :cinfim a comaou o dclirio

,

o agente morhido teminvadido o centronervoso

.

Muitasvozesessessymptoinasse succcdenicomtanta rapidez

,

quesc con

-fundem, mas cm muitoscasos pode o pratico seguir todosos graus da entoxicação

.

Nenhum d’estes syslemas 6impressionado

,

que

n

ãoreaja,

que nãose esforcepara repeliiroagentemorhido

.

Umaquarta phase co

-meça, semanifestaporsuores abundantes ou porvomilos, asfézescou

-rinas sedimentosas, apelle se torna amarella, umaerupção de pethechias

oudepústulas miliares

,

inflammaçòesexteriores

,

chegão os infartes das glandulasinguinaeseparotidas

.

Tudonos

attesta

, queeste periodo é o dos esforçoseliminatórios, queencaminhãooprincipio toxicopara osgrandes emunctoriosdaeconomia,a pelle,oapparelho respiratório,ogastro

-

intes

-tinalc viasourinarias

.

IVwleacontecer, que o elemento toxico absorvido modifiqueosangue ouse combine com elle

,

eentão ternosumapertur

-baçãono sangue,umahyperacmiaouanaemia: se selimitaánutrição temos hypcrlrophias ou atrophias: seo systema lunphatieoreceive a maior força do principio toxicoapparccem os tubérculos eosproductos

anormaes

,se emlim chegar aosystemanervoso matiifesta

-

se acoma eodeli rio

.

( )pul

-m

ãoéconstituído portodos

esses

diUcrcntessyslemas, de que acabá mos de fallar:

a

substanciaparenchymatös

«

, os

vasos

lymphaticos,

arteriacs

,

os nervos , constituem este» orgào important íssimo

.

exercem

funeçõ

es

muiimportantes cvariadas,as

substancias

medicamen

-tosas podem teruma acçã

o

direelaesalutar sobre elle.

Mascagni, illustrecsabioanatómico,depoisde1erencanecidonas

ana

-lyst'sdo corpohumano, tendo meditado por espaçode muitos «unos. disse:«Sclia algumasubstancia capazdecombaterosprogressos da phtlii

-laes como

nm

venososc n olle se

(24)

sica tuberculosa, essa deve ser tirada d’aqucllas que podem ser

-radas

.

•Comctlcitotcnlião ostubcreulossuaséde nas paredesformadas pelamembrana mucosa, e porissopareça á algunspráticossor ereção damucosa, tenliào sua sédenotecido pareneliymatoso dopulmão,

eporissoparaoutros1eraliisuaorigem, tcnlião suasèdo notecidovas

-vular,cpara outrosser vascular,ou tcnlião einíim nosystema lympha

-tico,como quer queseja , nosparecequemuitoconvém restabeleceressas funeçòcspervertidas,cisto maisracionalmentc se eflectuará levando as substanciasmedicamentosassobre essesorgãos, cujasfuneçõesforáoper

-vertidas

.

Alguns ensaios se tem feito,eadarmos credito áalgunsescriplores , os scos resultadossão muitoparaanimar

.

Ailibcrtprescreveo áalgunsphtlii

sicos fumigaçõesde ethercicutado,cdiz ter tirado vantagem d’estaappli

-cação(l)

.

Baylc ordenou aos seos doentes inspiraçõesdecldoro(2).Can

-nai

tambémprescreveo o chloro

.

Beddocs fezcm Londres experiências com o gaz hydrogcnco carborctado(3)

.

Crichton experimentouo vapor de alcatrão(ft)

.

Pagenstcclier empregou também com proveito as fumi

-gaçõesde alcatrão

.

Wall vio em lierlim de 5ftphlhisicos*2Gmelhorarem

consideravelmentecom a fumigaçãode alcatrão, Gcurarem

-

se, e*22 se

-guirem o desenvolvimento da moléstia

.

Oruveillier prescreveo aos seos phthisicos fumo de bclladona (5)

.

Gruber aconselha vapores siilplm

-rosos(G)

.

Becenlemcnte o Dr

.

Lallcmnan tem apregoadoasvantagensdas ins

-piraçõessulphurosas

.

Reichcnbach aconselhou asinspiraçõesdo alcatrão , juntandoalgumas pílulasde creozote

.

Carloni tambémpréconisa ocreo

-zote(7)

.

Rampoldrcctilicaa sua utilidade (8)

.

A vista detodasestasgrandesautoridades

-

creioque nãosedevejulgar de leve a respeito da utilidade,c importância das inspiraçõesno trata

-mentoda phthisicatuberculosa,c talvezde outras muitas moléstias,que apparccem no pulmão

.

Muitassubstancias existem, que podem serfacil

-mente experimentadas,cnãoduvido que sejào de muita utilidade

.

Para sera phthisica tratada couvenientemeuteé necessário muita vigi

-lância, é necessário que o medico não confie em um restabelecimento lacileprompte , cilaéinsidiosa,c o medicodeveestarsempreem guarda

.

Estamoscm duvida sobreoqueéde maisutilidadeaodoentephthisieo

.

umaex

-Dior

.

de Mcd

.

eCir

.

,lomo3

.

°, pag

.

282. 2 Revista Mcd

.

dc1829

.

tumo %

.

•» 3) Hire,dasSr

.

Mcd

.

,tumo42,pag

.

132

.

(4) Dice,de Mcd

.

eCir

.

Pr»t„tomo 9

.

*,pag 231

.

'3) Dice,deMcd

.

eCir

.

Prat

.

,tomo13, pag«2

.

.

'(ï Ga*

.

Mcd

.

dc Janeiro dc1832

.

7) C,ar

.

Mcd

.

dcJaneiro dc1833

.

'8) Gai

.

Med

.

dc 1827

.

(i)

(25)

23

se ummedicamentoproprio , ouse umadicta reparadora, juntaaoexer

-cício moderado

.

O grande llyppocralis curava os plniiisicos coin fumi

-gaçõesde substancias resinosas, com algumas dosesde clcbore

-

uegro

.

prescrevendo

-

lhes a dieta maissucculentapossível;mandava

-

lhesdar mel

.

leite, vinho vigoroso ehom pão, ordenava

-

lhesque nos primeiros dias fizessemvinteestádios demarcha,c fossem augnienlatidoprogress’

!va*neute esteexercido

.

Danossapartejulgamos,que omctliododccurar os plilliisicos do illustremestre gregoéo mais proveitoso

.

É impossívelcurarumplitlii

-sico fechado emumquarto, em pouco tempo o arque odoente respira émaisumestimulo para atuherculisacào ,para provad istohastaver que o phthisico sempre melhora quando muda de habitação

.

\ào nos contentámos só coma leitura de algunspráticos, quizemos observar pornósmesmosapiilhisicacmseosdifferentesperíodos,para esse Ihnnosdirigimos nodialádeAgosto docorrenteanuo áenfermaria dos pbthisicosnohospital da Misericórdia d estaCòrtc, eahicompermissão, eauxilio donossoamigo o

.

Sr

.

Dr

.

Lima, medico assistente,principiámos as nossasinvestigações

.

Nosencarregámos de 6doentes, que tinhàoentrado para essa enfermaria á poucos dias, tendo

-

osexaminadonosparcceo que todos estavãonoterceiro

per

íodo; em geral os estragos da tu bereu lisaçào

crão consideráveis; não obstante quizemos ensaiar alguns medicamentos

.

V primeira era uma mulherdenaçãoinglcza, de iOannosde idade , que

seachavaem umestado lastimável:porqueseospadecimentos erâo consi

-deráveis:nosdissequeemconsequência dos muitos trab;l!iosdomésticos,

principiaraasoffrcr muitas dures nopeito esquerdo , que á o mezes lhe desappareeèra a menstruação, c succcssivamcnlc chegáriao estado cm que a viamos

.

Esta doente eslavanuiilomagra, tinhaumacòrde cèra,

olhos encovados c tristes , pelle asperaehúmida, pulso filiforme , e irre

-gular,voz rouca, e quasi impcrccplivcl,tossecontinuada ,semforçapara expectorar os catharros, dôres pelo ventre , diarrhea colicativa , som obscuro nas regiões correspondentes ao pulmãoesquerdo,ouvia

-

se dis

-tinctaniciilc um estertormucoso,ospés estavãoinchados,linha tuuilasèdc emuitofastio

.

Quasi que nomesmo estadocnasmesmascondiçõesacha

-vão

-

scduaspretas , que igualmentc examinámos; examinámos mais très

doentes, dos quaes o primeiroeraumPorlugucz , de áá annosdeidade,

douma construcçâofortec um temperamentosanguineo, o qualnos disse quealgumasextravaganciaseultimamenle umgrandechuveiro lheocca

-sionára umatosse,quejá tinha a algunsmezes: porisso serecolhera hospital

.

Nãolinha dòr nopeito;mastossiacontimiadamcule,tinha a pelle coberta deumsuorplástico gorduroso

,

linha o pulso forte e frequente,

diarrhea colicativa , expcctorava uma grande quantidade depus esverdi

-nhadoctuberculoso,muitocosidoeglutinoso, alem d'islograndedyspnea, osom era obscuro emdifferentes pontos do thorax

.

ouvia

-

se o estertor mucosojuntoa um somcavernoso no ápice do pulmãoesquerdo

.

Anio

Referências

Documentos relacionados

Ademais, é notório que o surgimento dos MLDs está alterando os padrões laborais existentes (BALARAM; WARDEN; WALLACE- STEPHENS, 2017; COYLE, 2017; DONINI et al., 2017), ao aproximar

QUEBRA DE CAIXA ---- Os empregados que exerçam exclusivamente a função de caixa perceberão verba indenizatória no valor de 80,89 80,89 80,89 80,89 (oitenta reais

Diante dessas ponderações, esse estudo busca entender como a expansão urbana que originou o Conjunto Habitacional Jardim Humberto Salvador, localizado no município

Mos pnizes muito frios os pantanos ficio sem ac- çã o sobre os habitantes durante uma grande parte do anuo , c só t ê em depois uma muita fraca , c dc pouca dura çã o no tempo

taçào e oxpellir por meyo das excre çõ es , as mol é culas heterog é neas que d ’ ahi result ão ; porem mais tarde estes suecos pouco estimulantes , e de diflicil animalisa çân

Resultados: Foram encontrados 17% dos sujeitos com resultados espirométricos de obstrução, sendo que os que apresentaram obstrução grave referiram sintomas característicos

O candidato que necessitar de condições especiais para realização das provas deverá encaminhar, por meio de correspondência com AR (Aviso de Recebimento) ou Sedex, até o

O SR. Vicente Torres Homem , Presidente. Opera çõ es, Anat. ... José Martins da Cruz